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Administração Rural AO5

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Administração Rural 
Avaliação On-Line 5 (AOL 5) - Atividade Contextualizada 
 
 
Nos últimos anos, o agronegócio tem assumido uma merecida posição de destaque no debate 
econômico e nas grandes pautas de discussão no Brasil, com ampla repercussão midiática. O setor vem 
ganhando os holofotes, devido às suas capacidades de expansão de produtividade e produção e de geração 
de oportunidades de emprego em várias regiões, mesmo em um momento em que a economia do País vive 
uma situação extremamente delicada, com recessão e crises político/institucionais persistentes, que vêm 
afetando seu crescimento e desenvolvimento. As companhias do agronegócio são as que mais pagam 
impostos. Nos últimos anos, o agronegócio tem sido o grande responsável pelo crescimento econômico do 
País. O agronegócio é o que mais cresce no Brasil desde o final da década de 90. Em 1997, o faturamento 
alcançou R$ 104,6 bilhões, 40% do PIB brasileiro. Em 2007, o faturamento foi de R$ 446,6 bilhões, o que 
representa o dobro do teor de importância que tinha na economia. Em 2015, representou aproximadamente 
30% do PIB.A agricultura é um dos pilares das economias de países como Estados Unidos e Alemanha, 
onde há um elevado nível de tecnologia. Nos Estados Unidos, por exemplo, a agricultura representa 1,1% 
do PIB. A Alemanha tem 2,5% do PIB proveniente da agricultura. 
 Em relação à importância e ao crescimento do agronegócio em nosso País, o Brasil é o segundo 
colocado no mundo em valor de exportações, atrás apenas dos Estados Unidos. No ranking de 
produtividade, o Brasil ocupa a quarta colocação. A economia brasileira é hoje uma economia agrícola, 
agroindustrial e de serviços, e a agroindústria é a principal atividade do País. O agronegócio é a principal 
fonte de renda para milhares de pessoas, principalmente nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sul, onde 
concentra a maioria de seus produtores. Para se ter uma ideia do porte do agronegócio no País, o Brasil é 
o maior produtor mundial de café, suco de laranja, açúcar e soja. É o segundo maior produtor de arroz, milho 
e cana-de-açúcar. O Brasil é o terceiro maior produtor de algodão e o quarto maior produtor de trigo, frutas 
cítricas, milho e carne. No quesito exportações, o Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, o 
terceiro maior produtor de café e o quarto maior produtor de açúcar. O crescimento do agronegócio brasileiro 
pode ser explicado pelos fatores de oferta e de demanda. A oferta de produtos agrícolas, devido aos fatores 
tecnológicos, ao acesso ao crédito e ao uso de insumos, aumentou, assim como a demanda. O consumo 
de produtos de origem vegetal e de carne de frango e suína está aumentando nos países ricos, devido ao 
aumento da renda dessas populações. 
No entanto, os consumidores desses produtos estão cada vez mais exigentes em relação à 
qualidade. Cuidam cada vez mais da saúde e das doenças. Cabe ressaltar que o agronegócio brasileiro é o 
que mais cresce dentro da economia, o que chama a atenção dos investidores internacionais. Todos os 
anos, nesse setor, o Brasil atrai investimentos de mais de US$ 20 bilhões. O agronegócio hoje é muito mais 
do que apenas produção. Envolve também a logística, a processamento, a distribuição, a tecnologia, a 
pesquisa, a inovação e a educação. A economia global está cada vez mais ligada ao agronegócio, e o Brasil 
tem potencial para se tornar o maior produtor de alimentos do planeta. As companhias do agronegócio são 
as que mais pagam impostos. Nos últimos anos, o agronegócio tem sido o grande responsável pelo 
crescimento econômico do País. 
No caso do Brasil, os principais compradores dos produtos exportados são os Estados Unidos, 
Alemanha, China e Japão. Esses países têm se posicionado de forma diferente frente às tendências 
mundiais. Os Estados Unidos têm sido um dos principais mercados para as exportações brasileiras, mas o 
