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Aula 06
PM-CE - Direitos Humanos - 2021 -
Pós-Edital 
Autor:
Ricardo Torques
Aula 06
17 de Agosto de 2021
07221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino
 
 
 
 
 
 
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Sumário 
Proteção a minorias e demais grupos vulneráveis.............................................................................................. 4 
Proteção à mulher ............................................................................................................................................... 5 
1 - Introdução ................................................................................................................................................. 5 
1.1 - O Caso Maria da Penha ...................................................................................................................... 7 
2 - Lei Maria da Penha ................................................................................................................................... 8 
2.1 - Gênero; violência de gênero; violência contra as mulheres ............................................................... 9 
2.2 - Formas de violência doméstica e familiar contra a mulher.............................................................. 10 
2.3 - Assistência à mulher em situação de violência ................................................................................ 10 
2.4 - Atendimento Policial ........................................................................................................................ 12 
2.5 - Procedimentos .................................................................................................................................. 14 
2.6 - Regras Finais da Lei ......................................................................................................................... 17 
3 - Atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual ................................... 17 
4 - Violência Obstétrica ................................................................................................................................ 19 
5 - Diretrizes Nacionais para o Abrigamento de Mulheres em Situação de Risco e de Violência .............. 20 
6 - Redes e Políticas contra a Violência ....................................................................................................... 20 
6.1 - Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e Rede de Atendimento à Mulher em 
Situação de Violência ............................................................................................................................... 20 
6.2 - Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres .............................................. 21 
Combate ao Racismo........................................................................................................................................ 21 
1 – Introdução ............................................................................................................................................... 21 
Estatuto da Igualdade Racial ............................................................................................................................ 24 
1 - Introdução ............................................................................................................................................... 24 
2 - Direitos Fundamentais ............................................................................................................................ 27 
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2.1 - Direito à Saúde ................................................................................................................................. 27 
2.2 - Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer ...................................................................... 28 
2.3 - Direito à Liberdade de Consciência, de Crença e o Livre Exercício de Culto ................................. 30 
3 - Acesso à terra e à moradia adequada ...................................................................................................... 31 
3.1 - Acesso à Terra .................................................................................................................................. 31 
3.2 - Moradia ............................................................................................................................................ 34 
4 - Trabalho .................................................................................................................................................. 34 
5 - Meios de Comunicação ........................................................................................................................... 35 
6 - SINAPIR ................................................................................................................................................. 35 
7 - Disposições finais ................................................................................................................................... 36 
Crimes resultantes de raça ou de cor ................................................................................................................ 36 
Proteção aos LGBTTTI .................................................................................................................................... 38 
1 - Conceito .................................................................................................................................................. 39 
2 - Proteção Internacional da Liberdade Sexual ........................................................................................... 39 
3 - Liberdade Sexual no ordenamento jurídico nacional .............................................................................. 41 
3.1 - Reconhecimento e qualificação da união homoafetiva como entidade familiar .............................. 42 
4 - Transgênero e o Direito ao nome ............................................................................................................ 44 
4.1 - Nome Social e uso de banheiro nas escolas ..................................................................................... 48 
5 - Combate à discriminação de grupos LGBTTTI em privação de liberdade ............................................ 49 
Proteção às pessoas portadoras de transtornos mentais e legislações específicas ........................................... 49 
1 - Internação Voluntária , Involuntária e Compulsória (Lei n. 10.216/01) ................................................ 50 
2 - Política Nacional para a população em situação de rua (Decreto Federal n. 7.053/09) ......................... 53 
3 - Consultórios na Rua (Portarias do Ministério da Saúde n. 122 e n. 123 de 2012) ................................. 55 
Legislação Destacada ....................................................................................................................................... 56 
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Estatuto da Igualdade Racial ........................................................................................................................ 56 
Resumo ............................................................................................................................................................. 57 
Introdução ..................................................................................................................................................... 57 
Lei Maria da Penha ......................................................................................................................................57 
Atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual ......................................... 60 
Combate ao Racismo .................................................................................................................................... 62 
Estatuto da Igualdade Racial ........................................................................................................................ 62 
Crimes resultantes de raça ou de cor ............................................................................................................ 65 
Proteção aos LGBTTTI ................................................................................................................................ 67 
Lista de Questões com Comentários ................................................................................................................ 69 
FGV .............................................................................................................................................................. 69 
Outras Bancas ............................................................................................................................................... 71 
Lista de Questões sem Comentários .............................................................................................................. 135 
FGV ............................................................................................................................................................ 135 
Outras Bancas ............................................................................................................................................. 136 
Gabarito .......................................................................................................................................................... 162 
 
 
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GRUPOS VULNERÁVEIS (PARTE 01) 
PROTEÇÃO A MINORIAS E DEMAIS GRUPOS VULNERÁVEIS 
O estudo dos direitos humanos invariavelmente remete à defesa das pessoas que se encontram em posição 
desprivilegiada na comunidade. Essa é uma realidade comprovada pelo curso histórico. 
Dois exemplos bem ilustram esses fatos: os judeus na Alemanha nazista e o escravagismo Africano e indígena 
no Brasil Colonial. Tanto os judeus como os negros e índios ocupavam, nas respectivas comunidades posição 
desfavorável, o que propiciou a exploração e, consequentemente, a violação dos seus direitos mais básicos. 
Sobre o assunto leciona Sidney Guerra1: 
Pensar os direitos humanos na atualidade consiste em articular uma ótica intrincada e 
imbricada de valores, perpassada por contextos que atingem de forma variada certos 
segmentos e grupos sociais. O pluralismo é um dos aspectos que caracterizam o modelo de 
sociedade democrática brasileira. A diversidade faz parte do meio social em que vivemos e 
é um elemento essencial para o desenvolvimento da comunidade. Partindo desse 
raciocínio, pode-se observar a importância da proteção das minorias e dos grupos 
vulneráveis. 
A vulnerabilidade é algo natural á condição humana. Não há pessoa invulnerável, todos são, em grupo grau, 
vulneráveis. Todos estão sujeitos, em alguma medida, a violações dos seus direitos mais básicos. É 
necessário, contudo, aferir na prática, no dia a dia, grupos de pessoas que se encontram em situação de 
maior vulnerabilidade. 
Nesse contexto, trazemos à discussão a ideia de igualdade em sentido material. Vulnerabilidade e 
desigualdade são conceitos correlacionados. É necessário constatar faticamente pessoas que possuem 
menor capacidade de enfrentar violações aos seus direitos mais básicos. É o que ocorreu com os judeus e 
com os negros e índios, acima citados. 
Por consequência, é papel central da disciplina de Direitos Humanos identificar e proteger pessoas que 
estejam em condições desfavoráveis. Essa proteção está, a um só turno, tanto em normas internacionais 
como em normas internas. 
Desse modo, estudar a situação jurídica internacional de minorias e grupos vulneráveis nada mais é do que 
compreender as normas criadas para defesa daquelas pessoas cujos direitos são constantemente 
vilipendiados. 
 
1 GUERRA, Sidney. Direitos Humanos: Curso Elementar, 2ª edição, São Paulo: Editora Saraiva, 2014, p. 230. 
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Antes de iniciarmos, contudo, o estudo específico da proteção às mulheres, é importante diferenciarmos 
minorias de grupos vulneráveis. 
 
As minorias constituem o grupo de pessoas que ocupam posição não dominante na sociedade, embora 
sejam organizados e com sentimento de autodeterminação e solidariedade entre os integrantes dos grupos. 
Os grupos vulneráveis, por sua vez, constituem o conjunto de pessoas dotado formalmente de direitos, 
contudo, destituídos de poder. Desse modo, desorganizações, os grupos vulneráveis encontram uma série 
de dificuldades para exigir seus direitos. 
Em que pese a distinção acima, para fins do nosso concurso, não é necessário adentramos em maiores 
detalhes quanto à diferenciação. 
Ok? Vamos ao que realmente interessa? 
PROTEÇÃO À MULHER 
1 - Introdução 
Ao longo da História, as mulheres foram constantemente submetidas a abusos, atrocidades e violências 
diversas. Em determinadas comunidades, inclusive, foram vistas como coisa, como mero instrumento de 
deleite masculino. Felizmente, a sociedade contemporânea tem empreendido esforços no sentido de 
superar tais mazelas, entretanto, certos ranços persistem, o que exige um tratamento diferenciado. 
Nesse contexto, veja o que nos ensina a doutrina de Flávia Piovesan2: 
Com o processo de especificação do sujeito, mostra-se insuficiente tratar o indivíduo de 
forma genérica, geral e abstrata. Torna-se necessária a especificação do sujeito de direito, 
que passa a ser visto em suas peculiaridades e particularidades. Nessa ótica, determinados 
sujeitos de direito, ou determinadas violações de direitos, exigem uma resposta específica, 
diferenciada. Nesse sentido, as mulheres devem ser vistas nas especificidades e 
 
2 PIOVESAN, Flávia. Temas de Direitos Humanos, 6ª edição, São Paulo: Editora Saraiva, 2012, 314. 
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peculiaridades de sua condição social. Importa o respeito à diferença e à diversidade o que 
lhe assegura um tratamento especial. 
Vamos, na sequência do nosso estudos, avaliar as normas que envolvem a proteção concedida à mulher, 
tanto na esfera internacional, como nacional. 
No âmbito internacional esse tratamento diferenciado é notado especialmente em razão de alguns diplomas 
relevantes. 
 
Destaca-se no âmbito internacional: 
(i) A Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW, pela 
sigla internacional). Esse documento deu importante passo para o reconhecimento da valorização da 
dignidade da mulher. 
Nesse sentido, leciona a doutrina3: 
A Convenção enaltece o papel da mulher na sociedade e para o bem-estar de uma família, 
ressaltando que, para que haja desenvolvimento pleno de um país, bem-estar no mundo e 
paz, a participação da mulher deve ser plenamente reconhecida nas mesmas condições 
que os homens. 
Não obstante tratar-se do principal diploma específico do Sistema Global de Direitos Humanos, voltado à 
proteção dos direitos humanos da mulher, a CEDAW recebeu crítica contundente, na medida em que impõe 
o imperialismo cultural e a intolerância religiosa. De certo modo, a CEDAW traz o contexto de direitos 
pretendido à mulher no Ocidente, sem considerar peculiaridades culturais.Além disso, essa Convenção não disciplina a questão da violência contra a mulher, mas tão somente aspectos 
voltados à proteção contra discriminação. É justamente em face disso que a Recomendação nº 19 do Comitê 
da CEDAW ampliou o conceito de discriminação para abranger também as situações de violência. 
Paralelamente à Convenção, existe o Protocolo Facultativo à Convenção sobre a Eliminação de todas as 
formas de Discriminação contra a Mulher, que viabilizou a possibilidade de vítimas, pessoalmente ou por 
intermédio de organizações, peticionar ao Comitê para denunciar violações os direitos das mulheres 
prescritos na CEDAW. 
 
3 GUERRA, Sidney. Direitos Humanos: Curso Elementar, p. 231. 
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(ii) No âmbito da OEA é importante conhecermos a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e 
Erradicar a Violência contra a Mulher, denominada de Convenção de Belém do Pará. Esse documento é o 
primeiro a reconhecer a violência contra a mulher como um fenômeno comum na sociedade, assunto que 
exige atenção da comunidade internacional e dos Estados. 
Essa Convenção específica influenciou o surgimento da Lei nº 11.340/2006, denominada Lei Maria da Penha. 
(iii) Outros documentos específicos de relevo são Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas 
contra o Crime Organizado Transnacional Relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de 
Pessoas, em Especial Mulheres e Crianças. 
No âmbito nacional, embora constatada certa evolução, ainda persistem violações aos direitos das mulheres. 
Tal come leciona Flávia Piovesan4: 
A realidade brasileira revela um grave padrão de desrespeito aos mais elementares 
direitos humanos de que são titulares as mulheres, mais da metade da população nacional. 
Destacam-se, no quadro das graves violações aos direitos humanos nas mulheres: a) a 
violência contra a mulher; b) a discriminação contra as mulheres; e c) a violação aos direitos 
sexuais e reprodutivos. Estes são os principais vértices que compõem a agenda feminista 
brasileira no contexto da consolidação democrática. 
Internamente, sempre tivemos poucas de proteção da mulher. Na Constituição as regras são esparsas. 
Assegura-se a igualdade entre homens e mulheres (art. 5º, I), a proteção do mercado de trabalho da mulher, 
mediante políticas públicas específicas (art. 7º, XX) e a redução em cinco anos para a aposentadoria por idade 
quando comparada aos homens (art. 40, III, “a” e “b”; e art. 201, §7º, I e II). 
Na esfera infraconstitucional não havia norma específica, apenas algumas regras difusas. Somente em 2006, 
essa realidade modificou-se. 
1.1 - O Caso Maria da Penha 
Em 1998, Maria da Penha Maia Fernandes, juntamente com duas organizações não-governamentais (CEJIL-
Brasil e CLADEM-Brasil) encaminharam à Comissão Interamericana petição contra o Estado brasileiro, 
reclamando a defesa dos seus direitos humanos, em face das violações domésticas sofridas. 
Relata-se que a Maria Penha sofreu diversas agressões e ameaça do seu ex-marido, sendo, inclusive, vítima 
de tentativa de homicídio com dois tiros nas costas enquanto dormia, o que a deixou paraplégica. O agressor 
tentou eximir-se da culpa e, duas semanas após, em nova tentativa de homicídio, seu ex-marido tentou 
eletrocutá-la durante o banho. Não mais aguentando a situação, superou as ameaças, o medo e separou-se. 
 
4 PIOVESAN, Flávia. Temas de Direitos Humanos, 6º Edição, São Paulo: Editora Saraiva, 2013, p. 333/334. 
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Houve o ingresso da ação penal, com a produção de diversas provas dando conta da autoria dos fatos pelo 
ex-marido, contudo, mesmo após 15 anos, o agressor ainda permanecia em liberdade, não havendo decisão 
definitiva. 
Em face disso, Maria da Penha, juntamente com a CEJIL-Brasil5 e com a CLADEM-Brasil6, ingressou contra o 
Brasil na Comissão Interamericana, denunciando o padrão sistemático de omissão e negligência em relação 
à violência doméstica e familiar contra as mulheres brasileiras. 
Após o trâmite do procedimento internacional, o Estado brasileiro foi condenado por negligência, omissão e 
tolerância em relação à violência doméstica contra as mulheres, fazendo uma série de recomendações, entre 
as quais: 
• Finalizar a apuração da autoria dos delitos praticados contra a Sra. Maria da Penha; 
• Apurar a responsabilidade pelo atraso injustificado no trâmite processual interno; e 
• Adotar políticas públicas voltadas à prevenção, punição e erradicação da violência contra a mulher. 
Sobre a importância do caso Maria da Penha, ensina Flávia Piovesan7: 
À luz desse contexto, o caso Maria da Penha permitiu, de forma emblemática, romper com 
a indivisibilidade que acoberta este grave padrão de violência de que são vítimas tantas 
mulheres, sendo símbolo de uma necessária conspiração contra a impunidade. 
Em 2002, houve a prisão do réu, encerrando-se o longo ciclo de impunidade que envolveu o presente caso. 
Posteriormente, em razão desse caso paradigmático, foi votada e aprovada a Lei nº 11.340/2006, que ficou 
denominada de Lei Maria da Penha. 
Vamos, na sequência, estudar a referida lei, em detalhes. 
2 - Lei Maria da Penha 
Trata-se de norma que criou mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a 
mulher. Essa norma busca fundamento no art. 226, §8º, da CF, e em diversos diplomas internacionais. A 
nossa Constituição assegura assistência estatal à família na pessoa de cada um dos que a integram, devendo-
se criar mecanismos para coibir a violência no âmbito das relações familiares. 
A Lei, já no seu início, reitera os direitos e garantais fundamentais das mulheres, afirmando que deve ser 
assegurado uma vida digna, livre de qualquer violência. Para que isso seja assegurado, o Poder Público deve 
desenvolver uma série políticas públicas (ações afirmativas), a fim de assegurar os direitos as mulheres e 
 
5 O Centro pela Justiça e o Direito Internacional é organização não-governamental, constituída em 1991 que tem por 
finalidade implementar as normas de direitos humanos nos países da América Latina e do Caribe. 
6 Trata-se do Centro Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher. 
7 PIOVESAN, Flávia. Temas de Direitos Humanos, p. 337. 
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coibir toda e qualquer prática que possa implicar em negligência, discriminação, exploração, violência, 
crueldade e opressão contra mulheres. 
Didaticamente, podemos afirmar que a norma tempo por finalidade: coibir e prevenir a violência doméstica 
familiar; criar os Juizados de Violência Doméstica e Familiar; e adotar medidas de assistência e proteção às 
vítimas de violência doméstica e familiar. 
Além disso, a Lei Maria da Penha deixa claro no que esse dever não é apenas do Estado, mas constitui 
obrigação da família e da sociedade. 
Assim... 
 
2.1 - Gênero; violência de gênero; violência contra as mulheres 
Vamos iniciar o tópico com a compreensão do que é considerado “violência doméstica” pela Lei 11.340/2006. 
De acordo com o art. 5º, a violência doméstica e familiar se configura quando a mulher sofre qualquer ação 
ou omissão baseada no gênero que possa causar morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e 
dano moral ou patrimonial, praticada: no âmbito doméstico, no âmbito familiar ou em razão de alguma 
relação íntima de afeto. 
Note que o conceito é amplo, mas o “tom” diferenciador da violência doméstica ou familiar é a conduta 
comissiva ou omissiva baseada no gênero. Todas as condutas acima, se praticadas em função de qualqueroutro motivador, ainda que perpetrado contra mulheres, não recebe a guarida específica que aqui 
estudamos. 
As unidades domésticas são espaços de convívio permanente com ou sem vínculo familiar, inclusive 
unidades esporádicas. Família é a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram 
aparentados por laços naturais, afinidade ou vontade expressa. Relação íntima de afeto é aquela em que há 
convivência, independentemente da coabitação. De qualquer forma, a Lei deixa claro que as relações 
pessoais independem de orientação sexual. 
Para a prova... 
A RESPONSABILIDADE POR GARANTIR UMA VIDA DIGNA ÀS MULHERES, LIVRE DE 
QUALQUER FORMA DE VIOLÊNCIA É
do Estado da família da sociedade
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A violência doméstica constitui – como deixa claro o art. 6º da Lei 11.340/2006 – violação de direitos 
humanos, por se tratar de violência de gênero. 
2.2 - Formas de violência doméstica e familiar contra a mulher 
O art. 7º da Lei Maria da Penha trata das formas de violência doméstica, explicitadas na legislação. 
São cinco as formas previstas: 
 
A violência física é entendida como qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal. 
Violência psicológica é aquela que causa dano emocional e diminuição da auto-estima ou que prejudique e 
perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar as ações, comportamentos, crenças 
e decisões da vítima. 
Violência sexual é qualquer conduta que constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual 
não desejada. 
Violência patrimonial é aquela que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus 
objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos. 
Violência moral é a conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. 
2.3 - Assistência à mulher em situação de violência 
A partir do art. 8º, vamos analisar regras voltadas para as vítimas de violência doméstica. Define a lei: 
 medidas integradas de prevenção; e 
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
ação/omissão baseada no gênero que possa causar 
morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e 
dano moral ou patrimonial, praticada no âmbito 
doméstico, familiar ou em decorrência de relação de 
afeto.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER
física psicológica sexual patrimonial moral
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 assistência à vítima. 
Além de medidas preventivas e de políticas assistenciais à vítima, a Lei define regras referentes ao 
atendimento pela autoridade policial. 
Vamos iniciar com as medidas protetivas. 
Medidas integradas às vítimas de violência doméstica e familiar 
No art. 8º e seguinte da Lei, temos regras que preveem a adoção de medidas integrada às vítimas de violência 
doméstica e familiar. 
De acordo com o caput o Poder Público deve desenvolver uma política pública voltada a coibir a violência 
doméstica e familiar. Essa política é conceituada como um conjunto de ações a serem adotadas por todos 
os entes que compreendem nossa federação e, também, por ações não governamentais. 
Em síntese essas medidas buscam: 
 integração entre as esferas (Judiciário, MP e Defensoria com segurança pública, 
assistência social, saúde, educação, trabalho e habitação); 
 atendimento policial especializado; 
 campanhas educativas e de prevenção da violência doméstica e familiar; e 
 capacitação permanente da rede de atuação. 
Vamos apenas sintetizar as diretrizes das medidas: 
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Sigamos! 
Assistência à mulher vítima de violência doméstica 
As medidas integradas são estabelecidas para evitar a violação de direitos, ao passo que as medidas 
assistenciais, definidas no art. 9º, tem por finalidade reparar violações já perpetradas. 
De acordo com o caput do art. 9º da Lei, haverá um corpo integrado de serviços que serão disponibilizados 
à vítima. Esse corpo integrado envolve o SUAS (Sistema Único de Assistência Social), o SUS (Sistema Único 
de Saúde) e o Sistema Único de Segurança Pública. 
O acesso a esses serviços será determinado pelo juiz, por prazo por ele determinado assegurando-se: 
 acesso prioritário à remoção, caso a vítima seja servidora pública; e 
 manutenção do vínculo de trabalho por até seis meses, se necessário o afastamento. 
Analisadas as medidas protetivas e assistenciais, vejamos as regras relativas ao atendimento policial, que 
foram modificadas pela Lei 13.505/2017. 
2.4 - Atendimento Policial 
A pretensão do legislador com a Lei 13.505/2017, que alterou a Lei Maria da Penha, foi estabelecer 
atendimento especializado à vítima de violência doméstica. Por se tratar de uma mazela recorrente, 
notadamente em áreas rurais, busca-se criar um atendimento especializado, ininterrupto e prestado por 
policiais e delegadas capacitadas. 
• integração entre os órgãos públicos que estão envolvidos direta e indiretamente com a
proteção dos direitos das crianças e mulheres;
• promoção de estudos, pesquisas e estatíticas com a finalidade de aferir a perspectiva de
gênero a frequência da violência doméstica e familiar;
• difusão do respeito, valores éticos e sociais para coibir papéis esteotipados que levem à
violência doméstica;
• implementação de atendimento policial especializado para as mulheres;
• promoção e a realização de campanhas educativas de prevenção da violência doméstica
e familiar contra a mulher;
• a celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos ou outros instrumentos de
promoção de parceria para erradicar a violência doméstica e familiar
• capacitação das pessoas que tratabalham na área de segurança pública
• promoção de programas educacionais que respeitem valores éticos e a dignidade na
perspectiva de gênero e de raça ou etnia
• conteúdos relativos aos direitos humanos, à eqüidade de gênero e de raça ou etnia e ao
problema da violência doméstica e familiar contra a mulher
DIRETRIZES DAS MEDIDAS INTEGRADAS
Ricardo Torques
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São três as diretrizes relativas ao atendimento policial: 
 salvaguarda da integridade física; 
 não contato com investigados e suspeitos; e 
 evitar a revitimização. 
Quanto à revitimização, cumpre acrescentar algumas observações. 
Primeiramente, devemos compreender o significado da palavra. A revitimização implica em tornar vítima 
novamente quem já é vítima de violação de direitos. No caso da violência doméstica, por se tratar crime 
sensível, intrinsicamente relacionado com a intimidade da pessoa, a necessidade de declinar os fatos para as 
autoridades policiais implica em reviver as violações, vitimizando-a novamente. 
Desse modo, algumas cautelas devem ser tomadas com a finalidade de evitar a revitimização: 
 inquirição em recinto especialmente criado para esse fim; 
 quando necessário, acompanhamento por profissionais especializados em violência doméstica e 
familiar; e 
 registro eletrônico ou magnético do depoimento. 
A partir dessas orientações gerais, a Lei contém regras que se aplicam à autoridade policial no atendimento 
à mulher em situação de violência e no procedimento policial respectivo. 
No que diz respeito ao atendimento à mulher em situação de violência, prevê o art. 11 da Lei as seguintes 
ações: 
 garantia de proteção policial; 
 encaminhamento para atendimento médico; 
 fornecimento de transporte, estendendo o benefício a dependentes da vítima de violência; garantir apoio policial para a vítima buscar pertences do local da ocorrência ou do domicílio; e 
 informação quanto aos direitos. 
Em relação ao procedimento inquisitorial, a autoridade policial deverá adotar uma série de procedimentos. 
Embora se refiram a condutas condizentes com a condução do Processo Penal, vamos, listar de forma 
resumidas as ações a serem adotadas: 
 ouvir a ofendida; 
 lavrar boletim de ocorrência; 
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 tomar a representação a termo; 
 colher provas (inclusive, oitiva de testemunhas); 
 remeter os autos ao juiz no prazo de 48 horas para adoção de medidas protetivas de urgência 
requeridas pela vítima; 
 determinar exames periciais e corpo de delito; 
 ouvir agressor (que deverá ser identificado e juntado aos autos a folha de antecedentes); e 
 remeter o inquérito ao juiz e Ministério Público no prazo legal. 
Seguindo com o estudo da Lei, vamos analisar os dispositivos que reportam-se aos procedimentos judiciais. 
2.5 - Procedimentos 
Em relação aos procedimentos, necessário estudar os arts. 13 a 28 da Lei Maria da Penha. Além de algumas 
disposições gerais, vamos analisar regras relativas à adoção de medidas protetivas de urgência, requeridas 
pela autoridade policial; regras atinentes à autuação do Ministério Público, bem como regras relativas à 
assistência judiciária. 
Regras gerais 
Quanto aos procedimentos judiciais que envolvam vítimas de violência doméstica ou familiar devem ser 
aplicadas as regras que estudaremos. Contudo, como as normas processuais são breve e objetivas, os códigos 
processuais são aplicados de forma subsidiária. 
De acordo com o art. 13 da Lei Maria da Penha, aplicam-se, subsidiariamente: 
 o CPP; 
 o NCPC; e 
 regras processuais existentes no ECA ou no Estatuto do Idoso. 
Em relação á prática de atos processuais, como forma de facilitar o trâmite das ações, há previsão específica 
de que tais atos podem ser praticados no período noturno. 
Em relação à fixação do juízo competente para os procedimentos judiciais cíveis, o art. 15 estabelece regra 
que tem por objetivo facilitar o acesso à justiça pela vítima. Desse modo, ela poderá optar entre um dos 
seguintes foros: 
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O artigo 16 da Lei prevê que as ações penais relativas à violência doméstica são públicas e condicionadas à 
representação da ofendida. Oferecida a representação, a renúncia é admissível sob as seguintes condições: 
1ª – manifestação de vontade perante autoridade judicial; 
2ª – manifestação em audiência especialmente designada para a renúncia; 
3ª – manifestação antes do recebimento da denúncia; e 
4ª – prévia oitiva do membro do Ministério Público. 
Ainda, o art. 17 veda aplicação de sanções penais consistentes em prestação de cesta básica ou apenas 
pecuniárias ou substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa. 
Medidas Protetivas 
Na sequência nos deparamos com o art. 18, que arrola as medidas protetivas de urgência que podem ser 
aplicadas por ordem judicial. Essas medidas são adotadas judicialmente a pedido da vítima ou do Ministério 
Público. Cabe ao juiz decidi-las no prazo de 48 horas a contar do requerimento formulado. 
Além disso, são medidas provisórias, vale dizer, podem ser alteradas ou revogadas a qualquer tempo durante 
o curso do inquérito ou do processo penal. 
FOROS COMPETENTES PARA AÇÃO CÍVEL EM RAZÃO DA LEI 
MARIA DA PENHA
foro do domicílio ou da 
residência;
foro do lugar do fato em 
se baseou a demanda; ou
foro do domicílio do 
agressor
à escolha da vítima
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Vistas essas regras gerais em relação às medidas, vamos citar os arts. 22 a 24, que trazem medidas protetivas 
que obrigam o agressor e à vítima de violência. 
 medidas que obrigam o agressor: 
 
Essas medidas não excluem outras previstas na legislação em vigor. A execução das medidas pode ser 
realizada com auxílio de força policial. 
 medidas protetivas de urgência à ofendida: 
 
Particularmente em relação à proteção de bens da ofendida, as seguintes medidas podem ser determinadas: 
• requerimento da vítima ou do membro do Ministério Público;
• decisão judicial no prazo de 48 horas;
• são provisórias;
• possibilidade de prisão preventiva do agressor.
MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA:
• suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão 
competente;
• afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;
• proibição de determinadas condutas, entre as quais: aproximação da ofendida, familiares 
e testemunhas, fixado limite mínimo de distância; contato com a ofendida, familiares e 
testemunhas; frequentação de determinados lugares; restrição ou suspensão de visitas 
aos dependentes menores; e prestação de alimentos provisionais ou provisórios. 
MEDIDAS QUE OBRIGAM O AGRESSOR:
• encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de 
proteção ou de atendimento;
• determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domicílio, 
após afastamento do agressor;
• determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, 
guarda dos filhos e alimentos;
• determinar a separação de corpos.
MEDIDAS PROTETIVAS DA OFENDIDA:
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O descumprimento das medidas acima constitui crime. Nesse sentido, a Lei 13.641/2018, que alterou a Lei 
Maria da Penha, estabelece que constitui crime descumprir decisão judicial que defere medida protetiva e, 
em razão dela, aplica-se pena de detenção de 3 meses a 2 anos. A medida pode ter sido determinada por 
juiz de competência civil ou criminal. Cabe fiança em caso de prisão em flagrante. 
Ministério Público e assistência judiciária 
Para encerrar, reunimos dois pontos específicos em um só. 
O MP, quando não for parte, atuará nos procedimentos judiciais envolvendo violência doméstica ou familiar 
na condição de fiscal da ordem jurídica. E, em razão disso, poderá requisitar força policial e serviços públicos, 
fiscalizar estabelecimentos públicos ou particulares de atendimento à mulher ou cadastrar casos de 
violência. 
Quanto à assistência judiciária, esse instrumento de acesso à Justiça será assegurado mediante contratação 
de advogado privado ou por intermédio da Defensoria Pública ou da assistência judiciária gratuita. 
Com isso, encerramos a análise dos dispositivos atinentes ao acesso à justiça. 
2.6 - Regras Finais da Lei 
Para que possamos encerrar o estudo da Lei Maria da Penha, vamos declinar algumas regras que se aplicam 
ao atendimento multidisciplinar, além de regras transitórias e finais, sem maior relevância para fins do nosso 
estudo. 
3 - Atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de 
violência sexual 
A Lei n. 12.845/13 trata sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência 
sexual. Assim, a lei determina atenção específica às pessoas que estiverem envolvidas em tais situações. 
Para tanto, os hospitais devem oferecer às vítimas atendimento emergencial, integral e multidisciplinar para 
o controle e tratamento de pessoas submetidas a violência sexual. 
Qual o conceito de violência sexual para fins da Lei 12.845/2013? 
• restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida;
• proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda elocação 
de propriedade em comum, salvo expressa autorização judicial;
• suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor;
• prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas e danos materiais 
decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a ofendida.
MEDIDAS PROTETIVAS PATRIMONIAIS:
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De acordo com o art. 2º, a violência sexual constitui qualquer forma de atividade sexual não consentida. 
Portanto... 
 
Entre os serviços que devem ser providenciados de forma OBRIGATÓRIA e IMEDIATA, temos: 
 diagnóstico e tratamento das lesões físicas no aparelho genital e nas demais áreas afetadas; 
 amparo médico, psicológico e social imediatos; 
 facilitação do registro da ocorrência e encaminhamento ao órgão de medicina legal e às delegacias 
especializadas com informações que possam ser úteis à identificação do agressor e à comprovação 
da violência sexual; 
 profilaxia da gravidez; 
 profilaxia das DST; 
 coleta de material para realização do exame de HIV para posterior acompanhamento e terapia; 
 fornecimento de informações às vítimas sobre os direitos legais e sobre todos os serviços sanitários 
disponíveis. 
Esse servidor será gratuito, APENAS AOS QUE DELA NECESSITAREM. 
Assim: 
 
Registre-se que compete ao médico preservar os materiais que possam ser utilizados para fins de 
investigação. 
VIOLÊNCIA SEXUAL
qualquer forma de 
atividade sexual não 
consentida
SERVIÇOS A QUEM FOR SUBMETIDO 
A VIOLÊNCIA SEXUAL
imediato
obrigatório
gratuito, a quem dela 
necessitar
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4 - Violência Obstétrica 
A violência obstétrica constitui a apropriação do corpo e processos reprodutivos das mulheres pelos 
profissionais de saúde, por intermédio de tratamento desumanizado, por abuso de medicação e 
patologização dos processos naturais, de forma prejudicar a autonomia e capacidade de decisão sobre o 
corpo e sexualidade e que possa causar perda na qualidade de vida das mulheres. 
Em alguns países, tais como Argentina e Venezuela a violência obstétrica é tipificada penalmente. Em nosso 
ordenamento, temos parco arcabouço legislativo, o que dificulta a responsabilização. De toda forma, se 
considerarmos a legislação nacional e internacional em conjunto é possível coibir esse tipo de conduta. 
É direito da mulher (e também do nascituro) realizar pré-natal de qualidade, com a finalidade assegurar uma 
gestação saudável, com preservação do bem-estar. 
Essa forma específica de violência contra a mulher, abrange: 
• negativa, negligência ou dificultação do atendimento em postos de saúde que realizam o 
atendimento pré-natal; 
• tratamento discriminatório às gestantes por razões de cor, religião, crença, condições 
socioeconômica, estado civil, orientação sexual ou número de filhos; 
• ofensas à mulher e à família; 
• recomendar a realização da cesárea sem real necessidade médica (baseada em evidências 
científicas). 
No que diz respeito à proteção jurídica constante do nosso ordenamento, podemos destacar algumas 
normas. 
A Lei 11.108/2005 tem por finalidade assegurar o direito à presença de acompanhante durante o trabalho 
de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Importante destacar que 
essa regra foi novamente trazida à tona com Lei 13.257/2016, denominada Lei da Primeira Infância, que 
alterou o ECA para incluir a mesma obrigação. 
De acordo com a Lei, primeira infância compreende o período entre primeiros 6 anos completos ou 72 meses 
de vida da criança. Essa nova lei trouxe diversas alterações. Temos alterações no ECA, na CLT, na Lei 
11.770/2008 (Programa Empresa Cidadã) e até mesmo no CPP. 
Nota-se um esforço da legislação em desenvolver programas e políticas de atendimento adequadas à 
proteção da gestação. Destaca-se: 
 A mãe terá direito de escolher, nos últimos 3 meses da gestação, do local onde será realizado o 
parto. 
 É assegurado à gestante e à parturiente o direito a um acompanhante durante o período que 
estiver em estabelecimento hospitalar. 
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 O Poder Público deverá atuar a fim de garantir os direitos das gestantes perante a rede pública de 
saúde, atuará também em posição interventiva nos contratos de emprego, preservará o direito das 
gestantes que estiverem em restrição de liberdade. 
 Além de promover os direitos das gestantes e parturientes, o Estado deverá coibir práticas 
discriminatórias e violadoras dos direitos das gestantes. 
Para fins de prova você deve lembrar dessas normas e, ter em mente, a factibilidade da tutela dos direitos 
das mulheres que sofrem violência obstétrica, com base nos princípios que informam nosso ordenamento 
jurídico nacional e internacional. 
5 - Diretrizes Nacionais para o Abrigamento de Mulheres em 
Situação de Risco e de Violência 
A Lei 11.340/2006 disciplina que no atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a 
autoridade policial deverá fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local 
seguro, quando houver risco de vida. 
Além disso, na parte final da Lei, mais especificamente no art. 35, II, estabelece que compete à União, DF, 
Estados e Municípios a prerrogativa de criar casas-abrigos para mulheres e respectivos dependentes 
menores em situação de violência doméstica e familiar. 
Em 2011 foi divulgado o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência Contra a Mulher que estabeleceu 
que deve ser prioridade o aumento do número de serviços de abrigamento, levando em conta eventuais 
consórcios entre os órgãos públicos. 
Infelizmente não dispomos no âmbito federal ou estadual nenhum programa efetivo voltado para o 
abrigamento de mulheres em situação de risco e de violência, pelo que, acredita-se possui legitimidade a 
Defensoria Pública para ingressar com ações coletivas, com o intuito de exigir do Estado a tutela judicial 
específica. 
6 - Redes e Políticas contra a Violência 
6.1 - Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e Rede de 
Atendimento à Mulher em Situação de Violência 
Essas duas redes, referidas expressamente em edital, envolvem políticas desenvolvidas pelas instituições e 
órgãos governamentais voltados à proteção de mulheres expostas a situações de violência. 
Ambas as redes possuem 4 objetivos: 
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Mas qual a diferença entre “rede de atendimento” e “rede de enfrentamento”? 
A rede de enfrentamento é conjunto de órgãos que atuam 
 agentes governamentais e não-governamentais, formuladores, fiscalizadores e executores de 
políticas voltadas para as mulheres; 
 serviços/programas voltados para a responsabilização dos agressores; universidades; 
órgãos federais, estaduais e municipais responsáveis pela garantia de direitos e serviços 
especializados e não-especializados de atendimento às mulheres em situação de violência. 
A rede atendimento, por sua vez, envolve o conjunto de ações e serviços que tem por objetivo ampliar a 
rede de atendimento às mulheres vítimas de violência. 
6.2 - Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres 
Em sentido semelhante às redes acima estudadas, a Política Nacional de Enfrentamento à Violência tem por 
finalidade “estabelecer conceitos, princípios, diretrizes e ações de prevenção e combate à violência contra as 
mulheres, assim como de assistênciae garantia de direitos às mulheres em situação de violência, conforme 
normas e instrumentos internacionais de direitos humanos e legislação nacional”. 
COMBATE AO RACISMO 
1 – Introdução 
A discussão em torna da discriminação racial envolve o estudo da igualdade, notadamente em sentido 
material. O princípio da igualdade pode ser analisado sob o aspecto formal e sob o aspecto material. 
Pelo aspecto da igualdade em sentido formal temos a igualdade perante a lei. Nesse caso, o conceito de 
igualdade é aproximado do conceito de legalidade, pois todas as normas previstas em nosso ordenamento 
OBJETIVO DA REDE
empoderamento e construção da autonomia das 
mulheres
defesa dos direitos humanos
responsabilização dos agressores 
assistência qualificada às mulheres em situação 
de violência
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jurídico atingem a todos, sem qualquer discriminação. Os direitos e os deveres estipulados se destinam a 
toda e qualquer etnia, seja branca ou negra. 
Essa concepção formal de igualdade destaca os direitos de liberdade negativa, que são os direitos de primeira 
dimensão que são reconhecidos em abstrato. Isso significa dizer são reconhecidos a todos sem levar em 
consideração quaisquer possíveis distinções entre as pessoas. 
Contudo, na prática, essa igualdade em sentido formal não é suficiente. Nem todas as pessoas são iguais 
entre si de forma que possamos tratá-las abstratamente como iguais. Dito de outra forma, se todos fôssemos 
do mesmo sexo, da mesma etnia e com as mesmas condições econômicas por exemplo, se justificaria 
tratamento igualitário em sentido abstrato, formal, genérico. 
Contudo, a evolução histórica da sociedade releva que não é bem assim, existem distinções fáticas que não 
proporcionam a igualdade fática tão somente a partir da igualdade perante a lei (igualdade em sentido 
formal). 
É nesse contexto que surge a discussão a respeito da igualdade em sentido material, também conhecida 
como isonomia. A partir da multiplicação dos direitos humanos, passou-se a cogitar o respeito às diferenças. 
Por exemplo, sabidamente uma pessoa com deficiência tem maiores dificuldades de se inserir no mercado 
de trabalho, o que justifica ações afirmativas no sentido de reservar ou incentivar a contratação de pessoas 
com deficiência. É por isso que no concurso público há reserva de vagas para as pessoas com deficiência. O 
intuito é corrigir a desigualdade fática, não obstante abstratamente pessoas com e sem deficiência sejam 
consideradas iguais perante a lei. É por intermédio de um tratamento diferenciado concedido às pessoas 
com deficiência, espécie de grupo vulnerável, que será possível atingir a igualdade em sentido material. O 
mesmo raciocínio se aplica às questões étnicas, que descambam para a discriminação racial. 
Assim: 
 
Compreendida a diferença entre os sentidos formal e material da igualdade, sigamos. 
IG
U
A
LD
A
D
E
em sentido formal
aproxima-se do conceito de 
legalidade
igualdade abstrata e genérica
igualdade perante a lei
em sentido 
material
sinônimo de legalidade
igualdade na prática
leva em consideração as distinções
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O racismo se funda na convicção da superioridade de determinadas raças, tendo em vista motivações 
variadas, principalmente com relação às características físicas e outros traços do comportamento humano. 
Trata-se, em suma, de uma opinião pessoal sobre determinada raça humana que leva a uma posição 
depreciativa e, até mesmo, violenta em relação a uma coletividade. Isso é um fato e decorre da formação 
histórica da sociedade brasileira. Por mais que você, eventualmente, não haja dessa maneira, é uma 
realidade em nossa sociedade. 
Há uma suposição equivocada de que determinadas etnias são superiores a outras. Mesmo que hoje, 
formalmente sejam considerados como iguais, na prática não o são. Sustenta-se, assim, a necessidade de 
serem desenvolvidas regra específicas com a finalidade de proporcionar substancialmente a igualdade entre 
negros e brancos. 
O tema do combate ao racismo tem ganhado destaque tanto na seara internacional como nacional, em 
especial com a criminalização de tal conduta. São diversos os diplomas internacionais e nacionais que tratam 
do tema da discriminação racial e visam, geralmente com a concessão de direitos e opressão de práticas 
racistas, o combate ao racismo e conscientização da população. 
Internacionalmente, temos convenções internacionais gerais (como o Pacto Internacional os Direitos Civis e 
Políticos) e específicas que tutelam as pessoas vítimas de discriminação racial. A Convenção sobre a 
Eliminação da Discriminação Racial, instituída no âmbito da ONU, é o principal documento internacional 
específicos sobre o tema. 
Contudo, nosso enfoque aqui é a disciplina interna, ou seja, as normas jurídicas nacionais que tutelam esse 
grupo vulnerável. 
Primeiramente, devemos lembrar as normas constitucionais sobre o assunto: o inciso XLI do artigo 5º 
estabelece que qualquer discriminação atentatória a direitos e liberdades fundamentais será punida; já o 
inciso XLII prevê que o racismo é crime inafiançável e imprescritível, sujeito a pena de reclusão. 
A CF pune qualquer forma de discriminação e considera o racismo crime inafiançável, imprescritível e sujeito 
à pena de reclusão. Note que a CF adota um tratamento severo contra a discriminação racial. 
 
