Direito das sucessões

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MÓDULO I
INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS SUCESSÕES. 
A FUNÇÃO DA HERANÇA E AS ESPÉCIES DE SUCESSÕES.
REFERÊNCIAS HISTÓRICAS DO DIREITO CIVIL. 
Prof. Dra. Isabella Paranaguá.
@paranaguaadvocacia
https://abre.ai/cvlattesprofisabella
SUCESSÃO
SENTIDO AMPLO
ATO PELO QUAL UMA PESSOA ASSUME O LUGAR DA OUTRA SUBSTITUINDO A TITULARIDADE. P.
EX. COMPRA E VENDA – SUCESSÃO INTER VIVOS.
SENTIDO ESTRITO
SUBSTITUINDO EM DECORRÊNCIA DA MORTE DE ALGUÉM.
CONCEITO
DISCIPLINA A TRANSMISSÃO DO PATRIMÔNIO DO DE CUJUS (AUTOR DA HERANÇA) E SEUS
SUCESSORES.
“DE CUJUS SUCESSIONE (OU HEREDITATIS) AGITUR”. “AQUELE DE CUJA SUCESSÃO (OU
HERANÇA) SE TRATA”.
CONCEITO
SENTIDO OBJETIVO: CONJUNTO DE NORMAS REGULADORAS DA
TRANSMISSÃO DOS BENS E OBRIGAÇÕES DE UM INDIVÍDUO EM
CONSEQUÊNCIA DE SUA MORTE.
SENTIDO SUBJETIVO: DIREITO DE SUCEDER, OU SEJA, DE RECEBER
O ACERVO HEREDITÁRIO DE UM DEFUNTO.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA:
❖ GRÉCIA, ROMA, ÍNDIA- FUSTEL DE COULANGES: HERDEIRO-
SACERDÓCIO DO CULTO
❖PRIMOGÊNITO VARÃO; CONDIÇÃO DA MULHER NA ÉPOCA
❖ROMA: LEI DAS XII TÁBUAS ; (PATER FAMILIAS).
❖SEM TESTAMENTO: SUI, AGNATIS, GENTILES
ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁIA EM ROMA
•HEREDI SUI ET NECESSARI: FILHOS, NETO, ESPOSA.
•AGNATI (AGNATUS PROXIMUS): COLATEREAL PATERNO, IRMÃO
CONSANGUÍNEO, TIO- FILHO DO AVÔ PATERNO, SOBRINHO- FILHO DESSE
TIO.
• GENTILES: MEMBROS DA GENS.
•CÓDIGO DE JUSTINIANO:
➢SUCESSÃO LEGÍTIMA (PARENTESCO): A) DESCENDENTES, B)
ASCENDENTES, EM CONCURSO COM OS IRMÃOS E IRMÃS BILATERAIS
C) OS IRMÃOS E IRMÃS, CONSANGUÍNEOS OU UTERINOS; D) OUTROS
PARENTES COLATERAIS.
FRANÇA, SÉC. XVIII: DROIT DE SAISINE- LE MORT SAISIT LE VIF
CÓDIGO DE NAPOLEÃO: 
•ART. 724: OS HERDEIROS LEGÍTIMOS, OS NATURAIS E O CÔNJUGE
SOBREVIVENTE RECEBEM DE PLENO DIREITO (SON SAIS DE PLEIN DROIT) OS
BENS, DIREITOS E AÇÕES DO DEFUNTO, COM A OBRIGAÇÃO DE CUMPRIR TODOS
OS ENCARGOS DA SUCESSÃO.
➢DIREITO SUCESSÓRIO CONTEMPORÂNEO:
•INFLUÊNCIA DA CODIFICAÇÃO FRANCESA- CC/16
•BRASIL (CC, ART. 1.845): SE HOUVER TESTAMENTO, ACATA-SE A VONTADE
DO DE CUJUS. CONTUDO, SE ESTE TEM HERDEIROS NECESSÁRIOS, SÓ
PODERÁ DISPOR DA METADE DE SEUS BENS, OU SEJA, DA QUOTA
DISPONÍVEL, PORQUE A OUTRA METADE, DENOMINADA LEGÍTIMA, PERTENCE
DE DIREITO AOS ALUDIDOS HERDEIROS.
DIREITO CIVIL BRASILEIRO: modificações relevantes
•ART. 5º, XXX, CF: DIREITO DE HERANÇA (GARANTIA FUNDAMENTAL)
•ART. 5º, XXII, CF: DIREITO DE PROPRIEDADE (GARANTIA FUNDAMENTAL)
•ART. 227, §6º, CF: PARIDADE DE DIREITOS- TODOS OS FILHOS, HAVIDOS OU NÃO DO
CASAMENTO, ASSIM COMO POR ADOÇÃO.
•ART. 229, CF: PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE, DEVER DE ASSISTÊNCIA DOS PAIS AOS
FILHOS E EXTENSÃO.
•LEI 8.971/94: DIREITO DE SUCESSÃO ENTRE COMPANHEIROS.
•CÓDIGO CIVIL DE 2002:
❖INCLUSÃO DO CÔNJUGE COMO HERDEIRO NECESSÁRIO E CONCORRENTE COM
ASCENDENTES E DESCENDENTES.
FUNDAMENTO DA TRANSMISSÃO SUCESSÓRIA:
•PRIMEIRO FUNDAMENTO: ORDEM RELIGIOSA
•SEGUNDO FUNDAMENTO: FORTALECIMENTO DA FAMÍLIA
•TERCEIRO FUNDAMENTO: SENTIMENTO DE EQUIDADE
•QUARTO FUNDAMENTO: RACIONAL/ASPECTO ECONÔMICO/ COROLÁRIO DO
DIREITO DE PROPRIEDADE
•”A PROPRIEDADE NÃO EXISTIRIA SE NÃO FOSSE PERPÉTUA, E A PERPETUIDADE DO
DOMÍNIO DESCANSA PRECISAMENTE NA SUA TRANSMISSÃO POST MORTEM”.
•DIREITO DE FAMÍLIA: PROTEÇÃO, PERPETUAÇÃO, UNIÃO.
➢SOCIALISTAS
➢CAPITALISTAS
➢RESTRIÇÕES: RESTRIÇÃO NA ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA E A TRIBUTAÇÃO
PROGRESSIVA.
➢DESCENDENTES, CÔNJUGES, ASCENDENTES, COLATERAIS.
CÓDIGO CIVIL 2002: 
CÔNJUGE E COMPANHEIRO CONCORRE COM OS DESCENDENTES E ASCENDENTES DO 
DE CUJUS
➢CONTEÚDO
➢CC/02: 4 TÍTULOS
➢TÍTULO 1: ADMINISTRAÇÃO DA HERANÇA, ACEITAÇÃO E RENÚNCIA, VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
E LEGITIMADOS A SUCEDER, HERANÇA JACENTE, PETIÇÃO DE HERANÇA, EXCLUÍDOS DA
SUCESSÃO POR INDIGNIDADE.
➢TÍTULO 2: SUCESSÃO LEGÍTIMA POR FORÇA DE LEI (DIREITO PRÓPRIO OU POR
REPRESENTAÇÃO)
➢TÍTULO 3: REGRAS DA TRANSMISSÃO DE BENS POR ATOS DE ÚLTIMA VONTADE
➢TÍTULO 4: INTANGIBILIDADE DOS HERDEIROS NECESSÁRIOS, SONEGADOS.
INOVAÇÕES
ART. 1.790, CC:
INCONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO 878694, COM
REPERCUSSÃO GERAL
OS COMPANHEIROS FORAM COLOCADOS AO LADO DO CÔNJUGE
ART. 1.797: IGUALDADE ENTRE CÔNJUGE E COMPANHEIRO- RESPONSÁVEIS
PELA ADM. DA HERANÇA ATÉ O COMPROMISSO DO INVENTARIANTE
➢ART. 1.793 A 1.795:
➢CESSÃO DE DIREITOS
➢CESSÃO DEVE SER FEITA NO TABELIONATO DE NOTAS- ESCRITURA
PÚBLICA
➢DIREITO DE PREFERÊNCIA DOS COERDEIROS
➢CAPÍTULO SÓ PARA PETIÇÃO DE HERANÇA.
ALTERAÇÃO NA ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
➢CÔNJUGE E COMPANHEIRO SOBREVIVENTE PASSAM A CONCORRER
COM OS DESCENDENTES, EM 1 LUGAR, E ASCENDENTES EM 2.
(HERDEIRO LEGÍTIMO NECESSÁRIO)
➢SUPRESSÃO DA DISTINÇÃO ENTRE FILHOS
➢SIMPLIFICAÇÃO DO TESTAMENTO
➢CRIAÇÃO DO TESTAMENTO AERONÁUTICO
➢INTANGIBILIDADE DA LEGÍTIMA.
ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: (Vide Recurso
Extraordinário nº 646.721) (Vide Recurso Extraordinário nº 878.694)
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se
casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da
separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime
da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens
particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.
OBRIGADA PELA ATENÇÃO 
MÓDULO II
CONTEÚDO DO DIREITO SUCESSÓRIO: FUNDAMENTO, 
CONCEITO E ESPÉCIES DE SUCESSÃO. ABERTURA DA 
SUCESSÃO. 
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➢ ABERTURA DA SUCESSÃO
➢ INSTANTE DA MORTE DO DE CUJUS TRANSMITINDO AUTOMATICAMENTE AOS
SEUS HERDEIROS LEGÍTIMOS E TESTAMENTÁRIOS, ART. 1.784 CC.
RETIRADA DA ACEPÇÃO DOMÍNIO
ABERTA A SUCESSÃO, A HERANÇA TRANSMITE-SE, DESDE LOGO, AOS HERDEIROS
LEGÍTIMOS E NECESSÁRIOS.
O QUE É A HERANÇA?
❖HERANÇA= ATIVO E PASSIVO (ART. 1.792 A 1.997)
❖O PRÓPRIO MORTO TRANSMITE AO SUCESSOR O DOMÍNIO E A POSSE DA
HERANÇA.
➢ ABERTURA DA SUCESSÃO
➢ FICÇÃO JURÍDICA
➢ NÃO EXISTE PATRIMÔNIO SEM TITULAR
➢ TRANSMITE-SE AUTOMATICAMENTE A HERANÇA
➢ CONTINUIDADE DAS RELAÇÕES JURÍDICAS.
TRANSMISSÃO DA POSSE. PRINCÍPIO DA SAISINE
O PRÓPRIO MORTO TRANSMITE AO SUCESSOR O DOMÍNIO E A POSSE DA HERANÇA.
REQUISITOS: A) QUE O HERDEIRO EXISTA AO TEMPO DA DELAÇÃO B) QUE A ESSE TEMPO
NÃO SEJA INCAPAZ DE HERDAR.
EFEITOS DO PRINCÍPIO DA SAISINE
SAISINE= POSSE
REGULA A SUCESSÃO E A LEGITIMAÇÃO PARA SUCEDER, A LEI VIGENTE AO TEMPO DA
ABERTURA DAQUELA, ART. 1.787 CC;
• O SUCESSOR UNIVERSAL CONTINUA DE DIREITO A POSSE DO SEU ANTECESSOR, COM
OS MESMOS CARACTERES, ART. 1.206 CC;
• O HERDEIRO QUE SOBREVIVE AO DE CUJUS, AINDA QUE POR UM INSTANTE, HERDA OS
BENS DEIXADOS E OS TRANSMITE AOS SEUS SUCESSORES, SE FALECER EM SEGUIDA;
• ITCMD.
ESPÉCIES DE SUCESSÃO
QUANTO À SUA FONTE
SUCESSÃO LEGÍTIMA, DECORRE DA LEI SE A PESSOA FALECEU E NÃO DEIXOU
TESTAMENTO, OU SE CADUCAR OU SE FOR JULGADO NULO, TRANSMITE-SE A
HERANÇA A SEUS HERDEIROS LEGÍTIMOS, ART. 1.788 CC, INDICADOS NA LEI, ART.
1.829 CC, DE ACORDO COM UMA ORDEM PREFERENCIAL.
INSUFICIÊNCIA TÉCNICA DO ART. 1788, CC: SUBSISTE A SUCESSÃO
LEGÍTIMA SE O TESTAMENTO CADUCAR, ROMPER-SE OU FOR INVÁLIDO
PODERÁ SER LEGÍTIMA E TESTAMENTÁRIA SIMULTANEAMENTE?
ART. 1.788, 2ª PARTE.
ESPÉCIES DE SUCESSÃO
SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA:
DECORRE DE DISPOSIÇÃO DE ÚLTIMA VONTADE: TESTAMENTO OU
CODICILO.
NÃO HAVENDO HERDEIROS NECESSÁRIOS, PLENA SERÁ A LIBERDADE DE
TESTAR (ART. 1.850).
HAVENDO HERDEIROS NECESSÁRIOS, O TESTADOR SÓ PODERÁ DISPOR
DA METADE DA HERANÇA, ART. 1.789 CC, POIS A OUTRA CONSTITUI
LEGÍTIMA, ÀQUELES ASSEGURADA NO ART. 1.846 CC; NÃO HAVENDO,
PLENA SERÁ SUA LIBERDADE DE TESTAR, PODENDO AFASTAR DA
SUCESSÃO OS COLATERAIS, ART. 1.850 CC.
ESPÉCIES DE SUCESSÃO
• MORRENDO A PESSOA AB INTESTATO, TRANSMITE-SE A HERANÇA A
SEUS HERDEIROS LEGÍTIMOS, EXPRESSAMENTE INDICADOS NA LEI
(CC,ART. 1.829)
• INCLUSÃO DO CÔNJUGE SUPÉRSTITE NO ROL DE HERDEIROS
NECESSÁRIOS E DO COMPANHEIRO (COM AINCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 1790,CC- EM 2017),
CONCORRENDO COM ASCENDENTES E DESCENDENTES, FAZENDO
PARTE DA TERCEIRA CLASSE COM EXCLUSIVIDADE (ART. 1829, I E II)
• TESTAMENTO CADUCO.
CONCLUSÃO
Do breve ensaio, podemos colher as seguintes ideias:
• a) legítima é a quota-ideal de metade do acervo, indisponível por
força de norma imperativa, que impõe o gravame em favor dos
herdeiros necessários;
• b) o cálculo da legítima não é tão singelo quanto os menos iniciados
poderiam imaginar, mas é de suma importância para se verificar a
adequação da liberdade de disposição frente aos limites legalmente
impostos;
• c) não só no testamento, como na doação e na partilha-doação, o
disponente corre o risco de extrapolar seu poder de disposição,
invadindo a legítima.
ESPÉCIES DE SUCESSÃO
SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA, DECORRE DE DISPOSIÇÃO DE ÚLTIMA VONTADE:
TESTAMENTO OU CODICILO. HAVENDO HERDEIROS NECESSÁRIOS, O TESTADOR SÓ
PODERÁ DISPOR DA METADE DA HERANÇA, ART. 1.789 CC, POIS A OUTRA CONSTITUI
LEGÍTIMA, ÀQUELES ASSEGURADA NO ART. 1.846 CC; NÃO
HAVENDO, PLENA SERÁ SUA LIBERDADE DE TESTAR, PODENDO AFASTAR DA SUCESSÃO OS
COLATERAIS, ART. 1.850 CC.
ESSA METADE É CHAMADA DE PORÇÃO OU QUOTA DISPONÍVEL
CÁLCULO DA QUOTA DISPONÍVEL
QUOTA DISPONÍVEL = MASSA PATRIMONIAL – LEGÍTIMA(QUOTA
INDISPONÍVEL)
MASSA PATRIMONIAL=BENS DEIXADOS – DÍVIDAS+ DOAÇÕES SUJEITAS OU
NÃO À COLAÇÃO + DESPESAS SUJEITAS À COLAÇÃO (ART. 2162)
ESPÉCIES DE SUCESSÃO
➢ SUCESSÃO CONTRATUAL, NÃO É ADMITIDA NO ORDENAMENTO JURÍDICO
BRASILEIRO, POR NÃO SER POSSÍVEL O PACTO SUCESSÓRIO, OU SEJA,
NÃO PODE SER OBJETO DE CONTRATO HERANÇA DE PESSOA VIVA, ART.
