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Unidade II

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Higiene do Trabalho: 
Riscos Físicos 
e Biológicos
Riscos Físicos – Calor
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Rogério Pulégio
Revisão Textual:
Esp. Aline Gonçalves da Silva
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Calor.
Riscos Físicos – Calor
Fonte: Getty Im
ages
Objetivos
• Fornecer ao aluno o conteúdo teórico básico para entendimento do agente físico calor;
• Relacionar as exigências normativas;
• Capacitar o aluno para realizar o monitoramento do agente físico calor;
• Ddemonstrar medidas de controle para o agente físico calor.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material 
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você 
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns 
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões 
de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e 
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de 
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de 
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de 
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
UNIDADE 
Riscos Físicos – Calor
Contextualização
O fogo é conhecido desde os primórdios da humanidade. No entanto, foi durante a 
Revolução Industrial que o calor e a temperatura se tornaram protagonistas nos ambientes 
industriais. No Brasil, o Anexo 3 da Norma Regulamentadora 15 (NR-15) estabelece as 
condições de sobrecarga térmica máxima para ambientes de trabalho.
A exposição ao calor nos ambientes laborais ocorre através da transmissão de calor 
entre o corpo e o ambiente, por meio de ondas eletromagnéticas cujos comprimentos de 
onda estão localizados na região infravermelha do espectro luminoso (radiação).
No estudo do calor em ambientes de trabalho, é importante relacionar os aspectos 
climáticos regionais com os aspectos técnicos de cada atividade. A avaliação de calor é 
de caráter quantitativo e segue os procedimentos técnicos estabelecidos na Norma de 
Higiene Ocupacional 06 (NHO 06) da Fundacentro. Uma metodologia bem definida é 
fundamental para a obtenção de resultados confiáveis da exposição. 
Cabe ao Engenheiro de Segurança do Trabalho garantir condições de trabalho sa-
lubres aos trabalhadores, evitando a ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais.
6
7
Calor
“Calor é a forma de energia que se transfere de um sistema para outro em virtude de 
uma diferença de temperatura entre os mesmos” (FONSECA, 2014). As variáveis que 
mais influenciam no conforto térmico são de natureza ambiental (temperatura do ar, 
temperatura radiante média, velocidade relativa do ar e umidade relativa do ar ambiente) 
ou pessoal (tipo de vestimenta e tipo de atividade física executada) (BRASIL, 1999).
Efeitos ao organismo da exposição ao calor
O ser humano tem a capacidade de manter sua temperatura corporal interna rela-
tivamente constante, dentro de certos limites, independentemente da temperatura am-
biente. O controle da temperatura corporal é realizado pelo sistema termorregulador 
que comanda, através da vasodilatação e vasoconstrição, a quantidade de sangue que 
circula na superfície do corpo, possibilitando, respectivamente, maior ou menor troca 
de calor com o ambiente. O sistema termorregulador também atua sobre as glândulas 
sudoríparas, aumentando ou diminuindo a produção de suor em função da necessidade 
de perda de calor (BRASIL, 1999).
Os efeitos ao organismo oriundos da exposição ocupacional ao calor variam conforme 
as características individuais de cada trabalhador. As doenças do calor podem ser de caráter 
comportamental, tais como irritabilidade e confusão mental, ou se manifestar fisicamente, 
tais como câimbras, fadiga severa repentina, desidratação, entre outras. No caso de falência 
do sistema termorregulador do corpo, há risco de morte (ROSCANI et al., 2017).
Anexo 3 da NR-15
A Portaria 1.359/19 trouxe importantes alterações nesse Anexo, que tem por objetivo 
estabelecer critérios para caracterizar atividades ou operações insalubres decorrentes 
da exposição ocupacional ao calor em ambientes fechados ou com fonte artificial de 
calor, ou seja, esse anexo não se aplica a atividades ocupacionais realizadas a céu 
aberto sem fonte artificial (BRASIL, 2019). 
A avaliação quantitativa do calor deverá ser realizada com base na metodologia e em 
procedimentos descritos na Norma de Higiene Ocupacional NHO 06 (2ª edição – 2017) 
da Fundacentro nos seguintes aspectos: determinação de sobrecarga térmica por meio 
do IBUTG (Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo); equipamentos de medição e 
formas de montagem, posicionamento e procedimentos de uso deles nos locais avaliados; 
procedimentos quanto à conduta do avaliador; medições e cálculos (BRASIL, 2019).
Também define que a taxa metabólica (por tipo de atividade) deve ser estimada com 
base na comparação da atividade realizada apresentada no Quadro 2 desse Anexo. No 
caso de alguma atividade específica não estar apresentada no referido quadro, o valor 
da taxa metabólica deverá ser obtido por associação com atividade similar contida no 
Quadro 2.
