Prévia do material em texto
Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital Autor: Alexandre Herculano Aula 01 18 de Agosto de 2021 07221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino Sumário 1 - Enfrentamento do crime organizado e da corrupção policial. .................................................................. 2 1.1 Introdução ........................................................................................................................................... 2 1.2 Enfrentamento do crime organizado .................................................................................................. 3 1.3 Enfrentamento da corrupção policial ................................................................................................ 24 Lista de Questões ....................................................................................................................................... 26 Gabarito ..................................................................................................................................................... 30 Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino 1 - ENFRENTAMENTO DO CRIME ORGANIZADO E DA CORRUPÇÃO POLICIAL. 1.1 Introdução Segundo Valter Fernandes, em seu livro Criminologia Integrada, o crime organizado surgiu na região da Sicília, na Itália com a denominação "máfia". Nos Estados Unidos a Máfia é também conhecida como "Sindicato do Crime". Existem inúmeras organizações criminosas espalhadas pelo mundo, mas nenhuma com o poderio e a influência da Máfia através dos seus grupos italiano e norte-americano. Na China, por exemplo, as Tríades existiam secretamente desde o século I d.C para combater o despotismo monárquico. No século XVIII as Tríades se opuseram energicamente à dinastia Manchu. Hoje estão inteiramente voltadas para o comércio de drogas e para exploração do lenocínio. A Yakuza, ou "máfia japonesa", diferentemente das primeiras máfias aqui citadas, tem escritórios disseminados por todo o Japão, mostrando ostensivamente o emblema da organização à estrada dos prédios. No Brasil, por volta de 1916, surgiu a primeira organização criminosa, ficando conhecida como cangaço. Soares cita que os cangaceiros, ou seja, bandidos ou bandoleiros do sertão nordestino, tinham como lema “tira dos ricos pra dá pros pobres”. O bando que era chefiado por Virgulino Ferreira da Silva, com cognome de “Lampião”, “Sinhô”, travou por vários anos combates contra a Coluna Invicta (Marcha Rebelde), liderada por Luis Carlos Prestes, no período de 1924-1926. Em “28 de julho de 1938, levada por um delator, a força policial cercou o bando de Lampião, em Angico, no sertão de Alagoas, liquidando-o. O chefe foi degolado e sua cabeça exposta em um museu na Bahia”, para estudos segundo Soares. O jogo do bicho surgiu no final do século XIX, através do Barão de Drummond, com princípio de revitalizar o zoológico que mantinha em sua propriedade na Vila Isabel, no Rio de Janeiro, dando a 25 animais que viviam no local, quatro números que formavam as dezenas de 00 a 99. Segundo a mesma autora, em 03 de outubro de 1941 a lei proibiu a realização de jogos de azar. Passado mais de um século de sua criação, a estrutura do jogo continua a mesma e nunca deixou de ser praticado. Apesar de tantas provas contra o bicheiro, ele nunca foi preso por ligação ao jogo do bicho. Em 24/09/2004 Noal foi preso pela Polícia Federal, onde era acusado de crimes contra a ordem tributária. Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino Segundo Porto, em meados de 1980 nasceu a segunda maior facção criminosa do Brasil, “A Falange vermelha”, mais conhecida como Comando Vermelho- CV, no presídio de Ilha Grande, em Angra dos Reis, no Estado do Rio de Janeiro. Conhecido como “caldeirão do Diabo”, os presos políticos da ditadura militar, transmitiram os seus discursos e técnicas de guerrilhas aos demais detentos. A mais famosa e temida organização criminosa do Brasil na atualidade é denominada PCC – Primeiro Comando da Capital. Ficou conhecida como PCC quando José Márcio Felício, vulgo “Geleião”, e Cezar Augusto Roriz da Silva, “cesinha”, fundadores da organização, após autorização da direção do presídio de Taubaté, para fazer um campeonato de futebol entre os “caipiras” e os detentos da “capital”, que cercado de rivalidade degenerou uma briga sangrenta, onde Geleião teria destroncado a cabeça de um adversário, matando-o, e a confusão seguiu até a morte de outro adversário. Já as milícias são grupos formados, na maioria das vezes, por agentes do Estado, da área da segurança pública ou militares, que controlam comunidades por meio de extorsão e violências. Estes grupos parapoliciais atuam com o respaldo de políticos e lideranças comunitárias locais. Começaram a ser notadas no Estado do Rio de Janeiro a partir da década de 1970, controlando algumas comunidades da cidade. Um dos primeiros casos conhecidos é o da favela de Rio das Pedras, na região de Jacarepaguá, onde comerciantes locais se organizaram para pagar policiais para que não permitissem que a comunidade fosse tomada por traficantes ou outros tipos de criminosos. Durante as oitivas realizadas pela CPI das Milícias, ao longo dos meses de junho a novembro de 2008, estudiosos, profissionais de segurança, Delegados e membros do Ministério Público não foram unânimes quanto a uma definição do termo. Embora não exista um consenso sobre o conceito deste fenômeno criminológico, todas as milícias possuem as seguintes características: ✓ Controle de um território e da população que nele habita por parte de um grupo armado irregular; ✓ O caráter coativo desse controle; ✓ O ânimo de lucro individual como motivação central; ✓ Um discurso de legitimação referido à proteção dos moradores e à instauração de uma ordem; ✓ A participação ativa e reconhecida dos agentes do Estado. 1.2 Enfrentamento do crime organizado Falando, agora, sobra as ações atuais de combate ao crime organizado, é preciso saber que, em 2019 tivemos o chamado “pacote anticrime” que veio reforçando a lei 12.850/13, lei que foi publicada em 2013 com o intuito punir os envolvidos com organizações criminosas. Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino Vamos começar o estudo da lei e ver quais são as ações de combate, mas antes é preciso entender um dos pontos mais importantes neste início, que são as principais diferenças entre associação criminosa, organização criminosa e associação para o tráfico. Vejamos a tabela abaixo: Associação criminosa Organização criminosa Associação tráfico Associação criminosa no mínimo três pessoas Associação criminosa, no mínimo, de quatro pessoas Associação criminosa, no mínimo, de duas pessoas Prática de crimes independente da pena Prática de infrações penas superiores a 4 anos ou de caráter transnacional Praticar tráfico de drogas Não exige divisão de tarefas Organização estruturalmente ordenada/há divisão de tarefas Não exige divisão de tarefas Exige o especial fim de agir de cometer crimes Fim de agir direta ou indiretamente qualquer vantagem Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado. § 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente,vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. § 2º Esta Lei se aplica também: I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção internacional quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; II - às organizações terroristas, entendidas como aquelas voltadas para a prática dos atos de terrorismo legalmente definidos. Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino Segundo o artigo primeiro, esta Lei "define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado". Diante disso, já podemos perceber que a referida Lei possui esses objetivos acima, que são cinco. O conceito legal de organização criminosa introduzido pelo art. 2° da Lei n° 12.694/12 teve uma pequena vida útil. Isso porque a Lei n° 12.850/13, que define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção de prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal, introduziu novo conceito de organizações criminosas no art. 1°, §1°. Assim, a Lei em questão traz o conceito de organização criminosa, que é a associação de quatro ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 anos, ou que sejam de caráter transnacional. Fiquem atentos nessa parte final, pois não é só para os crimes com penas máximas sejam superiores a 4 anos, ok? Pois se for um crime de caráter transnacional independe da pena. Comparando-se o conceito de organização criminosa constante do art. 2° da Lei n° 12.694/12 com a nova definição inserida no art. 1°, §1°, da Lei n° 12.850/13, a doutrina destaca três diferenças importantes: ✓ "Para a Lei no 12.694/12, eram necessárias pelo menos 3 (três) pessoas para a caracterização de uma organização criminosa; para a Lei n° 12.850/13, são necessárias 4 (quatro) ou mais pessoas, devendo o crime de associação criminosa constante da nova redação do art. 288 do CP ser utilizado como soldado de reserva na hipótese de restar caracterizada uma associação de 3 (três) ou mais pessoas para o fim específico de cometer crimes;" ✓ "Para a Lei do Juízo Colegiado, a associação devia ter como objetivo a obtenção de vantagem de qualquer natureza mediante a prática de crimes cuja pena máxima fosse igual ou superior a 4 (quatro) anos ou de caráter transnacional. Para a Lei n° 12.850/13, a obtenção de vantagem de qualquer natureza deve se dar mediante a prática de infrações penais (e não apenas crimes)8 com pena máxima superior (e não mais igual) a 4 (quatro) anos;" ✓ "Para a Lei n° 12.694/12, organização criminosa não era um tipo penal incriminador, já que sequer havia cominação de pena. Na verdade, era apenas uma forma de se praticar crimes que sujeitava o agente a certos gravames. Em sentido diverso, a Lei n° 12.850/13 passou a tipificar em seu art. 2°, caput, a conduta de promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa, cominando a este crime a pena de reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas." Esta Lei aplica também nas infrações penais previstas em tratado ou convenção internacional quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; e, contra as organizações terroristas internacionais, reconhecidas segundo as normas de direito Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino internacional, por foro do qual o Brasil faça parte, cujos atos de suporte ao terrorismo, bem como os atos preparatórios ou de execução de atos terroristas, ocorram ou possam ocorrer em território nacional. (CESPE - Delegado (PC MA)/2018) Constitui requisito para a tipificação do crime de organização criminosa a) a prática de crimes cuja pena máxima seja igual ou superior a cinco anos. b) a atuação de estrutura organizacional voltada à obtenção de vantagem exclusivamente econômica. c) a divisão de tarefas entre o grupo, mesmo que informalmente. d) a prática de crimes antecedentes exclusivamente transnacionais. e) a estruturação formal de grupo constituído por três ou mais pessoas. Comentários: A alternativa C é o gabarito da questão. É o que menciona a Lei nº 12.850/2013: Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado. §1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. Assim, constitui requisito para a tipificação do crime de organização criminosa a divisão de tarefas entre o grupo, mesmo que informalmente. (CESPE - Escrivão de Polícia (PC MA)/2018) Determinada conduta configurará organização criminosa somente se a) o objetivo exclusivo dos agentes for o de obter vantagem de natureza patrimonial. b) a associação for ordenada para a prática da infração, ainda que inexista a divisão de tarefas entre os agentes. c) os agentes cometerem infrações sujeitas a pena de reclusão. d) houver escalonamento hierárquico entre os agentes. e) estiverem associadas, no mínimo, três pessoas. Comentários: A alternativa D é o gabarito da questão. É o que diz a Lei nº 12.850/2013: Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado. §1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. Assim, deve ter uma estruturalmente ordenada, ou seja, houver escalonamento hierárquico entre os agentes. (CESPE - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) No que concerne à Lei n.º 12.850/2013, que trata de ações praticadas por organizações criminosas, julgue os itens. Segundo a lei que trata de organização criminosa, a caracterização de “grupo criminoso organizado” envolve a obtenção, direta ou indireta, de vantagem indevida mediante perpetração de contravenções penais. Comentários: A assertiva está ERRADA. A Lei em questão traz o conceito de organização criminosa, que é a associação de quatro ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais, aqui tanto crime quanto contravenção, cujas penas máximas sejam superiores a 4 anos, ou que sejam de caráter transnacional.(CESPE - TJ-SE - Analista Judiciário – Direito) Julgue os itens subsecutivos, acerca de crime e aplicação de penas. A lei conceitua organização criminosa como sendo a associação de quatro ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de natureza econômico-financeira, mediante a prática de qualquer crime cometido no país ou no estrangeiro. Comentários: A assertiva está ERRADA. A definição de organização criminosa está elencada no § 1º do art. 1º da Lei 12850/2013, vejamos: § 1o Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. (CESPE – TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Conhecimentos Gerais) Em relação ao disposto na Lei n.º 12.850/2013, que trata de crime organizado, julgue o item a seguir. Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino Nos termos dessa lei, organização criminosa é a associação de, no mínimo, quatro pessoas com estrutura ordenada e divisão de tarefas, com estabilidade e permanência. A ausência da estabilidade ou da permanência caracteriza o concurso eventual de agentes, dotado de natureza passageira. Comentários: A assertiva está CORRETA. Segundo o §1º, do art. 1º, da lei 12850/2013: “considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional”. Segundo a doutrina estabilidade e permanência são duas características específicas, próprias e identificadoras da associação criminosa. Assim, sua ausência caracteriza concurso eventual. (VUNESP - PCCE - Delegado de Polícia Civil de 1a Classe - adaptada) Sobre a Lei de Organizações Criminosas, Lei no 12.850/2013, julgue os itens. Pode ter por objeto a investigação de qualquer crime, desde que apenado com reclusão. Comentários: A assertiva está ERRADA. A Lei em questão traz o conceito de organização criminosa, que é a associação de quatro ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais, aqui tanto crime quanto contravenção, cujas penas máximas sejam superiores a 4 anos, ou que sejam de caráter transnacional. (2019 - IDIB - 2019 - Prefeitura de Petrolina - PE - Guarda Civil) De acordo com a Lei nº 12.850/2013, considera-se Organização Criminosa: A) A associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. B) A associação de 3 (três) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. C) A associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 8 (oito) anos, ou que sejam de caráter transnacional. D) A associação de 3 (três) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 8 (oito) anos, ou que sejam de caráter transnacional. E) A associação de pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 8 (oito) anos, ou que sejam de caráter transnacional. Comentários: A alternativa A é o gabarito da questão. Vejamos a literalidade do art. 1º: Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado. § 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa: Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas. § 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa. § 2º As penas aumentam-se até a metade se na atuação da organização criminosa houver emprego de arma de fogo. § 3º A pena é agravada para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organização criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução. § 4º