crescimento das importações americanas de produtos brasileiros tem sido limitado pelo forte crescimento 
do dólar americano. A Alemanha é o segundo maior mercado para as exportações brasileiras, mas o 
crescimento das exportações para este país também tem sido limitado pelo forte crescimento do euro. A 
China é o terceiro maior mercado para as exportações brasileiras e o crescimento das exportações para 
este país tem sido mais robusto. No entanto, o Japão é o quarto maior mercado para as exportações 
brasileiras e o crescimento das exportações para este país tem sido limitado pelo fraco desempenho da 
economia japonesa. 
O agronegócio brasileiro como um todo não está preparado para enfrentar as tendências 
apresentadas, visto que os pequenos agricultores possuem escassez de recursos e apoio público. Já os 
grandes e médios produtores rurais, grandes latifundiários, já possuem recursos, acesso ao apoio técnico e 
tecnológico necessário para adaptação. Por isso, a solução para esse problema não passa apenas por um 
projeto de cunho técnico, mas sim por uma mudança de mentalidade social, para que possamos deter um 
projeto de desenvolvimento rural, que possa integrar as aquisições tecnológicas do agronegócio com os 
objetivos de acessibilidade de produtos, cuidado com a saúde pública, cuidado com o meio ambiente e 
cuidado com os pequenos produtores. Quando todos os agentes do agronegócio, grandes e pequenos, 
conseguirem se integrar a essas tendências, teremos um novo modelo de agronegócio, mais sustentável, 
mais responsável e mais inclusivo. 
Os principais compradores dos produtos exportados têm se posicionado frente a essas tendências, 
basicamente, de modo a buscar os produtos mais baratos possíveis, bem como, em algum países, fechar 
as portas para produtos de regiões com acusações de crimes ambientais. Como exemplo, a China, que se 
tornou um dos principais compradores de produtos naturais do mundo, aumentou seus embargos a produtos 
provenientes de regiões como a Amazônia e a Rússia. A China tem adotado, de modo geral, posições mais 
ambientalistas. Na Europa, segundo a reportagem, os principais embargos ambientais a produtos florestais 
são os que se referem à questão das plantações. Em alguns países, é proibido o comércio de produtos 
provenientes de florestas que foram derrubadas de forma ilegal. No Brasil, a questão das plantações, em 
particular, no setor de madeira, tem sido discutida com os principais compradores de produtos naturais, 
como a Europa e a China. O tema é delicado já que, por um lado, há a preocupação com a preservação de 
áreas florestais naturais e, por outro, a necessidade de garantir a manutenção da atividade econômica das 
regiões mais afetadas pelas novas regras de certificação. No Brasil, a expectativa é de que as regras para 
a certificação de produtos florestais sejam definidas em breve. 
No ano passado, a Assembleia Geral das Nações Unidas realizou uma reunião para debater como 
melhorar a certificação da madeira e outros produtos florestais. A reunião aconteceu no âmbito da 
Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Extinção (CITES). Tratou-se de uma 
discussão preliminar, que deve ser retomada em breve. Enquanto isso, algumas empresas de produtos 
florestais estão adotando medidas para garantir a origem legal de suas matérias-primas, numa tentativa de 
antecipar a certificação. As políticas que devem ser implantadas, no setor agropecuário, para atender 
a esse mercado, é basicamente o incentivo aos pequenos e médios produtores rurais, bem como 
práticas positivas no manejo das propriedades, aumento de produtividade sem aumento de danos 
ambientais. Incentivo ao uso de técnicas agrícolas sustentáveis, como a agricultura de base 
florestal, a agrofloresta e o manejo integrado de pragas (MIP). A criação de um mercado de crédito 
para os agricultores, que permita a aquisição de insumos e equipamentos com juros baixos, bem 
como a melhoria das condições de comercialização da produção.

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