A partir daí, temos o desenvolvimento de uma série de leis infraconstitucionais que criminalizam o racismo. 
Além disso, temos normas de caráter promocional. 
DISCRIMINAÇÃO 
RACIAL NA CF
crime
inafiançável
imprescritível
sujeito a pena de 
reclusão
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É importante fixar que o tratamento da desigualdade racial é, por um lado, punitiva, tal como você notou 
acima, mas também promocional. No aspecto promocional, temos leis específicas que têm por objetivo criar 
políticas públicas voltadas para a promoção da igualdade. 
Assim: 
 
A Lei 12.228/2010, denominado de Estatuto da Igualdade Racial, está na vertente promocional. É o que 
passamos a estudar de foram detalhada. 
ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL 
1 - Introdução 
Atualmente, o Estatuto Nacional da Igualdade Racial (EIR) é disciplinado pela Lei 12.228/2010. Trata-se de 
um diploma que tutela direitos das pessoas negras. E possui os objetivos abaixo relacionados: 
 
Esses objetivos são extraídos do caput do art. 1º do Estatuto. 
Das finalidades acima, é importante chamar atenção à questão de defesa dos direitos étnicos. O EIR prevê 
que serão defendidos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos. Sabe qual a diferença entre eles? 
Os direitos individuais, como o próprio nome indica, representa o direito assegurado à pessoa isoladamente 
considerada, do qual é titular. Por exemplo, uma pessoa negra sofre discriminação racial no trabalho. Em 
razão desse fato que viola a esfera jurídica dessa pessoa, surge a possibilidade de ela buscar reparação 
jurídica. 
COMBATE À 
DISCRIMINAÇÃO 
RACIAL
vertente punitiva
tipificação de crime 
para o racismo
vertente promocional
prescrição e políticas 
públicas específicas
OBJETIVOS DO EIR
efetivação da igualdade de 
oportunidades aos negros
defesa de direito étnicos
combate à discriminação e 
intolerância racial
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Apenas um detalhe, se essa violação por discriminação atingir uma, duas ou três pessoas,teremos uma 
hipótese em que acidentalmente o direito individual torna-se coletivo. Trata-se, portanto, de direito 
individual homogêneo. 
Há, entretanto, direitos que atingem grupos de pessoas ou coletividades. 
Os direitos difusos são aqueles que dizem respeito a todas as pessoas, independentemente de quem seja, 
em razão de uma circunstância de fato. Por exemplo, os negros. Todos que estiverem na mesma condição 
de fato (vale dizer, ser negro) receberá por intermédio do EIR tutela diferenciada com vistas assegurar a 
isonomia. 
Os direitos coletivos (em sentido estrito) refere-se a direitos que atingem um grupo de pessoas, mas em 
razão de uma relação jurídica existente entre elas. Lembra do exemplo da discriminação no ambiente de 
trabalho? Pois bem, se a discriminação for perpetrada contra apenas um dos funcionários negros da 
empresa, temos a violação de um direito individual. Por outro lado, se todos os empregados negros daquela 
empresa sofrem discriminação racial em razão das políticas definidas, temos um direito coletivo. 
O importante é que você saiba que a tutela dos direitos étnicos abrange: 
 direitos individuais de um negro especificamente considerado; 
 direitos difusos da comunidade negra; 
 direitos coletivos (em sentido estrito) de determinado grupo de pessoas negras ligadas por uma 
relação jurídica entre si. 
Feito esse esclarecimento, sigamos! 
Ademais, em relação à parte introdutória é importante que conheçamos os conceitos adotados pelo EIR, 
assim esquematizados: 
CONCEITOS 
DISCRIMINAÇÃO 
RACIAL OU ÉTNICO-
RACIAL 
Constitui toda forma de distinção baseada em fatores étnicos ou de descendência 
que impliquem na anulação ou restrição dos seus direitos humanos. 
DESIGUALDADE RACIAL 
Diferenciação injustificada no acesso e fruição de bens, serviços e oportunidade em 
razão de fatores étnicos ou de descendência. 
DESIGUALDADE DE 
GÊNERO E RAÇA 
Constatação do fosso entre as mulheres negras e demais segmentos da sociedade. 
Tanto as mulheres como os negros são considerados vulneráveis em razão das 
condições fáticas em que se encontram. No caso, mulheres negras encontram-se em 
situação de dupla vulnerabilidade. 
POPULAÇÃO NEGRA 
Conjunto de pessoas que se declaram negas ou pardas segundo o IBGE. 
Note que o que define a pessoa negra é autodeclaração como tal. Isso, 
evidentemente, não impede que sejam criados mecanismos com a finalidade de 
evitar abusos, como ocorre, por exemplo, diante de comissões especiais constituídas 
em concursos públicos para a reserva de vagas. 
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POLÍTICAS PÚBLICAS 
Ações, iniciativas e programas adotados pelo Poder Público voltado para a 
efetivação de direitos humanos, no âmbito de suas prerrogativas institucionais. 
De acordo com EIR a garantia da igualdade material entre as pessoas negras e as demais etnias é dever do 
Estado e da sociedade. Essa igualdade pressupõe a fruição de diversas prerrogativas, especialmente a 
participação em atividades políticas, econômicas, empresariais, educacionais, culturais e esportivas. Além 
disso, devem ser respeitadas a dignidade e valores religiosos e culturais das pessoas negras. 
Notem: 
 
De acordo com o art. 3º, o EIR é considerado uma diretriz político-jurídica para a inclusão das vítimas de 
desigualdade étnico-racial, para a valorização da igualdade étnica e para o fortalecimento da identidade 
nacional brasileira. 
Fique atento! 
 
Para a execução das diretrizes, tendo em vista os deveres e objetivos assegurados às pessoas negras, deve 
ser promovida uma série de ações, que vem disciplinadas no art. 4º, cujo conhecimento é imprescindível 
para a nossa prova. Essas ações são exemplificativas e prioritárias. Isso significa dizer que devem ser adotadas 
preferencialmente, entre outras que podem ser implementadas. São as seguintes as ações previstas: 
DEVER
do Estado e da 
sociedade
Igualdade de 
participação na 
comunidade.
Respeito à 
dignidade.
Respeito à 
religião e cultura 
próprios.
EIR É DIRETRIZ 
POLÍTICO-JURÍDICA 
PARA
inclusão de vítimas de 
desigualdade étnico-
racial
valorização da igualdade 
étnica
fortalecimento da 
identificada nacional 
brasileira
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Para a promoção dessas medidas o Estatuto criou o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial 
(SINAPIR), cujas linhas gerais serão adiante analisadas. 
2 - Direitos Fundamentais 
Neste tópico vamos analisar o tratamento diferenciado conferido a alguns dos direitos humanos das pessoas 
negras. 
2.1 - Direito à Saúde 
A regra geral consta do art. 6º o EIR, que prevê a garantia pelo poder pública do direito à saúde da população 
negra mediante políticas públicas destinadas à redução do risco de doenças e outros agravos. O segmento 
da população negra vinculado a seguros de saúde privados deve ser tratados sem discriminação. 
Para tanto, o EIR institui, para a questão afeta à saúde das pessoas negras, a Política Nacional de Saúde 
Integral da População Negra. Essa Política, disciplinada no art. 7º do EIR, possui as seguintes diretrizes: 
 Ampliação e fortalecimento da participação de movimentos sociais em defesa da saúde da 
população negra nas áreas de controle social do SUS. 
 Produção de conhecimento científico e tecnológico em saúde da população negra. 
 Informação, comunicação e educação para a redução das vulnerabilidades da população negra. 
O dispositivo seguinte estabelece os objetivos da referida Política, quais sejam: 
 Promoção da saúde, com objetivo de reduzir desigualdades étnicas e combate à discriminação nas 
instituições e serviços do SUS. 
• inclusão nas políticas públicas de desenvolvimento econômico e social;
• adoção de medidas, programas e políticas de ação afirmativa;
• modificação das estruturas institucionais do Estado para o adequado enfrentamento e a 
superação das desigualdades étnicas ;
• promoção de ajustes normativos para aperfeiçoar o combate à discriminação étnica e 
às desigualdades étnicas em todas as suas manifestações individuais, institucionais e 
estruturais;
• eliminação dos obstáculos históricos, socioculturais e institucionais que impedem a 
representação da diversidade étnica nas esferas pública e privada; 
• estímulo, apoio e fortalecimento de iniciativas oriundas da sociedade civil direcionadas 
à promoção da igualdade de oportunidades e ao combate às desigualdades étnicas;
• implementação de programas de ação afirmativa destinados ao enfrentamento das 
desigualdades étnicas .
AÇÕES PARA PROMOÇÃO DA IGUALDADE:
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 Melhorias na qualidade de informação do SUS no que tange à coleta, ao processamento e à análise 
dos dados desagregados por cor, etnia e gênero. 
 Fomento à realização de estudos e pesquisas sobre racismo e saúde da população negra. 
 Inclusão do conteúdo da saúde dos negros nos processos de formação e educação permanente 
dos trabalhadores da área de saúde. 
 Adoção dos temas relacionados à saúde da população negra nos processos de formação política 
das lideranças de movimentos sociais para o exercício da participação e controle social no SUS. 
Em relação à comunidade quilombola, prevê ainda o dispositivo acima citado, o tratamento especialíssimo, 
relativamente à saúde, prevendo a melhorias de condições ambientais, saneamento básico, segurança 
alimentar e nutricional e atenção integral à saúde. 
2.2 - Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer 
Em relação aos direitos de segunda dimensão, especificamente à educação, cultura e lazer, temos o dever 
deo Estado adotar políticas públicas a fim de viabilizar a prestação desses direitos, como forma de integração 
da população negra. 
Para efetivar esse direito, o Poder Público deve adotar uma série de medidas. Note que a responsabilidade 
de adotar essas providências é dos governos Federal, estaduais e municipais. Em relação às providências, 
lembre-se: 
 
Vejamos, na sequência, alguns aspectos pontuais relativos a cada um dos direitos mencionados. 
Educação 
Entre os assuntos a serem abordados nos currículos escolares é obrigatório, segundo EIR, o estudo da 
história geral da África e da história da população negra no Brasil, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional. 
• Promoção de ações o acesso da população negra ao ensino e às atividades esportivas e 
de lazer.
• Apoio às entidades que mantenham espaço para promoção social e cultural da 
população negra.
• Desenvolvimento de campanhas educativas para integração da comunidade negra.
• Implementação de políticas públicas para o fortalecimento da juventude negra 
brasileira.
COMPETE AO PODER PÚBLICO ADOTAR UMA SÉRIE DE 
PROVIDÊNCIAS NO QUE DIZ RESPEITO À EDUCAÇÃO, CULTURA, 
ESPORTE E LAZER:
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Pretende-se, com o ensino de tais assuntos, resgatar a contribuição decisiva da comunidade negra para o 
desenvolvimento social, econômico, político e cultural do País. 
Para tanto, é essencial a formação dos professores e a elaboração de material didático específico para a 
disseminação desses conhecimentos. Do mesmo modo, a pesquisa e desenvolvimento voltados para temas 
referentes às relações étnicas, aos quilombos e às questões pertinentes à população negra será incentivado 
pelos órgãos federais. 
O Poder Público pode ainda criar incentivos a pesquisas e programas de estudos voltados para temas 
referentes às relações étnicas, quilombos e outras questões pertinentes à população negra. 
Nesse contexto, segundo dispõe o art. 13, o Poder Executivo deverá: 
 Resguardar os princípios da ética em pesquisa e apoiar grupos, núcleos e centros de pesquisa, que 
desenvolvam temáticas de interesse da população negra. 
 Incorporar nas matrizes curriculares dos cursos de formação de professores, assuntos que incluam 
valores concernentes à pluralidade étnica e cultural da sociedade brasileira. 
 Desenvolver programas de extensão universitária destinados a aproximar jovens negros de 
tecnologias avançadas. 
 Estabelecer programas de cooperação técnica, nos estabelecimentos de ensino públicos, privados 
e comunitários, com as escolas de educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e ensino 
técnico, para a formação docente baseada em princípios de equidade, de tolerância e de respeito às 
diferenças étnicas. 
Além disso nos arts. 14 a 16, são estabelecidos mais deveres específicos aos poderes públicos. Em síntese: 
 
Cultura 
Em relação aos direitos culturais da população negra, destaca-se do EIR o reconhecimento das culturas 
específicas desse segmento social, com a preservação de seus usos, costumes, tradições e religião. Nesse 
sentido, o poder público deve reconhecer as sociedades negras, clubes e outras formas de manifestação 
coletiva da população negra, com trajetória histórica comprovada, como patrimônio histórico e cultural. 
O que se busca com o EIR é preservar e fomentar esses aspectos da formação histórica da nossa sociedade. 
• estimular e apoiar ações socioeducacionais realizadas por entidades do movimento
negro que desenvolvam atividades voltadas para a inclusão social, mediante cooperação
técnica, intercâmbios, convênios e incentivos, entre outros mecanismos.
• adotar programas de ação afirmativa.
• acompanhar e avaliar os programas voltados à defesa dos direitos das pessoas negras.
OUTRAS ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS CONFERIDAS AO PODER 
PÚBLICO
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Há forte preocupação também com a manutenção das reminiscências históricas dos quilombolas, por isso 
os quilombos têm o direito à preservação de seus usos, costumes, tradições e manifestos religiosos sob a 
proteção do Estado. Particularmente, os documentos e sítios detentores de reminiscências dos antigos 
quilombos estão tombados por previsão constitucional expressa do artigo 216, § 5º. 
O samba e outras manifestações culturais de matriz africana têm suas personalidades e datas 
comemorativas celebradas pelo Estado. 
Ademais, está previsto o respeito à capoeira como bem de natureza imaterial e de formação da identidade 
cultural brasileira que será divulgado internacionalmente como tradição da cultura brasileira. 
Sigamos! 
Esporte e Lazer 
A população negra deve ter seu acesso a práticas desportivas fomentado pelo poder público. O esporte e o 
lazer são reconhecidos como direitos sociais. 
No que diz à capoeira, para além dos aspectos que nós vimos acima, também é um esporte de criação 
nacional. Em relação à capoeira, destaca-se: 
➢ Será reconhecida como esporte, luta, dança ou música, sendo livre o exercício em todo o território 
nacional. 
➢ Faculta-se o ensino da capoeira nas instituições públicas e privadas pelos capoeiristas e mestres 
tradicionais, pública e formalmente reconhecidos. 
2.3 - Direito à Liberdade de Consciência, de Crença e o Livre Exercício de 
Culto 
Como expressão dos direitos de liberdade, assegura-se ao negro o direito de expressar consciência e crenças 
própria, tanto em relação aos seus costumes e cultura como também em relação ao credo. Sobre a liberdade 
de consciência e de crença, o art. 24 do EIR estabelece quais seriam as manifestações protegidas, rol não 
taxativo. Em suma, a liberdade de consciência abrange: 
 A prática de cultos, reuniões e a fundação e manutenção, por iniciativa privada, de lugares 
reservados para tais fins. 
 A celebração de festividades e cerimônias. 
 A fundação e a manutenção, por iniciativa privada, de instituições beneficentes ligadas às 
respectivas convicções religiosas. 
 A produção, a comercialização, a aquisição e o uso de artigos e materiais religiosos adequados aos 
costumes e às práticas. 
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 A produção e a divulgação de publicações relacionadas ao exercício e à difusão das religiões de 
matriz africana; 
 A coleta de contribuições financeiras de pessoas naturais e jurídicas de natureza privada para a 
manutenção das atividades. 
 O acesso aos órgãos e aos meios de comunicação para divulgação das respectivas religiões. 
 A comunicação ao Ministério Público para abertura de ação penal em face de atitudes e práticas 
de intolerância religiosa nos meios de comunicação e em quaisquer outros locais. 
Temos na CF a garantia de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva, 
abrangendo inclusive a assistência quanto aos praticantes de religiões de matrizes africanas, conforme 
estabelece o art. 25 da CF. 
Além de assegurar a liberdade de culto, ao Poder Público é conferida a atribuição de combater a intolerância 
religiosa, atendendo, em relação aos cultos professados pela população negra, os seguintes objetivos: 
 coibir a utilização dos meios de comunicação social para a difusão de proposições, imagens ou 
abordagens que exponham pessoa ou grupo ao ódio ou ao desprezo por motivos fundados na 
religiosidade de matrizes africanas. 
 inventariar, restaurar e proteger os documentos, obras e outros bens de valor artístico e cultural, 
os monumentos, mananciais, flora e sítios arqueológicos vinculados às religiões de matrizes africanas. 
 assegurar a participação proporcional de representantesdas religiões de matrizes africanas, ao 
lado da representação das demais religiões, em comissões, conselhos, órgãos e outras instâncias de 
deliberação vinculadas ao poder público. 
Finalizamos, assim, mais um grupo específico de direitos no âmbito do Estatuto. 
Note que essa parte relativa aos direitos fundamentais é um pouco cansativa de se estudar. Além disso, são 
temas um pouco menos frequentes em prova, contudo, podem ser cobrados no contexto da sua prova, o 
que requer um esforço extra. Certamente, caso um tema específico relacionado aos direitos fundamentais 
seja cobrado, você terá conseguido se destacar frente aos demais candidatos, o que representará os pontos 
necessários à aprovação. Portanto, com vigor, vamos tratar do aceso à terra e à moradia. 
3 - Acesso à terra e à moradia adequada 
3.1 - Acesso à Terra 
As comunidades remanescentes de quilombos têm a propriedade definitiva das terras tradicionalmente 
ocupadas, de acordo com o art. 31 do EIR. Veja que, ao contrário das terras indígenas, que são de 
propriedade da União, as terras quilombolas pertencem às próprias comunidades. 
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No que diz respeito ao acesso a propriedades produtivas pelas comunidades negras, prevê o EIR que o 
Estado deverá promover políticas públicas voltadas específicas. Desse modo, além de propiciar condições 
para o acesso à terra, compete ao Poder Público incentivar o desenvolvimento de atividades produtivas no 
campo, notadamente por intermédio do financiamento agrícola, com facilitação de crédito, fortalecimento 
da logística e infraestrutura. 
Está previsto, ainda, a educação e a orientação profissional dos trabalhadores negros para o melhor 
desenvolvimento de suas atividades. 
No que diz respeito ao acesso à terra pelos quilombolas, prevê o Estatuto regramento específico para 
preservar-lhes as propriedades de origem. 
Afinal, você sabe o que são essas comunidades quilombolas? 
Notamos, em relação aos quilombolas, um tratamento especialíssimo, na medida que em constituem grupos 
ainda mais vulneráveis dentro da temática estudada na presente aula. 
Os quilombolas são espécie de comunidades tradicionais. 
Essas comunidades constituem grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, com 
formas próprias de organização social ocupantes de territórios e recursos naturais para manutenção da 
comunidade. Citam-se como exemplo de comunidades tradicionais os quilombolas, os indígenas, as 
comunidades ciganas e de terreiro. 
Em relação aos quilombolas, vejamos o que nos ensina Daniel Sarmento8: 
As marcas deixadas por séculos de escravidão negra no país estão longe de cicatrizar. A 
escravidão e a posterior omissão do Estado e da sociedade brasileira em adotar medidas 
de inclusão social do negro são responsáveis por um quadro desalentador, de profunda 
desigualdade entre as etnias. A tarefa que hoje se impõe ao país, e que tem firme apoio na 
Constituição de 88, não se esgota na redução dos desníveis socioeconômicos existentes 
entre as raças. Ela é mais profunda, e inclui também o respeito e a valorização da cultura 
afro-brasileira e o reconhecimento, despido de preconceitos e estereótipos, da identidade 
dos negros. 
O aspecto principal de discussão no cenário jurídico atual é o acesso à terra, cuja diretriz normativa consta 
do Estatuto Nacional da Igualdade Racial, por nós analisado. Conforme destacam os especialistas, a terra 
para essas comunidades não é apenas um bem econômico. O espaço ocupado por tais comunidade é, para 
além de um bem material, fundamental para as relações sociais, econômicas, culturais, justificando a 
proteção especial conferida pelo Estatuto. 
 
8 CANOTILHO, J. J. Gomes [et. al.]. Comentários à Constituição do Brasil, versão eletrônica. 
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Nesse contexto, prevê o art. 68 dos ADCT que aos remanescentes das comunidades dos quilombos que 
estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos 
respectivos. 
Para a prova: 
 
Os quilombolas constituem grupos e comunidades que adotam a prática do sistema de uso comum da terra, 
entendida como espaço coletivo e indivisível a ser ocupado e explorado por meio de regras consensuais aos 
grupos familiares que as compõem. As relações são orientadas pela solidariedade e ajuda mútua entre os 
integrantes da comunidade. 
Há um conceito regulamentar, conferido pelo Decreto nº 4.887/2003, cujo conhecimento é importante: 
Art. 2o Consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos, para os fins deste 
Decreto, os grupos étnico-raciais, segundo critérios de auto-atribuição, com trajetória 
histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de 
ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida. 
Segundo a doutrina para o conceito de quilombo, quatro elementos devem ser analisados. 
 
Vamos explorar um pouco mais esses elementos: 
 No que diz respeito ao primeiro elemento, deve ser verificado se a comunidade é marcada por 
uma trajetória histórica específica, relacionada à resistência e opressão contra os negros. 
 Ademais, é fundamental que essa comunidade possua traços culturais próprios, como modos de 
criar, fazer e viver peculiares. 
CONCEITO DE 
GRUPOS 
QUILOMBOLAS
Grupos que desenvolveram práticas de 
resistência na manutenção e 
reprodução de seus modos de vida 
característicos num determinado lugar.
ELEMENTOS PARA 
CARACTERIZAÇÃO DE UMA 
COMUNIDADE 
QUILOMBOLA
Passado histórico de 
resistência à opressão 
racial
Cultura própria
Relação especial com a 
terra (territorialidade)
Autoatribuição
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 No que diz respeito à territorialidade, traço distintivo dessas comunidades, é a existência de uma 
relação próxima do quilombo com a terra, para além do aspecto meramente econômico do imóvel. 
 Finalmente, no que atine à autoatribuição, refere-se à percepção dos integrantes da comunidade 
têm em relação à própria identidade étnica. Vale dizer, reconhecem-se como uma comunidade 
quilombola, nos termos que definimos acima. 
Definido quem são om quilombolas, cumpre compreender que o Estado confere proteção especial a esse 
grupo. Inicialmente destaca-se o dispositivo dos ADCT já citado, que reconhece a propriedade definitiva às 
comunidades quilombolas que estejam ocupadas, caracterizando-as como direito fundamental. 
Essa regra específica é endossada pela proteção especial conferida aos povos indígenas, constantes do art. 
231 e 232 da CF, mencionados no tópico anterior. 
Paralelamente há o Decreto nº 4.887/2003, em atenção ao art. 68, dos ADCT, que regulamenta o 
procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas 
por remanescentes das comunidades dos quilombos. 
3.2 - Moradia 
O tratamento jurídico da moradia é bastante semelhante ao tratamento conferido ao acesso à terra. Fixa-se 
ao Poder Público o dever de estabelecer políticas específicas para assegurar o direito fundamental à 
moradia, especialmente àqueles que vivem em situações degradantes, como favelas, cortiços, áreas urbanas 
subutilizadas etc. 
O direito à moradia, de acordo com o art. 35, inclui entre os deveres do Estado: 
1. o provimento habitacional; 
2. garantia da infraestrutura urbana ; 
3. garantia de equipamentos comunitários associados à função habitacional; 
4. assistência técnica e jurídica para a construção, a reforma ou a regularização fundiária da habitação 
em área urbana. 
Conforme art.36 do EIR, essas políticas serão desenvolvidas no âmbito do Sistema Nacional de Habitação de 
Interesse Social (SNHIS), tendo em vistas as peculiaridades sociais, econômicas e culturais da população 
negra. Agentes financeiros públicos e privados podem promover ações para viabilizar financiamentos 
habitacionais da população negra. 
Sigamos! 
4 - Trabalho 
O trabalho, enquanto direito social fundamental, vem expressamente disciplinado no Estatuto. Nesta 
atuação, cabe ao Poder Público levar em consideração, além das normas previstas no Estatuto da Igualdade 
Racial, as normas internacionais de direito do trabalho. 
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Ainda, confere-se ao Poder Público, do mesmo modo, o dever de implementar políticas públicas voltadas à 
igualdade material no trabalho para as pessoas negras. As principais medidas estatais de proteção do 
trabalho da população negra são as seguintes: 
 Adoção de políticas de formação profissional, de emprego e geração de renda. 
 O poder público incentivará o setor privado a adotar medidas de igualdade material. 
 Essas ações políticas devem tomar em conta a proporcionalidade de gênero. 
 O poder público deve promover campanhas de sensibilização contra a marginalização da mulher 
negra no trabalho artístico e cultural. 
 O poder público deve ações voltadas a elevar a escolaridade e qualificação profissional dos 
setores da economia que contem com alto índice de ocupação por trabalhadores negros de baixa 
escolarização. 
Envolvem, ainda, políticas voltadas para o mercado trabalho dos negros: 
 financiamento para constituição e ampliação de pequenas e médias empresas e de programas de 
geração de renda, contemplarão o estímulo à promoção de empresários negros. 
 atividades voltadas ao turismo étnico com enfoque nos locais, monumentos e cidades que retratem 
a cultura, os usos e os costumes da população negra. 
É o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) o órgão que formula políticas, 
programas e projetos voltados à inclusão da população negra no mercado de trabalho, orientando a 
destinação de recursos para o financiamento. 
No setor público, o Poder Executivo federal pode utilizar critérios de reprodução proporcional da distribuição 
étnica nacional na ocupação de cargos em comissão e funções de confiança. 
5 - Meios de Comunicação 
Quanto aos meios de comunicação destaca-se: 
 Valorização da herança cultural e a participação da população negra na história do País. 
 Prática de conferir oportunidades de emprego para atores, figurantes e técnicos negros, vedada toda e 
qualquer discriminação de natureza política, ideológica, étnica ou artística. 
6 - SINAPIR 
Quanto ao Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, vejamos apenas as regras mais relevantes, 
em forma de tópicos. 
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No âmbito do SINAPIR o Poder Público instituirá mecanismos e instrumentos para a defesa da igualdade 
racial, notadamente por intermédio de recebimento e encaminhamento de denúncias relatando 
preconceitos e discriminação fundados na etnia ou cor. 
Para tanto, assegura-se o acesso às Defensorias Públicas e demais órgãos jurídicos estatais. 
Para além do acesso à Justiça deve-se observar as regras relativas à proteção desse grupo vulnerável, contra 
a violência policial incidente sobre a população negra. Entre as práticas adotadas pelo Estado, devem ser 
implementadas ações de ressocialização e proteção da juventude negra em conflito com a lei e exposta a 
experiências de exclusão social. 
Desse modo, chegamos ao final do tratamento relativo ao Estatuto Nacional da Igualdade Racial. Vimos os 
principais dispositivos, destacando aqueles que possuem relevância para a nossa prova. 
Agora vamos às disposições finais do EIR. 
7 - Disposições finais 
Aqui interessa apenas observar as medidas que foram instituídas pela Lei não excluem outras que tenham 
sido criadas em prol da população negra. Além disso, o Poder Executivo federal deve criar mecanismos de 
aferição da eficácia social das medidas por meio de monitoramento constante, com emissão e divulgação de 
relatórios periódicos. 
CRIMES RESULTANTES DE RAÇA OU DE COR 
Os crimes resultantes de raça ou de cor estão disciplinados por uma lei específica, a Lei 7.716/1989. Muita 
atenção às situações que o legislador decidiu tipificar nesta lei. Veja, portanto, com atenção: 
• promover a igualdade étnica e o combate às desigualdades sociais resultantes do
racismo, inclusive mediante adoção de ações afirmativas.
• formular políticas destinadas a combater os fatores de marginalização e a promover a
integração social da população negra.
• descentralizar a implementação de ações afirmativas pelos governos estaduais, distrital
e municipais.
• articular planos, ações e mecanismos voltados à promoção da igualdade étnica.
• garantir a eficácia dos meios e dos instrumentos criados para a implementação das
ações afirmativas e o cumprimento das metas a serem estabelecidas.
OBJETIVOS DO SINAPIR
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Desse modo, toda vez que uma pessoa praticar crime de discriminação racial ou de preconceito em razão de 
raça, cor, étnica, religião ou procedência nacional poderá sofrer um processo penal que poderá levá-la à 
cadeia. 
O que faz a Lei 7.716/1989 é expor cada uma dessas condutas ilícitas e penalmente puníveis. Todas elas 
geram a reclusão. Não se trata de prisão simples, não se trata de detenção. Cada modalidade de pena tem 
uma regra específica, a ser estudada em Direito Penal. Em nossa matéria, devido o caráter humanístico, 
devemos ter em mente que a penalidade será de reclusão tão somente. O examinador não nos exigirá 
maiores detalhes. 
Note, ainda, que entre as hipóteses mencionadas não está a conduta de discriminação ou preconceito em 
razão do sexo ou do estado civil. Esse esclarecimento é importante, pois no contexto dessas leis penais 
específicas, temos a Lei 7.437/1985. Essa Lei é anterior à Lei 7.716/1989 (que ora estudamos) e ela prevê a 
cominação de contravenção penal para práticas discriminatórias ou preconceituosas em razão da raça, da 
cor, do sexo e do estado civil. 
Nesse ponto temos um problema. Por um lado, uma lei prevê que a discriminação ou preconceito em razão 
da raça ou da cor é contravenção penal, por outro, essas mesmas condutas são consideradas crimes. Qual 
aplicar? 
Aplicamos a Lei 7.716/1989 (que ora estudamos), que é lei posterior. 
Logo, as condutas tipificadas na outra Lei, a Lei 7.437/1985, é aplicável apenas em relação à discriminação 
e ao preconceito em razão do sexo e do estado civil, mas não em relação à raça e à cor, cuja disciplina 
segue a lei 7.716/1989. 
Feito isso, o que temos que fazer efetivamente é estudar cada uma das hipóteses penais previstas. Para fins 
da nossa prova, é importante conhecer os crimes tipificados nesta legislação específica, sem necessidade de 
aprofundar em maiores detalhes. A cobrança tende a ser objetiva e literal. Por isso, vamos auxiliar na 
compreensão das hipóteses legais. 
Antes de começar lembre-se: QUASE TODAS AS SANÇÕES SÃO DE RECLUSÃO, apenas com variação o tempo 
mínimo e máximo. 
A fim de facilitar a absorção dos tipos penais específicos, confira: 
A LEI 7.716/1989 TIPIFICADA AS 
CONDUTAS RESULTANTES DE
raça
cor
etnia
religião
procedência nacional
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❑ Impedir ou obstar acessoa cargo da Administração Pública Direta ou Indireta em razão de 
discriminação (reclusão de 2 a 5 anos); 
❑ Negar ou obstar emprego em empresa privada, não conceder equipamentos de EPIs em igualdade 
de condições, impedir o progresso na carreira ou benefício profissional ou proporcionar condições 
diferenciadas de trabalho (reclusão de 2 a 5 anos) 
❑ Anúncios de emprego discriminatórios ou preconceituosos (multa + PSC) 
❑ Recusar acesso ou atendimento a estabelecimento comercial (reclusão de 1 a 3 anos); 
❑ Recursar, negar ou impedir inscrição ou acesso em escola, pública ou privada (reclusão de 3 a 5 anos) 
✓ se praticada contra menor de 18 anos → pena agravada em 1/3 
❑ Impedir ou recursar hospedagem em hotel (reclusão de 3 a 5 anos) 
❑ Impedir ou recusar acesso a restaurantes e “assemelhados” (reclusão de 1 a 3 anos) 
❑ Impedir ou recusar atendimento em estabelecimento esportivo ou locais de diversão (reclusão de 1 
a 3 anos) 
❑ Impedir ou recusar acesso a cabelereiros ou barbearias e “assemelhados” (reclusão de 1 a 3 anos) 
❑ Impedir ou acesso a entradas sociais de prédios públicos ou privados (reclusão de 1 a 3 anos) 
❑ Impedir o acesso ou uso de transporte público (reclusão de 1 a 3 anos) 
❑ Impedir ou obstar o acesso às Forças Armadas (reclusão de 2 a 4 anos); 
❑ Impedir ou obstar o casamento ou convivência familiar e social (reclusão de 2 a 4 anos); 
❑ Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito (reclusão de 1 a 3 anos + multa) 
✓ se praticado nos meios de comunicação social ou decorrer de publicação (reclusão de 2 a 5 
anos + multa) 
❑ Veicular propaganda que utilize a suástica, símbolo nazista (reclusão de 2 a 5 anos e multa) 
Importante registrar, ainda, que se algum dos crimes acima for praticado por servidor público no exercício 
das suas funções, ele, em regra, não perderá o cargo como efeito automático da condenação transitada em 
julgado. Significa dizer que após o término do processo penal, se o servidor for considerado agente culpado 
pela conduta discriminatória ou preconceituosa, somente haverá perda do cargo público se houver 
motivação expressa nesse sentido na sentença. 
Além disso, na hipótese de o crime praticado envolver atividade empresarial, o estabelecimento terá o seu 
funcionamento suspenso por prazo não superior a 3 meses. 
PROTEÇÃO AOS LGBTTTI 
Primeiramente vamos compreender a sigla: 
LGBTTTI envolve: 
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• Lésbicas 
• Gays 
• Bissexuais 
• Travestis 
• Transexuais 
• Transgêneros 
• Pessoas em situação de intersexo. 
1 - Conceito 
O sexo refere-se às características biológicas de um ser: homem ou mulher. O gênero, por sua vez, consiste 
no conjunto de aspectos sociais, culturais, políticos relacionados a diferenças percebidas entre os papéis 
masculinos e femininos em uma sociedade. Assim, o travesti e o transexual referem-se à identidade de 
gênero de uma determinada pessoa. 
O transexual, portanto, apresenta uma incompatibilidade com o sexo e o gênero, de modo que a pessoa se 
enxerga como sendo do sexo oposto e se comporta de forma diferente. 
2 - Proteção Internacional da Liberdade Sexual 
O fundamento de proteção aos direitos humanos dos transexuais reporta-se à Magna Carta de 1215 ao se 
assegurar o direito à liberdade. 
Extrai-se também da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão que as pessoas põem fazer tudo o que 
não afetar a liberdade dos demais. 
Desse modo, o direito à liberdade é complementar do direito à vida, que corresponde, portanto, à faculdade 
tomar as próprias decisões, optar entre valores e ideias, de afirmar do modo que melhor lhe aprouver a 
individualidade e a personalidade. A liberdade é um valor inerente à dignidade do ser humano. 
Na medida em que o legislador não consegue prever todas as possibilidades de ações, reconhece 
implicitamente todas as condutas desde que não restringidas ou vedadas pelo ordenamento. Forma-se, 
assim, uma categoria de condutas "facultativas", as quais, podem, ou não, ser realizadas, de acordo, única e 
exclusivamente, com a vontade do indivíduo diretamente interessado. 
 