426 CC. EXCEÇÃO, ART. 2.018 CC.
➢ É VÁLIDA PARTILHA FEITA POR ASCENDENTE, POR ATO ENTRE VIVOS OU
DISPOSIÇÃO DE ÚLTIMA VONTADE, CONTANTO QUE NÃO PREJUDIQUE A
LEGÍTIMA DOS HERDEIROS NECESSÁRIOS.
➢ ANÔMALA OU IRREGULAR, ESTÁ DISCIPLINADA POR NORMAS
ESPECÍFICAS E PRÓPRIAS, NÃO OBSERVANDO A ORDEM DA VOCAÇÃO
HEREDITÁRIA ESTABELECIDA NO ART. 1.829 CC PARA A SUCESSÃO
LEGÍTIMA. ART. 520 CC. DIREITO DE PREFERÊNCIA ESTIPULADO NO
CONTRATO DE COMPRA E VENDA NÃO TRANSMITE AOS HERDEIROS.
OBRIGADA PELA ATENÇÃO 
MÓDULO III
ESPÉCIES DE MORTE – A REAL, A PRESUMIDA E A 
SIMULTÂNEA. EFEITOS JURÍDICOS.
A MORTE, O DIREITO À MORTE DIGNA E AS DIRETIVAS 
ANTECIPADAS DE VONTADE (DAV’S) 
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➢ PESSOA NATURAL- MORTE REAL (ART. 6,CC)
➢ ATESTADO DE ÓBITO
➢ EXAME CADAVÉRICO
➢ MÉDICO LEGISTA: ATESTA A PARALISAÇÃO DA
ATIVIDADE CEREBRAL, CIRCULATÓRIA E RESPIRATÓRIA
➢ PRESSUPOSTOS DA SUCESSÃO
• FALECIMENTO (REAL OU PRESUMIDO)
• HERDEIRO.
AUSENTE
EXCEÇÃO DENTRO DO DIREITO SUCESSÓRIO
❖AUSENTE??? (ARTS. 6, CC)- MORTE PRESUMIDA
❖CONCEITO DE AUSENTE: ART. 22
❖SUCESSÃO PROVISÓRIA (10 ANOS)- SUCESSÃO DEFINITIVA (10 ANOS) OU
80 ANOS DE IDADE DO AUSENTE, E DE 5 ANOS DATAM AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS
DELE (ART. 38, CC).
MORTE PRESUMIDA: CATÁSTROFES OU PERIGO DE VIDA
➢ LEI DE REGISTROS PÚBLICOS (LEI 6.015/73)
➢ PROCEDIMENTO DE JUSTIFICAÇÃO
➢ AMPLIAÇÃO DA MORTE PRESUMIDA (ART 7, I E II CC)- AÇÃO DECLARATÓRIA
➢ SENTENÇA- DATA PROVÁVEL DA MORTE
SE FOR EXTREMAMENTE PROVÁVEL A MORTE DE QUEM ESTAVA EM PERIGO DE VIDA.
MOMENTO DA TRANSMISSÃO 
DA HERANÇA. COMORIÊNCIA
MOMENTO DA TRANSMISSÃO DA 
HERANÇA. COMORIÊNCIA
ACEITAÇÃO OU RENÚNCIA DA HERANÇA
ABERTURA DA SUCESSÃO OU DEVOLUÇÃO OU DELAÇÃO
SUCESSÓRIA
DEVOLVE-SE A HERANÇA AOS HERDEIROS NECESSÁRIOS, AOS
TESTAMENTÁRIOS DEFERE-SE (LACERDA DE ALMEIDA)
MOMENTO DA TRANSMISSÃO DA 
HERANÇA. COMORIÊNCIA
• COMORIÊNCIA (ART 8, CC)- LEITURA DO ARTIGO
– MORTE SIMULTÂNEA
• QUEM MORREU PRIMEIRO?
• SOBREVIVEU HERDEIRO?
• COMO FICA JURIDICAMENTE?
• QUEM HERDA DE QUEM?
• QUAL É O EFEITO DA PRESUNÇÃO DA MORTE
SIMULTÂNEA?
QUESTÃO
1. Comoriência é
(A) presunção de morte simultânea de duas ou mais pessoas, na mesma
ocasião, em razão do mesmo evento, sendo elas reciprocamente herdeiras.
(B) morte de duas ou mais pessoas, na mesma ocasião, em razão do
mesmo evento, sendo elas reciprocamente herdeiras.
(C) morte simultânea de duas ou mais pessoas, na mesma ocasião, em
razão do mesmo evento, independentemente da existência de vínculo
sucessório entre elas.
(D) morte simultânea de duas ou mais pessoas, na mesma ocasião.
RESPOSTA
• ENSINA MARIA HELENA DINIZ QUE A COMORIÊNCIA TERÁ
GRANDE REPERCUSSÃO NA TRANSMISSÃO DE DIREITOS
SUCESSÓRIOS, POIS, SE OS COMORIENTES SÃO HERDEIROS
UNS DOS OUTROS, NÃO HÁ TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS; UM
NÃO SUCEDERÁ AO OUTRO, SENDO CHAMADOS À SUCESSÃO
OS SEUS HERDEIROS ANTE A PRESUNÇÃO JURIS TANTUM DE
QUE FALECERAM AO MESMO TEMPO. ASSIM, QUANDO HÁ
DÚVIDA DE QUEM FALECEU PRIMEIRO, O MAGISTRADO
APLICARÁ O ART. 8º DO CÓDIGO CIVIL, CASO EM QUE, ENTÃO,
NÃO HAVERÁ TRANSMISSÃO DE DIREITOS ENTRE OS
COMORIENTES.
• DIANTE DO EXPOSTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A A .
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10730442/artigo-8-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
EM REGRA, A COMORIÊNCIA ALCANÇA CASOS DE MORTE
CONJUNTA, OCORRIDA NO MESMO ACONTECIMENTO, MAS
TAMBÉM PODE SER CONSIDERADA NA HIPÓTESE DE PESSOAS
FALECIDAS EM LOCAIS E ACONTECIMENTOS DISTINTOS, MAS
EM DATAS E HORAS SIMULTÂNEAS OU MUITO PRÓXIMAS.
A MORTE, O DIREITO À MORTE DIGNA E 
AS DIRETIVAS ANTECIPADAS DE 
VONTADE (DAV’S) 
OBRIGADA PELA ATENÇÃO 
MÓDULO IV
CAPACIDADE PARA SUCEDER
ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
EXCLUSÃO DE HERDEIRO POR INDIGNIDADE E 
DESERDAÇÃO
Prof. Dra. Isabella Paranaguá.
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CAPACIDADE PARA SUCEDER
A LEGITIMIDADE PASSIVA É A REGRA E A ILEGITIMIDADE, A
EXCEÇÃO;
SÃO LEGITIMADOS A SUCEDER, ART. 1.798 CC:
“LEGITIMAM-SE A SUCEDER AS PESSOAS NASCIDAS OU JÁ
CONCEBIDAS NO MOMENTO DA ABERTURA DA SUCESSÃO”.
SUCESSÃO LEGITIMA OU TESTAMENTÁRIA.
EXCLUÍDOS: ANIMAIS, ENTIDADES MÍSTICAS, COISAS INANIMADAS.
DEIXO MINHA HERANÇA PARA SÃO JORGE
Pode?
DEIXO MINHA HERANÇA PARA MINHA CACHORRA MEG RYAN
Pode?
Mulher deixa herança de R$ 21 milhões para cachorros
Filho de milionária herdou apenas R$ 1,7 milhão.
A cachorra Conchita foi a mais sortuda dos herdeiros
Gail Posner morreu aos 67 anos e deixou uma fortuna em dinheiro e uma casa para 
seus três cachorros. Uma outra parte da herança foi destinada para os funcionários da 
mansão em Miami. Eles terão acomodação e salário garantidos enquanto estiverem 
cuidando dos animais.
Bret Carr, filho da milionária, ficou com apenas R$ 1,7 milhão. Revoltado, ele entrou na 
Justiça alegando que um dos assessores da mãe a forçou a deixar a maior parte do 
dinheiro para os cães.
Uma Chihuahua chamada Conchita foi a mais agraciada com a morte da mulher. A 
cachorra tem colares de pérola, um closet repleto de roupas e visita spas para relaxar 
em seu próprio Cadillac.
COMO É NO DIREITO COMPARADO? NA FLÓRIDA...
NASCITURO: é o ser já concebido, mas que ainda se encontra
no ventre materno. A lei não lhe concede personalidade, a qual
só lhe será conferida se nascer com vida. Mas, como
provavelmente nascerá com vida, o o.j. desde logo preserva
seus interesses futuros, tomando medidas para salvaguardar
desde logo direitos que, com muita probabilidade, em breve
serão seus. (Silvio Rodrigues).
➢ ART. 1.799 CC. NA TESTAMENTÁRIA PODEM AINDA SER CHAMADOS:
I. OS FILHOS AINDA NÃO CONCEBIDOS (PROLE EVENTUAL), DE PESSOAS
INDICADAS PELO TESTAMENTO, DESDE QUE VIVAS ESTAS AO ABRIR A
SUCESSÃO;
II. PESSOAS JURÍDICAS;
III. PESSOAS JURÍDICAS CUJA ORGANIZAÇÃO FOR DETERMINADA PELO
TESTADOR SOB A FORMA DE FUNDAÇÃO. (CRIADAS POR ESCRITURA
PÚBLICA OU TESTAMENTO)
Art. 1.800. No caso do inciso I do artigo antecedente, os bens da herança
serão confiados, após a liquidação ou partilha, a curador nomeado pelo juiz.
§ 1o Salvo disposição testamentária em contrário, a curatela caberá à
pessoa cujo filho o testador esperava ter por herdeiro, e, sucessivamente, às
pessoasindicadas no art. 1.775.
§ 2o Os poderes, deveres e responsabilidades do curador, assim
nomeado, regem-se pelas disposições concernentes à curatela dos
incapazes, no que couber.
§ 3o Nascendo com vida o herdeiro esperado, ser-lhe-á deferida a
sucessão, com os frutos e rendimentos relativos à deixa, a partir da morte do
testador.
§ 4o Se, decorridos dois anos após a abertura da sucessão, não for
concebido o herdeiro esperado, os bens reservados, salvo disposição em
contrário do testador, caberão aos herdeiros legítimos. (PRAZO DE ESPERA)
➢ FALTA DE LEGITIMAÇÃO PARA SER NOMEADO HERDEIRO TESTAMENTÁRIO OU
LEGATÁRIO
➢ ART. 1.801 CC:
➢ DA PESSOA QUE, A ROGO, ESCREVEU O TESTAMENTO, BEM COMO DO
SEU CÔNJUGE OU COMPANHEIRO, E DE SEUS ASCENDENTES E IRMÃOS;
➢ DAS TESTEMUNHAS DO TESTAMENTO;
➢ DO CONCUBINO DO TESTADOR CASADO, SALVO SE ESTE, SEM CULPA,
ESTIVER SEPARADO DE FATO DO CÔNJUGE HÁ MAIS DE CINCO ANOS;
➢ DO TABELIÃO, CIVIL OU MILITAR, OU DO COMANDANTE OU ESCRIVÃO,
PERANTE QUEM SE FIZER, ASSIM COMO O QUE FIZER OU APROVAR O
TESTAMENTO.
❖ART. 1.596 (FILHOS BIOLÓGICOS, ADOTIVOS, ADULTERINOS)
FECUNDAÇÃO ARTIFICIAL POST MORTEM
• NO BRASIL, NÃO TEMOS LEGISLAÇÃO PROIBITIVA DA INSEMINAÇÃO
POST MORTEM, COMO ACONTECE NA ALEMANHA E SUÉCIA,
TAMPOUCO EXISTE LEI ADMITINDO TAL PRÁTICA.
• “QUANTO À CRIANÇA CONCEBIDA POR INSEMINAÇÃO POST
MORTEM, OU SEJA, CRIANÇA GERADA DEPOIS DO FALECIMENTO
DOS PROGENITORES BIOLÓGICOS, PELA UTILIZAÇÃO DE SÊMEN
CONGELADO, É SITUAÇÃO ANÔMALA, QUER NO PLANO DO
ESTABELECIMENTO DA FILIAÇÃO, QUER NO DO DIREITO DAS
SUCESSÕES. NESTA HIPÓTESE A CRIANÇA NÃO HERDARÁ DE SEU
PAI PORQUE NÃO ESTAVA CONCEBIDA NO MOMENTO DA
ABERTURA DA SUCESSÃO”. Eduardo de Oliveira Leite. Comentários ao
Novo Código Civil, vol. XXI, p. 109.
DO CONCUBINO DO TESTADOR CASADO, SALVO SE ESTE, SEM
CULPA, ESTIVER SEPARADO DE FATO DO CÔNJUGE HÁ MAIS DE
CINCO ANOS
• CONSTITUEM CONCUBINATO, SEGUNDO O ART. 1.727, CC- AS
RELAÇÕES NÃO EVENTUAIS ENTRE O HOMEM E A MULHER,
IMPEDIDOS DE CASAR.
• ART. 550, CC- ANULÁVEL A DOAÇÃO DO CÔNJUGE ADÚLTERO
AO SEU CÚMPLICE. (INTER VIVOS)
• ART. 1.642, V, CC- MARIDO OU MULHER PODEM REIVINDICAR
OS BENS DOADOS OU TRANSFERIDOS PELO OUTRO
CÔNJUGE AO CONCUBINO. (INTER VIVOS)
• CULPA?
• TESTADOR SOLTEIRO OU VIÚVO PODE COMTEMPLAR
CONCUBINA.
• CONCUBINATO OU UNIÃO ESTÁVEL?
➢ SIMULAÇÃO DE CONTRATO ONEROSO E INTERPOSIÇÃO DE PESSOA
➢ AS DISPOSIÇÕES EM FAVOR DE PESSOAS NÃO LEGITIMADAS A SUCEDER
SÃO NULAS, AINDA QUE SIMULADAS SOB A FORMA DE CONTRATO
ONEROSO, OU FEITA MEDIANTE PESSOA INTERPOSTA;
➢ PRESUMEM-SE INTERPOSTAS: OS ASCENDENTES, OS DESCENDENTES,
OS IRMÃOS E O CÔNJUGE OU COMPANHEIRO DO NÃO LEGITIMADO A
SUCEDER ART. 1.802 CC.
➢ DISPOSIÇÃO TESTAMENTÁRIA NULA CASO MESMO COM AS PROIBIÇÕES
DOS ARTS. 1.801, 1.798, 1.799, I DO CC, AS PESSOAS NELE
MENCIONADAS SEJAM COMTEMPLADAS. (DE MODO DIRETO OU MEDIANTE
SIMULAÇÃO)
➢ ART. 167: É NULO O NEGÓCIO JURÍDICO SIMULADO
➢ POSSIBILIDADES DA SIMULAÇÃO:
➢ A) O TESTADOR DISSIMULA A LIBERALIDADE SOB A APARÊNCIA DE
CONTRATO ONEROSO
➢ B) RECORRE A INTERPOSTA PESSOA PARA BENEFICIAR O PROIBIDO DE
SUCEDER.
• ART. 1.802, CC: A LEI PRESUME DE MODO ABSOLUTO A
INTERPOSIÇÃO DE PESSOAS DISPENSANDO QUALQUER PROVA, NA
HIPÓTESE DE SEREM CONTEMPLADOS OS ”ASCENDENTES, OS
DESCENDENTES, OS IRMÃOS E O CÔNJUGE OU COMPANHEIRO DO
NÃO LEGITIMADO A SUCEDER”.
• ADMITE-SE A PROVA DA SIMULAÇÃO POR INDÍCIOS E PRESUNÇÕES
(ARTS. 369 E 275 DO NCPC)
• SÚM 447 STF E ART. 1.803, CC: É VÁLIDA A DISPOSIÇÃO
TESTAMENTÁRIA EM FAVOR DO FILHO ADULTERINO DO TESTADOR
COM SUA CONCUBINA.
E O PREÇO QUE EU PAGO É NUNCA SER AMADA DE VERDADE
NINGUÉM ME RESPEITA NESSA CIDADE
AMANTE NÃO VAI SER FIEL
AMANTE NÃO USA ALIANÇA E VÉU
DIREITO DA AMANTE
• SE ESSE RELACIONAMENTO FOI UMA UNIÃO PÚBLICA, CONTÍNUA E DURADOURA, OU
SEJA, SE NA VERDADE ELE CONSTITUIU UMA FAMÍLIA PARALELA À FAMÍLIA QUE
MANTINHA, ESTE RELACIONAMENTO GERA DIREITOS.
• PARA ALGUNS AUTORES (RODRIGO DA CUNHA):
– A COMPANHEIRA, NO CASO A AMANTE, NÃO TEM DIREITO À COTA PARTE DOS BENS
QUE PERTENCIAM À ESPOSA, O QUE SERIA METADE DO PATRIMÔNIO: “O DIREITO
DELA ATINGIRÁ SOMENTE A COTA PARTE DOS BENS QUE PERTENCEM AO
FALECIDO E QUE FORAM ADQUIRIDOS A TÍTULO ONEROSO (FORAM PAGOS) NA
CONSTÂNCIA DESSA SUPOSTA UNIÃO ESTÁVEL PARALELA, NÃO ALCANÇANDO OS
BENS QUE ELE POSSUÍA ANTES DA UNIÃO ESTÁVEL. OU SEJA, SE HOUVE
AQUISIÇÃO DE BENS DURANTE ESSA SUPOSTA UNIÃO ESTÁVEL, EM REGRA 50%
PERTENCERIAM À ESPOSA, 25% AO MARIDO E OS OUTROS 25% PARA A
COMPANHEIRA (AMANTE)”.
• É POSSÍVEL RECONHECER A EXISTÊNCIA DA RELAÇÃO EXTRACONJUGAL
AINDA EM VIDA.
• A SITUAÇÃO PODE SER DECLARADA JUDICIALMENTE ATRAVÉS DE UMA
AÇÃO.
• EM SÍNTESE, QUANDO O MARIDO FALECER PODEMOS CHEGAR ÀS
SEGUINTES CONCLUSÕES:
a) O FILHO DESSE RELACIONAMENTO EXTRACONJUGAL TERÁ DIREITO À
HERANÇA;
b) CASO NÃO HAJA UNIÃO ESTÁVEL, A AMANTE NÃO TEM DIREITO À
HERANÇA;
c) CASO TENHA EXISTIDO A UNIÃO ESTÁVEL, A COMPANHEIRA TEM DIREITO
À MEAÇÃO (PARTE DO PATRIMÔNIO QUE CABE AOS COMPANHEIROS) E
TAMBÉM DIREITO À HERANÇA, MAS SOMENTE NO TOCANTE AOS BENS
ADQUIRIDOS ONEROSAMENTE (COMPRADOS) NA CONSTÂNCIA DESTA
UNIÃO”.
d) PROBLEMA DO DIREITO: legislação é omissa em relação ao homem que tem
duas famílias.
ACEITAÇÃO E RENÚNCIA 
DA HERANÇA
➢ ACEITAÇÃO DA HERANÇA
➢ CONCEITO: ATO PELO QUAL O HERDEIRO ANUI A TRANSMISSÃO
DOS BENS DO DE CUJUS, OCORRIDA POR LEI COM ABERTURA
DA SUCESSÃO, CONFIRMANDO-A.
➢ FASE DE DELIBERAÇÃO- INDISPENSÁVEL
➢ ART. 1.804: ”ACEITA A HERANÇA, TORNA-SE DEFINITIVA A SUA
TRANSMISSÃO AO HERDEIRO, DESDE A ABERTURA DA
SUCESSÃO.
➢ PARÁGRAFO ÚNICO. A TRANSMISSÃO TEM-SE POR NÃO
VERIFICADA QUANDO O HERDEIRO RENUNCIA À HERANÇA.
ESPÉCIES DE ACEITAÇÃO DA HERANÇA
➢ QUANTO À FORMA
➢ EXPRESSA, MANIFESTAÇÃO ESCRITA, ART. 1.805 CC, 1ª PARTE;
➢ TÁCITA, QUANDO RESULTAR DE CONDUTA PRÓPRIA DE HERDEIRO.
VIA DE REGRA A ACEITAÇÃO LEGAL É FEITA POR INVENTÁRIO (ART.
1.792 CC). DISPENSA MANIFESTAÇÃO EXPRESSA.
➢ PRESUMIDA, HERDEIRO PERMANECE SILENTE, DEPOIS DE
NOTIFICADO NOS TERMOS DO ART. 1.807 CC.
➢ PRESUMIDA, QUANDO O HERDEIRO PERMANECE
SILENTE, DEPOIS DE NOTIFICADO, PARA QUE DECLARE,
EM PRAZO NÃO SUPERIOR A 30 DIAS, A PEDIDO DE
ALGUÉM INTERESSADO (QUEM???), SE ACEITA OU NÃO A
HERANÇA.
➢ A ACEITAÇÃO É ORDINÁRIA, INFORMAL.
➢ A RENÚNCIA É EXCEÇÃO. EXIGE-SE QUE SEJA EXPRESSA E FORMAL.
• §1º, ART. 1.805: NÃO EXPRIMEM ACEITAÇÃO DA HERANÇA OS 
– ATOS OFICIOSOS- FUNERAL DO FALIDO
– MERAMENTE CONSERVATÓRIOS
– DE ADMINISTRAÇÃO E GUARDA PROVISÓRIA
➢ §2º, ART. 1.805: A CESSÃO GRATUITA, PURA E SIMPLES DA
HERANÇA AOS DEMAIS COERDEIROS NÃO IMPORTA,
IGUALMENTE, ACEITAÇÃO, PORQUE TAL ATO EQUIVALE A UMA
RENÚNCIA.
• ART. 205: OPÇÕES DO HERDEIRO
– MANIFESTAÇÃO EM PRAZO CERTO- INTIMAÇÃO
• OU
– FACULDADE DE ACEITAR A HERANÇA A TODO TEMPO, RESPEITADA A
PRESCRIÇÃO DE 10 ANOS.
❖ QUANTO AO AGENTE
❖ DIRETA - HERDEIRO
❖ INDIRETA
1. ACEITAÇÃO PELOS SUCESSORES (EXCEÇÃO: CONDIÇÃO
SUSPENSIVA)
2. ACEITAÇÃO POR MANDATÁRIO E POR GESTOR DE NEGÓCIOS
3. ACEITAÇÃO PELO TUTOR OU CURADOR
4. ACEITAÇÃO PELOS CREDORES (ART. 1.813, §1º, CC: A HABILITAÇÃO
DOS CREDORES SE FARÁ NO PRAZO DE 30 DIAS SEGUINTES AO
CONHECIMENTO DO FATO)
CARACTERÍSTICAS
NEGÓCIO JURÍDICO UNILATERAL;
➢ NÃO DEPENDE DE SER COMUNICADA A OUTREM PARA QUE
PRODUZA SEUS EFEITOS;
➢ INDIVISÍVEL E INCONDICIONAL (ART. 1.808 CC).
➢ IRRETRATABILIDADE DA ACEITAÇÃO
➢ ANULAÇÃO DA HERANÇA
➢ RENÚNCIA
➢ NEGÓCIO JURÍDICO UNILATERAL QUE HERDEIRO MANIFESTA
INTENÇÃO DE SE DEMITIR DESSA QUALIDADE.
➢ DEVE SER EXPRESSA E CONSTAR OBRIGATORIAMENTE EM INSTRUMENTO
PÚBLICO OU TERMO JUDICIAL, LANÇADO NOS AUTOS DO INVENTÁRIO (ART.
1.806 CC);
➢ SOLENE (ESCRITURA PÚBLICA OU TERMO NOS AUTOS DO INVENTÁRIO);
➢ NÃO SE ADMITE RENÚNCIA TÁCITA OU PRESUMIDA, POIS CONSTITUI
ABDICAÇÃO DE DIREITOS, NEM PROMESSA DE RENÚNCIA, POIS IMPLICARIA
ILEGAL PACTO SUCESSÓRIO.
➢ ESPÉCIES
➢ ABDICATIVA, PROPRIAMENTE DITA, POIS HERDEIRO MANIFESTA SEM TER
PRATICADO QUALQUER ATO QUE EXPRIMA ACEITAÇÃO, NO INÍCIO DO
INVENTÁRIO OU MESMO ANTES, ART. 1.805CC.
➢ ESPÉCIES
➢ ABDICATIVA, PROPRIAMENTE DITA, POIS HERDEIRO MANIFESTA SEM TER
PRATICADO QUALQUER ATO QUE EXPRIMA ACEITAÇÃO, NO INÍCIO DO
INVENTÁRIO OU MESMO ANTES, ART. 1.805 CC.
➢ TRANSLATIVA, O HERDEIRO RENUNCIA EM FAVOR DE DETERMINADA PESSOA,
CITADA NOMINALMENTE, CHAMADA DE CESSÃO OU DESISTÊNCIA DA
HERANÇA. PODE OCORRER TAMBÉM MESMO QUANDO PURA E SIMPLES, SE
MANIFESTADA DEPOIS DA PRÁTICA DE ATOS QUE IMPORTEM ACEITAÇÃO. P.
EX.: HABILITAÇÃO NO INVENTÁRIO.
➢ PRESSUPOSTOS
➢ CAPACIDADE, JURÍDICA PLENA;
➢ ANUÊNCIA DO CÔNJUGE, SE O RENUNCIANTE FOR CASADO, EXCETO SE O
REGIME DE BENS FOR O DA SEPARAÇÃO ABSOLUTA (ART. 1.647 CC), POIS
O DIREITO À SUCESSÃO ABERTA É CONSIDERADO BEM IMÓVEL, POR
DETERMINAÇÃO LEGAL (ART. 80, I, CC).
➢ INEXISTÊNCIA DE PREJUÍZO PARA OS CREDORES, POIS SE ISSO OCORRER
ELES PODEM ACEITAR A HERANÇA EM NOME DO RENUNCIANTE, MEDIANTE
AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, SENDO AQUINHOADOS NO CURSO DA PARTILHA.
➢ EFEITOS
➢ EXCLUSÃO DA SUCESSÃO, DO HERDEIRO RENUNCIANTE, QUE SERÁ TRATADO COMO
SE JAMAIS HOUVESSE SIDO CHAMADO;
➢ ACRÉSCIMO DA PARTE DO RENUNCIANTE À DOS OUTROS HERDEIROS DA MESMA
CLASSE (ART. 1.810 CC);
➢ PROIBIDA SUCESSÃO POR DIREITO DE REPRESENTAÇÃO, POIS NINGUÉM PODE
SUCEDER “REPRESENTANDO HERDEIRO RENUNCIANTE”. (ART. 1.811 CC);
➢ INEFICÁCIA
➢ PELA SUSPENSÃO TEMPORÁRIA DOS SEUS EFEITOS PELO JUIZ, A PEDIDO DOS
CREDORES PREJUDICADOS, QUE NÃO PRECISAM PROPOR AÇÃO REVOCATÓRIA, NEM
ANULATÓRIA, COM A FINALIDADE DE SE PAGAREM, CONFORME ART. 1.813 CC.
➢ INVALIDADE
➢ ABSOLUTA, SE NÃO HOUVER FEITA ESCRITURA PÚBLICA OU TERMO
JUDICIAL, OU QUANDO MANIFESTADA POR PESSOA ABSOLUTAMENTE
INCAPAZ, NÃO REPRESENTADA E SEM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL;
➢ RELATIVA, PROVENIENTE DE ERRO, DOLO OU COAÇÃO, OU QUANDO
REALIZADA SEM ANUÊNCIA DO CÔNJUGE, QUANDO EXIGIDA.
➢ IRRETRATABILIDADE
➢ É IRRETRATÁVEL (ART. 1.812 CC), POIS RETROAGE À DATA DA ABERTURA
DA SUCESSÃO, PRESUMINDO-SE QUE OS OUTROS HERDEIROS POR ELA
BENEFICIADOS TENHAM HERDADO NA REFERIDA DATA.
➢ INVALIDADE
➢ ABSOLUTA, SE NÃO HOUVER FEITA ESCRITURA PÚBLICA OU TERMO
JUDICIAL, OU QUANDO MANIFESTADA POR PESSOA ABSOLUTAMENTE
INCAPAZ, NÃO REPRESENTADA E SEM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL;
➢ RELATIVA, PROVENIENTE DE ERRO, DOLO OU COAÇÃO, OU QUANDO
REALIZADA SEM ANUÊNCIA DO CÔNJUGE, QUANDO EXIGIDA.
➢ IRRETRATABILIDADE
➢ É IRRETRATÁVEL (ART. 1.812 CC), POIS RETROAGE À DATA DA ABERTURA
DA SUCESSÃO, PRESUMINDO-SE QUE OS OUTROS HERDEIROS POR ELA
BENEFICIADOS TENHAM HERDADO NA REFERIDA DATA.
EXCLUSÃO POR INDIGNIDADE
➢ CONCEITO
➢ CONSTITUI UMA SANÇÃO CIVIL IMPOSTA AO HERDEIRO OU LEGATÁRIO,
PRIVANDO-O DO DIREITO SUCESSÓRIO POR TER PRATICADO CONTRA O DE
CUJUS OS ATOS CONSIDERADOS OFENSIVOS, ENUMERADOS NA LEI;
ATENTADO CONTRA A VIDA, CONTRA A HONRA E CONTRA A LIBERDADE DE
TESTAR.
➢ CAUSAS DE EXCLUSÃO, ART. 1.814 CC
➢ AUTORIA OU PARTICIPAÇÃO EM CRIME DE HOMICÍDIO DOLOSO, OU EM SUA
TENTATIVA, CONTRA O AUTOR DA HERANÇA, SEU CÔNJUGE,
COMPANHEIRO, ASCENDENTE OU DESCENDENTE.
➢ ACUSAR O DE CUJUS CALUNIOSAMENTE EM JUÍZO OU INCORRER EM CRIME
CONTRA A SUA HONRA, OU DE SEU CÔNJUGE OU COMPANHEIRO;
➢ INIBIR OU OBSTAR, POR VIOLÊNCIA OU MEIOS FRAUDULENTOS, O DE CUJUS DE
DISPOR LIVREMENTE DE SEUS BENS POR ATO DE ÚLTIMA VONTADE.
• HIPÓTESES:
• O HERDEIRO CONSTRANGE O DE CUJUS A TESTAR
• IMPEDE-O DE REVOGAR TESTAMENTO ANTERIOR
• SUPRIME TESTAMENTO CERRADO OU PARTICULAR DELE
• ELABORA UM TESTAMENTO FALSO
• PRETENDE FAZER USO DE TESTAMENTO FEITO.
• Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:
• I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio 
doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu 
cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente;
• II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou 
incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou 
companheiro;
• III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o 
autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última 
vontade.
CASO Suzane von Richthofen
• Ação civil do MP
• Em 2015, o MP determinou a exclusão de Suzane von Richthofen da
herança de sua família por indignidade.
• Ela foi condenada a 39 anos de prisão por participação no assassinato dos
pais, Marísia e Manfred von Richthofen, em 2002.
• A justiça de São Paulo decidiu que o patrimônio da família, calculado em
mais de R$ 3 milhões à época do crime, fosse entregue somente a Andreas
Albert von Richthofen, irmão mais novo de Suzane.
• Devido à comoção que esse caso gerou no Brasil, foi o mais famoso de
exclusão de herdeiro do Direito de Sucessão.
➢ PRESSUPOSTOS DA EXCLUSÃO POR INDIGNIDADE:
a) SEJA O HERDEIRO OU LEGATÁRIO INCURSO EM CASOS LEGAIS DE
INDIGNIDADE
b) NÃO TENHA ELE SIDO REABILITADO PELO DE CUJUS
c) HAJA UMA SENTENÇA DECLARATÓRIA DE INDIGNIDADE
ALTERAÇÃO EM 2017
• Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de indignidade, será declarada por 
sentença.
• Parágrafo único. O direito de demandar a exclusão do herdeiro ou legatário extingue-se em quatro anos, 
contados da abertura da sucessão.