7
UNIDADE 
Riscos Físicos – Calor
Por fim, a alteração no Anexo 3 da NR-15 estabelece a necessidade de laudo técnico 
que contemple, no mínimo, os seguintes itens:
a) Introdução, objetivos do trabalho e justificativa; 
b) Avaliação dos riscos, descritos no item 2.3 do Anexo n. 3 da NR-09; 
c) Descrição da metodologia e do critério de avaliação, incluindo locais, datas e 
horários das medições; 
d) Especificação, identificação dos aparelhos de medição utilizados e respectivos 
certificados de calibração conforme a NHO 06 da Fundacentro, quando utili-
zado o medidor de IBUTG; 
e) Avaliação dos resultados; 
f) Descrição e avaliação de medidas de controle eventualmente já adotadas; e 
g) Donclusão com a indicação de caracterização ou não de insalubridade. 
(BRASIL, 1999).
São consideradas como insalubres as atividades ou operações realizadas em ambien-
tes fechados ou ambientes com fonte artificial de calor sempre que o IBUTG (médio) 
ultrapassar os limites de exposição ocupacional estabelecidos com base no Índice de 
Bulbo Úmido Termômetro de Globo IBUTGMÁX, apresentado no Quadro 1 – Limite de 
exposição ocupacional ao calor, e determinados a partir os valores da taxa metabólica 
das atividades, estabelecidos no Quadro 2 (BRASIL, 2019).
Os limites de exposição ocupacional ao calor, fixados no Anexo 3 da NR-15, são 
definidos tanto pelo IBUTGMÁX (temperatura ambiente) quanto pela taxa metabólica 
de cada atividade, uma vez que, quanto mais intensa a atividade, maior o calor interno 
gerado pelo próprio organismo. Para regimes de trabalho intermitente com períodos 
de descanso no próprio local de prestação de serviço, os limites de tolerância são os 
estabelecidos na Tabela 1:
Tabela 1 – Tabela n. 1 do Anexo 3 da NR-15 
M W�� � IBUTG CMÁX �� � M W�� � IBUTG CMÁX �� � M W�� � IBUTG CMÁX �� �
100 33,7 186 30,6 346 27,5
102 33,6 189 30,5 353 27,4
104 33,5 193 30,4 360 27,3
106 33,4 197 30,3 367 27,2
108 33,3 201 30,2 374 27,1
110 33,2 205 30,1 382 27,0
112 33,1 209 30,0 390 26,9
115 33,0 214 29,9 398 26,8
117 32,9 218 29,8 406 26,7
119 32,8 222 29,7 414 26,6
122 32,7 227 29,6 422 26,5
124 32,6 231 29,5 431 26,4
8
9
M W�� � IBUTG CMÁX �� � M W�� � IBUTG CMÁX �� � M W�� � IBUTG CMÁX �� �
100 33,7 186 30,6 346 27,5
102 33,6 189 30,5 353 27,4
104 33,5 193 30,4 360 27,3
106 33,4 197 30,3 367 27,2
108 33,3 201 30,2 374 27,1
110 33,2 205 30,1382 27,0
112 33,1 209 30,0 390 26,9
115 33,0 214 29,9 398 26,8
117 32,9 218 29,8 406 26,7
119 32,8 222 29,7 414 26,6
122 32,7 227 29,6 422 26,5
124 32,6 231 29,5 431 26,4
100 33,7 186 30,6 346 27,5
102 33,6 189 30,5 353 27,4
104 33,5 193 30,4 360 27,3
106 33,4 197 30,3 367 27,2
108 33,3 201 30,2 374 27,1
110 33,2 205 30,1 382 27,0
112 33,1 209 30,0 390 26,9
Fonte: FUNDACENTRO, 2019
Já os limites de tolerância para exposição ao calor em regime de trabalho intermitente 
com período de descanso local, ou seja, em um ambiente termicamente mais ameno, 
com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade leve, é definido pelo Quadro 1:
Quadro 1 – Quadro n. 1 do Anexo 3 da NR-15 
Atividade Taxa metabólica (W)
Sentado
Em repouso 100
Trabalho leve com as mãos 126
Trabalho moderado com as mãos 253
Trabalho pesado com as mãos 171
Trabalho leve com um braço 162
Trabalho moderado com um braço 198
Trabalho pesado com um braço 234
Trabalho leve com dois braços 216
Trabalho moderado com dois braços 252
Trabalho pesado com dois braços 288
Trabalho leve com braços e pernas 324
Trabalho moderado com braços e pernas 441
Trabalho pesado com braços e pernas 603
Em pé, agachado ou ajoelhado
Em repouso 126
9
UNIDADE 
Riscos Físicos – Calor
Em pé, agachado ou ajoelhado
Trabalho leve com as mãos 153
Trabalho moderado com as mãos 180
Trabalho pesado com as mãos 198
Trabalho leve com um braço 189
Trabalho moderado com um braço 225
Trabalho pesado com um braço 261
Trabalho leve com dois braços 243