Respeito à homossexualidade, nesse contexto, consectário do direito à liberdade, não se justificando a 
imposição de limites, sob pena de violação à intimidade e vida privada dos homossexuais. Não há 
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manifestação maior da vida privada que a autodeterminação sexual. Assim a todos é assegurada a liberdade 
de viver a sua própria sexualidade, afirmando-a como signo distintivo próprio, a sua identidade sexual, que 
engloba a temática do homossexualismo, do intersexualismo e do transexualismo, bem assim da livre escolha 
de seus parceiros e da oportunidade de manter relações sexuais. 
Insere-se na liberdade sexual a prerrogativa da pessoa não apenas definir a orientação sexual, como também 
de externá-la por intermédio de seu comportamento e aparência. 
Tanto no Sistema Global como nos sistemas regionais de proteção aos direitos humanos não há instrumentos 
normativos específicos voltados para a proteção dos direitos humanos voltados para a liberdade sexual. De 
todo modo, aplica-se a base normativa geral, que maximiza a importância da liberdade e autonomia privadas. 
Desse modo para a nossa interessa analisar, em sede constitucional, de algumas manifestações relevantes 
em defesa dos direitos de liberdade sexual nas cortes internacionais. Nesse sentido, vejamos os 
ensinamentos de Flávia Piovesan9 ao mencionar os avanços obtidos na proteção internacional dos 
homossexuais: 
Esses avanços têm sido obtidos, sobretudo, na arena jurisprudencial do sistema global e 
regionais – o que, por si só, vem a revelar a ausência de um consenso normativo global e 
regional concernente aos direitos da diversidade sexual. 
No âmbito do Sistema Europeu destacam-se uma série de julgados interessantes, entre eles: 
 Caso Davis Norris versus Irlanda. A Irlanda editou legislação interna criminalizando práticas homossexuais 
consensuais entre adultos. Davis insurgiu-se à Corte Europeia de Direitos Humanos alegando violações à 
privacidade. Alegou, ainda, violação à saúde, dado o agravamento de seu estado clínico de depressão ante 
os abusos, ameaças e violência sofridos em razão da criminalização da conduta. Levado a julgamento, a Corte 
acolheu o pedido com fundamento de que em respeito à vida privada não se justifica a criminalização 
pretendida pela Irlanda. 
 Caso Perkins e R versus UK e Bazeley versus UK. Ambos as situações envolvem a demissão de pessoas das 
forças armadas do Reino Unido em razão da condição de homossexual. Sem sucesso com as respectivas 
demandas internas, ingressaram na Corte a fim de fazerem cessar a discriminação em razão da orientação 
sexual. A Corte Europeia acolheu ambas as pretensões, condenando o Reino Unido por violar o respeito à 
vida privada e a proibição de discriminação. 
 Caso Christine Goodwin versus UK. O objeto do referido caso foi a mudança do sexo masculino para 
feminino, bem como a dispensa de tratamento diferenciado nas esferas trabalhista e previdenciária. Em que 
pese tenha feito a cirurgia de mudança de sexo Christine, na esfera legal, era tratada como homem, sendo 
obrigada às regras trabalhistas e normatizações previdenciárias masculinas. Em tal caso, a Corte concluiu por 
uma interpretação dinâmica e evolutiva de forma que o Estado deveria garantir o tratamento real à Christine, 
como gênero feminino que é. 
 
9 PIOVESAN, Flávia. Temas de Direitos Humanos, 6º edição, São Paulo: Editora Saraiva, 2013, p. 407. 
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 Caso Fretté versus France. Assegurou-se a um casal homossexual o direito de adotar criança. 
Internamente o pedido de adoção foi indeferido sob o argumento de que o casal não apresentava um modelo 
estável de maternidade. A decisão da Corte entendeu que o tratamento conferido foi discriminatório. 
No âmbito do sistema Interamericano de Direitos Humanos destaca-se o caso Atala Riffo y niñas versus 
Chile. Trata-se de um caso inédito, levado à Corte Interamericana, no qual os postulantes alegaram 
tratamento discriminatório e interferência estatal indevida na vida privada e familiar. O bojo da ação discute 
direito de família. Karen Atala e Ricardo Jaime tiverem três filhas. Após a separação, as filhas permaneceram 
com a genitora que iniciou uma relação homoafetiva com Emma de Ramon. O genitor das crianças ingressou 
junto aos tribunais chilenos, cuja decisão conferiu a guarda das crianças ao pai, sob o argumento de que a 
orientação sexual materna poderia expor as filhas à discriminação e lhes causar confusão psicológica. 
Levada para análise na Corte Interamericana ficou assentado que a decisão judicial interna transgrediu os 
princípios igualdade e da não discriminação previstos no artigo no Pacto de São José da Costa Rica. 
Afirmou-se a vedação ao tratamento discriminatório, já bastando a opressão social sofrida pelos 
homossexuais. 
Ademais, entendeu-se que a decisão chilena violou a proteção à vida privada dos indivíduos, que inclui a vida 
sexual e o direito de estabelecer e desenvolver relações com outros seres humanos. 
Em razão disso o Estado Chileno foi condenado a: prestar assistência médica e acesso psicológico ou 
psiquiátrico às vítimas, publicar o resumo do julgamento, realizar ato público de reconhecimento da 
responsabilidade internacional pelos fatos, continuar a implementar programas e cursos de educação e 
formação para os funcionários públicos e pagar compensação por danos materiais e morais e reembolsar os 
custos e despesas. 
Dos julgados mencionados, o que se extrai é a importância dada e imperatividade do princípio da igualdade 
e da não discriminação. É necessário reforçar a proteção com vistas a proibir a discriminação fundada na 
orientação sexual e assegurar por intermédio da legislação políticas públicas protetivas. 
3 - Liberdade Sexual no ordenamento jurídico nacional 
 
A CF ao consagrar o direito à igualdade proíbe a discriminação em razão da inclinação sexual. A discriminação 
é constitucionalmente vedada, do que se extrai do art. 3º, IV, da CF, uma vez que compete ao Estado 
promover o bem de todos, vedada qualquer discriminação. 
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Nesse sentido, segundo Maria Berenice Diniz10: 
A orientação sexual adotada na esfera de privacidade não admite restrições, o que 
configura afronta a liberdade fundamental, a que faz jus todo ser humano, no que diz com 
sua condição de vida. Como todos os segmentos alvo do preconceito e discriminação social, 
as relações homossexuais se sujeitam à deficiência de formação jurídica, sendo deixados à 
margem da sociedade e à míngua do Direito. 
Nesse contexto destacam-se alguns assuntos relevantes, tais como família e afetividade, a homoafetividade 
e as respectivas uniões, bem como o direito à diferença. Não compete a nossa disciplina estender a análise 
desses assuntos, pois estaríamos adentrando na análise do direito de família, matéria de Direito Civil. 
De todo modo, dada a relevância da matéria, vamos trazer a análise do STF a respeito do reconhecimento 
das uniões homoafetivas. 
3.1 - Reconhecimento e qualificação da união homoafetiva como entidade 
familiar 
A união homoafetiva é a união contínua e duradoura de pessoas do mesmo sexo. A CF e a legislação civil não 
abordaram o texto de forma expressa. 
O tratamento tradicional equipara o referido instituto às sociedades de fato. Contudo, a lacuna legislativa 
não impedia que a parcela da doutrina incluísse a união homoafetiva como espécie do gênero família. 
Afirma-se que o art. 226 da CF é cláusula geral protetora da família e as espécies ali relacionadas (família 
constituída pelo casamento, união estável e a família monoparental). Desse modo não restam esgotadas as 
todas as formas de convívio merecedoras de tutela. 
Argumenta-se, ainda, que com fundamento no princípio da dignidade da pessoa humana - elemento 
axiológico da Constituição e vetor interpretativo – reconhece-se o direito de autodeterminação de cada 
pessoa, em especial o direito à orientação sexual. 
Afirma-se, também, que o princípio da igualdade impõe que as diferenciações sejam dotadas de 
razoabilidade. 
Após a progressiva evolução da jurisprudência sobre o tema, o STF conferiu interpretação conforme ao art. 
1.723, CC para excluir do dispositivo em causa qualquer significado que impeça o reconhecimento da união 
contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como família. Reconhecimento que é de ser 
feito segundo as mesmas regras e com as mesmas consequências da união estável heteroafetiva. 
 
10 DINIZ, Maria Berenice. Liberdade de Orientação Sexual na Sociedade Atual, disponível em 
http://www.mariaberenice.com.br/uploads/53_-_liberdade_de_orienta%E7%E3o_sexual_na_sociedade_atual.pdf, acesso 
em 24/6/2016. 
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Nesse contexto, ficou assentado11: 
O STF – apoiando-se em valiosa hermenêutica construtiva e invocando princípios essenciais 
(como os da dignidade da pessoa humana, da liberdade, da autodeterminação, da 
igualdade, do pluralismo, da intimidade, da não discriminação e da busca da felicidade) – 
reconhece assistir, a qualquer pessoa, o direito fundamental à orientação sexual, havendo 
proclamado, por isso mesmo, a plena legitimidade ético-jurídica da união homoafetiva 
como entidade familiar, atribuindo-lhe, em consequência, verdadeiro estatuto de 
cidadania, em ordem a permitir que se extraiam, em favor de parceiros homossexuais, 
relevantes consequências no plano do Direito, notadamente no campo previdenciário, e, 
também, na esfera das relações sociais e familiares. 
A extensão, às uniões homoafetivas, do mesmo regime jurídico aplicável à união estável 
entre pessoas de gênero distinto justifica-se e legitima-se pela direta incidência, dentre 
outros, dos princípios constitucionais da igualdade, da liberdade, da dignidade, da 
segurança jurídica e do postulado constitucional implícito que consagra o direito à busca 
da felicidade, os quais configuram, numa estrita dimensão que privilegia o sentido de 
inclusão decorrente da própria CR (art. 1º, III, e art. 3º, IV), fundamentos autônomos e 
suficientes aptos a conferir suporte legitimador à qualificação das conjugalidades entre 
pessoas do mesmo sexo como espécie do gênero entidade familiar. 
O postulado da dignidade da pessoa humana, que representa – considerada a centralidade 
desse princípio essencial (CF, art. 1º, III) – significativo vetor interpretativo, verdadeiro 
valor-fonte que conforma e inspira todo o ordenamento constitucional vigente em nosso 
País, traduz, de modo expressivo, um dos fundamentos em que se assenta, entre nós, a 
ordem republicana e democrática consagrada pelo sistema de direito constitucional 
positivo. 
O princípio constitucional da busca da felicidade, que decorre, por implicitude, do núcleo 
de que se irradia o postulado da dignidade da pessoa humana, assume papel de extremo 
relevo no processo de afirmação, gozo e expansão dos direitos fundamentais, qualificando-
se, em função de sua própria teleologia, como fator de neutralização de práticas ou de 
omissões lesivas cuja ocorrência possa comprometer, afetar ou, até mesmo, esterilizar 
direitos e franquias individuais. Assiste, por isso mesmo, atodos, sem qualquer exclusão, o 
direito à busca da felicidade, verdadeiro postulado constitucional implícito, que se qualifica 
como expressão de uma ideia-força que deriva do princípio da essencial dignidade da 
pessoa humana. 
 
11 ADI 4.277 e ADPF 132, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 5-5-2011, Plenário, DJE de 14-10-2011, extraído de 
http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp, acesso em 21/4/2016. 
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Vejamos, ainda12: 
Proibição de discriminação das pessoas em razão do sexo, seja no plano da dicotomia 
homem/mulher (gênero), seja no plano da orientação sexual de cada qual deles. A 
proibição do preconceito como capítulo do constitucionalismo fraternal. Homenagem ao 
pluralismo como valor sócio-político-cultural. Liberdade para dispor da própria 
sexualidade, inserida na categoria dos direitos fundamentais do indivíduo, expressão que 
é da autonomia de vontade. Direito à intimidade e à vida privada. Cláusula pétrea. O sexo 
das pessoas, salvo disposição constitucional expressa ou implícita em sentido contrário, 
não se presta como fator de desigualação jurídica. Proibição de preconceito, à luz do inciso 
IV do art. 3º da CF, por colidir frontalmente com o objetivo constitucional de ‘promover o 
bem de todos’. Silêncio normativo da Carta Magna a respeito do concreto uso do sexo dos 
indivíduos como saque da kelseniana ‘norma geral negativa’, segundo a qual ‘o que não 
estiver juridicamente proibido, ou obrigado, está juridicamente permitido’. 
Reconhecimento do direito à preferência sexual como direta emanação do princípio da 
‘dignidade da pessoa humana’: direito a autoestima no mais elevado ponto da consciência 
do indivíduo. Direito à busca da felicidade. Salto normativo da proibição do preconceito 
para a proclamação do direito à liberdade sexual. O concreto uso da sexualidade faz parte 
da autonomia da vontade das pessoas naturais. Empírico uso da sexualidade nos planos da 
intimidade e da privacidade constitucionalmente tuteladas. Autonomia da vontade. 
Cláusula pétrea. (...) Ante a possibilidade de interpretação em sentido preconceituoso ou 
discriminatório do art. 1.723 do CC, não resolúvel à luz dele próprio, faz-se necessária a 
utilização da técnica de ‘interpretação conforme à Constituição’. Isso para excluir do 
dispositivo em causa qualquer significado que impeça o reconhecimento da união 
contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como família. 
Reconhecimento que é de ser feito segundo as mesmas regras e com as mesmas 
consequências da união estável heteroafetiva. 
Vamos analisar na sequência a questão do nome social. 
4 - Transgênero e o Direito ao nome 
Esse tema envolve o reconhecimento do nome social, em razão da identidade de gênero a pessoas travestis 
e transexuais. 
Primeiramente devemos saber o que é identidade de gênero e o que se entende por nome social. 
Para fins de prova... 
 
12 RE 477.554-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 16-8-2011, Segunda Turma, DJE de 26-8-2011.) No mesmo 
sentido: ADI 4.277 e ADPF 132, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 5-5-2011, Plenário, DJE de 14-10-2011, extraído de 
http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp, acesso em 20.01.2015. 
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Assim, a alteração do nome social decorre da necessidade de identificar o gênero da pessoa em 
conformidade com a forma com a qual a pessoa se relaciona em sociedade. O gênero, portanto, é uma 
prática social, sem relação direta com o sexo atribuído no nascimento. 
Nesse contexto, a sociedade e, também, o Poder Público devem passar a compreender o nome social como 
a forma mais adequada (e humana) de representar a pessoa na sociedade, sob pena de discriminação fulcral 
à sua dignidade, na medida em que se apresenta como determinada pessoa, mas documentalmente consta 
como outra. 
Ademais deve ser rechaçado toda utilização de expressões pejorativas e discriminatórias para se referir às 
pessoas travestis ou transexuais. 
Cumpre observar que no âmbito do Poder Executivo Federal foi aprovado o Decreto 8.727/2016 que 
reconhece o nome social e a identidade de gênero perante a administração pública federal, direta ou 
indireta. 
Veja o que determina o art. 2º do referido diploma infralegal: os órgãos da administração federal devem 
adotar o nome social da pessoa travesti ou transexual mediante requerimento. É vedado o uso de expressões 
pejorativas ou discriminatórias para se referir a essas pessoas. 
Não há, em nosso ordenamento jurídico pátrio, norma primária disciplinando a matéria. Contudo, mesmo 
diante dessa realizada, encontramos decisões de magistrados pelo país que concediam a possibilidade de 
mudança do nome com fundamento no princípio da intimidade e da privacidade. Nesse sentido, confira 
jurisprudência do STJ sobre o assunto, que constitui referência das tutelas judiciais relativas ao tema 
atualmente: 
DIREITO CIVIL. RECURSO ESPECIAL. TRANSEXUAL SUBMETIDO À CIRURGIA DE 
REDESIGNAÇÃO SEXUAL. ALTERAÇÃO DO PRENOME E DESIGNATIVO DE SEXO. PRINCÍPIO 
DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. 
- Sob a perspectiva dos princípios da Bioética ? de beneficência, autonomia e justiça ?, a 
dignidade da pessoa humana deve ser resguardada, em um âmbito de tolerância, para que 
a mitigação do sofrimento humano possa ser o sustentáculo de decisões judiciais, no 
NOME SOCIAL
designação pela qual a pessoa travesti ou transexual se 
identifica e é socialmente reconhecida.
IDENTIDADE DE 
GÊNERO 
dimensão da identidade de uma pessoa que diz respeito 
à forma como se relaciona com as representações de 
masculinidade e feminilidade e como isso se traduz em 
sua prática social, sem guardar relação necessária com o 
sexo atribuído no nascimento.
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sentido de salvaguardar o bem supremo e foco principal do Direito: o ser humano em sua 
integridade física, psicológica, socioambiental e ético-espiritual. 
- A afirmação da identidade sexual, compreendida pela identidade humana, encerra a 
realização da dignidade, no que tange à possibilidade de expressar todos os atributos e 
características do gênero imanente a cada pessoa. Para o transexual, ter uma vida digna 
importa em ver reconhecida a sua identidade sexual, sob a ótica psicossocial, a refletir a 
verdade real por ele vivenciada e que se reflete na sociedade. 
- A falta de fôlego do Direito em acompanhar o fato social exige, pois, a invocação dos 
princípios que funcionam como fontes de oxigenação do ordenamento jurídico, 
marcadamente a dignidade da pessoa humana ? cláusula geral que permite a tutela integral 
e unitária da pessoa, na solução das questões de interesse existencial humano. 
- Em última análise, afirmar a dignidade humana significa para cada um manifestar sua 
verdadeira identidade, o que inclui o reconhecimento da real identidade sexual, em 
respeito à pessoa humana como valor absoluto. 
- Somos todos filhos agraciados da liberdade do ser, tendo em perspectiva a transformação 
estrutural por que passa a família, que hoje apresenta molde eudemonista, cujo alvo é a 
promoção de cada um de seus componentes, em especial da prole, com o insigne propósito 
instrumental de torná-los aptos de realizar os atributos de sua personalidade e afirmar a 
sua dignidade como pessoa humana. 
- A situação fática experimentada pelo recorrente tem origem em idêntica problemática 
pela qual passam os transexuais em sua maioria: um ser humano aprisionado à anatomia 
de homem, com o sexo psicossocial feminino, que, após ser submetido à cirurgiade 
redesignação sexual, com a adequação dos genitais à imagem que tem de si e perante a 
sociedade, encontra obstáculos na vida civil, porque sua aparência morfológica não condiz 
com o registro de nascimento, quanto ao nome e designativo de sexo. 
- Conservar o ?sexo masculino? no assento de nascimento do recorrente, em favor da 
realidade biológica e em detrimento das realidades psicológica e social, bem como 
morfológica, pois a aparência do transexual redesignado, em tudo se assemelha ao sexo 
feminino, equivaleria a manter o recorrente em estado de anomalia, deixando de 
reconhecer seu direito de viver dignamente. 
- Assim, tendo o recorrente se submetido à cirurgia de redesignação sexual, nos termos do 
acórdão recorrido, existindo, portanto, motivo apto a ensejar a alteração para a mudança 
de sexo no registro civil, e a fim de que os assentos sejam capazes de cumprir sua 
verdadeira função, qual seja, a de dar publicidade aos fatos relevantes da vida social do 
indivíduo, forçosa se mostra a admissibilidade da pretensão do recorrente, devendo ser 
alterado seu assento de nascimento a fim de que nele conste o sexo feminino, pelo qual 
é socialmente reconhecido. 
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- Vetar a alteração do prenome do transexual redesignado corresponderia a mantê-lo em 
uma insustentável posição de angústia, incerteza e conflitos, que inegavelmente atinge 
a dignidade da pessoa humana assegurada pela Constituição Federal. No caso, a 
possibilidade de uma vida digna para o recorrente depende da alteração solicitada. E, tendo 
em vista que o autor vem utilizando o prenome feminino constante da inicial, para se 
identificar, razoável a sua adoção no assento de nascimento, seguido do sobrenome 
familiar, conforme dispõe o art. 58 da Lei n.º 6.015/73. 
- Deve, pois, ser facilitada a alteração do estado sexual, de quem já enfrentou tantas 
dificuldades ao longo da vida, vencendo-se a barreira do preconceito e da intolerância. O 
Direito não pode fechar os olhos para a realidade social estabelecida, notadamente no que 
concerne à identidade sexual, cuja realização afeta o mais íntimo aspecto da vida privada 
da pessoa. E a alteração do designativo de sexo, no registro civil, bem como do prenome 
do operado, é tão importante quanto a adequação cirúrgica, porquanto é desta um 
desdobramento, uma decorrência lógica que o Direito deve assegurar. 
- Assegurar ao transexual o exercício pleno de sua verdadeira identidade sexual consolida, 
sobretudo, o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, cuja tutela consiste 
em promover o desenvolvimento do ser humano sob todos os aspectos, garantindo que 
ele não seja desrespeitado tampouco violentado em sua integridade psicofísica. Poderá, 
dessa forma, o redesignado exercer, em amplitude, seus direitos civis, sem restrições de 
cunho discriminatório ou de intolerância, alçando sua autonomia privada em patamar de 
igualdade para com os demais integrantes da vida civil. A liberdade se refletirá na seara 
doméstica, profissional e social do recorrente, que terá, após longos anos de sofrimentos, 
constrangimentos, frustrações e dissabores, enfim, uma vida plena e digna. 
- De posicionamentos herméticos, no sentido de não se tolerar ?imperfeições? como a 
esterilidade ou uma genitália que não se conforma exatamente com os referenciais 
científicos, e, consequentemente, negar a pretensão do transexual de ter alterado o 
designativo de sexo e nome, subjaz o perigo de estímulo a uma nova prática de eugenia 
social, objeto de combate da Bioética, que deve ser igualmente combatida pelo Direito, 
não se olvidando os horrores provocados pelo holocausto no século passado. 
Recurso especial provido. 
O STF reconheceu a repercussão geral do tema13: 
DIREITO CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO SOB O REGIME DA REPERCUSSÃO 
GERAL. DIREITO DE TRANSEXUAIS A SEREM TRATADOS SOCIALMENTE DE ACORDO COM A 
SUA IDENTIDADE DE GÊNERO. 
 
13 RE 845779, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, julgado em 03/05/2016, publicado em PROCESSO ELETRÔNICO DJe-091 
DIVULG 05/05/2016 PUBLIC 06/05/2016. 
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Transexuais são pessoas que se identificam com o gênero oposto ao seu sexo de 
nascimento, sentindo geralmente que o seu corpo não é adequado à forma como se 
percebem. 
A igualdade, enquanto “política de reconhecimento”, visa a proteger grupos que possuam 
menor estima e prestígio social, em razão de padrões culturais enraizados que os 
inferiorizam, como é o caso dos transexuais. O tratamento social em conformidade com a 
sua identidade de gênero consiste em medida necessária ao reconhecimento dos 
transexuais e, assim, à tutela do seu direito à igual consideração e respeito, corolário 
natural do princípio da dignidade em sua dimensão de atribuição de valor intrínseco a todo 
e qualquer ser humano. 
Solução diversa implicaria, ainda, gravíssima restrição à liberdade individual, porque 
impediria os transexuais de desenvolverem plenamente a sua personalidade, vivendo de 
acordo com a sua identidade de gênero. A violação à liberdade, no caso, afetaria escolhas 
existenciais, relacionando-se, assim, também à dignidade humana, mas, agora, na vertente 
da autonomia. 
É possível que a convivência social e a aceitação (ou respeito) de identidades de gênero 
que fogem ao padrão culturalmente estabelecido gerem estranheza e até constrangimento 
em grande parte das pessoas. Afinal, trata-se de uma realidade que passou a ser 
abertamente exposta e debatida há relativamente pouco tempo. Vivemos, porém, em um 
Estado Democrático de Direito, o que significa dizer que a maioria governa, mas submetida 
à necessária observância aos direitos fundamentais – de quem quer seja, qualquer que seja 
sua identificação de gênero. 
Provimento do recurso extraordinário para a reforma do acórdão recorrido e consequente 
manutenção da sentença. Afirmação, em sede de repercussão geral, da seguinte tese: “Os 
transexuais têm direito a serem tratados socialmente de acordo com a sua identidade de 
gênero, inclusive na utilização de banheiros de acesso público”. 
Provimento do recurso extraordinário. 
4.1 - Nome Social e uso de banheiro nas escolas 
A Resolução 12/2015 do Conselho Nacional LGBT estabelece parâmetros para a garantia de condições de 
acesso e permanência de pessoas travestis e transexuais nos sistemas de instituições de ensino. 
Toda vez que o nome civil não refletir a identidade de gênero, prevê a Resolução que deve ser assegurado o 
reconhecimento e adoção do nome social, pelas instituições e rede de ensino. 
Para exequibilidade desse mandamento, a Resolução sugere: 
 adoção de formulários com campo para o nome social; 
 utilização do nome social como regra; 
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 utilização de banheiros, vestiários e demais espaços de acordo com a identidade de 
gênero; 
 facultar a opção pelo uniforme, caso haja distinção entre sexos. 
5 - Combate à discriminação de grupos LGBTTTI em privação de 
liberdade 
Esse assunto é disciplinado pela Resolução Conjunta n. 01/2014 do Conselho Nacional de Política Criminal e 
Penitenciária/ Ministério da Justiça e Conselho Nacional de Combate à Discriminação da Secretaria de 
Direitos Humanos da Presidência da República. 
De acordo com a Resolução quem se enquadrar no LGBTTTI e estiver em privação de liberdade tem o direito 
de ser chamada pelo seu nome social, de acordo com o seu gênero. Além disso, prevê a Resolução que deve 
ser assegurado a esse grupo locais específicos de vivência, com tratamento isonômico, sem o empregode 
violência. 
É assegurado também ao grupo vulnerável em privação de liberdade o uso de roupas femininas ou 
masculinas, conforme o gênero, e a manutenção de cabelos compridos, se o tiver, garantindo seus caracteres 
secundários de acordo com sua identidade de gênero. 
Assegura-se também o direito à visita íntima, bem assim, a atenção à saúde, capacitação profissional 
continuada. 
Encerramos, com isso, mais uma parte relevante dessa aula. 
PROTEÇÃO ÀS PESSOAS PORTADORAS DE TRANSTORNOS 
MENTAIS E LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS 
Ainda na aula de hoje vamos tratar da proteção especial conferida às pessoas portadoras de transtornos 
mentais. Trata-se de um grupo vulnerável que recebe menos proteção, quando comparado aos outros 
grupos vulneráveis já estudados. 
Internacionalmente, temos a Declaração dos Direitos dos Deficientes Mentais, aprovada na ONU em 1971, 
que teve por finalidade principais apoiar os portadores de transtornos mentais a desenvolverem suas 
aptidões nas diversas atividades e a sua incorporação na vida social. 
Em 1991, foi aprovada a Resolução 46/119 na Assembleia Geral da ONU, que tratou da proteção das pessoas 
com doenças mentais e a melhoria da assistência à saúde mental. Essa resolução é resultado das ações de 
implementação da Declaração dos Direitos dos Deficientes Mentais. A partir da análise de relatórios, 
constatou-se diversos abusos e violações de direitos na área de psiquiatria contra pessoas com transtornos 
mentais. 
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No âmbito da OEA, embora não tenhamos diplomas internacionais de destaque tutelando a matéria, o 
assunto ganhou relevância na temática de Direitos Humanos não apenas em razão da vulnerabilidade dos 
direitos envolvido, mas devido à discussão acerca do caso Damião Ximenes. 
Em novembro de 1999 foi apresentado perante a Corte Internacional Americana o Caso nº 12.237. A situação 
fática envolvida reporta-se ao Senhor Damião Ximenes Lopes, portador de doença mental, que foi 
assassinado em 1999, enquanto esteve na custodiado na Casa de Repouso de Guararape. Sabe-se que 
durante o período de internação Damião sofreu diversas violações aos seus direitos humanos. Por se tratar 
de um sujeito vulnerável, com dificuldades de expressar sentimentos e em razão da debilidade mental, era 
tratado de forma desumana. Além disso, há relatos de que os medicamentos eram ministrados sem controle, 
as situações de higiene e de salubridade do local eram precárias. 
Após a morte de Damião, a família ingressou com ações judiciais cíveis e criminais perante o Judiciário 
brasileiro. Contudo, diante da demora de tais ações, a família ingressou com ação junto à Comissão 
Internacional de Direitos Humanos, alegando violação do direito à vida, integridade psíquica dos familiares, 
pela ausência de punição aos autores do homicídio, bem como pela violação do devido processo legal dada 
a mora do Poder Judiciário brasileiro. 
A sentença da Corte reconheceu a violação aos direitos alegados e, em consequência, fixou diversas 
obrigações de fazer e de reparar ao Estado brasileiro. 
O caso é paradigmático, pois foi o primeiro julgado envolvendo pessoas com deficiência perante o Sistema 
Americano de Direitos Humanos. Esse fato evidenciou as dificuldades enfrentadas para respeitar e promover 
os direitos de comunidades vulneráveis. 
Em razão da sentença, o Brasil passou a desenvolver políticas para o desenvolvimento da saúde mental, a 
assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais, com a devida 
participação da sociedade e da família. 
Na sequência, vamos analisar os diversos diplomas específicos. Temos, uma lei federal e várias outras normas 
infralegais, que tratam da temática. Vamos, por razões de hierarquia normativa iniciar a análise com a Lei 
10.216/2001. 
1 - Internação Voluntária , Involuntária e Compulsória (Lei n. 
10.216/01) 
A principal norma, que decorreu diretamente o caso acima explicado é a Lei nº 10.216/2001, que zela pelos 
direitos e atendimento das pessoas com transtornos mentais. 
O atendimento a essas pessoas deve ser prestado por estabelecimentos próprios, compreendidas como 
instituições ou unidades que ofereçam assistência em saúde aos portadores de transtornos mentais. 
A finalidade dessas instituições é propiciar, num primeiro momento a garantia dos direitos das pessoas com 
transtorno mental e, em segundo, a reinserção social do paciente em seu meio. 
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Lembre... 
 
 
Em termos de atendimento, prefere-se o atendimento ambulatorial à internação. A internação é medida 
excepcional e somente deverá ocorrer mediante indicação médica e quando os meios ambulatoriais 
disponíveis se mostrarem insuficientes ou não efetivos. 
De todo modo, quando necessária a internação deve propiciar assistência integral ao portador de transtorno 
mental, incluindo serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros. 
Pois bem, o artigo 1º afirma que os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental são 
assegurados SEM QUALQUER FORMA DE DISCRIMINAÇÃO. 
O art. 2º fixa uma série de direitos específicos das pessoas portadoras de transtorno mental. Para auxiliar a 
memorização, vejamos um esquema: 
FINALIDADE DAS INSTITUIÇÕES DE ASSISTÊNCIA ÀS 
PESSOAS COM TRANSTORNO MENTAL
garantia dos direitos 
humanos
reinserção social do 
paciente
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A garantia desses direitos é de responsabilidade do Estado, o qual deve desenvolver políticas de saúde 
mental e promover a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais, 
com a devida participação da sociedade e da família. 
O artigo 4º da Lei trata da medida de internação, que é a ação mais invasiva sobre a liberdade da pessoa com 
transtorno mental. Por isso, a internação SÓ será indicada quando os recursos extra-hospitalares se 
mostrarem insuficientes. O tratamento visará, como finalidade permanente, a reinserção social do paciente 
em seu meio. A lei veda a internação em instituições com características asilares, que são as entidades que 
não observam os direitos previstos na Lei. 
A internação psiquiátrica ocorrerá apenas mediante laudo médico, que deve indicar os motivos que a 
indicam. Há três tipos de internação psiquiátrica: voluntária, aquela que se dá COM o consentimento do 
usuário, involuntária, aquela que se dá SEM o consentimento do usuário e a pedido de terceiro, e 
compulsória, aquela DETERMINADA PELA JUSTIÇA. 
Sobre a INTERNAÇÃO VOLUNTÁRIA, o artigo 7º prevê que a pessoa que solicita ou consente com a sua 
internação deve assinar declaração de que optou pelo regime no momento de admissão. O término da 
internação ocorre por solicitação escrita do paciente ou por determinação do médico assistente. 
Ainda que o paciente consinta com a internação ela somente ocorrerá por intermédio de autorização médica, 
conforme disciplina o art. 8º. A referida autorização aplica-se tanto à internação voluntária quanto 
involuntária. Especificamente no caso de internação involuntária, o responsável técnico do estabelecimento 
deve comunicar a admissão ao Ministério Público Estadual NO PRAZO DE SETENTA E DUAS HORAS, o que 
também se aplica à alta do paciente. 
Assim... 
• ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde.
• ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde,
visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na
comunidade.
• ser protegida contra qualquer forma de abusoe exploração.
• ter garantia de sigilo nas informações prestadas.
• ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou
não de sua hospitalização involuntária.
• ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis.
• receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento.
• ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis.
• ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.
DIREITOS ESPECÍFICOS DAS PESSOAS COM TRANSTORNO MENTAL
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O §2º estabelece duas formas para a cessação: solicitação escrita do familiar ou responsável legal ou 
quando estabelecido pelo especialista responsável pelo tratamento. 
Sobre a INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA, esta é determinada pelo juiz competente, levando em conta as 
condições de segurança do estabelecimento quanto à salvaguarda do paciente e demais internados e 
funcionários. 
Os demais dispositivos da Lei não têm maior interesse ao nosso estudo. Vamos ao próximo assunto: 
2 - Política Nacional para a população em situação de rua (Decreto 
Federal n. 7.053/09) 
O Decreto 7.053/2009 institui a Política Nacional para a População em Situação de Rua e seu Comitê 
Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento. Esse decreto não está diretamente relacionado com a 
vulnerabilidade decorrente de transtorno mental, mas trata de uma questão específica de direitos humanos 
bastante importante: os moradores de rua. 
De acordo com o decreto: 
 
Quem estiver em situação de rua deve ser albergado pela proteção instituída pelo Decreto. 
INTERNAÇÃO 
INVOLUNTÁRIA
comunicar o MPE em 72 horas
POPULAÇÃO EM 
SITUAÇÃO DE RUA
o grupo populacional heterogêneo que possui em comum a 
pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou 
fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, e 
que utiliza os logradouros públicos e as áreas degradadas como 
espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou 
permanente, bem como as unidades de acolhimento para 
pernoite temporário ou como moradia provisória
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A proteção será desenvolvida de forma descentralizada e articulada entre a União e os demais entes 
federativos. Para tanto devem ser formados comitês gestores intersetoriais e convênios. 
Para fins de prova, é importante reconhecer os princípios que orientam a Política Nacional para a População 
em Situação de Rua: 
 
E quanto às diretrizes, temos: 
 