• § 1 o O direito de demandar a exclusão do herdeiro ou legatário extingue-se em quatro anos, contados da 
abertura da sucessão. (Redação dada pela Lei nº 13.532, de 2017)
• § 2 o Na hipótese do inciso I do art. 1.814, o Ministério Público tem legitimidade para demandar a exclusão do 
herdeiro ou legatário. (Incluído pela Lei nº 13.532, de 2017)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13532.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13532.htm#art2
➢ PROCEDIMENTO PARA OBTENÇÃO DA EXCLUSÃO
➢ DEPENDE DE PROPOSITURA DE AÇÃO ESPECÍFICA, INTENTADA POR QUEM TENHA
INTERESSE NA SUCESSÃO, NO PRAZO DECADENCIAL DE 4 (QUATRO) ANOS, CONTADO
DA ABERTURA DA SUCESSÃO (ART. 1.815, P. ÚNICO CC). SÓ ESTÃO LEGITIMADOS
PARA O AJUIZAMENTO DA AÇÃO OS QUE VENHAM A SE BENEFICIAR COM A EXCLUSÃO.
➢ SERÁ DECLARADA POR SENTENÇA.
PERDÃO DO INDIGNO: Exige-se a existência de um documento demonstrando o perdão,
como já constava do CC/16, mesmo que seja lavrado por documento particular, não
aceitando este último Jefferson Daibert: “O artigo diz que a pessoa ofendida assim o
resolveu por ato autêntico ou testamento.
➢ EFEITOS DA EXCLUSÃO
➢ SÃO PESSOAIS OS EFEITOS DA EXCLUSÃO. OS DESCENDENTES DO HERDEIRO
EXCLUÍDO SUCEDEM, COMO SE ELE MORTO FOSSE ANTES DA ABERTURA DA
SUCESSÃO, POR ESTIRPE OU REPRESENTAÇÃO (ART. 1.816 CC).
MÓDULO V
ELEMENTOS CARACTERIZADORES DA UNIÃO 
ESTÁVEL NA JURISPRUDÊNCIA DO STJ
Prof. Dra. Isabella Paranaguá.
@paranaguaadvocacia
https://abre.ai/cvlattesprofisabella
UNIÃO ESTÁVEL
1) INTRODUÇÃO
RELAÇÃO AFETIVA ENTRE DUAS PESSOAS QUE
SEJA DURADOURA, PÚBLICA E COM O OBJETIVO DE CONSTITUIR
FAMÍLIA.
PRECISA DE DOCUMENTO?
❖ CONCEITO DE UNIÃO ESTÁVEL
❖ ART. 1.723, CC:
É RECONHECIDA COMO ENTIDADE FAMILIAR A UNIÃO ESTÁVEL ENTRE O
HOMEM E A MULHER, CONFIGURADA NA CONVIVÊNCIA
✓PÚBLICA
✓CONTÍNUA
✓DURADOURA
✓ESTABELECIDA COM O OBJETIVO DE CONSTITUIÇÃO DE FAMÍLIA
Impedimentos legais
➢A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA NÃO PERMITE
a) QUE INDIVÍDUOS COM GRAU DE PARENTESCO POR LAÇOS DE
SANGUE OU AFINIDADE, COMPROVEM UNIÃO ESTÁVEL. (COMO
PRIMOS OU CUNHADO)
b) QUEM É ADOTADO TAMBÉM NÃO PODE SE CASAR COM O PAI
ADOTIVO, POR EXEMPLO.
c) PESSOAS CASADAS TAMBÉM NÃO, MAS AS DIVORCIADAS SIM.
d) ALÉM DISSO, O CÔNJUGE CONDENADO POR TENTATIVA DE
HOMICÍDIO NÃO PODE COMPROVAR UNIÃO ESTÁVEL COM O
CÔNJUGE SOBREVIVENTE.
Como formalizar a união estável
1. CERTIDÃO EM QUALQUER CARTÓRIO DE NOTAS DO BRASIL
➢ DOCUMENTO DE IDENTIDADE ORIGINAL, CPF, COMPROVANTE DE ENDEREÇO E
CERTIDÃO DE ESTADO CIVIL EMITIDA EM ATÉ 90 DIAS (CERTIDÃO DE
CASAMENTO OU NASCIMENTO).
2. CONTRATO PARTICULAR, FEITO COM O AUXÍLIO DE UM ADVOGADO.
➢ NESSE DOCUMENTO, O CASAL PODE ESTIPULAR A DATA DE INÍCIO DA
CONVIVÊNCIA, O REGIME DE BENS E AS REGRAS APLICÁVEIS EM
CASO DE SEPARAÇÃO.
Vantagens da união estável
1. O parceiro pode ser incluído em PLANOSDE SAÚDE,
ODONTOLÓGICOS E DE LAZER. O companheiro também tem
direito a RECEBER PENSÃO DO INSS EM CASO DO MORTE DO
OUTRO, desde que a convivência seja provada.
2. A união estável autoriza o recebimento integral do
seguro DPVAT caso o companheiro se acidente.
3. Além disso, os dois parceiros podem ter direito a receber a
herança do outro.
4. Em termos jurídicos, traz mais segurança a escritura pública feita
em cartório; é possível obter uma segunda via do documento —
chamada certidão — a qualquer momento, sempre que for
necessário.
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/127799/lei-do-seguro-dpvat-lei-8441-92
É POSSÍVEL A UNIÃO ESTÁVEL ENTRE PESSOAS DO MESMO 
SEXO?
4. POR FIM, A UNIÃO ESTÁVEL PODE SER FEITA POR UM CASAL FORMADO
POR PARCEIROS DO MESMO SEXO. SOLICITÁ-LA É FORMA DE GARANTIR QUE
OS DOIS TENHAM SEGURANÇA JUDICIAL E PROTEÇÃO EM ÂMBITO
PATRIMONIAL.
COM A HISTÓRICA DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DOS DIAS 04 E 05 DE MAIO DE 2011,
A UNIÃO DURADOURA, PÚBLICA E CONTÍNUA ENTRE PESSOAS DO MESMO GÊNERO (UNIÃO
HOMOAFETIVA) FOI RECONHECIDA COMO ENTIDADE FAMILIAR, EM “RECONHECIMENTO QUE É DE
SER FEITO SEGUNDO AS MESMAS REGRAS E CONSEQUÊNCIAS DA UNIÃO ESTÁVEL
HETEROAFETIVA” (ADPF 132 E DA ADI 4277).
Jurisprudência do STJ sobre união estável:
1) OS PRINCÍPIOS LEGAIS QUE REGEM A SUCESSÃO E A PARTILHA NÃO SE CONFUNDEM: A
SUCESSÃO É DISCIPLINADA PELA LEI EM VIGOR NA DATA DO ÓBITO; A PARTILHA DEVE
OBSERVAR O REGIME DE BENS E O ORDENAMENTO JURÍDICO VIGENTE AO TEMPO DA
AQUISIÇÃO DE CADA BEM A PARTILHAR.
2) A COABITAÇÃO NÃO É ELEMENTO INDISPENSÁVEL À CARACTERIZAÇÃO DA UNIÃO
ESTÁVEL.
3) A VARA DE FAMÍLIA É A COMPETENTE PARA APRECIAR E JULGAR PEDIDO DE
RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL HOMOAFETIVA.
4) NÃO É POSSÍVEL O RECONHECIMENTO DE UNIÕES ESTÁVEIS SIMULTÂNEAS.
5) A EXISTÊNCIA DE CASAMENTO VÁLIDO NÃO OBSTA O RECONHECIMENTO DA UNIÃO
ESTÁVEL, DESDE QUE HAJA SEPARAÇÃO DE FATO OU JUDICIAL ENTRE OS CASADOS.
Jurisprudência do STJ sobre união estável:
6) NA UNIÃO ESTÁVEL DE PESSOA MAIOR DE SETENTA ANOS
(ARTIGO 1.641, II, DO CC/02), IMPÕE-SE O REGIME DA SEPARAÇÃO
OBRIGATÓRIA, SENDO POSSÍVEL A PARTILHA DE BENS ADQUIRIDOS NA
CONSTÂNCIA DA RELAÇÃO, DESDE QUE COMPROVADO O ESFORÇO
COMUM.
7) SÃO INCOMUNICÁVEIS OS BENS PARTICULARES ADQUIRIDOS
ANTERIORMENTE À UNIÃO ESTÁVEL OU AO CASAMENTO SOB O REGIME DE
COMUNHÃO PARCIAL, AINDA QUE A TRANSCRIÇÃO NO REGISTRO
IMOBILIÁRIO OCORRA NA CONSTÂNCIA DA RELAÇÃO.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619643/artigo-1641-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619558/inciso-ii-do-artigo-1641-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
Jurisprudência do STJ sobre união estável:
8) O COMPANHEIRO SOBREVIVENTE TEM DIREITO REAL DE HABITAÇÃO
SOBRE O IMÓVEL NO QUAL CONVIVIA COM O FALECIDO, AINDA QUE SILENTE
O ART. 1.831 DO ATUAL CÓDIGO CIVIL.
9) O DIREITO REAL DE HABITAÇÃO PODER SER INVOCADO EM DEMANDA
POSSESSÓRIA PELO COMPANHEIRO SOBREVIVENTE, AINDA QUE NÃO SE
TENHA BUSCADO EM AÇÃO DECLARATÓRIA PRÓPRIA O RECONHECIMENTO
DE UNIÃO ESTÁVEL.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10604579/artigo-1831-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
Jurisprudência do STJ sobre união estável:
10) NÃO SUBSISTE O DIREITO REAL DE HABITAÇÃO SE HOUVER CO-PROPRIEDADE
SOBRE O IMÓVEL ANTES DA ABERTURA DA SUCESSÃO OU SE, ÀQUELE TEMPO, O
FALECIDO ERA MERO USUFRUTUÁRIO DO BEM.
11) A VALORIZAÇÃO PATRIMONIAL DOS IMÓVEIS OU DAS COTAS SOCIAIS DE
SOCIEDADE LIMITADA, ADQUIRIDOS ANTES DO INÍCIO DO PERÍODO DE CONVIVÊNCIA,
NÃO SE COMUNICA, POIS NÃO DECORRE DO ESFORÇO COMUM DOS COMPANHEIROS,
MAS DE MERO FATOR ECONÔMICO.
12) A INCOMUNICABILIDADE DO PRODUTO DOS BENS ADQUIRIDOS ANTERIORMENTE
AO INÍCIO DA UNIÃO ESTÁVEL (ART. 5º, § 1º, DA LEI N. 9.278/96) NÃO AFETA A
COMUNICABILIDADE DOS FRUTOS, CONFORME PREVISÃO DO ART. 1.660, V,
DO CÓDIGO CIVIL DE 2002.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/12078277/artigo-5-da-lei-n-9278-de-10-de-maio-de-1996
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/12078239/par%C3%A1grafo-1-artigo-5-da-lei-n-9278-de-10-de-maio-de-1996
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/127234/lei-da-uni%C3%A3o-est%C3%A1vel-lei-9278-96
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10617733/artigo-1660-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10617538/inciso-v-do-artigo-1660-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
Jurisprudência do STJ sobre união estável:
13) COMPROVADA A EXISTÊNCIA DE UNIÃO HOMOAFETIVA, É DE SE
RECONHECER O DIREITO DO COMPANHEIRO SOBREVIVENTE À MEAÇÃO
DOS BENS ADQUIRIDOS A TÍTULO ONEROSO AO LONGO DO
RELACIONAMENTO.
14) NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE SE PLEITEAR INDENIZAÇÃO POR SERVIÇOS
DOMÉSTICOS PRESTADOS COM O FIM DO CASAMENTO OU DA UNIÃO
ESTÁVEL, TAMPOUCO COM O CESSAR DO CONCUBINATO, SOB PENA DE SE
COMETER GRAVE DISCRIMINAÇÃO FRENTE AO CASAMENTO, QUE TEM
PRIMAZIA CONSTITUCIONAL DE TRATAMENTO.
Jurisprudência do STJ sobre união estável:
15) COMPETE À JUSTIÇA FEDERAL ANALISAR, INCIDENTALMENTE E COMO
PREJUDICIAL DE MÉRITO, O RECONHECIMENTO DA UNIÃO ESTÁVEL NAS
HIPÓTESES EM QUE SE PLEITEIA A CONCESSÃO DE BENEFÍCIO
PREVIDENCIÁRIO.
16) A PRESUNÇÃO LEGAL DE ESFORÇO COMUM QUANTO AOS BENS
ADQUIRIDOS ONEROSAMENTE PREVISTA NO ART. 5º DA LEI 9.278/1996, NÃO
SE APLICA À PARTILHA DO PATRIMÔNIO FORMADO PELOS CONVIVENTES
ANTES DA VIGÊNCIA DA REFERIDA LEGISLAÇÃO.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/12078277/artigo-5-da-lei-n-9278-de-10-de-maio-de-1996
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/127234/lei-da-uni%C3%A3o-est%C3%A1vel-lei-9278-96
DIREITO SUCESSÓRIO NA UNIÃO ESTÁVEL
COMPANHEIRO SOBREVIVENTE
DIREITO SUCESSÓRIO NA UNIÃO ESTÁVEL
➢ SUCESSÃO DO COMPANHEIRO SOBREVIVENTE
❖ UNIÃO ESTÁVEL ANTES DO CC/02:
➢ CONCUBINATO PURO OU IMPURO
➢ SITUAÇÃO JURÍDICA DO CONCUBINO
➢ CC/1916:
a) PROIBIA DOAÇÕES OU BENEFÍCIOS TESTAMENTÁRIOS DO
HOMEM CASADO À CONCUBINA
b) PROIBIA A INCLUSÃO DA CONCUBINA COMO BENEFICIÁRIO DO
CONTRATO DE SEGURO DE VIDA.
DIREITO SUCESSÓRIO NA UNIÃO ESTÁVEL
➢ LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
➢ JURISPRUDÊNCIA
• ALGUNS DIREITOS À CONCUBINA: MEAÇÃO DOS BENS
ADQUIRIDOS PELO ESFORÇO COMUM
➢ GRANDE MARCO: ART. 226,§3º CF/88
• PARA EFEITO DE PROTEÇÃO DO ESTADO, É RECONHECIDA A UNIÃO
ESTÁVEL ENTRE O HOMEM E A MULHER COMO ENTIDADE FAMILIAR,
DEVENDO A LEI FACILITAR SUA CONVERSÃO EM CASAMENTO;
• UNIÃO ESTÁVEL COMO ESPÉCIE FAMILIAR
• NOVO STATUS DO CONCUBINATO PURO DENTRO DO ORDENAMENTO JURÍDICO.
DIREITO SUCESSÓRIO NA UNIÃO ESTÁVEL
➢ LEI N. 8.971/94– DIREITO DOS ALIMENTOS ENTRE COMPANHEIROS E A SUCESSÃO
➢ LEI N. 9.278/96- REGULAMENTOU O ART. DA CF SUPRA CITADA.
➢ DIREITO DO COMPANHEIRO HERDAR.
➢ SUCESSÃO
➢ LEI N. 8.971/94 AMPLIOU, NO ART. 2º, III, O ROL DE HERDEIROS
ESTABELECIDO NO ART. 1.603, CC/16, QUANDO DETERMINOU A
TRANSMISSÃO DO PATRIMÔNIO AO COMPANHEIRO(A) SOBREVIVENTE
(INCISCO III), E NÃO AOS COLATERAIS, SE INEXISTISSEM DESCENDENTES
OU ASCENDENTES.
DIREITO SUCESSÓRIO NA UNIÃO ESTÁVEL
➢ REQUISITO CC/16:
a) UNIÃO COM PESSOA SOLTEIRA
b) SEPARADA JUDICIALMENTE, DIVORCIADA OU VIÚVA
c) PROVA DA UNIÃO MARITAL PELO PRAZO DE 5 ANOS, OU POR QUALQUER
TEMPO, SE HOUVESSE PROLE.