Trabalho moderado com dois braços 279
Trabalho pesado com dois braços 315
Trabalho leve com o corpo 351
Trabalho pesado com o corpo 630
Trabalho moderado com o corpo 468
Em pé, em movimento
Andando no plano
1. Sem carga
2 km/h 198
3 km/h 252
4 km/h 297
5 km/h 360
2. Com carga
10 kg, 4 km/h 333
30 kg, 4 km/h 450
Correndo no plano
9 km/h 787
12 km/h 873
15 km/h 990
Subindo rampa
1. Sem carga
Com 5° de inclinação, 4 km/h 324
Com 15° de inclinação, 3 km/h 378
Com 25° de inclinação, 3 km/h 540
2. Com carga de 20 kg
Com 15° de inclinação, 4 km/h 486
Com 25° de inclinação, 4 km/h 738
Descendo rampa (5 km/h) sem carga
Com 5° de inclinação 243
Com 15° de inclinação 252
Com 25° de inclinação 324
Subindo escada (80 degraus por minuto – altura do degrau de 0,17 m)
Sem carga 522
Com carga (20 kg) 648
Descendo escada (80 degraus por minuto – altura do degrau de 0,17 m)
Sem carga 279
10
11
Descendo escada (80 degraus por minuto – altura do degrau de 0,17 m)
Com carga (20 kg) 400
Trabalho moderado de braços (ex.: varrer, trabalho em almoxarifado) 320
Trabalho moderado de levantar ou empurrar 349
Trabalho de empurrar carrinhos de mão, no mesmo plano, com carga 391
Trabalho de carregar pesos ou com movimentos vigorosos com os braços (ex.: trabalho com foice) 495
Trabalho pesado de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remoção com pá, abertura de valas) 524
Fonte: FUNDACENTRO, 2019
Nesse caso, deve-se proceder ao cálculo da taxa de metabolismo média ponderada 
para uma hora, definida na equação 1, e ao cálculo do IBUTG médio ponderado para 
uma hora, definido na equação 2:
 
60
t t d dM xT M xTM += (Eq. 1)
 
60
t t d dIBUTG xT IBUTG xTIBUTG += (Eq. 2)
Sendo:
• Mt = taxa de metabolismo no local de trabalho, obtida no Quadro 3;
• Md = taxa de metabolismo no local de descanso, obtida no Quadro 3;
• Tt = soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho;
• Td = soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso;
• IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho;
• IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso. (BRASIL, 2014). 
Os tempos Tt e Td devem ser tomados no período mais desfavorável do ciclo de trabalho, 
sendo Tt + Td = 60 minutos corridos.
NHO 06
A Norma de Higiene Ocupacional 06 (NHO 06) é a norma técnica que estabelece 
critérios e procedimentos para a avaliação da exposição ocupacional ao calor. Aplica-se 
a ambientes internos e externos, com ou sem carga solar direta, em quaisquer situações 
de trabalho que possam ocasionar danos à saúde dos trabalhadores. Não é aplicável 
para a avaliação de conforto térmico (BRASIL, 2017).
Assim como o Anexo 3 da NR-15, a NHO 06 tem como critério de avaliação da ex-
posição ocupacional ao calor o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG) 
relacionado à Taxa Metabólica (M). Porém, a NHO 06 apresenta uma tabela mais deta-
lhada para as taxas metabólicas por tipo de atividade, conforme Quadro 2:
11
UNIDADE 
Riscos Físicos – Calor
Quadro 2 – Quadro n. 1 da NHO 06
Atividade Taxa metabólica (W)
Sentado
Em repouso 100
Trabalho leve com as mãos 126
Trabalho moderado com as mãos 253
Trabalho pesado com as mãos 171
Trabalho leve com um braço 162
Trabalho moderado com um braço 198
Trabalho pesado com um braço 234
Trabalho leve com dois braços 216
Trabalho moderado com dois braços 252
Trabalho pesado com dois braços 288
Trabalho leve com braços e pernas 324
Trabalho moderado com braços e pernas 441
Trabalho pesado com braços e pernas 603
Em pé, agachado ou ajoelhado
Em repouso 126
Trabalho leve com as mãos 153
Trabalho moderado com as mãos 180
Trabalho pesado com as mãos 198
Trabalho leve com um braço 189
Trabalho moderado com um braço 225
Trabalho pesado com um braço 261
Trabalho leve com dois braços 243
Trabalho moderado com dois braços 279
Trabalho pesado com dois braços 315
Trabalho leve com o corpo 351
Trabalho pesado com o corpo 630