E temos ainda objetivos delimitados: 
⚫ OBJETIVOS DA POLÍTICA NACIONAL PARA A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA: 
• respeito à dignidade da pessoa humana;
• direito à convivência familiar e comunitária;
• valorização e respeito à vida e à cidadania;
• atendimento humanizado e universalizado; e
• respeito às condições sociais e diferenças de origem, raça, idade, nacionalidade, gênero, 
orientação sexual e religiosa, com atenção especial às pessoas com deficiência.
POLÍTICA NACIONAL PARA A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA:
• promoção dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais;
• responsabilidade do poder público pela sua elaboração e financiamento;
• articulação das políticas públicas federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal;
• integração das políticas públicas em cada nível de governo;
• integração dos esforços do poder público e da sociedade civil para sua execução;
• participação da sociedade civil, por meio de entidades, fóruns e organizações da 
população em situação de rua, na elaboração, acompanhamento e monitoramento das 
políticas públicas;
• incentivo e apoio à organização da população em situação de rua e à sua participação 
nas diversas instâncias de formulação, controle social, monitoramento e avaliação das 
políticas públicas;
• respeito às singularidades de cada território e ao aproveitamento das potencialidades e 
recursos locais e regionais na elaboração, desenvolvimento, acompanhamento e 
monitoramento das políticas públicas;
• implantação e ampliação das ações educativas destinadas à superação do preconceito, 
e de capacitação dos servidores públicos para melhoria da qualidade e respeito no 
atendimento deste grupo populacional; e
• democratização do acesso e fruição dos espaços e serviços públicos.
DIRETRIZES DA POLÍTICA NACIONAL PARA A POPULAÇÃO EM 
SITUAÇÃO DE RUA:
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➢ assegurar o acesso amplo, simplificado e seguro aos serviços e programas que integram as políticas 
públicas de saúde, educação, previdência, assistência social, moradia, segurança, cultura, esporte, 
lazer, trabalho e renda; 
➢ garantir a formação e capacitação permanente de profissionais e gestores para atuação no 
desenvolvimento de políticas públicas intersetoriais, transversais e intergovernamentais 
direcionadas às pessoas em situação de rua; 
➢ instituir a contagem oficial da população em situação de rua; 
➢ produzir, sistematizar e disseminar dados e indicadores sociais, econômicos e culturais sobre a rede 
existente de cobertura de serviços públicos à população em situação de rua; 
➢ desenvolver ações educativas permanentes que contribuam para a formação de cultura de respeito, 
ética e solidariedade entre a população em situação de rua e os demais grupos sociais, de modo a 
resguardar a observância aos direitos humanos; 
➢ incentivar a pesquisa, produção e divulgação de conhecimentos sobre a população em situação de 
rua, contemplando a diversidade humana em toda a sua amplitude étnico-racial, sexual, de gênero e 
geracional, nas diversas áreas do conhecimento; 
➢ implantar centros de defesa dos direitos humanos para a população em situação de rua; 
➢ incentivar a criação, divulgação e disponibilização de canais de comunicação para o recebimento de 
denúncias de violência contra a população em situação de rua, bem como de sugestões para o 
aperfeiçoamento e melhoria das políticas públicas voltadas para este segmento; 
➢ proporcionar o acesso das pessoas em situação de rua aos benefícios previdenciários e assistenciais 
e aos programas de transferência de renda, na forma da legislação específica; 
➢ criar meios de articulação entre o Sistema Único de Assistência Social e o Sistema Único de Saúde 
para qualificar a oferta de serviços; 
➢ adotar padrão básico de qualidade, segurança e conforto na estruturação e reestruturação dos 
serviços de acolhimento temporários; 
➢ implementar centros de referência especializados para atendimento da população em situação de 
rua, no âmbito da proteção social especial do Sistema Único de Assistência Social; 
➢ implementar ações de segurança alimentar e nutricional suficientes para proporcionar acesso 
permanente à alimentação pela população em situação de rua à alimentação, com qualidade; e 
➢ disponibilizar programas de qualificação profissional para as pessoas em situação de rua, com o 
objetivo de propiciar o seu acesso ao mercado de trabalho. 
Esses princípios, diretrizes e objetivos serão acompanhados pelo Comitê Intersetorial de Acompanhamento 
e Monitoramento da Política Nacional para a População em Situação de Rua, cuja análise não é necessária 
para a nossa prova. 
3 - Consultórios na Rua (Portarias do Ministério da Saúde n. 122 e 
n. 123 de 2012) 
Para encerrar a parte teórica pertinente à aula e hoje, vamos abordar de forma objetiva as Portarias do 
Ministério da Saúde 122 e 123 de 2012. Ambas as portaria tratam dos Consultórios na Rua (eCR). 
Para fins de prova é importante que você saiba, o que são esses eCRs e qual a finalidadedeles. 
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As eCR integram o componente atenção básica da Rede de Atenção Psicossocial e desenvolvem ações de 
Atenção Básica. São órgãos multiprofissionais e lidam com os diferentes problemas e necessidades de saúde 
da população em situação de rua. 
As atividades das eCR incluirão a busca ativa e o cuidado aos usuários de álcool, crack e outras drogas. 
As eCR desempenharão suas atividades in loco, de forma itinerante, desenvolvendo ações compartilhadas e 
integradas às Unidades Básicas de Saúde (UBS) e, quando necessário, também com as equipes dos Centros 
de Atenção Psicossocial (CAPS), dos serviços de Urgência e Emergência e de outros pontos de atenção, de 
acordo com a necessidade do usuário. 
LEGISLAÇÃO DESTACADA 
Estatuto da Igualdade Racial 
 art. 1º, caput, do EIR: objetivos do Estatuto 
Art. 1o Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, destinado a garantir à população 
negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, 
coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica. 
 art. 2º, do EIR: objetivos do Estatuto 
Art. 2o É dever do Estado e da sociedade garantir a igualdade de oportunidades, 
reconhecendo a todo cidadão brasileiro, independentemente da etnia ou da cor da pele, o 
direito à participação na comunidade, especialmente nas atividades políticas, econômicas, 
empresariais, educacionais, culturais e esportivas, defendendo sua dignidade e seus 
valores religiosos e culturais. 
 art. 4º, do EIR: medidas a serem adotadas 
Art. 4o A participação da população negra, em condição de igualdade de oportunidade, na 
vida econômica, social, política e cultural do País será promovida, prioritariamente, por 
meio de: 
I - inclusão nas políticas públicas de desenvolvimento econômico e social; 
II - adoção de medidas, programas e políticas de ação afirmativa; 
III - modificação das estruturas institucionais do Estado para o adequado enfrentamento 
e a superação das desigualdades étnicas decorrentes do preconceito e da discriminação 
étnica; 
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IV - promoção de ajustes normativos para aperfeiçoar o combate à discriminação étnica e 
às desigualdades étnicas em todas as suas manifestações individuais, institucionais e 
estruturais; 
V - eliminação dos obstáculos históricos, socioculturais e institucionais que impedem a 
representação da diversidade étnica nas esferas pública e privada; 
VI - estímulo, apoio e fortalecimento de iniciativas oriundas da sociedade civil 
direcionadas à promoção da igualdade de oportunidades e ao combate às desigualdades 
étnicas, inclusive mediante a implementação de incentivos e critérios de condicionamento 
e prioridade no acesso aos recursos públicos; 
VII - implementação de programas de ação afirmativa destinados ao enfrentamento das 
desigualdades étnicas no tocante à educação, cultura, esporte e lazer, saúde, segurança, 
trabalho, moradia, meios de comunicação de massa, financiamentos públicos, acesso à 
terra, à Justiça, e outros. 
Parágrafo único. Os programas de ação afirmativa constituir-se-ão em políticas públicas 
destinadas a reparar as distorções e desigualdades sociais e demais práticas 
discriminatórias adotadas, nas esferas pública e privada, durante o processo de formação 
social do País. 
RESUMO 
Introdução 
 A proteção especial se justifica em face da desigualdade fática entre homens e mulheres. 
 Busca-se, por intermédio do Direito, a igualdade substancial (ou isonomia). 
 Internacionalmente, temos várias normas protetiva à mulher. Internamente, a CF possui algumas regras esparsas e 
a legislação central é a Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha. 
Lei Maria da Penha 
 É dever do Estado adotar políticas públicas específicas (ações afirmativas) a fim de promover os direitos das 
mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar. 
 Finalidade da norma: 
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 coibir e prevenir a violência doméstica familiar; 
 criar os Juizados de Violência Doméstica e Familiar; e 
 adotar medidas de assistência e proteção às vítimas de violência doméstica e familiar. 
 Garantir vida digna à mulher, livre de violência é responsabilidade do Estado, da família e da sociedade. 
 Violência Doméstica é conceituada “ação/omissão baseada no gênero que possa causar morte, lesão, sofrimento 
físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial, praticada no âmbito doméstico, familiar ou em decorrência 
de relação de afeto”. 
 A configuração da violência independe da orientação sexual da vítima; e 
 A caracterização da violência independe da coabitação. 
 A violência doméstica e familiar contra a mulher poderá ser: 
 física 
 psicológica 
 sexual 
 patrimonial 
 moral 
 As medidas integradas às vítimas de violência doméstica incluem: 
 integração entre as esferas (Judiciário, MP e Defensoria com segurança pública, assistência social, saúde, 
educação, trabalho e habitação); 
 atendimento policial especializado; 
 campanhas educativas e de prevenção da violência doméstica e familiar; e 
 capacitação permanente da rede de atuação. 
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 Em relação ao atendimento policial, três diretrizes se destacam: 
 salvaguarda da integridade física; 
 não contato com investigados e suspeitos; e 
 evitar a revitimização. 
 Como forma de evitar a revitimização: 
 a inquirição da ofendida deve ocorrer em recinto especialmente criado para esse fim; 
 quando necessário, haverá acompanhamento por profissionais especializados em violência doméstica e 
familiar; e 
 haverá registro eletrônico ou magnético do depoimento. 
 Em relação aos procedimentos judiciais da Lei Maria da Penha: 
 aplicação subsidiária do CPP, do NCPC e de regras processuais do ECA e do Estatuto do Idoso; 
 possibilidade de praticar atos processuais à noite; 
 competência cível, à escolha da vítima, entre: 
• foro do domicílio ou da residência; 
• foro do lugar do fato em se baseou a demanda; ou 
• foro do domicílio do agressor 
 para admissão da renúncia da representação (em ações penais públicas incondicionadas, necessário: 
a) fazê-lo perante autoridade judicial; 
b) em audiência especialmente designada para esse fim; 
c) antes do recebimento da denúncia; e 
d) com prévia oitiva do membro do MP. 
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 Em relação às medidas protetivas de urgência, destaca-se: 
 necessidade de requerimento da vítima ou do membro do Ministério Público; 
 determinação por decisão judicial no prazo de 48 horas; 
 são provisórias; e 
 possibilidade de prisão preventiva do agressor. 
Atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual 
A Lei n. 12.845/13 trata sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual. 
 
Entre os serviços que devem ser providenciados de forma OBRIGATÓRIA e IMEDIATA, temos: 
 diagnóstico e tratamento das lesões físicas no aparelho genital e nas demais áreas 
afetadas; 
 amparo médico, psicológico e social imediatos; 
 facilitação do registro da ocorrência e encaminhamento ao órgão de medicina legal e às 
delegacias especializadascom informações que possam ser úteis à identificação do 
agressor e à comprovação da violência sexual; 
 profilaxia da gravidez; 
 profilaxia das DST; 
 coleta de material para realização do exame de HIV para posterior acompanhamento e 
terapia; 
 fornecimento de informações às vítimas sobre os direitos legais e sobre todos os serviços 
sanitários disponíveis. 
Esses servidores será gratuito, APENAS AOS QUE DELA NECESSITAREM. 
VIOLÊNCIA SEXUAL
qualquer forma de 
atividade sexual não 
consentida
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 Violência Obstétrica 
➢ conceito: apropriação do corpo e processos reprodutivos das mulheres pelos profissionais de saúde, por 
intermédio de tratamento desumanizado, por abuso de medicação e patologização dos processos naturais, de 
forma prejudicar a autonomia e capacidade de decisão sobre o corpo e sexualidade e que possa causar perda 
na qualidade de vida das mulheres. 
 Redes e Políticas contra a Violência 
➢ objetivos: 
 
➢ rede de enfretamento: 
 agentes governamentais e não-governamentais, formuladores, fiscalizadores e 
executores de políticas voltadas para as mulheres; 
 serviços/programas voltados para a responsabilização dos agressores; universidades; 
órgãos federais, estaduais e municipais responsáveis pela garantia de direitos e serviços 
especializados e não-especializados de atendimento às mulheres em situação de violência. 
➢ rede atendimento: conjunto de ações e serviços que tem por objetivo ampliar a rede de atendimento às 
mulheres vítimas de violência. 
 Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres – finalidade: “estabelecer conceitos, princípios, 
diretrizes e ações de prevenção e combate à violência contra as mulheres, assim como de assistência e garantia de 
SERVIÇOS A QUEM FOR SUBMETIDO 
A VIOLÊNCIA SEXUAL
imediato
obrigatório
gratuito, a quem dela 
necessitar
OBJETIVO DA REDE
empoderamento e construção da autonomia das 
mulheres
defesa dos direitos humanos
responsabilização dos agressores 
assistência qualificada às mulheres em situação 
de violência
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direitos às mulheres em situação de violência, conforme normas e instrumentos internacionais de direitos humanos e 
legislação nacional”. 
Combate ao Racismo 
 IGUALDADE 
 em sentido formal 
• aproxima-se do conceito de legalidade 
• igualdade abstrata e genérica 
• igualdade perante a lei 
 em sentido material 
• sinônimo de legalidade 
• igualdade na prática 
• leva em consideração as distinções 
 DISCRIMINAÇÃO RACIAL NA CF → crime 
 inafiançável 
 imprescritível 
 sujeito a pena de reclusão 
 COMBATE À DISCRIMINAÇÃO RACIAL 
 vertente punitiva: tipificação de crime para o racismo 
 vertente promocional: prescrição e políticas públicas específicas 
Estatuto da Igualdade Racial 
 OBJETIVOS DO EIR 
 efetivação da igualdade de oportunidades aos negros 
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 defesa de direito étnicos 
 combate à discriminação e intolerância racial 
 CONCEITOS 
 discriminação racional ou étnico racial: constitui toda forma de distinção baseada em fatores étnicos ou de 
descendência que impliquem na anulação ou restrição dos seus direitos humanos. 
 desigualdade racial: diferenciação injustificada no acesso e fruição de bens, serviços e oportunidade em 
razão de fatores étnicos ou de descendência. 
 desigualdade de gênero e raça: constatação do fosso entre as mulheres negras e demais segmentos da 
sociedade. 
 população indígena: conjunto de pessoas que se declaram negas ou pardas segundo o IBGE. 
 políticas públicas: ações, iniciativas e programas adotados pelo Poder Público voltado para a efetivação de 
direitos humanos, no âmbito de suas prerrogativas institucionais. 
 DEVER do Estado e da sociedade de: 
 assegurar a igualdade de participação na comunidade. 
 respeitar a dignidade. 
 respeitar a religião e cultura próprios. 
 EIR É DIRETRIZ POLÍTICO-JURÍDICA PARA 
 inclusão de vítimas de desigualdade étnico-racial 
 valorização da igualdade étnica 
 fortalecimento da identificada nacional brasileira 
 DIREITOS FUNDAMENTAIS: 
 DIREITO À SAÚDE: 
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❑ Políticas públicas universais e específicas: 
✓ universais: mesmo tratamento conferido a todos, por intermédio do SUS 
✓ específicas: “Política Nacional de Saúde Integral da População Negra” que possui diretrizes (art. 
7º) e objetivos próprios (art. 8º). 
 DIREITO À EDUCAÇÃO, À CULTURA, AO ESPORTE E AO LAZER: 
❑ Políticas públicas universais e específicas. 
 DIREITO DE CONSCIÊNCIA, DE CRENÇA E LIVRE EXERCÍCIO DO CULTO: 
❑ preservação de cultos, festividades, cerimônias, bens, produtos e serviços relacionados à formação étnica 
negra no Brasil; 
 ACESSO À TERRA: 
❑ garantia do acesso à terra e às atividades produtivas do campo; 
❑ reconhecimento das terras quilombolas: 
• MATRIZ CONSTITUCIONAL – art. 68, dos ADCT: 
Art. 68. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é 
reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos. 
• MATRIZ INFRACONSTITUCIONAL – art. 32, do EIR: 
Art. 32. O Poder Executivo federal elaborará e desenvolverá políticas públicas especiais voltadas 
para o desenvolvimento sustentável dos remanescentes das comunidades dos quilombos, 
respeitando as tradições de proteção ambiental das comunidades. 
 DIREITO AO TRABALHO: 
❑ implementação de políticas voltadas para a inclusão da população negra no mercado de trabalho 
 MEIOS DE COMUNICAÇÃO: 
❑ valorização da herança cultural e a participação da população negra 
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 SINAPIR 
 Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial 
 Objetivos: 
❑ promoção da igualdade étnica; 
❑ combate às desigualdade sociais; 
❑ combate à marginalização e integração social da população negra; 
❑ descentralização da implementação das ações afirmativas (Estados-membros, Distrito Federal e 
Municípios); 
❑ promoção da igualdade (planos, ações e mecanismos) 
❑ garantia de eficácia dos meios adotados 
 organização e competência de atuação do Poder Executivo Federal para fixação das diretrizes; 
 atuação específica dos Estados e Municípios a partir das regras gerais; 
 previsão de repasses de recursos específicos. 
Crimes resultantes de raça ou de cor 
 
TIPO PENA 
Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer 
cargo da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de 
serviços públicos. 
* também inclui-se no tipo penal quem, por motivo de discriminação de raça, 
cor, etnia, religião ou procedência nacional, obstar a promoção funcional. 
 RECLUSÃO de 2 a 5 
anos. 
A LEI 7.716/1989 TIPIFICADA AS 
CONDUTAS RESULTANTES DE
raça
cor
etnia
religião
procedência nacional
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Negar ou obstar emprego em empresa privada. 
* inclui quem, por motivo de discriminação de raça ou de cor ou práticas 
resultantes do preconceito de descendência ou origem nacional ou étnica: a) 
nãoconceder equipamentos de trabalho em iguais condições; b) impedir a 
ascensão funcional; e c) tratar de forma discriminatória no ambiente de 
trabalho, em especial em relação ao salário. 
** inclui quem, em anúncios ou qualquer outra forma de recrutamento de 
trabalhadores, exigir aspectos de aparência próprios de raça ou etnia para 
emprego cujas atividades não justifiquem essas exigências. 
 RECLUSÃO de 2 a 5 
anos. 
Recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, 
atender ou receber cliente ou comprador. 
 RECLUSÃO de 1 a 3 
anos. 
Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento 
de ensino público ou privado de qualquer grau. 
 RECLUSÃO de 3 a 5 
anos. 
 CUAUSA DE 
AUMENTO DE PENA 
(1/3): se praticar contra 
menor de 18 anos. 
Impedir o acesso ou recusar hospedagem em hotel, pensão, estalagem, ou 
qualquer estabelecimento similar. 
 RECLUSÃO de 3 a 5 
anos. 
Impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares, confeitarias, 
ou locais semelhantes abertos ao público. 
 RECLUSÃO de 1 a 3 
anos. 
Impedir o acesso ou recusar atendimento em estabelecimentos esportivos, 
casas de diversões, ou clubes sociais abertos ao público. 
 RECLUSÃO de 1 a 3 
anos. 
Impedir o acesso ou recusar atendimento em salões de cabeleireiros, 
barbearias, termas ou casas de massagem ou estabelecimento com as mesmas 
finalidades. 
 RECLUSÃO de 1 a 3 
anos. 
Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e 
elevadores ou escada de acesso aos mesmos. 
 RECLUSÃO de 1 a 3 
anos. 
Impedir o acesso ou uso de transportes públicos, como aviões, navios barcas, 
barcos, ônibus, trens, metrô ou qualquer outro meio de transporte concedido. 
 RECLUSÃO de 1 a 3 
anos. 
Impedir ou obstar o acesso de alguém ao serviço em qualquer ramo das Forças 
Armadas. 
 RECLUSÃO de 2 a 4 
anos. 
Impedir ou obstar, por qualquer meio ou forma, o casamento ou convivência 
familiar e social. 
 RECLUSÃO de 2 a 4 
anos. 
Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, 
religião ou procedência nacional. 
 RECLUSÃO de 1 a 3 
anos. 
Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, 
distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de 
divulgação do nazismo. 
 RECLUSÃO de 2 a 5 
anos. 
Se qualquer dos crimes previstos no caput é cometido por intermédio dos 
meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza. 
 RECLUSÃO de 2 a 5 
anos. 
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Proteção aos LGBTTTI 
LGBTTTI envolve: 
• Lésbicas 
• Gays 
• Bissexuais 
• Travestis 
• Transexuais 
• Transgêneros 
• Pessoas em situação de intersexo. 
 Transgênero e o Direito ao nome 
 
