Código de ética da profissão

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INTRODUÇÃO 
À PROFISSÃO: 
BIOMEDICINA
Christiane Mariotini 
Moura Vasconcellos
Código de ética da profissão
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer os princípios gerais do código de ética do biomédico.
  Relacionar os conceitos das relações interpessoais, coletivas e com o 
conselho de classe.
  Identificar o que são infrações disciplinares e como o biomédico 
pode ser penalizado.
Introdução
Neste capítulo, você irá conhecer o código de ética da profissão de bio-
médico. Esse código foi aprovado pela Resolução do Conselho Federal de 
Biomedicina Nº. 198, de 21 de fevereiro de 2011. Ele contém informações 
sobre conduta profissional, relações com os colegas de trabalho, como 
fazer propagandas sem ser ofensivo, quais as obrigações do biomédico 
com o Conselho Federal e quais os tipos de penalidades o biomédico 
poderá sofrer caso descumpra alguma norma do código. 
É importante destacar que, se você é uma pessoa educada, trata 
os amigos com cordialidade e respeito, é responsável, não passa nem 
oferece cola nas provas, você já vive o código de ética do biomédico. 
Isso porque alguns capítulos do código tratam justamente das relações 
com os colegas, sejam eles da mesma profissão ou não, e das relações 
com a coletividade, como por exemplo, não acobertar erros.
Apesar de você já viver uma parte preciosa do código, é necessário 
conhecer alguns pontos mais específicos, tais como: como deve ser minha 
relação com o Conselho Federal de Biomedicina? Se eu der entrevistas 
na rádio ou televisão, será que o Conselho de Biomedicina pensará que 
estou querendo me promover? O que seria “exercício ilegal da profissão”? 
Ao final deste capítulo, todas essas dúvidas estarão esclarecidas.
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Princípios gerais do código de ética do 
biomédico 
O código de ética profi ssional é um conjunto de normas que serão seguidas por 
profi ssionais graduados em determinada área. Todos os Conselhos Federais, 
independente da profi ssão, seguem um código. Ele é importante para o profi s-
sional, pois estabelece regras que podem, por exemplo, direcionar seu modo 
de comportamento com os colegas de trabalho e como ele poderá usar a mídia 
para divulgar sua empresa. Caso o profi ssional descumpra o código, poderá 
ser julgado pelo Conselho Superior de Ética Profi ssional ou pelo Conselho 
Federal de Biomedicina, e penalidades poderão ser aplicadas.
Ao se formar em Biomedicina, o profissional automaticamente assumirá 
algumas obrigações, que discutiremos a seguir.
Primeiro: guardar sigilo profissional. Imagine que você vai a um laboratório 
fazer um exame de sangue de rotina. Suponhamos que seus exames bioquímicos 
tenham dado alguma alteração. Você já pensou como seria constrangedor se 
esse resultado fosse divulgado em um congresso de Biomedicina sem o seu 
consentimento? Ou pior ainda, além dos resultados divulgados, seu nome ser 
citado? Por isso, o profissional deve guardar sigilo. Se por acaso, o biomédico 
quiser usar esses resultados em um trabalho científico, ele deverá ser avaliado 
por um comitê de ética e pesquisa e o paciente deverá ter ciência de que seus 
exames farão parte do trabalho. Essa é a postura correta, de acordo com o 
código de ética do biomédico, capítulo I, art. 3°, parágrafo IV.
Segundo: zelar pela própria reputação, mesmo fora do exercício profissional. 
Você já pensou se encontrasse seu médico, seu professor ou seu advogado 
embriagado ou cometendo uma agressão, ou mesmo fazendo algo ilícito? Então, 
o mesmo se aplica ao biomédico. Devemos manter uma postura adequada nos 
locais que frequentamos. Outra situação em que poderíamos ter a reputação 
comprometida seria liberando resultados errados ou trocados. Como ficaria 
a credibilidade de um laboratório que liberou um resultado positivo para HIV 
em um paciente saudável? Devemos ficar atentos a essas questões e evitar este 
tipo de situação (código de ética do biomédico, capítulo I, art. 3°, parágrafo VI).