Trabalho moderado com o corpo 468
Em pé, em movimento
Andando no plano
1. Sem carga
2 km/h 198
3 km/h 252
4 km/h 297
5 km/h 360
2. Com carga
10 kg, 4 km/h 333
30 kg, 4 km/h 450
Correndo no plano
9 km/h 787
12 km/h 873
15 km/h 990
12
13
Subindo rampa
1. Sem carga
Com 5° de inclinação, 4 km/h 324
Com 15° de inclinação, 3 km/h 378
Com 25° de inclinação, 3 km/h 540
2. Com carga de 20 kg
Com 15° de inclinação, 4 km/h 486
Com 25° de inclinação, 4 km/h 738
Descendo rampa (5 km/h) sem carga
Com 5° de inclinação 243
Com 15° de inclinação 252
Com 25° de inclinação 324
Subindo escada (80 degraus por minuto – altura do degrau de 0,17 m)
Sem carga 522
Com carga (20 kg) 648
Descendo escada (80 degraus por minuto – altura do degrau de 0,17 m)
Sem carga 279
Com carga (20 kg) 400
Trabalho moderado de braços (ex.: varrer, trabalho em almoxarifado) 320
Trabalho moderado de levantar ou empurrar 349
Trabalho de empurrar carrinhos de mão, no mesmo plano, com carga 391
Trabalho de carregar pesos ou com movimentos vigorosos com os braços (ex.: trabalho com 
foice) 495
Trabalho pesado de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remoção com pá, abertura 
de valas) 524
Fonte: FUNDACENTRO, 2017
Igualmente ao Anexo 3 da NR-15, o limite de exposição ocupacional ao calor é esta-
belecido com base no IBUTG médio ponderado e na taxa metabólica média ponderada 
para um período de 60 minutos. No entanto, os limites estabelecidos na NHO 06 so-
mente são válidos para:
Trabalhadores sadios, com reposição de água e sais perdidos durante 
sua atividade, mediante orientação e controle médico e com o uso de 
vestimentas tradicionais, compostas por calça e camisa de manga longa 
ou macacão de tecido simples, que permitam a circulação de ar junto à 
superfície do corpo e viabilizem a troca de calor com o ambiente pelos 
mecanismos da convecção e evaporação do suor. (BRASIL, 2017)
Os limites de exposição ocupacional ao calor para trabalhadores não aclimatizados 
estão apresentados na Tabela 2. Esses valores também são adotados como nível de ação 
para trabalhadores aclimatizados, e devem ser utilizados na avaliação de exposições 
eventuais. Já a Tabela 2 apresenta os limites de exposição ocupacional ao calor para 
trabalhadores aclimatizados, e a Tabela 3, o valor teto para exposição ao calor (valores 
acima dos quais os trabalhadores não podem ser expostos sem o uso de vestimentas e 
equipamentos de proteção adequados).
13
UNIDADE 
Riscos Físicos – Calor
Tabela 2 – Parte da Tabela 1 da NHO 06 – Nívelde ação para trabalhadores aclimatizados 
e limite de exposição ocupacional ao calor para trabalhadores não aclimatizados
M[W] IBUTG[C°] M[W] IBUTG[C°] M[W] IBUTG[C°]
100 31,7 183 28,0 334 24,3
101 31,6 186 27,9 340 24,2
103 31,5 189 27,8 345 24,1
105 31,4 192 27,7 351 24,0
106 31,3 195 27,6 357 23,9
108 31,2 198 27,5 363 23,8
110 31,1 201 27,4 369 23,7
112 31,0 205 27,3 375 23,6
Fonte: FUNDACENTRO, 2017
Tabela 3 – Parte da Tabela 2 da NHO 06
M[W] IBUTG[C°] M[W] IBUTG[C°] M[W] IBUTG[C°]
100 33,7 183 28,0 334 24,3
102 33,6 189 27,9 340 24,2
104 33,5 193 27,8 345 24,1
106 33,4 197 27,7 351 24,0
108 33,3 201 27,6 357 23,9
110 33,2 205 27,5 363 23,8
112 33,1 209 27,4 369 23,7
115 33,0 214 27,3 375 23,6
117 32,9 218 29,8 406 26,7
119 32,8 222 29,7 414 26,6
Fonte: FUNDACENTRO, 2017
Tabela 4 – Parte da Tabela 3 da NHO 06
M[W] IBUTG[C°] M[W] IBUTG[C°] M[W] IBUTG[C°]
≤240 38,0 332 36,1 461 34,2
244 37,9 338 36,0 469 34,3
248 37,8 344 35,9 477 34,0
252 37,7 350 35,8 485 33,9
257 37,6 356 35,7 494 33,8
261 37,5 362 35,6 502 33,7
266 37,4 369 35,5 511 33,6
270 37,3 375 35,4 520 33,5
275 37,2 382 35,3 529 33,4
280 37,1 388 35,2 538 33,3
Fonte: FUNDACENTRO, 2017
14
15
Aclimatização é a adaptação fisiológica decorrente de exposições sucessivas e graduais ao 
calor que visa reduzir a sobrecarga fisiológica causada pelo estresse térmico.