LEI N. 9.278/96- SUCESSÃO
➢ NÃO HÁ MAIS REQUISITO PARA COMPROVAR SOCIEDADE DE FATO;
➢ ART. 1º DA LEI: UNIÃO ESTÁVEL É A ENTIDADE FAMILIAR ONDE HÁ
CONVIVÊNCIA PÚBLICA, DURADOURA E CONTÍNUA, DE UM HOMEM E UMA
MULHER, ESTABELECIDA COM O OBJETIVO DE CONSTITUIÇÃO DE FAMÍLIA.
DIREITO SUCESSÓRIO NA UNIÃO ESTÁVEL
➢ E A PESSOA QUE VIVIA COM CÔNJUGE E COMPANHEIRO?
• SEPARAVAM-SE AS MEAÇÕES EM CONFORMIDADE COM AS AQUISIÇÕES HAVIDAS
DURANTE CADA UNIÃO.
• CRÍTICA ÀS LEIS- TACITAMENTE REVOGADAS
➢ ADVENTO DO CÓDIGO CIVIL 2002 (VIGENTE)
➢ INCLUSÃO DE CINCO ARTIGOS (ARTS. 1.723 A 1.727) SOBRE UNIÃO ESTÁVEL;
➢ DISPOSIÇÕES ESPARSAS
a) ART. 1.694- ALIMENTOSPARA O COMPANHEIRO;
b) ART. 1.790- SUCESSÕES NA UNIÃO ESTÁVEL.
DIREITO SUCESSÓRIO NA UNIÃO ESTÁVEL
➢ NÃO RECONHECIMENTO DO DIREITO REAL DE HABITAÇÃO AO COMPANHEIRO
SOBREVIVENTE (CC, 1.831)
➢ CRÍTICAS
1. DESOCUPAÇÃO DO IMÓVEL
2. SE O DE CUJUS NÃO TIVER ADQUIRIDO BENS DURANTE A CONVIVÊNCIA
3. OU TÊ-LO ADQUIRIDO SÓ A TÍTULO GRATUITO
➢ NESTES CASOS CARECE O COMPANHEIRO DO DIREITO À MEAÇÃO E TAMPOUCO CONCORRE
NA HERANÇA, QUE PODERÁ SER ATRIBUÍDA A HERDEIROS QUE NEM SEMPRE ACEITARÃO
REPARTIR COM ELE O USO DO IMÓVEL RESIDENCIAL. 1.790 INCONSTITUCIONAL!
DIREITO SUCESSÓRIO NA UNIÃO ESTÁVEL
➢ DIREITO REAL DE HABITAÇÃO DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE
• DEFESA DA EXTENSÃO ANALÓGICA DO DIREITO INSCULPIDO NO
ART. 1.831 DO CC/02);
• TEM JURISPRUDÊNCIA ADMITINDO (4ª TURMA DO STJ, TJ MG),
BEM COMO ENUNCIADO 117 DO CONSELHO DA JUSTIÇA
FEDERAL/02.
DIREITO SUCESSÓRIO NA UNIÃO ESTÁVEL
COMPANHEIRO SOBREVIVENTE
➢ COMPANHEIRO SOBREVIVENTE
➢ O COMPANHEIRO PARTICIPARÁ DA SUCESSÃO DO OUTRO, QUANTO AOS
BENS ADQUIRIDOS ONEROSAMENTE NA VIGÊNCIA DA UNIÃO ESTÁVEL, ART.
1.790 CC.
➢ POR ESSE ARTIGO, O COMPANHEIRO TINHA TRATAMENTO INFERIOR AO
CÔNJUGE SOBREVIVENTE, POIS ESTE TEM MAIOR PARTICIPAÇÃO NA
HERANÇA E FOI INCLUÍDO NO ROL DE HERDEIROS NECESSÁRIOS, AO LADO
DE DESCENDENTES E ASCENDENTES.
INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 1.790, CC/ STF-Temas 498 e 809
DIREITO SUCESSÓRIO NA UNIÃO ESTÁVEL
COMPANHEIRO SOBREVIVENTE
➢ CONDIÇÕES IMPOSTAS PELO CC/02 AO COMPANHEIRO SOBREVIVENTE, ART. 1.790 CC
➢ SE CONCORRER COM FILHOS COMUNS, TERÁ DIREITO A UMA QUOTA EQUIVALENTE À QUE POR LEI FOR
ATRIBUÍDA AO FILHO;
I. SE CONCORRER COM DESCENDENTES SÓ DO AUTOR DA HERANÇA, TOCAR-LHE-Á A METADE DO QUE
COUBER A CADA UM DELES;
II. SE CONCORRER COM OUTROS PARENTES SUCESSÍVEIS, TERÁ DIREITO A UM TERÇO DA HERANÇA;
III. NÃO HAVENDO PARENTES SUCESSÍVEIS, TERÁ DIREITO À TOTALIDADE DA HERANÇA.
INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 1.790, CC/ STF-Temas 498 e 809
DIREITO SUCESSÓRIO NA UNIÃO ESTÁVEL
COMPANHEIRO SOBREVIVENTE
INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 1.790, CC/ STF-Temas 498 e 809
➢ CONDIÇÕES IMPOSTAS PELO CC/02 AO COMPANHEIRO SOBREVIVENTE, ART. 1.790
CC ( HOJE INCONSTITUCIONAL)
I. SE CONCORRER COM FILHOS COMUNS, TERÁ DIREITO A UMA QUOTA EQUIVALENTE À QUE POR LEI
FOR ATRIBUÍDA AO FILHO;
ERRO DA EXPRESSÃO ”FILHO”- DEVERIA SER DESCENDENTES
ENUNCIADO 266 DO CONSELHO DA JUSTIÇA FEDERAL ”APLICA-SE O INCISO I DO ART. 1.790
TAMBÉM NA HIPÓTESE DE CONCORRÊNCIA DO COMPANHEIRO SOBREVIVENTE COM OUTROS
DESCENDENTES COMUNS E NÃO APENAS NA CONCORRÊNCIA COM FILHOS COMUNS.
DIREITO SUCESSÓRIO NA UNIÃO ESTÁVEL
COMPANHEIRO SOBREVIVENTE
INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 1.790, CC/ STF-Temas 498 e 809
II- SE CONCORRER COM DESCENDENTES SÓ DO AUTOR DA HERANÇA,
TOCAR-LHE-Á A METADE DO QUE COUBER A CADA UM DELES;
 CRÍTICA: DISTINÇÃO ENTRE DESCENDENTES EXCLUSIVOS, SÓ DO AUTOR DA HERANÇA, E
DESCENDENTES COMUNS, HAVIDOS DA UNIÃO ENTRE O AUTOR DA HERANÇA E O COMPANHEIRO.
 PROBLEMA: FILHOS HÍBRIDOS- CÁLCULO DAS QUOTAS HEREDITÁRIAS.
DIREITO SUCESSÓRIO NA UNIÃO ESTÁVEL
COMPANHEIRO SOBREVIVENTE
INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 1.790, CC/ STF-Temas 498 e 809
 TRÊS CORRENTES ANTAGÔNICAS
1. PARTILHAMENTO DA HERANÇA CONSIDERANDO TODOS OS FILHOS COMO
COMUNS, PARA ATRIBUIR AO COMPANHEIRO QUOTA IGUAL À QUE LHES FOR
DESTINADA;
2. RESTRINGE A QUOTA DO COMPANHEIRO À METADE DO QUE ÀQUELES COUBER.
3. CÁLCULO PROPORCIONAL DO QUE CABERIA AO COMPANHEIRO,
CONSIDERANDO-SE QUOTA IGUALITÁRIA COM RELAÇÃO AOS FILHOS HAVIDOS
EM COMUM, E SÓ METADE DO QUE COUBESSE AOS DEMAIS.
DIREITO SUCESSÓRIO NA UNIÃO ESTÁVEL
COMPANHEIRO SOBREVIVENTE
INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 1.790, CC/ STF-Temas 498 e 809
 III- SE CONCORRER COM OUTROS PARENTES SUCESSÍVEIS, TERÁ DIREITO A UM TERÇO DA
HERANÇA.
➢ CORRENTES:
1. A FAVOR DA EQUIPARAÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL COM CASAMENTO- DISCRIMINAÇÃO E
DISPARIDADE DE TRATAMENTO DO CC/02
2. CONTRA A EQUIPARAÇÃO: CRIAR A DIFERENÇA É PRECISO
➢ TJ RS EM 2004: DIREITO SUCESSÓRIO DA COMPANHEIRA EM CONCORRÊNCIA COM IRMÃOS DO
OBITUADO. INOCORRÊNCIA DE INCONSTITUCIONALIDADE. NÃO HÁ CHOQUE ENTRE O CÓDIGO E A
CF. A NORMA DO ART. 226, PARÁGRADO 3, DA CF NÃO EQUIPAROU UNIÃO ESTÁVEL AO
CASAMENTO NEM TAMPOUCO DISPÔS SOBRE REGRAS SUCESSÓRIAS. AS DISPOSIÇÕES PODEM
SER CONSIDERADAS INJUSTAS, MAS NÃO CONTEM EIVA DE INCONSTITUCIONALIDADE.
RECONHECIMENTO DOS COLATERAIS COMO HERDEIROS DO DE CUJUS.
CRÍTICAS AO 1.790, CC:
1. POR LIMITAR A SUCESSÃO AOS BENS ADQUIRIDOS ONEROSAMENTE NA
CONSTÂNCIA DA UNIÃO ESTÁVEL;
2. POR REPETIR, NO CASO DE CONCORRÊNCIA COM OS DESCENDENTES, A INDÉBITA
DISTINÇÃO ENTRE DESCENDENTES EXCLUSIVOS, SÓ DO AUTOR DA HERANÇA, E
DESCENDENTES COMUNS, HAVIDOS DA UNIÃO ENTRE O AUTOR DA HERANÇA E O
COMPANHEIRO;
3. POR ESTABELECER A CONCORRÊNCIA COM OS COLATERAIS.
4. CONCORRE COM O IRMÃO DO FALECIDO, FICANDO COM APENAS 1/3 DA HERANÇA,
ENQUANTO OS RESTANTES 2/3 FICAM COM O COLATERAL DE SEGUNDO GRAU.
PONTO: COMPANHEIRO JÁ TEM DIREITO A MEAÇÃO DE BENS ADQUIRIDOS NA
CONSTÂNCIA DA UNIÃO ESTÁVEL, POR ISSO, ASSIM COMO NA SUCESSÃO DO
CÔNJUGE SOBREVIVENTE DO ART. 1.829, DEVERIA O COMPANHEIRO BENEFICIAR-SE
DA HERANÇA, NO TOCANTE AOS BENS PARTICULARES DO FALECIDO, EM FACE DO
REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL DE BENS.
CONCORRÊNCIA DOS BENS NOS QUAIS O COMPANHEIRO JÁ É MEEIRO. COMO FICA?
STF encerra julgamento sobre a inconstitucionalidade do 
art. 1.790 do Código Civil
➢ PÕE EM IGUALDADE CÔNJUGE E COMPANHEIRO;
O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) DECIDIU, EM 10/05/2017, PELA
INCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 1.790 DO CÓDIGO CIVIL, O QUAL
SUSTENTA DIFERENCIAÇÃO ENTRE CÔNJUGE E COMPANHEIRO, NO QUE
TANGE À SUCESSÃO HEREDITÁRIA.
➢ QUESTÕES NÃO ESCLARECIDAS PELO STF:
oSE O COMPANHEIRO É OU NÃO HERDEIRO NECESSÁRIO.
o APLICA-SE O ARTIGO 1.829 [A QUAL VERSA SOBRE A SUCESSÃO LEGÍTIMA], MAS
AINDA EXISTEM QUESTÕES PENDENTES. O JULGAMENTO ATÉ INDICA QUE SIM [O
COMPANHEIRO É HERDEIRO NECESSÁRIO], MAS NÃO ESTÁ EXPRESSO NA TESE
FINAL” (TARTUCE)
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10608066/artigo-1790-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035419/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
STF encerra julgamento sobre a inconstitucionalidade do 
art. 1.790 do Código Civil
O PLACAR DO JULGAMENTO DO 
TEMA 498 FOI DE 8 VOTOS A 2, 
AUSENTE O MINISTRO DIAS 
TOFOLLI.
INF. 864 DA CORTE, "O STF AFIRMOU QUE 
A CONSTITUIÇÃO PREVÊ DIFERENTES 
MODALIDADES DE FAMÍLIA, ALÉM DA 
QUE RESULTA DO CASAMENTO. 
ENTRE ESSAS MODALIDADES, ESTÁ 
A QUE DERIVA DAS UNIÕES 
ESTÁVEIS, SEJA A CONVENCIONAL, 
SEJA A HOMOAFETIVA. 
FRISOU QUE, APÓS A VIGÊNCIA DA CONSTITUIÇÃO DE 
1988, DUAS LEIS ORDINÁRIAS EQUIPARARAM OS 
REGIMES JURÍDICOS SUCESSÓRIOS DO CASAMENTO 
E DA UNIÃO ESTÁVEL (LEI 8.971/1994 E LEI 9.278/1996). 
O CÓDIGO CIVIL, NO ENTANTO, 
DESEQUIPAROU, PARA FINS DE SUCESSÃO, 
O CASAMENTO E AS UNIÕES ESTÁVEIS. 
DESSA FORMA, PROMOVEU RETROCESSO E 
HIERARQUIZAÇÃO ENTRE AS FAMÍLIAS, O QUE 
NÃO É ADMITIDO PELA CONSTITUIÇÃO, QUE 
TRATA TODAS AS FAMÍLIAS COM O MESMO GRAU 
DE VALIA, RESPEITO E CONSIDERAÇÃO. 
STF encerra julgamento sobre a inconstitucionalidade 
do art. 1.790 do Código Civil
STF encerra julgamento sobre a 
inconstitucionalidade do art. 1.790 do 
Código Civil
O ART. 1.790 DO MENCIONADO CÓDIGO É INCONSTITUCIONAL,
PORQUE VIOLA OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA
IGUALDADE, DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, DA
PROPORCIONALIDADE NA MODALIDADE DE PROIBIÇÃO À
PROTEÇÃO DEFICIENTE E DA VEDAÇÃO AO RETROCESSO".
STF encerra julgamento sobre a inconstitucionalidade do art. 
1.790 do Código Civil
➢SEGURANÇA JURÍDICA:
a) A INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 1.790 DO CÓDIGO CIVIL DEVE SER APLICADA APENAS
AOS INVENTÁRIOS JUDICIAIS EM QUE A SENTENÇA DE PARTILHA NÃO TENHA TRANSITADO
EM JULGADO E ÀS PARTILHAS EXTRAJUDICIAIS EM QUE AINDA NÃO HAJA ESCRITURA
PÚBLICA.
b) A TESE FINAL FIRMADA, PARA OS DEVIDOS FINS DE REPERCUSSÃO GERAL, FOI AQUELA
CONHECIDA DESDE O ANO 2016: "NO SISTEMA CONSTITUCIONAL VIGENTE, É
INCONSTITUCIONAL A DIFERENCIAÇÃODE REGIMES SUCESSÓRIOS ENTRE CÔNJUGES E
COMPANHEIROS, DEVENDO SER APLICADO, EM AMBOS OS CASOS, O REGIME
ESTABELECIDO NO ARTIGO 1.829 DO CÓDIGO CIVIL".
Concorrência do companheiro com os 
descendentes
MELHOR SOLUÇÃO: DIVISÃO IGUALITÁRIA DOS QUINHÕES HEREDITÁRIOS, INCLUINDO O
COMPANHEIRO (A), AFASTANDO O DIREITO DOS DESCENDENTES UNILATERAIS DE
RECEBEREM O DOBRO DO QUE COUBER AO COMPANHEIRO SOBREVIVO.
COMO FICA AGORA:
O COMPANHEIRO PASSA A FIGURAR AO LADO DO CÔNJUGE NA ORDEM DE SUCESSÃO 
LEGÍTIMA (ART. 1.829) 
- DESSE MODO, CONCORRE COM OS DESCENDENTES O QUE DEPENDE DO REGIME DE
BENS ADOTADO.
- CONCORRE TAMBÉM COM OS ASCENDENTES O QUE INDEPENDE DO REGIME.
NA FALTA DE DESCENDENTES E DE 
ASCENDENTES
O COMPANHEIRO RECEBE A HERANÇA SOZINHO, COMO OCORRE COM O CÔNJUGE,
EXCLUINDO OS COLATERAIS ATÉ O QUARTO GRAU (IRMÃOS, TIOS, SOBRINHOS, PRIMOS,
TIOS-AVÔS E SOBRINHOS-NETOS).
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: CUIDADO COM A MÍDIA, QUE TEM DIVULGADO VÁRIAS
NOTÍCIAS FAZENDO CÁLCULOS EQUIVOCADOS DA DIVISÃO PATRIMONIAL, SEM LEVAR
EM CONTA O REGIME DE BENS ADOTADO NO CASAMENTO, O QUE É FUNDAMENTAL NÃO
SÓ PARA A MEAÇÃO, COMO TAMBÉM PARA A SUCESSÃO, PELO QUE CONSTA O PRIMEIRO
INCISO DA ÚLTIMA NORMA.
Opinião 
➢ INCONSTITUCIONALIDADE NO INCISO III DO ART. 1.790 DO CÓDIGO CIVIL,
•PELA ANTERIOR (1.790) POSIÇÃO DE DESPRESTÍGIO ANTE OS ASCENDENTES
E COLATERAIS ATÉ O QUARTO GRAU, RECEBENDO UM TERÇO DO QUE ESSES
RECEBESSEM.
➢REITERO QUE O MOMENTO É DE ACEITAR A DECISÃO DO STF, CONFORME
EXPUNHAM DOIS DOS NOSSOS GRANDES SUCESSIONISTAS, OS PROFESSORES
ZENO VELOSO E GISELDA HIRONAKA, CITADOS NO JULGAMENTO.
➢VANTAGEM DO DECISUM
•RESOLVER A GRANDE INSTABILIDADE JURÍDICA SUCESSÓRIA VERIFICADA NO
BRASIL DESDE A VIGÊNCIA DO CÓDIGO CIVIL DE 2002, COLOCANDO FIM A
DEBATES SOBRE A INCONSTITUCIONALIDADE OU NÃO DO ART. 1.790 DO
CÓDIGO CIVIL.
INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 
1790, CC. CONSEQUÊNCIAS:
Vejamos apenas três dels, pela dimensão inicial deste artigo:
a) incidência das regras previstas entre os arts. 1.846 e 1.849 do CC/2002 para o companheiro, o
que gera restrições na doação e no testamento, uma vez que o convivente deve ter a sua legítima
protegida, como herdeiro reservatário;
b) o companheiro passa a ser incluído no art. 1.974 do Código Civil, para os fins de rompimento
de testamento, caso ali também se inclua o cônjuge;
c) o convivente tem o dever de colacionar os bens recebidos em antecipação (arts. 2.002 a 2.012
do CC), sob pena de sonegados (arts. 1.992 a 1.996), caso isso igualmente seja reconhecido ao
cônjuge.
DIREITO REAL DE HABITAÇÃO DO 
COMPANHEIRO
• NÃO MENCIONADO NOS JULGAMENTOS, MAS NÃO RESTA DÚVIDA DA SUA
EXISTÊNCIA, NA LINHA DO QUE VINHAM RECONHECENDO A DOUTRINA E A
JURISPRUDÊNCIA SUPERIOR.
• NESSE SENTIDO, ENTRE OS ACÓRDÃOS MAIS RECENTES:
– "O CÓDIGO CIVIL DE 2002 NÃO REVOGOU AS DISPOSIÇÕES CONSTANTES DA LEI
9.278/96, SUBSISTINDO A NORMA QUE CONFERE O DIREITO REAL DE HABITAÇÃO
AO COMPANHEIRO SOBREVIVENTE DIANTE DA OMISSÃO DO CÓDIGO CIVIL EM
DISCIPLINAR TAL MATÉRIA EM RELAÇÃO AOS CONVIVENTES EM UNIÃO ESTÁVEL,
CONSOANTE O PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE" (STJ, AGRG NO RESP 1.436.350/RS,
REL. MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, JULGADO EM
12/04/2016, DJE 19/4/2016).
DÚVIDAS
• Mas qual a extensão desse direito real de habitação ao
companheiro?
• Terá o direito porque subsiste no sistema o art. 7º, parágrafo único,
da lei 9.278/1996, na linha do último julgado?
• Ou lhe será reconhecido esse direito real de forma equiparada
ao cônjuge, por força do art. 1.831 do Código Civil?
– Como é notório, os dois dispositivos têm conteúdos distintos. O Supremo
Tribunal Federal não enunciou expressamente essa questão, apesar de tender
à última resposta, cabendo à doutrina e à própria jurisprudência ainda resolvê-
la.
• POR DERRADEIRO, A EQUIPARAÇÃO FEITA PELO STF TAMBÉM INCLUI OS DEVIDOS FINS
FAMILIARES SENDO, PORTANTO, TOTAL?
• CORRENTE 1)
• SIM (JOSÉ FERNANDO SIMÃO E MÁRIO LUIZ DELGADO) 
– PARA OS QUAIS A UNIÃO ESTÁVEL PASSA A SER UM CASAMENTO FORÇADO.
LEMBRO, COMO SEMPRE PONTUO, QUE O NOVO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL JÁ FEZ ESSA EQUIPARAÇÃO, PARA QUASE TODOS OS FINS
PROCESSUAIS.
• CORRENTE 2)
• ANDERSON SCHREIBER E OUTROS 
– NO SENTIDO DE HAVER EQUIPARAÇÃO SOMENTE PARA OS FINS DE NORMAS 
DE SOLIDARIEDADE, CASO DAS REGRAS SUCESSÓRIAS, DE ALIMENTOS E DE 
REGIME DE BENS. 
POR DERRADEIRO, A EQUIPARAÇÃO FEITA PELO STF TAMBÉM INCLUI OS 
DEVIDOS FINS FAMILIARES SENDO, PORTANTO, TOTAL? 
CORRENTE 3)
EM RELAÇÃO ÀS NORMAS DE FORMALIDADE, COMO AS RELATIVAS À EXISTÊNCIA 
FORMAL DA UNIÃO ESTÁVEL E DO CASAMENTO, AOS REQUISITOS PARA A AÇÃO DE 
ALTERAÇÃO DO REGIME DE BENS DO CASAMENTO (ART. 1.639, § 2º DO CC E ART. 734 DO 
CPC) E ÀS EXIGÊNCIAS DE OUTORGA CONJUGAL, A EQUIPARAÇÃO NÃO DEVE SER TOTAL. 
OBRIGADA PELA ATENÇÃO 
MÓDULO VI
POLÊMICAS A RESPEITO DA SUCESSÃO DO CÔNJUGE E 
DO COMPANHEIRO
Prof. Dra. Isabella Paranaguá.
@paranaguaadvocacia
https://abre.ai/cvlattesprofisabella
A LEGÍTIMA NA SUCESSÃO: NECESSIDADE DE REVISÃO?
DA ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
A SUCESSÃO DÁ-SE POR LEI OU POR DISPOSIÇÃO DE ÚLTIMA VONTADE
(ART. 1.786,CC)
DA SUCESSÃO LEGÍTIMA
➢ SUCESSÃO LEGÍTIMA
1. AB INTESTADO: INEXISTÊNCIA, INVALIDADE OU CADUCIDADE DO
TESTAMENTO;
2. “ao deixar o de cujus de dispor sobre seus bens, isso significa que
concorda que o seu patrimônio passe às pessoas enumeradas
pela lei.” (MBD);
3. A LEI PERMITE QUE OS BENS SEJAM DESTINADOS AOS PARENTES DO DE
CUJUS, OU NA FALTA, AO PODER PÚBLICO.
DA SUCESSÃO LEGÍTIMA
➢ CARÁTER SUBSIDIÁRIO (ART. 1.788)
Art. 1.788, CC. Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a
herança aos herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos
bens que não forem compreendidos no testamento; e subsiste a
sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado nulo.
(grifo meu).
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10608154/artigo-1788-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
DA SUCESSÃO LEGÍTIMA
➢ HERDEIRO LEGÍTIMO
a) NECESSÁRIOS (LEGITIMÁRIOS OU RESERVATÁRIOS)
➢ ASCENDENTES, DESCENDENTES E O CÔNJUGE
➢ HAVENDO HERDEIROS NECESSÁRIOS O TESTADOR SÓ PODERÁ DISPOR DA
METADE DA HERANÇA
b) FACULTATIVOS
➢ POR EXCLUSÃO
➢ SÃO OS COLATERAIS
DA SUCESSÃO LEGÍTIMA
➢ SUCESSÃO LEGÍTIMA E SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA
– SUCESSÃO LEGÍTIMA Art. 1.829, 
CC
DA SUCESSÃO LEGÍTIMA
➢ DA ORDEM DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
• RELAÇÃO PREFERENCIAL
• DIREITO ROMANO
• 3 IMPORTANTES INOVAÇÕES DO CC/02:
1. RETIRADA DO ESTADO DO ROL DE HERDEIROS LEGÍTIMOS;
2. INSERÇÃO DO CÔNJUGE NO ROL DE HERDEIROS NECESSÁRIOS;
3. AUSÊNCIA DE PREVISÃO DO BENEFÍCIO DO DIREITO REAL DE
USUFRUTO EM FAVOR DO CÔNJUGE SOVREVIVO (COM
EXCEÇÕES).
• tira-lhe o direito de usufruto (direito real limitado) e lhe garantE o direito de propriedade (mais amplo).
DA SUCESSÃO LEGÍTIMA
A sucessão legítima decorre da lei e segue a chamada ordem de vocação hereditária
que, no Código de 1916 estava prevista no artigo 1603 que transcrevemos:
“ Art. 1.603 - A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I - aos descendentes;
II - aos ascendentes;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais;
V - aos Municípios, ao Distrito Federal ou à União.”
DA SUCESSÃO LEGÍTIMA
➢ ORDEM PREFERENCIAL, ART. 1.829 CC
I. DESCENDENTES, EM CONCORRÊNCIA COM O CÔNJUGE SOBREVIVENTE, SALVO SE CASADO ESTE
COM O DE CUJUS NO REGIME DA COMUNHÃO UNIVERSAL, OU NO DA SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DE
BENS (ART. 1.641); OU SE, NO REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL, O AUTOR DA HERANÇA NÃO
HOUVER DEIXADO BENS PARTICULARES;
II. ASCENDENTES, EM CONCORRÊNCIA COM O CÔNJUGE;
III. CÔNJUGE SOBREVIVENTE;
IV. COLATERAIS.
❖ QUAL É A FALHA LEGISLATIVA?
✓ CHAMAMENTO POR CLASSES - O MAIS PRÓXIMO EXCLUI O MAIS
REMOTO (ARTS. 1.833, 1.836, 1.840, CC/02);
✓ A PRIMEIRA É A DOS DESCENDENTES, SALVO A HIPÓTESE DE
CONCORRÊNCIA COM CÔNJUGE SOBREVIVENTE OU COM COMPANHEIRO.
✓ DENTRO DE UMA CLASSE, A PREFERÊNCIA ESTABELECE-SE PELO GRAU,
POIS O MAIS AFASTADOÉ EXCLUÍDO PELO MAIS REMOTO.
✓ DIREITO DE REPRESENTAÇÃO
DA SUCESSÃO LEGÍTIMA
I- DESCENDENTES
➢ FUNDAMENTO
➢ VONTADE PRESUMIDA DO FALECIDO
➢ CONTINUIDADE DA VIDA HUMANA
➢ SUCESSÃO
➢ SÃO CONTEMPLADOS TODOS OS DESCENDENTES, PORÉM, OS MAIS PRÓXIMOS EM
GRAU EXCLUEM OS MAIS REMOTOS, SALVO OS CHAMADOS POR DIREITO DE
REPRESENTAÇÃO, ART. 1.833 CC;
➢ OS FILHOS SUCEDEM POR CABEÇA (OU DIREITO PRÓPRIO), E OS OUTROS
DESCENDENTES, POR CABEÇA OU POR ESTIRPE (REPRESENTAÇÃO), CONFORME SE
ACHEM OU NÃO NO MESMO GRAU, ART. 1.835 CC.
DA SUCESSÃO LEGÍTIMA
➢ IGUALDADE DO DIREITO SUCESSÓRIO DOS DESCENDENTES
✓ OS DESCENDENTES DA MESMA CLASSE TEM OS MESMOS DIREITOS À SUCESSÃO DE
SEUS ASCENDENTES (ART. 1.834,CC)
✓ PRINCÍPIO DA IGUALDADE ENTRE OS FILHOS : ART. 1.596, CC.
✓ CAPACIDADE PARA SUCEDER- TEMPO DA ABERTURA DA SUCESSÃO
❖ PERTENCE AOS HERDEIROS NECESSÁRIOS, DE PLENO DIREITO, A
METADE DOS BENS DA HERANÇA, CONSTITUINDO A LEGÍTIMA. (ART.
1.846,CC)
❖DIREITO REAL DE HABITAÇÃO (ART.1.831,CC)
DA SUCESSÃO LEGÍTIMA
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA QUE O CÔNJUGE ASSUMA SEU PAPEL 
NA ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA. 
a) o cônjuge não pode estar separado judicialmente, nem divorciado.
b) o cônjuge não pode estar separado de fato, há mais de 2 anos. A separação
de fato por mais de 2 anos possibilita o divórcio e, então, como regra, o
cônjuge sobrevivente não será herdeiro. A lei prevê, entretanto, uma
exceção. Se estiver separado de fato há mais de 2 anos, poderá o cônjuge ser
herdeiro, se provar que a convivência se tornou impossível sem sua culpa.
DA SUCESSÃO LEGÍTIMA
• O CÔNJUGE SOBREVIVENTE DEIXA DE HERDAR EM CONCORRÊNCIA COM OS
DESCENDENTES:
I. SE JUDICIALMENTE SEPARADO DO DE CUJUS;
II. SE, SEPARADO DE FATO HÁ MAIS DE 2 ANOS, NÃO PROVAR QUE A CONVIVÊNCIA
SE TORNOU INSUPORTÁVEL SEM CULPA SUA (1.830,CC)
III. SE CASADO PELO REGIME DA COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS
IV. SE, CASADO PELO REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL, O AUTOR DA HERANÇA NÃO
HOUVER DEIXADO BENS PARTICULARES.
V. SE CASADO PELO REGIME DA SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DE BENS
DA SUCESSÃO LEGÍTIMA
O CÔNJUGE SOBREVIVENTE SOMENTE CONCORRERÁ COM OS DESCENDENTES:
a) QUANDO CASADO NO REGIME DA SEPARAÇÃO CONVENCIONAL; 
b) QUANDO CASADO NO REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL E O DE CUJUS POSSUÍA
BENS PARTICULARES;
c) QUANDO CASADO NO REGIME DA PARTICIPAÇÃO FINAL DOS AQUESTOS
ASPECTO POLÊMICO
QUANDO CASADO NO REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL E O DE CUJUS POSSUÍA 
BENS PARTICULARES
QUESTÃO RELEVANTE: HERDA TODO O ESPÓLIO OU SOMENTE A QUOTA DOS BENS 
PARTICULARES?
1. A CONCORRÊNCIA SÓ SE DÁ NOS BENS PARTICULARES, SEGUINDO A IDEIA PELA
QUAL SE HÁ MEAÇÃO, NÃO HAVERÁ SUCESSÃO, POIS O INTUITO É DE AMPARAR O
CÔNJUGE SUPÉRSTITE.
➢ A RESERVA DA QUARTA PARTE DA HERANÇA EM FAVOR
DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE NA CONCORRÊNCIA COM
OS DESCENDENTES
• EM CONCORRÊNCIA COM OS DESCENDENTES, CABERÁ AO CÔNJUGE
QUINHÃO IGUAL AO DOS QUE SUCEDEREM POR CABEÇA, NÃO PODENDO A
SUA QUOTA SER INFERIOR À QUARTA PARTE DA HERANÇA, SE FOR
ASCENDENTE DOS HERDEIROS COM QUE CONCORRER, ART. 1.832 CC.
O QUINHÃO DO CÔNJUGE QUE CONCORRE COM OS DESCENDENTES
Como regra, o artigo 1832 determina que o cônjuge herdará quinhão igual ao dos
descendentes que sucederem por cabeça. Entretanto, o artigo faz uma ressalva: a quota
do cônjuge não poderá ser inferior a ¼ se for ascendente dos herdeiros com quem
concorrer.
EXEMPLIFICAMOS:
a) cônjuge e um filho (comum ou não): ½ para filho e metade para cônjuge;
b) cônjuge e dois filhos (comuns ou não): 1/3 para o cônjuge e 1/3 para cada filho;
c) cônjuge e três filhos (comuns ou não): ¼ para o cônjuge e ¼ para cada filho
d) cônjuge e quatro filhos comuns: ¼ para cônjuge e ¾ a serem divididos entre os quatro 
filhos. há uma reserva de quinhão.
e) cônjuge e quatro filhos só do falecido: 1/5 para o cônjuge e 1/5 para cada filho.
QUESTÃO RELEVANTE: Em havendo filiação híbrida (filhos comuns e exclusivos), haverá a
reserva de ¼ em favor do cônjuge sobrevivente?
1. Na minha opinião a resposta é sim, pois a lei, na sua redação, apenas informa que
haverá a reserva se for ascendente dos herdeiros com que concorrer. A lei não utiliza
a expressão “ascendente de todos os herdeiros”. Existindo um herdeiro comum,
aplica-se a reserva, não importando se os demais são comuns ou exclusivos.
Ademais, o espírito da lei é não deixar o cônjuge em desamparo. Tal solução melhor
segue o espírito do novo Código no tocante à matéria sucessória.
a) SÍLVIO DE SALVO VENOSA – Sim, “se, porém concorrer com descendentes comuns e
descendentes apenas do de cujus, há que se entender que se aplica a garantia mínima da
quarta parte” (Venosa, p. 109).
b) EUCLIDES DE OLIVEIRA – Não, e a herança será divida em partes iguais entre todos os
filhos comuns e não comuns e o cônjuge sobrevivente (Inventário e Partilha, 16ª edição).
Justificativa: “o final do art. 1832 garante a quota mínima só para quando o cônjuge for
ascendente dos herdeiros com que concorrer. Essa dicção, em interpretação restrita, leva
à exclusão do piso se houver um ou mais descendentes de outra origem”. Também
afastam a reserva de quinhão MARIA HELENA DINIZ, p. 113 e Ana Cristina de Barros
Monteiro, p. 97, (ao atualizar a obra de WASHINGTON DE BARROS MONTEIRO).
QUESTÃO RELEVANTE: Em havendo filiação híbrida (filhos comuns e exclusivos), haverá a 
reserva de ¼ em favor do cônjuge sobrevivente?
c) EDUARDO OLIVEIRA LEITE – Propõe a seguinte solução. Imaginemos que se tratam
de 3 filhos e comuns e 2 exclusivos do autor da herança. Herança de R$ 100.000,00.
1) Divisão da herança entre todos os filhos – R$ 20.000,00 para cada filho.
2) Divisão da herança em blocos – Bloco A – Filhos comuns – R$ 60.000,00
Bloco B – filhos exclusivos – R$ 40.000,00
3) No bloco A, dos filhos comuns, haveria a reserva de quinhão de ¼ para o cônjuge – R$
15.000 e os outros R$ 45.000 seria partilhados entre os 3 filhos comuns.
4) Divisão final da herança
Cônjuge – ¼
reservado da parte
dos filhos comuns
R$ 15.000,00 R$ 15.000,00
Quota dos filhos
comuns
R$ 15.000,00 (x 3) R$ 45.000,00
Quota dos filhos
exclusivos
R$ 20.000,00 (x 2) R$ 40.000,00
Total 100.000,00
d) GISELDA MARIA FERNANDES NOVAES HIRONAKA – Aventa uma quarta solução para
a solução da questão. Imaginemos que se tratam de 2 filhos e comuns e 3 exclusivos do
autor da herança. Herança de R$ 100.000,00.
1) Divisão da herança entre todos os filhos – R$ 20.000,00 para cada filho.
2) Criação de duas sub-heranças – Filhos comuns: R$ 40.000,00 e não comuns R$
60.000,00.
3) Concorrência no quinhão dos filhos exclusivos: R$ 60.000,00 divididos em 4 partes (três
para os filhos e 1 para o cônjuge) – Cônjuge ficaria com R$ 15.000,00.
4) Concorrência no quinhão dos filhos comuns: R$ 40.000,00 divididos em 3 partes (duas
para os filhos e 1 para o cônjuge) – Cônjuge ficaria com R$ 13.333,33.
5) Somam-se os quinhões do cônjuge nas sub-heranças - Total: R$ 15.000,00 + R$
13.333,33 = 28.333,33
6) Pergunta: o valor de R$ 28.333,33 é superior a 25% da herança?
SIM, pois 25 % da herança significa a importância de R$ 25.000. Então, esse valor
corresponde à parte do cônjuge na sucessão.
7) Divisão final da herança
Cônjuge R$ 28.333,33 R$
28.333,33
Quota de cada
filho comum
R$ 13.333,33 (x 2) R$
26.666,67
Quota de cada
filho exclusivo
R$ 15.000,00 (x 3) R$
45.000,00
Total R$
100.000,00
e) GISELDA MARIA FERNANDES NOVAES HIRONAKA – Aventa uma quinta solução para a
solução da questão. Imaginemos que se tratam de 4 filhos e comuns e 4 exclusivos do autor da herança.
Herança de R$ 100.000,00.
1) Divisão da herança entre todos os filhos – R$ 12.500,00 para cada filho.
2) Criação de duas sub-heranças – Filhos comuns: R$ 50.000,00 e não comuns R$ 50.000,00.
3) Concorrência no quinhão dos filhos exclusivos: R$ 50.000,00 divididos em 5 partes (quatro para os
filhos e 1 para o cônjuge) – Cônjuge ficaria com R$ 10.000,00.
4) Concorrência no quinhão dos filhos exclusivos: R$ 50.000,00 divididos em 5 partes (quatro para os
filhos e 1 para o cônjuge) – Cônjuge ficaria com R$ 10.000,00.5) Somam-se os quinhões do cônjuge nas sub-heranças - Total: R$ 10.000,00 + R$ 10.000,00 =
20.000,00.
6) Pergunta: o valor de R$ 20.000,00 é superior ou igual a 25% da herança?
NÃO, pois 25% da herança significa R$ 25.000. Então, o valor da diferença (R$ 25.000 –R$ 20.000) de
R$ 5.000 deverá ser descontada da quota dos filhos comuns. Assim, a quota dos filhos comuns deixa de
ser R$ 40.000,00 e passa a ser R$ 35.000,00.
7) Divisão final da herança
Cônjuge
(reserva de
25%)
R$ 25.000,00 25.000,0
0
Quota de cada
filho comum
R$ 8.750,00 (x 4)
35.000,00
Quota de cada
filho exclusivo
R$ 10.000,00 (x 4)
40.000,00
Total: R$
100.000,00
II- ASCENDENTES
➢ SUCESSÃO
• NÃO HAVENDO HERDEIROS DA CLASSE DOS DESCENDENTES, SÃO
CHAMADOS À SUCESSÃO OS ASCENDENTES, EM CONCORRÊNCIA COM O
CÔNJUGE SOBREVIVENTE, ART. 1.836 CC;
• O cônjuge concorrerá com o ascendente em todos os
regimes de bens.
II- ASCENDENTES
EXEMPLIFICAMOS.
A) REGIME DA COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS: 50% DO PATRIMÔNIO PERTENCE AO
MARIDO E 50% À MULHER. COM O FALECIMENTO DO MARIDO, SEUS 50% SERÃO
PARTILHADOS ENTRE A ESPOSA E OS PAIS DO FALECIDO.
B) COMUNHÃO PARCIAL DE BENS COM BEM PARTICULAR: DOS BENS COMUNS, 50%
PERTENCE AO MARIDO E 50% À MULHER. O BEM PARTICULAR PERTENCE 100% AO MARIDO.
ASSIM, COM O FALECIMENTO DO MARIDO, SEUS 50% DOS BENS COMUNS E 100% DO BEM
PARTICULAR SERÃO PARTILHADOS ENTRE A ESPOSA E OS PAIS DO FALECIDO.
II- ASCENDENTES
➢ A SUCESSÃO, NESSE CASO, ORIENTA-SE POR DOIS PRINCÍPIOS:
• O GRAU MAIS PRÓXIMO EXCLUI O MAIS REMOTO, SEM DISTINÇÃO DE LINHAS (§1º,
1.836 CC);
• HAVENDO IGUALDADE EM GRAU E DIVERSIDADE EM LINHA, OS ASCENDENTES DA
LINHA PATERNA HERDAM A METADE, CABENDO A OUTRA AOS DA LINHA MATERNA
(§2, 1.836 CC);
➢ O DIREITO DE REPRESENTAÇÃO DÁ-SE NA LINHA RETA DESCENDENTE, MAS
NUNCA NA ASCENDENTE, ART. 1.852 CC.
➢ CONCORRÊNCIA DO ASCENDENTE COM O CÔNJUGE
SOBREVIVENTE
• CONCORRENDO COM ASCENDENTES EM PRIMEIRO GRAU, AO
CÔNJUGE TOCARÁ UM TERÇO DA HERANÇA; CABER-LHE-Á
METADE DESTA SE HOUVER UM SÓ ASCENDENTE, OU SE
MAIOR FOR AQUELE GRAU, ART. 1.837CC.
O QUINHÃO DO CÔNJUGE QUE CONCORRE COM OS 
ASCENDENTES
➢ SE CONCORRER COM O PAI E MÃE DO DE CUJUS, A HERANÇA SERÁ DIVIDIDA EM 3 PARTES
IGUAIS CABENDO 1/3 AO PAI, 1/3 À MÃE E 1/3 AO CÔNJUGE.
1/3 1/3 1/3
O QUINHÃO DO CÔNJUGE QUE CONCORRE COM OS ASCENDENTES
➢EM QUALQUER OUTRA HIPÓTESE DE SUCESSÃO COM ASCENDENTES,
½ DA HERANÇA FICARÁ COM O CÔNJUGE E A OUTRA METADE SERÁ DIVIDIDA ENTRE OS
ASCENDENTES.
EXEMPLIFICAMOS:
A) FALECIDO DEIXA PAI VIVO E ESPOSA. METADE DA HERANÇA PARA CADA.
50%
CÔNJUGE
50%
PAI
O QUINHÃO DO CÔNJUGE QUE CONCORRE COM OS 
ASCENDENTES
➢B) FALECIDO DEIXA 3 AVÓS VIVOS E A ESPOSA. METADE PARA A ESPOSA E OUTRA METADE
PARA OS TRÊS AVÓS.
AVÔ 2
METADE 
PARA A 
ESPOSA
AVÔ 1
AVÔ 3
III- CÔNJUGE SOBREVIVENTE
➢ EM FALTA DE DESCENDENTES E ASCENDENTES, SERÁ DEFERIDA A
SUCESSÃO POR INTEIRO AO CÔNJUGE SOBREVIVENTE (ART. 1.838
CC), DESDE QUE, AO TEMPO DA MORTE DO OUTRO CÔNJUGE, NÃO
ESTAVAM SEPARADOS JUDICIALMENTE, NEM SEPARADOS DE FATO HAVIA
MAIS DE DOIS ANOS SALVO, PROVA, NESSE CASO, DE QUE ESSA
CONVIVÊNCIA SE TORNARA IMPOSSÍVEL SEM CULPA DO SOBREVIVENTE,
ART. 1.830 CC;
➢ O CÔNJUGE, SENDO HERDEIRO NECESSÁRIO, NÃO PODE SER EXCLUÍDO
AS SUCESSÃO POR TESTAMENTO DEIXADO PELO DE CUJUS, ART. 1.850
CC;
➢NO REGIME DA SEPARAÇÃO LEGAL DE BENS, COMUNICAM-SE OS ADQUIRIDOS
NA CONSTÂNCIA DO CASAMENTO, CONFORME SÚMULA 377 STJ;
Entendimento não pacífico até o momento, necessário a análise de cada caso em
específico.
A discussão ocorre porque para alguns a súmula instiga o enriquecimento ilícito em
decorrência da comunicação dos bens adquiridos na constância do casamento, sem,
contudo, fazer qualquer ressalva quanto a bens adquiridos por esforço comum, deste
modo não necessitaria prová-lo. E assim sendo sua aplicação seria automática
independente da situação, aproximando-o ao regime parcial de bens.
Nesse contexto me posiciono a favor da aplicabilidade da súmula não de forma
automática, mais sim diante de uma análise casuística, porque embora a intenção dela seja
contemplar casos maiores como àqueles que embora possuam idade superior tem total
consciência dos seus atos, não tendo, entretanto, a alternativa quanto ao regime. Há
outros que realmente necessitam da ressalva da comprovação de esforço comum para a
proteção do patrimônio daquela parte realmente “incapaz”.
1- A LEGÍTIMA NA SUCESSÃO: NECESSIDADE DE REVISÃO?
CRÍTICAS À LEGÍTIMA BRASILEIRA:
1. NEUTRALIDADE
2. INSEGURANÇA JURÍDICA DEVIDO À INTERPRETAÇÕES
SISTEMÁTICAS
• algumas jurisprudências afastam o cônjuge casado pelo regime da
separação total convencional de bens da sucessão, sob a alegação de
que, ao eleger o regime de separação de bens, não pretendiam os
nubentes instituírem-se herdeiros recíprocos, mas, ao contrário,
pretendiam exatamente uma total separação patrimonial.
• a lei prevê exatamente o oposto
• oposição ao princípio presente no art. 426 do código civil, que veda
que a herança de pessoa viva seja objeto de contrato.
1- A LEGÍTIMA NA SUCESSÃO: NECESSIDADE DE REVISÃO?
CRÍTICAS À LEGÍTIMA BRASILEIRA:
3. Ainda quanto ao cônjuge, é possível encontrar na jurisprudência decisões que,
também ao contrário do texto da lei, afastam o direito real de habitação previsto no
art. 1.831 do Código Civil quando o cônjuge sobrevivente já é detentor de imóvel que
lhe garante a moradia, demonstrando a preocupação de a tutela sucessória imiscuir-se
nas especificidades daquele que é agraciado com a herança do falecido, em crítica ao
dispositivo referido que acabaria, em certos casos, protegendo excessivamente o
cônjuge em detrimento dos descendentes ou dos ascendentes.
1- A LEGÍTIMA NA SUCESSÃO: NECESSIDADE DE REVISÃO?
CRÍTICAS À LEGÍTIMA BRASILEIRA:
4. CRÍTICA À IMPOSIÇÃO DE UMA LEGÍTIMA PARA CERTOS PARENTES, demonstrando um
reclame por uma ampliação da liberdade de testar e por uma revisão da posição neutra
do Direito Sucessório em relação às singularidades dos chamados à sucessão.
5. A proteção à família extraída da legislação sucessória está realmente em consonância
com a proteção da família fundada na pessoa de cada um de seus membros, como
determina o mandamento constitucional fundado na dignidade da pessoa humana?
A LEGISLAÇÃO SUCESSÓRIA PRECISA SE ENCAIXAR NA CONFIGURAÇÃO
DA FAMÍLIA ATUAL, QUE É PLURAL, IGUALITÁRIA E DEMOCRÁTICA, COM
ATENÇÃO VOLTADA AOS VULNERÁVEIS, EM ESPECIAL ÀS CRIANÇAS, AOS
INCAPAZES E AOS IDOSOS.
IV- COLATERAIS
➢ FIGURAM EM QUARTO LUGAR NA ORDEM DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA E
SERÃO CHAMADOS A SUCEDER SE NÃO HOUVER CÔNJUGE
SOBREVIVENTE, ART. 1.839 CC;
➢ SE HOUVER COMPANHEIRO, CONCORRERÃO COM ELE, CABENDO
ÀQUELE EM TERÇO DA HERANÇA, ART. 1.790, III CC; CUIDADO!
INCONSTITUCIONAL!!!