 A alteração do nome social decorre da necessidade de identificar o gênero da pessoa em conformidade com a forma 
com a qual a pessoa se relaciona em sociedade. O gênero, portanto, é uma prática social, sem relação direta com o 
sexo atribuído no nascimento. 
 Nome Social e uso de banheiro nas escolas 
➢ Toda vez que o nome civil não refletir a identidade de gênero, prevê a Resolução que deve ser assegurado o 
reconhecimento e adoção do nome social, pelas instituições e rede de ensino. 
➢ Para exequibilidade desse mandamento, a Resolução sugere: 
 adoção de formulários com campo para o nome social; 
 utilização do nome social como regra; 
 utilização de banheiros, vestiários e demais espaços de acordo com a identidade de 
gênero; 
 facultar a opção pelo uniforme, caso haja distinção entre sexos. 
NOME SOCIAL
designação pela qual a pessoa travesti ou transexual se 
identifica e é socialmente reconhecida.
IDENTIDADE DE 
GÊNERO 
dimensão da identidade de uma pessoa que diz 
respeito à forma como se relaciona com as 
representações de masculinidade e feminilidade e 
como isso se traduz em sua prática social, sem guardar 
relação necessária com o sexo atribuído no nascimento.
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 Dignidade da criança em situação de intersexo: intersexo constitui termo que designa uma variedade de situações 
que não permite o encaixe da criança na definição típica do sexo feminino ou masculino. 
 Combate à discriminação de grupos LGBTTTI em privação de liberdade 
➢ direito de ser chamada pelo seu nome social, de acordo com o seu gênero 
➢ deve ser assegurado a esse grupo locais específicos de vivência, com tratamento isonômico, sem o emprego 
de violência. 
➢ darantia di uso de roupas femininas ou masculinas, conforme o gênero e a manutenção de cabelos compridos. 
➢ o direito à visita íntima, bem assim, a atenção à saúde, capacitação profissional continuada. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Chegamos ao final da nossa primeira aula que trata dos grupos vulneráveis. Como você pode perceber os 
assuntos são bastante específicos, o que requer atenção a tópico não muito corriqueiros em provas de 
concurso público. 
De todo modo, esperamos, com isso, dar o devido direcionamento no curso. 
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LISTA DE QUESTÕES COM COMENTÁRIOS 
FGV 
1. (FGV/TJ-BA - 2015) A Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) configura como violência doméstica e 
familiar contra a mulher: 
a) qualquer ação que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e danos morais; 
b) qualquer omissão que lhe cause morte, lesão, sofrimento sexual ou psicológico e danos morais; 
c) qualquer ação e omissão que lhe cause morte, lesão, sofrimento sexual e danos morais; 
d) qualquer ação ou omissão, independentemente da relação de gênero, que lhe cause morte, lesão, 
sofrimento sexual e dano patrimonial ou moral; 
e) qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou 
psicológico e dano moral ou patrimonial. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta por incompletude. Será considerada violência doméstica ou familiar contra a 
mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero, consoante dispõe o caput do art. 5º. 
As alternativas B, C e D estão incorretas pelo mesmo motivo apresentado acima. É necessário que seja uma 
ação ou omissão baseada no gênero. 
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o caput do art. 5º. 
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher 
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento 
físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: 
2. (FGV/Exame de Ordem - 2016) Você, na condição de advogado, foi procurado por um travesti que é 
servidor público federal. Na verdade, ele adota o nome social de Joana, embora, no assento de 
nascimento, o seu nome de registro seja João. Ele gostaria de ser identificado no trabalho pelo nome 
social e que, assim, o nome social constasse em coisas básicas, como o cadastro de dados, o correio 
eletrônico e o crachá. 
Sob o ponto de vista jurídico, em relação à orientação a ser dada ao solicitante, assinale a afirmativa correta. 
A) A Constituição Federal até prevê a promoção do bem sem qualquer forma de discriminação, mas não 
existe nenhuma norma específica que ampare a pretensão do solicitante. 
B) Não apenas a Constituição está orientada para a ideia de promoção do bem sem discriminação, como a 
demanda pleiteada pelo solicitante encontra amparo em norma infraconstitucional. 
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C) O solicitante possui esse direito, pois assim está previsto na Convenção das Nações Unidas para os Direitos 
LGBT. 
D) Ainda que compreenda a demanda do solicitante, ele não possui o direito de ser identificado pelo nome 
social no trabalho, uma vez que é um homem que se traveste de mulher. 
Comentários 
Vejamos cada uma das alternativas. 
A alternativa A está incorreta. Naturalmente que não haverá regra direta tratando do assunto ao longo do 
Texto Constitucional. Contudo, existem princípios, que são normas jurídicas dotadas de maior plasticidade 
que se prestam a amoldar a situação descrita. Entre eles, destaca-se o princípio da dignidade da pessoa e da 
vedação à discriminação, que constituem, respectivamente, fundamento (art. 1º, III) e objetivo (art. 3º, IV) 
da República Federativa do Brasil. Esse é o entendimento do STJ, segundo o qual deve-se levar em 
consideração a realidade psicológica. 
A alternativa B é a correta e gabarito da questão. Além dos fundamentos constitucionais acima, o 
entendimento predominante é o de que após a edição da Lei 9.708/1998, que alterou a Lei 6.015 (Lei de 
Registros Públicos), admite-se, com fundamento no art. 58, a alteração do nome, para constar o nome social. 
Ainda, foi com base no Pacto de San José da Costa Rica (portanto, lei infraconstitucional), que o STF decidiu 
pela possibilidade de os transgêneros, que assim o desejarem, independentemente da cirurgia de 
transgenitalização, ou da realização de tratamentos hormonais ou patologizantes, alterarem o seu nome o 
seu gênero (sexo) diretamente no registro civil. 
A alternativa C está incorreta, não há uma convenção específica da ONU para tratar dos direitos dos Lésbicas, 
Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros. 
Por fim, a alternativa D está totalmente incorreta, pois contraria a regra que vimos acima de respeito à 
realidade psicológica e não discriminação. 
3. (FGV/DPE-RJ-2019) De acordo com a Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001, existem três tipos de 
internação: voluntária, involuntária e compulsória. 
Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir. 
I. A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consente, deve assinar, no momento da 
admissão, uma declaração de que optou por esse regime de tratamento. 
II. A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas horas, ser comunicada ao 
Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo 
esse mesmo procedimento ser adotado quando da respectiva alta. 
III. A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo juiz competente, que 
levará em conta as condições de segurança do estabelecimento quanto à salvaguarda do paciente, dos 
demais internados e dos funcionários. 
Está correto o que se afirma em: 
a) somente I; 
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b) somente III; 
c) somente I e II; 
d) somente II e III; 
e) I, II e III. 
Comentários 
A assertiva I está correta. É necessária a comprovação da anuência com a internação por meio de declaração 
de opção pelo tratamento, de acordo com o artigo 7º da Lei: 
Art. 7º A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consente, deve 
assinar, no momento da admissão, uma declaração de que optou por esse regime de 
tratamento. 
A assertiva II está correta. É imprescindível a comunicação da internação involuntária ao Ministério Público 
Estadual pelo responsável técnico do estabelecimento: 
Art. 8º § 1º A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas horas, 
ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do 
estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado 
quando da respectiva alta. 
A assertiva III está correta. A internação compulsória deve ser determinada judicialmente, observando-se as 
condições do estabelecimento de acomodar o paciente: 
Art. 9º A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo 
juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do estabelecimento, 
quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários. 
Já que estão corretas todas as assertivas, nosso gabarito é a alternativa E. 
Outras Bancas 
4. (FUNDATEC/IGP-RS - 2017) De acordo com a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), assinale a 
alternativa correta. 
a) Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena 
prevista, aplica-se a Lei nº 9.099/1995. 
b) Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de propriedade particular da 
mulher, a restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida não é uma das medidas 
que o juiz poderá, liminarmente, determinar. 
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c) É possível a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta 
básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento 
isolado de multa. 
d) Ainda que para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência, não pode o juiz requisitar auxílio 
da força policial. 
e) Dentre as medidas protetivas de urgência à ofendida, poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de 
outras medidas, determinar a separação de corpos. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. Não se aplica a Lei nº 9.099/95 aos crimes praticados com violência doméstica 
e familiar contra a mulher. 
A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 24, I, da Lei Maria da Penha, a restituição de bens 
indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida é uma das medidas que o juiz poderá, liminarmente, 
determinar. 
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de 
propriedade particular da mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes 
medidas, entre outras: 
I - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida; 
A alternativa C está incorreta. Vejamos o que dispõe o art. 17, da referida Lei: 
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, 
de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de 
pena que implique o pagamento isolado de multa. 
A alternativa D está incorreta. De acordo com o §3º, do art. 22, da Lei nº 11.340/06, para garantir a 
efetividade das medidas protetivas de urgência, poderá o juiz requisitar, a qualquer momento, auxílio da 
força policial. 
Por fim, a alternativa E é correta e gabarito da questão, conforme prevê o art. 23, IV, da referida Lei: 
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas: 
IV - determinar a separação de corpos. 
5. (IBFC/EMBASA - 2017) Assinale a alternativa correta sobre as previsões expressas da Lei Federal n° 
11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha). 
a) O Ministério Público atuará apenas quando for parte nas causas cíveis e criminais decorrentes da violência 
doméstica e familiar contra a mulher. 
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b) Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a mulher em situação de violência doméstica e familiar 
deverá estar acompanhada de advogado. 
c) Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher que vierem a ser criados poderão contar 
com uma equipe de atendimento multidisciplinar, aser integrada por profissionais especializados nas áreas 
psicossocial, jurídica e de saúde. 
d) A instituição dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher deverá ser acompanhada 
pela implantação das curadorias necessárias e do serviço de assistência judiciária. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 25, da Lei nº 11.340/06, o Ministério Público intervirá, 
quando não for parte, nas causas cíveis e criminais decorrentes da violência doméstica e familiar contra a 
mulher. 
A alternativa B está incorreta. Vejamos o que dispõe o art. 27, da referida Lei: 
Art. 27. Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a mulher em situação de violência 
doméstica e familiar deverá estar acompanhada de advogado, ressalvado o previsto no art. 
19 desta Lei. 
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o 29, da Lei Maria da Penha: 
Art. 29. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher que vierem a ser 
criados poderão contar com uma equipe de atendimento multidisciplinar, a ser integrada 
por profissionais especializados nas áreas psicossocial, jurídica e de saúde. 
A alternativa D está incorreta. Nos termos do art. 34, da referida Lei, a instituição dos Juizados de Violência 
Doméstica e Familiar contra a Mulher poderá ser acompanhada pela implantação das curadorias necessárias 
e do serviço de assistência judiciária. 
6. (IESES/IGP-SC - 2017) De acordo com a Lei 11.340/06 - Lei Maria da Penha - são formas de violência 
doméstica e familiar contra a mulher, dentre outras: 
a) A violência moral, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da 
autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar 
suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, 
manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, 
exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica 
e à autodeterminação. 
b) A violência física, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a 
participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a 
induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer 
método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante 
coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais. 
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c) A violência psicológica, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal 
ou psíquica, que configure calúnia, difamação ou injúria. 
d) A violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição 
parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou 
recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades. 
Comentários 
A questão exige o conhecimento dos conceitos previstos no art. 7º, da Lei Maria da Penha. 
Art. 7o São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: 
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou 
saúde corporal; 
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional 
e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento 
ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, 
mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância 
constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e 
limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde 
psicológica e à autodeterminação; 
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a 
manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, 
coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua 
sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao 
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno 
ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; 
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, 
subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, 
documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os 
destinados a satisfazer suas necessidades; 
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação 
ou injúria. 
Visto isso, passemos à análise das alternativas. 
A alternativa A está incorreta, pois traz o conceito de violência psicológica, e não moral. 
A alternativa B está incorreta, pois traz o conceito de violência sexual, e não física. 
A alternativa C está incorreta, pois traz o conceito de violência moral, e não psicológica. 
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A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, conforme dispõe o inc. IV. 
7. (FUNDATEC/FHGV - 2017) Na interpretação da Lei nº 11.340/2006, serão considerados os fins sociais a 
que ela se destina e, especialmente, as condições peculiares das mulheres em situação de: 
a) Vulnerabilidade. 
b) Incapacidade. 
c) Violência doméstica e familiar. 
d) Abandono. 
e) Risco e perigo. 
Comentários 
Vejamos o que dispõe o art. 4º, da Lei Maria da Penha: 
Art. 4o Na interpretação desta Lei, serão considerados os fins sociais a que ela se destina 
e, especialmente, as condições peculiares das mulheres em situação de violência doméstica 
e familiar. 
Assim, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão. 
8. (FADESP/COSANPA - 2017) Com relação às medidas protetivas de urgência e equipe de atendimento 
multidisciplinar dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, com base na Lei nº 
11.340/06, é correto afirmar que 
a) o juiz poderá determinar a suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor, para a 
proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de propriedade particular da mulher, 
devendo a ofendida levar a decisão ao cartório para que se produza os efeitos. 
b) é competência da equipe multidisciplinar o desenvolvimento de trabalhos de orientação voltados para a 
ofendida, bem como o fornecimento de subsídios e orientações ao Juiz e ao Ministério Público mediante 
laudos, desde que anteriores à audiência, sendo vedado o fornecimento de informações durante a sua 
realização. 
c) poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida, conceder novas medidas 
protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender necessário à proteção da ofendida, de 
seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o ofendido. 
d) o juiz terá o prazo de 48 (quarenta e oito) horas, recebido o expediente com o pedido da ofendida, para 
decidir sobre as medidas protetivas de urgência, determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de 
assistência judiciária, quando for o caso, e comunicar ao Ministério Público para que adote as providências 
cabíveis. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. Vejamos o que dispõe o art. 24, III, da Lei Maria da Penha: 
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Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de 
propriedade particular da mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes 
medidas, entre outras: 
III - suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor; 
De acordo com o parágrafo único, do art. 24, o juiz é quem deverá oficiar ao cartório competente. 
A alternativa B está incorreta. Com base no art. 30, da referida Lei, compete à equipe de atendimento 
multidisciplinar, mediante laudos ou verbalmente em audiência, desenvolver trabalhos de orientação, 
encaminhamento, prevenção e outras medidas. 
Art. 30. Compete à equipe de atendimento multidisciplinar, entre outras atribuições que 
lhe forem reservadas pela legislação local, fornecer subsídios por escrito ao juiz, ao 
Ministério Público e à Defensoria Pública, mediante laudos ou verbalmente em audiência, 
e desenvolver trabalhos de orientação, encaminhamento, prevenção e outras medidas, 
voltados para a ofendida, o agressor e os familiares, com especial atenção às crianças e aos 
adolescentes. 
A alternativa C está incorreta, nos termos o §3º, do art. 19, da Lei nº 11.340/06: 
§ 3o Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida, conceder 
novas medidas protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender 
necessário à proteção da ofendida, de seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o 
Ministério Público. 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 18, da referida Lei: 
Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 
(quarenta e oito) horas: 
I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência; 
II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando 
for o caso; 
III - comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis. 
9. (PUC-PR/TJ-PR - 2017) Conhecida como Lei Maria da Penha, a Lei 11.340/2006 criou mecanismos para 
coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Sobre o tema, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Para evitar represálias, em casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da 
ocorrência, a autoridade policial está expressamente proibida de ouvir o agressor e as testemunhas. 
b) A violência doméstica prevista na Lei Maria da Penha é unicamente a violência física, na qual o homem faz 
uso da força para subjugar a esposa. 
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c) Para preservar a integridade física e psicológica da mulher em situação de violência doméstica, o juiz 
poderá assegurar, quando necessário, o afastamento da mulher do local de trabalho, por até seis meses. 
d) As relações pessoais que podem configurar atos de violência doméstica são necessariamente aquelas 
derivadas da relação entre homem e mulher, não se podendo aplicá-las a eventuais relações homoafetivas 
entre duas mulheres. 
e) A configuração de atos de violência doméstica depende necessariamente de haver coabitação entre 
cônjuges. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, a 
autoridade deverá ouvir o agressor e as testemunhas. É o que estabelece o art. 12, V, da Lei Maria da Penha: 
Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o 
registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes 
procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal: 
V - ouvir o agressor e as testemunhas; 
A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 5º, da referida Lei, configura violência doméstica e 
familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, 
sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. 
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. É hipótese de suspensão do contrato de trabalho. 
Vejamos o que prevê o art. 9º, §2º, II, da Lei nº 11.340/06: 
§ 2o O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para 
preservar sua integridade física e psicológica: 
II - manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de 
trabalho, por até seis meses. 
A alternativa D está incorreta. Com base no parágrafo único, do art. 5º, da referida Lei, as relações pessoais 
independem de orientação sexual. 
A alternativa E está incorreta. A configuração de atos de violência doméstica independe de coabitação, nos 
termos do art. 5º, III, da Lei Maria da Penha: 
Art. 5o Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher 
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, 
sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: 
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido 
com a ofendida, independentemente de coabitação. 
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10. (FUNDATEC/FHGV - 2017) A Lei nº 11.340/2006, ao tratar das formas de violência contra a mulher, 
entre outras, determina que a violência física é entendida como qualquer conduta que ofenda: 
a) A moral da cidadã. 
b) Sua integridade ou saúde corporal. 
c) Psicologicamente. 
d) De forma verbal. 
e) De forma direta ou indireta. 
Comentários 
Vejamos o que dispõe o art. 7º, I, da Lei nº 11.340/06, a respeito da violência física: 
Art. 7o São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: 
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou 
saúde corporal; 
Dessa forma, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão. 
11. (UFPA/UFPA - 2017) A Lei nº 11.340/2006, conhecida por Lei Maria da Penha, visa a coibir e prevenir a 
violência doméstica e familiar contra a mulher. Acerca do tema e com base na referida lei, é CORRETO 
afirmar o seguinte: 
a) nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida por violência doméstica, será 
admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência designada com tal finalidade, somente 
após o recebimento da denúncia, desde que ouvido o Ministério Público. 
b) a autoridade policial, no atendimento de mulher em situação de violência doméstica e familiar, deverá 
fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando houver risco 
de vida, bem como informar à ofendida os serviços disponíveis. 
c) poderá o Ministério Público, a requerimento da ofendida, conceder novas medidas protetivas de urgência 
ou rever aquelas já concedidas, se entender necessário a proteção da ofendida, de seus familiares e de seu 
patrimônio, ouvida a equipe multidisciplinar. 
d) é vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica 
ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de 
multa, salvo, no último caso, se houver consentimento da ofendida. 
e) para a proteção patrimonial dos bens conjugais ou daqueles de propriedade particular da mulher, o juiz 
poderá determinar, liminarmente, a proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, 
venda e locação do bem em comum, salvo expressa autorização da ofendida. 
Comentários 
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A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 16, da Lei nº 11.340/06,nas ações penais públicas 
condicionadas à representação da ofendida por violência doméstica, será admitida a renúncia à 
representação perante o juiz, em audiência designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia, 
e não somente após o recebimento da denúncia, como enunciado. 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, conforme os termos do art. 11, III e V, da Lei Maria da 
Penha: 
Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a 
autoridade policial deverá, entre outras providências: 
III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, 
quando houver risco de vida; 
V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis. 
A alternativa C está incorreta. Baseado nos termos do art. 19, §3º, da Lei nº 11.340/06, é o juiz quem poderá, 
a requerimento do Ministério Público, ou a pedido da ofendida, conceder novas medidas protetivas de 
urgência ou rever aquelas já concedidas. 
A alternativa D está incorreta. Conforme o art. 17, da Lei Maria da Penha, é vedada a aplicação, nos casos 
de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação 
pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa, mesmo havendo 
consentimento da ofendida. 
A alternativa E está incorreta. De acordo com art. 24, II, para a proteção patrimonial dos bens conjugais ou 
daqueles de propriedade particular da mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, a proibição 
temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda e locação do bem em comum, salvo 
expressa autorização judicial. 
12. (UPENET-IAUPE/UPE - 2017) A Lei Nº 11.340/06, “Lei Maria da Penha”, criou inúmeros mecanismos 
para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher. 
Sobre o tema, assinale a alternativa CORRETA. 
a) A violência doméstica e familiar contra a mulher se constitui em uma das formas de violação dos direitos 
humanos. 
b) Cabe exclusivamente ao poder público criar as condições necessárias para o efetivo exercício dos direitos 
enunciados na legislação. 
c) Configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero 
que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral, exceto o patrimonial. 
d) A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher far-se-á por meio 
exclusivo de ações da União e dos Estados. 
e) A criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, órgãos da Justiça Ordinária com 
competência cível e criminal, é de competência da União, estando distribuídos nos Estados e no Distrito 
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Federal, para o processo, o julgamento e a execução das causas decorrentes da prática de violência 
doméstica e familiar contra a mulher. 
Comentários 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, nos termos do art. 6º, da Lei Maria da Penha: 
Art. 6o A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de 
violação dos direitos humanos. 
A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 3º, § 2º, da Lei nº 11.340/06, não cabe exclusivamente 
ao poder público, criar as condições necessárias para o efetivo exercício dos direitos enunciados na 
legislação. Essa é uma atribuição da família, da sociedade e do poder público. 
A alternativa C está incorreta. Nos termos do art. 5º, da Lei Maria da Penha, configura violência doméstica 
e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, 
sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. 
A alternativa D está incorreta. Conforme o art. 8º, da Lei nº 11.340/06, a política pública que visa coibir a 
violência doméstica e familiar contra a mulher far-se-á por meio de um conjunto articulado de ações, não 
somente exclusivas da União e dos Estados, mas também do Distrito Federal, dos Municípios e de ações não-
governamentais. 
A alternativa E está incorreta. De acordo com art. 14, da Lei Maria da Penha, os Juizados de Violência 
Doméstica e Familiar contra a Mulher, órgãos da Justiça Ordinária com competência cível e criminal, poderão 
ser criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para o processo, o julgamento 
e a execução das causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher. 
13. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2017) Mulher que foi vítima de lesões corporais perpetradas por seu marido, 
firmou representação perante a autoridade policial e requereu medidas protetivas previstas na Lei 
11.340/06. O Juiz, na análise das medidas protetivas requeridas, poderá determinar, EXCETO: 
a) Afastamento da ofendida do lar conjugal. 
b) Revogação das procurações conferidas pela ofendida ao agressor. 
c) Prestação de caução provisória, mediante depósito judicial. 
d) Proibição temporária de celebração de atos e contratos de compra, venda e locação de propriedade em 
comum. 
Comentários 
A alternativa A está correta, conforme prevê o art. 23, III, da Lei nº 11.340/06. 
A alternativa C está correta, conforme prevê o art. 24, IV, da Lei nº 11.340/06. 
A alternativa D está correta, conforme prevê o art. 24, II, da Lei nº 11.340/06. 
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A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 24, III, da referida Lei ocorrerá 
a suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor. 
14. (IBFC/AGERBA - 2017) Assinale a alternativa INCORRETA considerando as disposições da Lei Federal nº 
11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), sobre a assistência à mulher em situação de 
violência doméstica e familiar. 
a) A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será prestada de forma articulada e 
conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, no Sistema Único de 
Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras normas e políticas públicas de proteção, e 
emergencialmente quando for o caso 
b) O juiz determinará, por prazo incerto, a inclusão da mulher em situação de violência doméstica e familiar 
no cadastro de programas assistenciais do governo federal, estadual e municipal 
c) O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para preservar sua integridade 
física e psicológica, acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante da administração 
direta ou indireta 
d) O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para preservar sua integridade 
física e psicológica manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de 
trabalho, por até seis meses 
e) A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar compreenderá o acesso aos 
benefícios decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo os serviços de contracepção 
de emergência, a profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e da Síndrome da 
Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros procedimentos médicos necessários e cabíveis nos casos de 
violência sexual 
Comentários 
A questão exige o conhecimento do art. 9º, da Lei nº 11.340/06. Visto isto, passemos à análise das 
alternativas. 
A alternativa A está correta, nos termos do art. 9º, caput: 
Art. 9º A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será prestada 
de forma articulada e conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei Orgânica da 
Assistência Social, no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, 
entreoutras normas e políticas públicas de proteção, e emergencialmente quando for o 
caso. 
A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. Conforme o art. 9º, §1º, o juiz determinará, por 
prazo certo, e não incerto, a inclusão da mulher em situação de violência doméstica e familiar no cadastro 
de programas assistenciais do governo federal, estadual e municipal. 
A alternativa C está correta, baseada no art. 9º, §2º, I: 
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§ 2o O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para 
preservar sua integridade física e psicológica: 
I - acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante da administração 
direta ou indireta; 
A alternativa D está correta, conforme os termos do §2º, II: 
§ 2o O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para 
preservar sua integridade física e psicológica: 
II - manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de 
trabalho, por até seis meses. 
A alternativa E está correta, de acordo com o §3º: 
§ 3o A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar compreenderá o 
acesso aos benefícios decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo 
os serviços de contracepção de emergência, a profilaxia das Doenças Sexualmente 
Transmissíveis (DST) e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros 
procedimentos médicos necessários e cabíveis nos casos de violência sexual. 
15. (IBADE/SEJUDH-MT - 2017) Visando preservar a integridade física e psicológica da mulher vítima de 
violência doméstica, o juiz pode assegurar, em consonância com a Lei Maria da Penha, Lei n° 
11.340/2006, a manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento da vítima de seu 
local de trabalho, por até: 
a) 3 meses. 
b) 30 dias. 
c) 45 dias. 
d) 1 ano. 
e) 6 meses. 
Comentários 
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 9º, §2º, II: 
§ 2o O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para 
preservar sua integridade física e psicológica: 
II - manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de 
trabalho, por até seis meses. 
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16. (IBADE/IPERON-RO - 2017) A Lei Maria da Penha, Lei n° 11.340/2006, define no Artigo 5º violência 
doméstica e familiar contra a mulher “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause 
morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”. Nela, a unidade 
doméstica é compreendida como o espaço de convívio de pessoas: 
a) de laços consanguíneos ou não, desde que haja convivência sistemática. 
b) com vinculo matrimonial. 
c) com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas. 
d) exclusivamente que tenham vinculo familiar. 
e) cujo convívio seja, necessariamente, frequente. 
Comentários 
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 5º, I, da Lei Maria da Penha, a 
unidade doméstica é compreendida como o espaço de convívio de pessoas com ou sem vínculo familiar, 
inclusive as esporadicamente agregadas. 
17. (FUNDATEC/CRQ-5ªR - 2017) A Lei nº 11.340/2006, popularmente conhecida como Lei Maria da Penha, 
é reconhecida pela ONU como uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento à 
violência contra as mulheres. Segundo dados de 2015 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada 
(IPEA), desde que entrou em vigor, já contribuiu para uma diminuição de cerca de 10% na taxa de 
homicídios contra mulheres praticados dentro das residências das vítimas. Assinale a alternativa 
correta referente aos dispositivos dessa lei. 
a) A violência doméstica contra a mulher só se configura quando parte de um homem. Ou seja, vítimas de 
parceiras em relacionamentos homoafetivos ou mesmo transexuais que se identificam como mulheres em 
sua identidade de gênero não são amparadas por essa lei. 
b) A vítima somente poderá renunciar à denúncia perante o juiz. 
c) Por enquanto, a lei ainda entende violência doméstica apenas quando ocorre agressão física. Sendo assim, 
casos em que existe calúnia, difamação, injúria, violência psicológica e violência patrimonial devem ser 
enquadrados nas outras leis existentes. 
d) Para que se enquadre na lei, a vítima tem que ter sofrido agressão por parte do marido, companheiro ou 
namorado. Se a agressão partir de outro homem da família, ou mesmo de outra mulher, não será configurada 
violência doméstica. 
e) Os serviços de Defensoria Pública ou de Assistência Judiciária Gratuita são disponibilizados apenas para 
mulheres de baixa renda em situação de violência doméstica e familiar. Nesses casos, deverá comprovar sua 
condição financeira mediante o juiz para a liberação do benefício. 
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A alternativa A está incorreta. O sujeito agressor pode ser tanto homem quanto mulher, sendo a vítima do 
sexo feminino, a Lei Maria da Penha é aplicável, portanto em uma relação homoafetiva a referida Lei também 
é válida. 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, conforme dispõe o art. 16, da Lei nº 11.340/06: 
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata 
esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência 
especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o 
Ministério Público. 
Como sempre ressaltamos, infelizmente, não é raro que o examinador seja atécnico. Nessa 
questão, por exemplo, onde está escrito “denúncia” devemos ler “representação”, marcando 
a alternativa B como correta por eliminação. 
A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 5º, da Lei 11.340/06, configura violência doméstica e 
familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, 
sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. 
A alternativa D está incorreta. A Lei Maria da Penha visa garantir os direitos humanos das mulheres no 
âmbito das relações domésticas e familiares. A Lei não prevê um rol taxativo de sujeitos ativos. 
A alternativa E está incorreta. Conforme o art. 28, da Lei 11.340/06, é garantido a toda mulher em situação 
de violência doméstica e familiar o acesso aos serviços de Defensoria Pública ou de Assistência Judiciária 
Gratuita, nos termos da lei, em sede policial e judicial, mediante atendimento específico e humanizado. 
18. (IBFC/AGERBA - 2017) Assinale a alternativa correta sobre a espécie de violência que a Lei Federal nº 
11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha) indica, em termos expressos e precisos, como 
qualquer conduta contra a mulher que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima, que lhe 
prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento, que vise degradar ou controlar suas ações, 
comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça. 
a) Violência psicológica 
b) Violência moral 
c) Violência imaterial 
d) Violência uxória 
e) Violência extra corporal 
Comentários 
A questão traz o conceito de violência psicológica, conforme prevê o art. 7º, II, da Lei Maria da Penha: 
Art. 7o São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: 
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II - a violência psicológica, entendida como qualquerconduta que lhe cause dano emocional 
e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou 
que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante 
ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, 
perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do 
direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à 
autodeterminação; 
Desse modo, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão. 
19. (PUC-PR/TJ-MS - 2017) “A Lei Maria da Penha (Lei 11.340), sancionada no dia 7 de agosto de 2006, 
completa 11 anos de vigência em 2017. Ferramenta essencial para o enfrentamento da violência de 
gênero, a norma tem sido aplicada de forma progressiva. Apesar de os índices de violência ainda serem 
alarmantes, é possível perceber que as mulheres estão, cada dia mais, abrindo a porta de suas casas 
para a entrada da Justiça. 
De acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado em março de 
2015, a Lei Maria da Penha fez diminuir em cerca de 10% a taxa de homicídios contra as mulheres dentro 
das residências. A norma disciplinou diversas questões, como medidas de prevenção, medidas protetivas de 
urgência, assistência judiciária e até mesmo atendimento multidisciplinar.” 
Sobre o tema, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Para os efeitos dessa Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou 
omissão baseada no gênero que lhe cause lesão, sofrimento físico sexual ou psicológico em qualquer relação 
íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de 
coabitação. 
b) O alvo da Lei Maria da Penha se limita à violência praticada por maridos contra esposas ou companheiros 
contra companheiras e as pessoas envolvidas têm de morar sob o mesmo teto. A vítima, contudo, precisa, 
necessariamente, ser mulher. 
c) De acordo com a Lei Maria da Penha, constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a 
mulher, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, medidas protetivas 
de urgência, como o afastamento do lar e a proibição de manter contato com a vítima, não podendo 
determinar de imediato a prestação de alimentos provisórios. 
d) As medidas protetivas de urgência serão aplicadas isolada ou cumulativamente, e poderão ser substituídas 
a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os direitos da vítima forem ameaçados ou 
violados. Não poderá o juiz, a pedido da ofendida, conceder novas medidas protetivas de urgência ou rever 
aquelas já concedidas, sendo indispensável que o requerimento seja feito pelo Ministério Público. 
e) Não poderá o juiz determinar o afastamento da ofendida do lar, a fim de assegurar direitos relativos a 
bens, guarda dos filhos e alimentos, cabendo ao agressor afastar-se do lar, domicílio ou local de convivência 
com a ofendida. 
Comentários 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, nos termos do art. 5º, III, da Lei nº 11.340/06: 
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Art. 5o Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher 
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, 
sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: 
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido 
com a ofendida, independentemente de coabitação. 
A alternativa B está incorreta. O alvo da Lei Maria da Penha não se limita à violência praticada por maridos 
contra mulheres ou companheiros contra companheiras. As pessoas envolvidas não têm de morar sob o 
mesmo teto. A vítima, contudo, precisa, necessariamente, ser mulher. 
A alternativa C está incorreta. Vejamos o que dispõe o art. 22, V, da referida Lei: 
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos 
desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, 
as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras: 
V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios. 
A alternativa D está incorreta. Com base no §3º, do art. 19, da Lei nº 11.340/06, o juiz poderá, a pedido da 
ofendida, conceder novas medidas protetivas de urgência. 
§ 3o Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida, conceder 
novas medidas protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender 
necessário à proteção da ofendida, de seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o 
Ministério Público. 
A alternativa E está incorreta. Ao contrário do que se afirma, vejamos o que estabelece o art. 23, III, da 
referida Lei: 
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas: 
III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, 
guarda dos filhos e alimentos; 
20. (CONSULPLAN/TRF-2ªR - 2017) Os dados da violência contra a mulher no Brasil comprovam a 
persistência do patriarcado no país, além de atestarem a ausência de políticas capazes de prevenir e 
enfrentar a violência. São 5 espancamentos a cada dois minutos (Fundação Perseu Abramo/2010); 1 
estupro a cada 11 minutos (9º Anuário da Segurança Pública/2015); 1 feminicídio a cada 90 minutos 
(Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil, Ipea/2013); 179 relatos de agressão por dia (Balanço 
Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher/jan-jun/2015) e 13 homicídios femininos por dia em 
2013 (Mapa da Violência 2015/Flasco). A Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, institui as medidas de 
prevenção da violência contra a mulher. Acerca dessas medidas assinale a afirmativa INCORRETA. 
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a) O juiz poderá, quando necessário e sem prejuízo de outras medidas, encaminhar a ofendida e seus 
dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento. 
b) A integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública com as áreas 
de segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e habitação. 
c) O destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os conteúdos relativos aos direitos 
humanos, à equidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da violência doméstica e familiar contra a 
mulher. 
d) A promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes, com a perspectiva de 
gênero e de raça ou etnia, concernentes às causas, às consequências e à frequência da violência doméstica 
e familiar contra a mulher, para a sistematização de dados, a serem unificados nacionalmente, e a avaliação 
periódica dos resultados das medidas adotadas. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão, pois não se refere a uma medida de prevenção, e 
sim uma medida protetiva de urgência, conforme estabelece o art. 23, I, da Lei nº 11.340/06: 
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas: 
I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de 
proteção ou de atendimento; 
As demais alternativas estão previstas nos incisos do art. 8º, da Lei Maria da Penha: 
Art. 8o A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher 
far-se-á por meio de um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios e de ações não-governamentais, tendo por diretrizes: 
I - a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria 
Pública com as áreas de segurança pública, assistência social,saúde, educação, trabalho e 
habitação; (ALTERNATIVA B) 
II - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes, com 
a perspectiva de gênero e de raça ou etnia, concernentes às causas, às consequências e à 
frequência da violência doméstica e familiar contra a mulher, para a sistematização de 
dados, a serem unificados nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das 
medidas adotadas; (ALTERNATIVA D) 
IX - o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os conteúdos 
relativos aos direitos humanos, à equidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da 
violência doméstica e familiar contra a mulher. (ALTERNATIVA C) 
21. (NUCEPE/SEJUS-PI - 2017) Em relação à legislação especial é forma de violência doméstica e familiar 
contra a mulher: 
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a) A violência moral e física, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição 
da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar 
suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, 
manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, 
exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica 
e à autodeterminação. 
b) A violência psicológica entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a 
participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força. 
c) A violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal. 
d) A violência moral, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição 
parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou 
recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades. 
e) A violência moral, entendida como qualquer conduta que configure apropriação indébita. 
Comentários 
Os conceitos estão invertidos. Vejamos o que dispõe o art. 7º, da Lei Maria da Penha: 
Art. 7o São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: 
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou 
saúde corporal; 
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional 
e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento 
ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, 
mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância 
constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e 
limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde 
psicológica e à autodeterminação; 
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a 
manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, 
coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua 
sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao 
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno 
ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; 
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, 
subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, 
documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os 
destinados a satisfazer suas necessidades; 
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V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação 
ou injúria. 
A alternativa A está incorreta, pois traz o conceito de violência psicológica, e não violência moral e física. 
A alternativa B está incorreta, pois traz o conceito de violência sexual, e não violência psicológica. 
A alternativa D está incorreta, pois traz o conceito de violência patrimonial, e não violência moral. 
A alternativa E está incorreta, pois traz o conceito errado de violência moral. 
Portanto, a alternativa C é correta e gabarito da questão. 
22. (Fundação La Salle/SUSEPE-RS - 2017) Relativamente à Lei Maria da Penha, analise as assertivas abaixo 
e assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso. 
( ) As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, independentemente de audiência 
das partes e de manifestação do Ministério Público e independente de comunicação ao Ministério Público. 
( ) A ofendida deverá ser citada e intimada dos atos processuais relativos ao agressor, especialmente dos 
pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do advogado constituído ou do 
defensor público. 
( ) Uma das medidas protetivas e de urgência que obrigam o agressor, segundo a legislação em comento, é 
a prestação de alimentos provisionais, provisórios ou definitivos à vítima. 
( ) O Ministério Público intervirá, exclusivamente, quando for parte, nas causas cíveis e criminais decorrentes 
da violência doméstica e familiar contra a mulher. 
( ) O juiz poderá relaxar a prisão em flagrante se, no curso do processo, verificar a falta de motivo para que 
subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. 
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
a) V — F — V — F — V. 
b) F — F — F — V — V. 
c) F — F — F — F — F. 
d) V — V —V — V — F 
e) V—V — V — V — V. 
Comentários 
Vamos analisar cada uma das afirmativas. 
A primeira afirmativa é falsa. De acordo com o art. 19, §1º, da Lei nº 11.340/06, as medidas protetivas de 
urgência poderão ser concedidas de imediato, independentemente de audiência das partes e de 
manifestação do Ministério Público, devendo este ser prontamente comunicado. 
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A segunda afirmativa é falsa. Com base no art. 21, da referida Lei, a ofendida deverá ser notificada dos atos 
processuais relativos ao agressor. 
A terceira afirmativa é falsa. A prestação de alimentos definitivos à vítima, não é uma das medidas protetivas 
e de urgência. Vejamos o que dispõe o art. 22, V, da Lei Maria da Penha: 
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos 
desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, 
as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras: (...) 
V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios. 
A quarta afirmativa é falsa. Nos termos do art. 25, da referida Lei, o Ministério Público intervirá, quando não 
for parte, nas causas cíveis e criminais decorrentes da violência doméstica e familiar contra a mulher. 
Por fim, a quinta afirmativa também é falsa. Segundo o parágrafo único, do art. 20, da Lei nº 11.340/06, o 
juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, 
bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. 
Desse modo, a alternativa C é correta e gabarito da questão. 
23. (IBADE/PC-AC - 2017) Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o 
registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, 
sem prejuízo de outros previstos no Código de Processo Penal: 
I.ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se apresentada. 
II. determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros exames periciais 
necessários. 
III. remeter, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, 
para a concessão de medidas protetivas de urgência. 
IV. ouvir o agressor e as testemunhas. Caso entenda desnecessária a oitiva do agressor, poderá o Delegado 
dispensá-lo ouvindo apenas a vítima e as testemunhas. 
Está correto o que se afirma apenas em: 
a) II e III. 
b) II e IV. 
c) I e III. 
d) I e II. 
e) III e IV. 
Comentários 
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A questão requer o conhecimento do art. 12, da Lei Maria da Penha. Visto isso, vamos analisar cada um dos 
itens. 
O item I está correto, com base no inc. I: 
Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o 
registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes 
procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal: 
I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se 
apresentada; 
O item II está correto, nos termos do inc. IV: 
IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros 
exames periciais necessários; 
O item III está incorreto. De acordo com o inc. III, o prazo é de 48 horas, e não 72 horas. 
III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o 
pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência; 
O item IV está incorreto. Não existe previsão legal de dispensa de oitiva do agressor. 
Portanto, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão. 
24. (IBADE/PC-AC - 2017) Configura violência doméstica e familiar contra a mulher, atraindo, portanto, a 
competência do juízo especializado na matéria, qualquer ação ou omissão que lhe cause morte, lesão, 
sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial, quando: 
a) baseada no gênero, salvo nas relações homoafetivas. 
b) baseada no gênero, em qualquer relação intima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido 
com a ofendida, independentemente de coabitação ou da orientação sexual. 
c) ocorra no âmbito da família, como por exemplo o caso do filho agride o pai. 
d) baseada no sexo, salvo nas relações homoafetivas. 
e) a ocorrência se dê no âmbito da unidade doméstica envolvendo qualquer familiar independente do sexo 
da vítima. 
Comentários 
A questão exige o conhecimento do art. 5º, da Lei Maria da Penha. Vejamos: 
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Art. 5o Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher 
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, 
sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. 
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente 
de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas; 
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que 
são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade 
expressa; 
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido 
com a ofendida, independentemente de coabitação. 
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação 
sexual. 
Dessa forma, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão. 
25. (IBADE/SEJUDH-MT - 2017) As medidas protetivas de urgência à mulher vítima de violência doméstica, 
de acordo com a Lei Maria da Penha, poderão ser concedidas: 
a) de imediato. 
b) só com a manifestação do Ministério Público 
c) após autorizado pelo Ministério Público. 
d) em 48 horas. 
e) dependendo da audiência das partes. 
Comentários 
De acordo com o art. 19, da Lei nº 11.340/06, as medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de 
imediato. 
§ 1o As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, 
independentemente de audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, 
devendo este ser prontamente comunicado. 
Assim, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão. 
26. (MSCONCURSOS/CASSEMS - 2015) Tendo em mente a Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), analise 
as alternativas e marque a incorreta. 
a) As relações pessoais enunciadas no art. 5º da Lei Maria da Penha dependem de orientação sexual. 
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b) A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos 
humanos. 
c) São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras a violência moral, entendida 
como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. 
d) O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher em situação de violência doméstica e familiar 
no cadastro de programas assistenciais do governo federal, estadual e municipal. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. Preceitua o art. 5º, em seu parágrafo único, que as 
relações pessoais INDEPENDEM de orientação sexual. 
Art. 5o Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher 
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, 
sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: 
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente 
de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas; 
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que 
são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade 
expressa; 
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido 
com a ofendida, independentemente de coabitação. 
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo INDEPENDEM de 
orientação sexual. 
A alternativa B está correta, pois reproduz o art. 6º, da Lei Maria da Penha. 
Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de 
violação dos direitos humanos. 
A alternativa C está correta, pois traz o entendimento do art. 7º, inciso V, da Lei. 
Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: 
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação 
ou injúria. 
A alternativa D está correta cm base no art. 9º, § 1º. 
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§ 1º O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher em situação de violência 
doméstica e familiar no cadastro de programas assistenciais do governo federal, estadual 
e municipal. 
27. (CONSULPAM/CRESS-PB - 2015) A Lei nº 11.340/2006 prevê as formas de violência doméstica e familiar 
contra a mulher, entre outras como: 
a) A violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria ao 
agressor. 
b) A violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter relação 
sexual desejada, sem impedimento de qualquer método contraceptivo, que desenvolva seus direitos sexuais. 
c) A violência física, entendida como qualquerconduta que ofenda sua integridade ou saúde psicológica, 
crenças e decisões. 
d) A violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da 
autoestima. 
Comentários 
A questão cobra o entendimento do art. 7º da Lei Maria da Penha. 
A alternativa A está incorreta, pois a violência moral é entendida como qualquer conduta que configure 
calúnia, difamação ou injúria CONTRA A MULHER não contra o agressor. 
A alternativa B está incorreta, pois a relação sexual deve ser indesejada para configurar violência sexual. 
A alternativa C está incorreta, tendo em vista que a conduta descrita configura violência psicológica e não 
física. 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, conforme art. 7º, II. 
Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: 
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano 
emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno 
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças 
e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, 
vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, 
exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo 
à saúde psicológica e à autodeterminação; 
28. (IBFC/AGERBA - 2017) Assinale a alternativa correta, considerando as disposições da lei federal nº 
12.288, de 20/07/2010 que institui o Estatuto da Igualdade Racial. 
a) O Poder Legislativo federal elaborará plano nacional de promoção da igualdade racial contendo as metas, 
princípios e diretrizes para a implementação da Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial (PNPIR). 
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b) A elaboração, implementação, coordenação, avaliação e acompanhamento da Política Nacional de 
Promoção da Igualdade Racial (PNPIR), bem como a organização, articulação e coordenação do Sistema 
Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), serão efetivados pelo órgão responsável pela política de 
promoção da igualdade étnica em âmbito nacional. 
c) É o Poder Legislativo federal autorizado a instituir fórum intergovernamental de promoção da igualdade 
étnica, a ser coordenado pelo órgão responsável pelas políticas educacionais gerais, com o objetivo de 
implementar estratégias que visem à incorporação da política nacional de promoção da igualdade étnica nas 
ações governamentais de Estados e Municípios. 
d) As diretrizes das políticas nacional e regional de promoção da igualdade étnica serão elaboradas por órgão 
colegiado, independentemente de participação da sociedade civil. 
e) Os Poderes Executivos estaduais, distrital e municipais, no âmbito das respectivas esferas de competência, 
poderão instituir conselhos de promoção da igualdade étnica, de caráter provisório e deliberativo, 
compostos exclusivamente por representantes de órgãos e entidades públicas. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 49, caput, da Lei nº 12.288/10, o plano nacional de 
promoção da igualdade racial será elaborado pelo Poder Executivo federal, e não pelo Poder Legislativo 
federal. 
Art. 49. O Poder Executivo federal elaborará plano nacional de promoção da igualdade 
racial contendo as metas, princípios e diretrizes para a implementação da Política Nacional 
de Promoção da Igualdade Racial (PNPIR). 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o §1º, do art. 49, da referida Lei: 
§ 1o A elaboração, implementação, coordenação, avaliação e acompanhamento da PNPIR, 
bem como a organização, articulação e coordenação do Sinapir, serão efetivados pelo 
órgão responsável pela política de promoção da igualdade étnica em âmbito nacional. 
A alternativa C está incorreta. Vejamos o que dispõe o §2º, do art. 49, do Estatuto da Igualdade Racial: 
§ 2o É o Poder Executivo federal autorizado a instituir fórum intergovernamental de 
promoção da igualdade étnica, a ser coordenado pelo órgão responsável pelas políticas de 
promoção da igualdade étnica, com o objetivo de implementar estratégias que visem à 
incorporação da política nacional de promoção da igualdade étnica nas ações 
governamentais de Estados e Municípios. 
A alternativa D está incorreta. Nos termos do art. 49, §3º, da Lei nº 12.288/10, as diretrizes serão elaboradas 
por órgão colegiado que assegure a participação da sociedade civil. 
§ 3o As diretrizes das políticas nacional e regional de promoção da igualdade étnica serão 
elaboradas por órgão colegiado que assegure a participação da sociedade civil. 
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A alternativa E está incorreta. Com base no art. 50, da referida Lei, os Poderes Executivos poderão instituir 
conselhos de caráter permanente e consultivo, compostos por igual número de representantes de órgãos e 
entidades públicas e de organizações da sociedade civil representativas da população negra. 
Art. 50. Os Poderes Executivos estaduais, distrital e municipais, no âmbito das respectivas 
esferas de competência, poderão instituir conselhos de promoção da igualdade étnica, de 
caráter permanente e consultivo, compostos por igual número de representantes de 
órgãos e entidades públicas e de organizações da sociedade civil representativas da 
população negra. 
29. (IBFC/EMBASA - 2017) Assinale a alternativa correta sobre as previsões da Lei Federal n° 12.288, de 20 
de julho de 2010, que institui o Estatuto da Igualdade Racial, quanto à educação. 
a) Nas datas comemorativas de caráter cívico, os órgãos responsáveis pela educação determinarão a 
participação de intelectuais e representantes do movimento negro para debater com os estudantes suas 
vivências relativas ao tema em comemoração. 
b) Os órgãos federais, distritais e estaduais de fomento à pesquisa e à pós-graduação deverão criar incentivos 
a pesquisas e a programas de estudo voltados para temas referentes às relações étnicas, aos quilombos e às 
questões pertinentes à população negra. 
c) O Poder Executivo federal, por meio dos órgãos competentes, obrigará as instituições de ensino superior 
públicas e privadas, sem prejuízo da legislação em vigor, a resguardar os princípios da ética em pesquisa e 
apoiar grupos, núcleos e centros de pesquisa, nos diversos programas de pós-graduação que desenvolvam 
temáticas de interesse da população negra. 
d) Os conteúdos referentes à história da população negra no Brasil serão ministrados no âmbito de todo o 
currículo escolar, resgatando sua contribuição decisiva para o desenvolvimento social, econômico, político e 
cultural do País. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. De acordo com o §3º, do art. 11, do Estatuto da Igualdade Racial, nas datas 
comemorativas de caráter cívico, os órgãos responsáveis pela educação incentivarão a participação de 
intelectuais e representantes do movimento negro para debater com os estudantes suas vivências relativas 
ao tema em comemoração. 
A alternativa B está incorreta. Com base no art. 12, da Lei nº 12.288/10, os órgãos federais, distritais e 
estaduais de fomento à pesquisa e à pós-graduação poderão criar incentivos a pesquisas e a programas de 
estudo voltados para temas referentes às relações étnicas, aos quilombos e às questões pertinentes à 
população negra. 
A alternativa C está incorreta. Vejamos o que estabelece o art. 13, da referida Lei: 
Art. 13. O Poder Executivo federal, por meio dos órgãos competentes, incentivará as 
instituições de ensino superior públicas e privadas, sem prejuízo da legislação em vigor, a: 
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A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o §1º, do art. 11, do Estatuto da 
Igualdade Racial: 
§ 1o Os conteúdos referentes à história da população negra no Brasil serão ministrados no 
âmbito de todo o currículo escolar, resgatando sua contribuição decisiva para o 
desenvolvimento social, econômico, político e cultural do País. 
30. (IBFC/AGERBA - 2017) Assinale a alternativa INCORRETA sobre os objetivos do Sistema Nacional de 
Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), considerando as disposições da lei federal nº 12.288, de 
20/07/2010 que institui o Estatuto da Igualdade Racial. 
a) Promover a igualdade étnica e o combate às desigualdades sociais resultantes do racismo, inclusive 
mediante adoção de ações afirmativas. 
b) Formular políticas destinadas a combater os fatores de marginalização e a promover a integração social 
da população negra. 
c) Centralizar a implementação de ações afirmativas no nível federal. 
d) Articular planos, ações e mecanismos voltados à promoção da igualdade étnica. 
e) Garantir a eficácia dos meios e dos instrumentos criados para a implementação das ações afirmativas e o 
cumprimento das metas a serem estabelecidas. 
Comentários 
A questão exige o conhecimento do art. 48, do Estatuto da Igualdade Racial. Vejamos: 
Art. 48. São objetivos do Sinapir: 
I - promover a igualdade étnica e o combate às desigualdades sociais resultantes do 
racismo, inclusive mediante adoção de ações afirmativas; 
II - formular políticas destinadas a combater os fatores de marginalização e a promover a 
integração social da população negra; 
III - descentralizar a implementação de ações afirmativas pelos governos estaduais, distrital 
e municipais; 
IV - articular planos, ações e mecanismos voltados à promoção da igualdade étnica; 
V - garantir a eficácia dos meios e dos instrumentos criados para a implementação das 
ações afirmativas e o cumprimento das metas a serem estabelecidas. 
Conforme se nota, centralizar a implementação de ações afirmativas no nível federal não é um dos objetivos 
da Sinapir. Portanto, a alternativa C é incorreta e gabarito da questão. 
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31. (CPCON/UEPB - 2017) Com relação à Lei nº 12.288/10 (Estatuto da Igualdade Racial), atente às 
assertivas abaixo e em seguida responda ao que se pede. 
I- Discriminação racial ou étnico-racial compreende-se como toda distinção, exclusão, restrição ou 
preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular 
ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e 
liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da 
vida pública ou privada. 
II- A centralização para a implementação das ações afirmativas pelos governos estaduais, distrital e 
municipais constitui um dos objetivos do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial. 
III- Como população negra deve-se compreender o conjunto de pessoas que adotam auto definição preta ou 
parda para efeitos de fruição dos programas sociais estatuídos pela administração direta. 
Está CORRETO o que se afirma 
a) apenas na afirmativa III. 
b) em todas as afirmativas. 
c) apenas nas afirmativas I e III. 
d) apenas na afirmativa I. 
e) apenas na afirmativa II. 
Comentários 
Vamos analisar cada um dos itens. 
O item I está correto, nos termos do art. 1º, parágrafo único, I, da Lei nº 12.288/10: 
Parágrafo único. Para efeito deste Estatuto, considera-se: 
I - discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência 
baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto 
anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de 
direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, 
cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada; 
O item II está incorreto. Ao contrário do que se afirma, vejamos o que dispõe o art. 48, III, da referida Lei: 
Art. 48. São objetivos do Sinapir: 
III - descentralizar a implementação de ações afirmativas pelos governos estaduais, distrital 
e municipais; 
O item III está incorreto. De acordo com o art. 1º, parágrafo único, IV, do Estatuto da Igualdade Racial, 
considera-se população negra o conjunto de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas, conforme o 
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quesito cor ou raça usado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou que adotam 
auto definição análoga. 
Assim, a alternativa D é correta e gabarito da questão. 
32. (PR-4 UFRJ/UFRJ - 2017) Muitas vezes os jovens nas instituições escolares são reduzidos a estereótipos 
que são construídos em relação a ele e que podem promover conflitos entre estes e o mundo adulto, 
representado por direção, professores e funcionários da escola, bem como entre os próprios jovens. 
Quando os indivíduos são reduzidos aos estereótipos, a sociedade constrói teorias ou ideologias para 
explicar essa diferença e justificar a discriminação. Fixa-se uma imagem social do outro que ao ressaltar 
a diferença o transforma em problema social que assusta e incomoda. Isto acaba por justificar 
agressões e desrespeito ao outro. 
É dever do Estado e da sociedade garantir a igualdade de oportunidades, reconhecendo a todo cidadão 
brasileiro o seu direito à participação na comunidade, especialmente nas atividades políticas, econômicas, 
empresariais, educacionais, culturais e esportivas, defendendo sua dignidade e seus valores religiosos e 
culturais. Para isso, há leis e estatutos que asseguram estes direitos. 
O Estatuto da Igualdade Racial (Lei n° 12.288/2010) é destinado a garantir à população negra a efetivação da 
igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à 
discriminação e às demais formas de intolerância étnica. Marque a opção que está em DESACORDO com o 
que este Estatuto considera 
a) Discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, 
cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, 
gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos 
político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada. 
b) Desigualdade racial: toda situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de bens, serviços e 
oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, descendência ou origem nacional ou 
étnica. 
c) Desigualdade de gênero e raça: simetria existente no âmbito da sociedade que acentua a distância social 
entre mulheres negras e os demais segmentos sociais. 
d) Políticas públicas: as ações, iniciativas e programas adotados pelo Estado no cumprimento de suas 
atribuições institucionais. 
e) Ações afirmativas: os programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para 
a correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades. 
Comentários 
A questão exige o conhecimento do art. 1º, do Estatuto da Igualdade Racial: 
Art. 1o Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, destinado a garantir à população 
negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, 
coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica. 
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Parágrafo único. Para efeito deste Estatuto, considera-se: 
I - discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência 
baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto 
anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de 
direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, 
cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada; 
II - desigualdade racial: toda situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de 
bens, serviços e oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, 
descendência ou origem nacional ou étnica; 
III - desigualdade de gênero e raça: ASSIMETRIA existente no âmbito da sociedade que 
acentua a distância social entre mulheres negras e os demais segmentos sociais; 
IV - população negra: o conjunto de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas, 
conforme o quesito cor ou raça usado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE), ou que adotam auto definição análoga; 
V - políticas públicas: as ações, iniciativas e programas adotados pelo Estado no 
cumprimento de suas atribuições institucionais; 
VI - ações afirmativas: os programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela 
iniciativa privada para a correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade 
de oportunidades. 
Conforme se nota, considera-se desigualdade de gênero e raça a assimetria existente no âmbito da sociedade 
que acentua a distância social entre mulheres negras e os demais segmentos sociais. Desse modo, a 
alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão. 
33. (MPE/SP - 2012) Julgue o item a seguir. 
O Estatuto da Igualdade Racial (Lei no 12.288/2010), destinado a garantir à população negra a efetivação da 
igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à 
discriminação e às demais formas de intolerância étnica, considera Desigualdade racial: toda situação 
justificada de diferenciação de acesso e fruição de bens, serviços e oportunidades, nas esferas pública e 
privada, em virtude de raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica. 
Comentários 
A assertiva está incorreta. O artigo 1º, § único, inciso II, do Estatuto da Igualdade Racial diz que a situação 
de diferenciação deve ser injustificada para gerar desigualdade racial. 
II - desigualdade racial: toda situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de 
bens, serviços e oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, 
descendência ou origem nacional ou étnica; 
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34. (MPE-SP - 2012) Julgue o item a seguir. 
O Estatuto da Igualdade Racial (Lei no 12.288/2010), destinado a garantir à população negra a efetivação da 
igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à 
discriminação e às demais formas de intolerância étnica, considera Discriminação racial ou étnico-racial: toda 
distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou 
étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de 
condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural 
ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada. 
Comentários 
 A assertiva está correta, uma vez que de acordo com o art. 1º, § único, inciso I, do Estatuto. 
Art. 1º Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, destinado a garantir à população negra a efetivação 
da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à 
discriminação e às demais formas de intolerância étnica. 
Parágrafo único. Para efeito deste Estatuto, considera-se: 
I - discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência 
baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto 
anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de 
direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, 
cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada; 
35. (MPE-SP - 2012) Julgue o item a seguir. 
O Estatuto da Igualdade Racial (Lei no 12.288/2010), destinado a garantir à população negra a efetivação da 
igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à 
discriminação e às demais formas de intolerância étnica, considera População negra: o conjunto de pessoas 
que se autodeclaram não brancas, conforme o quesito cor ou raça usado pelos órgãos oficiais de estatística. 
Comentários 
A assertiva está incorreta, pois a população negra precisa se autodeclarar preta ou parda ou auto definição 
análoga. Vejamos o inciso IV, do mesmo artigo já citado. 
IV - população negra: o conjunto de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas, 
conforme o quesito cor ou raça usado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE), ou que adotam autodefinição análoga; 
36. (MPE-SP - 2012) Julgue o item a seguir. 
O Estatuto da Igualdade Racial (Lei no 12.288/2010), destinado a garantir à população negra a efetivação da 
igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à 
discriminação e às demais formas de intolerância étnica, considera Ações afirmativas: os programas 
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incentivados pelo Estado e pela iniciativa privada para a conscientização das desigualdades raciais e para a 
promoção dos direitos humanos. 
Comentários 
A assertiva está incorreta. As ações afirmativas não têm como fim conscientizar das desigualdades raciais, 
mas efetivamente corrigi-las por meio da promoção da igualdade de oportunidades. Vejamos o inciso VI, do 
art. 1º, § único. 
VI - ações afirmativas: os programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela 
iniciativa privada para a correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade 
de oportunidades. 
37. (UFPR/DPE-PR - 2014) Em relação ao racismo e à discriminação racial, o Sistema Internacional de 
Direitos Humanos desenvolveu normas e órgãos de supervisão e controle, tendo em vista a erradicação 
definitiva desse mal. Sobre o tema, julgue o item a seguir. 
O Estado-parte pode ser responsabilizado internacionalmente por ato racista ou discriminatório praticado 
por particular, caso comprovada sua omissão em adotar as medidas estabelecidas no artigo II da Convenção 
Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial. 
Comentários 
A assertiva está correta. Entre outros mecanismos fiscalização previstos na Convenção destacam-se as 
comunicações interestatais e as petições individuais, que poderão ser utilizadas para responsabilizar o estado 
internacionalmente. 
38. (FESMIP-BA/MPE-BA - 2011) A Lei 12.288/10, que instituiu o Estatuto da Igualdade Racial, trouxe, no 
seu artigo primeiro, conceitos acerca de discriminação racial ou étnico-racial, desigualdade racial, 
população negra, políticas públicas e ações afirmativas para efeito do mencionado Estatuto. Analise os 
itens I, II, III, IV e V abaixo. 
I. ações afirmativas: os programas e medidas especiais adotados somente pelo Estado para a correção das 
desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades. 
II. políticas públicas: as ações,iniciativas e programas adotados pelo Estado e pela iniciativa privada no 
cumprimento de suas atribuições institucionais. 
III. população negra: o conjunto de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas, conforme o quesito cor ou 
raça usado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou que adotam autodefinição 
análoga. 
IV. desigualdade racial: assimetria existente no âmbito da sociedade que acentua a distância social entre 
mulheres negras e os demais segmentos sociais. 
V. discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, 
cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, 
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gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos 
político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada. 
Escolha a alternativa que contempla dois itens que tratam dos conceitos que, na forma do indicado artigo 
de lei, tratam de discriminação racial ou étnico-racial, desigualdade racial, população negra, políticas públicas 
e ações afirmativas para efeito do mencionado Estatuto. 
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) III e V. 
e) IV e V. 
Comentários 
A questão traz um conjunto de requisitos e pede para que sejam assinalados dois deles, que tratem de 
discriminação racial, étnico-racial, desigualdade racial, população negra, políticas públicas e ações 
afirmativas. 
O item I está incorreto. Ao trazer o conceito de ações afirmativas notem que há menção de que constituem 
ações especiais a serem adotadas “somente” pelo Estado. Conforme declinado no art. 1º, VI, do EIR, as ações 
afirmativas serão adotadas pelo Estado e pela iniciativa privada. 
O item II, do mesmo modo, está incorreto. O conceito de políticas públicas não inclui ações, inciativas ou 
programas adotados pela iniciativa privada, conforme o art. 1º, V, do Estatuto. 
O item III está correto, pois reproduz o conceito de população negra corretamente: 
POPULAÇÃO 
NEGRA 
 Conjunto de pessoas que se declaram negas ou pardas segundo o IBGE. 
O item IV está incorreto, pois ao tratar do conceito de desigualdade racial a questão confunde com o conceito 
de desigualdade de gênero e de raça. Vejamos ambos: 
DESIGUALDADE RACIAL 
 Ocorrerá quando for identificado diferenciação injustificada no acesso e fruição 
de bens, serviços e oportunidade em razão de fatores étnicos ou de descendência. 
DESIGUALDADE DE 
GÊNERO E RAÇA 
 Refere-se à constatação do fosso entre as mulheres negras e demais segmentos 
da sociedade. 
Por fim, o conceito de discriminação racial ou étnico-racial retratado no item V está correto: 
DISCRIMINAÇÃO RACIAL OU 
ÉTNICO-RACIAL 
 Constitui toda forma de distinção baseada em fatores étnicos ou de 
descendência que impliquem na anulação ou restrição dos seus direitos 
humanos. 
Desse modo, como apenas os itens III e V estão corretos, a alternativa D é a correta e gabarito da questão. 
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39. (ESAF/MPOG - 2012) A Lei n. 12.288, de 20 de julho de 2010, instituiu o Estatuto da Igualdade Racial. 
Ela se destina a garantir a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos 
individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica. 
a) Lei se refere especificamente à população negra. 
b) A Lei não especifica raça ou etnia, visando a combater todo tipo de discriminação. 
c) A Lei é de difícil aplicação porque não define discriminação racial ou étnico-racial. 
d) A Lei representa o coroamento das lutas contra o racismo e foi batizada como Lei Zumbi dos Palmares. 
e) A Lei revoga o antigo Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), instituído por decreto-
lei do regime militar. 
Comentários 
Para responder à questão é importante conhecer o art 1º do EIR: 
Art. 1o Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, destinado a garantir à população 
negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, 
coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica. 
Nota-se, portanto, que o EIR destina-se a proteger a população negra, conferindo-lhes igualdade de 
oportunidades, defesa dos direitos étnicos e o combate à discriminação e intolerância étnica. 
Portanto, a alternativa A é a correta e gabarito da questão. 
40. (AOCP/FCP - 2014) De acordo com a Lei nº 12.288/2010, artigo 3º, além das normas constitucionais 
relativas aos princípios fundamentais, aos direitos e garantias fundamentais e aos direitos sociais, 
econômicos e culturais, o Estatuto da Igualdade Racial adota como diretriz política-jurídica a 
I. discriminação racial, desigualdade de gênero e raça e direitos étnicos individuais. 
II. inclusão das vítimas de desigualdade étnico-racial, valorização da igualdade étnico-racial e fortalecimento 
da identidade nacional brasileira. 
III. participação efetiva da população negra em projetos contra a desigualdade, direitos étnicos coletivos e 
Políticas Públicas voltadas para comunidades dos Quilombos. 
É correto o que está contido em 
a) I, apenas. 
b) I, II e III. 
c) I e III, apenas. 
d) II, apenas. 
e) II e III, apenas. 
Comentários 
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Vejamos o art. 3º do EIR: 
Art. 3º Além das normas constitucionais relativas aos princípios fundamentais, aos direitos 
e garantias fundamentais e aos direitos sociais, econômicos e culturais, o Estatuto da 
Igualdade Racial adota como diretriz político-jurídica a inclusão das vítimas de desigualdade 
étnico-racial, a valorização da igualdade étnica e o fortalecimento da identidade nacional 
brasileira. 
Portanto, três são as diretrizes político-jurídica do Estatuto: 
 