Ainda, em comparação ao Anexo 3 da NR-15, a NHO 06 faz a consideração do tipo 
de vestimenta utilizada pelo trabalhador, vez que as vestimentas influenciam nas trocas 
de calor do corpo com o ambiente. Logo, o cálculo do IBUTG deve sofrer uma correção, 
definida pelo Quadro 3: 
Quadro 3 – Quadro n. 2 da NHO 06 – Instrumentos de ajuste de IBUTG médio para alguns 
tipos de vestimentas *Vestimentas com capuz devem ter seu valor acrescido em 1 C°
Tipo de roupa Adição ao IBUTG[C°]
Uniforme de trabalho 
(calça e camisa de 
manga comprida)
0
Macacão Tecido 0
Macacão Prolipropileno 
SMS (Spun-Melt-Spun)
0,5
Macacão de poliolefi na 2
Vestimenta ou macacão 
forrado (Tecido duplo)
3
Avental longo de 
manga comprida 
impermeável ao vapor
4
Macacão Impermeável 10
Macacão impermeável 
ao vapor sobreposto à 
roupa de trabalho
12
Fonte: FUNDACENTRO, 2017
Avaliação de Calor
A avaliação de calor deve ser realizada de modo a caracterizar a exposição de todos 
os trabalhadores considerados no estudo. Geralmente, quando um grupo de trabalha-
dores apresenta as mesmas características de exposição, é definido um Grupo de Ex-
posição Similar (GES) ou Grupo Homogêneo de Exposição (GHE) que será avaliado 
(BRASIL, 2017).
As medições devem ser representativas das condições reais de exposição dos traba-
lhadores avaliados. Ou seja, a avaliação deve contemplar todas as condições habituais 
– operacionais e ambientais – que envolvem o trabalhador no exercício de suas funções. 
15
UNIDADE 
Riscos Físicos – Calor
Condições de exposição eventuais devem ser avaliadas e interpretadas isoladamente. É 
fundamental que o período de amostragem seja adequadamente escolhido de forma a 
considerar os 60 minutos corridos de exposição que correspondam à condição de sobre-
carga térmica mais desfavorável (BRASIL, 2017).
Para a medição do IBUTG, utiliza-se um conjunto de termômetros, que pode ser con-
vencional ou eletrônico, devidamente e periodicamente calibrado pelo Instituto Nacional 
de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), ou por laboratórios acreditados pelo 
INMETRO (BRASIL, 2017).
Os termômetros que compõem a “árvore de IBUTG” (Figura 1) são:
• Termômetro de globo (tg): esfera oca de cobre, com aproximadamente 1 mm 
de espessura, diâmetro de 152,4 mm, pintada externamente de preto fosco, com 
emissividade mínima de 0,95. Possui um sensor de temperatura (amplitude mínima 
de medição de +10,0 °C a +120,0 °C, exatidão igual ou melhor que ± 0,5 °C e que 
permite leituras a intervalos de, no mínimo, 0,1 °C), posicionado no centro da esfera 
de cobre, com fixação que garante a hermeticidade do sistema, impedindo a existên-
cia de fluxo de ar do interior do globo para o ambiente e vice-versa (BRASIL, 2017);
• Termômetro de bulbo úmido natural (tbn): sensor de temperatura (diâmetro ex-
terno de 6 mm ± 1 mm, com amplitude mínima de medição de +10,0 °C a +50,0 
°C, exatidão igual ou melhor que ± 0,5 °C e que permite leituras a intervalos de, no 
mínimo, 0,1 °C), revestido com um pavio tubular branco, confeccionado em tecido 
com alto poder de absorção de água, mantido úmido com água destilada, por capi-
laridade durante toda a medição (BRASIL, 2017);
• Termômetro de bulbo seco (tbs): sensor de temperatura com amplitude mínima 
de medição de +10,0 °C a +100,0 °C, exatidão igual ou melhor que ± 0,5 °C e 
que permite leituras a intervalos de, no mínimo, 0,1 °C. O sensor é protegido da 
radiação solar direta ou daquelas provenientes de fontes artificiais por meio de dis-
positivos que barrem a incidência da radiação e permitam a livre circulação de ar 
ao seu redor (BRASIL, 2017).
Fonte: FUNDACENTRO, 2017
16
17
A avaliação da exposição ao calor deve cobrir todo o ciclo de exposição, sendo as 
medições realizadas em cada situação térmica do ciclo. Ao início da avaliação, deve-se 
aguardar a estabilização dos termômetros (pode levar até 25 minutos, dependendo da 
diferença entre a temperatura de globo inicial e a do ponto de medição), para então 
dar início às leituras das temperaturas. Devem ser feitas no mínimo cinco leituras, ou 
quantas forem necessárias, até que a variação entre elas esteja dentro de um intervalo 
de ± 0,4 °C. As leituras possuem um intervalo de um minuto entre elas. Os valores a 
serem atribuídos ao tg, ao tbs e ao tbn correspondem às médias de suas leituras obtidas 
(BRASIL, 2017).