A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços): I - se há participação de criança ou adolescente; II - se há concurso de funcionário público, valendo-se a organização criminosa dessa condição para a prática de infração penal; III - se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou em parte, ao exterior; Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino IV - se a organização criminosa mantém conexão com outras organizações criminosas independentes; V - se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da organização. § 5º Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá o juiz determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual. § 6º A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo, função, emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao cumprimento da pena. § 7º Se houver indícios de participação de policial nos crimes de que trata esta Lei, a Corregedoria de Polícia instaurará inquérito policial e comunicará ao Ministério Público, que designará membro para acompanhar o feito até a sua conclusão. § 8º As lideranças de organizações criminosas armadas ou quetenham armas à disposição deverão iniciar o cumprimento da pena em estabelecimentos penais de segurança máxima. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 9º O condenado expressamente em sentença por integrar organização criminosa ou por crime praticado por meio de organização criminosa não poderá progredir de regime de cumprimento de pena ou obter livramento condicional ou outros benefícios prisionais se houver elementos probatórios que indiquem a manutenção do vínculo associativo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) O art. 2º da Lei 12.850/13 já nos traz um crime, assim, são quatro as condutas incriminadas por este artigo, vejamos: ✓ promover - consiste em gerar, dar origem a algo, fomentar; ✓ constituir - formar, organizar, compor; ✓ financiar - significa sustentar os gastos, custear, bancar, prover o capital necessário para o desenvolvimento de determinada atividade; e ✓ integrar - tomar parte, juntar-se, completar. Quanto ao crime, cuida-se de tipo misto alternativo. Logo, mesmo que o agente pratique, em um mesmo contexto fático, mais de uma ação dessas, responderá por crime único. Entretanto, se tais condutas recaírem sobre organizações criminosas distintas, haverá concurso de crimes. Para a tipificação do crime do art. 2° da Lei n° 12.850/13, o agente deverá promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa. Lembrando que são três os requisitos fixados pelo art. 1°, §1°, da Lei n° 12.850/13, para o reconhecimento da organização criminosa: Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino ✓ Associação de quatro ou mais pessoas; ✓ Estrutura ordenada que se caracteriza pela divisão de tarefas, ainda que informalmente; ✓ Finalidade de obtenção de vantagem de qualquer natureza mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a quatro anos, ou de caráter transnacional. Por ilícito transnacional compreende-se aquele que transcende o território brasileiro, ou seja, que envolve águas ou solo ou espaço aéreo que vão além do território nacional, que abrange o solo, as águas internas e o espaço aéreo respectivo. Na hipótese de o crime ultrapassar os limites do território brasileiro, será considerado transnacional, ainda que não envolva diretamente qualquer outro país soberano. Lembrando que nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa, ok? A tese de que a investigação criminal descrita no art. 2º, § 1º, da Lei nº 12.850/2013 limita-se à fase do inquérito não foi aceita pelo STJ, já que as investigações podem ocorrer por toda a persecução criminal, que abarca tanto o inquérito policial quanto a ação penal deflagrada pelo recebimento da denúncia. Dessa forma, como o legislador não inseriu uma expressão estrita como “inquérito policial”, compreende-se ter conferido à investigação de infração penal o sentido de “persecução penal”, até porque carece de razoabilidade punir mais severamente a obstrução das investigações do inquérito do que a obstrução da ação penal. Quanto às majorantes, ou seja, os aumentos das penas, o art. 2°, §2°, da Lei n° 12.850/13, anuncia que "as penas aumentam-se até a metade se na atuação da organização criminosa houver emprego de arma de fogo". Diversamente da majorante do crime de roubo circunstanciado, em que a lei faz referência apenas ao emprego de arma a Lei das Organizações Criminosas deixa claro que a majorante sob comento deverá ser aplicada apenas quando houver o emprego de arma de fogo na atuação da organização criminosa. Nos mesmos moldes do que ocorre com o crime de roubo circunstanciado pelo emprego de arma, existe a necessidade de apreensão da arma de fogo, que está relacionada à realização do exame pericial, indispensável para aferir sua eficácia, comprovando a maior potencialidade lesiva da conduta do agente, de modo a autorizar a incidência da causa de aumento de pena do §2° do art. 2° da Lei n° 12.850/13. Entretanto, nas hipóteses em que a arma não for apreendida, inviabilizando a realização do exame pericial direto, é plenamente possível que sua ausência seja suprida pela prova testemunhal. Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino Seguindo, o art. 2°, §3°, da Lei n° 12850/13, menciona que a pena deve ser agravada para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organização criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução. As penas dos crimes do art. 2°, caput, e §1°, também devem ser aumentadas de 1/6 a 2/3 nas seguintes hipóteses: ✓ se há participação de criança ou adolescente; ✓ se há concurso de funcionário público, valendo-se a organização criminosa dessa condição para a prática de infração penal; ✓ se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou em parte, ao exterior; ✓ se a organização criminosa mantém conexão com outras organizações criminosas independentes; ✓ se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da organização: como a transnacionalidade é uma elementar do conceito de organização criminosa (Lei n° 12.850/13, art. 1°, §1°), revela-se inadmissível a aplicação desta majorante, sob pena de dupla valoração do mesmo fato em prejuízo do agente (bis in idem). Segundo a norma, se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá o juiz determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual. Lembrando que a condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo, função, emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de oito anos subsequentes ao cumprimento da pena. A lei menciona que se houver indícios de participação de policial nos crimes, os quais envolve organização criminosa, a Corregedoria de Polícia instaurará inquérito policial e comunicará ao Ministério Público, que designará membro para acompanhar o feito até a sua conclusão. E, para fecharmos esta parte, o “pacote anticrime” trouxe duas novidades para este artigo. São elas: - “As lideranças de organizações criminosas armadas ou que tenham armas à disposição deverão iniciar o cumprimento da pena em estabelecimentos penais de segurança máxima;” - “O condenado expressamente em sentença por integrar organização criminosa ou por crime praticado por meio de organização criminosa não poderá progredir de regime de cumprimento de pena ou obter livramento condicional ou outros benefícios prisionais se houver elementos probatórios que indiquem a manutenção do vínculo associativo.” No primeiro caso, em destaque acima, temos § 8º do art. 2º. Nesse, o legislador só não mencionou se o estabelecimento penal de segurança máxima é estadual ou federal. Outra coisa, fiquem atentos, pois há decisões do STF impedindo o juiz de aplicar o regime inicialmente fechado, pois fere o princípio da individualização da pena. Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino Já no segundo caso, temos § 9º do art. 2º. Aqui, segundo Guilherme de Sousa Nucci, trata-se de benefício condicionado, mas não há impedimento absoluto. Caso o preso continue a liderar, por algum modo, a organização criminosa, não há merecimento, que se trata de um critério subjetivo, para a progressão ou para o livramento condicional. (CESPE – TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Conhecimentos Gerais) Em relaçãoao disposto na Lei n.º 12.850/2013, que trata de crime organizado, julgue o item a seguir. Em razão de essa lei ser o que se denomina novatio legis incriminadora, sua aplicação restringe-se aos casos em que a prática dos crimes tenha se dado a partir da data de início de sua vigência, sob pena de violação ao princípio da irretroatividade da lei penal mais gravosa. Comentários: A assertiva está CORRETA. Questão tranquila! A norma trouxe um tipo penal novo, previsto em seu art. 2º. Este tipo penal não era previsto na Lei anterior, assim, por se tratar de uma norma inovadora, só poderá ser aplicada aos fatos praticados após sua vigência. (2019 - FCC - TJ-MA - Oficial de Justiça) Acerca do que dispõe a Lei de Organizações Criminosas (Lei n° 12.850/2013), A) a pena do crime de organização criminosa é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços), se houver participação de criança, adolescente ou idoso. B) a condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo, função, emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao cumprimento da pena. C) não há incremento de pena do crime de organização criminosa no caso de, na atuação da organização criminosa, tiver sido empregada arma de fogo. D) se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá o juiz determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, com prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual. E) considera-se organização criminosa a associação de 3 (três) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 3 (três) anos. Comentários: A alternativa B é o gabarito da questão. Trata-se do § 6º do art. 2º. Outra coisa, não esqueçam destas majorantes do art. 2º: Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino § 4º A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços): I - se há participação de criança ou adolescente; II - se há concurso de funcionário público, valendo-se a organização criminosa dessa condição para a prática de infração penal; III - se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou em parte, ao exterior; IV - se a organização criminosa mantém conexão com outras organizações criminosas independentes; V - se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da organização. (2019 - MPE-SP - Promotor de Justiça Substituto) A Lei n° 12.850, de 2 de agosto de 2013, dentre outras disposições, definiu organização criminosa e dispôs sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal. A seu respeito, é correto afirmar que A) tanto aquele que promove organização criminosa quanto o que, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa serão apenados com pena de reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas. B) por expressa disposição legal, não existirá organização criminosa típica voltada a obter vantagem, de qualquer natureza, mediante a prática de contravenções penais. C) se houver participação de criança ou adolescente na organização ou na associação criminosa, a pena será aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços). D) quando a medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual, se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá o juiz determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, sem remuneração. E) ao tratar da colaboração premiada, em seu artigo 4°, a lei restringe expressamente a concessão do perdão judicial à hipótese da localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada. Comentários: A alternativa A é o gabarito da questão. Na letra B, o art. 1º, §1º, da Lei n. 12.850/2013, ao definir organização criminosa, elenca, como um dos requisitos, a obtenção de vantagens de qualquer natureza mediante a prática de infrações penais – não distinguindo, portanto, crimes ou contravenções. Assim, escorreita a afirmação de que a organização criminosa pode ter por objeto prática de contravenções. Na letra C, a banca fala em Associação, errada. Na letra D, o afastamento cautelar, justamente por sua natureza cautelar, não acarreta a suspensão da remuneração do servidor. Na letra E, o perdão judicial poderá ser concedido desde que da delação sejam alcançados um ou mais dos cinco objetivos elencados pela própria lei. Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino Art. 3º Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em lei, os seguintes meios de obtenção da prova: I - colaboração premiada; II - captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos; III - ação controlada; IV - acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes de bancos de dados públicos ou privados e a informações eleitorais ou comerciais; V - interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas, nos termos da legislação específica; VI - afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos termos da legislação específica; VII - infiltração, por policiais, em atividade de investigação, na forma do art. 11; VIII - cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na busca de provas e informações de interesse da investigação ou da instrução criminal. § 1º Havendo necessidade justificada de manter sigilo sobre a capacidade investigatória, poderá ser dispensada licitação para contratação de serviços técnicos especializados, aquisição ou locação de equipamentos destinados à polícia judiciária para o rastreamento e obtenção de provas previstas nos incisos II e V. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) § 2º No caso do § 1º, fica dispensada a publicação de que trata o parágrafo único do art. 61 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, devendo ser comunicado o órgão de controle interno da realização da contratação. Seguindo, outro ponto importante são as “investigações e os meios de provas”. Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em lei, os seguintes meios de obtenção da prova: ✓ colaboração premiada; ✓ captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos; ✓ ação controlada; ✓ acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes de bancos de dados públicos ou privados e a informações eleitorais ou comerciais; ✓ interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas, nos termos da legislação específica; ✓ afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos termos da legislação específica; ✓ infiltração, por policiais, em atividade de investigação; ✓ cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na busca de provas e informações de interesse da investigação ou da instrução criminal. Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino A Lei no 12.850/13 autoriza expressamente, portanto, a interceptação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos. A expressão captar deve ser compreendida como o ato de tomar conhecimento do conteúdode comunicação alheia. É da essência da captação a participação de um terceiro, que passa a ter ciência do conteúdo de uma comunicação entre duas ou mais pessoas, geralmente sem o conhecimento dos interlocutores. Não se deve confundir interceptação com escuta, nem tampouco com gravação ambiental. A interceptação ocorre sem o conhecimento dos interlocutores, ou seja, nenhum deles tem consciência de que o conteúdo da comunicação está sendo captado por um terceiro; na escuta, um dos interlocutores tem conhecimento da ingerência de um terceiro na comunicação; a gravação é a captação feita diretamente por um dos comunicadores, sem a interveniência de um terceiro. Prestem atenção, a maioria de vocês deve saber que as licitações, para terem efeito, têm que se dar a publicidade. Todavia, havendo necessidade justificada de manter sigilo sobre a capacidade investigatória, poderá ser dispensada licitação para contratação de serviços técnicos especializados, aquisição ou locação de equipamentos destinados à polícia judiciária para o rastreamento e obtenção de provas por meio da captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos; e, a interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas. Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos seguintes resultados: I - a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; II - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; III - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; V - a localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada. § 1º Em qualquer caso, a concessão do benefício levará em conta a personalidade do colaborador, a natureza, as circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do fato criminoso e a eficácia da colaboração. § 2º Considerando a relevância da colaboração prestada, o Ministério Público, a qualquer tempo, e o delegado de polícia, nos autos do inquérito policial, com a manifestação do Ministério Público, poderão requerer ou representar ao juiz pela concessão de perdão judicial ao colaborador, ainda que esse benefício não tenha sido previsto na proposta inicial, aplicando-se, no que couber, o art. 28 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal). Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino § 3º O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao colaborador, poderá ser suspenso por até 6 (seis) meses, prorrogáveis por igual período, até que sejam cumpridas as medidas de colaboração, suspendendo-se o respectivo prazo prescricional. § 4º Nas mesmas hipóteses do caput deste artigo, o Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia se a proposta de acordo de colaboração referir-se à infração de cuja existência não tenha prévio conhecimento e o colaborador: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) I - não for o líder da organização criminosa; II - for o primeiro a prestar efetiva colaboração nos termos deste artigo. § 4º-A. Considera-se existente o conhecimento prévio da infração quando o Ministério Público ou a autoridade policial competente tenha instaurado inquérito ou procedimento investigatório para apuração dos fatos apresentados pelo colaborador. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 5º Se a colaboração for posterior à sentença, a pena poderá ser reduzida até a metade ou será admitida a progressão de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos. § 6º O juiz não participará das negociações realizadas entre as partes para a formalização do acordo de colaboração, que ocorrerá entre o delegado de polícia, o investigado e o defensor, com a manifestação do Ministério Público, ou, conforme o caso, entre o Ministério Público e o investigado ou acusado e seu defensor. § 7º Realizado o acordo na forma do § 6º deste artigo, serão remetidos ao juiz, para análise, o respectivo termo, as declarações do colaborador e cópia da investigação, devendo o juiz ouvir sigilosamente o colaborador, acompanhado de seu defensor, oportunidade em que analisará os seguintes aspectos na homologação: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) I - regularidade e legalidade; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) II - adequação dos benefícios pactuados àqueles previstos no caput e nos §§ 4º e 5º deste artigo, sendo nulas as cláusulas que violem o critério de definição do regime inicial de cumprimento de pena do art. 33 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), as regras de cada um dos regimes previstos no Código Penal e na Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal) e os requisitos de progressão de regime não abrangidos pelo § 5º deste artigo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) III - adequação dos resultados da colaboração aos resultados mínimos exigidos nos incisos I, II, III, IV e V do caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) IV - voluntariedade da manifestação de vontade, especialmente nos casos em que o colaborador está ou esteve sob efeito de medidas cautelares. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 7º-A O juiz ou o tribunal deve proceder à análise fundamentada do mérito da denúncia, do perdão judicial e das primeiras etapas de aplicação da pena, nos termos do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) e do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), antes de conceder os benefícios pactuados, exceto quando o acordo prever o não Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino oferecimento da denúncia na forma dos §§ 4º e 4º-A deste artigo ou já tiver sido proferida sentença. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 7º-B. São nulas de pleno direito as previsões de renúncia ao direito de impugnar a decisão homologatória. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 8º O juiz poderá recusar a homologação da proposta que não atender aos requisitos legais, devolvendo-a às partes para as adequações necessárias. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) § 9º Depois de homologado o acordo, o colaborador poderá, sempre acompanhado pelo seu defensor, ser ouvido pelo membro do Ministério Público ou pelo delegado de polícia responsável pelas investigações. § 10. As partes podem retratar-se da proposta, caso em que as provas autoincriminatórias produzidas pelo colaborador não poderão ser utilizadas exclusivamente em seu desfavor. § 10-A Em todas as fases do processo, deve-se garantir ao réu delatado a oportunidade de manifestar-se após o decurso do prazo concedido ao réu que o delatou. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 11. A sentença apreciará os termos do acordo homologado e sua eficácia. § 12. Ainda que beneficiado por perdão judicial ou não denunciado, o colaborador poderá ser ouvido em juízo a requerimento das partes ou por iniciativa da autoridade judicial. § 13. O registro das tratativas e dos atos de colaboração deverá ser feito pelos meios ou recursos de gravação magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinados a obter maior fidelidade das informações, garantindo-se a disponibilização de cópia do material ao colaborador. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)§ 14. Nos depoimentos que prestar, o colaborador renunciará, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio e estará sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade. § 15. Em todos os atos de negociação, confirmação e execução da colaboração, o colaborador deverá estar assistido por defensor. § 16. Nenhuma das seguintes medidas será decretada ou proferida com fundamento apenas nas declarações do colaborador: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) I - medidas cautelares reais ou pessoais; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) II - recebimento de denúncia ou queixa-crime; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) III - sentença condenatória. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 17. O acordo homologado poderá ser rescindido em caso de omissão dolosa sobre os fatos objeto da colaboração. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino § 18. O acordo de colaboração premiada pressupõe que o colaborador cesse o envolvimento em conduta ilícita relacionada ao objeto da colaboração, sob pena de rescisão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Aqui vamos começar a falar da Colaboração Premiada. Tópico bem cobrado no concurso. Muitos já ouviram falar de “delação premiada”. Seria a mesma coisa? Vejamos um quadro comparativo: Colaboração Premiada Delação Premiada Trata-se de um mecanismo previsto na legislação por meio do qual o investigado ou acusado de uma infração penal colabora, efetiva e voluntariamente, com a investigação e com o processo, recebendo, em contrapartida, benefícios penais. Uma das formas de colaboração premiada é a delação dos coautores ou partícipes. Professor Márcio André Lopes, menciona que é uma espécie do gênero "colaboração premiada". Ocorre quando o investigado ou acusado decide colaborar com as autoridades delatando os comparsas, ou seja, apontando as outras pessoas que também praticaram as infrações penais. A colaboração premiada é plenamente compatível com o direito de não produzir prova contra si mesmo. Os benefícios legais oferecidos ao colaborador servem como estímulo para sua colaboração, que comporta, invariavelmente, a autoincriminação. Porém, desde que não haja nenhuma espécie de coação para obrigá- lo a cooperar, com prévia advertência quanto ao direito ao silêncio, não há violação ao direito de não produzir prova contra si mesmo. Afinal, como não há dever ao silêncio, todo e qualquer investigado pode voluntariamente confessar os fatos que lhe são imputados. Nessas condições, cabe ao próprio indivíduo decidir, livre e assistido pela defesa técnica, se colabora ou não com a persecução penal. Em todas as hipóteses acima citadas de colaboração premiada, para que o agente faça jus aos benefícios penais e processuais penais estipulados em cada um dos dispositivos legais, é indispensável aferir a relevância e a eficácia objetiva das declarações prestadas pelo colaborador. Não basta a mera confissão acerca da prática delituosa. Em um crime de associação criminosa, por exemplo, a confissão do acusado deve vir acompanhada do fornecimento de informações que sejam objetivamente eficazes, capazes de contribuir para a identificação dos comparsas ou da trama delituosa. A colaboração premiada funciona como importante técnica especial de investigação, portanto, um meio de obtenção de prova. Por força dela, o acusado presta auxílio aos órgãos oficiais de persecução penal na obtenção de fontes materiais de prova. Por exemplo, se o acusado resolve colaborar com as investigações em um crime de lavagem de dinheiro, contribuindo para a localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime, e se essas informações efetivamente levam à apreensão ou sequestro de tais bens, a colaboração terá funcionado como meio de obtenção de prova, e a apreensão como meio de prova. Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino 1 Assim, conforme eu disse anteriormente, são inúmeros os prêmios legais decorrentes do cumprimento do acordo de colaboração premiada. A depender da relevância das informações prestadas pelo colaborador, este poderá ser beneficiado com os seguintes prêmios: ✓ diminuição da pena; ✓ fixação do regime inicial aberto ou semi-aberto; ✓ substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos; ✓ progressão de regimes; ✓ perdão judicial e consequente extinção da punibilidade; ✓ não oferecimento da denúncia. Seguindo, a lei menciona que em qualquer caso, a concessão do benefício levará em conta a personalidade do colaborador, a natureza, as circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do fato criminoso e a eficácia da colaboração. Outra coisa, considerando a relevância da colaboração prestada, o Ministério Público, a qualquer tempo, e o delegado de polícia, nos autos do inquérito policial, com a manifestação do Ministério Público, poderá requerer ou representar ao juiz pela concessão de perdão judicial ao colaborador, ainda que esse benefício não tenha sido previsto na proposta inicial. O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao colaborador, poderá ser suspenso por até seis meses, prorrogáveis por igual período, até que sejam cumpridas as medidas de colaboração, suspendendo-se o respectivo prazo prescricional. Da mesma forma que o juiz pode oferecer alguns benefícios ao acusado, o Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia se o colaborador: ✓ não for o líder da organização criminosa; ✓ for o primeiro a prestar efetiva colaboração premiada. Outro fato importante no art. 4º é que se a colaboração for posterior à sentença, a pena poderá ser reduzida até a metade ou será admitida a progressão de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos. O magistrado não participará das negociações realizadas entre as partes para a formalização do acordo de colaboração, que ocorrerá entre o delegado de polícia, o investigado e o defensor, com a manifestação do Ministério Público, ou, conforme o caso, entre o Ministério Público e o investigado ou acusado e seu defensor. Realizado esse acordo na forma anterior, o respectivo termo, acompanhado das declarações do colaborador e de cópia da investigação, será remetido ao juiz para homologação, o qual deverá verificar sua regularidade, legalidade e voluntariedade, podendo para este fim, sigilosamente, ouvir o colaborador, na presença de seu defensor. Assim, o juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos requisitos legais, ou adequá-la ao caso concreto. Depois de homologado o acordo, caso seja, o colaborador poderá, sempre acompanhado pelo seu defensor, ser ouvido pelo membro do Ministério Público ou pelo delegado de polícia responsável pelas investigações. Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino d As partes, meus caros, podem retratar-se da proposta, caso em que as provas autoincriminatórias produzidas pelo colaborador não poderão ser utilizadas exclusivamente em seu desfavor. A lei deixa claro, também, que sempre que possível, o registro dos atos de colaboração será feito pelos meios ou recursos de gravação magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinados a obter maior fidelidade das informações. Nos depoimentos que prestar, o colaborador renunciará, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio e estará sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade. Em todos os atos de negociação, confirmação e execução da colaboração, o colaborador deverá estar assistido por defensor, e nenhuma sentença condenatória será proferida com fundamento apenas nas declarações de agentecolaborador. Outra coisa, a sentença apreciará os termos do acordo homologado e sua eficácia. Art. 8º Consiste a ação controlada em retardar a intervenção policial ou administrativa relativa à ação praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações. § 1º O retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente comunicado ao juiz competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público. § 2º A comunicação será sigilosamente distribuída de forma a não conter informações que possam indicar a operação a ser efetuada. § 3º Até o encerramento da diligência, o acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao delegado de polícia, como forma de garantir o êxito das investigações. § 4º Ao término da diligência, elaborar-se-á auto circunstanciado acerca da ação controlada. Art. 9º Se a ação controlada envolver transposição de fronteiras, o retardamento da intervenção policial ou administrativa somente poderá ocorrer com a cooperação das autoridades dos países que figurem como provável itinerário ou destino do investigado, de modo a reduzir os riscos de fuga e extravio do produto, objeto, instrumento ou proveito do crime. A ação controlada, que consiste a em retardar a intervenção policial ou administrativa relativa à ação praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações. O que vocês devem, também, saber que a ação controlada é diferente do flagrante esperado, ok? No primeiro caso o agente já está em flagrante da prática de um crime, já no segundo caso, o agente ainda não está em flagrante delito. A autoridade Policial fica na expectativa da sua ocorrência para efetivar a prisão. O retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente comunicado ao juiz competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público. A comunicação será sigilosamente distribuída de forma a não conter informações que possam indicar a operação a ser efetuada. A lei deixa claro que, até o encerramento da diligência, o acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino e Ministério Público e ao delegado de polícia, como forma de garantir o êxito das investigações. Ao término da diligência, elaborar-se-á auto circunstanciado acerca da ação controlada. Se a ação controlada envolver transposição de fronteiras, o retardamento da intervenção policial ou administrativa somente poderá ocorrer com a cooperação das autoridades dos países que figurem como provável itinerário ou destino do investigado, de modo a reduzir os riscos de fuga e extravio do produto, objeto, instrumento ou proveito do crime. Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá seus limites. § 1º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público. § 2º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração penal de que trata o art. 1º e se a prova não puder ser produzida por outros meios disponíveis. § 3º A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) meses, sem prejuízo de eventuais renovações, desde que comprovada sua necessidade. § 4º Findo o prazo previsto no § 3º, o relatório circunstanciado será apresentado ao juiz competente, que imediatamente cientificará o Ministério Público. § 5º No curso do inquérito policial, o delegado de polícia poderá determinar aos seus agentes, e o Ministério Público poderá requisitar, a qualquer tempo, relatório da atividade de infiltração. Outro meio de prova importante para o seu concurso é a Infiltração de Agentes. Essa será representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá seus limites. Na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público. Segundo o art. 10, §3°, da Lei n. 12.850/13, a infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 meses, sem prejuízo de eventuais renovações, desde que comprovada sua necessidade. Esse prazo de 6 meses é o prazo-limite para cada autorização judicial, o que não impede o juiz de conceder a autorização por prazo inferior, caso entenda ser tal prazo suficiente para auxiliar nas investigações. De mais a mais, como a própria Lei estabelece que o agente infiltrado pode fazer cessar a atuação infiltrada, é evidente que a execução desse procedimento investigatório pode ser interrompida a qualquer momento, se acaso houver risco à integridade física do agente policial. Havendo necessidade de renovação do prazo, esta deve se dar antes do decurso do prazo fixado na decisão originária, evitando-se uma solução de continuidade na realização da infiltração. Como o controle judicial Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino f deve ser prévio, seja no tocante à concessão inicial da infiltração, seja em relação à renovação do prazo, se a infiltração se prolongar por período "descoberto" de autorização judicial, os elementos probatórios aí obtidos devem ser considerados inválidos, por violação ao preceito do art. 10, caput, da Lei n° 12.850/13, que demanda prévia autorização judicial para a execução da infiltração de agentes. (2018 – AOCP - SUSIPE-PA - Agente Prisional) A Lei nº 12.850/2013 disciplina a atuação de agentes de polícia infiltrados em tarefas de investigação. Nesse sentido, qual é o prazo pelo qual será autorizada a referida infiltração do agente? A) 1 (um) ano, vedada sua renovação. B) 1 (um) ano, autorizada sua renovação. C) 6 (seis) meses, podendo o prazo ser renovado. D) 2 (dois) anos, vedada sua renovação. E) 2 (dois) anos, podendo o prazo ser renovado. Comentários: A alternativa C é o gabarito da questão. Segundo o art. 10, §3°, da Lei n. 12.850/13, a infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 meses, sem prejuízo de eventuais renovações, desde que comprovada sua necessidade. Esse prazo de 6 meses é o prazo-limite para cada autorização judicial, o que não impede o juiz de conceder a autorização por prazo inferior, caso entenda ser tal prazo suficiente para auxiliar nas investigações. (2018 – AOCP - SUSIPE-PA - Agente Prisional) A Lei nº 12.850/2013 define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, as infrações penais correlatas e o procedimento criminal. Nesse sentido, por qual prazo as empresas de transporte devem possibilitar acesso direto e permanente do juiz, do Ministério Público ou do delegado de polícia aos bancos de dados de reservas e registro de viagens? A) 4 (quatro) anos. B) 5 (cinco) anos. C) 7 (sete) anos. D) 10 (dez) anos. E) 15 (quinze) anos. Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino 4 Comentários: A alternativa B é o gabarito da questão. Segundo a norma, as empresas detransporte possibilitarão, pelo prazo de 5 anos, acesso direto e permanente do juiz, do Ministério Público ou do delegado de polícia aos bancos de dados de reservas e registro de viagens. 1.3 Enfrentamento da corrupção policial O crime de corrupção passiva está tipificado no art. 317 do Código Penal. Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. São duas as condutas previstas no tipo penal, solicitar a vantagem indevida ou recebê-la, no exercício da função ou em razão dela. No parágrafo 2º, do artigo 317, existe a figura conhecida como corrupção privilegiada, quando o agente, sem a intenção de satisfazer interesse próprio, cede a pedido de outrem, é o conhecido “favorzinho”. O crime de Concussão também seria uma forma de corrupção, está previsto no artigo 316, do Código Penal: “Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.” Enquanto na corrupção o agente solicita a vantagem indevida, na concussão este a exige. Esta é a diferença entre os dois institutos, na concussão há a influência intimidativa, a coercitividade. A corrupção resultaria da espontaneidade do interessado, enquanto a concussão seria uma espécie de extorsão, obrigando a vítima a agir por medo, temor. Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino a Sabemos que a corrupção policial causa impactos negativos nas instituições, dentre as várias consequências encontra-se a falta de legitimidade das Instituições de segurança pública, percebidas com desconfiança, descredito e medo da população. Beato ressalta que, quando o nível de confiança na instituição policial é baixo, há maior tendência a que as comunidades percebam as ações da polícia como ilegítimas, dificultando a cooperação e uma atuação eficiente, pois o controle do crime não depende meramente da ação isolada da polícia, mas também da cooperação da comunidade. Dessa forma, a confiança na polícia pode ser considerada um dos quesitos que auxiliam na sua eficiência, na medida em que a população se sente confortável em procurar a polícia, bem como em colaborar. Quando se confia na polícia, é mais fácil aceitar sua autoridade, favorecendo o cumprimento da lei. O enfrentamento da corrupção policial é assunto tratado em Criminologia e nas Políticas Criminais. Segundo especialistas, em geral, as propostas de solução para o problema vão mais ou menos na mesma direção: proceder a uma depuração radical, com a punição rigorosa dos corruptos e a sua pronta expulsão dos quadros da polícia para que não “contaminem” os bons; selecionar candidatos a policiais honestos, e treiná-los no marco da lei e dos direitos humanos. Para isso, devem criadas ou reforçadas as corregedorias e ouvidorias, e reformulados os currículos das academias. Por outro lado, os policiais deveriam ser remunerados condignamente. A corrupção possui conceito amplo e multidisciplinar, carrega consigo valores éticos, morais e políticos. É um tema em voga no Brasil, foi bastante veiculada nos últimos anos, com a culminação da “Operação Lava-Jato”, investigação de combate a corrupção e lavagem de dinheiro que resultou na prisão e responsabilização de pessoas com influência política e econômica. É possível afirmar que o ponto de partida na formulação de qualquer programa para o enfrentamento da corrupção policial sistêmica deveria ser a consciência das limitações práticas inerentes à abordagem moralista-individualista. Não que se deva negligenciar, na formação dos policiais, a importância dos valores morais. Nada obstante, é preciso reconhecer que terá muito mais efeito dissuasório nessa luta concentrar o foco nas estruturas que favorecem a corrupção, e bem assim elevar os custos da prática corrupta (em relação aos ganhos), com a criação de mecanismos que aumentem de forma substancial as possibilidades de os agentes da corrupção serem descobertos e punidos. Para cumprir tal desiderato, e tendo em mente a sociedade e a polícia brasileiras, seria necessário: ✓ investir em padrões de gestão da segurança pública baseados no princípio da