Também é importante respeitarmos as outras profissões. Provavelmente, 
você ficaria chateado se um colega lhe dissesse que o curso de Biomedicina 
é ruim, ou que o biomédico não está tão capacitado para trabalhar no labora-
tório quanto outros profissionais (código de ética do biomédico, capítulo I, 
art. 3°, parágrafo X).
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Como profissional, você provavelmente ouvirá dos pacientes que frequen-
tarão seu laboratório, ou até mesmo de outros funcionários, que ouviram falar 
em procedimentos milagrosos para reduzir o colesterol, tratar a hipertensão, 
aliviar a dor. Um biomédico que segue o Código de Ética tomará o cuidado de 
verificar essas informações antes de divulgá-las. Quando você for biomédico, 
suas palavras terão grande credibilidade. Portanto, evite divulgar informações 
que não foram comprovadas cientificamente (código de ética do biomédico, 
capítulo II, art. 3°, parágrafo II). 
Quando for recrutar funcionários para seu laboratório, seja criterioso na 
sua escolha. Seu laboratório será mal visto se funcionários de caráter duvidoso 
estiverem trabalhando nele. Isso inclusive pode reduzir sua credibilidade 
(código de ética do biomédico, capítulo II, art. 3°, parágrafo V).
Como usar a mídia a seu favor 
O Conselho de Biomedicina apoia que seus profi ssionais apareçam na mí-
dia, deem entrevistas ou palestras, porém, a fi nalidade deve ser estritamente 
científi ca, de interesse social ou educativo. Alguns anos atrás, um biomédico 
Microbiologista conhecido como “Dr. Bactéria” se apresentava com frequência 
em programas de rádio ou TV. É importante destacar que o caráter de sua 
apresentação sempre foi de cunho científi co e educativo. Nos programas, ele 
normalmente mostrava se existiam bactérias em determinado ambiente e se 
as bactérias eram patogênicas ou não. Você nunca ouviu o Dr. Bactéria dizer 
“somente o biomédico pode fazer essas análises” ou “eu sou o único biomédico 
especialista em microbiologia da região”. Tais atitudes seriam interpretadas 
como inapropriadas pelo Conselho, podendo implicar até mesmo em uma 
penalidade (código de ética do biomédico, capítulo III, art. 5°).
Com relação à propaganda de seu laboratório, também existem regras a 
serem seguidas. Você pode e deve fixar placas em seu local de trabalho ou até 
mesmo em sua casa, se achar necessário. Porém, não é recomendado que você 
ofereça seus serviços profissionais através do rádio, televisão ou panfletos. 
Você também jamais deverá usar a foto de um paciente de seu laboratório em 
propagandas, a não ser que o mesmo autorize. Também não é recomendável 
anunciar formas de pagamento, tais como: “dividimos seus exames em até 
12 vezes sem juros” ou “aceitamos cartão de crédito e cheque pré-datado” 
(código de ética do biomédico, capítulo III, art. 6°, 7° e 8°).
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O biomédico deve exigir justa remuneração por seu trabalho, que deve corresponder 
às responsabilidades assumidas pelo profissional. Consulte o sindicato e veja o piso 
salarial estabelecido para sua especialidade. Trabalhar em troca de salários menores 
é desvalorizar sua profissão e a de seus colegas. 
Relações interpessoais, coletivas e com o 
conselho de classe
É muito importante que você seja educado e cordial com seus colegas de tra-
balho. Jamais critique outro profi ssional em público, seja por motivos pessoais 
ou profi ssionais. Essas atitudes, além de constrangedoras, podem difi cultar 
muito as relações de trabalho. Portanto, caso seja necessário chamar a atenção 
de um colega, converse com ele em ambiente reservado. Nunca critique seu 
colega de trabalho publicamente com outros indivíduos. O código de ética do 
biomédico, no capítulo IV, art. 9°, parágrafo primeiro, adverte: “Nas relações 
com os colegas, o biomédiconão poderá: criticá-lo em público por razões 
de ordem profi ssional e/ou pessoal”. Evite desavenças e faça de seu local de 
trabalho um ambiente saudável (afi nal, você passará grande parte de seu dia 
nesse ambiente), onde todos os funcionários estejam mais satisfeitos possível. 
Funcionários satisfeitos têm mais prazer em trabalhar e acabam produzindo 
mais por estarem satisfeitos. 
Outro ponto importante para destacarmos é com relação a denúncias de 
colegas para os órgãos de fiscalização. Muito cuidado, pois tanto a omissão 
quanto a denúncia sem elementos comprobatórios é crime (capítulo V, art. 3°, 
parágrafo I e capítulo IV, art. 9°, parágrafo 5). 
Além dos relacionamentos interpessoais, o código de ética do biomédico 
também destaca a importância do bom relacionamento entre o profissional 
e os órgãos de saúde. É condenável a prática de atos que prejudiquem direta 
ou indiretamente a saúde pública. Portanto, a emissão de falsos exames para 
facilitar a aposentadoria de um indivíduo, a fraude em licitações, unir-se a ter-
ceiros para tirar algum tipo de vantagem do sistema de saúde pública, fornecer 
produtos (medicamentos ou substâncias químicas), mesmo que gratuitamente, 
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para serem utilizados de maneira ilícita constituem crime e serão penalizados 
como previsto no código. 
Também constitui crime acobertar o exercício ilegal da profissão. Por 
exemplo, se permitirmos que profissionais biomédicos, sem registro no con-
selho, exerçam suas atividades. Isso é crime, caracterizado como exercício 
ilegal da profissão. Caso o biomédico detecte este tipo de problema e não 
denuncie, ele pode ser enquadrado por acobertar o exercício ilegal da profissão. 
Também constitui crime o exercício das responsabilidades do biomédico por 
profissionais graduados em outras áreas. Devemos denunciar caso tenhamos 
ciência de alguma situação deste tipo (capítulo V, art. 3°, parágrafo III).
Como deve ser a relação do biomédico com o 
Conselho?
Ao se formar em Biomedicina, o profi ssional, automaticamente, deve se sub-
meter às normas de seu conselho de classe. Sendo assim, é importante cumprir 
integral e fi elmente as obrigações e compromissos fi rmados com o Conselho, 
especialmente no que diz respeito aos atos baixados pelo Conselho Federal 
de Biomedicina (CFBM) ou Conselhos Regionais de Biomedicina (CRBM).
Eventualmente, o profissional pode ser convocado pelo órgão profissional 
para participar de assembleias em prol de determinada área, por exemplo, a 
Biomedicina Estética. É importante sua participação nesses tipos de eventos, 
pois mudanças podem estar acontecendo e novos procedimentos podem estar 
sendo incluídos ou excluídos. Considerando a relevância destes encontros, caso 
o profissional não possa comparecer, é importante que forneça justificativa 
para sua ausência (capítulo VI, art. 11°, parágrafo V).
Também constitui crime fornecer falsas informações para o Conselho a 
fim de se obter algum tipo de vantagem. Por exemplo, um profissional mal 
intencionado poderia fornecer falsos documentos para conseguir uma nova 
habilitação. Isso constitui crime e o profissional deverá ser penalizado (capítulo 
VI, art. 11°, parágrafo IV).
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Infrações disciplinares: como o biomédico 
pode ser penalizado
Várias infrações disciplinares estão previstas no código. Entre elas, podemos 
destacar o exercício da profi ssão por um biomédico não inscrito no Conselho, 
ou por um profi ssional impedido de fazê-lo. Por exemplo, imagine um pro-
fi ssional que teve seu registro suspenso por estar assediando suas pacientes. 
Mesmo tendo o conhecimento técnico para manter suas atividades, o fato de 
estar com uma restrição no registro o impede de exercer a profi ssão. Nesse 
caso, dois crimes foram cometidos: o assédio com suas pacientes e o exercício 
ilegal da profi ssão por estar com seu registro suspenso.
Também seria crime se o profissional descrito tivesse um colega biomédico 
que soubesse desse exercício ilegal da profissão e não fizesse a denúncia para 
o conselho de classe. 
É importante mantermos o sigilo profissional. Imagine que um artista 
famoso fosse fazer um exame de sangue em seu laboratório e que o resultado 
do exame fosse positivo para HIV e sífilis. Você já pensou no constrangi-
mento que esse artista teria caso você comentasse esses resultados com outras 
pessoas? Isso seria totalmente antiético. Em 2015, faleceu o cantor Cristiano 
Araújo em um acidente de carro. Alguns profissionais do Instituto Médico 
Legal onde o corpo do cantor foi autopsiado divulgaram na internet fotos e 
vídeos da necropsia do cantor. Uma atitude condenável. Vários profissionais 
foram demitidos de seus cargos por conta dessa atitude. Foi uma total falta de 
ética profissional, a qual deve ser seguida em todas as profissões sem exceção, 
assim como na Biomedicina.
É importante acompanhar os atos publicados tanto 
pelo Conselho Regional quanto pelo Conselho Fe-
deral de Biomedicina, que ficam disponíveis em seus 
respectivos endereços eletrônicos. Neles é possível 
saber se alguma nova área de atuação foi incluída ou 
removida. Para saber mais, visite o endereço: 
https://goo.gl/UHGkzN
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Eventualmente, seu laboratório poderá ser visitado pela vigilância sanitária 
a fim de ser verificado se o ambiente de trabalho está de acordo com as normas 
vigentes na legislação. Pode ser que alguma norma não esteja sendo totalmente 
cumprida. Nesse caso, seu laboratório poderá ser notificado. Isso não impedirá 
seu laboratório de funcionar. Você assinará um termo de ajustamento de conduta 
e terá um prazo para se adequar. Caso o prazo para o ajustamento de conduta 
vença e você ainda não tenha realizado as adequações, seu laboratório estará 
em uma situação ilegal e poderá ser penalizado. Portanto, caberá aos órgãos 
superiores julgar se seu laboratório deverá ser interditado ou não. 
As faltas poderão ser consideradas graves ou leves, conforme a natureza do 
ato (capítulo VII, art. 12°, parágrafo VIII). As penalidades variam de acordo 
com a natureza da infração, e podem ser advertência em aviso reservado, 
repreensão em aviso reservado, multa em até 10 vezes o valor da anuidade, 
suspensão do exercício profissional por até três anos e até mesmo o cancela-
mento do registro profissional. Caso o profissional seja condenado por sentença 
criminal, por crime praticado no uso do exercício da profissão, seu registro 
ficará suspenso enquanto durar a execução da pena. 
Portanto, seja cordial com seus colegas, não os critique em público, não 
use a mídia para se promover, mantenha o sigilo profissional e acompanhe as 
publicações do CFBM e/ou CRBM.
Saiba mais sobre o código de ética no endereço: 
https://goo.gl/tgfgBK
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Em 2015, o cantor Cristiano Araújo faleceu em um acidente de carro. Alguns profissionais 
do Instituto Médico Legal onde o corpo do cantor foi autopsiado divulgaram na internet 
fotos e vídeos da necropsia do cantor. Uma atitude condenável. Vários profissionais 
foram demitidos de seus cargos por conta dessa atitude. Foi uma total falta de ética 
profissional. É extremamente importante a manutenção do sigilo profissional. A quebra 
do sigilo só será lícita se houver uma ordem judicial onde o profissional, por exemplo, 
poderia ser intimado a testemunhar contra ou a favor de uma determinada situação 
e/ou indivíduo, ou se houver uma justa causa, caso o profissional tenha, por exemplo, 
conhecimento de um crime grave cometido por seu paciente. 
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1. João, biomédico, trabalha em um 
respeitávellaboratório de análises 
clínicas em sua cidade. Certo dia, um 
paciente durante a coleta de sangue 
perguntou o que ele achava da 
auto-hemoterapia (procedimento 
em que o sangue venoso do 
paciente é colhido e reinjetado 
no mesmo indivíduo, por via 
intramuscular). O paciente disse 
que viu na internet que a auto-
hemoterapia é muito boa, pois 
fortalece o sistema imune. João 
respondeu informando que, 
apesar de não existir nenhum 
artigo científico que comprove a 
eficácia da auto-hemoterapia, é um 
procedimento muito interessante, 
pois conhece vários pacientes que 
fizeram e foram beneficiados. A 
atitude de João está: 
a) Correta, pois João se baseou na 
própria vivência, que comprova a 
eficácia do procedimento. Além 
disso, vários outros profissionais 
fazem e recomendam.
b) Incorreta, pois o paciente 
não está apto para fazer 
esse procedimento sozinho. 
João deveria ter se colocado 
à disposição para fazê-lo, 
caso o paciente queira.
c) Correta, pois apesar de não 
ser uma prática autorizada 
pelo Conselho de Medicina, 
o Conselho de Biomedicina 
indica e motiva que os 
biomédicos façam.
d) Incorreta, pois não existem 
evidências científicas que 
comprovem a eficácia da 
auto-hemoterapia. João 
deveria informar ao paciente 
de que a falta de comprovação 
é motivo suficiente para se 
evitar o procedimento.
e) Correta, pois o código de ética do 
biomédico diz que o profissional 
deve ser leal e solidário com seus 
colegas e pacientes, contribuindo 
para a harmonia da profissão.
2. Marcelo formou-se em Biomedicina 
há alguns anos, durante sua 
graduação escolheu como área 
de atuação as Análises Clínicas. 
Atualmente, Marcelo está fazendo 
um processo seletivo para ser 
contratado por um laboratório. 
Durante o processo, ele percebeu 
que havia um farmacêutico que 
também faria a entrevista. Marcelo 
conversou com o recrutador e 
o informou que o biomédico 
era muito mais capacitado do 
que o farmacêutico, uma vez 
que sua graduação teve ênfase 
em Análises Clínicas, enquanto 
que o farmacêutico teve uma 
formação mais generalista. 
Marcelo agiu de maneira:
a) Certa, pois o curso de 
Biomedicina realmente tem 
muito mais ênfase em análises 
clínicas do que o de Farmácia.
b) Errada, pois o curso de Farmácia 
é mais direcionado para Análises 
Clínicas do que o de Biomedicina. 
Logo, o farmacêutico está mais 
capacitado do que o biomédico.
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c) Certa, pois o curso de Farmácia 
possui outras áreas de atuação, 
e por formar um profissional 
generalista, não capacita o 
farmacêutico tanto quanto o 
biomédico para Análises Clínicas.
d) Errada, pois apesar do curso 
de Biomedicina permitir que o 
profissional seja mais capacitado 
para análises clínicas do que o de 
Farmácia, Marcelo não deveria 
ter dito isso ao entrevistador.
e) Errada, pois não devemos 
criticar o exercício de outras 
profissões, como Marcelo 
fez com o farmacêutico.
3. Alguns de vocês devem se lembrar 
do biomédico conhecido como “Dr. 
Bactéria”, que aparecia regularmente 
em alguns programas de televisão. 
Analisando a atuação do Dr. 
Bactéria, sob o ponto de vista ético 
do exercício da Biomedicina, você 
acredita que ele tenha cometido 
alguma infração ética ao se 
apresentar nesses programas?
a) Não, pois o biomédico pode 
e deve se utilizar dos meios 
de comunicação para se 
promover profissionalmente;
b) Sim, pois o biomédico não 
deve oferecer seus serviços 
profissionais através de rádio, 
televisão e impressos volantes;
c) Não, pois o biomédico pode 
utilizar-se dos meios de 
comunicação para conceder 
entrevistas ou palestras sobre 
assuntos da Biomedicina, 
com finalidade educativa 
científica e de interesse social.
d) Sim, pois o biomédico não deve 
conceder palestras sem prévia 
autorização do conselho.
e) Não, pois ele estava 
representando uma personagem 
e, portanto, não precisa seguir o 
código de ética do biomédico.
4. Joana acabou de ser contratada 
como biomédica em um laboratório 
de Biologia Molecular. Ela se formou 
em Biomedicina, fez as disciplinas 
e o estágio obrigatório para atuar 
na área. Porém, como é o primeiro 
emprego de Joana, ela ainda 
não teve condições financeiras 
para tirar o registro profissional, 
e vai aguardar até o final do ano, 
quando receberá o décimo terceiro, 
para fazer o registro. Analise as 
alternativas abaixo e assinale a 
alternativa CORRETA, no que diz 
respeito à conduta de Joana.
a) O biomédico, depois de formado, 
pode trabalhar por até um ano 
sem o registro profissional. Como 
Joana acabou de se formar, ela 
não deveria se preocupar com o 
registro, por enquanto. 
b) O exercício da profissão sem a 
devida inscrição no Conselho 
constitui uma infração disciplinar. 
Joana não deve assumir qualquer 
responsabilidade no laboratório 
enquanto não fizer seu registro.
c) O empregador de Joana 
poderia contratar Joana como 
biomédica. Porém, ela não 
poderia ser a responsável 
técnica do laboratório, até 
que obtivesse o registro.
d) Joana poderia ser contratada 
com um salário inferior ao 
piso do biomédico, até que 
seu registro no conselho 
fosse realizado. Após a 
regularização, ela receberia 
o piso do biomédico.
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e) Joana deveria ser contratada 
como técnica de laboratório, com 
o respectivo salário de técnica. 
Assim, não existiria a necessidade 
do registro profissional.
5. Mário, biomédico, está realizando 
uma pesquisa com usuários de 
drogas ilícitas, a qual visa buscar 
tratamento para o vício desses 
indivíduos e melhorar sua qualidade 
de vida. Ao entrevistar um dos 
usuários, o mesmo confessou ter 
cometido um assassinato durante 
um assalto para conseguir dinheiro 
e sustentar seu vício. Analise as 
opções de Mário nas alternativas e 
assinale a CORRETA. 
a) Mário não deveria fazer 
nada, pois o código de ética 
do biomédico, capítulo 
I, art. 3° diz: “Obriga-se 
o Biomédico a: guardar 
sigilo profissional”. 
b) Mário não deveria fazer nada, 
pois o código de ética do 
biomédico, capítulo III, art. 8° 
diz: “É vedado ao Biomédico: 
divulgar nome, endereço ou 
qualquer outro elemento que 
identifique o paciente”.
c) Mário não deveria fazer nada, 
pois o código de ética do 
biomédico, capítulo V, art. 3° diz: 
“O Biomédico não poderá: revelar 
fatos sigilosos de que tenha 
conhecimento, no exercício de 
suas atividades, a não ser por 
imperativo de ordem legal”.
d) Mário deveria comunicar o relato 
deste crime às autoridades 
competentes para que o 
indivíduo seja detido.
e) Mário deveria pedir para o 
juiz emitir uma ordem judicial 
para que ele pudesse informar 
o crime cometido por seu 
paciente. Assim não haveria 
transgressão do código 
de ética do biomédico.
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BRASIL. Conselho Federal de Biomedicina. Resolução do C.F.B.M. n° 0002/84 DE i 
6/08/84. Código de Ética da Profissão de Biomédico. Diário Oficial da União, Brasília, 
DF, 27 ago. 1984.
Leituras recomendadas
BRASIL. Conselho Federal de Biomedicina. 2015. Disponível em: <www.cfbm.gov.
br>. Acesso em: 11 out. 2017.
BRASIL. Decreto nº 88.439, de 28 de junho de 1983. Dispõe sobre a regulamentação do 
exercício da profissão de biomédico de acordo com a Lei nº 6.684, de 03 de setem-
bro de 1979 e de conformidade com a alteração estabelecida pela Lei nº 7.017, de 30 
de agosto de 1982. Brasília, DF, 1983. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/decreto/1980-1989/D88439.htm>. Acesso em: 11 out. 2017.
Referência
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