Algumas condições específicas devem ser observadas:
• Para trabalhos a céu aberto, é comum ocorrerem variações significativas das condi-
ções térmicas. Quando forem constatadas essas variações, a situação de exposição 
não é considerada a mais desfavorável, portanto não é válida para a caracterização 
da exposição ocupacional do trabalhador;
• Avaliações de exposições cujos “60 minutos mais críticos” apresentem variações 
significativas nas condições térmicas podem ser realizadas mediante amostragem, 
por meio da média de, no mínimo, 20 (vinte) medições consecutivas realizadas em 
intervalos de tempo fixo, dentro dos 60 minutos mais críticos da exposição;
• As condições térmicas de curta duração, inferiores ao tempo de estabilização do 
conjunto de medição, podem ser avaliadas por meio de simulação (estender o tem-
po de duração das referidas condições térmicas de forma a permitir a estabilização 
e as leituras necessárias). Nas situações em que for inviável, a avaliação da exposi-
ção ocupacional ao calor fica prejudicada (BRASIL, 2017).
Devem ser registrados:
a) Para cada situação térmica identificada:
• A data e o horário de início e fim da medição;
• A descrição das características ambientais e operacionais que a compõem;
• Os dados obtidos nas medições de temperaturas;
• Os dados de cronometragem do tempo de duração da situação.
b) Para cada atividade física identificada:
• A descrição das operações e dos procedimentos que a compõem;
• Os dados de cronometragem do tempo de duração da atividade.
c) Descrição detalhada das características da vestimenta e dos equipa-
mentos de proteção individual utilizados pelo trabalhador, visando ao en-
quadramento no Quadro 2 do item 5.5 desta NHO.
d) Identificação do responsável pela elaboração da planilha de campo. 
(BRASIL, 2017)
17
UNIDADE 
Riscos Físicos – Calor
Os dados obtidos devem ser invalidados sempre que, após as medições, for constata-
do nos equipamentos:
• Qualquer prejuízo à integridade do equipamento;
• Calibração do equipamento eletrônico fora das especificações fornecidas pelo fa-
bricante;
• Indicação de insuficiência de carga da bateria. 
Uma vez determinados os parâmetros relacionados anteriormente, deve-se proceder 
aos cálculos para determinação do e da M a seremutilizadas na caracterização da 
exposição ao calor conforme:
• Para ambientes internos ou externos sem carga solar direta:
0,7 0,3 IBUTG tbn tg= + (Eq. 3)
• Para ambientes externos com carga solar direta:
0,7 0,2 0,1 IBUTG tbn tg tbs= + + (Eq. 4)
Sendo:
• tbn = Temperatura de bulbo úmido natural em °C;
• tg = Temperatura de globo em °C;
• tbs = Temperatura de bulbo seco (temperatura do ar) em °C. 
Caso o trabalhador esteja exposto a duas ou mais situações térmicas diferentes, o 
IBUTG deve ser determinado a partir da equação 5, utilizando-se os valores de IBUTG 
representativos de cada uma das situações térmicas que compõem o ciclo de exposição 
do trabalhador avaliado.
Destaca-se que o ciclo de exposição pode ter duração diferente de 60 minutos, no 
entanto, a determinação do IBUTG sempre deve considerar um período de 60 minutos 
corridos (BRASIL, 2017).
IBUTG = 2 2 1 1 
60
i i n nIBUTG t IBUTG t IBUTG t
IBUTG t
++ …+ +…+ (Eq. 5)
Sendo:
• IBUTG = IBUTG médio ponderado no tempo em °C; 
• IBUTGi = IBUTG da situação térmica “i” em °C;
• ti = tempo total de exposição na situação térmica “i”, em minutos, no período de 60 
minutos corridos mais desfavorável; 
• i = iésima situação térmica;
• n = número de situações térmicas identificadas na composição do ciclo de exposição;
• t1 + t2 + ... + ti + ... + tn = 60 minutos.
Para o cálculo da M ,considera-se o mesmo período de 60 minutos corridos para o 
cálculo do IBUTG conforme Equação 6.
18
19
M = 2 2 1 1 
60
i i m mM t M t M t
M t + +…+ +…+ (Eq. 6)
Sendo:
• IBUTG = IBUTG médio ponderado no tempo em °C;
• IBUTGi = IBUTG da situação térmica “i” em °C;
• ti = tempo total de exposição na situação térmica “i”, em minutos, no período de 
60 minutos corridos mais desfavorável;
• i = iésima situação térmica;
• n = número de situações térmicas identificadas na composição do ciclo de exposição;
• t1 + t2 + ... + ti + ... + tn = 60 minutos.
O Quadro 6 apresenta os critérios de julgamento e tomada de decisão para trabalha-
dores aclimatizados:
Tabela 5 – Tabela n. 3 da NHO 06
Condições de exposição Consideração técnica Atuação recomendada
Obedecidos os limites da Tabela 1 Aceitável No mínimo, manutenção da condição existente
Acima dos limites estabelecidos 
na Tabela 1 Acima do nível de ação No mínimo, adoção de medidas preventivas
No intervalo de valores estabele-
cidos na Tabela 4 Região de incerteza
Adoção de medidas preventivas e corretivas 
visando à redução da exposição
Acima dos limites estabelecidos 
na Tabela 2 Acima do limite da exposição Adoção imediata de medidas corretivas
Fonte: FUNDACENTRO, 2017
Saiba mais sobre a análise da contribuição das variáveis meteorológicas no estresse 
térmico associada à morte de cortadores de cana-de-açúcar. 
Disponível em: https://bit.ly/39AcV5W
O risco de exposição à sobrecarga térmica para trabalhadores da cultura de cana-de-açú-
car no Estado de São Paulo, Brasil. Disponível em: https://bit.ly/3o3cTMo
Exemplo
O exemplo a seguir é interpretado conforme o Anexo 3 da NR-15 e sob a ótica da 
NHO 06. Suponha um trabalhador que está em um regime de trabalho-descanso, com 
descanso em outro local, sendo 30 minutos de trabalho (atividade moderada, de levantar 
ou empurrar) e 30 minutos de descanso (atividade leve, sentado, com movimento dos 
braços) a cada hora, sem aclimatização. O ciclo se repete oito vezes durante a jornada de 
trabalho. A vestimenta do trabalhador é avental longo de manga comprida impermeável 
ao vapor.
Os dados obtidos na avaliação de calor foram:
• IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho: 31,0 °C;
19
UNIDADE 
Riscos Físicos – Calor
• IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso: 24,5 °C.
Interpretação pelo Anexo 3 NR-15
IBUTG de cada condição térmica:
• IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho: 31,0 °C;
• IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso: 24,5 °C.
Classificação do tipo de atividade conforme Quadro 2:
• Mt = taxa de metabolismo no local de trabalho (atividade moderada, de levantar ou 
empurrar): 349 W;
• Md = taxa de metabolismo no local de descanso (atividade leve, sentado, com mo-
vimento dos braços): 216 W.
Verificação do regime de trabalho - com descanso em outro local:
• Tt = soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho: 
30 minutos;
• Td = soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso: 
30 minutos.
Cálculos:
• Obs: para cálculos de qualquer avaliação quantitativa do calor, deverão ser realiza-
dos com base na metodologia e procedimentos descritos na NHO 06 (2017). 
Interpretação dos resultados: conforme Quadro 1, não há limite de tolerância para 
349 W. Logo, assume-se o limite imediatamente acima, ou seja, mais restritivo, de 353 W, 
que é IBUTG = 27,4 °C. E conforme Quadro 1, não há limite de tolerância para 216 W. 
Logo, assume-se o limite imediatamente acima, ou seja, mais restritivo, de 218 W, que é 
IBUTG = 29,8 °C.
Interpretação pela NHO 06:
IBUTG de cada condição térmica:
• IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho: 31,0 °C; 
• IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso: 24,5 °C.
Classificação do tipo de atividade conforme Quadro 1:
• Mt = taxa de metabolismo no local de trabalho (atividade moderada, de levantar ou 
empurrar): 349 W;
• Md = taxa de metabolismo no local de descanso (atividade leve, sentado, com mo-
vimento dos braços): 216 W.
Verificação do regime de trabalho - com descanso em outro local:
• Tt = soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho: 
30 minutos;
• Td = soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso: 
30 minutos. 
20
21
Cálculos:
 349 30 216 30 282,5 
60 60
t t d dM xT M xT x xM W+ += = =
 31,0 30 24,5 30 27,7 
60 60
t t d dIBUTG xT IBUTG xT x xIBUTG C+ += = = °
• Verificação das vestimentas conforme Quadro 2: incremento de +4 °C no IBUTG. 
Logo: IBUTG = 27,7 °C + 4,0 °C = 31,7 °C.
• Interpretação dos resultados: conforme Tabela 1, não há limite de tolerância para 
282,5 W. Logo, assume-se o limite imediatamente acima, ou seja, mais restritivo, de 
284 W, que é IBUTG = 25,3 °C. Para o IBUTG calculado = 31,7 °C e M = 282,5 W, 
o limite de tolerância de 25,3 °C foi ultrapassado, caracterizando condição insalubre.
Comparando-se as interpretações do Anexo 3 da NR-15 e da NHO 06, observa-se 
que o IBUTG calculado é o mesmo, porém a classificação do metabolismo das atividades 
e a consideração sobre o tipo de vestimenta podem interferir diretamente na conclusão 
da avaliação. Deve-se atentar aos critérios de classificação das atividades e observar os 
limites de tolerância mais restritivos.
Você sabia que a Fundacentro desenvolveu um software para avaliar a exposição do 
trabalhador à sobrecarga térmica nas atividades a céu aberto?
Disponível em: https://bit.ly/3ustZV1
Saiba mais sobre a sobrecarga térmica em fábrica de móveis.