Logo, apenas o item II está correto, de forma que a alternativa D é a correta e gabarito da questão. 
41. (AOCP/FCP - 2014) Com base na Lei nº 12.288/2010, sobre o Sistema Nacional de Promoção da 
Igualdade Racial, no que se refere a sua organização e competência, é correto afirmar que a 
responsabilidade de elaboração do plano nacional de promoção da igualdade racial pertence ao(à) 
a) Poder Executivo Federal. 
b) Poder Judiciário. 
c) Ministério Público. 
d) Secretaria da Cultura. 
e) Poder Executivo Municipal. 
Comentários 
Para responder à questão devemos conhecer o art. 49 do EIR: 
Art. 49. O Poder Executivo federal elaborará plano nacional de promoção da igualdade 
racial contendo as metas, princípios e diretrizes para a implementação da Política Nacional 
de Promoção da Igualdade Racial (PNPIR). 
Logo, a alternativa A é a correta e gabarito da questão. 
42. (COPS-UEL/PC-PR - 2015) Quantos aos crimes de racismo definidos na Lei nº 7.716/1989, assinale a 
alternativa correta. 
a) A incitação pública ao racismo constitui delito de incitação ao crime definido no Art. 286 do Código Penal, 
não havendo na referida Lei disposição sobre tal conduta. 
• inclusão das vítimas de desigualdade étnico-racial
• valorização da igualdade étnica 
• fortalecimento da identidade nacional brasileira
DIRETRIZ POLÍTICO-JURÍDICA DO ESTATUTO
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b) No caso de incitação ou induzimento ao preconceito racial praticado através da rede mundial de 
computadores, poderá o juiz determinara interdição da mensagem ou página de informação. 
c) São crimes de ação penal pública condicionada, dependendo de representação da vítima para propositura 
da ação penal. 
d) A injúria qualificada pelo preconceito racial é crime definido na referida Lei, não se aplicando o crime de 
injúria definido no Art. 140 do Código Penal. 
e) Não constitui crime definido na referida Lei o empregador que, motivado pelo preconceito racial, não 
conceder os equipamentos necessários ao empregado em igualdade de condições com os demais 
trabalhadores. 
Comentários 
A questão cobra vários diplomas legais, contudo, a alternativa correta trata de assunto tratado em nossa 
aula, por isso resolvemos trazer a questão e apontar apenas a alternativa correta. 
A alternativa A está incorreta, pois o art. 20, caput, da Lei n. 7.716/89, trata do crime de incitação à 
discriminação ou ao preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, com base no art. 20, § 3º, inciso III, da Lei 7.716, o 
qual foi alterado pela Lei n. 12.288/10. 
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, 
religião ou procedência nacional. 
§ 3º No caso do parágrafo anterior, o juiz poderá determinar, ouvido o Ministério Público 
ou a pedido deste, ainda antes do inquérito policial, sob pena de desobediência: 
III - a interdição das respectivas mensagens ou páginas de informação na rede mundial de 
computadores. 
A alternativa C está incorreta porque se trata de ação penal pública incondicionada. 
A alternativa D está incorreta, com base no art. 140, do Código Penal, também alterado pela Lei 9.459. 
§ 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião 
ou origem: 
Pena: reclusão de um a três anos e multa. 
A alternativa E está incorreta. Segundo o art. 4º, § 1º, I, da Lei n. 7.716/89: 
Art. 4º Negar ou obstar emprego em empresa privada. 
Pena: reclusão de dois a cinco anos. 
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§ 1o Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação de raça ou de cor ou 
práticas resultantes do preconceito de descendência ou origem nacional ou étnica: 
I - deixar de conceder os equipamentos necessários ao empregado em igualdade de 
condições com os demais trabalhadores; 
43. (IBFC/PC-SE - 2014) A Lei n° 7.716/89 pune criminalmente algumas formas de preconceito e 
discriminação praticados contra a pessoa humana. NÃO serão punidos criminalmente por esta lei o 
preconceito e a discriminação decorrente de: 
a) Religião. 
b) Procedência nacional. 
c) Etnia. 
d) Orientação sexual. 
Comentários 
A questão requer o conhecimento do art. 1º, da Lei 7.716, o qual foi alterado pela Lei 9.459. 
Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou 
preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. 
Assim, não será considerada como crime de preconceito a discriminação decorrente de orientação sexual, 
por não estar previsto no artigo citado. 
Desta forma, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão. 
44. (FUNDATEC/IGP-RS - 2017) De acordo com a Lei nº 12.288/2010 (Estatuto da Igualdade Racial), “toda 
distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional 
ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade 
de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, 
cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada” corresponde ao conceito de: 
a) Desigualdade racial. 
b) Desigualdade de gênero. 
c) Discriminação racial. 
d) Discriminação de gênero. 
e) Descriminalização racial. 
Comentários 
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De acordo com o art. 1º, parágrafo único, I, da Lei nº 12.228/10, a questão trata do conceito de discriminação 
racial. Vejamos: 
Parágrafo único. Para efeito deste Estatuto, considera-se: 
I - discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência 
baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto 
anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de 
direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, 
cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada; 
Dessa forma, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão. 
45. (IBFC/EMBASA - 2017) Assinale a alternativa correta sobre o que devem ser consideradas ações 
afirmativas de acordo com a Lei Federal nº 12.288, de 20 de julho de 2010, que institui o Estatuto da 
Igualdade Racial. 
a) As políticas de tratamento absolutamente igualitário dos cidadãos. 
b) Os programas e as medidas especiais adotados exclusivamente pelo Estado para a proibição das 
desigualdades de oportunidades. 
c) Os programas e as medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para a correção das 
desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades. 
d) As campanhas da iniciativa privada para obtenção de vantagens pela diminuição dos tratamentos 
desiguais. 
Comentários 
Ações afirmativas são os programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para 
a correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades. É o que dispõe o art. 
art. 1º, parágrafo único, VI, do Estatuto da Igualdade Racial: 
Parágrafo único. Para efeito deste Estatuto, considera-se: 
VI - ações afirmativas: os programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela 
iniciativa privada para a correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade 
de oportunidades. 
Assim, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão. 
46. (IBFC/EMBASA - 2017) Assinale a alternativa INCORRETA sobre a prática da capoeira de acordo com a 
Lei Federal n° 12.288, de 20 de julho de 2010, que institui o Estatuto da Igualdade Racial. 
a) O poder público garantirá o registro e a proteção da capoeira, em todas as suas modalidades, como bem 
de natureza imaterial e de formação da identidade cultural brasileira. 
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b) O poder público buscará garantir, por meio dos atos normativos necessários, a preservação dos elementos 
formadores tradicionais da capoeira nas suas relações internacionais. 
c) A capoeira é reconhecida como desporto de criação nacional. 
d) É obrigatório o ensino da capoeira nas instituições públicas e privadas pelos capoeiristas e mestres 
tradicionais, pública e formalmente reconhecidos. 
Comentários 
A alternativa A está correta, conforme prevê o art. 20, do Estatuto da Igualdade Racial: 
Art. 20. O poder público garantirá o registro e a proteção da capoeira, em todas as suas 
modalidades, como bem de natureza imaterial e de formação da identidade cultural 
brasileira, nos termos do art. 216 da Constituição Federal. 
A alternativa B está correta, com base no parágrafo único, do art. 20, da Lei nº 12.288/10: 
Parágrafo único. O poder público buscará garantir, por meio dos atos normativos 
necessários, a preservação dos elementos formadores tradicionais da capoeira nas suas 
relações internacionais. 
A alternativa C está correta, pois é o que dispõe o art. 22, caput, da referida Lei: 
Art. 22. A capoeira é reconhecida como desporto de criação nacional, nos termos do art. 
217 da Constituição Federal. 
A alternativa D está incorreta e é o gabarito daquestão. De acordo com o art. 22, §2º, do Estatuto da 
Igualdade Racial, é facultado o ensino da capoeira nas instituições públicas e privadas pelos capoeiristas e 
mestres tradicionais, pública e formalmente reconhecidos. 
47. (IBFC/AGERBA - 2017) Considerando as disposições da lei federal nº 12.288, de 20/07/2010 que institui 
o Estatuto da Igualdade Racial, assinale a alternativa correta sobre o significado da sigla SINAPIR. 
a) Serviço de Integração e Autopromoção Racial. 
b) Serviço Nacional de Apoio às Práticas de Integração Racial. 
c) Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial. 
d) Sistema Nacional de Promoção da Integração Racial. 
e) Sindicato Nacional de Participação Racial. 
Comentários 
O art. 47, da Lei nº 12.288/10, estabelece que SINAPIR significa Sistema Nacional de Promoção da Igualdade 
Racial: 
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Art. 47. É instituído o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir) como 
forma de organização e de articulação voltadas à implementação do conjunto de políticas 
e serviços destinados a superar as desigualdades étnicas existentes no País, prestados pelo 
poder público federal. 
Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão. 
48. (IBFC/EMBASA - 2017) Assinale a alternativa correta de acordo com as previsões expressas da Lei 
Federal n° 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou 
de cor. 
a) É crime impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da Administração 
Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos 
b) É contravenção penal impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo 
da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos 
c) É mero ilícito administrativo impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer 
cargo da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos 
d) É mero ilícito civil impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da 
Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos 
Comentários 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente 
habilitado, a qualquer cargo da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços 
públicos, é crime apenado com reclusão de dois a cinco anos. Vejamos o que dispõe o art. 3º, da Lei nº 
7.716/89: 
Art. 3º Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da 
Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação de raça, cor, 
etnia, religião ou procedência nacional, obstar a promoção funcional. 
Pena: reclusão de dois a cinco anos. 
49. (IBFC/EMBASA - 2017) Assinale a alternativa correta sobre a pena aplicável no caso de alguém recusar 
ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente ou 
comprador de acordo com as previsões expressas da Lei Federal nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que 
define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. 
a) Detenção de um a quatro anos 
b) Reclusão de um a três anos 
c) Detenção de dois a cinco anos 
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d) Reclusão de dois a seis anos 
Comentários 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, nos termos do art. 5º, da Lei nº 7.716/89: 
Art. 5º Recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, 
atender ou receber cliente ou comprador. 
Pena: reclusão de um a três anos. 
50. (IBFC/EMBASA - 2017) Assinale a alternativa correta sobre a pena aplicável no caso de alguém recusar, 
negar ou impedir a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento de ensino público ou privado 
de qualquer grau de acordo com as previsões expressas da Lei Federal nº 7.716, de 5 de janeiro de 
1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. 
a) Detenção de dois a quatro anos 
b) Reclusão de três a cinco anos 
c) Detenção de um a cinco anos 
d) Reclusão de dois a cinco anos 
Comentários 
Primeiramente, lembre-se que não há pena de detenção nos crimes resultantes de preconceito de raça ou 
de cor. Além disso, vejamos o que dispõe o art. 6º, da Lei nº 7.716/89: 
Art. 6º Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento de 
ensino público ou privado de qualquer grau. 
Pena: reclusão de três a cinco anos. 
Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão. 
51. (CONSULPLAN/TRF-2ªR - 2017) Nos crimes previstos na Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989 – que 
define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor –, constitui efeito da condenação a perda 
do cargo ou função pública, para o servidor público, e a suspensão do funcionamento do 
estabelecimento particular envolvido por prazo não superior a: 
a) 1 mês. 
b) 1 ano. 
c) 6 meses. 
d) 3 meses. 
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Comentários 
Para responder essa questão, exige-se o conhecimento do art. 16, da Lei nº 7.716/89. Vejamos: 
Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor 
público, e a suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por prazo não 
superior a três meses. 
Assim, a alternativa D é correta e gabarito da questão. 
52. (IBFC/EMBASA - 2015) Assinale a alternativa correta considerando as disposições da lei federal n° 
12.288, de 20/07/2010, que institui o Estatuto da Igualdade Racial. 
a) É assegurada a assistência religiosa aos praticantes de religiões de matrizes africanas internados em 
hospitais ou em outras instituições de internação coletiva, excluídos os casos de pena privativa de liberdade. 
b) Os conteúdos referentes à história da população negra no Brasil serão ministrados por meio de 
componente curricular específico, resgatando sua contribuição decisiva para o desenvolvimento social, 
econômico, político e cultural do País. 
c) É facultado o ensino da capoeira nas instituições públicas e privadas pelos capoeiristas formados em 
educação física. 
d) Para incentivar o desenvolvimento das atividades produtivas da população negra no campo, o poder 
público promoverá ações para viabilizar e ampliar o seu acesso ao financiamento agrícola. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 25, da Lei nº 12.288/10, é assegurada a assistência 
religiosa aos praticantes de religiões de matrizes africanas internados em hospitais ou em outras instituições 
de internação coletiva, inclusive àqueles submetidos a pena privativa de liberdade. 
A alternativa B está incorreta. O §1º, do art. 11, da referida Lei, estabelece que os conteúdos referentes à 
história da população negra no Brasil serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, resgatando 
sua contribuição decisiva para o desenvolvimento social, econômico, político e cultural do País. 
A alternativa C está incorreta. Com base no §2º, do art. 22, do Estatuto da Igualdade Racial, é facultado o 
ensino da capoeira nas instituições públicas e privadas pelos capoeiristas e mestres tradicionais, pública e 
formalmente reconhecidos. 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, nos termos do art. 28, da Lei nº 12.288/10: 
Art. 28. Para incentivar o desenvolvimento das atividades produtivas da populaçãonegra 
no campo, o poder público promoverá ações para viabilizar e ampliar o seu acesso ao 
financiamento agrícola. 
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==1def4a==
 
 
 
 
 
 
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53. (FAURGS/BANRISUL - 2018) Para efeito do Estatuto da Igualdade Racial, instituído pela Lei Federal nº 
12.288, de 20 de julho de 2010, desigualdade racial é 
a) a assimetria existente no âmbito da sociedade que acentua a distância social entre as mulheres negras e 
os demais segmentos sociais. 
b) a restrição à liberdade de consciência e de crença e ao livre exercício dos cultos religiosos de matriz 
africana. 
c) a distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou 
étnica. 
d) a situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de bens, serviços e oportunidades em virtude 
de raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica. 
e) a restrição ao exercício de direitos no campo político em razão da cor. 
Comentários 
O art. 1º, parágrafo único, II, da Lei nº 12.288/10, prevê o conceito de desigualdade racial. Vejamos: 
II - desigualdade racial: toda situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de 
bens, serviços e oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, 
descendência ou origem nacional ou étnica; 
Portanto, a alternativa D é correta e gabarito da questão. 
54. (UFPel-CES/UFPEL - 2016) O Estatuto da Igualdade Racial através da Lei Nº 12.288, de 20 de julho de 
2010, em seu Art. 1º, Parágrafo Único, considera ações afirmativas, 
a) o conjunto de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas, conforme o quesito cor ou raça usado pelo 
IBGE, ou que adotam autodefinição análoga. 
b) a participação da população negra, em condição de igualdade de oportunidade, na vida econômica, social, 
política e cultural do país. 
c) os programas e medidas especiais adotadas pelo Estado e pela iniciativa privada para a correção das 
desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades. 
d) medidas para combater a assimetria existente no âmbito da sociedade que acentua a distância social entre 
mulheres negras e os demais segmentos sociais. 
e) as ações, iniciativas e programas adotados pelo Estado no cumprimento de suas atribuições institucionais 
no combate à discriminação de gênero e de raça. 
Comentários 
O parágrafo único, VI, do art. 1º, da Lei nº 12.288/10, traz o conceito de ações afirmativas: 
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VI - ações afirmativas: os programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela 
iniciativa privada para a correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade 
de oportunidades. 
Dessa forma, a alternativa C é correta e gabarito da questão. 
A alternativa A está incorreta, pois trata conceito de população negra (art. 1º, Parágrafo único, IV). 
A alternativa B está incorreta, pois trás, apenas, a disposição do caput do art. 4º, do Estatuto, e não a 
definição de desigualdade social. 
A alternativa D está incorreta, pois trata da definição de desigualdade de gênero e raça (art. 1º, Parágrafo 
único, III). 
E a alternativa E está incorreta, pois trata do conceito de políticas públicas (art. 1º, Parágrafo único, V). 
55. (IBFC/EMBASA - 2015) Considerando as disposições da lei federal n° 12.288, de 20/07/2010, que institui 
o Estatuto da Igualdade Racial, assinale a alternativa correta sobre o que a referida lei considera de 
forma precisa, desigualdade racial. 
a) Assimetria existente no âmbito da sociedade que acentua a distância social entre mulheres negras e os 
demais segmentos sociais. 
b) Toda situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de bens, serviços e oportunidades, nas 
esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica. 
c) Toda distinção baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto 
anular exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos. 
d) Toda exclusão ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha 
por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos 
humanos e liberdades fundamentais. 
Comentários 
A alternativa B é correta e gabarito da questão, conforme prevê o art. 1º, parágrafo único, II, do Estatuto da 
Igualdade Racial: 
II - desigualdade racial: toda situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de 
bens, serviços e oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, 
descendência ou origem nacional ou étnica; 
A alternativa A está incorreta, pois traz o conceito de desigualdade de gênero e raça. 
As alternativas C e D estão incorretas, pois trazem o conceito de discriminação racial. 
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56. (IDECAN/Prefeitura de Natal-RN - 2016) De acordo com a Lei nº 12.288, de 20 de julho de 2010 – 
Estatuto da Igualdade Racial, o direito à liberdade de consciência e de crença e ao livre exercício dos 
cultos religiosos de matriz africana NÃO compreende: 
a) A produção e a divulgação de publicações relacionadas ao exercício e à difusão das religiões de matriz 
africana. 
b) A fundação e a manutenção, por iniciativa privada, de instituições beneficentes ligadas às respectivas 
convicções religiosas. 
c) A prática de cultos, a celebração de reuniões relacionadas à religiosidade e a fundação e manutenção, por 
iniciativa pública, de lugares reservados para tais fins. 
d) A comunicação ao Ministério Público para abertura de ação penal em face de atitudes e práticas de 
intolerância religiosa nos meios de comunicação e em quaisquer outros locais. 
Comentários 
A questão exige o conhecimento do art. 24, do Estatuto da Igualdade Racial. Vejamos: 
Art. 24. O direito à liberdade de consciência e de crença e ao livre exercício dos cultos 
religiosos de matriz africana compreende: 
I - a prática de cultos, a celebração de reuniões relacionadas à religiosidade e a fundação e 
manutenção, por iniciativa privada, de lugares reservados para tais fins; (ALTERNATIVA C) 
II - a celebração de festividades e cerimônias de acordo com preceitos das respectivas 
religiões; 
III - a fundação e a manutenção, por iniciativa privada, de instituições beneficentes ligadas 
às respectivas convicções religiosas; (ALTERNATIVA B) 
IV - a produção, a comercialização, a aquisição e o uso de artigos e materiais religiosos 
adequados aos costumes e às práticas fundadas na respectiva religiosidade, ressalvadas as 
condutas vedadas por legislação específica; 
V - a produção e a divulgação de publicações relacionadas ao exercício e à difusão das 
religiões de matriz africana; (ALTERNATIVA A) 
VI - a coleta de contribuições financeiras de pessoas naturais e jurídicas de natureza privada 
para a manutenção das atividades religiosas e sociais das respectivas religiões; 
VII - o acesso aos órgãos e aos meios de comunicação para divulgação das respectivas 
religiões; 
VIII - a comunicação ao Ministério Público para abertura de ação penal em face de atitudes 
e práticas de intolerância religiosa nos meios de comunicação e em quaisquer outros locais. 
(ALTERNATIVA D) 
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Conforme se nota, a alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão, por dizer que a inciativa é pública. 
57. (FAURGS/BANRISUL - 2018) O Estatuto da Igualdade Racial (Leinº 12.288/2010) instituiu, como forma 
de organização e articulação voltadas à implementação do conjunto de políticas e serviços destinados 
a superar as desigualdades étnicas existentes no país: 
a) a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial. 
b) o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial. 
c) os Juizados Especiais Criminais. 
d) o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador. 
e) o Ministério dos Direitos Humanos. 
Comentários 
De acordo com o art. 47, da Lei nº 12.288/10, é instituído o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade 
Racial como forma de organização e de articulação voltadas à implementação do conjunto de políticas e 
serviços destinados a superar as desigualdades étnicas existentes no País, prestados pelo poder público 
federal. 
Portanto, a alternativa B é correta e gabarito da questão. 
58. (MPE-SC/MPE-SC - 2016) Entende-se por ações afirmativas os programas e medidas especiais adotados 
pelo Estado e pela iniciativa privada para a correção das desigualdades raciais e para a promoção da 
igualdade de oportunidades. A Lei n. 12.288/10 (Estatuto da Igualdade Racial), para garantir a 
participação da população negra em condições de igualdade de oportunidades, dentre algumas 
medidas, prioriza a implementação de programas de ação afirmativa destinados ao enfrentamento das 
desigualdades étnicas no tocante à educação, cultura, esporte e lazer, saúde, segurança, trabalho, 
moradia, meios de comunicação de massa, financiamentos públicos, acesso à terra, à Justiça, e outros. 
Comentários 
A assertiva está correta, pois é o que dispõe o art. 4º, VII, do Estatuto da Igualdade Racial: 
Art. 4o A participação da população negra, em condição de igualdade de oportunidade, na 
vida econômica, social, política e cultural do País será promovida, prioritariamente, por 
meio de: 
VII - implementação de programas de ação afirmativa destinados ao enfrentamento das 
desigualdades étnicas no tocante à educação, cultura, esporte e lazer, saúde, segurança, 
trabalho, moradia, meios de comunicação de massa, financiamentos públicos, acesso à 
terra, à Justiça, e outros. 
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59. (IDECAN/Prefeitura de Natal-RN - 2016) Sobre o tratamento que a Lei nº 12.288, de 20 de julho de 2010 
– Estatuto da Igualdade Racial dá ao esporte e lazer, analise as afirmativas. 
I. A capoeira é reconhecida como desporto de criação nacional, nos termos do Art. 217 da Constituição 
Federal. 
II. A atividade de capoeirista será reconhecida em todas as modalidades em que a capoeira se manifesta, 
seja como esporte, luta, dança ou música, sendo livre o exercício em todo o território nacional. 
III. É facultado o ensino da capoeira nas instituições públicas e privadas pelos capoeiristas e mestres 
tradicionais, pública e formalmente reconhecidos. 
Estão corretas as afirmativas 
a) I, II e III. 
b) I e II, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
Comentários 
A questão exige o conhecimento do art. 22, da Lei nº 12.288/10. Visto isso, vamos analisar cada um dos itens. 
O item I está correto, pois é o que dispõe o art. 22, caput: 
Art. 22. A capoeira é reconhecida como desporto de criação nacional, nos termos do art. 
217 da Constituição Federal. 
O item II está correto, conforme prevê o §1º: 
§ 1o A atividade de capoeirista será reconhecida em todas as modalidades em que a 
capoeira se manifesta, seja como esporte, luta, dança ou música, sendo livre o exercício 
em todo o território nacional. 
O item III está correta, nos termos do §2º: 
§ 2o É facultado o ensino da capoeira nas instituições públicas e privadas pelos capoeiristas 
e mestres tradicionais, pública e formalmente reconhecidos. 
Assim, a alternativa A é correta e gabarito da questão. 
60. (IESES/BAHIAGÁS - 2016) A Lei n.º 12.288, de 20 de julho de 2010, instituiu o Estatuto da Igualdade 
Racial, que objetiva garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa 
dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos, e o combate à discriminação e às demais formas 
de intolerância, conforme dispõe o caput do artigo 1º do diploma legal em análise. Considerando os 
termos da lei e a mens lege, assinale a afirmação INCORRETA. 
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a) O Brasil, no tocante à inclusão da população negra no mercado, tem por fundamento legal a CF, a Lei 
12.288/2010, os compromissos assumidos pelo Brasil ao ratificar a Convenção Internacional sobre a 
eliminação de todas as formas de Discriminação Racial e todos os compromissos assumidos pelo Brasil 
perante a comunidade internacional. 
b) O Estatuto da Igualdade Racial ao tratar da Cultura busca preservar as tradições remanescentes dos 
quilombos e o registro e proteção da capoeira, como bem de natureza imaterial e da formação da identidade 
cultural brasileira. 
c) O Estatuto da Igualdade Racial tem por objetivo único evitar a discriminação racial e o bulling social. 
d) O Estado tem o dever de garantir a igualdade de oportunidades, reconhecendo a qualquer cidadão 
brasileiro, independente da etnia ou cor da pele, o pleno direito de participação na comunidade, em todas 
as suas vertentes. 
e) A lei 12288/2010, no que trata do direito à saúde, garante tratamento igualitário da população negra, 
também no que diz respeito aos seguros privados de saúde. 
Comentários 
A alternativa A está correta, com base no art. 38, I, II e IV, do Estatuto da Igualdade Racial: 
Art. 38. A implementação de políticas voltadas para a inclusão da população negra no 
mercado de trabalho será de responsabilidade do poder público, observando-se: 
I - o instituído neste Estatuto; 
II - os compromissos assumidos pelo Brasil ao ratificar a Convenção Internacional sobre a 
Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, de 1965; 
IV - os demais compromissos formalmente assumidos pelo Brasil perante a comunidade 
internacional. 
A alternativa B está correta, nos termos dos arts. 18 e 20, da Estatuto da Igualdade Racial: 
Art. 18. É assegurado aos remanescentes das comunidades dos quilombos o direito à 
preservação de seus usos, costumes, tradições e manifestos religiosos, sob a proteção do 
Estado. 
Art. 20. O poder público garantirá o registro e a proteção da capoeira, em todas as suas 
modalidades, como bem de natureza imaterial e de formação da identidade cultural 
brasileira, nos termos do art. 216 da Constituição Federal. 
A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 1º, a Lei nº 12.288/10 é 
destinada a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos 
étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica. 
A alternativa D está correta, conforme prevê o art. 2º, da referida Lei: 
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Art. 2o É dever do Estado e da sociedade garantir a igualdade de oportunidades, 
reconhecendo a todo cidadão brasileiro, independentemente da etnia ou da cor da pele, o 
direito à participação na comunidade, especialmente nas atividades políticas, econômicas, 
empresariais, educacionais, culturais e esportivas, defendendo sua dignidade e seus 
valores religiosos e culturais. 
A alternativa E está correta, com base no §2º, do art. 6º, da Lei nº 12.288/10: 
§ 2o O poder público garantirá que o segmento da população negra vinculado aos seguros 
privados de saúde seja tratado sem discriminação. 
61. (CETRO/FCP - 2014) De acordocom a Lei nº 12.288/2010, artigo 3º, além das normas constitucionais 
relativas aos princípios fundamentais, aos direitos e garantias fundamentais e aos direitos sociais, 
econômicos e culturais, o Estatuto da Igualdade Racial adota como diretriz política-jurídica a: 
I. discriminação racial, desigualdade de gênero e raça e direitos étnicos individuais. 
II. inclusão das vítimas de desigualdade étnico-racial, valorização da igualdade étnico-racial e fortalecimento 
da identidade nacional brasileira. 
III. participação efetiva da população negra em projetos contra a desigualdade, direitos étnicos coletivos e 
Políticas Públicas voltadas para comunidades dos Quilombos. 
É correto o que está contido em : 
a) I, apenas. 
b) I, II e III. 
c) I e III, apenas. 
d) II, apenas. 
e) II e III, apenas. 
Comentários 
Vejamos o que dispõe o art. 3º, do Estatuto da Igualdade Racial: 
Art. 3o Além das normas constitucionais relativas aos princípios fundamentais, aos direitos 
e garantias fundamentais e aos direitos sociais, econômicos e culturais, o Estatuto da 
Igualdade Racial adota como diretriz político-jurídica a inclusão das vítimas de desigualdade 
étnico-racial, a valorização da igualdade étnica e o fortalecimento da identidade nacional 
brasileira. 
Portanto, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão. 
62. (IF-PB/IF-PB - 2015) De acordo com o artigo 56 da Lei nº 12.288, de 20 de julho 2010, no que se refere 
à implementação dos programas e das ações constantes dos planos plurianuais e dos orçamentos 
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anuais da União, deverão ser observadas as políticas de ação afirmativa a que se refere o inciso VII do 
artigo 4º desta Lei e outras políticas públicas que tenham como objetivo promover a igualdade de 
oportunidades e a inclusão social da população negra, especialmente no que tange a: 
I. Promoção da igualdade de oportunidades em educação, emprego e moradia. 
II. Financiamento de pesquisas, nas áreas de educação, saúde e emprego, voltadas para a melhoria da 
qualidade de vida da população negra. 
III. Doações de empresas privadas e organizações não governamentais, nacionais ou internacionais. 
IV. Incentivo à criação e à manutenção de microempresas administradas por pessoas autodeclaradas negras. 
Está CORRETO o que se afirma apenas em: 
a) I e IV. 
b) I e III. 
c) II e IV. 
d) I, III e IV. 
e) I, II e IV. 
Comentários 
A questão exige o conhecimento do art. 56, do Estatuto da Igualdade Racial. Vejamos: 
Art. 56. Na implementação dos programas e das ações constantes dos planos plurianuais 
e dos orçamentos anuais da União, deverão ser observadas as políticas de ação afirmativa 
a que se refere o inciso VII do art. 4o desta Lei e outras políticas públicas que tenham como 
objetivo promover a igualdade de oportunidades e a inclusão social da população negra, 
especialmente no que tange a: 
I - promoção da igualdade de oportunidades em educação, emprego e moradia; 
II - financiamento de pesquisas, nas áreas de educação, saúde e emprego, voltadas para a 
melhoria da qualidade de vida da população negra; 
III - incentivo à criação de programas e veículos de comunicação destinados à divulgação 
de matérias relacionadas aos interesses da população negra; 
IV - incentivo à criação e à manutenção de microempresas administradas por pessoas 
autodeclaradas negras; 
V - iniciativas que incrementem o acesso e a permanência das pessoas negras na educação 
fundamental, média, técnica e superior; 
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VI - apoio a programas e projetos dos governos estaduais, distrital e municipais e de 
entidades da sociedade civil voltados para a promoção da igualdade de oportunidades para 
a população negra; 
VII - apoio a iniciativas em defesa da cultura, da memória e das tradições africanas e 
brasileiras. 
O item III estabelecido pela questão não faz parte do rol presente no art. 56. Portanto, a alternativa E está 
correta e é o gabarito da questão. 
63. (MPE-SP/MPE-SP - 2013) À vista das regras contidas no Estatuto da Igualdade Racial, assinale a 
alternativa que contém afirmação INCORRETA. 
a) O Estatuto da Igualdade Racial adota como diretriz político-jurídica a inclusão das vítimas de desigualdade 
étnico-racial, a valorização da igualdade étnica e o fortalecimento da identidade nacional brasileira. 
b) Constitui meio de promover a participação da população negra, em condições de igualdade de 
oportunidade, na vida econômica, social, política e cultural do País a implementação de programas de ação 
afirmativa destinados ao enfrentamento das desigualdades étnicas no tocante à educação, cultura, esporte 
e lazer, saúde, segurança, trabalho, moradia, meios de comunicação de massa, financiamentos públicos, 
acesso à terra, à Justiça e outros. 
c) A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, organizada de acordo com as diretrizes 
especificadas na Lei n.º 12.288/2010, é constituída de um conjunto de ações de saúde voltadas à população 
negra. 
d) Para o acesso da população negra à terra e às atividades produtivas no campo, caberá ao poder público 
assegurar à população negra, dentre outras medidas, a assistência técnica rural, a simplificação do acesso ao 
crédito agrícola e o fortalecimento da infraestrutura de logística para a comercialização da produção. 
e) Para garantia de acesso da população negra à moradia, constitui diretriz a ser observada pelos agentes 
financeiros, públicos ou privados, a promoção de ações para viabilizar seu acesso aos financiamentos 
habitacionais, observando-se a previsão legal expressa de criação de linha especial e diferenciada de crédito 
com juros inferiores aos praticados no mercado. 
Comentários 
Para a moradia não há a previsão de linhas especiais de financiamento público, mas apenas o que prevê o 
art. 37, do Estatuto da Igualdade Racial: 
Art. 37. Os agentes financeiros, públicos ou privados, promoverão ações para viabilizar o 
acesso da população negra aos financiamentos habitacionais. 
Portanto, a alternativa E está incorreta e é o gabarito da questão. 
A alternativa A está correta, conforme prevê o art. 3º, da Lei nº 12.288/10: 
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Art. 3o Além das normas constitucionais relativas aos princípios fundamentais, aos direitos 
e garantias fundamentais e aos direitos sociais, econômicos e culturais, o Estatuto da 
Igualdade Racial adota como diretriz político-jurídica a inclusão das vítimas de desigualdade 
étnico-racial, a valorização da igualdade étnica e o fortalecimento da identidade nacional 
brasileira. 
A alternativa B está correta, nos termos do art. 4º, VII, da referida Lei: 
Art. 4o A participação da população negra, em condição de igualdade de oportunidade, na 
vida econômica, social, política e cultural do País será promovida, prioritariamente, por 
meio de: 
VII - implementação de programas de ação afirmativa destinados ao enfrentamento das 
desigualdades étnicas no tocante à educação, cultura, esporte e lazer, saúde, segurança, 
trabalho, moradia, meios de comunicação de massa, financiamentos públicos, acesso à 
terra, à Justiça, e outros. 
A alternativa C está correta, com base no art. 7º, do Estatuto: 
Art. 7o O conjunto de ações de saúde voltadas à população negra constitui a Política 
Nacional de Saúde Integral da População Negra, organizada de acordo com as diretrizes 
abaixo especificadas: 
(...) 
A alternativa D está correta, Vejamos o que dispõe os art. 27 ao 30, da Lei nº 12.288/10: 
Art. 27. O poder público elaborará eimplementará políticas públicas capazes de promover 
o acesso da população negra à terra e às atividades produtivas no campo. 
Art. 28. Para incentivar o desenvolvimento das atividades produtivas da população negra 
no campo, o poder público promoverá ações para viabilizar e ampliar o seu acesso ao 
financiamento agrícola. 
Art. 29. Serão assegurados à população negra a assistência técnica rural, a simplificação 
do acesso ao crédito agrícola e o fortalecimento da infraestrutura de logística para a 
comercialização da produção. 
Art. 30. O poder público promoverá a educação e a orientação profissional agrícola para 
os trabalhadores negros e as comunidades negras rurais. 
64. (MPE-SP/MPE-SP - 2015) Para efeito da lei nº 12.288/2010 (Estatuto da Igualdade Racial), considera-se 
discriminação racial ou étnico-racial, dentre outras ações, as seguintes: 
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I - A distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou 
étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de 
condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural 
ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada. 
II - A violência psicológica, entendida como qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da 
autoestima. 
III - A violência sexual, entendida como qualquer conduta que constranja a presenciar, a manter ou a 
participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força. 
IV - A violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, 
destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e 
direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades. 
V - A violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. 
Está correto apenas o contido em: 
a) I, II, III e V. 
b) I e V. 
c) I, II, III e IV. 
d) I. 
e) Todos os itens estão corretos. 
Comentários 
A Lei nº 12.288/10, estabelece no parágrafo único, I, do art. 1º, o conceito de discriminação racial ou étnico-
racial: 
I - discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência 
baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto 
anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de 
direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, 
cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada; 
Desta forma, somente o item I está correto. Os demais itens se referem à violência doméstica e familiar 
contra a mulher prevista na Lei nº 11.340/06. 
Portanto, a alternativa D é correta e gabarito da questão. 
65. (IDECAN/Prefeitura de Natal-RN - 2016) Considerando o que dispõe a Lei nº 12.288, de 20 de julho de 
2010 – Estatuto da Igualdade Racial, analise as seguintes definições para efeito do Estatuto. 
I. Desigualdade racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência 
ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, 
em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, 
social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada. 
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II. Discriminação racial ou étnico-racial: toda situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de 
bens, serviços e oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, descendência ou 
origem nacional ou étnica. 
III. Desigualdade de gênero e raça: assimetria existente no âmbito da sociedade que acentua a distância 
social entre mulheres negras e os demais segmentos sociais. 
IV. População negra: o conjunto de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas, conforme o quesito cor ou 
raça usado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou que adotam autodefinição 
análoga. 
Estão corretas apenas as afirmativas 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) III e IV. 
d) II, III e IV. 
Comentários 
A questão exige o conhecimento do parágrafo único, do art. 1º, da Lei nº 12.288/10. Visto isso, passemos à 
análise de cada um dos itens. 
O item I está incorreto, pois traz o conceito de discriminação racial ou étnico-racial, previsto no inc. I: 
I - discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência 
baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto 
anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de 
direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, 
cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada; 
O item II está também está incorreto, pois traz o conceito de desigualdade racial, estabelecido no inc. II: 
II - desigualdade racial: toda situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de 
bens, serviços e oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, 
descendência ou origem nacional ou étnica; 
O item III está correto, conforme prevê o inc. III: 
III - desigualdade de gênero e raça: assimetria existente no âmbito da sociedade que 
acentua a distância social entre mulheres negras e os demais segmentos sociais; 
O item IV está correto, com base no inc. IV: 
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IV - população negra: o conjunto de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas, 
conforme o quesito cor ou raça usado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE), ou que adotam autodefinição análoga; 
Desse modo, a alternativa C é correta e gabarito da questão. 
66. (IF-PB/IF-PB - 2015) A Lei n° 12.288, de 20 de julho de 2010, institui o Estatuto da Igualdade Racial, 
destinado a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos 
direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de 
intolerância étnica. No parágrafo único do artigo 1º, para efeito deste estatuto, considera-se: 
( ) Discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, 
cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, 
gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos 
político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada. 
( ) Desigualdade racial: assimetria existente no âmbito da sociedade que acentua a distância social entre 
mulheres negras e os demais segmentos sociais. 
( ) Desigualdade de gênero e raça: toda situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de bens, 
serviços e oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, descendência ou origem 
nacional ou étnica. 
( ) Políticas públicas: as ações, iniciativas e programas adotados pelo Estado no cumprimento de suas 
atribuições institucionais. 
( ) Ações afirmativas: os programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para 
a correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades. 
A sequência CORRETA para as assertivas acima é: 
a) V, F, V, V, V. 
b) V, F, F, F, V. 
c) V, F, V, V, F. 
d) V, F,V, F, V. 
e) V, F, F, V, V. 
Comentários 
A questão cobra o conhecimento do art. 1º, parágrafo único, do Estatuto da Igualdade Racial. Visto isso, 
vamos analisar cada uma das afirmativas. 
A primeira afirmativa é verdadeira, nos termos do inc. I: 
I - discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência 
baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto 
anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de 
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direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, 
cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada; 
A segunda afirmativa é falsa. De acordo com o inc. II, desigualdade racial é toda situação injustificada de 
diferenciação de acesso e fruição de bens, serviços e oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude 
de raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica. 
A terceira afirmativa também é falsa. Com base no inc. III, desigualdade de gênero e raça é a assimetria 
existente no âmbito da sociedade que acentua a distância social entre mulheres negras e os demais 
segmentos sociais. 
A quarta afirmativa é verdadeira, pois é o que dispõe o inc. V: 
V - políticas públicas: as ações, iniciativas e programas adotados pelo Estado no 
cumprimento de suas atribuições institucionais; 
Por fim, a quinta afirmativa é verdadeira, segundo o inc. VI: 
VI - ações afirmativas: os programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela 
iniciativa privada para a correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade 
de oportunidades. 
Assim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão. 
67. (FUNCAB/SEDS-TO - 2014) Com o intuito de garantir à população negra a igualdade de oportunidades 
e a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos, foi criado o(a): 
a) Padrão Nacional contra o Racismo. 
b) Estatuto da Igualdade Racial. 
c) Ação Afirmativa de Intolerância Étnica. 
d) Norma de Procedimento e Conduta. 
Comentários 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o que dispõe o art. 1º, caput, do Estatuto da 
Igualdade Racial: 
Art. 1o Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, destinado a garantir à população 
negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, 
coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica. 
68. (CESP/Câmara dos Deputados - 2014) Julgue o item que segue, relativo aos crimes contra as pessoas 
com deficiência, aos crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor e ao Estatuto da Igualdade 
Racial. 
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De acordo com o Estatuto da Igualdade Racial, o fato de um empregado de estabelecimento comercial 
privado recusar atendimento a um cliente tão somente em razão de este ser negro amolda-se a desigualdade 
racial e não a discriminação racial, pois caracteriza-se uma situação injustificada de acesso a serviço privado 
em virtude de raça ou origem étnica. 
Comentários 
A assertiva está incorreta, pois o caso em comento amolda-se ao conceito de discriminação racial ou étnico-
racial, conforme prevê o art. 1º, parágrafo único, I, da Lei nº 12.288/10: 
I - discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência 
baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto 
anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de 
direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, 
cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada; 
A desigualdade racial, diferentemente, vem definida no art. 1º, parágrafo único, II, da 
mesma Lei. Confiram: 
II - desigualdade racial: toda situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de 
bens, serviços e oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, 
descendência ou origem nacional ou étnica; 
69. (IBFC/SAEB-BA - 2015) Assinale a alternativa correta sobre as matérias indicadas expressamente na Lei 
Federal n° 12.288, de 20 de julho de 2010 (Estatuto da Igualdade Racial) como sendo de estudo 
obrigatório nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados. 
a) Estudo dos problemas brasileiros e História geral da África. 
b) História das populações indígenas no Brasil e História da população negra no Brasil. 
c) História geral da África e História da população negra no Brasil. 
d) História das populações indígenas no Brasil e História geral da África. 
e) Estudo dos problemas brasileiros e História das populações indígenas no Brasil. 
Comentários 
A questão exige o conhecimento do art. 11, do Estatuto da Igualdade Racial: 
Art. 11. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e 
privados, é obrigatório o estudo da história geral da África e da história da população negra 
no Brasil, observado o disposto na Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 
Dessa forma, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão. 
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70. (FUNDATEC/PC-RS - 2018) O Estatuto da Igualdade Racial abarca questões tais como o livre exercício 
dos cultos religiosos de matriz africana. Nesse sentido, pode-se afirmar que: 
a) O combate a intolerância com as religiões de matrizes africanas exclui de seu âmbito de proteção os 
mananciais a elas vinculadas. 
b) A pena privativa de liberdade impede a assistência religiosa aos praticantes das religiões de matriz africana 
que se encontram no cumprimento de tal pena 
c) A celebração de reuniões relacionadas a religiosidade e a fundação e manutenção, por iniciativa privada, 
inclusive em lugares não reservados para tais fins. 
d) É assegurada a possibilidade de criação de instituições beneficentes privadas ligas às convicções religiosas 
derivadas dos cultos de matriz africanas. 
e) Os representantes das religiões de matrizes africanas possuem assento paritário em relação às demais 
religiões em conselhos públicos. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. Dentro do âmbito de proteção dessas religiões incluem-se os documentos, as 
obras e outros bens de valor artístico e cultural, bem como os monumentos, os mananciais, a flora e os sítios 
arqueológicos vinculados a elas (art. 26, II, do Estatuto). 
A alternativa B está incorreta. A pena privativa de liberdade não impede a assistência religiosa aos 
praticantes de tais religiões. É o que se depreende do art. 25, do Estatuto, parte final. 
Art. 25. É assegurada a assistência religiosa aos praticantes de religiões de matrizes 
africanas internados em hospitais ou em outras instituições de internação coletiva, 
inclusive àqueles submetidos a pena privativa de liberdade. 
A alternativa C está incorreta. O Estatuto fala em “fundação e manutenção, por iniciativa privada, de lugares 
reservados para tais fins” (art. 24, I) e não “inclusive não reservados para tais fins”, como diz a alternativa. 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. De fato, é assegurada a possibilidade de criação de 
instituições beneficentes privadas ligas às convicções religiosas derivadas dos cultos de matriz africanas. 
Vejam o que dispõe o art. 24, III, do Estatuto: 
Art. 24. O direito à liberdade de consciência e de crença e ao livre exercício dos cultos 
religiosos de matriz africana compreende: 
(...) 
III - a fundação e a manutenção, por iniciativaprivada, de instituições beneficentes ligadas 
às respectivas convicções religiosas; 
E a alternativa E está incorreta. O assento não é paritário, mas proporcional (art. 26, III). Confiram: 
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Art. 26. O poder público adotará as medidas necessárias para o combate à intolerância 
com as religiões de matrizes africanas e à discriminação de seus seguidores, especialmente 
com o objetivo de: 
(...) 
III - assegurar a participação proporcional de representantes das religiões de matrizes 
africanas, ao lado da representação das demais religiões, em comissões, conselhos, órgãos 
e outras instâncias de deliberação vinculadas ao poder público. 
71. (SEGPLAN-GO/SEAP-GO - 2016) De acordo com o que dispõe a Resolução Conjunta nº 1, de 15 de 
Abril de 2014, é correto afirmar que: 
a) A pessoa travesti ou transexual em privação de liberdade não tem o direito de ser chamada pelo seu nome 
social, de acordo com o seu gênero. 
b) Às travestis e aos gays privados de liberdade em unidades prisionais masculinas, considerando a sua 
segurança e especial vulnerabilidade, não deverão ser oferecidos espaços de vivência específicos. 
c) As pessoas transexuais masculinas e femininas devem ser encaminhadas para as unidades prisionais 
femininas. 
d) À pessoa travesti ou transexual em privação de liberdade será obrigatório o uso de roupas femininas ou 
masculinas, conforme o gênero. 
e) Não é permitido o direito à visita íntima para a população LGBT em situação de privação de liberdade. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois ao contrário do que diz a alternativa, o travesti ou transexual tem direito 
a ser chamado pelo nome social quando em privação de liberdade. Vejamos o art. 2º, da Resolução Conjunta. 
Art. 2º - A pessoa travesti ou transexual em privação de liberdade tem o direito de ser 
chamada pelo seu nome social, de acordo com o seu gênero. 
Parágrafo único - O registro de admissão no estabelecimento prisional deverá conter o 
nome social da pessoa presa. 
A alternativa B está incorreta. Os espaços de vivência específicos serão fornecidos aos travestis e gays. Veja: 
Art. 3º - Às travestis e aos gays privados de liberdade em unidades prisionais masculinas, 
considerando a sua segurança e especial vulnerabilidade, deverão ser oferecidos espaços 
de vivência específicos. 
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois reproduz o art. 4º, da Resolução Conjunta. 
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Art. 4º - As pessoas transexuais masculinas e femininas devem ser encaminhadas para as 
unidades prisionais femininas. 
A alternativa D está incorreta, pois contraria o art. 5º. 
Art. 5º - À pessoa travesti ou transexual em privação de liberdade serão facultados o uso 
de roupas femininas ou masculinas, conforme o gênero, e a manutenção de cabelos 
compridos, se o tiver, garantindo seus caracteres secundários de acordo com sua 
identidade de gênero. 
Por fim, a alternativa E está incorreta, pois é garantido o direito à visita íntima, conforme art. 6º. 
Art. 6º - É garantido o direito à visita íntima para a população LGBT em situação de privação 
de liberdade, nos termos da Portaria MJ nº 1.190/2008 e na Resolução CNPCP nº 4, de 29 
de junho de 2011. 
72. (FMP Concursos/DPE-PA - 2015) Sobre a evolução do reconhecimento de direitos ao grupo 
vulnerável constituído por pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros (LGBT), 
é CORRETO afirmar que: 
a) considerando o âmbito dos sistemas global e regional de proteção aos direitos humanos de que o Brasil é 
parte, ainda não existe qualquer espécie de instrumento que contemple especificamente princípios sobre a 
aplicação da legislação internacional de direitos humanos em relação à orientação sexual e identidade de 
gênero. 
b) o Supremo Tribunal Federal brasileiro reconhece como válida e com os efeitos de entidade familiar a união 
estável entre pessoas do mesmo sexo, diante do que os cartórios do Brasil não poderão recusar a celebração 
de casamentos civis de casais do mesmo sexo, ou deixar de converter em casamento união estável 
homoafetiva. 
c) no caso Atala Riffo y ninas versus Chile, a Corte Interamericana de Direitos Humanos, declarou que, na 
ponderação entre direitos dos guardiões e das crianças, a orientação sexual é fator determinante para 
avaliação do direito à guarda, considerando que a exposição à discriminação afeta o crescimento e o 
desenvolvimento emocional das crianças filhas de casais homossexuais. 
d) ainda não é possível a apresentação de reclamações individuais perante o sistema de proteção aos direitos 
humanos da ONU sobre violações a direitos humanos desse grupo, havendo, no entanto, tratativas em 
andamento junto ao Comitê de Direitos Humanos, vinculado ao Pacto Internacional dos Direitos Civis e 
Políticos. 
e) segundo a jurisprudência dominante, o reconhecimento do princípio constitucional da igualdade impede 
a expedição de documentos oficiais às pessoas transexuais contemplando prenome que esteja em desacordo 
com seu sexo biológico. 
Comentários 
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A alternativa A está incorreta. No âmbito do Sistema Global, os Princípios de Yogyakarta proíbem a 
discriminação, seja de gênero, seja em função de orientação ou preferência sexual. No âmbito dos Sistemas 
Regionais, podemos falar da Opinião Consultiva n. 24/17, da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que, 
na mesma linha, trata sobre orientação sexual e identidade de gênero. 
A alternativa B é correta e gabarito da questão. No Brasil, apesar de não haver previsão expressa na 
Constituição Federal ou no Código Civil, a união estável entre pessoas do mesmo sexo foi reconhecida como 
constitucional por decisão do STF em 2011. Diante dessa decisão, o CNJ aprovou a Resolução n. 175/2013, 
que proibia que as autoridades competentes se recusassem a habilitar ou celebrar o casamento civil entre 
pessoas do mesmo sexo, ou, até mesmo, converter a união estável em casamento, sob pena de comunicação 
ao respectivo juiz corregedor. É daí que se pode dizer que o Supremo Tribunal Federal brasileiro reconhece 
como válida e com os efeitos de entidade familiar a união estável entre pessoas do mesmo sexo, diante do 
que os cartórios do Brasil não poderão recusar a celebração de casamentos civis de casais do mesmo sexo, 
ou deixar de converter em casamento união estável homoafetiva. Confiram o art. 1º e o art. 2º da Resolução 
do CNJ: 
Art. 1º É vedada às autoridades competentes a recusa de habilitação, celebração de 
casamento civil ou de conversão de união estável em casamento entre pessoas de mesmo 
sexo. 
Art. 2º A recusa prevista no artigo 1º implicará a imediata comunicação ao respectivo juiz 
corregedor para as providências cabíveis. 
A alternativa C está incorreta. Ao contrário, no caso ficou declarado pela Corte Interamericana de Direitos 
Humanos que a orientação sexual não é fator determinante na avaliação do direito à guarda, em sentido 
contrário ao que foi decidido pela Corte chilena. 
A alternativa D está incorreta. No Sistema ONU é possível a apresentação de petições individuais utilizando-
se dos seguintes Tratados: 
✓ Protocolo Facultativo Referente ao Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos – 1966; 
✓ Convenção Contra a Tortura – 1984; 
✓ Protocolo Facultativo à Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Contra a 
Mulher – 1999; 
✓ Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial – 1965. 
A alternativa E está incorreta. As pessoastransexuais é concedido o direito de mudança do prenome. 
73. (SEGPLAN-GO/SEAP-GO - 2015) Visando o combate à discriminação, a Resolução Conjunta N.º 1, de 
15 de abril de 2014 estabelece que 
a) à pessoa travesti, mulher ou homem transexual em privação de liberdade, serão vedados a manutenção 
do seu tratamento hormonal e o acompanhamento de saúde específico. 
b) a transferência compulsória entre celas e alas ou quaisquer outros castigos semelhantes são considerados 
medida disciplinar, visando conceder tratamento humano em razão da condição de pessoa LGBT. 
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c) é proibido à pessoa LGBT, em igualdade de condições, o acesso e a continuidade da sua formação 
educacional e profissional, mesmo sob a responsabilidade do Estado. 
d) não é previsto à pessoa LGBT, em igualdade de condições, o benefício do auxílio-reclusão aos dependentes 
do segurado recluso, inclusive ao cônjuge ou companheiro do mesmo sexo. 
e) à pessoa travesti ou transexual em privação de liberdade serão facultados o uso de roupas femininas ou 
masculinas, conforme o gênero, e a manutenção de cabelos compridos, se o tiver, garantindo seus caracteres 
secundários de acordo com sua identidade de gênero. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. De acordo com o parágrafo único, do art. 7º, da Resolução Conjunta, à pessoa 
travesti, mulher ou homem transexual em privação de liberdade, serão garantidos a manutenção do seu 
tratamento hormonal e o acompanhamento de saúde específico 
A alternativa B está incorreta. Com base no art. 8º, a transferência compulsória entre celas e alas ou 
quaisquer outros castigos ou sanções em razão da condição de pessoa LGBT são considerados tratamentos 
desumanos e degradantes. 
A alternativa C está incorreta. O acesso e a continuidade da sua formação educacional e profissional sob a 
responsabilidade do Estado, será garantido à pessoa LGBT, conforme dispõe o art. 9º, da Resolução Conjunta. 
A alternativa D está incorreta. O benefício do auxílio-reclusão aos dependentes do segurado recluso, 
inclusive ao cônjuge ou companheiro do mesmo sexo, será garantido à pessoa LGBT, nos termos do art. 11. 
A alternativa E é correta e gabarito da questão, pois se refere ao art. 5º, da Resolução Conjunta: 
Art. 5º - À pessoa travesti ou transexual em privação de liberdade serão facultados o uso 
de roupas femininas ou masculinas, conforme o gênero, e a manutenção de cabelos 
compridos, se o tiver, garantindo seus caracteres secundários de acordo com sua 
identidade de gênero. 
74. (SEGPLAN-GO/SEAP-GO - 2016) Para efeitos da Resolução Conjunta nº 1, de 15 de Abril de 2014, 
entende-se por LGBT a população composta por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, 
considerando-se: 
I - Lésbicas: denominação específica para mulheres que se relacionam afetiva e sexualmente com outras 
mulheres. 
II - Gays: denominação específica para homens que se relacionam afetiva e sexualmente com outros homens. 
III - Bissexuais: pessoas que se relacionam afetiva e sexualmente com ambos os sexos. 
a) Somente as assertivas I e II estão corretas. 
b) Somente as assertivas II e III estão corretas. 
c) Somente as assertivas I e III estão corretas 
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d) Somente a assertiva I está correta. 
e) Todas as assertivas estão corretas. 
Comentários 
O parágrafo único, do art. 1º, da Resolução Conjunta nº 1/14, prevê os conceitos de lésbicas, gays e 
bissexuais. Vejamos: 
Art. 1º - Estabelecer os parâmetros de acolhimento de LGBT em privação de liberdade no 
Brasil. 
Parágrafo único - Para efeitos desta Resolução, entende-se por LGBT a população composta 
por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, considerando-se: 
I - Lésbicas: denominação específica para mulheres que se relacionam afetiva e 
sexualmente com outras mulheres; 
II - Gays: denominação específica para homens que se relacionam afetiva e sexualmente 
com outros homens; 
III - Bissexuais: pessoas que se relacionam afetiva e sexualmente com ambos os sexos; 
Assim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão. 
75. (SEGPLAN-GO/SEAP-GO - 2015) A Resolução Conjunta N.º 1, de 15 de abril de 2014 atende os 
Princípios de Yogyakarta - Princípios sobre a aplicação da legislação internacional de direitos humanos em 
relação à orientação sexual e identidade de gênero e, além disso prevê que 
a) a pessoa travesti ou transexual em privação de liberdade deve ser chamada pelo seu nome que consta na 
certidão de nascimento. 
b) às travestis e aos gays privados de liberdade em unidades prisionais masculinas, deverão ser oferecidos 
espaços de vivência específicos, destinando-se, nesses espaços, a devida aplicação de medida disciplinar ou 
de qualquer método coercitivo. 
c) às mulheres transexuais deverá ser garantido tratamento isonômico ao das demais mulheres em privação 
de liberdade. 
d) as pessoas transexuais masculinas e femininas devem ser encaminhadas para as unidades prisionais 
masculinas. 
e) é proibido o direito à visita íntima para a população LGBT em situação de privação de liberdade, nos termos 
da Portaria MJ nº 1.190/2008 e na Resolução CNPCP nº 4, de 29 de junho de 2011. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. O travesti ou transexual tem direito a ser chamado pelo nome social. Vejamos 
o art. 2º, da Resolução Conjunta: 
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Art. 2º - A pessoa travesti ou transexual em privação de liberdade tem o direito de ser 
chamada pelo seu nome social, de acordo com o seu gênero. 
Parágrafo único - O registro de admissão no estabelecimento prisional deverá conter o 
nome social da pessoa presa. 
A alternativa B está incorreta. Os espaços de vivência específicos serão fornecidos aos travestis e gays. Veja: 
Art. 3º - Às travestis e aos gays privados de liberdade em unidades prisionais masculinas, 
considerando a sua segurança e especial vulnerabilidade, deverão ser oferecidos espaços 
de vivência específicos. 
Conforme se nota, não há que se falar em consideração a sua segurança e especial vulnerabilidade. 
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o parágrafo único, do art. 4º, da 
Resolução Conjunta: 
Parágrafo único - Às mulheres transexuais deverá ser garantido tratamento isonômico ao 
das demais mulheres em privação de liberdade. 
A alternativa D está incorreta. De acordo com o art. 4º, da Resolução Conjunta, as pessoas transexuais 
masculinas e femininas devem ser encaminhadas para as unidades prisionais femininas. 
A alternativa E está incorreta, pois é garantido o direito à visita íntima, conforme art. 6º, da Resolução 
Conjunta: 
Art. 6º - É garantido o direito à visita íntima para a população LGBT em situação de privação 
de liberdade, nos termos da Portaria MJ nº 1.190/2008 e na Resolução CNPCP nº 4, de 29 
de junho de 2011. 
 