➢ ENTRE OS COLATERAIS, OS MAIS PRÓXIMOS EXCLUEM OS MAIS
REMOTOS, SALVO O DIREITO DE REPRESENTAÇÃO CONCEDIDO AOS
FILHOS DE IRMÃOS, ART. 1.840 CC.
➢ MUNICÍPIO, DISTRITO FEDERAL E UNIÃO
➢ NÃO SOBREVINDO CÔNJUGE, OU COMPANHEIRO, NEM PARENTE
ALGUM SUCESSÍVEL, OU TENDO ELE RENUNCIADO À HERANÇA, ESTA
SE DEVOLVE AO MUNICÍPIO OU AO DISTRITO FEDERAL QUANDO
LOCALIZADOS NA RESPECTIVA CIRCUNSCRIÇÃO, OU, À UNIÃO,
QUANDO SITUADA EM TERRITÓRIO FEDERAL, ART. 1.844 CC;
➢ O PODER PÚBLICO NÃO É HERDEIRO, NÃO LHE SENDO, POR ISSO,
RECONHECIDO O DIREITO DE SAISINE, POIS ELE APENAS RECOLHE NA
FALTA DE HERDEIROS;
➢ NÃO HAVENDO HERDEIROS, A HERANÇA TORNA-SE JACENTE,
TRANSFORMANDO-SE POSTERIORMENTE EM VACANTE, PASSANDO ENTÃO OS
BENS AO DOMÍNIO PÚBLICO, ART. 1.822 CC / ART. 738 E SEGUINTES.
OBRIGADA PELA ATENÇÃO 
MÓDULO V
HERANÇA JACENTE E VACANTE. PETIÇÃO DE 
HERANÇA.
Prof. Dra. Isabella Paranaguá.
@paranaguaadvocacia
https://abre.ai/cvlattesprofisabella
➢ HERANÇA JACENTE
➢ OCORRE NO MOMENTO EM QUE A SUCESSÃO SE ABRE E NÃO HÁ
CONHECIMENTO DA EXISTÊNCIA DE ALGUM HERDEIRO, NÃO TENDO O
DE CUJUS DEIXADO TESTAMENTO. (ART. 1.819,CC)
➢ NATUREZA JURÍDICA
➢ NÃO TEM PERSONALIDADE JURÍDICA, CONSISTINDO NUM ACERVO DE BENS,
ADMINISTRADO POR UMCURADOR, SOB FISCALIZAÇÃO DA AUTORIDADE
JUDICIÁRIA, ATÉ A HABILITAÇÃO DOS HERDEIROS.
➢ TODAVIA, É RECONHECIDA LEGITIMAÇÃO ATIVA E PASSIVA PARA COMPARECER
EM JUÍZO
CERTOS GRUPOS DESPERSONALIZADOS (ART. 75,VI NCPC).
CREDORES DO FALECIDO
Art. 1821, CC: É ASSEGURADO AOS CREDORES O DIREITO DE PEDIR O PAGAMENTO DAS
DÍVIDAS RECONHECIDAS, NOS LIMITES DAS FORÇAS DA HERANÇA.
DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS ENTRE HERANÇA 
JACENTE E ESPÓLIO
HERANÇA JACENTE ESPÓLIO
AUSÊNCIA DE PERSONALIDADE AUSÊNCIA DE PERSONALIDADE
a) NÃO HÁ HERDEIRO CERTO OU DETERMINADO, OU
b) NÃO SE SABE A EXISTÊNCIA DELE OU
c) QUANDO A HERANÇA É REPUDIADA
➢OBS IMPORTANTE: REPÚDIO DESDE LOGO POR
PARTE DE TODOS OS HERDEIROS: HERANÇA
VACANTE DESDE LOGO. (ART. 1.823,CC LER)
OS HERDEIROS LEGÍTIMOS E TESTAMENTÁRIOS SÃO
CONHECIDOS.
SUCESSÃO SEM DONO ATUAL. É O ESTADO DA 
HERANÇA QUE NÃO SE SABE SE SERÁ ADIDA OU 
REPUDIADA
OBS: ESTADO TRANSITÓRIO E LIMITADO POR 
NATUREZA 
COMPREENDE OS BENS DEIXADOS PELO DE CUJUS DESDE A
ABERTURA DA SUCESSÃO ATÉ A PARTILHA
❖ HIPÓTESES DE JACÊNCIA
❖ SEM TESTAMENTO
a. INEXISTÊNCIA DE HERDEIROS CONHECIDOS (CÔNJUGE OU COMPANHEIRO, DESC.,
ASC. E COLATERAL SUCESSÍVEL, NOTORIAMENTE CONHECIDOS).
b. RENÚNCIA DA HERANÇA.
❖ COM TESTAMENTO
a. HERDEIRO INSTITUÍDO OU TESTAMENTEIRO NÃO ACEITA A HERANÇA + FALECIDO NÃO
DEIXA HERDEIROS DA CLASSE NEM COMPANHEIRO OU CÔNJUGE, HIPÓTESE EM QUE A
HERANÇA SERÁ ADM. POR UM CURADOR.
➢ OUTRA HIPÓTESE:
➢ NASCIMENTO DE UM HERDEIRO- HERANÇA JACENTE- NASCIMENTO COM VIDA.
➢ ARRECADAÇÃO
➢ NÃO HAVENDO HERDEIRO APARENTE, O JUIZ PROMOVE A ARRECADAÇÃO DOS BENS,
PARA PRESERVAR O ACERVO E ENTREGÁ-LO AOS HERDEIROS QUE SE APRESENTEM
OU AO PODER PÚBLICO, CASO A HERANÇA SEJA DECLARADA VACANTE. ENQUANTO
ISSO, PERMANECERÁ SOB A GUARDA DE UM CURADOR NOMEADO PELO MAGISTRADO.
SERÃO AINDA PUBLICADOS EDITAIS PARA QUE VENHAM A HABILITAR-SE OS
SUCESSORES (ART. 738 E SEGUINTES NCPC).
➢ HERANÇA VACANTE
➢ SERÃO DECLARADOS VACANTES OS BENS DA HERANÇA JACENTE SE,
PRATICADAS TODAS AS DILIGÊNCIAS, NÃO APARECEREM HERDEIROS (ART.
1.820 CC).
PASSO A PASSO DA ANÁLISE
PUBLICAÇÃO POR EDITAL
– SERÃO PUBLICADOS EDITAIS, COM O PRAZO DE SEIS MESES, CONTADOS DA PRIMEIRA
PUBLICAÇÃO, REPRODUZIDOS TRÊS VEZES, COM O INTERVALO DE TRINTA DIAS, PARA QUE
VENHAM A HABILITAR-SE OS SUCESSORES (ART. 741/NCPC).
– PASSADO UM ANO DA PRIMEIRA PUBLICAÇÃO E NÃO HAVENDO HERDEIRO HABILITADO NEM
HABILITAÇÃO PENDENTE, A HERANÇA SERÁ CONSIDERADA VACANTE (ART. 743, NCPC; ART.
1820, CC).
– POSSÍVEL SENTENÇA DECLARATÓRIA DE VACÂNCIA- INCORPORAÇÃO DOS BENS AO
PATRIMÔNIO DO PODER PÚBLICO.
– ESTADO DEFINITIVO.
EFEITOS DA DECLARAÇÃO DE VACÂNCIA
➢ REGRA: TAL DECLARAÇÃO NÃO PREJUDICARÁ OS HERDEIROS QUE LEGALMENTE SE HABILITAREM, MAS,
DECORRIDOS CINCO ANOS DA SUCESSÃO, OS BENS ARRECADADOS PASSARÃO AO DOMÍNIO DO MUNICÍPIO
OU DO DISTRITO FEDERAL, SE LOCALIZADOS NAS RESPECTIVAS CIRCUNSCRIÇÕES, INCORPORANDO-SE AO
DOMÍNIO DA UNIÃO QUANDO SITUADOS EM TERRITÓRIO FEDERAL (ART. 1.822 CC).
➢ EXCEÇÃO: FICARÃO EXCLUÍDOS DA SUCESSÃO OS COLATERAIS QUE NÃO SE HABILITAREM ATÉ A
DECLARAÇÃO DE VACÂNCIA, CONFORME O P. ÚNICO DO ART. 1.822 CC.
➢ MEIO DE RECLAMAR: AÇÃO DIRETA- ORDINÁRIA DE PETIÇÃO DE HERANÇA (ART. 743, P.2,
NCPC)
➢ USUCAPIÃO DA HERANÇA JACENTE ATÉ QUE SEJA DECLARADA A VACÂNCIA (STJ)
➢ BENS VACANTES E BENS VAGOS SÃO DISTINTOS. VAGOS SÃO OS BENS QUE
CONSTITUEM COISA ALHEIA PERDID, QUE DEVE SER DEVOLVIDA AO DONO POR QUEM
ENCONTRAR.
JURISPRUDÊNCIA
Processo :CCP 20150020274487
Orgão Julgador: 2ª Câmara Cível
Publicação: Publicado no DJE : 18/12/2015 . Pág.: 94
Julgamento: 14 de Dezembro de 2015
Relator: SÉRGIO ROCHA
Ementa
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA –AÇÃO DE USUCAPIÃO –IMÓVEL OBJETO DE HERANÇA VACANTE –
TRANSFERÊNCIA AO PATRIMÔNIO PÚBLICO –COMPETÊNCIA –VARA DE FAZENDA PÚBLICA.
1. Proferida sentença na qual a herança da proprietária do imóvel usucapiendo foi declarada vacante, o bem transfere-se
ao patrimônio público (CPC 1.143), sendo competente para a ação de usucapião a Vara de Fazenda Pública.
2. Conheceu-se do conflito negativo de competência, para declarar competente o Juízo Suscitado, da 5ª Vara da Fazenda
Pública do Distrito Federal.
Acordão
JULGADO PROCEDENTE. DECLARADO COMPETENTE O JUÍZO SUSCITADO. UNÂNIME
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
RELEMBRE: PRINCÍPIO DA SAISINE
• MARIA BERENICE DIAS INFORMA QUE A “PEDRA DE TOQUE DO DIREITO SUCESSÓRIO É O CHAMADO
PRINCÍPIO DE SAISINE, QUE TEVE ORIGEM NA FRANÇA, COMO OPOSIÇÃO AO REGIME QUE VIGORAVA À
ÉPOCA DO FEUDALISMO. COM O FALECIMENTO DO SERVO, O SENHOR FEUDAL ASSUMIA O DIREITO À
HERANÇA E O HERDEIRO SÓ A RECUPERAVA MEDIANTE O PAGAMENTO DE PESADOS IMPOSTOS. DAÍ A
TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA DO PATRIMÔNIO AOS HERDEIROS, FICÇÃO PARA DRIBLAR A TRIBUTAÇÃO”.
• O DIREITO DE SAISINE NADA MAIS REPRESENTA QUE UMA FICÇÃO JURÍDICA, QUE TEM A POTENCIALIDADE
DE TRANSFERIR O ACERVO PATRIMONIAL DO FALECIDO A SEUS SUCESSORES, INDEPENDENTE DE
QUALQUER FORMALIDADE LEGAL. O PRINCÍPIO DE SAISINE, PALAVRA DE ORIGEM FRANCESA QUE
SIGNIFICA AGARRAR, PRENDER, APODERAR-SE.
• POR ESSE PRINCÍPIO, DESDE A ABERTURA DA SUCESSÃO PERTENCE A HERANÇA AO HERDEIRO (ART. 1784,
CC)
• PETITIO HEREDITATIS
PETIÇÃO DA HERANÇA
➢ É A AÇÃO QUE COMPETE AO SUCESSOR PRETERIDO, PARA O FIM DE
SER RECONHECIDO O SEU DIREITO SUCESSÓRIO E OBTER, EM
CONSEQUÊNCIA, A RESTITUIÇÃO DA HERANÇA, NO TODO OU EM
PARTE, DE QUEM A POSSUA, NA QUALIDADE DE HERDEIRO, OU MESMO
SEM TÍTULO.
➢ A PETIÇÃO DE HERANÇA É O MEIO DE O HERDEIRO EXCLUÍDO DO
INVENTÁRIO E PARTILHA OBTER A RESTITUIÇÃO DA HERANÇA.
• Art. 1.824, CC/02:
• “O herdeiro pode, em ação de petição de herança, demandar o reconhecimento de seu direito
sucessório, para obter a restituição da herança, ou de parte dela, contra quem, na qualidade
de herdeiro, ou mesmo sem título, a possua”.
• Proteção: princípio da “saisine”
– desde a abertura da sucessão a herança pertence ao herdeiro, conforme dispõe o art.
1.784 do CC.
– [...] um sujeito que detém o direito sucessório, como herdeiro legítimo ou legatária,
mas, que por razões diversas, não se valeu desta qualidade, tem assistido o direito de
buscar seu quinhão da herança [...] (FREITAS, Douglas Phillips. Curso de Direito das
Sucessões. Florianópolis: VOXLEGEM, 2007. p 107).
PROCEDIMENTO DO HERDEIRO ESQUECIDO/PRETERIDO
NCPC, 628: PROÍBE A REABERTURA DO PROCEDIMENTO DE INVENTÁRIO JÁ ENCERRADO, PARA QUE SE
EXAMINE A HABILITAÇÃO DO HERDEIRO PRETERIDO
ATÉ A PARTILHA, QUALQUER INTERESSADO TEM LEGITIMAÇÃO PARA REQUERER O SEU INGRESSO NO
INVENTÁRIO
OU SEJA, A SIMPLES OMISSÃO DO NOME DE HERDEIRO NAS PRIMEIRAS DEC. NÃO ENSEJA AÇÃO DE
PETIÇÃO DE HERANÇA, POIS ATÉ A PARTILHA O HERDEIRO PRETERIDO TEM PARA INGRESSAR NO
INVENTÁRIO.
NESTE CASO O JUIZ OUVIRÁ AS PARTES EM 15 DIAS E DECIDIRÁ
SE NÃO ACOLHER O PEDIDO REMETERÁ O REQUERENTE PARA OS MEIOS ORDINÁRIOS (SOMENTE
ATRAVÉS DE PETIÇÃO DE HERANÇA, É QUE PODERIA ALGUÉM PRETENDER SUA PARTE NO PATRIMÔNIO
HEREDITÁRIO).
O JUIZ MANDA RESERVAR, EM PODER DO INVENTARIANTE O QUINHÃO DO HERDEIRO EXCLUÍDO ATÉ QUE
SE DECIDA O LITÍGIO.
➢ LEGITIMIDADE ATIVA
➢ É PARTE LEGÍTIMA QUEM SE INTITULA HERDEIRO E REIVINDICA ESSE TÍTULO, COM O
OBJETIVO DE OBTER A RESTITUIÇÃO DA HERANÇA, NO TODO OU EM PARTE.
➢ LEGITIMIDADE PASSIVA
➢ RÉU NESSA AÇÃO É A PESSOA QUE ESTÁ NA POSSE DA HERANÇA, COMO SE FOSSE
HERDEIRO, APARENTANDO A QUALIDADE E ASSUMINDO A POSIÇÃO DE HERDEIRO, SEM
QUE, VERDADEIRAMENTE, HERDEIRO SEJA, OU O QUE TIVER A POSSE DE BENS
HEREDITÁRIOS SEM TÍTULO ALGUM QUE JUSTIFIQUE.
➢ HIPÓTESES
➢ VERDADEIRO SUCESSOR PRETERIDO (NÃO CONHECIDO, NÃO ENCONTROU TESTAMENTO
OU FOI ANULADO OU FILHO NÃO RECONHECIDO)
➢ ALGUÉM SE APOSSOU ILEGALMENTE DA HERANÇA OU PARTE DELA
➢ RECOLHIMENTO POR PARENTES MAIS AFASTADOS, EXISTINDO O MAIS PRÓXIMO
➢ DISTRIBUIÇÃO DA HERANÇA AOS LEGÍTIMOS, MAS APARECE TESTAMENTO EM QUE OUTRA
PESSOA É NOMEADA HERDEIRA
➢ QUANDO FILHO NÃO RECONHECIDO ENTRA COM AÇÃO DE INV. PAT. C/C PET. HERANÇA.