Disponível em: https://bit.ly/3AH19CC
Medidas Preventivas e Corretivas no Controle do Calor
Com relação ao agente físico calor, ainda que as exposições não tenham ultrapassado 
os limites de tolerância ou níveis de ação, a adoção de medidas corretivas que reduzam 
os níveis de exposição, se disponíveis ou viáveis, deve ser considerada, pois melhora as 
condições de trabalho e reduz os riscos de danos à saúde (BRASIL, 2017).
Dentre as medidas preventivas, estão:
• Avaliação sistemática e repetitiva da exposição dos trabalhadores para acompanha-
mento dos níveis de exposição e da adequação das medidas de controle;
• Disponibilização de água e sais minerais para reposição adequada da perda pelo 
suor, segundo orientação médica;
• Treinamento e informação aos trabalhadores (riscos, aclimatização, hidratação, 
pausas, sinais e sintomas da exposição ao calor, condutas de emergência etc.);
• Controle médico com foco na exposição ao calor;
21
UNIDADE 
Riscos Físicos – Calor
• Permissão para interromper o trabalho quando condições de risco à saúde forem 
identificadas;
• Entre outras (BRASIL, 2017).Dentre as medidas corretivas, estão:
• Modificação do processo ou da operação de trabalho (por exemplo: redução da 
temperatura ou da emissividade das fontes de calor, mecanização ou automatização 
do processo etc.);
• Uso de barreiras refletoras ou absorventes;
• Sistemas de ventilação adequados;
• Redução da umidade relativa do ar;
• Alternância de operações;
• Introdução de pausas;
• Disponibilização de locais climatizados ou termicamente mais amenos para recu-
peração térmica;
• Entre outras (BRASIL, 2017).
Para finalizar esta unidade, vamos refletir sobre a exposição ao calor com Napo.
Disponível em: https://youtu.be/5GfQI59cKFI
22
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Sobrecarga Térmica
https://bityl.co/8v3Q
 Leitura
Análise da contribuição das variáveis meteorológicas no estresse
térmico associada à morte de cortadores de cana-de-açúcar
https://bityl.co/8v3Z
Risco de exposição à sobrecarga térmica para trabalhadores
da cultura de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo, Brasil
https://bityl.co/8v3a
Sobrecarga térmica em fábrica de móveis
https://bityl.co/8v3g
23
UNIDADE 
Riscos Físicos – Calor
Referências
BRASIL. Conforto térmico nos ambientes de trabalho. Fundacentro. Disponível em: 
<http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2011/6/
conforto-termico-nos-ambientes-de-trabalho>. Acesso em: 23/01/2019.
________. Leis e Decretos. Segurança e medicina do trabalho. 73. ed. São Paulo: 
Atlas, 2014. 
________. Norma Regulamentadora 15 – NR-15, Anexo 3 – Limites de Tolerân-
cia para Exposição ao Calor, 2019. Disponível em: <https://www.gov.br/trabalho/pt-
-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-15-
-nr-15>. Acesso em: 01/06/2021.
________. Norma de Higiene Ocupacional - Procedimento Técnico – Avaliação da 
Exposição Ocupacional ao Calor – NHO 06. São Paulo: Fundacentro, 2017. Disponí-
vel em: <http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-ocupacional/pu-
blicacao/detalhe/2018/1/nho-06-avaliacao-da-exposicao-ocuacional-ao-calor>. Acesso 
em: 11/06/2021.
BREVIGLIERO, E.; POSSEBON, J.; SPINELLI, R. Higiene ocupacional: agentes bio-
lógicos, químicos e físicos. 6. ed. São Paulo: Senac, 2011. 
ROSSETE, C. A. (org.). Segurança e Higiene do Trabalho. São Paulo: Pearson Edu-
cation do Brasil, 2014. (e-book)
EDITORA SABERES. Saúde e segurança do trabalho. São Paulo, 2014. (e-book) 
FONSECA, J. B. Análise dos níveis de calor nos postos de trabalho de uma lavan-
deria industrial. Monografia. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 
2014. Disponível em: <http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/3532/1/
CT_CEEST_XXVIII_2014_18.pdf>. Acesso em: 23/01/2019.
MELO JUNIOR, A. da S. Higiene e segurança do trabalho. Rio de Janeiro: Elsevier; 
Campus, 2011. 
ROSCANI, R. C. et al. Risco de exposição à sobrecarga térmica para trabalhadores da 
cultura de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo, Brasil. Cad. Saúde Pública, v. 33, 
n. 3, 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csp/v33n3/1678-4464-csp-33-
03-e00211415.pdf>. Acesso em: 23/01/2019.
SALIBA, T. M. Manual prático de higiene ocupacional e PPRA: avaliação e controle 
dos riscos ambientais. 4. ed. São Paulo: LTr, 2018. 
STELLMAN, J. M.; DAUM, S. M. Trabalho e saúde na indústria: riscos físicos e quí-
micos e prevenção de acidentes. São Paulo: EPU, 1975.
24

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