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LISTA DE QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
FGV 
1. (FGV/TJ-BA - 2015) A Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) configura como violência doméstica e 
familiar contra a mulher: 
a) qualquer ação que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e danos morais; 
b) qualquer omissão que lhe cause morte, lesão, sofrimento sexual ou psicológico e danos morais; 
c) qualquer ação e omissão que lhe cause morte, lesão, sofrimento sexual e danos morais; 
d) qualquer ação ou omissão,independentemente da relação de gênero, que lhe cause morte, lesão, 
sofrimento sexual e dano patrimonial ou moral; 
e) qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou 
psicológico e dano moral ou patrimonial. 
2. (FGV/Exame de Ordem - 2016) Você, na condição de advogado, foi procurado por um travesti que é 
servidor público federal. Na verdade, ele adota o nome social de Joana, embora, no assento de 
nascimento, o seu nome de registro seja João. Ele gostaria de ser identificado no trabalho pelo nome 
social e que, assim, o nome social constasse em coisas básicas, como o cadastro de dados, o correio 
eletrônico e o crachá. 
Sob o ponto de vista jurídico, em relação à orientação a ser dada ao solicitante, assinale a afirmativa correta. 
A) A Constituição Federal até prevê a promoção do bem sem qualquer forma de discriminação, mas não 
existe nenhuma norma específica que ampare a pretensão do solicitante. 
B) Não apenas a Constituição está orientada para a ideia de promoção do bem sem discriminação, como a 
demanda pleiteada pelo solicitante encontra amparo em norma infraconstitucional. 
C) O solicitante possui esse direito, pois assim está previsto na Convenção das Nações Unidas para os Direitos 
LGBT. 
D) Ainda que compreenda a demanda do solicitante, ele não possui o direito de ser identificado pelo nome 
social no trabalho, uma vez que é um homem que se traveste de mulher. 
3. (FGV/DPE-RJ-2019) De acordo com a Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001, existem três tipos de 
internação: voluntária, involuntária e compulsória. 
Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir. 
I. A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consente, deve assinar, no momento da 
admissão, uma declaração de que optou por esse regime de tratamento. 
II. A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas horas, ser comunicada ao 
Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo 
esse mesmo procedimento ser adotado quando da respectiva alta. 
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162 
III. A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo juiz competente, que 
levará em conta as condições de segurança do estabelecimento quanto à salvaguarda do paciente, dos 
demais internados e dos funcionários. 
Está correto o que se afirma em: 
a) somente I; 
b) somente III; 
c) somente I e II; 
d) somente II e III; 
e) I, II e III. 
Outras Bancas 
4. (FUNDATEC/IGP-RS - 2017) De acordo com a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), assinale a 
alternativa correta. 
a) Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena 
prevista, aplica-se a Lei nº 9.099/1995. 
b) Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de propriedade particular da 
mulher, a restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida não é uma das medidas 
que o juiz poderá, liminarmente, determinar. 
c) É possível a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta 
básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento 
isolado de multa. 
d) Ainda que para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência, não pode o juiz requisitar auxílio 
da força policial. 
e) Dentre as medidas protetivas de urgência à ofendida, poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de 
outras medidas, determinar a separação de corpos. 
5. (IBFC/EMBASA - 2017) Assinale a alternativa correta sobre as previsões expressas da Lei Federal n° 
11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha). 
a) O Ministério Público atuará apenas quando for parte nas causas cíveis e criminais decorrentes da violência 
doméstica e familiar contra a mulher. 
b) Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a mulher em situação de violência doméstica e familiar 
deverá estar acompanhada de advogado. 
c) Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher que vierem a ser criados poderão contar 
com uma equipe de atendimento multidisciplinar, a ser integrada por profissionais especializados nas áreas 
psicossocial, jurídica e de saúde. 
d) A instituição dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher deverá ser acompanhada 
pela implantação das curadorias necessárias e do serviço de assistência judiciária. 
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6. (IESES/IGP-SC - 2017) De acordo com a Lei 11.340/06 - Lei Maria da Penha - são formas de violência 
doméstica e familiar contra a mulher, dentre outras: 
a) A violência moral, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da 
autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar 
suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, 
manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, 
exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica 
e à autodeterminação. 
b) A violência física, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a 
participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a 
induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer 
método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante 
coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais. 
c) A violência psicológica, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal 
ou psíquica, que configure calúnia, difamação ou injúria. 
d) A violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição 
parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou 
recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades. 
7. (FUNDATEC/FHGV - 2017) Na interpretação da Lei nº 11.340/2006, serão considerados os fins sociais 
a que ela se destina e, especialmente, as condições peculiares das mulheres em situação de: 
a) Vulnerabilidade. 
b) Incapacidade. 
c) Violência doméstica e familiar. 
d) Abandono. 
e) Risco e perigo. 
8. (FADESP/COSANPA - 2017) Com relação às medidas protetivas de urgência e equipe de atendimento 
multidisciplinar dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, com base na Lei nº 
11.340/06, é correto afirmar que 
a) o juiz poderá determinar a suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor, para a 
proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de propriedade particular da mulher, 
devendo a ofendida levar a decisão ao cartório para que se produza os efeitos. 
b) é competência da equipe multidisciplinar o desenvolvimento de trabalhos de orientação voltados para a 
ofendida, bem como o fornecimento de subsídios e orientações ao Juiz e ao Ministério Público mediante 
laudos, desde que anteriores à audiência, sendo vedado o fornecimento de informações durante a sua 
realização. 
c) poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida, conceder novas medidas 
protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender necessário à proteção da ofendida, de 
seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o ofendido. 
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d) o juiz terá o prazo de 48 (quarenta e oito) horas, recebido o expediente com o pedido da ofendida, para 
decidir sobre as medidas protetivas de urgência, determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de 
assistência judiciária, quando for o caso, e comunicar ao Ministério Público para que adote as providências 
cabíveis. 
9. (PUC-PR/TJ-PR - 2017) Conhecida como Lei Maria da Penha, a Lei 11.340/2006 criou mecanismos para 
coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Sobre o tema, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Para evitar represálias, em casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da 
ocorrência, a autoridade policial está expressamente proibida de ouvir o agressor e as testemunhas. 
b) A violência doméstica prevista na Lei Maria da Penha é unicamente a violência física, na qual o homem faz 
uso da força para subjugar a esposa. 
c) Para preservar a integridade física e psicológica da mulher em situação de violência doméstica, o juiz 
poderá assegurar, quando necessário, o afastamento da mulher do local de trabalho, por até seis meses. 
d) As relações pessoais que podem configurar atos de violência doméstica são necessariamente aquelas 
derivadas da relação entre homem e mulher, não se podendo aplicá-las a eventuais relações homoafetivas 
entre duas mulheres. 
e) A configuração de atos de violência doméstica depende necessariamente de haver coabitação entre 
cônjuges. 
10. (FUNDATEC/FHGV - 2017) A Lei nº 11.340/2006, ao tratar das formas de violência contra a mulher, 
entre outras, determina que a violência física é entendida como qualquer conduta que ofenda: 
a) A moral da cidadã. 
b) Sua integridade ou saúde corporal. 
c) Psicologicamente. 
d) De forma verbal. 
e) De forma direta ou indireta. 
11. (UFPA/UFPA - 2017) A Lei nº 11.340/2006, conhecida por Lei Maria da Penha, visa a coibir e prevenir 
a violência doméstica e familiar contra a mulher. Acerca do tema e com base na referida lei, é CORRETO 
afirmar o seguinte: 
a) nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida por violência doméstica, será 
admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência designada com tal finalidade, somente 
após o recebimento da denúncia, desde que ouvido o Ministério Público. 
b) a autoridade policial, no atendimento de mulher em situação de violência doméstica e familiar, deverá 
fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando houver risco 
de vida, bem como informar à ofendida os serviços disponíveis. 
c) poderá o Ministério Público, a requerimento da ofendida, conceder novas medidas protetivas de urgência 
ou rever aquelas já concedidas, se entender necessário a proteção da ofendida, de seus familiares e de seu 
patrimônio, ouvida a equipe multidisciplinar. 
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d) é vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica 
ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de 
multa, salvo, no último caso, se houver consentimento da ofendida. 
e) para a proteção patrimonial dos bens conjugais ou daqueles de propriedade particular da mulher, o juiz 
poderá determinar, liminarmente, a proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, 
venda e locação do bem em comum, salvo expressa autorização da ofendida. 
12. (UPENET-IAUPE/UPE - 2017) A Lei Nº 11.340/06, “Lei Maria da Penha”, criou inúmeros mecanismos 
para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher. 
Sobre o tema, assinale a alternativa CORRETA. 
a) A violência doméstica e familiar contra a mulher se constitui em uma das formas de violação dos direitos 
humanos. 
b) Cabe exclusivamente ao poder público criar as condições necessárias para o efetivo exercício dos direitos 
enunciados na legislação. 
c) Configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero 
que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral, exceto o patrimonial. 
d) A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher far-se-á por meio 
exclusivo de ações da União e dos Estados. 
e) A criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, órgãos da Justiça Ordinária com 
competência cível e criminal, é de competência da União, estando distribuídos nos Estados e no Distrito 
Federal, para o processo, o julgamento e a execução das causas decorrentes da prática de violência 
doméstica e familiar contra a mulher. 
13. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2017) Mulher que foi vítima de lesões corporais perpetradas por seu marido, 
firmou representação perante a autoridade policial e requereu medidas protetivas previstas na Lei 
11.340/06. O Juiz, na análise das medidas protetivas requeridas, poderá determinar, EXCETO: 
a) Afastamento da ofendida do lar conjugal. 
b) Revogação das procurações conferidas pela ofendida ao agressor. 
c) Prestação de caução provisória, mediante depósito judicial. 
d) Proibição temporária de celebração de atos e contratos de compra, venda e locação de propriedade em 
comum. 
14. (IBFC/AGERBA - 2017) Assinale a alternativa INCORRETA considerando as disposições da Lei Federal 
nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), sobre a assistência à mulher em situação de 
violência doméstica e familiar. 
a) A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será prestada de forma articulada e 
conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, no Sistema Único de 
Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras normas e políticas públicas de proteção, e 
emergencialmente quando for o caso 
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b) O juiz determinará, por prazo incerto, a inclusão da mulher em situação de violência doméstica e familiar 
no cadastro de programas assistenciais do governo federal, estadual e municipal 
c) O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para preservar sua integridade 
física e psicológica, acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante da administração 
direta ou indireta 
d) O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para preservar sua integridade 
física e psicológica manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de 
trabalho, por até seis meses 
e) A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar compreenderá o acesso aos 
benefícios decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo os serviços de contracepção 
de emergência, a profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e da Síndrome da 
Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros procedimentos médicos necessários e cabíveis nos casos de 
violência sexual 
15. (IBADE/SEJUDH-MT - 2017) Visando preservar a integridade física e psicológica da mulher vítima de 
violência doméstica, o juiz pode assegurar, em consonância com a Lei Maria da Penha, Lei n° 
11.340/2006, a manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento da vítima de seu 
local de trabalho, por até: 
a) 3 meses. 
b) 30 dias. 
c) 45 dias. 
d) 1 ano. 
e) 6 meses. 
16. (IBADE/IPERON-RO - 2017) A Lei Maria da Penha, Lei n° 11.340/2006, define no Artigo 5º violência 
doméstica e familiar contra a mulher “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause 
morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral oupatrimonial”. Nela, a unidade 
doméstica é compreendida como o espaço de convívio de pessoas: 
a) de laços consanguíneos ou não, desde que haja convivência sistemática. 
b) com vinculo matrimonial. 
c) com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas. 
d) exclusivamente que tenham vinculo familiar. 
e) cujo convívio seja, necessariamente, frequente. 
17. (FUNDATEC/CRQ-5ªR - 2017) A Lei nº 11.340/2006, popularmente conhecida como Lei Maria da Penha, 
é reconhecida pela ONU como uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento à 
violência contra as mulheres. Segundo dados de 2015 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada 
(IPEA), desde que entrou em vigor, já contribuiu para uma diminuição de cerca de 10% na taxa de 
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homicídios contra mulheres praticados dentro das residências das vítimas. Assinale a alternativa 
correta referente aos dispositivos dessa lei. 
a) A violência doméstica contra a mulher só se configura quando parte de um homem. Ou seja, vítimas de 
parceiras em relacionamentos homoafetivos ou mesmo transexuais que se identificam como mulheres em 
sua identidade de gênero não são amparadas por essa lei. 
b) A vítima somente poderá renunciar à denúncia perante o juiz. 
c) Por enquanto, a lei ainda entende violência doméstica apenas quando ocorre agressão física. Sendo assim, 
casos em que existe calúnia, difamação, injúria, violência psicológica e violência patrimonial devem ser 
enquadrados nas outras leis existentes. 
d) Para que se enquadre na lei, a vítima tem que ter sofrido agressão por parte do marido, companheiro ou 
namorado. Se a agressão partir de outro homem da família, ou mesmo de outra mulher, não será configurada 
violência doméstica. 
e) Os serviços de Defensoria Pública ou de Assistência Judiciária Gratuita são disponibilizados apenas para 
mulheres de baixa renda em situação de violência doméstica e familiar. Nesses casos, deverá comprovar sua 
condição financeira mediante o juiz para a liberação do benefício. 
18. (IBFC/AGERBA - 2017) Assinale a alternativa correta sobre a espécie de violência que a Lei Federal nº 
11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha) indica, em termos expressos e precisos, como 
qualquer conduta contra a mulher que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima, que lhe 
prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento, que vise degradar ou controlar suas ações, 
comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça. 
a) Violência psicológica 
b) Violência moral 
c) Violência imaterial 
d) Violência uxória 
e) Violência extra corporal 
19. (PUC-PR/TJ-MS - 2017) “A Lei Maria da Penha (Lei 11.340), sancionada no dia 7 de agosto de 2006, 
completa 11 anos de vigência em 2017. Ferramenta essencial para o enfrentamento da violência de 
gênero, a norma tem sido aplicada de forma progressiva. Apesar de os índices de violência ainda serem 
alarmantes, é possível perceber que as mulheres estão, cada dia mais, abrindo a porta de suas casas 
para a entrada da Justiça. 
De acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado em março de 
2015, a Lei Maria da Penha fez diminuir em cerca de 10% a taxa de homicídios contra as mulheres dentro 
das residências. A norma disciplinou diversas questões, como medidas de prevenção, medidas protetivas de 
urgência, assistência judiciária e até mesmo atendimento multidisciplinar.” 
Sobre o tema, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Para os efeitos dessa Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou 
omissão baseada no gênero que lhe cause lesão, sofrimento físico sexual ou psicológico em qualquer relação 
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íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de 
coabitação. 
b) O alvo da Lei Maria da Penha se limita à violência praticada por maridos contra esposas ou companheiros 
contra companheiras e as pessoas envolvidas têm de morar sob o mesmo teto. A vítima, contudo, precisa, 
necessariamente, ser mulher. 
c) De acordo com a Lei Maria da Penha, constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a 
mulher, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, medidas protetivas 
de urgência, como o afastamento do lar e a proibição de manter contato com a vítima, não podendo 
determinar de imediato a prestação de alimentos provisórios. 
d) As medidas protetivas de urgência serão aplicadas isolada ou cumulativamente, e poderão ser substituídas 
a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os direitos da vítima forem ameaçados ou 
violados. Não poderá o juiz, a pedido da ofendida, conceder novas medidas protetivas de urgência ou rever 
aquelas já concedidas, sendo indispensável que o requerimento seja feito pelo Ministério Público. 
e) Não poderá o juiz determinar o afastamento da ofendida do lar, a fim de assegurar direitos relativos a 
bens, guarda dos filhos e alimentos, cabendo ao agressor afastar-se do lar, domicílio ou local de convivência 
com a ofendida. 
20. (CONSULPLAN/TRF-2ªR - 2017) Os dados da violência contra a mulher no Brasil comprovam a 
persistência do patriarcado no país, além de atestarem a ausência de políticas capazes de prevenir e 
enfrentar a violência. São 5 espancamentos a cada dois minutos (Fundação Perseu Abramo/2010); 1 
estupro a cada 11 minutos (9º Anuário da Segurança Pública/2015); 1 feminicídio a cada 90 minutos 
(Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil, Ipea/2013); 179 relatos de agressão por dia (Balanço 
Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher/jan-jun/2015) e 13 homicídios femininos por dia em 
2013 (Mapa da Violência 2015/Flasco). A Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, institui as medidas de 
prevenção da violência contra a mulher. Acerca dessas medidas assinale a afirmativa INCORRETA. 
a) O juiz poderá, quando necessário e sem prejuízo de outras medidas, encaminhar a ofendida e seus 
dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento. 
b) A integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública com as áreas 
de segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e habitação. 
c) O destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os conteúdos relativos aos direitos 
humanos, à equidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da violência doméstica e familiar contra a 
mulher. 
d) A promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes, com a perspectiva de 
gênero e de raça ou etnia, concernentes às causas, às consequências e à frequência da violência doméstica 
e familiar contra a mulher, para a sistematização de dados, a serem unificados nacionalmente, e a avaliação 
periódica dos resultados das medidas adotadas. 
21. (NUCEPE/SEJUS-PI - 2017) Em relação à legislação especial é forma de violência doméstica e familiar 
contra a mulher: 
a) A violência moral e física, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição 
da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar 
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suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, 
manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, 
exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízoà saúde psicológica 
e à autodeterminação. 
b) A violência psicológica entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a 
participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força. 
c) A violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal. 
d) A violência moral, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição 
parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou 
recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades. 
e) A violência moral, entendida como qualquer conduta que configure apropriação indébita. 
22. (Fundação La Salle/SUSEPE-RS - 2017) Relativamente à Lei Maria da Penha, analise as assertivas abaixo 
e assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso. 
( ) As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, independentemente de audiência 
das partes e de manifestação do Ministério Público e independente de comunicação ao Ministério Público. 
( ) A ofendida deverá ser citada e intimada dos atos processuais relativos ao agressor, especialmente dos 
pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do advogado constituído ou do 
defensor público. 
( ) Uma das medidas protetivas e de urgência que obrigam o agressor, segundo a legislação em comento, é 
a prestação de alimentos provisionais, provisórios ou definitivos à vítima. 
( ) O Ministério Público intervirá, exclusivamente, quando for parte, nas causas cíveis e criminais decorrentes 
da violência doméstica e familiar contra a mulher. 
( ) O juiz poderá relaxar a prisão em flagrante se, no curso do processo, verificar a falta de motivo para que 
subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. 
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
a) V — F — V — F — V. 
b) F — F — F — V — V. 
c) F — F — F — F — F. 
d) V — V —V — V — F 
e) V—V — V — V — V. 
23. (IBADE/PC-AC - 2017) Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o 
registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, 
sem prejuízo de outros previstos no Código de Processo Penal: 
I. ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se apresentada. 
II. determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros exames periciais 
necessários. 
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III. remeter, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, 
para a concessão de medidas protetivas de urgência. 
IV. ouvir o agressor e as testemunhas. Caso entenda desnecessária a oitiva do agressor, poderá o Delegado 
dispensá-lo ouvindo apenas a vítima e as testemunhas. 
Está correto o que se afirma apenas em: 
a) II e III. 
b) II e IV. 
c) I e III. 
d) I e II. 
e) III e IV. 
24. (IBADE/PC-AC - 2017) Configura violência doméstica e familiar contra a mulher, atraindo, portanto, a 
competência do juízo especializado na matéria, qualquer ação ou omissão que lhe cause morte, lesão, 
sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial, quando: 
a) baseada no gênero, salvo nas relações homoafetivas. 
b) baseada no gênero, em qualquer relação intima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido 
com a ofendida, independentemente de coabitação ou da orientação sexual. 
c) ocorra no âmbito da família, como por exemplo o caso do filho agride o pai. 
d) baseada no sexo, salvo nas relações homoafetivas. 
e) a ocorrência se dê no âmbito da unidade doméstica envolvendo qualquer familiar independente do sexo 
da vítima. 
25. (IBADE/SEJUDH-MT - 2017) As medidas protetivas de urgência à mulher vítima de violência doméstica, 
de acordo com a Lei Maria da Penha, poderão ser concedidas: 
a) de imediato. 
b) só com a manifestação do Ministério Público 
c) após autorizado pelo Ministério Público. 
d) em 48 horas. 
e) dependendo da audiência das partes. 
26. (MSCONCURSOS/CASSEMS - 2015) Tendo em mente a Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), analise 
as alternativas e marque a incorreta. 
a) As relações pessoais enunciadas no art. 5º da Lei Maria da Penha dependem de orientação sexual. 
b) A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos 
humanos. 
c) São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras a violência moral, entendida 
como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. 
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d) O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher em situação de violência doméstica e familiar 
no cadastro de programas assistenciais do governo federal, estadual e municipal. 
27. (CONSULPAM/CRESS-PB - 2015) A Lei nº 11.340/2006 prevê as formas de violência doméstica e 
familiar contra a mulher, entre outras como: 
a) A violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria ao 
agressor. 
b) A violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter relação 
sexual desejada, sem impedimento de qualquer método contraceptivo, que desenvolva seus direitos sexuais. 
c) A violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde psicológica, 
crenças e decisões. 
d) A violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da 
autoestima. 
28. (IBFC/AGERBA - 2017) Assinale a alternativa correta, considerando as disposições da lei federal nº 
12.288, de 20/07/2010 que institui o Estatuto da Igualdade Racial. 
a) O Poder Legislativo federal elaborará plano nacional de promoção da igualdade racial contendo as metas, 
princípios e diretrizes para a implementação da Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial (PNPIR). 
b) A elaboração, implementação, coordenação, avaliação e acompanhamento da Política Nacional de 
Promoção da Igualdade Racial (PNPIR), bem como a organização, articulação e coordenação do Sistema 
Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), serão efetivados pelo órgão responsável pela política de 
promoção da igualdade étnica em âmbito nacional. 
c) É o Poder Legislativo federal autorizado a instituir fórum intergovernamental de promoção da igualdade 
étnica, a ser coordenado pelo órgão responsável pelas políticas educacionais gerais, com o objetivo de 
implementar estratégias que visem à incorporação da política nacional de promoção da igualdade étnica nas 
ações governamentais de Estados e Municípios. 
d) As diretrizes das políticas nacional e regional de promoção da igualdade étnica serão elaboradas por órgão 
colegiado, independentemente de participação da sociedade civil. 
e) Os Poderes Executivos estaduais, distrital e municipais, no âmbito das respectivas esferas de competência, 
poderão instituir conselhos de promoção da igualdade étnica, de caráter provisório e deliberativo, 
compostos exclusivamente por representantes de órgãos e entidades públicas. 
29. (IBFC/EMBASA - 2017) Assinale a alternativa correta sobre as previsões da Lei Federal n° 12.288, de 20 
de julho de 2010, que institui o Estatuto da Igualdade Racial, quanto à educação. 
a) Nas datas comemorativas de caráter cívico, os órgãos responsáveis pela educação determinarão a 
participação de intelectuais e representantes do movimento negro para debater com os estudantes suas 
vivências relativas ao tema em comemoração. 
b) Os órgãos federais, distritais e estaduais de fomento à pesquisae à pós-graduação deverão criar incentivos 
a pesquisas e a programas de estudo voltados para temas referentes às relações étnicas, aos quilombos e às 
questões pertinentes à população negra. 
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c) O Poder Executivo federal, por meio dos órgãos competentes, obrigará as instituições de ensino superior 
públicas e privadas, sem prejuízo da legislação em vigor, a resguardar os princípios da ética em pesquisa e 
apoiar grupos, núcleos e centros de pesquisa, nos diversos programas de pós-graduação que desenvolvam 
temáticas de interesse da população negra. 
d) Os conteúdos referentes à história da população negra no Brasil serão ministrados no âmbito de todo o 
currículo escolar, resgatando sua contribuição decisiva para o desenvolvimento social, econômico, político e 
cultural do País. 
30. (IBFC/AGERBA - 2017) Assinale a alternativa INCORRETA sobre os objetivos do Sistema Nacional de 
Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), considerando as disposições da lei federal nº 12.288, de 
20/07/2010 que institui o Estatuto da Igualdade Racial. 
a) Promover a igualdade étnica e o combate às desigualdades sociais resultantes do racismo, inclusive 
mediante adoção de ações afirmativas. 
b) Formular políticas destinadas a combater os fatores de marginalização e a promover a integração social 
da população negra. 
c) Centralizar a implementação de ações afirmativas no nível federal. 
d) Articular planos, ações e mecanismos voltados à promoção da igualdade étnica. 
e) Garantir a eficácia dos meios e dos instrumentos criados para a implementação das ações afirmativas e o 
cumprimento das metas a serem estabelecidas. 
31. (CPCON/UEPB - 2017) Com relação à Lei nº 12.288/10 (Estatuto da Igualdade Racial), atente às 
assertivas abaixo e em seguida responda ao que se pede. 
I- Discriminação racial ou étnico-racial compreende-se como toda distinção, exclusão, restrição ou 
preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular 
ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e 
liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da 
vida pública ou privada. 
II- A centralização para a implementação das ações afirmativas pelos governos estaduais, distrital e 
municipais constitui um dos objetivos do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial. 
III- Como população negra deve-se compreender o conjunto de pessoas que adotam auto definição preta ou 
parda para efeitos de fruição dos programas sociais estatuídos pela administração direta. 
Está CORRETO o que se afirma 
a) apenas na afirmativa III. 
b) em todas as afirmativas. 
c) apenas nas afirmativas I e III. 
d) apenas na afirmativa I. 
e) apenas na afirmativa II. 
32. (PR-4 UFRJ/UFRJ - 2017) Muitas vezes os jovens nas instituições escolares são reduzidos a estereótipos 
que são construídos em relação a ele e que podem promover conflitos entre estes e o mundo adulto, 
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representado por direção, professores e funcionários da escola, bem como entre os próprios jovens. 
Quando os indivíduos são reduzidos aos estereótipos, a sociedade constrói teorias ou ideologias para 
explicar essa diferença e justificar a discriminação. Fixa-se uma imagem social do outro que ao ressaltar 
a diferença o transforma em problema social que assusta e incomoda. Isto acaba por justificar 
agressões e desrespeito ao outro. 
É dever do Estado e da sociedade garantir a igualdade de oportunidades, reconhecendo a todo cidadão 
brasileiro o seu direito à participação na comunidade, especialmente nas atividades políticas, econômicas, 
empresariais, educacionais, culturais e esportivas, defendendo sua dignidade e seus valores religiosos e 
culturais. Para isso, há leis e estatutos que asseguram estes direitos. 
O Estatuto da Igualdade Racial (Lei n° 12.288/2010) é destinado a garantir à população negra a efetivação da 
igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à 
discriminação e às demais formas de intolerância étnica. Marque a opção que está em DESACORDO com o 
que este Estatuto considera 
a) Discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, 
cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, 
gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos 
político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada. 
b) Desigualdade racial: toda situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de bens, serviços e 
oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, descendência ou origem nacional ou 
étnica. 
c) Desigualdade de gênero e raça: simetria existente no âmbito da sociedade que acentua a distância social 
entre mulheres negras e os demais segmentos sociais. 
d) Políticas públicas: as ações, iniciativas e programas adotados pelo Estado no cumprimento de suas 
atribuições institucionais. 
e) Ações afirmativas: os programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para 
a correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades. 
33. (MPE/SP - 2012) Julgue o item a seguir. 
O Estatuto da Igualdade Racial (Lei no 12.288/2010), destinado a garantir à população negra a efetivação da 
igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à 
discriminação e às demais formas de intolerância étnica, considera Desigualdade racial: toda situação 
justificada de diferenciação de acesso e fruição de bens, serviços e oportunidades, nas esferas pública e 
privada, em virtude de raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica. 
34. (MPE-SP - 2012) Julgue o item a seguir. 
O Estatuto da Igualdade Racial (Lei no 12.288/2010), destinado a garantir à população negra a efetivação da 
igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à 
discriminação e às demais formas de intolerância étnica, considera Discriminação racial ou étnico-racial: toda 
distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou 
étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de 
condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural 
ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada. 
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35. (MPE-SP - 2012) Julgue o item a seguir. 
O Estatuto da Igualdade Racial (Lei no 12.288/2010), destinado a garantir à população negra a efetivação da 
igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à 
discriminação e às demais formas de intolerância étnica, considera População negra: o conjunto de pessoas 
que se autodeclaram não brancas, conforme o quesito cor ou raça usado pelos órgãos oficiais de estatística. 
36. (MPE-SP - 2012) Julgue o item a seguir. 
O Estatuto da Igualdade Racial (Lei no 12.288/2010), destinado a garantir à população negra a efetivação da 
igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à 
discriminação e às demais formas de intolerância étnica, considera Ações afirmativas: os programas 
incentivadospelo Estado e pela iniciativa privada para a conscientização das desigualdades raciais e para a 
promoção dos direitos humanos. 
37. (UFPR/DPE-PR - 2014) Em relação ao racismo e à discriminação racial, o Sistema Internacional de 
Direitos Humanos desenvolveu normas e órgãos de supervisão e controle, tendo em vista a erradicação 
definitiva desse mal. Sobre o tema, julgue o item a seguir. 
O Estado-parte pode ser responsabilizado internacionalmente por ato racista ou discriminatório praticado 
por particular, caso comprovada sua omissão em adotar as medidas estabelecidas no artigo II da Convenção 
Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial. 
38. (FESMIP-BA/MPE-BA - 2011) A Lei 12.288/10, que instituiu o Estatuto da Igualdade Racial, trouxe, no 
seu artigo primeiro, conceitos acerca de discriminação racial ou étnico-racial, desigualdade racial, 
população negra, políticas públicas e ações afirmativas para efeito do mencionado Estatuto. Analise os 
itens I, II, III, IV e V abaixo. 
I. ações afirmativas: os programas e medidas especiais adotados somente pelo Estado para a correção das 
desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades. 
II. políticas públicas: as ações, iniciativas e programas adotados pelo Estado e pela iniciativa privada no 
cumprimento de suas atribuições institucionais. 
III. população negra: o conjunto de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas, conforme o quesito cor ou 
raça usado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou que adotam autodefinição 
análoga. 
IV. desigualdade racial: assimetria existente no âmbito da sociedade que acentua a distância social entre 
mulheres negras e os demais segmentos sociais. 
V. discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, 
cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, 
gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos 
político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada. 
Escolha a alternativa que contempla dois itens que tratam dos conceitos que, na forma do indicado artigo 
de lei, tratam de discriminação racial ou étnico-racial, desigualdade racial, população negra, políticas públicas 
e ações afirmativas para efeito do mencionado Estatuto. 
a) I e II. 
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b) I e IV. 
c) II e III. 
d) III e V. 
e) IV e V. 
39. (ESAF/MPOG - 2012) A Lei n. 12.288, de 20 de julho de 2010, instituiu o Estatuto da Igualdade Racial. 
Ela se destina a garantir a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos 
individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica. 
a) Lei se refere especificamente à população negra. 
b) A Lei não especifica raça ou etnia, visando a combater todo tipo de discriminação. 
c) A Lei é de difícil aplicação porque não define discriminação racial ou étnico-racial. 
d) A Lei representa o coroamento das lutas contra o racismo e foi batizada como Lei Zumbi dos Palmares. 
e) A Lei revoga o antigo Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), instituído por decreto-
lei do regime militar. 
40. (AOCP/FCP - 2014) De acordo com a Lei nº 12.288/2010, artigo 3º, além das normas constitucionais 
relativas aos princípios fundamentais, aos direitos e garantias fundamentais e aos direitos sociais, 
econômicos e culturais, o Estatuto da Igualdade Racial adota como diretriz política-jurídica a 
I. discriminação racial, desigualdade de gênero e raça e direitos étnicos individuais. 
II. inclusão das vítimas de desigualdade étnico-racial, valorização da igualdade étnico-racial e fortalecimento 
da identidade nacional brasileira. 
III. participação efetiva da população negra em projetos contra a desigualdade, direitos étnicos coletivos e 
Políticas Públicas voltadas para comunidades dos Quilombos. 
É correto o que está contido em 
a) I, apenas. 
b) I, II e III. 
c) I e III, apenas. 
d) II, apenas. 
e) II e III, apenas. 
41. (AOCP/FCP - 2014) Com base na Lei nº 12.288/2010, sobre o Sistema Nacional de Promoção da 
Igualdade Racial, no que se refere a sua organização e competência, é correto afirmar que a 
responsabilidade de elaboração do plano nacional de promoção da igualdade racial pertence ao(à) 
a) Poder Executivo Federal. 
b) Poder Judiciário. 
c) Ministério Público. 
d) Secretaria da Cultura. 
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e) Poder Executivo Municipal. 
42. (COPS-UEL/PC-PR - 2015) Quantos aos crimes de racismo definidos na Lei nº 7.716/1989, assinale a 
alternativa correta. 
a) A incitação pública ao racismo constitui delito de incitação ao crime definido no Art. 286 do Código Penal, 
não havendo na referida Lei disposição sobre tal conduta. 
b) No caso de incitação ou induzimento ao preconceito racial praticado através da rede mundial de 
computadores, poderá o juiz determinar a interdição da mensagem ou página de informação. 
c) São crimes de ação penal pública condicionada, dependendo de representação da vítima para propositura 
da ação penal. 
d) A injúria qualificada pelo preconceito racial é crime definido na referida Lei, não se aplicando o crime de 
injúria definido no Art. 140 do Código Penal. 
e) Não constitui crime definido na referida Lei o empregador que, motivado pelo preconceito racial, não 
conceder os equipamentos necessários ao empregado em igualdade de condições com os demais 
trabalhadores. 
43. (IBFC/PC-SE - 2014) A Lei n° 7.716/89 pune criminalmente algumas formas de preconceito e 
discriminação praticados contra a pessoa humana. NÃO serão punidos criminalmente por esta lei o 
preconceito e a discriminação decorrente de: 
a) Religião. 
b) Procedência nacional. 
c) Etnia. 
d) Orientação sexual. 
44. (FUNDATEC/IGP-RS - 2017) De acordo com a Lei nº 12.288/2010 (Estatuto da Igualdade Racial), “toda 
distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional 
ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade 
de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, 
cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada” corresponde ao conceito de: 
a) Desigualdade racial. 
b) Desigualdade de gênero. 
c) Discriminação racial. 
d) Discriminação de gênero. 
e) Descriminalização racial. 
45. (IBFC/EMBASA - 2017) Assinale a alternativa correta sobre o que devem ser consideradas ações 
afirmativas de acordo com a Lei Federal nº 12.288, de 20 de julho de 2010, que institui o Estatuto da 
Igualdade Racial. 
a) As políticas de tratamento absolutamente igualitário dos cidadãos. 
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b) Os programas e as medidas especiais adotados exclusivamente pelo Estado para a proibição das 
desigualdades de oportunidades. 
c) Os programas e as medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para a correção das 
desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades. 
d) As campanhas da iniciativa privada para obtenção de vantagens pela diminuição dos tratamentos 
desiguais. 
46. (IBFC/EMBASA - 2017) Assinale a alternativa INCORRETA sobre a prática da capoeira de acordo com a 
Lei Federal n° 12.288, de 20 de julho de 2010, que institui o Estatuto da Igualdade Racial. 
a) O poder públicogarantirá o registro e a proteção da capoeira, em todas as suas modalidades, como bem 
de natureza imaterial e de formação da identidade cultural brasileira. 
b) O poder público buscará garantir, por meio dos atos normativos necessários, a preservação dos elementos 
formadores tradicionais da capoeira nas suas relações internacionais. 
c) A capoeira é reconhecida como desporto de criação nacional. 
d) É obrigatório o ensino da capoeira nas instituições públicas e privadas pelos capoeiristas e mestres 
tradicionais, pública e formalmente reconhecidos. 
47. (IBFC/AGERBA - 2017) Considerando as disposições da lei federal nº 12.288, de 20/07/2010 que institui 
o Estatuto da Igualdade Racial, assinale a alternativa correta sobre o significado da sigla SINAPIR. 
a) Serviço de Integração e Autopromoção Racial. 
b) Serviço Nacional de Apoio às Práticas de Integração Racial. 
c) Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial. 
d) Sistema Nacional de Promoção da Integração Racial. 
e) Sindicato Nacional de Participação Racial. 
48. (IBFC/EMBASA - 2017) Assinale a alternativa correta de acordo com as previsões expressas da Lei 
Federal n° 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou 
de cor. 
a) É crime impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da Administração 
Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos 
b) É contravenção penal impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo 
da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos 
c) É mero ilícito administrativo impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer 
cargo da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos 
d) É mero ilícito civil impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da 
Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos 
49. (IBFC/EMBASA - 2017) Assinale a alternativa correta sobre a pena aplicável no caso de alguém recusar 
ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente ou 
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comprador de acordo com as previsões expressas da Lei Federal nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que 
define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. 
a) Detenção de um a quatro anos 
b) Reclusão de um a três anos 
c) Detenção de dois a cinco anos 
d) Reclusão de dois a seis anos 
50. (IBFC/EMBASA - 2017) Assinale a alternativa correta sobre a pena aplicável no caso de alguém recusar, 
negar ou impedir a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento de ensino público ou privado 
de qualquer grau de acordo com as previsões expressas da Lei Federal nº 7.716, de 5 de janeiro de 
1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. 
a) Detenção de dois a quatro anos 
b) Reclusão de três a cinco anos 
c) Detenção de um a cinco anos 
d) Reclusão de dois a cinco anos 
51. (CONSULPLAN/TRF-2ªR - 2017) Nos crimes previstos na Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989 – que 
define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor –, constitui efeito da condenação a perda 
do cargo ou função pública, para o servidor público, e a suspensão do funcionamento do 
estabelecimento particular envolvido por prazo não superior a: 
a) 1 mês. 
b) 1 ano. 
c) 6 meses. 
d) 3 meses. 
52. (IBFC/EMBASA - 2015) Assinale a alternativa correta considerando as disposições da lei federal n° 
12.288, de 20/07/2010, que institui o Estatuto da Igualdade Racial. 
a) É assegurada a assistência religiosa aos praticantes de religiões de matrizes africanas internados em 
hospitais ou em outras instituições de internação coletiva, excluídos os casos de pena privativa de liberdade. 
b) Os conteúdos referentes à história da população negra no Brasil serão ministrados por meio de 
componente curricular específico, resgatando sua contribuição decisiva para o desenvolvimento social, 
econômico, político e cultural do País. 
c) É facultado o ensino da capoeira nas instituições públicas e privadas pelos capoeiristas formados em 
educação física. 
d) Para incentivar o desenvolvimento das atividades produtivas da população negra no campo, o poder 
público promoverá ações para viabilizar e ampliar o seu acesso ao financiamento agrícola. 
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53. (FAURGS/BANRISUL - 2018) Para efeito do Estatuto da Igualdade Racial, instituído pela Lei Federal nº 
12.288, de 20 de julho de 2010, desigualdade racial é 
a) a assimetria existente no âmbito da sociedade que acentua a distância social entre as mulheres negras e 
os demais segmentos sociais. 
b) a restrição à liberdade de consciência e de crença e ao livre exercício dos cultos religiosos de matriz 
africana. 
c) a distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou 
étnica. 
d) a situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de bens, serviços e oportunidades em virtude 
de raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica. 
e) a restrição ao exercício de direitos no campo político em razão da cor. 
54. (UFPel-CES/UFPEL - 2016) O Estatuto da Igualdade Racial através da Lei Nº 12.288, de 20 de julho de 
2010, em seu Art. 1º, Parágrafo Único, considera ações afirmativas, 
a) o conjunto de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas, conforme o quesito cor ou raça usado pelo 
IBGE, ou que adotam autodefinição análoga. 
b) a participação da população negra, em condição de igualdade de oportunidade, na vida econômica, social, 
política e cultural do país. 
c) os programas e medidas especiais adotadas pelo Estado e pela iniciativa privada para a correção das 
desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades. 
d) medidas para combater a assimetria existente no âmbito da sociedade que acentua a distância social entre 
mulheres negras e os demais segmentos sociais. 
e) as ações, iniciativas e programas adotados pelo Estado no cumprimento de suas atribuições institucionais 
no combate à discriminação de gênero e de raça. 
55. (IBFC/EMBASA - 2015) Considerando as disposições da lei federal n° 12.288, de 20/07/2010, que 
institui o Estatuto da Igualdade Racial, assinale a alternativa correta sobre o que a referida lei considera 
de forma precisa, desigualdade racial. 
a) Assimetria existente no âmbito da sociedade que acentua a distância social entre mulheres negras e os 
demais segmentos sociais. 
b) Toda situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de bens, serviços e oportunidades, nas 
esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica. 
c) Toda distinção baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto 
anular exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos. 
d) Toda exclusão ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha 
por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos 
humanos e liberdades fundamentais. 
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56. (IDECAN/Prefeitura de Natal-RN - 2016) De acordo com a Lei nº 12.288, de 20 de julho de 2010 – 
Estatuto da Igualdade Racial, o direito à liberdade de consciência e de crença e ao livre exercício dos 
cultos religiosos de matriz africana NÃO compreende: 
a)A produção e a divulgação de publicações relacionadas ao exercício e à difusão das religiões de matriz 
africana. 
b) A fundação e a manutenção, por iniciativa privada, de instituições beneficentes ligadas às respectivas 
convicções religiosas. 
c) A prática de cultos, a celebração de reuniões relacionadas à religiosidade e a fundação e manutenção, por 
iniciativa pública, de lugares reservados para tais fins. 
d) A comunicação ao Ministério Público para abertura de ação penal em face de atitudes e práticas de 
intolerância religiosa nos meios de comunicação e em quaisquer outros locais. 
57. (FAURGS/BANRISUL - 2018) O Estatuto da Igualdade Racial (Lei nº 12.288/2010) instituiu, como forma 
de organização e articulação voltadas à implementação do conjunto de políticas e serviços destinados 
a superar as desigualdades étnicas existentes no país: 
a) a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial. 
b) o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial. 
c) os Juizados Especiais Criminais. 
d) o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador. 
e) o Ministério dos Direitos Humanos. 
58. (MPE-SC/MPE-SC - 2016) Entende-se por ações afirmativas os programas e medidas especiais 
adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para a correção das desigualdades raciais e para a 
promoção da igualdade de oportunidades. A Lei n. 12.288/10 (Estatuto da Igualdade Racial), para 
garantir a participação da população negra em condições de igualdade de oportunidades, dentre 
algumas medidas, prioriza a implementação de programas de ação afirmativa destinados ao 
enfrentamento das desigualdades étnicas no tocante à educação, cultura, esporte e lazer, saúde, 
segurança, trabalho, moradia, meios de comunicação de massa, financiamentos públicos, acesso à 
terra, à Justiça, e outros. 
59. (IDECAN/Prefeitura de Natal-RN - 2016) Sobre o tratamento que a Lei nº 12.288, de 20 de julho de 
2010 – Estatuto da Igualdade Racial dá ao esporte e lazer, analise as afirmativas. 
I. A capoeira é reconhecida como desporto de criação nacional, nos termos do Art. 217 da Constituição 
Federal. 
II. A atividade de capoeirista será reconhecida em todas as modalidades em que a capoeira se manifesta, 
seja como esporte, luta, dança ou música, sendo livre o exercício em todo o território nacional. 
III. É facultado o ensino da capoeira nas instituições públicas e privadas pelos capoeiristas e mestres 
tradicionais, pública e formalmente reconhecidos. 
Estão corretas as afirmativas 
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a) I, II e III. 
b) I e II, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
60. (IESES/BAHIAGÁS - 2016) A Lei n.º 12.288, de 20 de julho de 2010, instituiu o Estatuto da Igualdade 
Racial, que objetiva garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa 
dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos, e o combate à discriminação e às demais formas 
de intolerância, conforme dispõe o caput do artigo 1º do diploma legal em análise. Considerando os 
termos da lei e a mens lege, assinale a afirmação INCORRETA. 
a) O Brasil, no tocante à inclusão da população negra no mercado, tem por fundamento legal a CF, a Lei 
12.288/2010, os compromissos assumidos pelo Brasil ao ratificar a Convenção Internacional sobre a 
eliminação de todas as formas de Discriminação Racial e todos os compromissos assumidos pelo Brasil 
perante a comunidade internacional. 
b) O Estatuto da Igualdade Racial ao tratar da Cultura busca preservar as tradições remanescentes dos 
quilombos e o registro e proteção da capoeira, como bem de natureza imaterial e da formação da identidade 
cultural brasileira. 
c) O Estatuto da Igualdade Racial tem por objetivo único evitar a discriminação racial e o bulling social. 
d) O Estado tem o dever de garantir a igualdade de oportunidades, reconhecendo a qualquer cidadão 
brasileiro, independente da etnia ou cor da pele, o pleno direito de participação na comunidade, em todas 
as suas vertentes. 
e) A lei 12288/2010, no que trata do direito à saúde, garante tratamento igualitário da população negra, 
também no que diz respeito aos seguros privados de saúde. 
61. (CETRO/FCP - 2014) De acordo com a Lei nº 12.288/2010, artigo 3º, além das normas constitucionais 
relativas aos princípios fundamentais, aos direitos e garantias fundamentais e aos direitos sociais, 
econômicos e culturais, o Estatuto da Igualdade Racial adota como diretriz política-jurídica a: 
I. discriminação racial, desigualdade de gênero e raça e direitos étnicos individuais. 
II. inclusão das vítimas de desigualdade étnico-racial, valorização da igualdade étnico-racial e fortalecimento 
da identidade nacional brasileira. 
III. participação efetiva da população negra em projetos contra a desigualdade, direitos étnicos coletivos e 
Políticas Públicas voltadas para comunidades dos Quilombos. 
É correto o que está contido em : 
a) I, apenas. 
b) I, II e III. 
c) I e III, apenas. 
d) II, apenas. 
e) II e III, apenas. 
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62. (IF-PB/IF-PB - 2015) De acordo com o artigo 56 da Lei nº 12.288, de 20 de julho 2010, no que se refere 
à implementação dos programas e das ações constantes dos planos plurianuais e dos orçamentos 
anuais da União, deverão ser observadas as políticas de ação afirmativa a que se refere o inciso VII do 
artigo 4º desta Lei e outras políticas públicas que tenham como objetivo promover a igualdade de 
oportunidades e a inclusão social da população negra, especialmente no que tange a: 
I. Promoção da igualdade de oportunidades em educação, emprego e moradia. 
II. Financiamento de pesquisas, nas áreas de educação, saúde e emprego, voltadas para a melhoria da 
qualidade de vida da população negra. 
III. Doações de empresas privadas e organizações não governamentais, nacionais ou internacionais. 
IV. Incentivo à criação e à manutenção de microempresas administradas por pessoas autodeclaradas negras. 
Está CORRETO o que se afirma apenas em: 
a) I e IV. 
b) I e III. 
c) II e IV. 
d) I, III e IV. 
e) I, II e IV. 
63. (MPE-SP/MPE-SP - 2013) À vista das regras contidas no Estatuto da Igualdade Racial, assinale a 
alternativa que contém afirmação INCORRETA. 
a) O Estatuto da Igualdade Racial adota como diretriz político-jurídica a inclusão das vítimas de desigualdade 
étnico-racial, a valorização da igualdade étnica e o fortalecimento da identidade nacional brasileira. 
b) Constitui meio de promover a participação da população negra, em condições de igualdade de 
oportunidade, na vida econômica, social, política e cultural do País a implementação de programas de ação 
afirmativa destinados ao enfrentamento das desigualdades étnicas no tocante à educação, cultura, esporte 
e lazer, saúde, segurança, trabalho, moradia, meios de comunicação de massa, financiamentos públicos, 
acesso à terra, à Justiça e outros. 
c) A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, organizada de acordo com as diretrizes 
especificadas na Lei n.º 12.288/2010, é constituída de um conjunto de ações de saúde voltadas à população 
negra. 
d) Para o acesso da população negra à terra e às atividades produtivas no campo, caberá ao poder público 
assegurar à população negra, dentre outras medidas, a assistência técnica rural, a simplificação do acesso ao 
crédito agrícola e o fortalecimento da infraestrutura de logística para a comercialização da produção. 
e) Para garantia de acesso da população negra à moradia, constitui diretriz a ser observada pelos agentes 
financeiros, públicos ou privados, a promoção de ações para viabilizar seu acesso aos financiamentos 
habitacionais,observando-se a previsão legal expressa de criação de linha especial e diferenciada de crédito 
com juros inferiores aos praticados no mercado. 
64. (MPE-SP/MPE-SP - 2015) Para efeito da lei nº 12.288/2010 (Estatuto da Igualdade Racial), considera-
se discriminação racial ou étnico-racial, dentre outras ações, as seguintes: 
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I - A distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou 
étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de 
condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural 
ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada. 
II - A violência psicológica, entendida como qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da 
autoestima. 
III - A violência sexual, entendida como qualquer conduta que constranja a presenciar, a manter ou a 
participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força. 
IV - A violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, 
destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e 
direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades. 
V - A violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. 
Está correto apenas o contido em: 
a) I, II, III e V. 
b) I e V. 
c) I, II, III e IV. 
d) I. 
e) Todos os itens estão corretos. 
65. (IDECAN/Prefeitura de Natal-RN - 2016) Considerando o que dispõe a Lei nº 12.288, de 20 de julho de 
2010 – Estatuto da Igualdade Racial, analise as seguintes definições para efeito do Estatuto. 
I. Desigualdade racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência 
ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, 
em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, 
social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada. 
II. Discriminação racial ou étnico-racial: toda situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de 
bens, serviços e oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, descendência ou 
origem nacional ou étnica. 
III. Desigualdade de gênero e raça: assimetria existente no âmbito da sociedade que acentua a distância 
social entre mulheres negras e os demais segmentos sociais. 
IV. População negra: o conjunto de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas, conforme o quesito cor ou 
raça usado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou que adotam autodefinição 
análoga. 
Estão corretas apenas as afirmativas 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) III e IV. 
d) II, III e IV. 
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66. (IF-PB/IF-PB - 2015) A Lei n° 12.288, de 20 de julho de 2010, institui o Estatuto da Igualdade Racial, 
destinado a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos 
direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de 
intolerância étnica. No parágrafo único do artigo 1º, para efeito deste estatuto, considera-se: 
( ) Discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, 
cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, 
gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos 
político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada. 
( ) Desigualdade racial: assimetria existente no âmbito da sociedade que acentua a distância social entre 
mulheres negras e os demais segmentos sociais. 
( ) Desigualdade de gênero e raça: toda situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de bens, 
serviços e oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, descendência ou origem 
nacional ou étnica. 
( ) Políticas públicas: as ações, iniciativas e programas adotados pelo Estado no cumprimento de suas 
atribuições institucionais. 
( ) Ações afirmativas: os programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para 
a correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades. 
A sequência CORRETA para as assertivas acima é: 
a) V, F, V, V, V. 
b) V, F, F, F, V. 
c) V, F, V, V, F. 
d) V, F, V, F, V. 
e) V, F, F, V, V. 
67. (FUNCAB/SEDS-TO - 2014) Com o intuito de garantir à população negra a igualdade de oportunidades 
e a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos, foi criado o(a): 
a) Padrão Nacional contra o Racismo. 
b) Estatuto da Igualdade Racial. 
c) Ação Afirmativa de Intolerância Étnica. 
d) Norma de Procedimento e Conduta. 
68. (CESP/Câmara dos Deputados - 2014) Julgue o item que segue, relativo aos crimes contra as pessoas 
com deficiência, aos crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor e ao Estatuto da Igualdade 
Racial. 
De acordo com o Estatuto da Igualdade Racial, o fato de um empregado de estabelecimento comercial 
privado recusar atendimento a um cliente tão somente em razão de este ser negro amolda-se a desigualdade 
racial e não a discriminação racial, pois caracteriza-se uma situação injustificada de acesso a serviço privado 
em virtude de raça ou origem étnica. 
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69. (IBFC/SAEB-BA - 2015) Assinale a alternativa correta sobre as matérias indicadas expressamente na 
Lei Federal n° 12.288, de 20 de julho de 2010 (Estatuto da Igualdade Racial) como sendo de estudo 
obrigatório nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados. 
a) Estudo dos problemas brasileiros e História geral da África. 
b) História das populações indígenas no Brasil e História da população negra no Brasil. 
c) História geral da África e História da população negra no Brasil. 
d) História das populações indígenas no Brasil e História geral da África. 
e) Estudo dos problemas brasileiros e História das populações indígenas no Brasil. 
70. (FUNDATEC/PC-RS - 2018) O Estatuto da Igualdade Racial abarca questões tais como o livre exercício 
dos cultos religiosos de matriz africana. Nesse sentido, pode-se afirmar que: 
a) O combate a intolerância com as religiões de matrizes africanas exclui de seu âmbito de proteção os 
mananciais a elas vinculadas. 
b) A pena privativa de liberdade impede a assistência religiosa aos praticantes das religiões de matriz africana 
que se encontram no cumprimento de tal pena 
c) A celebração de reuniões relacionadas a religiosidade e a fundação e manutenção, por iniciativa privada, 
inclusive em lugares não reservados para tais fins. 
d) É assegurada a possibilidade de criação de instituições beneficentes privadas ligas às convicções religiosas 
derivadas dos cultos de matriz africanas. 
e) Os representantes das religiões de matrizes africanas possuem assento paritário em relação às demais 
religiões em conselhos públicos. 
 
71. (SEGPLAN-GO/SEAP-GO - 2016) De acordo com o que dispõe a Resolução Conjunta nº 1, de 15 de 
Abril de 2014, é correto afirmar que: 
a) A pessoa travesti ou transexual em privação de liberdade não tem o direito de ser chamada pelo seu nome 
social, de acordo com o seu gênero. 
b) Às travestis e aos gays

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