Prévia do material em texto
Apol 1 e 2 história da escravidao Questão 1/10 - História e Historiografia da Escravidão Considere a seguinte citação: “Embora em todos os lugares e épocas a escravidão seja facilmente reconhecida como o regime mais eficiente e feroz de arregimentar, conservar e explorar trabalho, tendo por fundamento o direito de um ser humano ser proprietário de outro e deste dispor como mercadoria, ela se mostra distinta no espaço, no tempo e, principalmente, nos modos de usar o escravo.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SCHWARCZ Lilia Moritz; GOMES, Flávio dos Santos (Orgs). Dicionário da escravidão e liberdade: 50 textos críticos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. p. 11. Considerando estas informações e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil é correto afirmar sobre a escravidão no Brasil que: Nota: 10.0 A Como processos que aconteceram num passado distante, o sistema de trabalho escravo não permite entender as relações de trabalho atuais. B A escravidão não era só uma relação de trabalho, mas um estatuto jurídico que deixou profundas marcas no Brasil. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro base (GIL, Tiago. História e Historiografia da Escravidão no Brasil, p.15-16), a escravidão foi um processo de trabalho e um estatuto jurídico, em que um homem se considerava propriedade de outro, e que envolveu diferentes setores sociais, e que deixou profundas raízes nas relações de trabalho. “A escravidão foi um processo que envolveu toda a sociedade, não apenas os senhores e os escravos. Ela organizava toda a vida social. ” (Livro-base p. 16). C A escravidão organizava e pautava a vida social da elite, as classes ricas estavam distantes do que ocorria nas senzalas, mocambos e plantações. D De modo geral as relações de exploração de um homem por outro seguiram um padrão constante e inalterado em diferentes épocas e lugares. E A escravidão se caracterizou como um processo que envolveu uma relação restrita entre senhores e escravos, isso significa que poucas influências mútuas entre as classes ocorreram neste sistema. Questão 2/10 - História e Historiografia da Escravidão Considere os seguintes fragmentos de texto: “Traficantes africanos, europeus e brasileiros fizeram fortunas pilhando povos militarmente mais fracos que, até então, só se submetiam a chefes políticos locais. Mas o tráfico de escravos favoreceu principalmente enriquecimento de nações europeias como Inglaterra, França e Portugal”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Albuquerque, Wlamyra R. de. Fraga Filho, Walter. Uma história do negro no Brasil. Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais; Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2006. p. 306. Considerando os trechos de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre os negociantes de escravos: Nota: 10.0 A O comércio de escravos era monopólio dos portugueses, visto que foram eles que primeiro chegaram e estabeleceram feitorias ao longo de toda a costa africana. B Os africanos que selecionavam aqueles que iam ser escravizados e os levavam até os portos no litoral africano, quando eram entregues, por meio de um ritual, aos portugueses e demais nações que traficavam. C Os negociadores de escravos fizeram verdadeiras fortunas com o tráfico, este tipo de comércio era muito lucrativo apesar das mortes que ocorriam ao longo do Atlântico. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Ou seja, lentamente, a oferta abundante e a demanda, que faziam crescer ainda mais a produção de escravizados, encontraram-se e, combinadas, fizeram crescer o número de cativos que cruzavam o atlântico, como uma bola de neve, que devagar vai se tornando uma avalanche. Vejamos de perto aqueles que trabalharam para que isso ocorresse – aqueles que dedicaram suas vidas para comprar pessoas escravizadas e levar para outro continente, comprando barato e vendendo caro, tal como funcionava o comércio atlântico de almas. ” (Livro-base, p. 88) D A oferta de escravos da África bem como sua demanda nas plantações da América era pequena apesar disso, os negociadores como Francisco Félix fizeram verdadeiras fortunas. E O fluxo de escravos que chegavam ao Brasil era em torno de mil escravizados em média por ano, aumentando levemente quando a demanda por mão de obra requeresse. Questão 3/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para o seguinte fragmento: “A década de 1830, muitas vezes designada como a 'década do medo', foi marcada por inúmeras experimentações e transformações na ordem política e administrativa do Império, com a intensa participação de distintos extratos sociais, que marcaram definitivamente a construção do estado e a formação da nação brasileira ao longo do século XIX.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ANDRADE, Marcos Ferreira de. Rebelião escrava e política na década de 1830: o impacto da revolta de Carrancas. p. 1. http://www.escravidaoeliberdade.com.br/site/images/Textos.6/marcosandrade.pdf. Acesso em: 07 nov. 2019 Conforme os fragmentos de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil relacione as rebeliões escravas da década de 1830 com suas características: 1. Revolta de Carrancas. 2. Revolta dos Malês. 3. Quilombo Manuel Congo. ( ) Organizaram-se a partir de Vassouras, região do Vale do Paraíba, cuja economia era fortemente ligada às fazendas de café; os escravos foram duramente reprimidos, com seus líderes presos. ( ) Foi uma rebelião que ocorreu em Salvador em fevereiro de 1835, muitos dos escravos rebelados sabiam ler e escrever, seu objetivo era matar todos os brancos, e implantar a religião islâmica. ( ) Foi uma revolta escrava de caráter rural, ocorreu nas fazendas Bela Vista e Bom Jardim, contra a família Junqueira, com participação de escravos de várias fazendas da região. Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 10.0 A 2 – 3 – 1 B 2 – 1 - 3 C 3 – 1 – 2 D 1 – 2 - 3 E 3 – 2 – 1 Você acertou! A sequência correta é a letra e) 3 – 2 – 1, pois: [3] “Também nos anos 1830, um forte quilombo se formou no Vale do Paraíba, já então uma zona de expressiva produção do café. Conhecido como Quilombo de Santa Catarina ou de Manuel Congo, foi liderado por este último até 1838, quando tropas desmantelaram a povoação e prenderam os principais integrantes.” [2] “Há forte polêmica sobre seu significado. Alguns autores declaram que foi uma revolta escrava, de modo inequívoco. Todavia, outros enfatizam o fato de que seus participantes eram todos muçulmanos, sendo mais correto interpretá-la como uma jihad islâmica.” [1] “Por estratégia, os insurretos não atacaram a casa-grande de imediato e procuraram apoio dos escravos da fazenda vizinha, Bela Vista, também da família Junqueira. Lá assassinaram oito membros da família senhorial. Da fazenda Bela Vista, os revoltosos foram para a fazenda Bom Jardim, da mesma família. Neste local eram aguardados pelos já preparados donos da propriedade que, tendo armados seus escravos, estavam prontos para o combate. A rebelião foi debelada e Ventura Mina foi morto.” (livro-base, p. 207-208) Questão 4/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia a seguinte passagem de texto: “A unidade do reino era mantida a partir do controle exercido pelo manicongo que, da capital, Mbanza Congo, administrava a 'confederação' juntamente com um grupo de nobres que formavam conselho real, cercado por linhagens nobres. As alianças eram construídas, sobretudo, através do casamento, mas eram também fortalecidas pelas relações comerciais e políticas entre as diversas regiões.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CORREIA, Stephanie Caroline Boechat. O reino do Congo e os miseráveis do mar. O Congo, oSonho e os holandeses no Atlântico. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História, 2013. 213 f. p. 57. De acordo com a passagem de texto acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre o Reino do Congo: Nota: 10.0 A A sociedade não era hierarquizada, ou seja, não havia diferenciação de classe entre os seus membros. B Outra característica era a descentralização política do Reino do Congo, não havia um centro político a partir do qual o reino era administrado. C Manicongo era o nome dado ao líder do Reino, que governava a partir da capital Mbanza Congo, exercendo poderosa centralização política. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “A estrutura social estava baseada em grupos bem definidos: a nobreza, os aldeãos e os cativos – estes últimos confundidos sempre como prisioneiros de guerra, circunstância na qual alguém poderia ser escravo. As diferenças sociais eram visíveis nas funções de cada grupo e no estilo de vida. A nobreza era toda aparentada do manicongo e vivia nas cidades, especialmente em Mbanza Congo. ” (Livro-base, p. 75) D A aproximação entre os manicongo e os portugueses gerou uma relação constante de entendimento pacífico ao longo dos séculos XVI e XVII. E No Reino do Congo não se utilizava a mão de obra escrava, tal prática foi inaugurada pelos portugueses. Questão 5/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o excerto de texto: “Os nomes das nações africanas no Brasil, marcas com que os traficantes e os senhores classificavam seus cativos, não se referiam necessariamente às origens étnicas destes, mas aos portos, reinos, ilhas ou à área geográfica em que haviam sido embarcados.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PARÉS, Luis Nicolau. AFRICANOS OCIDENTAIS. In: SCHWARCZ Lilia Moritz; GOMES, Flávio dos Santos (Orgs). Dicionário da escravidão e liberdade: 50 textos críticos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. p. 80. Segundo os fragmentos de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasill, assinale a alternativa correta sobre a heterogeneidade dos escravos no Brasil: Nota: 10.0 A Os diferentes portos de origem dos capturados serviram para criar uma união entre os escravos de diferentes etnias no território brasileiro. B Muitas revoltas de escravos contra seus senhores aconteceram justamente porque os participantes eram ligados a uma origem étnica comum. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Essas diferenças se manifestaram de modo muito claro até mesmo nas revoltas escravas, quase sempre carregadas de significado étnico, como a revolta dos malês, formada por escravos muçulmanos [...] Por fim, ainda se tratando de revoltas, muitos senhores e traficantes preferiam misturar escravizados de diferentes origens para evitar a interação entre eles, minando potenciais revoltas. ” (Livro-base, p. 96) C Os senhores preferiam colocar juntos etnias semelhantes a fim de evitar revoltas e assim preservar seu capital. D Os escravos adotavam seus nomes por conta própria, tais registros podem ser verificados em registros de batismo, casamentos e óbitos. E Todos os escravos eram denominados a partir da concepção religiosa que possuíam. Questão 6/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o seguinte fragmento de texto: “No final do século XIX, formulações de Spencer e Darwin sobre as culturas e raças influenciaram na estruturação do paradigma do evolucionismo social, o qual foi impulsionado na Bahia por Nina Rodrigues. Ele elaborou descrições de aspectos culturais brasileiros e de tipos humanos e teorizou sobre o movimento social de Canudos. O racismo científico manteve-se hegemônico até a década de 1930”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CHAVES, Evenice Santos. Nina Rodrigues: sua interpretação do evolucionismo social e da psicologia das massas nos primórdios da psicologia social brasileira. Psicologia em Estudo. v.8 n. 2. Maringá jul 2003. p. 1. Considere a citação acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre o pensamento de Nina Rodrigues: Nota: 10.0 A Nina Rodrigues defendia um debate racial sem a mácula do preconceito, ou da hierarquização de raças. B Na década de 1930, quando Nina Rodrigues desenvolveu a ideia de racismo científico não estava em voga a ideia de superioridade racial. C As ideias raciais de Nina Rodrigues não preconizavam a ideia de raças superiores e inferiores. D Nina Rodrigues defendia a ideia de raças superiores e inferiores, sua teoria ficou conhecida como racismo científico. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “No final do século XIX, cabe mencionar a forma como Nina Rodrigues também tratou o assunto, dando especial atenção ao debate racial, então muito em voga na época, que apostava na superioridade de algumas raças e na inferioridade de outras. Era o “racismo científico” que pretendia dar áreas de ciência ao preconceito herdado do período colonial” (Livro-base, p. 36) E Por mais que as ideias de Nina Rodrigues ficaram conhecidas como racismo científico, em nada eram preconceituosas. Questão 7/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia a seguinte passagem de texto: “Em 1623, com 41 anos, Nzinga tornou-se rainha do Ndongo. Enquanto o acordo com os portugueses não era ratificado, a rainha investiu contra os povos subjugados ou aliados dos portugueses, libertando muitos escravos e aumentando as áreas sob sua influência.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CORREIA, Stephanie Caroline Boechat. O reino do Congo e os miseráveis do mar. O Congo, o Sonho e os holandeses no Atlântico. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História, 2013. 213 f. p. 115. De acordo com a passagem de texto acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre o Reino do Congo e sua relação com os portugueses: Nota: 10.0 A Quando da ocupação portuguesa a rainha Nzinga consentiu e incentivou que os invasores pudessem capturar pessoas para torná-las escravas. B Os portugueses conseguiram adquirir cativos da África justamente porque não eram belicosos, do contrário as guerras não seriam adequadas para manter um fluxo contínuo de cativos. C Durante o século XVII os portugueses ainda realizavam o comércio de cativos na região norte da África, foi só no século XIX que voltaram os olhos para a região do Congo, Benguela, Cabinda e Mina. D A rainha Nzinga forneceu um modelo de como os africanos eram determinados contra a invasão dos portugueses. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Estes últimos tomaram boa parte das terras do Congo e, apesar dos primeiros contatos com os portugueses terem sido belicosos, acabaram se aliando com estes últimos no começo do século XVII, especialmente os jagakasanje, o que garantiu força suficiente para os europeus invadirem boa parte do território do Congo. Contra a ocupação lusa, a Rainha Nzinga (ou Ginga, de acordo com a versão) apresentou resistência, mantendo guerra constante contra os portugueses ao longo de décadas. Contudo, esse estado de guerra constante criou condições para a captura de muitas pessoas. ” (Livro-base, p. 75) E Os portugueses agiram de maneira independente em sua política de captura na África, não exploraram, portanto, os conflitos entre os diversos grupos inimigos na África ao seu favor. Questão 8/10 - História e Historiografia da Escravidão Considere os fragmentos de texto: “No Rio Grande do Sul coube o impulso dinâmico ao setor pecuário atravésde suas exportações para o mercado interno do país. Essas exportações; particularmente as de charque, que chegaram a constituir a metade das vendas totais do estado para os mercados interno e externo, no fim do século XIX.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. 32.ed. Companhia Editora Nacional: São Paulo. 2005. p. 146. Conforme os fragmentos de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil relacione as áreas produtoras e os caminhos às suas respectivas características: 1. Caminho das Tropas. 2. Caminho das Monções. 3. Caminho Novo. ( ) Caminho que partia do Rio Grande do Sul, onde se produzia o charque, criavam-se mulas e animais destinados a economia mineira. ( ) Era um caminho que interligava as regiões de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, regiões de grande circulação de pessoas e produção. ( ) Ligava São Paulo a Cuiabá no Mato Grosso, que teve crescimento acentuado com a descoberta de importantes minas de ouro. Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 10.0 A 3 – 1 - 2 B 1 – 3 – 2 Você acertou! A sequência correta é a letra a) 1 – 3 – 2, pois: [1] “Essas áreas produtoras foram interligadas ao restante do Brasil ainda nos anos 1730, com a abertura do chamado Caminho das Tropas, por onde passavam caravanas de animais, conduzidos por tropeiros e seus ajudantes, muitos dos quais eram escravos.” [3] “Rio de Janeiro e as Minas. Logo no começo, esses caminhos cruzavam o território da Capitania de São Paulo para, no momento seguinte, ligar diretamente os dois polos através do chamado Caminho Novo.” [2] “O caminho das monções, por exemplo, ligava São Paulo com as minas de Cuiabá, levando mercadorias para o abastecimento dos novos descobertos. ” (livro-base, p. 146-147) C 2 – 1 – 3 D 3 – 2 – 1 E 2 – 3 – 1 Questão 9/10 - História e Historiografia da Escravidão Considere a passagem de texto: “Os portos que recebiam maior número de escravos no Brasil eram Salvador, Rio de Janeiro e Recife; desses portos os escravos eram transportados aos mais diversos locais do Brasil. Algumas outras cidades recebiam escravos vindos diretamente da África, como Belém, São Luís [...]. A proporção de desembarque de escravos em cada porto variou ao longo de 380 anos de escravidão, dependendo do aquecimento da atividade econômica na região servida pelo porto em questão. ” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: https://bndigital.bn.gov.br/dossies/trafico-de-escravos-no-brasil/trafico-e-comercio-de-escravos/ Acesso em: 02 nov. 2019 De acordo com o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta a respeito do tráfico de escravos para o Brasil ao longo dos séculos: Nota: 10.0 A Percebemos que o século XVI foi o que teve o maior afluxo de cativos no Brasil, no período era exclusiva a utilização dos escravos africanos nas lavouras de cana. B O Brasil andou na contramão do mundo durante o século XIX no que diz respeito ao comércio de escravos, enquanto o tráfico diminuía em outras partes do mundo, no Brasil aumentava. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Porém, no caso do Brasil, os anos de maior chegada de escravizados são justamente aqueles da primeira metade, quando está caindo o tráfico no mundo todo. Nesse sentido, quando o mundo estava começando a abandonar a escravidão, o Brasil teve seu melhor desempenho nesse assunto. Não sem motivo, o Brasil teve os maiores traficantes de escravos de todos os tempos e o porto de Salvador (Bahia). ” (Livro-base, p. 78) C Os ciclos econômicos como o da cana e o café não direcionaram a mão de obra escrava pelo Brasil, que se manteve sobretudo intensa na região Nordeste. D O ritmo do tráfico de escravos foi o mesmo entre os séculos XVI e XIX, isto quer dizer que a entrada dos cativos não teve altos e baixos, além disso os portugueses seguiram um ritmo contínuo de captura nos portos africanos. E Santos foi o maior porto de escravos do mundo, pois era a porta de entrada dos cativos dirigidos às fazendas de Café do interior paulista. Questão 10/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia a passagem de texto: Nessa historiografia dos anos 1980, os historiadores buscam as dinâmicas de luta, dos conflitos, das concordâncias ou não entre senhores e escravos. Os escravos não são vistos como “coisas”, como seres sem vontade, mas como indivíduos que ao se dirigirem às autoridades pediam mais autonomia, ter acesso ao cultivo, à alforria, a ter direito de reservar dinheiro para si. Fonte: texto elaborado pelo autor da questão. Considere este trecho de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre a historiografia dos anos 1980: Nota: 10.0 A A aceitação dos escravos de sua situação não dava a eles capacidade de organização, viviam uma espécie de letargia coletiva. B Buscou destacar o potencial de negociação dos escravos, vistos não como seres passivos, mas atuantes no sentido de tornar seu fardo menos pesado. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Escola Sociológica Paulista, destacando o potencial de negociação dos cativos. Esta palavra, negociação, entrou com muita força na historiografia desde então. Ela não pretende negar a violência física que é própria do universo do cativeiro. ” (Livro-base, p. 47) C Humilhados por castigos físicos, expostos as mais variadas formas de exploração, os escravos, segundo os historiadores da década de 80, viveram sem perturbar a ordem vigente e questionar a autoridade de seus senhores. D A palavra resignação é a chave de leitura para compreendermos a visão dos historiadores da década de 1980 em relação aos cativos. E A escola sociológica paulista defendia o papel de luta e negociação dos escravos, e a historiografia da década de 1980 defendia a passividade dos escravos. Questão 1/10 - História e Historiografia da Escravidão Considera a seguinte citação: “Os índios mais 'teimosos' em não aceitar os contatos deveriam ser exterminados em nome de uma ocupação mais efetiva. Estes índios não pacíficos poderiam também, segundo uma legislação que mudava constantemente, ser escravizados, desde que fossem respeitadas algumas condições [...] não aceitavam a catequização, atacavam os colonos e eram antropófagos. A estes deveria ser decretada a Guerra Justa”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: AMANTINO, Márcia. As Guerras Justas e a escravidão indígena em Minas Gerais nos séculos XVIII e XIX. Varia Hist. v. 22, n.35. Belo Horizonte Jan/June 2006. p. 2. Segundo o fragmento acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta no que se refere à guerra justa: Nota: 0.0 A Os cativos indígenas, por serem preguiçosos, eram preteridos pelos de origem africana no interior do Brasil. B O trabalho indígena deixou de ser utilizado no século XIX; nas áreas ricas predominou o trabalho indígena, já no interior do país os de origem africana eram mais empregados. C Em 1570 uma lei da coroa portuguesa determinava que os indígenas que tivessem conformação física e resistência para o trabalho nas lavouras de cana poderiam ser capturados. D Em 1570 a coroa portuguesa editou a lei que ficou conhecida como guerra justa, que estabelecia a permissão de captura dos indígenas bravios como escravos. Esta é a afirmação correta porque segundo o livro base (GIL, Tiago. História e Historiografia da Escravidão no Brasil, p. 21). “Como já vimos, a escravidão indígena foi proibida pela Coroa portuguesa, com uma lei editada em 1570. Foi a lei que estabeleceu a chamada guerra justa como a única forma aceitável de capturar indígenas como escravos. ” (Livro-base, p.21) E A questão jurídica não pesou quando se tratou de escravizar ou não as populações indígenas. Questão 2/10 - História e Historiografia da Escravidão Observe os seguintes mapas: Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Diversidade cultural da África. http://www.metromagazine.com.br/materia.php?Sec=3&Sub=27&id=2869 Acesso em: 02 nov.2019. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Principais regiões do continente africano. https://pt.wikivoyage.org/wiki/%C3%81frica Acesso em: 02 nov. 2019. Considerando os mapas acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre a África, seus aspectos demográficos e geográficos: Nota: 10.0 A A África é dividida em três regiões: o Norte, a região do Magreb; a região do Saara, no extremo sul e a África Central. B A divisão em seis regiões demonstra o quanto o continente é limitado em termos de relevo e hidrografia por exemplo. C Continente é o berço da civilização, possuí milhares de idiomas, diversas religiões e dezenas de países. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “A África é um continente de muitas histórias e, mesmo, o berço da humanidade. Hoje é composto por dezenas de países com as mais diversas características, religiões e milhares de idiomas. Milhares, sem exagero. Mas o que existe hoje não tem qualquer semelhança com as diversas formações que o continente teve ao longo da história. ” (Livro-base, p. 64) D Entender a geografia do continente não auxilia na compreensão das pessoas que ali vivem. E Na região norte predominou historicamente o cristianismo como religião, enquanto ao sul, temos o islamismo. Questão 3/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para o fragmento de texto: “É necessário, de início, observar que uma fuga, o assassinato de um feitor, um suicídio e um roubo — quando cometidos pelo escravo — têm uma conotação comum dada pela evidência de um comportamento desajustado; contudo, cada uma dessas diferentes manifestações de inconformismo tem uma significação política diferenciada.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GEBARA, Ademir. Escravos: fugas e fugas. Revista Brasileira de história. São Paulo. v. 6. n. 12, 1986, p. 90. De acordo com o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil relacione corretamente as formas de resistência e acomodação dos escravos no Brasil às suas caracterizações: 1. Fugas 2. Rebeliões cotidianas 3. Apadrinhamento ( ) eram as resistências que aconteciam de maneira quase imperceptível, mas que visavam tornar o fardo cotidiano menos pesado. ( ) não era algo comum, mas muitos escravos tornavam-se ligados aos seus senhores, a ponto de se ligarem a eles e desta forma obterem benesses, proteção especial. ( ) reivindicavam com isto uma vida nova, totalmente independente do senhor, um rompimento completo de suas vidas de exploração. Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 10.0 A 2 – 1 - 3 B 3 – 2 – 1 C 3 – 1 – 2 D 1 - 2 – 3 E 2 – 3 – 1 Você acertou! A sequência correta é a letra e), pois: [2] “Negociar as tarefas era uma forma de resistir – e os escravos negociavam isso o quanto podiam.” (livro-base, p. 118) [3] “Por exemplo, quando observamos os compadres dos escravos, vemos que a maioria era composta por homens e mulheres livres, muitas vezes, senhores de outros escravos.” (livro-base, p. 117) [1] “Ao falar disso, sabemos e devemos lembrar que a maior parte dos escravos nunca se revoltou de modo evidente, por meio de grandes fugas, quilombos ou revoltas violentas.” (livro-base, p. 118) Questão 4/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o seguinte artigo de lei: “Art. 2º Em todas as vendas de escravos, ou sejão particulares ou judiciaes, é prohibido, sob pena de nullidade, separar o marido da mulher, o filho do pai ou mãi, salvo sendo os filhos maiores de 15 annos.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BRASIL. Decreto nº 1.695, 15 de setembro de 1869. Coleção de Leis do Império do Brasil – 1869. p. 129 v. 1. https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-1695-15-setembro-1869-552474-publicacaooriginal-69771-pl.html. Acesso em: 08 nov. 2019. Conforme os artigos de lei e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil enumere as sucessivas leis abolicionistas de acordo com suas definições: 1. Lei do Ventre Livre - 1871. 2. Lei de 1869. 3. Lei Saraiva-Cotegipe - 1885 ( ) estabelecia uma matrícula para identificar os escravos, com informações como: data de nascimento, filiação, sexo, cor; além disso a lei previa que as crianças nascidas a partir daquela data ficariam sob responsabilidade dos senhores de suas mães até completarem oito anos de idade. ( ) esta lei estabelecia a proibição da separação das famílias dos escravos, foi criada num momento crítico em que o tráfico interprovincial dividiu milhares de famílias de escravos, portanto, no contexto em que foi criada a lei representou uma mudança importante, ainda que tímida do ponto de vista da abolição completa da escravidão. ( ) foi considerada por muitos como retrógrada, ela previa a liberdade dos escravos com mais de 60 anos, com uma indenização ao dono do escravo, apesar de ser um passo importante rumo a abolição completa da escravidão, ela marcou um ponto a favor dos escravistas no período. Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 10.0 A 2 – 3 – 1 B 2 – 1 - 3 C 3 – 1 – 2 D 3 – 2 – 1 E 1 – 2 – 3 Você acertou! A sequência correta é a letra a) 1 – 2 – 3, pois: [1] “A década de 1870 começou com um pouco mais de avanços: logo em 1871 foi feita a Lei do Ventre Livre, que estabelecia a liberdade dos filhos nascidos de mães escravas. Os debates que antecederam a aprovação dessa lei foram de uma intensidade nunca antes vista para esse assunto. A Lei do Ventre Livre também estabelecia a criação de uma matrícula para identificar os escravos. Esse controle seria feito nas paróquias, sob responsabilidade dos párocos locais..” [2] “Apenas em 1869 foi aprovada uma lei que impedia a separação de casais e dos filhos menores de 15 anos, algo possível até então. Era uma pequena concessão que se fazia para evitar o debate mais importante: o da abolição.” [3] “Em 1884, o Gabinete Ministerial, encabeçado pelo conselheiro Souza Dantas, apresentou um projeto de lei que previa a libertação dos escravos com mais de 60 anos de idade, sem indenização. Um novo projeto foi apresentado – contudo, bastante diferente e muito favorável aos interesses escravistas, prevendo indenizações e trabalho adicional por parte dos escravos antes da libertação final.” (livro-base, p. 209-210) Questão 5/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o excerto de texto: “Os nomes das nações africanas no Brasil, marcas com que os traficantes e os senhores classificavam seus cativos, não se referiam necessariamente às origens étnicas destes, mas aos portos, reinos, ilhas ou à área geográfica em que haviam sido embarcados.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PARÉS, Luis Nicolau. AFRICANOS OCIDENTAIS. In: SCHWARCZ Lilia Moritz; GOMES, Flávio dos Santos (Orgs). Dicionário da escravidão e liberdade: 50 textos críticos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. p. 80. Segundo os fragmentos de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasill, assinale a alternativa correta sobre a heterogeneidade dos escravos no Brasil: Nota: 10.0 A Os diferentes portos de origem dos capturados serviram para criar uma união entre os escravos de diferentes etnias no território brasileiro. B Muitas revoltas de escravos contra seus senhores aconteceram justamente porque os participantes eram ligadosa uma origem étnica comum. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Essas diferenças se manifestaram de modo muito claro até mesmo nas revoltas escravas, quase sempre carregadas de significado étnico, como a revolta dos malês, formada por escravos muçulmanos [...] Por fim, ainda se tratando de revoltas, muitos senhores e traficantes preferiam misturar escravizados de diferentes origens para evitar a interação entre eles, minando potenciais revoltas. ” (Livro-base, p. 96) C Os senhores preferiam colocar juntos etnias semelhantes a fim de evitar revoltas e assim preservar seu capital. D Os escravos adotavam seus nomes por conta própria, tais registros podem ser verificados em registros de batismo, casamentos e óbitos. E Todos os escravos eram denominados a partir da concepção religiosa que possuíam. Questão 6/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o seguinte fragmento de texto: “No final do século XIX, formulações de Spencer e Darwin sobre as culturas e raças influenciaram na estruturação do paradigma do evolucionismo social, o qual foi impulsionado na Bahia por Nina Rodrigues. Ele elaborou descrições de aspectos culturais brasileiros e de tipos humanos e teorizou sobre o movimento social de Canudos. O racismo científico manteve-se hegemônico até a década de 1930”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CHAVES, Evenice Santos. Nina Rodrigues: sua interpretação do evolucionismo social e da psicologia das massas nos primórdios da psicologia social brasileira. Psicologia em Estudo. v.8 n. 2. Maringá jul 2003. p. 1. Considere a citação acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre o pensamento de Nina Rodrigues: Nota: 10.0 A Nina Rodrigues defendia um debate racial sem a mácula do preconceito, ou da hierarquização de raças. B Na década de 1930, quando Nina Rodrigues desenvolveu a ideia de racismo científico não estava em voga a ideia de superioridade racial. C As ideias raciais de Nina Rodrigues não preconizavam a ideia de raças superiores e inferiores. D Nina Rodrigues defendia a ideia de raças superiores e inferiores, sua teoria ficou conhecida como racismo científico. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “No final do século XIX, cabe mencionar a forma como Nina Rodrigues também tratou o assunto, dando especial atenção ao debate racial, então muito em voga na época, que apostava na superioridade de algumas raças e na inferioridade de outras. Era o “racismo científico” que pretendia dar áreas de ciência ao preconceito herdado do período colonial” (Livro-base, p. 36) E Por mais que as ideias de Nina Rodrigues ficaram conhecidas como racismo científico, em nada eram preconceituosas. Questão 7/10 - História e Historiografia da Escravidão Considere o seguinte fragmento de texto: Silvia Lara, Sidney Chalhoub, Manolo Florentino, Hebe Mattos e João José Reis são historiadores que produziram abordagens inovadoras sobre a escravidão na década de 1980. O contexto no qual escreviam era a abertura política do Brasil, duas décadas de autoritarismo político e censura da Ditadura Militar, inspiraram tais autores a repensar a questão da liberdade, luta e resistência dos escravos, e influenciaram a historiografia da escravidão no século XXI. Fonte: texto elaborado pelo autor desta questão. Conforme o trecho lido e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil assinale a alternativa correta sobre as temáticas inovadoras que pautaram a historiografia na década de 1980 e sua influência para o século XXI: Nota: 10.0 A Relações mútuas e mudanças dessas três raças, os castigos físicos, família escrava, sexualidade, relação entre a Casa Grande e a Senzala. B Família escrava, negociação, formas de resistência e sobrevivência, os escravos de ganho, as alforrias. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “[...] foi debatido nos anos 1980: família escrava, tráfico de escravos, formas da violência, negociação como instrumento de ação dos escravos, formas de controle do trabalho, mobilidade dos chamados ‘escravos de ganho’, alforrias, estratégias de sobrevivência, entre outros tantos temas. ” (Livro-base, p. 55) C Contribuição dos três elementos humanos: brancos, negros e indígenas, violência e exclusão do escravo. D Negociação, formas de resistência, predominância dos brancos, escravidão indígena. E Escravo como “coisa”, anomia e passividade do escravo, negociação, formas de resistência e sobrevivência. Questão 8/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para o seguinte fragmento: “A década de 1830, muitas vezes designada como a 'década do medo', foi marcada por inúmeras experimentações e transformações na ordem política e administrativa do Império, com a intensa participação de distintos extratos sociais, que marcaram definitivamente a construção do estado e a formação da nação brasileira ao longo do século XIX.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ANDRADE, Marcos Ferreira de. Rebelião escrava e política na década de 1830: o impacto da revolta de Carrancas. p. 1. http://www.escravidaoeliberdade.com.br/site/images/Textos.6/marcosandrade.pdf. Acesso em: 07 nov. 2019 Conforme os fragmentos de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil relacione as rebeliões escravas da década de 1830 com suas características: 1. Revolta de Carrancas. 2. Revolta dos Malês. 3. Quilombo Manuel Congo. ( ) Organizaram-se a partir de Vassouras, região do Vale do Paraíba, cuja economia era fortemente ligada às fazendas de café; os escravos foram duramente reprimidos, com seus líderes presos. ( ) Foi uma rebelião que ocorreu em Salvador em fevereiro de 1835, muitos dos escravos rebelados sabiam ler e escrever, seu objetivo era matar todos os brancos, e implantar a religião islâmica. ( ) Foi uma revolta escrava de caráter rural, ocorreu nas fazendas Bela Vista e Bom Jardim, contra a família Junqueira, com participação de escravos de várias fazendas da região. Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 10.0 A 2 – 3 – 1 B 2 – 1 - 3 C 3 – 1 – 2 D 1 – 2 - 3 E 3 – 2 – 1 Você acertou! A sequência correta é a letra e) 3 – 2 – 1, pois: [3] “Também nos anos 1830, um forte quilombo se formou no Vale do Paraíba, já então uma zona de expressiva produção do café. Conhecido como Quilombo de Santa Catarina ou de Manuel Congo, foi liderado por este último até 1838, quando tropas desmantelaram a povoação e prenderam os principais integrantes.” [2] “Há forte polêmica sobre seu significado. Alguns autores declaram que foi uma revolta escrava, de modo inequívoco. Todavia, outros enfatizam o fato de que seus participantes eram todos muçulmanos, sendo mais correto interpretá-la como uma jihad islâmica.” [1] “Por estratégia, os insurretos não atacaram a casa-grande de imediato e procuraram apoio dos escravos da fazenda vizinha, Bela Vista, também da família Junqueira. Lá assassinaram oito membros da família senhorial. Da fazenda Bela Vista, os revoltosos foram para a fazenda Bom Jardim, da mesma família. Neste local eram aguardados pelos já preparados donos da propriedade que, tendo armados seus escravos, estavam prontos para o combate. A rebelião foi debelada e Ventura Mina foi morto.” (livro-base, p. 207-208) Questão 9/10 - História e Historiografia da Escravidão Considerando o fragmento de texto: "[...] o termo raça deixou de ter um sentido estritamente biológico para também ter um sentido social. Este artigo tem por objetivo discutir essas novas teorias raciais que permearam o início do século XX e que tiveram bastante respaldo principalmente no Brasil, sociedade amplamente miscigenada.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RANGEL, Pollyanna Soares.Apenas uma questão de cor? As teorias raciais dos séculos XIX e XX. Revista Simbiótica - Universidade Federal do Espírito Santo - Núcleo de Estudos e Pesquisas Indiciárias. vol. 2, n. 1, jun., 2015. P. 1. Conforme os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil relacione os autores abaixo às teorias defendidas por eles: 1. Francisco Adolfo de Varnhagen. 2. Nina Rodrigues. 3. Gilberto Freyre. ( ) desconsiderava os negros como elemento constituinte da formação do povo brasileiro. ( ) acrescentou a importância de cada raça para a formação da sociedade patriarcal. ( ) defendia a ideia de raças superiores e inferiores, sua teoria ficou conhecida como racismo científico. Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 10.0 A 3 – 1 – 2 B 2 - 3 – 1 C 1 – 3 – 2 Você acertou! A sequência correta é: 2 – 4 – 3 [2] “Ao longo de suas 1200 páginas, Varnhagen falou muito dos portugueses, pouco dos indígenas e muito pouco dos africanos. [...] Do total de páginas, apenas 11 foram dedicadas para falar dos africanos.” (livro-base p. 33-34) [1] [3] “Por outro lado, cada um dos três 'fundadores' do Brasil – brancos, negros e indígenas – tinha um papel diferente, além de uma importância diferente.” (livro-base p. 37). [3] “Era o 'racismo científico' que pretendia dar áreas de ciência ao preconceito herdado do período colonial”. (livro-base p. 36) D 2 – 1 – 3 E 1 – 2 – 3 Questão 10/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia a passagem de texto: “As sociedades escravistas nas Américas foram marcadas pela rebeldia escrava. Onde quer que o trabalho escravo tenha existido, senhores e governantes foram regularmente surpreendidos com a resistência escrava. No Brasil, tal resistência assumiu diversas formas.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Albuquerque, Wlamyra R. de. Fraga Filho, Walter. Uma história do negro no Brasil. Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais; Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2006. p. 117. Segundo os fragmentos de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre as formas de resistência dos escravos no Brasil: Nota: 10.0 A A rebeldia acontecia cotidianamente e, sempre, por meios violentos, matavam-se os senhores e seus familiares, organizavam-se rotineiramente revoluções nas cidades B Aceitação dos termos firmados pelos senhores era a maneira mais adequada de resistir para os escravos, afinal a escravidão era um estatuto jurídico inquebrantável. C Sabotagem na produção, lentidão nos trabalhos, negociação de cotas de produção, essas e outras formas de resistência eram comuns na história do escravismo no Brasil. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “A pena para um senhor mais exigente ou um feitor mais impertinente poderia se dar de vários modos: assassinatos, ferimentos, suicídios, por exemplo, mas também por meio de formas variadas de sabotagem. Para um escravo de engenho de açúcar, bastava esmagar um limão sobre os tachos de preparação da garapa para estragar a produção ou, simplesmente, provocar uma pequena fagulha no canavial, que arderia por dias até comprometer toda a safra. Muitos senhores sabiam disso e recomendavam agir de modo “político” com os escravos. ” (Livro-base, p. 118) D A negociação entre senhores e escravos era praticamente inexistente durante o escravismo no Brasil, a razão é simples, os senhores não podiam ser complacentes sob pena de perderem sua autoridade. E As reivindicações dos escravos ocorriam, entre elas a permissão de realizar um plantio, uma cota de produção menor, a troca de um feitor, mas elas ocorreram durante o século XVII, período em que o escravismo realmente foi duro com os escravos. Questão 1/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o seguinte artigo de lei: “Art. 2º Em todas as vendas de escravos, ou sejão particulares ou judiciaes, é prohibido, sob pena de nullidade, separar o marido da mulher, o filho do pai ou mãi, salvo sendo os filhos maiores de 15 annos.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BRASIL. Decreto nº 1.695, 15 de setembro de 1869. Coleção de Leis do Império do Brasil – 1869. p. 129 v. 1. https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-1695-15-setembro-1869-552474-publicacaooriginal-69771-pl.html. Acesso em: 08 nov. 2019. Conforme os artigos de lei e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil enumere as sucessivas leis abolicionistas de acordo com suas definições: 1. Lei do Ventre Livre - 1871. 2. Lei de 1869. 3. Lei Saraiva-Cotegipe - 1885 ( ) estabelecia uma matrícula para identificar os escravos, com informações como: data de nascimento, filiação, sexo, cor; além disso a lei previa que as crianças nascidas a partir daquela data ficariam sob responsabilidade dos senhores de suas mães até completarem oito anos de idade. ( ) esta lei estabelecia a proibição da separação das famílias dos escravos, foi criada num momento crítico em que o tráfico interprovincial dividiu milhares de famílias de escravos, portanto, no contexto em que foi criada a lei representou uma mudança importante, ainda que tímida do ponto de vista da abolição completa da escravidão. ( ) foi considerada por muitos como retrógrada, ela previa a liberdade dos escravos com mais de 60 anos, com uma indenização ao dono do escravo, apesar de ser um passo importante rumo a abolição completa da escravidão, ela marcou um ponto a favor dos escravistas no período. Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 10.0 A 2 – 3 – 1 B 2 – 1 - 3 C 3 – 1 – 2 D 3 – 2 – 1 E 1 – 2 – 3 Você acertou! A sequência correta é a letra a) 1 – 2 – 3, pois: [1] “A década de 1870 começou com um pouco mais de avanços: logo em 1871 foi feita a Lei do Ventre Livre, que estabelecia a liberdade dos filhos nascidos de mães escravas. Os debates que antecederam a aprovação dessa lei foram de uma intensidade nunca antes vista para esse assunto. A Lei do Ventre Livre também estabelecia a criação de uma matrícula para identificar os escravos. Esse controle seria feito nas paróquias, sob responsabilidade dos párocos locais..” [2] “Apenas em 1869 foi aprovada uma lei que impedia a separação de casais e dos filhos menores de 15 anos, algo possível até então. Era uma pequena concessão que se fazia para evitar o debate mais importante: o da abolição.” [3] “Em 1884, o Gabinete Ministerial, encabeçado pelo conselheiro Souza Dantas, apresentou um projeto de lei que previa a libertação dos escravos com mais de 60 anos de idade, sem indenização. Um novo projeto foi apresentado – contudo, bastante diferente e muito favorável aos interesses escravistas, prevendo indenizações e trabalho adicional por parte dos escravos antes da libertação final.” (livro-base, p. 209-210) Questão 2/10 - História e Historiografia da Escravidão Considerando o fragmento de texto: "[...] o termo raça deixou de ter um sentido estritamente biológico para também ter um sentido social. Este artigo tem por objetivo discutir essas novas teorias raciais que permearam o início do século XX e que tiveram bastante respaldo principalmente no Brasil, sociedade amplamente miscigenada.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RANGEL, Pollyanna Soares. Apenas uma questão de cor? As teorias raciais dos séculos XIX e XX. Revista Simbiótica - Universidade Federal do Espírito Santo - Núcleo de Estudos e Pesquisas Indiciárias. vol. 2, n. 1, jun., 2015. P. 1. Conforme os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil relacione os autores abaixo às teorias defendidas por eles: 1. Francisco Adolfo de Varnhagen. 2. Nina Rodrigues. 3. Gilberto Freyre. ( ) desconsiderava os negros como elemento constituinte da formação do povo brasileiro. ( ) acrescentou a importância de cada raçapara a formação da sociedade patriarcal. ( ) defendia a ideia de raças superiores e inferiores, sua teoria ficou conhecida como racismo científico. Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 0.0 A 3 – 1 – 2 B 2 - 3 – 1 C 1 – 3 – 2 A sequência correta é: 2 – 4 – 3 [2] “Ao longo de suas 1200 páginas, Varnhagen falou muito dos portugueses, pouco dos indígenas e muito pouco dos africanos. [...] Do total de páginas, apenas 11 foram dedicadas para falar dos africanos.” (livro-base p. 33-34) [1] [3] “Por outro lado, cada um dos três 'fundadores' do Brasil – brancos, negros e indígenas – tinha um papel diferente, além de uma importância diferente.” (livro-base p. 37). [3] “Era o 'racismo científico' que pretendia dar áreas de ciência ao preconceito herdado do período colonial”. (livro-base p. 36) D 2 – 1 – 3 E 1 – 2 – 3 Questão 3/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para trecho de texto a seguir: “No caso dos escravos constituídos cristãmente em família, à sombra das casas-grandes e dos velhos engenhos, terá havido, na adoção dos nomes fidalgos, menos vaidade tola que natural influência do patriarcalismo, fazendo os pretos e mulatos, em seu esforço de ascensão social, imitarem os senhores brancos e adotarem-lhe as formas exteriores de superioridade. " Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 48 ed. São Paulo: Global, 2003. p. 286. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre o conceito de família patriarcal: Nota: 10.0 A Formas exteriores de superioridade como o nome de família tinham pouca importância no Brasil patriarcal. B O nome de família era um elemento de distinção social, o tipo de família a que pertencia o indivíduo organizava seu mundo, lhe conferia um status elevado. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “A ideia central, sem dúvida, parece residir no fato de as pessoas se pensarem mais como membros de determinada família do que como indivíduos”. E quando os homens e as mulheres do tempo da escravidão pensavam em família, imaginavam uma filiação muito séria, uma militância de grupo, um vínculo social incontornável. É nesse sentido que a família senhorial aparecia como uma unidade política central. ” (Livro-base, p. 110) C A influência das famílias patriarcais não era sentida pelas classes sociais exploradas, exemplo disso era negros e indígenas não se espelharem no mundo dos brancos para construir sua cosmovisão. D A família patriarcal para Freyre era a mais comum e mais poderosa, aquela que influenciava absolutamente todos os aspectos daquela sociedade, com o poder inquestionável do patriarca. E O modelo adotado por Freyre a respeito da família patriarcal era a nuclear, composta pelo patriarca (pai), sua esposa e filhos, sem a presença de agregados. Questão 4/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para o seguinte fragmento: “A década de 1830, muitas vezes designada como a 'década do medo', foi marcada por inúmeras experimentações e transformações na ordem política e administrativa do Império, com a intensa participação de distintos extratos sociais, que marcaram definitivamente a construção do estado e a formação da nação brasileira ao longo do século XIX.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ANDRADE, Marcos Ferreira de. Rebelião escrava e política na década de 1830: o impacto da revolta de Carrancas. p. 1. http://www.escravidaoeliberdade.com.br/site/images/Textos.6/marcosandrade.pdf. Acesso em: 07 nov. 2019 Conforme os fragmentos de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil relacione as rebeliões escravas da década de 1830 com suas características: 1. Revolta de Carrancas. 2. Revolta dos Malês. 3. Quilombo Manuel Congo. ( ) Organizaram-se a partir de Vassouras, região do Vale do Paraíba, cuja economia era fortemente ligada às fazendas de café; os escravos foram duramente reprimidos, com seus líderes presos. ( ) Foi uma rebelião que ocorreu em Salvador em fevereiro de 1835, muitos dos escravos rebelados sabiam ler e escrever, seu objetivo era matar todos os brancos, e implantar a religião islâmica. ( ) Foi uma revolta escrava de caráter rural, ocorreu nas fazendas Bela Vista e Bom Jardim, contra a família Junqueira, com participação de escravos de várias fazendas da região. Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 10.0 A 2 – 3 – 1 B 2 – 1 - 3 C 3 – 1 – 2 D 1 – 2 - 3 E 3 – 2 – 1 Você acertou! A sequência correta é a letra e) 3 – 2 – 1, pois: [3] “Também nos anos 1830, um forte quilombo se formou no Vale do Paraíba, já então uma zona de expressiva produção do café. Conhecido como Quilombo de Santa Catarina ou de Manuel Congo, foi liderado por este último até 1838, quando tropas desmantelaram a povoação e prenderam os principais integrantes.” [2] “Há forte polêmica sobre seu significado. Alguns autores declaram que foi uma revolta escrava, de modo inequívoco. Todavia, outros enfatizam o fato de que seus participantes eram todos muçulmanos, sendo mais correto interpretá-la como uma jihad islâmica.” [1] “Por estratégia, os insurretos não atacaram a casa-grande de imediato e procuraram apoio dos escravos da fazenda vizinha, Bela Vista, também da família Junqueira. Lá assassinaram oito membros da família senhorial. Da fazenda Bela Vista, os revoltosos foram para a fazenda Bom Jardim, da mesma família. Neste local eram aguardados pelos já preparados donos da propriedade que, tendo armados seus escravos, estavam prontos para o combate. A rebelião foi debelada e Ventura Mina foi morto.” (livro-base, p. 207-208) Questão 5/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia a passagem de texto: “As sociedades escravistas nas Américas foram marcadas pela rebeldia escrava. Onde quer que o trabalho escravo tenha existido, senhores e governantes foram regularmente surpreendidos com a resistência escrava. No Brasil, tal resistência assumiu diversas formas.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Albuquerque, Wlamyra R. de. Fraga Filho, Walter. Uma história do negro no Brasil. Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais; Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2006. p. 117. Segundo os fragmentos de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre as formas de resistência dos escravos no Brasil: Nota: 10.0 A A rebeldia acontecia cotidianamente e, sempre, por meios violentos, matavam-se os senhores e seus familiares, organizavam-se rotineiramente revoluções nas cidades B Aceitação dos termos firmados pelos senhores era a maneira mais adequada de resistir para os escravos, afinal a escravidão era um estatuto jurídico inquebrantável. C Sabotagem na produção, lentidão nos trabalhos, negociação de cotas de produção, essas e outras formas de resistência eram comuns na história do escravismo no Brasil. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “A pena para um senhor mais exigente ou um feitor mais impertinente poderia se dar de vários modos: assassinatos, ferimentos, suicídios, por exemplo, mas também por meio de formas variadas de sabotagem. Para um escravo de engenho de açúcar, bastava esmagar um limão sobre os tachos de preparação da garapa para estragar a produção ou, simplesmente, provocar uma pequena fagulha no canavial, que arderia por dias até comprometer toda a safra. Muitos senhores sabiam disso e recomendavam agir de modo “político” com os escravos. ” (Livro-base, p. 118) D A negociação entre senhores e escravos era praticamente inexistente durante o escravismo no Brasil, a razão é simples, os senhoresnão podiam ser complacentes sob pena de perderem sua autoridade. E As reivindicações dos escravos ocorriam, entre elas a permissão de realizar um plantio, uma cota de produção menor, a troca de um feitor, mas elas ocorreram durante o século XVII, período em que o escravismo realmente foi duro com os escravos. Questão 6/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o fragmento o excerto de texto: “Os dados do segundo período (1850-1870) demonstram a tendência, aqui já sinalizada, à concentração social da posse de cativos. Os inventários dos mais ricos com mais de 5000 libras) controlavam 38% do contingente de cativos da região, com uma média de posse de 78 cativos para cada proprietário [...]”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PRADO JÚNIOR, Manoel Batista do. Entre senhores, escravos e homens livres pobres: família, liberdade e relações sociais no cotidiano da diferença (Mangaratiba, 1831-1888). Dissertação (Mestrado em História). Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, 2011. p. 75. Segundo os fragmentos de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre a distinção social entre os senhores de escravos: Nota: 10.0 A Observamos que o número de escravos não era considerado quanto à hierarquização social no período escravista. B Os homens livres que possuíam escravos eram mal vistos na sociedade, enquanto os que não tinham escravos eram admirados. C A posse de escravos era sinônimo de distinção social no Brasil escravista, um senhor com 10 escravos era considerado pobre se na mesma região fosse comparado com outro senhor que possuísse 100. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Os livres socialmente mais importantes eram sempre os senhores, ou seja, aqueles que possuíam escravos. Mesmo entre os senhores, a diferença se dava pelo número de escravos possuídos. Possuir apenas um não era a mesma coisa de possuir dez, e possuir dez não era a mesma coisa de possuir 200 escravos. Quando falamos das diferenças entre possuir poucos ou muitos escravos, estamos falando de modo muito genérico. Isso variava muito de acordo com o lugar e com o período. ” (Livro-base, p. 103) D Grandes senhores de fazendas conhecidas tinham poucos escravos, os senhores pobres que precisavam mais do trabalho escravos, estes sim, tinham muitos. E A medida de riqueza entre um senhor e outro se dava através de duas formas: o tamanho da propriedade e a produção do ano corrente. Questão 7/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia a seguinte passagem de texto: “Em 1623, com 41 anos, Nzinga tornou-se rainha do Ndongo. Enquanto o acordo com os portugueses não era ratificado, a rainha investiu contra os povos subjugados ou aliados dos portugueses, libertando muitos escravos e aumentando as áreas sob sua influência.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CORREIA, Stephanie Caroline Boechat. O reino do Congo e os miseráveis do mar. O Congo, o Sonho e os holandeses no Atlântico. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História, 2013. 213 f. p. 115. De acordo com a passagem de texto acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre o Reino do Congo e sua relação com os portugueses: Nota: 10.0 A Quando da ocupação portuguesa a rainha Nzinga consentiu e incentivou que os invasores pudessem capturar pessoas para torná-las escravas. B Os portugueses conseguiram adquirir cativos da África justamente porque não eram belicosos, do contrário as guerras não seriam adequadas para manter um fluxo contínuo de cativos. C Durante o século XVII os portugueses ainda realizavam o comércio de cativos na região norte da África, foi só no século XIX que voltaram os olhos para a região do Congo, Benguela, Cabinda e Mina. D A rainha Nzinga forneceu um modelo de como os africanos eram determinados contra a invasão dos portugueses. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Estes últimos tomaram boa parte das terras do Congo e, apesar dos primeiros contatos com os portugueses terem sido belicosos, acabaram se aliando com estes últimos no começo do século XVII, especialmente os jagakasanje, o que garantiu força suficiente para os europeus invadirem boa parte do território do Congo. Contra a ocupação lusa, a Rainha Nzinga (ou Ginga, de acordo com a versão) apresentou resistência, mantendo guerra constante contra os portugueses ao longo de décadas. Contudo, esse estado de guerra constante criou condições para a captura de muitas pessoas. ” (Livro-base, p. 75) E Os portugueses agiram de maneira independente em sua política de captura na África, não exploraram, portanto, os conflitos entre os diversos grupos inimigos na África ao seu favor. Questão 8/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia a seguinte passagem de texto: O século XIX é muito caro a nós historiadores, e para nós brasileiros ele se reveste de um caráter também especial. Foi o século em que a história se estruturou como uma disciplina, com métodos e práticas próprios. No Brasil do século XIX foi o momento em que se forjaram as primeiras narrativas do estado nacional independente, entre elas as relativas a formação do povo brasileiro. Fonte: texto elaborado pelo autor da questão. De acordo com os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasill, assinale a alternativa correta sobre o pensamento de Karl Friedrich Von Martius: Nota: 0.0 A Como elementos fundantes da população brasileira a teoria das três raças de Martius foi construída de maneira equilibrada, cada raça ocupando em parcelas iguais de importância para a formação do povo brasileiro. B Martius considerava que o Brasil era formado a partir da união entre três raças, a de cor de cobre ou americana, a de cor branca ou caucasiana e a de cor preta ou etiópica. Esta é a afirmação correta porque segundo o livro base (GIL, Tiago. História e Historiografia da Escravidão no Brasil, p. 32) “Martius (1844) ia em busca das origens e dos povos fundadores, porém, ao incluir os três, não o fazia de modo equilibrado ou democrático. Para ele, os portugueses eram a força primordial, os conquistadores. Para ele, não haveria ‘dúvida que o Brasil teria tido um desenvolvimento muito diferente sem a introdução dos escravos negros ‘(Martius, 1844, p. 1). Ainda que subalternos, os escravos e seus descendentes tinham algum lugar na história. O passar dos anos faria mostrar que isso não era algo óbvio. ” Livro-base, p. 32) C A matriz africana era considerada fundamental entre as três raças, porque Martius acreditava na preponderância escrava negra em relação aos brancos. D A noção de Von Martius não se popularizou, tornando-se letra morta, apesar do prêmio concedido a ele pelo recém-formado IHGB. E Era óbvio em Martius (ficou claro posteriormente) que o lugar ocupado pelos negros e seus descendentes na formação do povo brasileiro iria sobrepujar as demais raças. Questão 9/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para o fragmento de texto: “É necessário, de início, observar que uma fuga, o assassinato de um feitor, um suicídio e um roubo — quando cometidos pelo escravo — têm uma conotação comum dada pela evidência de um comportamento desajustado; contudo, cada uma dessas diferentes manifestações de inconformismo tem uma significação política diferenciada.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GEBARA, Ademir. Escravos: fugas e fugas. Revista Brasileira de história. São Paulo. v. 6. n. 12, 1986, p. 90. De acordo com o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil relacione corretamente as formas de resistência e acomodação dosescravos no Brasil às suas caracterizações: 1. Fugas 2. Rebeliões cotidianas 3. Apadrinhamento ( ) eram as resistências que aconteciam de maneira quase imperceptível, mas que visavam tornar o fardo cotidiano menos pesado. ( ) não era algo comum, mas muitos escravos tornavam-se ligados aos seus senhores, a ponto de se ligarem a eles e desta forma obterem benesses, proteção especial. ( ) reivindicavam com isto uma vida nova, totalmente independente do senhor, um rompimento completo de suas vidas de exploração. Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 0.0 A 2 – 1 - 3 B 3 – 2 – 1 C 3 – 1 – 2 D 1 - 2 – 3 E 2 – 3 – 1 A sequência correta é a letra e), pois: [2] “Negociar as tarefas era uma forma de resistir – e os escravos negociavam isso o quanto podiam.” (livro-base, p. 118) [3] “Por exemplo, quando observamos os compadres dos escravos, vemos que a maioria era composta por homens e mulheres livres, muitas vezes, senhores de outros escravos.” (livro-base, p. 117) [1] “Ao falar disso, sabemos e devemos lembrar que a maior parte dos escravos nunca se revoltou de modo evidente, por meio de grandes fugas, quilombos ou revoltas violentas.” (livro-base, p. 118) Questão 10/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia a seguinte fragmento de texto: “Danças eróticas como a presenciada por Koch-Grümberg entre tribos do noroeste do Brasil - os homens mascarados, cada um armado com formidável membrum virile, fingindo praticar o ato sexual e espalhar esperma - parecem ter sido menos frequentes entre os ameríndios do que entre os africanos. O que nos leva à conclusão de que naqueles a sexualidade precisasse menos de estímulo.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 48 ed. São Paulo: Global, 2003. p. 84. Considere a citação acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre o tema da sexualidade presente na obra Casa Grande & Senzala: Nota: 0.0 A Falar de sexualidade na década de 1930 não era considerado um tabu na sociedade brasileira, por isso a obra de Freyre não causou constrangimento. B Por trazer temas como a masturbação, a prática do ato sexual com conchas, por exemplo, Freyre trouxe um tema há muito estudado, sem muito inovação quando ao método e à pesquisa. C Freyre traz a ideia do africano sexualizado, mas com a ideia inovadora de que este “amoleceu” o português e com ele gerou milhares de filhos mestiços. Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Em primeiro lugar – e isso representava uma posição arrojada para a época –, a contribuição africana adquire uma posição de destaque. É ela quem governa, mas o faz de modo quase dissimulado. Governa pelo 'amolecimento” das instituições, quase que com certa malícia. Estamos novamente diante da ideia do africano sexualizado, que seduz o português de modo avassalador. ” (Livro-base, p. 38) D A ideia de junção entre as raças não se mostrou nitidamente na obra Casa Grande & Senzala, Freyre requentou a teoria de Von Martius, de separação estanque entre as raças. E É certo que Casa Grande & Senzala teve abordagens pouco inovadoras quanto à sexualidade e, portanto, não repercutiu em outros lugares. Questão 1/10 - História e Historiografia da Escravidão Considera a seguinte citação: “Os índios mais 'teimosos' em não aceitar os contatos deveriam ser exterminados em nome de uma ocupação mais efetiva. Estes índios não pacíficos poderiam também, segundo uma legislação que mudava constantemente, ser escravizados, desde que fossem respeitadas algumas condições [...] não aceitavam a catequização, atacavam os colonos e eram antropófagos. A estes deveria ser decretada a Guerra Justa”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: AMANTINO, Márcia. As Guerras Justas e a escravidão indígena em Minas Gerais nos séculos XVIII e XIX. Varia Hist. v. 22, n.35. Belo Horizonte Jan/June 2006. p. 2. Segundo o fragmento acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta no que se refere à guerra justa: Nota: 0.0 A Os cativos indígenas, por serem preguiçosos, eram preteridos pelos de origem africana no interior do Brasil. B O trabalho indígena deixou de ser utilizado no século XIX; nas áreas ricas predominou o trabalho indígena, já no interior do país os de origem africana eram mais empregados. C Em 1570 uma lei da coroa portuguesa determinava que os indígenas que tivessem conformação física e resistência para o trabalho nas lavouras de cana poderiam ser capturados. D Em 1570 a coroa portuguesa editou a lei que ficou conhecida como guerra justa, que estabelecia a permissão de captura dos indígenas bravios como escravos. Esta é a afirmação correta porque segundo o livro base (GIL, Tiago. História e Historiografia da Escravidão no Brasil, p. 21). “Como já vimos, a escravidão indígena foi proibida pela Coroa portuguesa, com uma lei editada em 1570. Foi a lei que estabeleceu a chamada guerra justa como a única forma aceitável de capturar indígenas como escravos. ” (Livro-base, p. 21) E A questão jurídica não pesou quando se tratou de escravizar ou não as populações indígenas. Questão 2/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para o fragmento de texto: “[...] as mulheres exerceram um encanto especial, de cunho sexual, sobre os senhores de engenho de origem europeia, como o sociólogo pernambucano Gilberto Freyre registrou em 1933 em Casa-grande & Senzala, ensaio clássico sobre a formação do país". Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ZORZETTO, Ricardo. A África nos genes do povo brasileiro: Análise de DNA revela regiões que mais alimentaram o tráfico de escravos para o país. Revista Fapesp. ed. 134. 2007. https://revistapesquisa.fapesp.br/2007/04/01/a-africa-nos-genes-do-povo-brasileiro/. Acesso em: 12 nov. 2019. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre o perfil dos escravizados quanto ao gênero: Nota: 0.0 A A maior parte dos escravizados eram mulheres, apesar dos homens serem preferidos para a lavoura. B É impossível realizar qualquer estimativa sobre o percentual de homens e mulheres que foram trazidos como cativos, porque os registros foram perdidos, além disso a ciência sequer tem meios realizar qualquer tipo de mensuração. C A diferença entre o número de homens e mulheres traficados se deveu porque as mulheres eram mais caras no mercado interno, além disso, os laços de parentesco em sociedades africanas, em geral matrilineares, era um obstáculo para a venda delas. Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Agora que já temos uma ideia, ainda que grosseira, sobre as origens dos escravizados, podemos observar outros temas relevantes, como o número de homens e mulheres embarcados. Estima-se que 65% dos escravizados no tráfico atlântico eram homens. Consequentemente, 35% eram mulheres. Essa diferença expressiva não se deve à ideia sobre as vantagens dos homens para o serviço da lavoura. Na verdade, homens e mulheres trabalhavam duro, lado a lado, nas plantations e em quase todas as tarefas existentes. A diferença entre o número de embarcados homens e mulheres ser tão grande se deve ao fato de que as mulheres tinham um preço muito mais alto nos mercados internos na África. As mulheres eram consideradas melhores para a o trabalho agrícola, além de serem importantes para a construção de laços de parentesco e trocas simbólicas, inclusive por prestígio social. ” (Livro-base, p. 94) D A aquisição de mulheres era facilitada na África, isto é tão certo que pesquisas genéticas apontam para a maior contribuição das mulheres no material genético brasileiroatual. E Foram trazidas para o Brasil mais mulheres que homens durante o período escravista, porque elas eram mais baratas, os homens eram mão-de-obra cara para os traficantes. Questão 3/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia a seguinte passagem de texto: “Em 1623, com 41 anos, Nzinga tornou-se rainha do Ndongo. Enquanto o acordo com os portugueses não era ratificado, a rainha investiu contra os povos subjugados ou aliados dos portugueses, libertando muitos escravos e aumentando as áreas sob sua influência.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CORREIA, Stephanie Caroline Boechat. O reino do Congo e os miseráveis do mar. O Congo, o Sonho e os holandeses no Atlântico. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História, 2013. 213 f. p. 115. De acordo com a passagem de texto acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre o Reino do Congo e sua relação com os portugueses: Nota: 10.0 A Quando da ocupação portuguesa a rainha Nzinga consentiu e incentivou que os invasores pudessem capturar pessoas para torná-las escravas. B Os portugueses conseguiram adquirir cativos da África justamente porque não eram belicosos, do contrário as guerras não seriam adequadas para manter um fluxo contínuo de cativos. C Durante o século XVII os portugueses ainda realizavam o comércio de cativos na região norte da África, foi só no século XIX que voltaram os olhos para a região do Congo, Benguela, Cabinda e Mina. D A rainha Nzinga forneceu um modelo de como os africanos eram determinados contra a invasão dos portugueses. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Estes últimos tomaram boa parte das terras do Congo e, apesar dos primeiros contatos com os portugueses terem sido belicosos, acabaram se aliando com estes últimos no começo do século XVII, especialmente os jagakasanje, o que garantiu força suficiente para os europeus invadirem boa parte do território do Congo. Contra a ocupação lusa, a Rainha Nzinga (ou Ginga, de acordo com a versão) apresentou resistência, mantendo guerra constante contra os portugueses ao longo de décadas. Contudo, esse estado de guerra constante criou condições para a captura de muitas pessoas. ” (Livro-base, p. 75) E Os portugueses agiram de maneira independente em sua política de captura na África, não exploraram, portanto, os conflitos entre os diversos grupos inimigos na África ao seu favor. Questão 4/10 - História e Historiografia da Escravidão Considere o seguinte fragmento de texto: Silvia Lara, Sidney Chalhoub, Manolo Florentino, Hebe Mattos e João José Reis são historiadores que produziram abordagens inovadoras sobre a escravidão na década de 1980. O contexto no qual escreviam era a abertura política do Brasil, duas décadas de autoritarismo político e censura da Ditadura Militar, inspiraram tais autores a repensar a questão da liberdade, luta e resistência dos escravos, e influenciaram a historiografia da escravidão no século XXI. Fonte: texto elaborado pelo autor desta questão. Conforme o trecho lido e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil assinale a alternativa correta sobre as temáticas inovadoras que pautaram a historiografia na década de 1980 e sua influência para o século XXI: Nota: 0.0 A Relações mútuas e mudanças dessas três raças, os castigos físicos, família escrava, sexualidade, relação entre a Casa Grande e a Senzala. B Família escrava, negociação, formas de resistência e sobrevivência, os escravos de ganho, as alforrias. Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “[...] foi debatido nos anos 1980: família escrava, tráfico de escravos, formas da violência, negociação como instrumento de ação dos escravos, formas de controle do trabalho, mobilidade dos chamados ‘escravos de ganho’, alforrias, estratégias de sobrevivência, entre outros tantos temas. ” (Livro-base, p. 55) C Contribuição dos três elementos humanos: brancos, negros e indígenas, violência e exclusão do escravo. D Negociação, formas de resistência, predominância dos brancos, escravidão indígena. E Escravo como “coisa”, anomia e passividade do escravo, negociação, formas de resistência e sobrevivência. Questão 5/10 - História e Historiografia da Escravidão Considerando o fragmento de texto: "[...] o termo raça deixou de ter um sentido estritamente biológico para também ter um sentido social. Este artigo tem por objetivo discutir essas novas teorias raciais que permearam o início do século XX e que tiveram bastante respaldo principalmente no Brasil, sociedade amplamente miscigenada.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RANGEL, Pollyanna Soares. Apenas uma questão de cor? As teorias raciais dos séculos XIX e XX. Revista Simbiótica - Universidade Federal do Espírito Santo - Núcleo de Estudos e Pesquisas Indiciárias. vol. 2, n. 1, jun., 2015. P. 1. Conforme os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil relacione os autores abaixo às teorias defendidas por eles: 1. Francisco Adolfo de Varnhagen. 2. Nina Rodrigues. 3. Gilberto Freyre. ( ) desconsiderava os negros como elemento constituinte da formação do povo brasileiro. ( ) acrescentou a importância de cada raça para a formação da sociedade patriarcal. ( ) defendia a ideia de raças superiores e inferiores, sua teoria ficou conhecida como racismo científico. Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 0.0 A 3 – 1 – 2 B 2 - 3 – 1 C 1 – 3 – 2 A sequência correta é: 2 – 4 – 3 [2] “Ao longo de suas 1200 páginas, Varnhagen falou muito dos portugueses, pouco dos indígenas e muito pouco dos africanos. [...] Do total de páginas, apenas 11 foram dedicadas para falar dos africanos.” (livro-base p. 33-34) [1] [3] “Por outro lado, cada um dos três 'fundadores' do Brasil – brancos, negros e indígenas – tinha um papel diferente, além de uma importância diferente.” (livro-base p. 37). [3] “Era o 'racismo científico' que pretendia dar áreas de ciência ao preconceito herdado do período colonial”. (livro-base p. 36) D 2 – 1 – 3 E 1 – 2 – 3 Questão 6/10 - História e Historiografia da Escravidão Considere a seguinte citação: “[...] dando-lhe mais cor ou sabor local em certos pontos a maior influência indígena; em outros, um vivo colorido exótico a maior proximidade da África; e em Pernambuco, por ser o ponto mais perto da Europa, conservando-se como um equilíbrio entre as três influências: a indígena, a africana e a portuguesa.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 48 ed. São Paulo: Global, 2003. p. 47. Tendo em vista a citação acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre o pensamento de Gilberto Freyre presente na obra Casa Grande & Senzala: Nota: 0.0 A Os historiadores entendem a metáfora utilizada por Freyre entre Casa Grande e Senzala como uma forma do autor dividir completamente dois mundos incomunicáveis, o dos negros e dos brancos. B Freyre adotou a visão de Von Martius que entendia sociedade brasileira a partir de uma divisão de três elementos formadores, o indígena, o branco e o africano, e acrescentou a importância de cada uma para a formação da sociedade patriarcal. Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “A obra Casa-Grande & Senzala retomou a divisão tripartite de Von Martius, desenhando a formação do Brasil como fruto da participação de brancos, negros e indígenas. Por um lado, resgatar a divisão de Martius era um tanto audaz, em um ambiente intelectual que refutava por completo as contribuições africanas. Por outro lado, cada um dos três 'fundadores'do Brasil – brancos, negros e indígenas – tinha um papel diferente, além de uma importância diferente. ” (Livro-base, p. 37) C A divisão tripartite como utilizada por Freyre colocava os brancos, europeus, como seres superiores intocados nas Casas Grandes, delas saindo apenas para castigar seus escravos. D No entendimento de Gilberto Freyre havia uma rigidez entre as raças, cada uma se desenvolveu com práticas e hábitos próprios, sem se influenciarem mutuamente. E O fato de os portugueses nunca terem tido contato com populações negras antes da colonização fez deles uma raça prepotente e pouco afeita ao contato com os escravos negros. Questão 7/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para trecho de texto a seguir: “No caso dos escravos constituídos cristãmente em família, à sombra das casas-grandes e dos velhos engenhos, terá havido, na adoção dos nomes fidalgos, menos vaidade tola que natural influência do patriarcalismo, fazendo os pretos e mulatos, em seu esforço de ascensão social, imitarem os senhores brancos e adotarem-lhe as formas exteriores de superioridade. " Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 48 ed. São Paulo: Global, 2003. p. 286. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre o conceito de família patriarcal: Nota: 10.0 A Formas exteriores de superioridade como o nome de família tinham pouca importância no Brasil patriarcal. B O nome de família era um elemento de distinção social, o tipo de família a que pertencia o indivíduo organizava seu mundo, lhe conferia um status elevado. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “A ideia central, sem dúvida, parece residir no fato de as pessoas se pensarem mais como membros de determinada família do que como indivíduos”. E quando os homens e as mulheres do tempo da escravidão pensavam em família, imaginavam uma filiação muito séria, uma militância de grupo, um vínculo social incontornável. É nesse sentido que a família senhorial aparecia como uma unidade política central. ” (Livro-base, p. 110) C A influência das famílias patriarcais não era sentida pelas classes sociais exploradas, exemplo disso era negros e indígenas não se espelharem no mundo dos brancos para construir sua cosmovisão. D A família patriarcal para Freyre era a mais comum e mais poderosa, aquela que influenciava absolutamente todos os aspectos daquela sociedade, com o poder inquestionável do patriarca. E O modelo adotado por Freyre a respeito da família patriarcal era a nuclear, composta pelo patriarca (pai), sua esposa e filhos, sem a presença de agregados. Questão 8/10 - História e Historiografia da Escravidão Observe os seguintes mapas: Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Diversidade cultural da África. http://www.metromagazine.com.br/materia.php?Sec=3&Sub=27&id=2869 Acesso em: 02 nov.2019. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Principais regiões do continente africano. https://pt.wikivoyage.org/wiki/%C3%81frica Acesso em: 02 nov. 2019. Considerando os mapas acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre a África, seus aspectos demográficos e geográficos: Nota: 10.0 A A África é dividida em três regiões: o Norte, a região do Magreb; a região do Saara, no extremo sul e a África Central. B A divisão em seis regiões demonstra o quanto o continente é limitado em termos de relevo e hidrografia por exemplo. C Continente é o berço da civilização, possuí milhares de idiomas, diversas religiões e dezenas de países. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “A África é um continente de muitas histórias e, mesmo, o berço da humanidade. Hoje é composto por dezenas de países com as mais diversas características, religiões e milhares de idiomas. Milhares, sem exagero. Mas o que existe hoje não tem qualquer semelhança com as diversas formações que o continente teve ao longo da história. ” (Livro-base, p. 64) D Entender a geografia do continente não auxilia na compreensão das pessoas que ali vivem. E Na região norte predominou historicamente o cristianismo como religião, enquanto ao sul, temos o islamismo. Questão 9/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para o trecho de texto a seguir: "Entraram no Brasil entre 1831 e 1835 um total de 26.095 escravos africanos. Só para comparação, no período anterior (1826-1830), esse total de cativos importados foi de 292.684, e no posterior (1836-1840), 201.140.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, João Daniel Antunes Cardoso do Lago. O tráfico de escravos, a pressão inglesa e a lei de 1831. Revista de História Econômica & Economia Regional Aplicada, v. 7. n. 13 jul. 2012. p. 110. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre o tráfico de escravos: Nota: 10.0 A O tráfico de escravos foi fraco durante o século XIX, porque os negociadores holandeses decidiram cessar esse tipo de comércio. B No século XVIII os ingleses eram os maiores negociadores de escravos, somente a Jamaica recebeu quase 1 milhão de escravos nesse período. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “No século XVIII, as coisas novamente mudaram de escala, principalmente em termos de quem eram os maiores protagonistas no mercado de almas. Os ingleses assumiram a liderança do tráfico, seguidos de perto pelos lusitanos. Somente a Jamaica, colônia britânica, recebeu quase um milhão de escravizados. O caribe inglês, ao todo, recebeu 2 milhões. O caribe francês, por sua vez, viu desembarcarem mais de um milhão de africanos. O Brasil, abastecido pelos portugueses e, agora, também pelos traficantes de seus próprios portos, recebeu outros 2 milhões. ” (Livro-base, p. 90) C O maior volume de escravos desembarcados ocorreu no século XIX, pois foi criada uma lei em 1831 que, inclusive, permitia o tráfico para o Brasil. D O período entre 1770 e 1830 foi o que teve o menor número de desembarques da época moderna, razão pela qual muitos negociadores de escravos faliram. E O desembarque de escravos cessou totalmente no século XIX, fruto da proibição do Tráfico em 1831, que ocorreu sob pressão dos holandeses. Questão 10/10 - História e Historiografia da Escravidão Considere os seguintes fragmentos de texto: “Traficantes africanos, europeus e brasileiros fizeram fortunas pilhando povos militarmente mais fracos que, até então, só se submetiam a chefes políticos locais. Mas o tráfico de escravos favoreceu principalmente enriquecimento de nações europeias como Inglaterra, França e Portugal”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Albuquerque, Wlamyra R. de. Fraga Filho, Walter. Uma história do negro no Brasil. Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais; Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2006. p. 306. Considerando os trechos de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre os negociantes de escravos: Nota: 10.0 A O comércio de escravos era monopólio dos portugueses, visto que foram eles que primeiro chegaram e estabeleceram feitorias ao longo de toda a costa africana. B Os africanos que selecionavam aqueles que iam ser escravizados e os levavam até os portos no litoral africano, quando eram entregues, por meio de um ritual, aos portugueses e demais nações que traficavam. C Os negociadores de escravos fizeram verdadeiras fortunas com o tráfico, este tipo de comércio era muito lucrativoapesar das mortes que ocorriam ao longo do Atlântico. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Ou seja, lentamente, a oferta abundante e a demanda, que faziam crescer ainda mais a produção de escravizados, encontraram-se e, combinadas, fizeram crescer o número de cativos que cruzavam o atlântico, como uma bola de neve, que devagar vai se tornando uma avalanche. Vejamos de perto aqueles que trabalharam para que isso ocorresse – aqueles que dedicaram suas vidas para comprar pessoas escravizadas e levar para outro continente, comprando barato e vendendo caro, tal como funcionava o comércio atlântico de almas. ” (Livro-base, p. 88) D A oferta de escravos da África bem como sua demanda nas plantações da América era pequena apesar disso, os negociadores como Francisco Félix fizeram verdadeiras fortunas. E O fluxo de escravos que chegavam ao Brasil era em torno de mil escravizados em média por ano, aumentando levemente quando a demanda por mão de obra requeresse. Questão 1/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia a seguinte passagem de texto: O século XIX é muito caro a nós historiadores, e para nós brasileiros ele se reveste de um caráter também especial. Foi o século em que a história se estruturou como uma disciplina, com métodos e práticas próprios. No Brasil do século XIX foi o momento em que se forjaram as primeiras narrativas do estado nacional independente, entre elas as relativas a formação do povo brasileiro. Fonte: texto elaborado pelo autor da questão. De acordo com os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasill, assinale a alternativa correta sobre o pensamento de Karl Friedrich Von Martius: Nota: 10.0 A Como elementos fundantes da população brasileira a teoria das três raças de Martius foi construída de maneira equilibrada, cada raça ocupando em parcelas iguais de importância para a formação do povo brasileiro. B Martius considerava que o Brasil era formado a partir da união entre três raças, a de cor de cobre ou americana, a de cor branca ou caucasiana e a de cor preta ou etiópica. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro base (GIL, Tiago. História e Historiografia da Escravidão no Brasil, p. 32) “Martius (1844) ia em busca das origens e dos povos fundadores, porém, ao incluir os três, não o fazia de modo equilibrado ou democrático. Para ele, os portugueses eram a força primordial, os conquistadores. Para ele, não haveria ‘dúvida que o Brasil teria tido um desenvolvimento muito diferente sem a introdução dos escravos negros ‘(Martius, 1844, p. 1). Ainda que subalternos, os escravos e seus descendentes tinham algum lugar na história. O passar dos anos faria mostrar que isso não era algo óbvio. ” Livro-base, p. 32) C A matriz africana era considerada fundamental entre as três raças, porque Martius acreditava na preponderância escrava negra em relação aos brancos. D A noção de Von Martius não se popularizou, tornando-se letra morta, apesar do prêmio concedido a ele pelo recém-formado IHGB. E Era óbvio em Martius (ficou claro posteriormente) que o lugar ocupado pelos negros e seus descendentes na formação do povo brasileiro iria sobrepujar as demais raças. Questão 2/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia a passagem de texto: Nessa historiografia dos anos 1980, os historiadores buscam as dinâmicas de luta, dos conflitos, das concordâncias ou não entre senhores e escravos. Os escravos não são vistos como “coisas”, como seres sem vontade, mas como indivíduos que ao se dirigirem às autoridades pediam mais autonomia, ter acesso ao cultivo, à alforria, a ter direito de reservar dinheiro para si. Fonte: texto elaborado pelo autor da questão. Considere este trecho de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre a historiografia dos anos 1980: Nota: 10.0 A A aceitação dos escravos de sua situação não dava a eles capacidade de organização, viviam uma espécie de letargia coletiva. B Buscou destacar o potencial de negociação dos escravos, vistos não como seres passivos, mas atuantes no sentido de tornar seu fardo menos pesado. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Escola Sociológica Paulista, destacando o potencial de negociação dos cativos. Esta palavra, negociação, entrou com muita força na historiografia desde então. Ela não pretende negar a violência física que é própria do universo do cativeiro. ” (Livro-base, p. 47) C Humilhados por castigos físicos, expostos as mais variadas formas de exploração, os escravos, segundo os historiadores da década de 80, viveram sem perturbar a ordem vigente e questionar a autoridade de seus senhores. D A palavra resignação é a chave de leitura para compreendermos a visão dos historiadores da década de 1980 em relação aos cativos. E A escola sociológica paulista defendia o papel de luta e negociação dos escravos, e a historiografia da década de 1980 defendia a passividade dos escravos. Questão 3/10 - História e Historiografia da Escravidão Considere a passagem de texto: “Os portos que recebiam maior número de escravos no Brasil eram Salvador, Rio de Janeiro e Recife; desses portos os escravos eram transportados aos mais diversos locais do Brasil. Algumas outras cidades recebiam escravos vindos diretamente da África, como Belém, São Luís [...]. A proporção de desembarque de escravos em cada porto variou ao longo de 380 anos de escravidão, dependendo do aquecimento da atividade econômica na região servida pelo porto em questão. ” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: https://bndigital.bn.gov.br/dossies/trafico-de-escravos-no-brasil/trafico-e-comercio-de-escravos/ Acesso em: 02 nov. 2019 De acordo com o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta a respeito do tráfico de escravos para o Brasil ao longo dos séculos: Nota: 10.0 A Percebemos que o século XVI foi o que teve o maior afluxo de cativos no Brasil, no período era exclusiva a utilização dos escravos africanos nas lavouras de cana. B O Brasil andou na contramão do mundo durante o século XIX no que diz respeito ao comércio de escravos, enquanto o tráfico diminuía em outras partes do mundo, no Brasil aumentava. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Porém, no caso do Brasil, os anos de maior chegada de escravizados são justamente aqueles da primeira metade, quando está caindo o tráfico no mundo todo. Nesse sentido, quando o mundo estava começando a abandonar a escravidão, o Brasil teve seu melhor desempenho nesse assunto. Não sem motivo, o Brasil teve os maiores traficantes de escravos de todos os tempos e o porto de Salvador (Bahia). ” (Livro-base, p. 78) C Os ciclos econômicos como o da cana e o café não direcionaram a mão de obra escrava pelo Brasil, que se manteve sobretudo intensa na região Nordeste. D O ritmo do tráfico de escravos foi o mesmo entre os séculos XVI e XIX, isto quer dizer que a entrada dos cativos não teve altos e baixos, além disso os portugueses seguiram um ritmo contínuo de captura nos portos africanos. E Santos foi o maior porto de escravos do mundo, pois era a porta de entrada dos cativos dirigidos às fazendas de Café do interior paulista. Questão 4/10 - História e Historiografia da Escravidão Considerando o fragmento de texto: "[...] o termo raça deixou de ter um sentido estritamente biológico para também ter um sentido social. Este artigo tem por objetivo discutir essas novas teorias raciais que permearam o início do século XX e que tiveram bastante respaldo principalmente no Brasil, sociedade amplamente miscigenada.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RANGEL, Pollyanna Soares. Apenas uma questão de cor? As teorias raciais dos séculos XIX e XX. Revista Simbiótica - UniversidadeFederal do Espírito Santo - Núcleo de Estudos e Pesquisas Indiciárias. vol. 2, n. 1, jun., 2015. P. 1. Conforme os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil relacione os autores abaixo às teorias defendidas por eles: 1. Francisco Adolfo de Varnhagen. 2. Nina Rodrigues. 3. Gilberto Freyre. ( ) desconsiderava os negros como elemento constituinte da formação do povo brasileiro. ( ) acrescentou a importância de cada raça para a formação da sociedade patriarcal. ( ) defendia a ideia de raças superiores e inferiores, sua teoria ficou conhecida como racismo científico. Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 10.0 A 3 – 1 – 2 B 2 - 3 – 1 C 1 – 3 – 2 Você acertou! A sequência correta é: 2 – 4 – 3 [2] “Ao longo de suas 1200 páginas, Varnhagen falou muito dos portugueses, pouco dos indígenas e muito pouco dos africanos. [...] Do total de páginas, apenas 11 foram dedicadas para falar dos africanos.” (livro-base p. 33-34) [1] [3] “Por outro lado, cada um dos três 'fundadores' do Brasil – brancos, negros e indígenas – tinha um papel diferente, além de uma importância diferente.” (livro-base p. 37). [3] “Era o 'racismo científico' que pretendia dar áreas de ciência ao preconceito herdado do período colonial”. (livro-base p. 36) D 2 – 1 – 3 E 1 – 2 – 3 Questão 5/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para o fragmento de texto: “[...] as mulheres exerceram um encanto especial, de cunho sexual, sobre os senhores de engenho de origem europeia, como o sociólogo pernambucano Gilberto Freyre registrou em 1933 em Casa-grande & Senzala, ensaio clássico sobre a formação do país". Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ZORZETTO, Ricardo. A África nos genes do povo brasileiro: Análise de DNA revela regiões que mais alimentaram o tráfico de escravos para o país. Revista Fapesp. ed. 134. 2007. https://revistapesquisa.fapesp.br/2007/04/01/a-africa-nos-genes-do-povo-brasileiro/. Acesso em: 12 nov. 2019. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre o perfil dos escravizados quanto ao gênero: Nota: 10.0 A A maior parte dos escravizados eram mulheres, apesar dos homens serem preferidos para a lavoura. B É impossível realizar qualquer estimativa sobre o percentual de homens e mulheres que foram trazidos como cativos, porque os registros foram perdidos, além disso a ciência sequer tem meios realizar qualquer tipo de mensuração. C A diferença entre o número de homens e mulheres traficados se deveu porque as mulheres eram mais caras no mercado interno, além disso, os laços de parentesco em sociedades africanas, em geral matrilineares, era um obstáculo para a venda delas. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Agora que já temos uma ideia, ainda que grosseira, sobre as origens dos escravizados, podemos observar outros temas relevantes, como o número de homens e mulheres embarcados. Estima-se que 65% dos escravizados no tráfico atlântico eram homens. Consequentemente, 35% eram mulheres. Essa diferença expressiva não se deve à ideia sobre as vantagens dos homens para o serviço da lavoura. Na verdade, homens e mulheres trabalhavam duro, lado a lado, nas plantations e em quase todas as tarefas existentes. A diferença entre o número de embarcados homens e mulheres ser tão grande se deve ao fato de que as mulheres tinham um preço muito mais alto nos mercados internos na África. As mulheres eram consideradas melhores para a o trabalho agrícola, além de serem importantes para a construção de laços de parentesco e trocas simbólicas, inclusive por prestígio social. ” (Livro-base, p. 94) D A aquisição de mulheres era facilitada na África, isto é tão certo que pesquisas genéticas apontam para a maior contribuição das mulheres no material genético brasileiro atual. E Foram trazidas para o Brasil mais mulheres que homens durante o período escravista, porque elas eram mais baratas, os homens eram mão-de-obra cara para os traficantes. Questão 6/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia a seguinte passagem de texto: “Em 1623, com 41 anos, Nzinga tornou-se rainha do Ndongo. Enquanto o acordo com os portugueses não era ratificado, a rainha investiu contra os povos subjugados ou aliados dos portugueses, libertando muitos escravos e aumentando as áreas sob sua influência.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CORREIA, Stephanie Caroline Boechat. O reino do Congo e os miseráveis do mar. O Congo, o Sonho e os holandeses no Atlântico. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História, 2013. 213 f. p. 115. De acordo com a passagem de texto acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre o Reino do Congo e sua relação com os portugueses: Nota: 10.0 A Quando da ocupação portuguesa a rainha Nzinga consentiu e incentivou que os invasores pudessem capturar pessoas para torná-las escravas. B Os portugueses conseguiram adquirir cativos da África justamente porque não eram belicosos, do contrário as guerras não seriam adequadas para manter um fluxo contínuo de cativos. C Durante o século XVII os portugueses ainda realizavam o comércio de cativos na região norte da África, foi só no século XIX que voltaram os olhos para a região do Congo, Benguela, Cabinda e Mina. D A rainha Nzinga forneceu um modelo de como os africanos eram determinados contra a invasão dos portugueses. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Estes últimos tomaram boa parte das terras do Congo e, apesar dos primeiros contatos com os portugueses terem sido belicosos, acabaram se aliando com estes últimos no começo do século XVII, especialmente os jagakasanje, o que garantiu força suficiente para os europeus invadirem boa parte do território do Congo. Contra a ocupação lusa, a Rainha Nzinga (ou Ginga, de acordo com a versão) apresentou resistência, mantendo guerra constante contra os portugueses ao longo de décadas. Contudo, esse estado de guerra constante criou condições para a captura de muitas pessoas. ” (Livro-base, p. 75) E Os portugueses agiram de maneira independente em sua política de captura na África, não exploraram, portanto, os conflitos entre os diversos grupos inimigos na África ao seu favor. Questão 7/10 - História e Historiografia da Escravidão Considera a seguinte citação: “Os índios mais 'teimosos' em não aceitar os contatos deveriam ser exterminados em nome de uma ocupação mais efetiva. Estes índios não pacíficos poderiam também, segundo uma legislação que mudava constantemente, ser escravizados, desde que fossem respeitadas algumas condições [...] não aceitavam a catequização, atacavam os colonos e eram antropófagos. A estes deveria ser decretada a Guerra Justa”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: AMANTINO, Márcia. As Guerras Justas e a escravidão indígena em Minas Gerais nos séculos XVIII e XIX. Varia Hist. v. 22, n.35. Belo Horizonte Jan/June 2006. p. 2. Segundo o fragmento acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta no que se refere à guerra justa: Nota: 10.0 A Os cativos indígenas, por serem preguiçosos, eram preteridos pelos de origem africana no interior do Brasil. B O trabalho indígena deixou de ser utilizado no século XIX; nas áreas ricas predominou o trabalho indígena, já no interior do país os de origem africana eram mais empregados. C Em 1570 uma lei da coroa portuguesa determinava que os indígenas que tivessem conformação física e resistência para o trabalho nas lavouras de cana poderiam ser capturados. D Em 1570 a coroa portuguesa editou a lei que ficou conhecidacomo guerra justa, que estabelecia a permissão de captura dos indígenas bravios como escravos. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro base (GIL, Tiago. História e Historiografia da Escravidão no Brasil, p. 21). “Como já vimos, a escravidão indígena foi proibida pela Coroa portuguesa, com uma lei editada em 1570. Foi a lei que estabeleceu a chamada guerra justa como a única forma aceitável de capturar indígenas como escravos. ” (Livro-base, p. 21) E A questão jurídica não pesou quando se tratou de escravizar ou não as populações indígenas. Questão 8/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia a informação: “A historiografia da escravidão que ocorreu no Brasil é rica e seminal no sentido de nos possibilitar pensar tanto em conhecimentos sobre a nossa história como também em embates teórico-metodológicos e conceituais em torno desses conhecimentos, além de nos permitir colocar em evidência contendas ideológicas que revestiram as pesquisas clássicas e as posições políticas que circundam esse campo de pesquisa.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PALERMO, LUIS CLAUDIO. Disputas no campo da historiografia da escravidão brasileira: perspectivas clássicas e debates atuais. Dimensões - Revista de História da UFES, v. 39, p. 324-347, 2017. p. 325. http://www.periodicos.ufes.br/dimensoes/article/viewFile/18638/12660;Disputas. Acesso em: 25 out. 2019. Considerando a informação acima e os conteúdos da Aula 1, Vídeo 3, Tema 2 – Uma escravidão tão doce quanto o melaço?, assinale a afirmativa que define a forma como a escravidão foi retratada nos primeiros trabalhos sobre a história do Brasil no século XIX: Nota: 0.0 A A escravidão é pouco mencionada nos primeiros trabalhos sobre a história do Brasil, pois é vista como algo a ser esquecido. Esta é a afirmativa correta. De acordo com a videoaula: "A escravidão, portanto, era uma mancha, que deveria ser esquecida. Inclusive, os programas de incentivo ao ingresso de imigrantes europeus [...]. A ideia, muitas vezes era que a escravidão (e a mancha da escravidão) fosse naturalmente se dissolvendo mediante a presença dessas pessoas [imigrantes europeus], por meio daquilo que muitos [autores] chamaram de a técnica do branqueamento. Portanto, a escravidão nos primeiros trabalhos sobre a história do Brasil [...] a escravidão pouco aparece, é pouco mencionada e sempre como algo a ser esquecido" (Aula 1, Vídeo 3, Tema 2 – Uma escravidão tão doce quanto o melaço?, 1':40" - 3'07"). B A escravidão, desde o início das pesquisas históricas brasileiras, foi analisada sob uma perspectiva crítica, característica da escola dos Annales. C A “técnica do branqueamento” é duramente criticada nos primeiros trabalhos acerca da História do Brasil. D O silenciamento sobre a escravidão nos primeiros trabalhos sobre a história dos Brasil, produzidos no século XIX, demonstram o combate ao racismo e à descriminação que permeava esse período. E A escravidão, apesar dos problemas que carrega consigo, foi vista pela historiografia brasileira como motivo de orgulho. Questão 9/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia a passagem de texto: “As sociedades escravistas nas Américas foram marcadas pela rebeldia escrava. Onde quer que o trabalho escravo tenha existido, senhores e governantes foram regularmente surpreendidos com a resistência escrava. No Brasil, tal resistência assumiu diversas formas.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Albuquerque, Wlamyra R. de. Fraga Filho, Walter. Uma história do negro no Brasil. Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais; Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2006. p. 117. Segundo os fragmentos de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre as formas de resistência dos escravos no Brasil: Nota: 10.0 A A rebeldia acontecia cotidianamente e, sempre, por meios violentos, matavam-se os senhores e seus familiares, organizavam-se rotineiramente revoluções nas cidades B Aceitação dos termos firmados pelos senhores era a maneira mais adequada de resistir para os escravos, afinal a escravidão era um estatuto jurídico inquebrantável. C Sabotagem na produção, lentidão nos trabalhos, negociação de cotas de produção, essas e outras formas de resistência eram comuns na história do escravismo no Brasil. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “A pena para um senhor mais exigente ou um feitor mais impertinente poderia se dar de vários modos: assassinatos, ferimentos, suicídios, por exemplo, mas também por meio de formas variadas de sabotagem. Para um escravo de engenho de açúcar, bastava esmagar um limão sobre os tachos de preparação da garapa para estragar a produção ou, simplesmente, provocar uma pequena fagulha no canavial, que arderia por dias até comprometer toda a safra. Muitos senhores sabiam disso e recomendavam agir de modo “político” com os escravos. ” (Livro-base, p. 118) D A negociação entre senhores e escravos era praticamente inexistente durante o escravismo no Brasil, a razão é simples, os senhores não podiam ser complacentes sob pena de perderem sua autoridade. E As reivindicações dos escravos ocorriam, entre elas a permissão de realizar um plantio, uma cota de produção menor, a troca de um feitor, mas elas ocorreram durante o século XVII, período em que o escravismo realmente foi duro com os escravos. Questão 10/10 - História e Historiografia da Escravidão Considere a seguinte fragmento de texto: “Além de obrigarem os cativos a consumirem frutas, os comerciantes os forçavam a dançar, porque associavam a letargia mental que acompanha o escorbuto e outras doenças nutricionais à saudade de casa. Para convencer os compradores de que os escravos não estavam deprimidos, com o famoso banzo, os negociantes davam-lhes estimulantes (gengibre e tabaco) para animá-los.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Albuquerque, Wlamyra R. de. Fraga Filho, Walter. Uma história do negro no Brasil. Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais; Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2006. p. 55. De acordo com o fragmento e o livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre a chegada e adaptação do cativo no Brasil: Nota: 0.0 A Ao chegar ao Brasil o escravo sofria um estranhamento, mas o convívio com os demais cativos, além das condições climáticas semelhantes à África, rapidamente o acostumava ao novo território. B Forçados a embarcar em condições terríveis, os cativos cruzavam o oceano e morriam em geral a caminho da fazenda, por isso havia um cuidado em disfarçar suas péssimas condições e em deixar os familiares unidos. C O cativo era alguém desterritorializado, separado de seus familiares e que, além de não conhecer a nova região, na qual deveria trabalhar, precisava aprender rapidamente as novas regras sociais. Esta é a afirmação correta porque segundo o livro base (GIL, Tiago. História e Historiografia da Escravidão no Brasil, p.18-19). “No caso da escravidão de pessoas vindas da África, o escravo era sempre alguém desterritorializado, ou seja, alguém que, foi tirado da sua terra, da companhia de seus parentes e amigos. Alguém que, além de não conhecer a nova região, na qual deverá trabalhar, precisa aprender rapidamente as novas regras sociais e aquilo que se pode ou não fazer. Para chegar nessa nova terra, foi forçado a entrar em um navio em condições terríveis, onde parte expressiva dos escravizados morria antes mesmo de chegar ao seu cativeiro definitivo. ” (Livro-base, p. 19-19) D Forçado a conhecer as regras sociais e a língua, além de conhecer a região, o escravo esquecia e passava a negar o seu passado africano. E Eram dadas comidas que engordavam e estimulantes para os cativos, que eram levados aos mercados, com o objetivo de ambientá-los às condições doBrasil. Questão 1/10 - História e Historiografia da Escravidão Considere o trecho de texto: “Um produto que bem exemplifica o uso ambivalente e as estratégias encontradas para demarcar as fronteiras, pelos pratos, entre senhores (ou livres) e escravizados é o milho, muito comum na América então portuguesa”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: VIOTTI, Ana Carolina de Carvalho. Da obrigação de alimentar os escravos no Brasil colonial. Estudos Históricos Rio de Janeiro, v. 32, n. 66, p. 5-32, jan. abr. 2019, p. 21. Considerando o anúncio acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre a alimentação dos escravos: Nota: 10.0 A A dieta dos escravos permanecia a mesma em termos de variedade e quantidade em diferentes regiões e diferentes senhores. B A cachaça era recusada pelos senhores porque a experiência demonstrou que muito escravos se tornavam viciados no produto. C Havia relatos de alimentação variada em algumas fazendas, enquanto em outras os escravos se viravam como podiam, inclusive capturando ratos para incrementar a alimentação. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Inúmeros relatos, feitos tanto por estrangeiros como por portugueses, enfatizam a precariedade da alimentação dos escravos ao longo de todo o período colonial. Há relatos de que, para combater a fome, escravos capturavam ratos no canavial, onde abundavam, e os assavam. ” (Livro-base, p. 141) D Os escravos ficavam o dia inteiro sem comer, eram alimentadas assim que chegavam do eito à noite. E Não havia relatos de boa alimentação, pelo contrário, a alimentação era boa variada e com porções mínimas em todas as fazendas. Questão 2/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para trecho de texto a seguir: “Foram estabelecidos, pois, dispositivos que naturalizavam e legalizavam o castigo físico, bem como a sujeição das populações escravizadas e "formas de governo", institucionalizadas pelas leis e pela circulação de ideias como aquelas presentes em manuais especialmente elaborados para o uso dos senhores". Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SCHWARCZ Lilia Moritz; GOMES, Flávio dos Santos (Orgs). Dicionário da escravidão e liberdade: 50 textos críticos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. p. 27. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre os castigos físicos contra os escravos: Nota: 10.0 A A violência, no entanto, não era aceitável e nem tolerável, a negociação sempre prevalecia. B Os castigos eram um elemento fundamental para disciplinar os escravos, estavam ligados diretamente ao sistema produtivo predominante. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base (GIL, Tiago. História e Historiografia da Escravidão no Brasil, p.144) "A característica disciplinadora do castigo – que nem sempre era explicitada nos discursos coloniais – constituía-se, no entanto, como elemento fundamental, pois permitia a conexão entre trabalho compulsório e produção lucrativa. Os castigos eram um elemento essencial para garantir a produtividade e o lucro, ou seja, não eram apenas abusos de feitores que se passavam na rigidez. Eram, inclusive, uma marca do sistema escravista, ainda que parte da historiografia minimize esse fator. Aliás, a violência era considerada aceitável e recomendável, ainda que até certo ponto, sendo o excesso considerado prejudicial, pouco cristão e perigoso. Muitos tratadistas católicos argumentaram contra os abusos senhoriais, ainda que nunca tenham, de todo, recriminado a violência". C Os castigos eram utilizados principalmente quando os escravos chegavam às fazendas, a maior parte dos historiadores acredita que eram utilizados com o intuito de disciplinar na chegada do escravo, e pouco utilizados no cotidiano de trabalho. D Diversos tratados católicos propagandeavam o uso da violência nos castigos como única forma de expiação dos pecados dos negros, portanto a Igreja como instituição não amenizou tais abusos por parte dos senhores. E Um escravo era sempre colocado como “carrasco”, ou seja, era ele que na maior parte das fazendas era responsável por desferir os piores castigos, a explicação é simples, quando um negro batia em outro, a obediência era maior por parte de quem era castigado. Questão 3/10 - História e Historiografia da Escravidão Considere o trecho de texto: “Além do clima que degenerava a 'capacidade mental humana', da escravidão e da mistura indiscriminada de raças que impediam o desenvolvimento do país, havia mais dois aspectos de enorme relevância na composição da imagem que Ewbank construiu sobre o Brasil, os quais o viajante também considerou como elementos impeditivos ao progresso e desenvolvimento [...]” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PAULINO, Carla Viviane. O “Império do atraso”: Monarquia e Catolicismo no Brasil a partir dos escritos de Thomas Ewbank (1846-1856). Anais do XXVI Simpósio Nacional de História - ANPUH • São Paulo, jul. 2011 http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1308167783_ARQUIVO_ARTIGOANPUHNOVO.pdf. Acesso em: 05 nov. 2019 Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre os relatos de Ewbank: Nota: 0.0 A O viajante ficou satisfeito ao ver tanto progresso e tanta gente produzindo riqueza, mesmo que fossem escravos. B Observou o atraso da elite brasileira cuja mentalidade considerava o trabalho manual desonroso. Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Ewbank ficou impressionado com as relações de trabalho no Brasil e percebeu que o problema era muito mais profundo: ‘A inevitável tendência da escravidão por toda a parte é tornar o trabalho uma atividade desonrosa’, avaliou ele, argumentando que a ‘escravidão negra é regra no Brasil, e os brasileiros se retraem como que horrorizados ante qualquer emprego manual’, captando com exatidão aquela aversão ao tal trabalho ‘mecânico’. “ (Livro-base, p. 190) C Ficou impressionado com a escravidão e sua capacidade de trazer progresso e desenvolvimento. D Expôs sua contrariedade com a escravidão, mas não criticou o fato de ela ser um dos motivos de o Brasil possuir relações de trabalho atrasadas. E Restringiu seu olhar para as belezas naturais, a variedade das comidas e dos tipos humanos, pouco notando sobre as relações de trabalho existentes no Brasil do período. Questão 4/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o texto a seguir “Em outros tempos, os historiadores acreditavam que eram os grandes fatos históricos que faziam o mundo se mover. Nesse sentido, foi então, o 13 de maio um desses grandes eventos no qual [...] gerações de escravos foram libertadas pela benevolência da Princesa Isabel?.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GIL, T. L. História e Historiografia da Escravidão no Brasil, Intersaberes: Curitiba, 2019. p. 210 Considerando o excerto acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil sobre a Abolição, marque a alternativa correta: Nota: 10.0 A A abolição foi resultado de um longo processo histórico cujo protagonismo da luta dos próprios seres humanos escravizados não pode ser esquecido. Você acertou! Comentário: “Há toda uma história anterior, de avanços e retrocessos, com debates acalorados e violência, [...] que mobilizou a sociedade a respeito da abolição. E os próprios escravos participaram ativamente disso tudo, isso sem esquecer, é claro, dos libertos, ou seja, daqueles que foram escravos e haviam sido libertados. Entre esses últimos surgiram diversas mobilizações, associações, enfim, um forte ativismo em prol da libertação individual e da aboliçãocomo um todo.” (livro-base, p. 210 e 211) B A historiografia moderna aponta o 13 de Maio como momento chave da abolição da escravatura, visto que, sem a assinatura da Princesa Isabel, esse regime se estenderia por muito mais tempo. C Ainda que se destaquem na luta dos escravizados por sua própria libertação, é notória a falta de participação dos ex escravos já libertos na luta abolicionista. D A nova historiografia aponta que somente a luta dos próprios escravos contra a escravidão justifica sua abolição, negando qualquer influência de abolicionistas brancos ou outros fatores externos. E Graças a assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel, a abolição da escravatura no Brasil foi um processo pacífico. Questão 5/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o texto a seguir “Depois da proibição – derradeira – do tráfico atlântico de escravos, surgiu um novo movimento – agora interno – de circulação de escravos no Brasil.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GIL, T. L. História e Historiografia da Escravidão no Brasil, Intersaberes: Curitiba, 2019. p. 197 Considerando o excerto acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil sobre o tráfico interno de escravos, marque a alternativa correta: Nota: 10.0 A O tráfico interprovincial referia-se, no século XIX, principalmente, à venda de escravos do Norte, Nordeste e Sul do Brasil, para o Sudeste cafeeiro, que apresentava grande crescimento econômico. Você acertou! Comentário: “trata-se de dois circuitos diferentes de venda de escravos: o comércio intrarregional e o interprovincial. O primeiro, intrarregional, ocorria quando um escravo era vendido para uma região próxima. Esse movimento se dava pela variação da pujança econômica das regiões próximas. Em alguns momentos, a lavoura de exportação de alguns produtos era mais lucrativa que outra, e isso fazia com que os escravos da região menos dinâmica fossem vendidos para aquela mais potente. Ou, talvez, escravos que trabalhassem nas lavouras de produção de alimentos fossem vendidos para as lavouras de exportação. Outro efeito do tráfico interno era o mercado interprovincial. Este se refere ao movimento de venda e compra de escravos entre regiões distantes. No caso mais conhecido, na segunda metade do século XIX, a Região Sudeste do Brasil comprava escravos vindos da Região Norte, Nordeste e Sul. Se aproximarmos a lupa veremos que eram regiões produtoras de café, dentro do Sudeste, que compravam escravos vindos de certas regiões do Nordeste, abalado pela seca, mas também do litoral canavieiro [...]) (livro-base, p. 197 e 198) B O comércio intrarregional se relacionava à venda de escravos para fora do Brasil, principalmente para países das Antilhas na América Central. C O tráfico interprovincial no século XIX dava-se entre o Sudeste e o Nordeste, visto que o Sudeste estava em decadência e precisava de ajuda das demais regiões. D O comércio interprovincial relacionava-se, principalmente, à venda de escravos da Região Sudeste para a Região Nordeste do Brasil do século XIX, visto a pujança econômica da lavoura canavieira no período. E Quando tratamos de comércio intrarregional, estamos nos referindo à persistência ao tráfico atlântico de escravos, que tentava se manter ativo, apesar da proibição. Questão 6/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o fragmento de texto: “Com a Lei do Ventre Livre, de 1871, houve a criação do fundo de emancipação dos escravos, mas que deveria se pautar pela matrícula dos mesmos. Independentemente do tempo, no entanto, se o escravo não fosse matriculado, o senhor poderia perder sua propriedade. [...] " Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REZENDE, Rodrigo Castro. Paternalismo e liberdade no norte de Minas Gerais oitocentistas. In. Caminhos da liberdade: histórias da abolição e do pós-abolição no Brasil. ABREU, Martha Abreu. PEREIRA, Matheus Serva (orgs.) Niterói: PPGHistória: UFF, 2011. p. 154-155. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre as influências da Lei do Ventre Livre: Nota: 10.0 A Foi uma lei transformadora que mudou completamente a relação entre o senhor e o escravo, até porque o senhor tinha o dever de indenizar os seus escravos logo quando nasciam. B Era um instrumento legal que foi utilizado para pressionar os donos de escravos, que tinham que matricular os seus cativos, bem como permitia ao escravo obter a alforria, sem a autorização do senhor, e possibilitava a acumulação de um pecúlio. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Esta lei não era, em si, necessariamente transformadora, mas os escravos foram aprendendo usar a norma como campo de batalha. A legislação do Ventre Livre previa algumas coisas importantes: a possibilidade de o escravo comprar sua alforria mesmo sem a autorização do seu senhor (o que antes era impossível), a possibilidade oficial de os escravos terem um pecúlio (economias advindas de alguma remuneração) e a necessidade de matricular os escravos, o que permitiria identificar aqueles que haviam sido trazidos para o Brasil entre 1831 e 1850, período entre duas leis que proibiam o tráfico e, no qual, o próprio ingresso de escravos já seria proibido. ” (Livro-base, p. 216) C A Lei do Ventre Livre foi um passo importante para a completa libertação dos escravos, porém não podemos esquecer que ela não permitia que os escravos comprassem sua alforria, o que em parte desestimulou as instituições que mantinham fundos para a abolição. D A Lei do Ventre Livre foi a única lei de caráter emancipatório do século XIX, e por isso teve um efeito importante para o fim da escravidão no Brasil. E A Lei do Ventre Livre possibilitava ao escravo comprar sua alforria sem autorização do senhor, mas ela era categórica em prever que os escravos não poderiam guardar um pecúlio, claramente tal dispositivo legal agia no sentido de defender as posições escravistas, uma vez que assim o escravo jamais compraria sua liberdade. Questão 7/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para a seguinte afirmação: “Porém é bom ressaltar que desde o início da colonização houve escravos nas cidades, mais essa população foi crescendo no decorrer do desenvolvimento econômico do Brasil, a partir do século XIX podemos encontrar no Brasil um grande núcleo urbano com a presença de escravos urbanos nas mais diversas atividades.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BATISTA, Caio da Silva. A escravidão urbana em duas cidades do século XIX: Santo Antônio do Paraibuna e Rio de Janeiro. p. 5. Disponível em: http://www.ufjf.br/lahes/files/2010/03/c2-a5.pdf Acesso em: 05 nov. 2019 Conforme os fragmentos de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil a escravidão teve suas especificidades ao longo dos séculos. Tendo isto em vista, relacione corretamente as explicações com os séculos abaixo: 1. Século XVII 2. Século XVIII 3. Século XIX ( ) As vilas e cidades cresceram aquecidas, dentre muitas coisas, pela região das minas, por exemplo, com isso a demanda de escravos aumentou na região, era mais comum a presença de escravos pelos portos e vilas do interior como artesãos e quitandeiras. ( ) Neste século o número de vilas e cidades triplicou, com a economia fomentada pela exportação do café, a demanda por escravos aumentou, a escravidão por sua vez se afirmou nas mais diversas atividades urbanas. ( ) No período, apesar de ser muito intensa a atividade das bandeiras de apresamento de indígenas, a escravidão africana tem um aumento, principalmente nas maiores cidades da colônia. Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 10.0 A 1 – 3 – 2 B 1 – 2 – 3 C 2 – 1 – 3 D 2 – 3 – 1 Você acertou! A sequência corretaé a letra d) 2 – 3 – 1. Segundo o livro-base: [2] Os serviços incluíam uma gama muito grande de possibilidades. Em meados do século XVIII, as 'quitandeiras', mulheres de origem africana, muitas das quais escravas, já contavam com uma presença secular nas ruas do centro do Rio de Janeiro. [3] “Não deixa de ser relevante o fato de as províncias mais escravistas do país, Minas Gerais e Rio de Janeiro, andarem às voltas com o café, além de São Paulo, que também mantinha uma expressiva escravaria.” [1] “No século XVII, houve uma significativa mudança. Não que os escravos indígenas tenham desaparecido. Na verdade, seguiram sendo empregados nas regiões de “conquista”, na medida que iam sendo expulsos de suas terras. Contudo, cada vez mais escravos africanos aportavam no Brasil.” (livro-base, p. 168-170) E 3 – 2 – 1 Questão 8/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia os excertos de texto: “O resultado foi que os negros, ex-escravos, optaram por permanecer no campo ocupando pequenos pedaços de terras, ao menos os que lograram tal feito, geralmente sob um sistema de parceria, nos quais cedia parte de sua produção ao dono da terra que cultivava. " Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CAÇÃO, Felipe Quartim Barbosa. REZENDE FILHO, Cyro de Barros. Papel dos escravos negros após a abolição. Revista Semina. v. 9, n. 2, 2011. p. 10. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre os negros no período pós abolição: Nota: 10.0 A Com o fim da escravidão um grande corpo de desempregados se formou, na maior parte dos casos os libertos deixaram as fazendas e foram para as cidades para serem empregados na indústria. B Os negros foram incorporados na sociedade branca, que já cansada da escravidão, os considerava indivíduos como quaisquer outros. C Os negros foram vistos como “classe perigosa”, alguns setores defendiam o alistamento no exército para discipliná-los. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Por outro lado, houve debates no parlamento sobre como criar mecanismos para controlar os libertos, tidos, ao mesmo tempo, como mão de obra e ameaça. Havia quem sugerisse aumentar o controle policial para conter as novas 'classes perigosas' e também quem se manifestasse a favor de convocar todos os libertos para o exército, de modo a discipliná-los. O medo dos ex-senhores era grande; porém, a ameaça era mínima: os libertos estavam preocupados com outras coisas, bem mais importantes, na verdade. Eles já andavam arrumando trabalhos diversos tanto em áreas urbanas quanto no campo, ainda que, muitas vezes, em condições duras e em um ambiente marcado por forte competição. ” (Livro-base, p. 220) D Os senhores ficaram tranquilos com relação a retaliações ou revoltas, até porque os libertos apesar da imensa desigualdade e competição que enfrentavam nas mais diversas carreiras, não conseguiam se unir em prol de seus interesses. E Os libertos conseguiam trabalhos como assalariados com as mesmas condições que eram obtidos pelos brancos, ou seja, a mudança de suas condições de escravos para libertos alterou completamente a forma com que a sociedade branca os encarava. Questão 9/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia a passagem de texto: “As pequenas explorações policultoras desenvolvidas no entorno da grande exploração monocultora apoiando sua manutenção por meio de uma produção diversificada, em um primeiro momento, foram chamadas de agricultura de subsistência. ” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RABALIOLLI, J. A.; da Cunha, A. S.; Oliveira, I. L. de; Miorin, V. M. F. Evolução das categorias de propriedade da terra no Brasil. Revista OKARA: Geografia em debate. João Pessoa - PB. v. 9, n. 3, p. 410-427. p. 421. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre as pequenas propriedades de terra e o trabalho nelas empregado: Nota: 0.0 A A maioria das pequenas propriedades se dedicava a monocultura e mantinha imensa escravaria. B As pequenas propriedades produziam arroz, feijão, milho, trigo, para exportação, e possuíam poucos escravos. C As pequenas propriedades produziam gêneros voltados ao abastecimento interno, em geral tinham poucos escravos. Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Como produtos voltados para o abastecimento, encontrávamos arroz, gado, vários tipos de farinha, feijão, milho e trigo, sem esgotar a lista. Contudo, a maioria das propriedades que se dedicavam a esses negócios eram pequenas, com poucos escravos e muito dependentes da mão de obra familiar e dos chamados agregados, pessoas que acabavam se empregando nas propriedades de outros em condições precárias de trabalho, ainda que não fossem escravos. ” (Livro-base, p. 149) D As pequenas propriedades produziam para o mercado externo com umas vasta mão de obra escrava. E As pequenas propriedades usavam força de trabalho variada, homens brancos pobres, escravos, mas sua produção em todos os estabelecimentos era para subsistência. Questão 10/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o extrato de texto: “Quando analisamos estas fontes primárias manuscritas, em um primeiro momento, notamos ter sido a maior parte dos cativos transacionada em grupos de três ou mais indivíduos, nos quais os homens jovens constituíram a grande maioria.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ROSSINI, Gabriel Almeida Antunes. Apreciações acerca do tráfico interno de escravos no oeste da Província de São Paulo (Rio Claro, 1861-1869). p. 21. https://www.anpec.org.br/encontro/2012/inscricao/files_I/i2-a1b58c1a5ce70c392c2a5bd4fe631f9a.pdf. Acesso em: 06 nov. 2019. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre o perfil dos escravos vendidos através do tráfico interno na segunda metade do século XIX: Nota: 0.0 A O auge do tráfico interprovincial aconteceu no início do século XIX, os senhores anteviam que as regras e a burocracia iriam dificultar tal comércio e investiram em novos planteis na década de 1820. B As crianças eram a maior parte dos escravos transferidos no período, porque assim podiam ser empregadas imediatamente, além de terem muitos anos para serem exploradas. C Com o fim do tráfico transatlântico adquirir mulheres como escravas era considerado um problema, porque elas eram mais caras que os homens e seus filhos, a partir de 1850, já nasciam livres. D O tráfico interprovincial era muito importante, porque para os escravos esta prática beneficiava a formação de novas famílias. E A maior parte dos escravos transferidos ocorreu na segunda metade do século XIX, em sua maioria eram jovens e do sexo masculino. Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “O perfil do escravo vendido no tráfico interno, nos anos 1860 a 1880, era variado, mas não completamente. A maior parte deles estava entre os 15 e os 24 anos, com predominância para o sexo masculino, ainda que a procura por mulheres jovens também fosse alta. Esses dois perfis tinham sua razão de ser. A procura por homens jovens era uma constante na demografia do tráfico, pois estavam no auge de suas idades economicamente produtivas e permaneceriam assim por alguns anos, de tal maneira que poderiam ser imediatamente empregados no serviço. ” (Livro-base, p. 204) Questão 1/10 - História e Historiografia da Escravidão Considere o fragmento de texto: “Assim, a Abolição não foi resultante de uma dádiva da realeza ou de um sentimento humanitário que chega ao parlamento. Pergunta: que teria feito com que os proprietários de escravos não tivessem defendido o escravismo com armas na mão.” Após esta avaliação, caso queira ler o textointegralmente, ele está disponível em: MENEZES, Jaci Maria Ferraz de. Abolição no Brasil: a Construção da Liberdade. Revista HISTEDBR On-line, Campinas. n. 36, p. 83-104, dez. 2009. p. 98. De acordo com os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, relacione corretamente os principais abolicionistas do período e suas características. 1 - Luiz Gama 2 - Joaquim Nabuco 3 - André Rebouças 4 - Francisco do Nascimento ( ) Era conhecido como o “Dragão do Mar” pelo episódio em que impediu a transferência de escravos de sua província, o Ceará, para portos do sul do país. ( ) Sua área não era o direito, nem a política partidária, mas a engenharia, o que demonstrou a diversidade de campos do conhecimento que compunha o movimento abolicionista, participou ativamente na imprensa, com artigos mordazes contra o escravismo. ( ) Foi um deputado do Partido Liberal, mas ser descendente da aristocracia pernambucana não o impediu de lutar em favor da abolição. Sua obra mais famosa, “O Abolicionismo”, se tornou um dos textos de manifesto do movimento do mesmo nome. ( ) Era um advogado que atuava fortemente em tribunais e em campanhas públicas contra a escravidão. Ficou conhecido por abrigar escravos foragidos em sua casa Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 0.0 A 2 – 1 – 3 – 4 B 4 – 3 – 2 – 1 A sequência correta é: 4 – 3 – 2 – 1. Segundo o livro-base: [4] “Em 1881, em um ato feito em parceria com a “Sociedade Libertadora”, eles se recusaram a fazer o transporte de escravos para os navios de alto-mar que os levariam para os portos do sul, no tráfico interno. Depois desse movimento, Francisco do Nascimento foi levado para o Rio de Janeiro, onde desfilou com sua jangada, sendo saudado pelos abolicionistas e recebendo o apelido de “Dragão do mar” [3] “Formou-se em engenharia e pôde viver e estudar na Europa, onde aperfeiçoou suas habilidades. De volta do Brasil, atuou de modo continuado no movimento abolicionista. Foi tesoureiro da Sociedade Brasileira Contra a Escravidão e membro da Confederação Abolicionista.” [2] “Foi nos altos e baixos de seu partido que Nabuco navegou sua militância abolicionista, muitas vezes contra seus próprios correligionários. Usou e abusou da tribuna da Assembleia para defender a causa da libertação dos escravos. Contudo, sua ação era, ao mesmo tempo, extremamente focada no parlamento” [1] “Além das campanhas públicas, ele atuava nos tribunais, onde defendia com vigor as causas de escravos contra seus senhores, lutando pelas alforrias. Também recebia em sua casa escravos fugidos e defendia, entre outras coisas, que todo o assassinato de senhores pela mão dos escravos acontecia em legítima defesa. (livro-base, p. 212-213) C 1 – 2 – 4 – 3 D 2 – 3 – 4 – 1 E 2 – 4 – 3 – 1 Questão 2/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para trecho de texto a seguir: “Foram estabelecidos, pois, dispositivos que naturalizavam e legalizavam o castigo físico, bem como a sujeição das populações escravizadas e "formas de governo", institucionalizadas pelas leis e pela circulação de ideias como aquelas presentes em manuais especialmente elaborados para o uso dos senhores". Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SCHWARCZ Lilia Moritz; GOMES, Flávio dos Santos (Orgs). Dicionário da escravidão e liberdade: 50 textos críticos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. p. 27. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre os castigos físicos contra os escravos: Nota: 10.0 A A violência, no entanto, não era aceitável e nem tolerável, a negociação sempre prevalecia. B Os castigos eram um elemento fundamental para disciplinar os escravos, estavam ligados diretamente ao sistema produtivo predominante. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base (GIL, Tiago. História e Historiografia da Escravidão no Brasil, p.144) "A característica disciplinadora do castigo – que nem sempre era explicitada nos discursos coloniais – constituía-se, no entanto, como elemento fundamental, pois permitia a conexão entre trabalho compulsório e produção lucrativa. Os castigos eram um elemento essencial para garantir a produtividade e o lucro, ou seja, não eram apenas abusos de feitores que se passavam na rigidez. Eram, inclusive, uma marca do sistema escravista, ainda que parte da historiografia minimize esse fator. Aliás, a violência era considerada aceitável e recomendável, ainda que até certo ponto, sendo o excesso considerado prejudicial, pouco cristão e perigoso. Muitos tratadistas católicos argumentaram contra os abusos senhoriais, ainda que nunca tenham, de todo, recriminado a violência". C Os castigos eram utilizados principalmente quando os escravos chegavam às fazendas, a maior parte dos historiadores acredita que eram utilizados com o intuito de disciplinar na chegada do escravo, e pouco utilizados no cotidiano de trabalho. D Diversos tratados católicos propagandeavam o uso da violência nos castigos como única forma de expiação dos pecados dos negros, portanto a Igreja como instituição não amenizou tais abusos por parte dos senhores. E Um escravo era sempre colocado como “carrasco”, ou seja, era ele que na maior parte das fazendas era responsável por desferir os piores castigos, a explicação é simples, quando um negro batia em outro, a obediência era maior por parte de quem era castigado. Questão 3/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para a seguinte afirmação: “Porém é bom ressaltar que desde o início da colonização houve escravos nas cidades, mais essa população foi crescendo no decorrer do desenvolvimento econômico do Brasil, a partir do século XIX podemos encontrar no Brasil um grande núcleo urbano com a presença de escravos urbanos nas mais diversas atividades.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BATISTA, Caio da Silva. A escravidão urbana em duas cidades do século XIX: Santo Antônio do Paraibuna e Rio de Janeiro. p. 5. Disponível em: http://www.ufjf.br/lahes/files/2010/03/c2-a5.pdf Acesso em: 05 nov. 2019 Conforme os fragmentos de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil a escravidão teve suas especificidades ao longo dos séculos. Tendo isto em vista, relacione corretamente as explicações com os séculos abaixo: 1. Século XVII 2. Século XVIII 3. Século XIX ( ) As vilas e cidades cresceram aquecidas, dentre muitas coisas, pela região das minas, por exemplo, com isso a demanda de escravos aumentou na região, era mais comum a presença de escravos pelos portos e vilas do interior como artesãos e quitandeiras. ( ) Neste século o número de vilas e cidades triplicou, com a economia fomentada pela exportação do café, a demanda por escravos aumentou, a escravidão por sua vez se afirmou nas mais diversas atividades urbanas. ( ) No período, apesar de ser muito intensa a atividade das bandeiras de apresamento de indígenas, a escravidão africana tem um aumento, principalmente nas maiores cidades da colônia. Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 0.0 A 1 – 3 – 2 B 1 – 2 – 3 C 2 – 1 – 3 D 2 – 3 – 1 A sequência correta é a letra d) 2 – 3 – 1. Segundo o livro-base: [2] Os serviços incluíam uma gama muito grande de possibilidades. Em meados do século XVIII, as 'quitandeiras', mulheres de origem africana, muitas das quais escravas, já contavam com uma presença secular nas ruas do centro do Rio de Janeiro. [3] “Não deixa de ser relevante o fato de as províncias mais escravistas do país, Minas Gerais e Rio de Janeiro, andarem às voltas com o café, além de São Paulo, que também mantinha uma expressiva escravaria.” [1] “No século XVII, houve uma significativa mudança. Não que os escravos indígenas tenham desaparecido. Na verdade, seguiram sendo empregados nas regiões de “conquista”, na medidaque iam sendo expulsos de suas terras. Contudo, cada vez mais escravos africanos aportavam no Brasil.” (livro-base, p. 168-170) E 3 – 2 – 1 Questão 4/10 - História e Historiografia da Escravidão Considere o trecho de texto: “Um produto que bem exemplifica o uso ambivalente e as estratégias encontradas para demarcar as fronteiras, pelos pratos, entre senhores (ou livres) e escravizados é o milho, muito comum na América então portuguesa”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: VIOTTI, Ana Carolina de Carvalho. Da obrigação de alimentar os escravos no Brasil colonial. Estudos Históricos Rio de Janeiro, v. 32, n. 66, p. 5-32, jan. abr. 2019, p. 21. Considerando o anúncio acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre a alimentação dos escravos: Nota: 10.0 A A dieta dos escravos permanecia a mesma em termos de variedade e quantidade em diferentes regiões e diferentes senhores. B A cachaça era recusada pelos senhores porque a experiência demonstrou que muito escravos se tornavam viciados no produto. C Havia relatos de alimentação variada em algumas fazendas, enquanto em outras os escravos se viravam como podiam, inclusive capturando ratos para incrementar a alimentação. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Inúmeros relatos, feitos tanto por estrangeiros como por portugueses, enfatizam a precariedade da alimentação dos escravos ao longo de todo o período colonial. Há relatos de que, para combater a fome, escravos capturavam ratos no canavial, onde abundavam, e os assavam. ” (Livro-base, p. 141) D Os escravos ficavam o dia inteiro sem comer, eram alimentadas assim que chegavam do eito à noite. E Não havia relatos de boa alimentação, pelo contrário, a alimentação era boa variada e com porções mínimas em todas as fazendas. Questão 5/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para a passagem de texto: “Nessa ótica, a punição deveria ser sim física e dolorosa, mas precisava se ater à sua dimensão pedagógica, tendo como meta a ‘correção’ do escravo e não a sua incapacitação ou aniquilação física, precisando o castigo ser 'moderado pela razão e não temperado pela paixão'". Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: NETTO, Rodrigo de Sá. A punição do escravo negro segundo os escritos jesuíticos. http://www.encontro2010.rj.anpuh.org/resources/anais/8/1276566639_ARQUIVO_trabalhocompleto-ANPUH1.pdf. Acesso em: 04 nov. 2019. Considerando o excerto acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil sobre as punições dos escravos, marque a alternativa correta: Nota: 10.0 A Os escravos eram constantemente punidos com violência extrema, tal disposição era estimulada por tratados cristãos, pois os negros eram considerados seres sem alma. B Alguns tratados, principalmente católicos, previam o fim de qualquer tipo de punição física, pois não seria uma atitude cristã. C As punições tinham um sentido “pedagógico” a fim de que os escravos cumprissem a cota de produção diária e mantivessem a produtividade desejada pelos senhores. Você acertou! Comentário “Ainda sobre a violência, ela era mais frequentemente usada para conduzir o trabalho e garantir a produtividade. Durante o trabalho, especialmente no canavial, era rotina que o feitor ficasse constantemente castigando os cativos.” “Aliás, a violência era considerada aceitável e recomendável, ainda que até certo ponto, sendo o excesso considerado prejudicial, pouco cristão e perigoso. Muitos tratadistas católicos argumentaram contra os abusos senhoriais, ainda que nunca tenham, de todo, recriminado a violência.” “A violência, dizia-se, era usada para garantir o trabalho e o cumprimento das “tarefas” e das metas de trabalho que cada escravo tinha que cumprir todos os dias. Um escravo do 'eito' na lavoura de cana, por exemplo, deveria cumprir um número mínimo de “mãos” a cada dia. (livro-base, p. 143-145) D Ainda que fosse usada no sentido “pedagógico” eram raros os casos de violência física contra os escravos, pois se temia uma revolta. E A violência não tinha objetivo nenhum. Era praticada pelos senhores e capatazes pelo simples prazer. Questão 6/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o texto a seguir “Em outros tempos, os historiadores acreditavam que eram os grandes fatos históricos que faziam o mundo se mover. Nesse sentido, foi então, o 13 de maio um desses grandes eventos no qual [...] gerações de escravos foram libertadas pela benevolência da Princesa Isabel?.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GIL, T. L. História e Historiografia da Escravidão no Brasil, Intersaberes: Curitiba, 2019. p. 210 Considerando o excerto acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil sobre a Abolição, marque a alternativa correta: Nota: 10.0 A A abolição foi resultado de um longo processo histórico cujo protagonismo da luta dos próprios seres humanos escravizados não pode ser esquecido. Você acertou! Comentário: “Há toda uma história anterior, de avanços e retrocessos, com debates acalorados e violência, [...] que mobilizou a sociedade a respeito da abolição. E os próprios escravos participaram ativamente disso tudo, isso sem esquecer, é claro, dos libertos, ou seja, daqueles que foram escravos e haviam sido libertados. Entre esses últimos surgiram diversas mobilizações, associações, enfim, um forte ativismo em prol da libertação individual e da abolição como um todo.” (livro-base, p. 210 e 211) B A historiografia moderna aponta o 13 de Maio como momento chave da abolição da escravatura, visto que, sem a assinatura da Princesa Isabel, esse regime se estenderia por muito mais tempo. C Ainda que se destaquem na luta dos escravizados por sua própria libertação, é notória a falta de participação dos ex escravos já libertos na luta abolicionista. D A nova historiografia aponta que somente a luta dos próprios escravos contra a escravidão justifica sua abolição, negando qualquer influência de abolicionistas brancos ou outros fatores externos. E Graças a assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel, a abolição da escravatura no Brasil foi um processo pacífico. Questão 7/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para o excerto de texto: “Assim, o fato de que algumas escravas pagassem seus próprios impostos (ao invés do registro do nome da proprietária pagando para uma escrava vender) também era significativo, apontando para certo nível de autonomia conquistado por elas." Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: POPINIGIS, Fabiane. “Aos pés dos Pretos e pretas quitandeiras”: experiências de trabalho e estratégias de vida em torno do primeiro mercado público de Desterro 1840-1890. Revista Afro-Ásia, Salvador. n. 46. 2012. p. 217 Considerando o excerto acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil sobre os escravos de ganho, assinale a alternativa correta: Nota: 10.0 A A negociação entre os escravos de ganho e seus senhores era praticamente inexistente, porque os escravos não tinham nenhuma autonomia. B A atividade dos escravos de ganho se tornou tão disseminada que órgãos do governo eram responsáveis por proibir e extinguir esse tipo de atividade. C Os chamados “tigres” eram os responsáveis por levar o lixo e dejetos sanitários para fora da casa das pessoas. Este era um serviço prestigiado, o que elevava o status social de quem o realizava D As atividades relacionadas aos “escravos de ganho” não permitiam, porém, uma maior liberdade do escravo, que ainda era vigiado dia e noite, não sendo permitido qualquer momento de lazer. E Eram carregadores não apenas de mercadorias e de água, mas também do trabalho considerado mais repugnante, que era realizado pelos escravos conhecidoscomo tigres, que levavam lixo e excrementos para o mar. Você acertou! Comentário “A mais desagradável dessas funções, provavelmente, era aquela feita pelos chamados tigres, que levavam lixo e dejetos sanitários para fora da casa das pessoas, atravessando as ruas das cidades para chegar até o mar, onde os excrementos eram despejados. Outro serviço importante, também referente ao mundo sanitário, era o abastecimento de água.” “A primeira é que a prática do ganho era bastante difundida, ao ponto de ser considerada necessária sua regulação pelas autoridades municipais. Tanto era assim que foi considerada necessária uma identificação individual para que fiscais pudessem controlar quem tinha ou não licença.” “De qualquer maneira, os “ganhadores” tinham essa característica de dispor de certa liberdade em um mundo de restrições. Muitos escravos alugavam quartos ou algum canto para passar a noite. O que o escravo conseguisse economizar, salvando seus vinténs da alimentação, da moradia ou outros gastos, inclusive de alguns prazeres, como poderiam ser a bebida e o jogo, ele poderia reter como um pecúlio.” (livro-base, p. 180-182) Questão 8/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o fragmento de texto: “Uma boa quantidade de estudos tem demonstrado que o tráfico intra e interprovincial fora responsável por processos migratórios intensos, volumosos e prolongados, quando igualmente se verificaram profundas transformações na sociedade brasileira. " Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PIRES, Maria de Fátima Novaes. Travessias a caminho – Tráfico interprovincial de escravos, Bahia e São Paulo (1850-1880). Revista África(s), v. 04, n. 8, p. 63-78, jul. dez. 2017. p. 64. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre o tráfico intrarregional e interprovincial de escravos no século XIX: Nota: 0.0 A O tráfico intraprovincial ocorria quando o escravo era vendido em uma região próxima, já o interprovincial era a venda do escravo na mesma cidade. B O tráfico intrarregional ocorria quando o escravo era vendido numa região próxima, já o tráfico interprovincial era realizado entre regiões distantes. Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “O primeiro, intrarregional, ocorria quando um escravo era vendido para uma região próxima. Esse movimento se dava pela variação da pujança econômica das regiões próximas. Em alguns momentos, a lavoura de exportação de alguns produtos era mais lucrativa que outra, e isso fazia com que os escravos da região menos dinâmica fossem vendidos para aquela mais potente. Ou, talvez, escravos que trabalhassem nas lavouras de produção de alimentos fossem vendidos para as lavouras de exportação. O outro efeito do tráfico interno era o mercado interprovincial. Este se refere ao movimento de venda e compra de escravos entre regiões distantes. No caso mais conhecido, na segunda metade do século XIX, a Região Sudeste do Brasil comprava escravos vindos das Regiões Norte, Nordeste e Sul. ” (Livro-base, p. 201) C O tráfico interprovincial no século XIX ocorria de regiões do Sudeste, onde a produção de café diminuía, para a região Nordeste onde o comércio de cana-de-açúcar crescia. D A dinâmica de deslocamento do tráfico de escravos está relacionada à baixa expectativa de vida e natalidade, ou seja, regiões com baixa taxa de natalidade vendiam escravos para regiões com índices elevados. E O tráfico intrarregional e interprovincial se estabeleceu de acordo com a variação da pujança econômica das regiões, porém não tem relação com a questão da extinção do tráfico transatlântico. Questão 9/10 - História e Historiografia da Escravidão Considere a seguinte citação: “A motivação de grande parte dos conflitos também era essa, isto é, a necessidade sentida socialmente de moderação, o do uso da força por senhores e feitores. Com isso, a limitação da violência passa a ser considerada como algo que habitava o centro das relações escravistas. Se bem que limitado, o uso da força ganhava com isso fortíssima legitimidade a olhos contemporâneos.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LIMA, Carlos A. M. Escravos de Peleja: a instrumentalização da violência escrava na América portuguesa. (1580-1850). Revista de Sociologia e Política. n. 18, p. 131-152, jun. 2002. p. 132. Conforme a citação e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil sobre a questão da violência como forma disciplinadora dos escravos, assinale a alternativa correta: Nota: 0.0 A A violência, mesmo que em excesso, era considerada por muitos tratados católicos como elemento cristão necessário. B Ainda que ocorresse com frequência, qualquer violência contra os escravos era considerada condenável pela sociedade. C A violência era recomendável e aceita na sociedade escravista como forma de disciplina e de controlar a produção. Comentário: “Os castigos eram um elemento essencial para garantir a produtividade e o lucro, ou seja, não eram apenas abusos de feitores que se passavam na rigidez. Eram, inclusive, uma marca do sistema escravista, ainda que parte da historiografia minimize esse fator. Aliás, a violência era considerada aceitável e recomendável, ainda que até certo ponto, sendo o excesso considerado prejudicial, pouco cristão e perigoso. Muitos tratadistas católicos argumentaram contra os abusos senhoriais, ainda que nunca tenham, de todo, recriminado a violência". (Livro-base, p. 143) D A Igreja Católica lutou contra todo tipo de violência contra os escravos, pois este não seria um comportamento cristão. E Ainda que não fosse visto como um problema, eram raros os casos de violência contra os escravos devido ao medo de revolta. Questão 10/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia os excertos de texto: “O resultado foi que os negros, ex-escravos, optaram por permanecer no campo ocupando pequenos pedaços de terras, ao menos os que lograram tal feito, geralmente sob um sistema de parceria, nos quais cedia parte de sua produção ao dono da terra que cultivava. " Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CAÇÃO, Felipe Quartim Barbosa. REZENDE FILHO, Cyro de Barros. Papel dos escravos negros após a abolição. Revista Semina. v. 9, n. 2, 2011. p. 10. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre os negros no período pós abolição: Nota: 0.0 A Com o fim da escravidão um grande corpo de desempregados se formou, na maior parte dos casos os libertos deixaram as fazendas e foram para as cidades para serem empregados na indústria. B Os negros foram incorporados na sociedade branca, que já cansada da escravidão, os considerava indivíduos como quaisquer outros. C Os negros foram vistos como “classe perigosa”, alguns setores defendiam o alistamento no exército para discipliná-los. Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Por outro lado, houve debates no parlamento sobre como criar mecanismos para controlar os libertos, tidos, ao mesmo tempo, como mão de obra e ameaça. Havia quem sugerisse aumentar o controle policial para conter as novas 'classes perigosas' e também quem se manifestasse a favor de convocar todos os libertos para o exército, de modo a discipliná-los. O medo dos ex-senhores era grande; porém, a ameaça era mínima: os libertos estavam preocupados com outras coisas, bem mais importantes, na verdade. Eles já andavam arrumando trabalhos diversos tanto em áreas urbanas quanto no campo, ainda que, muitas vezes, em condições duras e em um ambiente marcado por forte competição. ” (Livro-base, p. 220) D Os senhores ficaram tranquilos com relação a retaliações ou revoltas, até porque os libertos apesar da imensa desigualdade e competição que enfrentavam nas mais diversas carreiras,não conseguiam se unir em prol de seus interesses. E Os libertos conseguiam trabalhos como assalariados com as mesmas condições que eram obtidos pelos brancos, ou seja, a mudança de suas condições de escravos para libertos alterou completamente a forma com que a sociedade branca os encarava. Questão 1/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para a seguinte afirmação: “Porém é bom ressaltar que desde o início da colonização houve escravos nas cidades, mais essa população foi crescendo no decorrer do desenvolvimento econômico do Brasil, a partir do século XIX podemos encontrar no Brasil um grande núcleo urbano com a presença de escravos urbanos nas mais diversas atividades.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BATISTA, Caio da Silva. A escravidão urbana em duas cidades do século XIX: Santo Antônio do Paraibuna e Rio de Janeiro. p. 5. Disponível em: http://www.ufjf.br/lahes/files/2010/03/c2-a5.pdf Acesso em: 05 nov. 2019 Conforme os fragmentos de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil a escravidão teve suas especificidades ao longo dos séculos. Tendo isto em vista, relacione corretamente as explicações com os séculos abaixo: 1. Século XVII 2. Século XVIII 3. Século XIX ( ) As vilas e cidades cresceram aquecidas, dentre muitas coisas, pela região das minas, por exemplo, com isso a demanda de escravos aumentou na região, era mais comum a presença de escravos pelos portos e vilas do interior como artesãos e quitandeiras. ( ) Neste século o número de vilas e cidades triplicou, com a economia fomentada pela exportação do café, a demanda por escravos aumentou, a escravidão por sua vez se afirmou nas mais diversas atividades urbanas. ( ) No período, apesar de ser muito intensa a atividade das bandeiras de apresamento de indígenas, a escravidão africana tem um aumento, principalmente nas maiores cidades da colônia. Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 10.0 A 1 – 3 – 2 B 1 – 2 – 3 C 2 – 1 – 3 D 2 – 3 – 1 Você acertou! A sequência correta é a letra d) 2 – 3 – 1. Segundo o livro-base: [2] Os serviços incluíam uma gama muito grande de possibilidades. Em meados do século XVIII, as 'quitandeiras', mulheres de origem africana, muitas das quais escravas, já contavam com uma presença secular nas ruas do centro do Rio de Janeiro. [3] “Não deixa de ser relevante o fato de as províncias mais escravistas do país, Minas Gerais e Rio de Janeiro, andarem às voltas com o café, além de São Paulo, que também mantinha uma expressiva escravaria.” [1] “No século XVII, houve uma significativa mudança. Não que os escravos indígenas tenham desaparecido. Na verdade, seguiram sendo empregados nas regiões de “conquista”, na medida que iam sendo expulsos de suas terras. Contudo, cada vez mais escravos africanos aportavam no Brasil.” (livro-base, p. 168-170) E 3 – 2 – 1 Questão 2/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o texto a seguir “Depois da proibição – derradeira – do tráfico atlântico de escravos, surgiu um novo movimento – agora interno – de circulação de escravos no Brasil.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GIL, T. L. História e Historiografia da Escravidão no Brasil, Intersaberes: Curitiba, 2019. p. 197 Considerando o excerto acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil sobre o tráfico interno de escravos, marque a alternativa correta: Nota: 10.0 A O tráfico interprovincial referia-se, no século XIX, principalmente, à venda de escravos do Norte, Nordeste e Sul do Brasil, para o Sudeste cafeeiro, que apresentava grande crescimento econômico. Você acertou! Comentário: “trata-se de dois circuitos diferentes de venda de escravos: o comércio intrarregional e o interprovincial. O primeiro, intrarregional, ocorria quando um escravo era vendido para uma região próxima. Esse movimento se dava pela variação da pujança econômica das regiões próximas. Em alguns momentos, a lavoura de exportação de alguns produtos era mais lucrativa que outra, e isso fazia com que os escravos da região menos dinâmica fossem vendidos para aquela mais potente. Ou, talvez, escravos que trabalhassem nas lavouras de produção de alimentos fossem vendidos para as lavouras de exportação. Outro efeito do tráfico interno era o mercado interprovincial. Este se refere ao movimento de venda e compra de escravos entre regiões distantes. No caso mais conhecido, na segunda metade do século XIX, a Região Sudeste do Brasil comprava escravos vindos da Região Norte, Nordeste e Sul. Se aproximarmos a lupa veremos que eram regiões produtoras de café, dentro do Sudeste, que compravam escravos vindos de certas regiões do Nordeste, abalado pela seca, mas também do litoral canavieiro [...]) (livro-base, p. 197 e 198) B O comércio intrarregional se relacionava à venda de escravos para fora do Brasil, principalmente para países das Antilhas na América Central. C O tráfico interprovincial no século XIX dava-se entre o Sudeste e o Nordeste, visto que o Sudeste estava em decadência e precisava de ajuda das demais regiões. D O comércio interprovincial relacionava-se, principalmente, à venda de escravos da Região Sudeste para a Região Nordeste do Brasil do século XIX, visto a pujança econômica da lavoura canavieira no período. E Quando tratamos de comércio intrarregional, estamos nos referindo à persistência ao tráfico atlântico de escravos, que tentava se manter ativo, apesar da proibição. Questão 3/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o seguinte trecho de texto: “Fato que salta à vista para quem procura se informar acerca da escravidão no Paraná no século XIX é o reduzido número de cativos. [...] Por exemplo, para o ano de 1824, a então freguesia (de São José dos Pinhais) teve o maior índice dos proprietários com cinco ou menos cativos de todo o Paraná (85,5%). " Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BORGES, Luiz Adriano Gonçalves. Família e trabalho escravo. Sociedade e poder em São José dos Pinhais no século XIX. http://www.escravidaoeliberdade.com.br/site/images/Textos3/luiz%20adriano%20gonalves%20borges.pdf. Acesso em: 04 nov. 2019 Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre a escravidão fora do perímetro da plantation: Nota: 0.0 A Podemos afirmar que o número de escravos era elevado nas regiões de periferia, ou seja, distante do modelo de economia baseada no latifúndio e exportação. B Nas regiões periféricas e de intensa presença de cafezais como o Vale do Paraíba, as fazendas tinham reduzido número de escravos. C A escravidão não ocorria apenas nos grandes centros agroexportadores, apesar de em número menor, o trabalho não prescindia desta mão de obra. Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Existe uma noção difusa de que essa região quase não viveu a escravidão, ou a viveu apenas de modo residual. Contudo, quando vamos aos dados demográficos para ver o quanto havia de escravos, descobrimos que eles variavam entre 22% e 8% entre 1772 e 1874. De qualquer maneira, mesmo com uma presença escrava expressiva, o tamanho das escravarias no Paraná era, em geral, menor que em outras partes do Brasil. Em geral, o tamanho das escravarias não passava de 20 pessoas, ainda que a parte mais densa estivesse nas propriedades com até quatro escravizados. ” (Livro-base, p. 150) D O caso de São José dos Pinhas é emblemático, pois aí o número de escravos ultrapassava em número de cativos, inclusive, de áreas cafeeiras ou de mineração. E São José dos Pinhais foi o maior centro de venda de escravos no século XIX, pois era importante no fornecimento de charque para a região cafeeira. Questão 4/10 - História e Historiografia da Escravidão Considere a seguinte citação: “A motivação de grandeparte dos conflitos também era essa, isto é, a necessidade sentida socialmente de moderação, o do uso da força por senhores e feitores. Com isso, a limitação da violência passa a ser considerada como algo que habitava o centro das relações escravistas. Se bem que limitado, o uso da força ganhava com isso fortíssima legitimidade a olhos contemporâneos.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LIMA, Carlos A. M. Escravos de Peleja: a instrumentalização da violência escrava na América portuguesa. (1580-1850). Revista de Sociologia e Política. n. 18, p. 131-152, jun. 2002. p. 132. Conforme a citação e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil sobre a questão da violência como forma disciplinadora dos escravos, assinale a alternativa correta: Nota: 10.0 A A violência, mesmo que em excesso, era considerada por muitos tratados católicos como elemento cristão necessário. B Ainda que ocorresse com frequência, qualquer violência contra os escravos era considerada condenável pela sociedade. C A violência era recomendável e aceita na sociedade escravista como forma de disciplina e de controlar a produção. Você acertou! Comentário: “Os castigos eram um elemento essencial para garantir a produtividade e o lucro, ou seja, não eram apenas abusos de feitores que se passavam na rigidez. Eram, inclusive, uma marca do sistema escravista, ainda que parte da historiografia minimize esse fator. Aliás, a violência era considerada aceitável e recomendável, ainda que até certo ponto, sendo o excesso considerado prejudicial, pouco cristão e perigoso. Muitos tratadistas católicos argumentaram contra os abusos senhoriais, ainda que nunca tenham, de todo, recriminado a violência". (Livro-base, p. 143) D A Igreja Católica lutou contra todo tipo de violência contra os escravos, pois este não seria um comportamento cristão. E Ainda que não fosse visto como um problema, eram raros os casos de violência contra os escravos devido ao medo de revolta. Questão 5/10 - História e Historiografia da Escravidão Considere o fragmento de texto: “Assim, a Abolição não foi resultante de uma dádiva da realeza ou de um sentimento humanitário que chega ao parlamento. Pergunta: que teria feito com que os proprietários de escravos não tivessem defendido o escravismo com armas na mão.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MENEZES, Jaci Maria Ferraz de. Abolição no Brasil: a Construção da Liberdade. Revista HISTEDBR On-line, Campinas. n. 36, p. 83-104, dez. 2009. p. 98. De acordo com os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, relacione corretamente os principais abolicionistas do período e suas características. 1 - Luiz Gama 2 - Joaquim Nabuco 3 - André Rebouças 4 - Francisco do Nascimento ( ) Era conhecido como o “Dragão do Mar” pelo episódio em que impediu a transferência de escravos de sua província, o Ceará, para portos do sul do país. ( ) Sua área não era o direito, nem a política partidária, mas a engenharia, o que demonstrou a diversidade de campos do conhecimento que compunha o movimento abolicionista, participou ativamente na imprensa, com artigos mordazes contra o escravismo. ( ) Foi um deputado do Partido Liberal, mas ser descendente da aristocracia pernambucana não o impediu de lutar em favor da abolição. Sua obra mais famosa, “O Abolicionismo”, se tornou um dos textos de manifesto do movimento do mesmo nome. ( ) Era um advogado que atuava fortemente em tribunais e em campanhas públicas contra a escravidão. Ficou conhecido por abrigar escravos foragidos em sua casa Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 0.0 A 2 – 1 – 3 – 4 B 4 – 3 – 2 – 1 A sequência correta é: 4 – 3 – 2 – 1. Segundo o livro-base: [4] “Em 1881, em um ato feito em parceria com a “Sociedade Libertadora”, eles se recusaram a fazer o transporte de escravos para os navios de alto-mar que os levariam para os portos do sul, no tráfico interno. Depois desse movimento, Francisco do Nascimento foi levado para o Rio de Janeiro, onde desfilou com sua jangada, sendo saudado pelos abolicionistas e recebendo o apelido de “Dragão do mar” [3] “Formou-se em engenharia e pôde viver e estudar na Europa, onde aperfeiçoou suas habilidades. De volta do Brasil, atuou de modo continuado no movimento abolicionista. Foi tesoureiro da Sociedade Brasileira Contra a Escravidão e membro da Confederação Abolicionista.” [2] “Foi nos altos e baixos de seu partido que Nabuco navegou sua militância abolicionista, muitas vezes contra seus próprios correligionários. Usou e abusou da tribuna da Assembleia para defender a causa da libertação dos escravos. Contudo, sua ação era, ao mesmo tempo, extremamente focada no parlamento” [1] “Além das campanhas públicas, ele atuava nos tribunais, onde defendia com vigor as causas de escravos contra seus senhores, lutando pelas alforrias. Também recebia em sua casa escravos fugidos e defendia, entre outras coisas, que todo o assassinato de senhores pela mão dos escravos acontecia em legítima defesa. (livro-base, p. 212-213) C 1 – 2 – 4 – 3 D 2 – 3 – 4 – 1 E 2 – 4 – 3 – 1 Questão 6/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o excerto de texto: “Não obstante ser destacado o papel da pressão dos abolicionistas neste processo, fundamental foi também a participação dos próprios escravos, com sua atuação cotidiana ao longo do século XIX e nas últimas décadas do escravismo". Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PRADO JÚNIOR, Manoel Batista do. Conflitos e estratégias sociais em torno da liberdade: famílias escravas em Mangaratiba no século XIX. In. Caminhos da liberdade: histórias da abolição e do pós-abolição no Brasil. ABREU, Martha Abreu. PEREIRA, Matheus Serva (orgs.) Niterói: PPGHistória: UFF, 2011. p. 84-85. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre as medidas tomadas pelos abolicionistas antes da Lei Áurea: Nota: 0.0 A Os caifazes, que era uma sociedade organizada que lutava pela abolição da escravatura, atuavam à luz do dia, por exemplo, quanto incentivavam abertamente a revolta de escravos. B As elites brancas protagonizaram as ações das sociedades secretas, principalmente arrecadando fundos para fugas de escravos e obtenção de alforrias. C Os escravos participavam ativamente das sociedades e clubes abolicionistas, assim como os que já estavam livres, que também promoviam ações em prol da abolição da escravidão no Brasil. Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “E os próprios escravos participaram ativamente disso tudo, isso sem esquecer, é claro, dos libertos, ou seja, daqueles que foram escravos e haviam sido libertados. Entre estes últimos surgiram diversas mobilizações, associações, enfim, um forte ativismo em prol da libertação individual de escravos e da abolição como um todo. ” (Livro-base, p. 213) D Por não saberem ler ou escrever, os escravos ou negros livres se organizavam de maneira violenta na causa da abolição, ou seja, não combatiam através da justiça ou ainda através de jornais. E Podemos apontar a Lei Áurea como um grande evento, e como os grandes eventos, ele não foi influenciado por eventos que o antecederam, como as lutas pela emancipação das sociedades abolicionistas. Questão 7/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o trecho de texto: “Sendo o escravo ao ganho aquele que se lançava às ruas por própria conta, em busca do ganho de cada dia, prestando contas ao senhor ou senhora ao final do dia ou em dias estipulados, sua inserção se contrapunha àquela do escravo meramente alugado pelo seu senhor e que trabalhava sob a supervisão de outrem que substituía a autoridade senhorial”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MACHADO, Maria Helena P. T. SendoCativo nas Ruas: a Escravidão Urbana na Cidade de São Paulo. IN: PORTA, Paula (org). História da Cidade de São Paulo. São Paulo: Paz e Terra, 2004. p. 17. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre os “negros de ganho”: Nota: 10.0 A Os negros eram contratados para serviços diversos, como carpinteiros, carregadores, vendedores, a maior renda o senhor deixava para os próprios cativos. B A prática do ganho existia no século XVI e XVII, e entrou em declínio no século XIX com o aumento das cidades. C A prática do ganho era pouco disseminada, portanto, sua regularização era desnecessária segundo as autoridades. D A prática do ganho abarcava diversas atividades, os escravos eram barbeiros, carpinteiros, carregadores, vendedores, e ao final do dia entregavam a maior parte do “seu ganho” para o senhor. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Os ‘negros de ganho’, ‘ao ganho’ ou ‘ganhadores’ eram escravos empregados nas mais diversas atividades: barbeiros, vendedores, carregadores, oficiais de carpinteiro, pedreiro e outros tantos. O que fazia, então, com que trabalhadores escravos empregados em atividades tão díspares fossem rotulados com o mesmo adjetivo? O fato de que eram contratados para esses serviços e a renda ia, predominantemente, para seus senhores, ainda que parte expressiva pudesse ficar nas mãos dos escravos. (Livro-base, p. 178) E Negros de ganho eram aqueles que os senhores ganhavam como herança, ou seja, quando um senhor morria, eles transferiam o plantel em testamento. Questão 8/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o fragmento de texto: “Uma boa quantidade de estudos tem demonstrado que o tráfico intra e interprovincial fora responsável por processos migratórios intensos, volumosos e prolongados, quando igualmente se verificaram profundas transformações na sociedade brasileira. " Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PIRES, Maria de Fátima Novaes. Travessias a caminho – Tráfico interprovincial de escravos, Bahia e São Paulo (1850-1880). Revista África(s), v. 04, n. 8, p. 63-78, jul. dez. 2017. p. 64. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre o tráfico intrarregional e interprovincial de escravos no século XIX: Nota: 10.0 A O tráfico intraprovincial ocorria quando o escravo era vendido em uma região próxima, já o interprovincial era a venda do escravo na mesma cidade. B O tráfico intrarregional ocorria quando o escravo era vendido numa região próxima, já o tráfico interprovincial era realizado entre regiões distantes. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “O primeiro, intrarregional, ocorria quando um escravo era vendido para uma região próxima. Esse movimento se dava pela variação da pujança econômica das regiões próximas. Em alguns momentos, a lavoura de exportação de alguns produtos era mais lucrativa que outra, e isso fazia com que os escravos da região menos dinâmica fossem vendidos para aquela mais potente. Ou, talvez, escravos que trabalhassem nas lavouras de produção de alimentos fossem vendidos para as lavouras de exportação. O outro efeito do tráfico interno era o mercado interprovincial. Este se refere ao movimento de venda e compra de escravos entre regiões distantes. No caso mais conhecido, na segunda metade do século XIX, a Região Sudeste do Brasil comprava escravos vindos das Regiões Norte, Nordeste e Sul. ” (Livro-base, p. 201) C O tráfico interprovincial no século XIX ocorria de regiões do Sudeste, onde a produção de café diminuía, para a região Nordeste onde o comércio de cana-de-açúcar crescia. D A dinâmica de deslocamento do tráfico de escravos está relacionada à baixa expectativa de vida e natalidade, ou seja, regiões com baixa taxa de natalidade vendiam escravos para regiões com índices elevados. E O tráfico intrarregional e interprovincial se estabeleceu de acordo com a variação da pujança econômica das regiões, porém não tem relação com a questão da extinção do tráfico transatlântico. Questão 9/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para a passagem de texto: “Nessa ótica, a punição deveria ser sim física e dolorosa, mas precisava se ater à sua dimensão pedagógica, tendo como meta a ‘correção’ do escravo e não a sua incapacitação ou aniquilação física, precisando o castigo ser 'moderado pela razão e não temperado pela paixão'". Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: NETTO, Rodrigo de Sá. A punição do escravo negro segundo os escritos jesuíticos. http://www.encontro2010.rj.anpuh.org/resources/anais/8/1276566639_ARQUIVO_trabalhocompleto-ANPUH1.pdf. Acesso em: 04 nov. 2019. Considerando o excerto acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil sobre as punições dos escravos, marque a alternativa correta: Nota: 10.0 A Os escravos eram constantemente punidos com violência extrema, tal disposição era estimulada por tratados cristãos, pois os negros eram considerados seres sem alma. B Alguns tratados, principalmente católicos, previam o fim de qualquer tipo de punição física, pois não seria uma atitude cristã. C As punições tinham um sentido “pedagógico” a fim de que os escravos cumprissem a cota de produção diária e mantivessem a produtividade desejada pelos senhores. Você acertou! Comentário “Ainda sobre a violência, ela era mais frequentemente usada para conduzir o trabalho e garantir a produtividade. Durante o trabalho, especialmente no canavial, era rotina que o feitor ficasse constantemente castigando os cativos.” “Aliás, a violência era considerada aceitável e recomendável, ainda que até certo ponto, sendo o excesso considerado prejudicial, pouco cristão e perigoso. Muitos tratadistas católicos argumentaram contra os abusos senhoriais, ainda que nunca tenham, de todo, recriminado a violência.” “A violência, dizia-se, era usada para garantir o trabalho e o cumprimento das “tarefas” e das metas de trabalho que cada escravo tinha que cumprir todos os dias. Um escravo do 'eito' na lavoura de cana, por exemplo, deveria cumprir um número mínimo de “mãos” a cada dia. (livro-base, p. 143-145) D Ainda que fosse usada no sentido “pedagógico” eram raros os casos de violência física contra os escravos, pois se temia uma revolta. E A violência não tinha objetivo nenhum. Era praticada pelos senhores e capatazes pelo simples prazer. Questão 10/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para a seguinte citação: “Indignou-se com a desvalorização que o brasileiro imputava ao trabalho e, com grande desprezo, comentou as cerimônias monárquicas e o lugar de destaque que elas ocupavam no cotidiano brasileiro. Descreveu também os hábitos alimentares e os utensílios domésticos, a formatação das ruas [...].” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PAULINO, Carla Viviane. Thomas Ewbank: um viajante norte-americano no Rio de Janeiro imperial (1846). http://anphlac.fflch.usp.br/sites/anphlac.fflch.usp.br/files/carla_viviane_paulino.pdf. Acesso em: 05 nov. 2019 Conforme essa citação e os conteúdos do livro base História e Historiografia da Escravidão no Brasil sobre o pensamento do viajante Thomas Ewbank, assinale a alternativa correta: Nota: 0.0 A Thomas Ewbank observou que a escravidão tornou os trabalhos manuais valorosos e honrados, devido ao esforço envolvido. B O viajante Thomas Ewbank percebeu que as elites desvalorizavam o trabalho manual. Esta é a resposta correta porque “Ewbank ficou impressionado com as relações de trabalho no Brasil e percebeu que o problema era muito mais profundo: ‘A inevitável tendência da escravidão por toda a parte é tornar o trabalho uma atividade desonrosa’, avaliou ele, argumentando que a ‘escravidãonegra é regra no Brasil, e os brasileiros se retraem como que horrorizados ante qualquer emprego manual’, captando com exatidão aquela aversão ao tal trabalho. (Livro-base, p. 190) C Thomas Ewbank observou que a atividade escrava, no Brasil, não era predominante, sem peso relevante na sociedade. D Para Thomas Ewbank, a escravidão estava enraizada na sociedade, mas isso não afetava a relação do brasileiro com o trabalho. E Para Thomas Ewbank, a escravidão era regra e causava aversão ao trabalho manual, o que se provou não ser a realidade brasileira da época. Questão 1/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia os excertos de texto: “O resultado foi que os negros, ex-escravos, optaram por permanecer no campo ocupando pequenos pedaços de terras, ao menos os que lograram tal feito, geralmente sob um sistema de parceria, nos quais cedia parte de sua produção ao dono da terra que cultivava. " Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CAÇÃO, Felipe Quartim Barbosa. REZENDE FILHO, Cyro de Barros. Papel dos escravos negros após a abolição. Revista Semina. v. 9, n. 2, 2011. p. 10. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre os negros no período pós abolição: Nota: 10.0 A Com o fim da escravidão um grande corpo de desempregados se formou, na maior parte dos casos os libertos deixaram as fazendas e foram para as cidades para serem empregados na indústria. B Os negros foram incorporados na sociedade branca, que já cansada da escravidão, os considerava indivíduos como quaisquer outros. C Os negros foram vistos como “classe perigosa”, alguns setores defendiam o alistamento no exército para discipliná-los. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Por outro lado, houve debates no parlamento sobre como criar mecanismos para controlar os libertos, tidos, ao mesmo tempo, como mão de obra e ameaça. Havia quem sugerisse aumentar o controle policial para conter as novas 'classes perigosas' e também quem se manifestasse a favor de convocar todos os libertos para o exército, de modo a discipliná-los. O medo dos ex-senhores era grande; porém, a ameaça era mínima: os libertos estavam preocupados com outras coisas, bem mais importantes, na verdade. Eles já andavam arrumando trabalhos diversos tanto em áreas urbanas quanto no campo, ainda que, muitas vezes, em condições duras e em um ambiente marcado por forte competição. ” (Livro-base, p. 220) D Os senhores ficaram tranquilos com relação a retaliações ou revoltas, até porque os libertos apesar da imensa desigualdade e competição que enfrentavam nas mais diversas carreiras, não conseguiam se unir em prol de seus interesses. E Os libertos conseguiam trabalhos como assalariados com as mesmas condições que eram obtidos pelos brancos, ou seja, a mudança de suas condições de escravos para libertos alterou completamente a forma com que a sociedade branca os encarava. Questão 2/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o trecho de texto: “Sendo o escravo ao ganho aquele que se lançava às ruas por própria conta, em busca do ganho de cada dia, prestando contas ao senhor ou senhora ao final do dia ou em dias estipulados, sua inserção se contrapunha àquela do escravo meramente alugado pelo seu senhor e que trabalhava sob a supervisão de outrem que substituía a autoridade senhorial”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MACHADO, Maria Helena P. T. Sendo Cativo nas Ruas: a Escravidão Urbana na Cidade de São Paulo. IN: PORTA, Paula (org). História da Cidade de São Paulo. São Paulo: Paz e Terra, 2004. p. 17. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre os “negros de ganho”: Nota: 10.0 A Os negros eram contratados para serviços diversos, como carpinteiros, carregadores, vendedores, a maior renda o senhor deixava para os próprios cativos. B A prática do ganho existia no século XVI e XVII, e entrou em declínio no século XIX com o aumento das cidades. C A prática do ganho era pouco disseminada, portanto, sua regularização era desnecessária segundo as autoridades. D A prática do ganho abarcava diversas atividades, os escravos eram barbeiros, carpinteiros, carregadores, vendedores, e ao final do dia entregavam a maior parte do “seu ganho” para o senhor. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Os ‘negros de ganho’, ‘ao ganho’ ou ‘ganhadores’ eram escravos empregados nas mais diversas atividades: barbeiros, vendedores, carregadores, oficiais de carpinteiro, pedreiro e outros tantos. O que fazia, então, com que trabalhadores escravos empregados em atividades tão díspares fossem rotulados com o mesmo adjetivo? O fato de que eram contratados para esses serviços e a renda ia, predominantemente, para seus senhores, ainda que parte expressiva pudesse ficar nas mãos dos escravos. (Livro-base, p. 178) E Negros de ganho eram aqueles que os senhores ganhavam como herança, ou seja, quando um senhor morria, eles transferiam o plantel em testamento. Questão 3/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o seguinte trecho de texto: “Fato que salta à vista para quem procura se informar acerca da escravidão no Paraná no século XIX é o reduzido número de cativos. [...] Por exemplo, para o ano de 1824, a então freguesia (de São José dos Pinhais) teve o maior índice dos proprietários com cinco ou menos cativos de todo o Paraná (85,5%). " Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BORGES, Luiz Adriano Gonçalves. Família e trabalho escravo. Sociedade e poder em São José dos Pinhais no século XIX. http://www.escravidaoeliberdade.com.br/site/images/Textos3/luiz%20adriano%20gonalves%20borges.pdf. Acesso em: 04 nov. 2019 Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre a escravidão fora do perímetro da plantation: Nota: 10.0 A Podemos afirmar que o número de escravos era elevado nas regiões de periferia, ou seja, distante do modelo de economia baseada no latifúndio e exportação. B Nas regiões periféricas e de intensa presença de cafezais como o Vale do Paraíba, as fazendas tinham reduzido número de escravos. C A escravidão não ocorria apenas nos grandes centros agroexportadores, apesar de em número menor, o trabalho não prescindia desta mão de obra. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Existe uma noção difusa de que essa região quase não viveu a escravidão, ou a viveu apenas de modo residual. Contudo, quando vamos aos dados demográficos para ver o quanto havia de escravos, descobrimos que eles variavam entre 22% e 8% entre 1772 e 1874. De qualquer maneira, mesmo com uma presença escrava expressiva, o tamanho das escravarias no Paraná era, em geral, menor que em outras partes do Brasil. Em geral, o tamanho das escravarias não passava de 20 pessoas, ainda que a parte mais densa estivesse nas propriedades com até quatro escravizados. ” (Livro-base, p. 150) D O caso de São José dos Pinhas é emblemático, pois aí o número de escravos ultrapassava em número de cativos, inclusive, de áreas cafeeiras ou de mineração. E São José dos Pinhais foi o maior centro de venda de escravos no século XIX, pois era importante no fornecimento de charque para a região cafeeira. Questão 4/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para trecho de texto a seguir: “Foram estabelecidos, pois, dispositivos que naturalizavam e legalizavam o castigo físico, bem como a sujeição das populações escravizadas e "formas de governo", institucionalizadas pelas leis e pela circulação de ideias como aquelas presentes em manuais especialmente elaborados para o uso dos senhores". Após esta avaliação, caso queiraler o texto integralmente, ele está disponível em: SCHWARCZ Lilia Moritz; GOMES, Flávio dos Santos (Orgs). Dicionário da escravidão e liberdade: 50 textos críticos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. p. 27. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre os castigos físicos contra os escravos: Nota: 0.0 A A violência, no entanto, não era aceitável e nem tolerável, a negociação sempre prevalecia. B Os castigos eram um elemento fundamental para disciplinar os escravos, estavam ligados diretamente ao sistema produtivo predominante. Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base (GIL, Tiago. História e Historiografia da Escravidão no Brasil, p.144) "A característica disciplinadora do castigo – que nem sempre era explicitada nos discursos coloniais – constituía-se, no entanto, como elemento fundamental, pois permitia a conexão entre trabalho compulsório e produção lucrativa. Os castigos eram um elemento essencial para garantir a produtividade e o lucro, ou seja, não eram apenas abusos de feitores que se passavam na rigidez. Eram, inclusive, uma marca do sistema escravista, ainda que parte da historiografia minimize esse fator. Aliás, a violência era considerada aceitável e recomendável, ainda que até certo ponto, sendo o excesso considerado prejudicial, pouco cristão e perigoso. Muitos tratadistas católicos argumentaram contra os abusos senhoriais, ainda que nunca tenham, de todo, recriminado a violência". C Os castigos eram utilizados principalmente quando os escravos chegavam às fazendas, a maior parte dos historiadores acredita que eram utilizados com o intuito de disciplinar na chegada do escravo, e pouco utilizados no cotidiano de trabalho. D Diversos tratados católicos propagandeavam o uso da violência nos castigos como única forma de expiação dos pecados dos negros, portanto a Igreja como instituição não amenizou tais abusos por parte dos senhores. E Um escravo era sempre colocado como “carrasco”, ou seja, era ele que na maior parte das fazendas era responsável por desferir os piores castigos, a explicação é simples, quando um negro batia em outro, a obediência era maior por parte de quem era castigado. Questão 5/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para a passagem de texto: “Nessa ótica, a punição deveria ser sim física e dolorosa, mas precisava se ater à sua dimensão pedagógica, tendo como meta a ‘correção’ do escravo e não a sua incapacitação ou aniquilação física, precisando o castigo ser 'moderado pela razão e não temperado pela paixão'". Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: NETTO, Rodrigo de Sá. A punição do escravo negro segundo os escritos jesuíticos. http://www.encontro2010.rj.anpuh.org/resources/anais/8/1276566639_ARQUIVO_trabalhocompleto-ANPUH1.pdf. Acesso em: 04 nov. 2019. Considerando o excerto acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil sobre as punições dos escravos, marque a alternativa correta: Nota: 10.0 A Os escravos eram constantemente punidos com violência extrema, tal disposição era estimulada por tratados cristãos, pois os negros eram considerados seres sem alma. B Alguns tratados, principalmente católicos, previam o fim de qualquer tipo de punição física, pois não seria uma atitude cristã. C As punições tinham um sentido “pedagógico” a fim de que os escravos cumprissem a cota de produção diária e mantivessem a produtividade desejada pelos senhores. Você acertou! Comentário “Ainda sobre a violência, ela era mais frequentemente usada para conduzir o trabalho e garantir a produtividade. Durante o trabalho, especialmente no canavial, era rotina que o feitor ficasse constantemente castigando os cativos.” “Aliás, a violência era considerada aceitável e recomendável, ainda que até certo ponto, sendo o excesso considerado prejudicial, pouco cristão e perigoso. Muitos tratadistas católicos argumentaram contra os abusos senhoriais, ainda que nunca tenham, de todo, recriminado a violência.” “A violência, dizia-se, era usada para garantir o trabalho e o cumprimento das “tarefas” e das metas de trabalho que cada escravo tinha que cumprir todos os dias. Um escravo do 'eito' na lavoura de cana, por exemplo, deveria cumprir um número mínimo de “mãos” a cada dia. (livro-base, p. 143-145) D Ainda que fosse usada no sentido “pedagógico” eram raros os casos de violência física contra os escravos, pois se temia uma revolta. E A violência não tinha objetivo nenhum. Era praticada pelos senhores e capatazes pelo simples prazer. Questão 6/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o texto a seguir “Em outros tempos, os historiadores acreditavam que eram os grandes fatos históricos que faziam o mundo se mover. Nesse sentido, foi então, o 13 de maio um desses grandes eventos no qual [...] gerações de escravos foram libertadas pela benevolência da Princesa Isabel?.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GIL, T. L. História e Historiografia da Escravidão no Brasil, Intersaberes: Curitiba, 2019. p. 210 Considerando o excerto acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil sobre a Abolição, marque a alternativa correta: Nota: 10.0 A A abolição foi resultado de um longo processo histórico cujo protagonismo da luta dos próprios seres humanos escravizados não pode ser esquecido. Você acertou! Comentário: “Há toda uma história anterior, de avanços e retrocessos, com debates acalorados e violência, [...] que mobilizou a sociedade a respeito da abolição. E os próprios escravos participaram ativamente disso tudo, isso sem esquecer, é claro, dos libertos, ou seja, daqueles que foram escravos e haviam sido libertados. Entre esses últimos surgiram diversas mobilizações, associações, enfim, um forte ativismo em prol da libertação individual e da abolição como um todo.” (livro-base, p. 210 e 211) B A historiografia moderna aponta o 13 de Maio como momento chave da abolição da escravatura, visto que, sem a assinatura da Princesa Isabel, esse regime se estenderia por muito mais tempo. C Ainda que se destaquem na luta dos escravizados por sua própria libertação, é notória a falta de participação dos ex escravos já libertos na luta abolicionista. D A nova historiografia aponta que somente a luta dos próprios escravos contra a escravidão justifica sua abolição, negando qualquer influência de abolicionistas brancos ou outros fatores externos. E Graças a assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel, a abolição da escravatura no Brasil foi um processo pacífico. Questão 7/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o extrato de texto: “Quando analisamos estas fontes primárias manuscritas, em um primeiro momento, notamos ter sido a maior parte dos cativos transacionada em grupos de três ou mais indivíduos, nos quais os homens jovens constituíram a grande maioria.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ROSSINI, Gabriel Almeida Antunes. Apreciações acerca do tráfico interno de escravos no oeste da Província de São Paulo (Rio Claro, 1861-1869). p. 21. https://www.anpec.org.br/encontro/2012/inscricao/files_I/i2-a1b58c1a5ce70c392c2a5bd4fe631f9a.pdf. Acesso em: 06 nov. 2019. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre o perfil dos escravos vendidos através do tráfico interno na segunda metade do século XIX: Nota: 10.0 A O auge do tráfico interprovincial aconteceu no início do século XIX, os senhores anteviam que as regras e a burocracia iriam dificultar tal comércio e investiram em novos planteis na década de 1820. B As crianças eram a maior parte dos escravos transferidos no período, porque assim podiam ser empregadas imediatamente, além de terem muitos anos para serem exploradas.C Com o fim do tráfico transatlântico adquirir mulheres como escravas era considerado um problema, porque elas eram mais caras que os homens e seus filhos, a partir de 1850, já nasciam livres. D O tráfico interprovincial era muito importante, porque para os escravos esta prática beneficiava a formação de novas famílias. E A maior parte dos escravos transferidos ocorreu na segunda metade do século XIX, em sua maioria eram jovens e do sexo masculino. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “O perfil do escravo vendido no tráfico interno, nos anos 1860 a 1880, era variado, mas não completamente. A maior parte deles estava entre os 15 e os 24 anos, com predominância para o sexo masculino, ainda que a procura por mulheres jovens também fosse alta. Esses dois perfis tinham sua razão de ser. A procura por homens jovens era uma constante na demografia do tráfico, pois estavam no auge de suas idades economicamente produtivas e permaneceriam assim por alguns anos, de tal maneira que poderiam ser imediatamente empregados no serviço. ” (Livro-base, p. 204) Questão 8/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia as passagens de texto: “Organizados em torno de uma combativa religião multiétnica, os malês se acreditavam preparados para dar início a luta e liderá-la. A conquista da Bahia seria consumada pela mobilização geral dos escravos de Salvador e, posteriormente, do Recôncavo.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, João José. Rebelião Escrava no Brasil: A história do levante dos Malês de 1835. Editora Brasiliense: São Paulo, 1986. p. 283-284. Considerando o excerto acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasill sobre as revoltas escravas no século XIX, marque a alternativa correta: Nota: 0.0 A O século XIX não possui nenhum registro de Revoltas de Escravos marcantes, que tenham, de alguma forma, repercutido na sociedade brasileira da época. B A Revolta dos Malês foi a única revolta de escravos de que se tem registro no Brasil. C A Revolta dos Malês ocorreu em 1807 em Salvador; os escravos dessa rebelião eram haussás, da Costa da Mina, seu objetivo era matar os brancos, mas queriam permanecer no Brasil. D A Revolta dos haussás ocorreu em 1835, ela teve a participação dos escravos muçulmanos, denominados malês, que, liderados por Pacífico Licutan, pretendiam matar os homens brancos e implantar o islamismo no Brasil. E Manoel Congo foi um escravo que liderou um Quilombo na região do Vale do Paraíba, o duque de Caxias o “pacificador” foi responsável por destruir o povoado e prender seus líderes. Comentário: “O século iniciou já com a rebelião de “haussás”, em 1807, na cidade de Salvador, um exemplo perfeito dos efeitos da enorme chegada de escravos vindos da Costa da Mina para a Bahia. O objetivo deles era matar os brancos, tomar navios no porto e retornar para a África, negando completamente a possibilidade de aceitarem o cativeiro.” “A Revolta dos Malês foi um dos mais conhecidos levantes do século XIX. Há forte polêmica sobre seu significado. Alguns autores declaram que foi uma revolta escrava, de modo inequívoco. Todavia, outros enfatizam o fato de que seus participantes eram todos muçulmanos, sendo mais correto interpretá-la como uma jihad islâmica.” “Também nos anos 1830, um forte quilombo se formou no Vale do Paraíba, já então uma zona de expressiva produção do café. Conhecido como Quilombo de Santa Catarina ou de Manuel Congo, foi liderado por este último até 1838, quando tropas desmantelaram a povoação e prenderam os principais integrantes. A operação foi comandada pelo então tenente-coronel Luís Alves de Lima e Silva, que futuramente seria o Duque de Caxias.” (livro-base, p. 206-208) Questão 9/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para a seguinte afirmação: “Porém é bom ressaltar que desde o início da colonização houve escravos nas cidades, mais essa população foi crescendo no decorrer do desenvolvimento econômico do Brasil, a partir do século XIX podemos encontrar no Brasil um grande núcleo urbano com a presença de escravos urbanos nas mais diversas atividades.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BATISTA, Caio da Silva. A escravidão urbana em duas cidades do século XIX: Santo Antônio do Paraibuna e Rio de Janeiro. p. 5. Disponível em: http://www.ufjf.br/lahes/files/2010/03/c2-a5.pdf Acesso em: 05 nov. 2019 Conforme os fragmentos de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil a escravidão teve suas especificidades ao longo dos séculos. Tendo isto em vista, relacione corretamente as explicações com os séculos abaixo: 1. Século XVII 2. Século XVIII 3. Século XIX ( ) As vilas e cidades cresceram aquecidas, dentre muitas coisas, pela região das minas, por exemplo, com isso a demanda de escravos aumentou na região, era mais comum a presença de escravos pelos portos e vilas do interior como artesãos e quitandeiras. ( ) Neste século o número de vilas e cidades triplicou, com a economia fomentada pela exportação do café, a demanda por escravos aumentou, a escravidão por sua vez se afirmou nas mais diversas atividades urbanas. ( ) No período, apesar de ser muito intensa a atividade das bandeiras de apresamento de indígenas, a escravidão africana tem um aumento, principalmente nas maiores cidades da colônia. Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 10.0 A 1 – 3 – 2 B 1 – 2 – 3 C 2 – 1 – 3 D 2 – 3 – 1 Você acertou! A sequência correta é a letra d) 2 – 3 – 1. Segundo o livro-base: [2] Os serviços incluíam uma gama muito grande de possibilidades. Em meados do século XVIII, as 'quitandeiras', mulheres de origem africana, muitas das quais escravas, já contavam com uma presença secular nas ruas do centro do Rio de Janeiro. [3] “Não deixa de ser relevante o fato de as províncias mais escravistas do país, Minas Gerais e Rio de Janeiro, andarem às voltas com o café, além de São Paulo, que também mantinha uma expressiva escravaria.” [1] “No século XVII, houve uma significativa mudança. Não que os escravos indígenas tenham desaparecido. Na verdade, seguiram sendo empregados nas regiões de “conquista”, na medida que iam sendo expulsos de suas terras. Contudo, cada vez mais escravos africanos aportavam no Brasil.” (livro-base, p. 168-170) E 3 – 2 – 1 Questão 10/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para o excerto de texto: “Assim, o fato de que algumas escravas pagassem seus próprios impostos (ao invés do registro do nome da proprietária pagando para uma escrava vender) também era significativo, apontando para certo nível de autonomia conquistado por elas." Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: POPINIGIS, Fabiane. “Aos pés dos Pretos e pretas quitandeiras”: experiências de trabalho e estratégias de vida em torno do primeiro mercado público de Desterro 1840-1890. Revista Afro-Ásia, Salvador. n. 46. 2012. p. 217 Considerando o excerto acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil sobre os escravos de ganho, assinale a alternativa correta: Nota: 10.0 A A negociação entre os escravos de ganho e seus senhores era praticamente inexistente, porque os escravos não tinham nenhuma autonomia. B A atividade dos escravos de ganho se tornou tão disseminada que órgãos do governo eram responsáveis por proibir e extinguir esse tipo de atividade. C Os chamados “tigres” eram os responsáveis por levar o lixo e dejetos sanitários para fora da casa das pessoas. Este era um serviço prestigiado, o que elevava o status social de quem o realizava D As atividades relacionadas aos “escravos de ganho” não permitiam, porém, uma maior liberdade do escravo, que ainda era vigiado dia e noite, não sendo permitido qualquer momento de lazer. E Eram carregadores não apenas de mercadorias e de água, mastambém do trabalho considerado mais repugnante, que era realizado pelos escravos conhecidos como tigres, que levavam lixo e excrementos para o mar. Você acertou! Comentário “A mais desagradável dessas funções, provavelmente, era aquela feita pelos chamados tigres, que levavam lixo e dejetos sanitários para fora da casa das pessoas, atravessando as ruas das cidades para chegar até o mar, onde os excrementos eram despejados. Outro serviço importante, também referente ao mundo sanitário, era o abastecimento de água.” “A primeira é que a prática do ganho era bastante difundida, ao ponto de ser considerada necessária sua regulação pelas autoridades municipais. Tanto era assim que foi considerada necessária uma identificação individual para que fiscais pudessem controlar quem tinha ou não licença.” “De qualquer maneira, os “ganhadores” tinham essa característica de dispor de certa liberdade em um mundo de restrições. Muitos escravos alugavam quartos ou algum canto para passar a noite. O que o escravo conseguisse economizar, salvando seus vinténs da alimentação, da moradia ou outros gastos, inclusive de alguns prazeres, como poderiam ser a bebida e o jogo, ele poderia reter como um pecúlio.” (livro-base, p. 180-182) Questão 1/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia as passagens de texto: “Organizados em torno de uma combativa religião multiétnica, os malês se acreditavam preparados para dar início a luta e liderá-la. A conquista da Bahia seria consumada pela mobilização geral dos escravos de Salvador e, posteriormente, do Recôncavo.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, João José. Rebelião Escrava no Brasil: A história do levante dos Malês de 1835. Editora Brasiliense: São Paulo, 1986. p. 283-284. Considerando o excerto acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasill sobre as revoltas escravas no século XIX, marque a alternativa correta: Nota: 10.0 A O século XIX não possui nenhum registro de Revoltas de Escravos marcantes, que tenham, de alguma forma, repercutido na sociedade brasileira da época. B A Revolta dos Malês foi a única revolta de escravos de que se tem registro no Brasil. C A Revolta dos Malês ocorreu em 1807 em Salvador; os escravos dessa rebelião eram haussás, da Costa da Mina, seu objetivo era matar os brancos, mas queriam permanecer no Brasil. D A Revolta dos haussás ocorreu em 1835, ela teve a participação dos escravos muçulmanos, denominados malês, que, liderados por Pacífico Licutan, pretendiam matar os homens brancos e implantar o islamismo no Brasil. E Manoel Congo foi um escravo que liderou um Quilombo na região do Vale do Paraíba, o duque de Caxias o “pacificador” foi responsável por destruir o povoado e prender seus líderes. Você acertou! Comentário: “O século iniciou já com a rebelião de “haussás”, em 1807, na cidade de Salvador, um exemplo perfeito dos efeitos da enorme chegada de escravos vindos da Costa da Mina para a Bahia. O objetivo deles era matar os brancos, tomar navios no porto e retornar para a África, negando completamente a possibilidade de aceitarem o cativeiro.” “A Revolta dos Malês foi um dos mais conhecidos levantes do século XIX. Há forte polêmica sobre seu significado. Alguns autores declaram que foi uma revolta escrava, de modo inequívoco. Todavia, outros enfatizam o fato de que seus participantes eram todos muçulmanos, sendo mais correto interpretá-la como uma jihad islâmica.” “Também nos anos 1830, um forte quilombo se formou no Vale do Paraíba, já então uma zona de expressiva produção do café. Conhecido como Quilombo de Santa Catarina ou de Manuel Congo, foi liderado por este último até 1838, quando tropas desmantelaram a povoação e prenderam os principais integrantes. A operação foi comandada pelo então tenente-coronel Luís Alves de Lima e Silva, que futuramente seria o Duque de Caxias.” (livro-base, p. 206-208) Questão 2/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia os excertos de texto: “O resultado foi que os negros, ex-escravos, optaram por permanecer no campo ocupando pequenos pedaços de terras, ao menos os que lograram tal feito, geralmente sob um sistema de parceria, nos quais cedia parte de sua produção ao dono da terra que cultivava. " Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CAÇÃO, Felipe Quartim Barbosa. REZENDE FILHO, Cyro de Barros. Papel dos escravos negros após a abolição. Revista Semina. v. 9, n. 2, 2011. p. 10. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre os negros no período pós abolição: Nota: 10.0 A Com o fim da escravidão um grande corpo de desempregados se formou, na maior parte dos casos os libertos deixaram as fazendas e foram para as cidades para serem empregados na indústria. B Os negros foram incorporados na sociedade branca, que já cansada da escravidão, os considerava indivíduos como quaisquer outros. C Os negros foram vistos como “classe perigosa”, alguns setores defendiam o alistamento no exército para discipliná-los. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Por outro lado, houve debates no parlamento sobre como criar mecanismos para controlar os libertos, tidos, ao mesmo tempo, como mão de obra e ameaça. Havia quem sugerisse aumentar o controle policial para conter as novas 'classes perigosas' e também quem se manifestasse a favor de convocar todos os libertos para o exército, de modo a discipliná-los. O medo dos ex-senhores era grande; porém, a ameaça era mínima: os libertos estavam preocupados com outras coisas, bem mais importantes, na verdade. Eles já andavam arrumando trabalhos diversos tanto em áreas urbanas quanto no campo, ainda que, muitas vezes, em condições duras e em um ambiente marcado por forte competição. ” (Livro-base, p. 220) D Os senhores ficaram tranquilos com relação a retaliações ou revoltas, até porque os libertos apesar da imensa desigualdade e competição que enfrentavam nas mais diversas carreiras, não conseguiam se unir em prol de seus interesses. E Os libertos conseguiam trabalhos como assalariados com as mesmas condições que eram obtidos pelos brancos, ou seja, a mudança de suas condições de escravos para libertos alterou completamente a forma com que a sociedade branca os encarava. Questão 3/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o fragmento de texto: “Com a Lei do Ventre Livre, de 1871, houve a criação do fundo de emancipação dos escravos, mas que deveria se pautar pela matrícula dos mesmos. Independentemente do tempo, no entanto, se o escravo não fosse matriculado, o senhor poderia perder sua propriedade. [...] " Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REZENDE, Rodrigo Castro. Paternalismo e liberdade no norte de Minas Gerais oitocentistas. In. Caminhos da liberdade: histórias da abolição e do pós-abolição no Brasil. ABREU, Martha Abreu. PEREIRA, Matheus Serva (orgs.) Niterói: PPGHistória: UFF, 2011. p. 154-155. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre as influências da Lei do Ventre Livre: Nota: 10.0 A Foi uma lei transformadora que mudou completamente a relação entre o senhor e o escravo, até porque o senhor tinha o dever de indenizar os seus escravos logo quando nasciam. B Era um instrumento legal que foi utilizado para pressionar os donos de escravos, que tinham que matricular os seus cativos, bem como permitia ao escravo obter a alforria, sem a autorização do senhor, e possibilitava a acumulação de um pecúlio. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Esta lei não era, em si, necessariamente transformadora, mas os escravos foram aprendendo usar a norma como campo de batalha. A legislação do Ventre Livre previa algumas coisas importantes: a possibilidadede o escravo comprar sua alforria mesmo sem a autorização do seu senhor (o que antes era impossível), a possibilidade oficial de os escravos terem um pecúlio (economias advindas de alguma remuneração) e a necessidade de matricular os escravos, o que permitiria identificar aqueles que haviam sido trazidos para o Brasil entre 1831 e 1850, período entre duas leis que proibiam o tráfico e, no qual, o próprio ingresso de escravos já seria proibido. ” (Livro-base, p. 216) C A Lei do Ventre Livre foi um passo importante para a completa libertação dos escravos, porém não podemos esquecer que ela não permitia que os escravos comprassem sua alforria, o que em parte desestimulou as instituições que mantinham fundos para a abolição. D A Lei do Ventre Livre foi a única lei de caráter emancipatório do século XIX, e por isso teve um efeito importante para o fim da escravidão no Brasil. E A Lei do Ventre Livre possibilitava ao escravo comprar sua alforria sem autorização do senhor, mas ela era categórica em prever que os escravos não poderiam guardar um pecúlio, claramente tal dispositivo legal agia no sentido de defender as posições escravistas, uma vez que assim o escravo jamais compraria sua liberdade. Questão 4/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia a passagem de texto: “As pequenas explorações policultoras desenvolvidas no entorno da grande exploração monocultora apoiando sua manutenção por meio de uma produção diversificada, em um primeiro momento, foram chamadas de agricultura de subsistência. ” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RABALIOLLI, J. A.; da Cunha, A. S.; Oliveira, I. L. de; Miorin, V. M. F. Evolução das categorias de propriedade da terra no Brasil. Revista OKARA: Geografia em debate. João Pessoa - PB. v. 9, n. 3, p. 410-427. p. 421. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre as pequenas propriedades de terra e o trabalho nelas empregado: Nota: 10.0 A A maioria das pequenas propriedades se dedicava a monocultura e mantinha imensa escravaria. B As pequenas propriedades produziam arroz, feijão, milho, trigo, para exportação, e possuíam poucos escravos. C As pequenas propriedades produziam gêneros voltados ao abastecimento interno, em geral tinham poucos escravos. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Como produtos voltados para o abastecimento, encontrávamos arroz, gado, vários tipos de farinha, feijão, milho e trigo, sem esgotar a lista. Contudo, a maioria das propriedades que se dedicavam a esses negócios eram pequenas, com poucos escravos e muito dependentes da mão de obra familiar e dos chamados agregados, pessoas que acabavam se empregando nas propriedades de outros em condições precárias de trabalho, ainda que não fossem escravos. ” (Livro-base, p. 149) D As pequenas propriedades produziam para o mercado externo com umas vasta mão de obra escrava. E As pequenas propriedades usavam força de trabalho variada, homens brancos pobres, escravos, mas sua produção em todos os estabelecimentos era para subsistência. Questão 5/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o seguinte trecho de texto: “Fato que salta à vista para quem procura se informar acerca da escravidão no Paraná no século XIX é o reduzido número de cativos. [...] Por exemplo, para o ano de 1824, a então freguesia (de São José dos Pinhais) teve o maior índice dos proprietários com cinco ou menos cativos de todo o Paraná (85,5%). " Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BORGES, Luiz Adriano Gonçalves. Família e trabalho escravo. Sociedade e poder em São José dos Pinhais no século XIX. http://www.escravidaoeliberdade.com.br/site/images/Textos3/luiz%20adriano%20gonalves%20borges.pdf. Acesso em: 04 nov. 2019 Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre a escravidão fora do perímetro da plantation: Nota: 10.0 A Podemos afirmar que o número de escravos era elevado nas regiões de periferia, ou seja, distante do modelo de economia baseada no latifúndio e exportação. B Nas regiões periféricas e de intensa presença de cafezais como o Vale do Paraíba, as fazendas tinham reduzido número de escravos. C A escravidão não ocorria apenas nos grandes centros agroexportadores, apesar de em número menor, o trabalho não prescindia desta mão de obra. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “Existe uma noção difusa de que essa região quase não viveu a escravidão, ou a viveu apenas de modo residual. Contudo, quando vamos aos dados demográficos para ver o quanto havia de escravos, descobrimos que eles variavam entre 22% e 8% entre 1772 e 1874. De qualquer maneira, mesmo com uma presença escrava expressiva, o tamanho das escravarias no Paraná era, em geral, menor que em outras partes do Brasil. Em geral, o tamanho das escravarias não passava de 20 pessoas, ainda que a parte mais densa estivesse nas propriedades com até quatro escravizados. ” (Livro-base, p. 150) D O caso de São José dos Pinhas é emblemático, pois aí o número de escravos ultrapassava em número de cativos, inclusive, de áreas cafeeiras ou de mineração. E São José dos Pinhais foi o maior centro de venda de escravos no século XIX, pois era importante no fornecimento de charque para a região cafeeira. Questão 6/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o texto a seguir “Depois da proibição – derradeira – do tráfico atlântico de escravos, surgiu um novo movimento – agora interno – de circulação de escravos no Brasil.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GIL, T. L. História e Historiografia da Escravidão no Brasil, Intersaberes: Curitiba, 2019. p. 197 Considerando o excerto acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil sobre o tráfico interno de escravos, marque a alternativa correta: Nota: 10.0 A O tráfico interprovincial referia-se, no século XIX, principalmente, à venda de escravos do Norte, Nordeste e Sul do Brasil, para o Sudeste cafeeiro, que apresentava grande crescimento econômico. Você acertou! Comentário: “trata-se de dois circuitos diferentes de venda de escravos: o comércio intrarregional e o interprovincial. O primeiro, intrarregional, ocorria quando um escravo era vendido para uma região próxima. Esse movimento se dava pela variação da pujança econômica das regiões próximas. Em alguns momentos, a lavoura de exportação de alguns produtos era mais lucrativa que outra, e isso fazia com que os escravos da região menos dinâmica fossem vendidos para aquela mais potente. Ou, talvez, escravos que trabalhassem nas lavouras de produção de alimentos fossem vendidos para as lavouras de exportação. Outro efeito do tráfico interno era o mercado interprovincial. Este se refere ao movimento de venda e compra de escravos entre regiões distantes. No caso mais conhecido, na segunda metade do século XIX, a Região Sudeste do Brasil comprava escravos vindos da Região Norte, Nordeste e Sul. Se aproximarmos a lupa veremos que eram regiões produtoras de café, dentro do Sudeste, que compravam escravos vindos de certas regiões do Nordeste, abalado pela seca, mas também do litoral canavieiro [...]) (livro-base, p. 197 e 198) B O comércio intrarregional se relacionava à venda de escravos para fora do Brasil, principalmente para países das Antilhas na América Central. C O tráfico interprovincial no século XIX dava-se entre o Sudeste e o Nordeste, visto que o Sudeste estava em decadência e precisava de ajuda das demais regiões. D O comércio interprovincial relacionava-se, principalmente, à venda de escravos da Região Sudeste para a Região Nordeste do Brasil do século XIX, visto a pujança econômica da lavoura canavieira no período. E Quando tratamosde comércio intrarregional, estamos nos referindo à persistência ao tráfico atlântico de escravos, que tentava se manter ativo, apesar da proibição. Questão 7/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para a seguinte citação: “Indignou-se com a desvalorização que o brasileiro imputava ao trabalho e, com grande desprezo, comentou as cerimônias monárquicas e o lugar de destaque que elas ocupavam no cotidiano brasileiro. Descreveu também os hábitos alimentares e os utensílios domésticos, a formatação das ruas [...].” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PAULINO, Carla Viviane. Thomas Ewbank: um viajante norte-americano no Rio de Janeiro imperial (1846). http://anphlac.fflch.usp.br/sites/anphlac.fflch.usp.br/files/carla_viviane_paulino.pdf. Acesso em: 05 nov. 2019 Conforme essa citação e os conteúdos do livro base História e Historiografia da Escravidão no Brasil sobre o pensamento do viajante Thomas Ewbank, assinale a alternativa correta: Nota: 10.0 A Thomas Ewbank observou que a escravidão tornou os trabalhos manuais valorosos e honrados, devido ao esforço envolvido. B O viajante Thomas Ewbank percebeu que as elites desvalorizavam o trabalho manual. Você acertou! Esta é a resposta correta porque “Ewbank ficou impressionado com as relações de trabalho no Brasil e percebeu que o problema era muito mais profundo: ‘A inevitável tendência da escravidão por toda a parte é tornar o trabalho uma atividade desonrosa’, avaliou ele, argumentando que a ‘escravidão negra é regra no Brasil, e os brasileiros se retraem como que horrorizados ante qualquer emprego manual’, captando com exatidão aquela aversão ao tal trabalho. (Livro-base, p. 190) C Thomas Ewbank observou que a atividade escrava, no Brasil, não era predominante, sem peso relevante na sociedade. D Para Thomas Ewbank, a escravidão estava enraizada na sociedade, mas isso não afetava a relação do brasileiro com o trabalho. E Para Thomas Ewbank, a escravidão era regra e causava aversão ao trabalho manual, o que se provou não ser a realidade brasileira da época. Questão 8/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para o excerto de texto: “Assim, o fato de que algumas escravas pagassem seus próprios impostos (ao invés do registro do nome da proprietária pagando para uma escrava vender) também era significativo, apontando para certo nível de autonomia conquistado por elas." Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: POPINIGIS, Fabiane. “Aos pés dos Pretos e pretas quitandeiras”: experiências de trabalho e estratégias de vida em torno do primeiro mercado público de Desterro 1840-1890. Revista Afro-Ásia, Salvador. n. 46. 2012. p. 217 Considerando o excerto acima e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil sobre os escravos de ganho, assinale a alternativa correta: Nota: 10.0 A A negociação entre os escravos de ganho e seus senhores era praticamente inexistente, porque os escravos não tinham nenhuma autonomia. B A atividade dos escravos de ganho se tornou tão disseminada que órgãos do governo eram responsáveis por proibir e extinguir esse tipo de atividade. C Os chamados “tigres” eram os responsáveis por levar o lixo e dejetos sanitários para fora da casa das pessoas. Este era um serviço prestigiado, o que elevava o status social de quem o realizava D As atividades relacionadas aos “escravos de ganho” não permitiam, porém, uma maior liberdade do escravo, que ainda era vigiado dia e noite, não sendo permitido qualquer momento de lazer. E Eram carregadores não apenas de mercadorias e de água, mas também do trabalho considerado mais repugnante, que era realizado pelos escravos conhecidos como tigres, que levavam lixo e excrementos para o mar. Você acertou! Comentário “A mais desagradável dessas funções, provavelmente, era aquela feita pelos chamados tigres, que levavam lixo e dejetos sanitários para fora da casa das pessoas, atravessando as ruas das cidades para chegar até o mar, onde os excrementos eram despejados. Outro serviço importante, também referente ao mundo sanitário, era o abastecimento de água.” “A primeira é que a prática do ganho era bastante difundida, ao ponto de ser considerada necessária sua regulação pelas autoridades municipais. Tanto era assim que foi considerada necessária uma identificação individual para que fiscais pudessem controlar quem tinha ou não licença.” “De qualquer maneira, os “ganhadores” tinham essa característica de dispor de certa liberdade em um mundo de restrições. Muitos escravos alugavam quartos ou algum canto para passar a noite. O que o escravo conseguisse economizar, salvando seus vinténs da alimentação, da moradia ou outros gastos, inclusive de alguns prazeres, como poderiam ser a bebida e o jogo, ele poderia reter como um pecúlio.” (livro-base, p. 180-182) Questão 9/10 - História e Historiografia da Escravidão Atente para a seguinte afirmação: “Porém é bom ressaltar que desde o início da colonização houve escravos nas cidades, mais essa população foi crescendo no decorrer do desenvolvimento econômico do Brasil, a partir do século XIX podemos encontrar no Brasil um grande núcleo urbano com a presença de escravos urbanos nas mais diversas atividades.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BATISTA, Caio da Silva. A escravidão urbana em duas cidades do século XIX: Santo Antônio do Paraibuna e Rio de Janeiro. p. 5. Disponível em: http://www.ufjf.br/lahes/files/2010/03/c2-a5.pdf Acesso em: 05 nov. 2019 Conforme os fragmentos de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil a escravidão teve suas especificidades ao longo dos séculos. Tendo isto em vista, relacione corretamente as explicações com os séculos abaixo: 1. Século XVII 2. Século XVIII 3. Século XIX ( ) As vilas e cidades cresceram aquecidas, dentre muitas coisas, pela região das minas, por exemplo, com isso a demanda de escravos aumentou na região, era mais comum a presença de escravos pelos portos e vilas do interior como artesãos e quitandeiras. ( ) Neste século o número de vilas e cidades triplicou, com a economia fomentada pela exportação do café, a demanda por escravos aumentou, a escravidão por sua vez se afirmou nas mais diversas atividades urbanas. ( ) No período, apesar de ser muito intensa a atividade das bandeiras de apresamento de indígenas, a escravidão africana tem um aumento, principalmente nas maiores cidades da colônia. Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 10.0 A 1 – 3 – 2 B 1 – 2 – 3 C 2 – 1 – 3 D 2 – 3 – 1 Você acertou! A sequência correta é a letra d) 2 – 3 – 1. Segundo o livro-base: [2] Os serviços incluíam uma gama muito grande de possibilidades. Em meados do século XVIII, as 'quitandeiras', mulheres de origem africana, muitas das quais escravas, já contavam com uma presença secular nas ruas do centro do Rio de Janeiro. [3] “Não deixa de ser relevante o fato de as províncias mais escravistas do país, Minas Gerais e Rio de Janeiro, andarem às voltas com o café, além de São Paulo, que também mantinha uma expressiva escravaria.” [1] “No século XVII, houve uma significativa mudança. Não que os escravos indígenas tenham desaparecido. Na verdade, seguiram sendo empregados nas regiões de “conquista”, na medida que iam sendo expulsos de suas terras. Contudo, cada vez mais escravos africanos aportavam no Brasil.” (livro-base, p. 168-170) E 3 – 2 – 1 Questão 10/10 - História e Historiografia da Escravidão Leia o excerto de texto: “Não obstante ser destacado o papel da pressão dos abolicionistas neste processo, fundamental foi também a participação dos próprios escravos, com sua atuação cotidiana ao longo do século XIX e nas últimas décadas do escravismo". Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PRADO JÚNIOR, Manoel Batista do. Conflitos e estratégias sociaisem torno da liberdade: famílias escravas em Mangaratiba no século XIX. In. Caminhos da liberdade: histórias da abolição e do pós-abolição no Brasil. ABREU, Martha Abreu. PEREIRA, Matheus Serva (orgs.) Niterói: PPGHistória: UFF, 2011. p. 84-85. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base História e Historiografia da Escravidão no Brasil, assinale a alternativa correta sobre as medidas tomadas pelos abolicionistas antes da Lei Áurea: Nota: 10.0 A Os caifazes, que era uma sociedade organizada que lutava pela abolição da escravatura, atuavam à luz do dia, por exemplo, quanto incentivavam abertamente a revolta de escravos. B As elites brancas protagonizaram as ações das sociedades secretas, principalmente arrecadando fundos para fugas de escravos e obtenção de alforrias. C Os escravos participavam ativamente das sociedades e clubes abolicionistas, assim como os que já estavam livres, que também promoviam ações em prol da abolição da escravidão no Brasil. Você acertou! Esta é a afirmação correta porque segundo o livro-base: “E os próprios escravos participaram ativamente disso tudo, isso sem esquecer, é claro, dos libertos, ou seja, daqueles que foram escravos e haviam sido libertados. Entre estes últimos surgiram diversas mobilizações, associações, enfim, um forte ativismo em prol da libertação individual de escravos e da abolição como um todo. ” (Livro-base, p. 213) D Por não saberem ler ou escrever, os escravos ou negros livres se organizavam de maneira violenta na causa da abolição, ou seja, não combatiam através da justiça ou ainda através de jornais. E Podemos apontar a Lei Áurea como um grande evento, e como os grandes eventos, ele não foi influenciado por eventos que o antecederam, como as lutas pela emancipação das sociedades abolicionistas.