responsabilidade objetiva e solidária dos dirigentes, principalmente quando a corrupção policial e a truculência tiverem assumido dimensão sistêmica, organizacional; ✓ mensurar a corrupção sistêmica, ou melhor, os meios usados para resistir a ela, usando as “dimensões mensuráveis da corrupção”; ✓ criar mecanismos destinados a dificultar a prática da corrupção, com isso aumentando as probabilidades de os agentes da corrupção serem descobertos e punidos; Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino ✓ identificar os tipos de corrupção policial que têm conexão íntima com a brutalidade policial e com o crime organizado; ✓ modernizar a estrutura da polícia, de modo a ajustá-la aos modelos organizacionais do mundo competitivo de hoje, reduzindo os níveis decisórios e tornando todos os policiais individualmente responsáveis. Não achei questões sobre este tópico, mas acredito que a banca, se cobrar, vai trabalhar em cima do que abordamos. Grande abraço e bons estudos! LISTA DE QUESTÕES 1. (CESPE - Delegado (PC MA)/2018) Constitui requisito para a tipificação do crime de organização criminosa a) a prática de crimes cuja pena máxima seja igual ou superior a cinco anos. b) a atuação de estrutura organizacional voltada à obtenção de vantagem exclusivamente econômica. c) a divisão de tarefas entre o grupo, mesmo que informalmente. d) a prática de crimes antecedentes exclusivamente transnacionais. e) a estruturação formal de grupo constituído por três ou mais pessoas. 2. (CESPE - Escrivão de Polícia (PC MA)/2018) Determinada conduta configurará organização criminosa somente se a) o objetivo exclusivo dos agentes for o de obter vantagem de natureza patrimonial. b) a associação for ordenada para a prática da infração, ainda que inexista a divisão de tarefas entre os agentes. c) os agentes cometerem infrações sujeitas a pena de reclusão. d) houver escalonamento hierárquico entre os agentes. e) estiverem associadas, no mínimo, três pessoas. Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino 3. (CESPE - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) No que concerne à Lei n.º 12.850/2013, que trata de ações praticadas por organizações criminosas, julgue os itens. Segundo a lei que trata de organização criminosa, a caracterização de “grupo criminoso organizado” envolve a obtenção, direta ou indireta, de vantagem indevida mediante perpetração de contravenções penais. 4. (CESPE - TJ-SE - Analista Judiciário – Direito) Julgue os itens subsecutivos, acerca de crime e aplicação de penas. A lei conceitua organização criminosa como sendo a associação de quatro ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivode obter, direta ou indiretamente, vantagem de natureza econômico-financeira, mediante a prática de qualquer crime cometido no país ou no estrangeiro. 5. (CESPE – TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Conhecimentos Gerais) Em relação ao disposto na Lei n.º 12.850/2013, que trata de crime organizado, julgue o item a seguir. Nos termos dessa lei, organização criminosa é a associação de, no mínimo, quatro pessoas com estrutura ordenada e divisão de tarefas, com estabilidade e permanência. A ausência da estabilidade ou da permanência caracteriza o concurso eventual de agentes, dotado de natureza passageira. 6. (VUNESP - PCCE - Delegado de Polícia Civil de 1a Classe - adaptada) Sobre a Lei de Organizações Criminosas, Lei no 12.850/2013, julgue os itens. Pode ter por objeto a investigação de qualquer crime, desde que apenado com reclusão. 7. (2019 - IDIB - 2019 - Prefeitura de Petrolina - PE - Guarda Civil) De acordo com a Lei nº 12.850/2013, considera-se Organização Criminosa: A) A associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. B) A associação de 3 (três) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino C) A associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 8 (oito) anos, ou que sejam de caráter transnacional. D) A associação de 3 (três) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 8 (oito) anos, ou que sejam de caráter transnacional. E) A associação de pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 8 (oito) anos, ou que sejam de caráter transnacional. 8. (CESPE – TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Conhecimentos Gerais) Em relação ao disposto na Lei n.º 12.850/2013, que trata de crime organizado, julgue o item a seguir. Em razão de essa lei ser o que se denomina novatio legis incriminadora, sua aplicação restringe-se aos casos em que a prática dos crimes tenha se dado a partir da data de início de sua vigência, sob pena de violação ao princípio da irretroatividade da lei penal mais gravosa. 9. (2019 - FCC - TJ-MA - Oficial de Justiça) Acerca do que dispõe a Lei de Organizações Criminosas (Lei n° 12.850/2013), A) a pena do crime de organização criminosa é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços), se houver participação de criança, adolescente ou idoso. B) a condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo, função, emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao cumprimento da pena. C) não há incremento de pena do crime de organização criminosa no caso de, na atuação da organização criminosa, tiver sido empregada arma de fogo. D) se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá o juiz determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, com prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual. E) considera-se organização criminosa a associação de 3 (três) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 3 (três) anos. Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino 10. (2019 - MPE-SP - Promotor de Justiça Substituto) A Lei n° 12.850, de 2 de agosto de 2013, dentre outras disposições, definiu organização criminosa e dispôs sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal. A seu respeito, é correto afirmar que A) tanto aquele que promove organização criminosa quanto o que, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa serão apenados com pena de reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas. B) por expressa disposição legal, não existirá organização criminosa típica voltada a obter vantagem, de qualquer natureza, mediante a prática de contravenções penais. C) se houver participação de criança ou adolescente na organização ou na associação criminosa, a pena será aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços). D) quando a medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual, se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá o juiz determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, sem remuneração. E) ao tratar da colaboração premiada, em seu artigo 4°, a lei restringe expressamente a concessão do perdão judicial à hipótese da localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada. 11. (2018 – AOCP - SUSIPE-PA - Agente Prisional) A Lei nº 12.850/2013 disciplina a atuação de agentes de polícia infiltrados em tarefas de investigação. Nesse sentido, qual é o prazo pelo qual será autorizada a referida infiltração do agente? A) 1 (um) ano, vedada sua renovação. B) 1 (um) ano, autorizada sua renovação. C) 6 (seis) meses, podendo o prazo ser renovado. D) 2 (dois) anos, vedada sua renovação. E) 2 (dois) anos, podendo o prazo ser renovado. 12. (2018 – AOCP - SUSIPE-PA - Agente Prisional) A Lei nº 12.850/2013 define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, as infrações penais correlatas e o procedimento criminal. Nesse sentido, por qual prazo as empresas de transporte devem possibilitar acesso direto e permanente do juiz, do Ministério Público ou do delegado de polícia aos bancos de dados de reservas e registro de viagens? A) 4 (quatro) anos. B) 5 (cinco) anos. C) 7 (sete) anos. Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino ==1def4a== D) 10 (dez) anos. E) 15 (quinze) anos. GABARITO 1. C 2. D 3. E 4. E 5. C 6. E 7. A 8. C 9. B 10. A 11. C 12. B Alexandre Herculano Aula 01 PM-CE (Soldado) Segurança Pública - 2021 - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino