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ÉTICA PROFISSIONAL – PROFESSOR MARTIM AFONSO
| Q. 8 (prova branca) | Q. 1(prova verde) | Q. 3 (prova amarela) | Q. 1(prova azul)
 Eminente Banca Examinadora.
A questão que versa sobre o estagiário Jeferson trazida no XXXV Exame de Ordem deve ser anulada, data venia, em razão de conter erro técnico, conforme se explica:
A questão tem o seguinte teor:
“O estagiário de Direito Jefferson Santos, com o objetivo de divulgar a qualidade de seus serviços, realizou publicidade considerada irregular por meio da Internet, por resultar em  captação de clientela, nos termos do Código de Ética e Disciplina da OAB. Quanto aos instrumentos admitidos no caso em análise, assinale a afirmativa correta.”.
Foi considerada como certa a assertiva que afirma que “É admitida a celebração de termo de ajustamento de conduta, tanto no âmbito dos  Conselhos Seccionais quanto do Conselho Federal, para fazer cessar a publicidade irregular praticada.” Entendendo-se, portanto, pela possibilidade de se entabular TAC com o estagiário que vinha fazendo publicidade irregular.
ENTRETANTO, o estagiário tem apenas UMA infração disciplinar na legislação, que está capitulada no artigo 34, inciso XXIV, que é “Constitui infração disciplinar: XXIX - praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação”.
Ou seja, não há punição de censura a um estagiário que faça publicidade irregular e portanto não cabe TAC para estagiário que violar preceitos sobre publicidade.
Repita-se, a única conduta violadora de preceito da profissão é EXCEDER SUA COMPETÊNCIA, e nesses casos, sim, haverá propositura de TAC, mas para as demais condutas previstas no EAOAB e CED, como é o caso da PUBLICIDAE o estagiário NÃO RESPONDE PERANTE A OAB, portanto não celebra TAC, data maxima venia.
Com efeito, o Provimento  200/2020 que criou a ferramenta do TAC tem em seu artigo 1º o seguinte teor: “Art. 1º O Termo de Ajustamento de Conduta - TAC previsto nos arts. 47-A e 58-A do Código de Ética e Disciplina da OAB - CED, a ser celebrado entre o Conselho Federal ou os Conselhos Seccionais com advogados ou estagiários inscritos nos quadros da Instituição, aplica-se às hipóteses relativas à publicidade profissional (art. 39 a art. 47 do CED) e às infrações disciplinares puníveis com censura (art. 36 do EAOAB)”.
O bojo do artigo deixa claro que cabe TAC para advogados e estagiários inscritos, e que o TAC é para hipóteses relativas à publicidade profissional e às infrações puníveis com censura. É versado estagiário para a conduta vedada a ele, que é punível com censura, que é exatamente a prevista no 34, XXIV que é exceder sua competência, sendo que a violação de publicidade cabe aos advogados e não estagiários.
Nesse diapasão, o artigo 36 do EAOAB refere que a censura (que cabe TAC) é sanção aplicável: Art. 36. A censura é aplicável nos casos de: I - infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do art. 34, explicitando mais uma vez que é a sanção à ÚNICA previsão de violação do EAOAB e CED por parte de estagiário (exceder sua competência).
O Código de Ética e Disciplina, cuja violação é punível com censura e traz os comandos sobre publicidade irregular É APLICAVEL AOS ADVOGADOS E NÃO AOS ESTAGIARIOS portanto NÃO CABE TAC SOBRE PUBLICIDADE PARA ESTAGIARIOS.
UM ESTAGIARIO, PORTANTO, NÃO RESPONDE REPRESENTAÇÃO POR VIOLAÇÃO DE PUBLICIDADE PORQUE É CONDUTA ATÍPICA não sendo um tipo disciplinar cabível a estagiário, somente se instaura representação e se propõe TAC ao estagiário que violar o artigo 34, XXIV do EAOAB.
Daí se infere que a questão está equivocada e deve ser anulada por inexistir TAC para estagiários que não observarem as regras de publicidade, pois as regras se aplicam A ADVOGADOS.
E NÃO É SO!
O artigo 3º § 2º do EAOAB determina que “O estagiário da advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no art. 1º, na forma do Regulamento Geral, em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste”, deixando claro mais uma vez que se o estagiário desviou em sua atividade preceitos éticos, QUEM RESPONDE É O ADVOGADO, a não ser que seja violação ao artigo 34, XXIX, ÚNICO TIPO DISCIPLINAR QUE O ESTAGIÁRIO RESPONDE perante o sistema OAB.
Do exposto, a questão deve ser anulada, com a respectiva atribuição do ponto ao recorrente, pois TAC SOBRE PUBLICIDADE é ferramenta dirigida para ADVOGADOS, sendo ao estagiário apenas cabível na violação da única reprimenda existente que é exceder sua competência.
Confiante.
Pede deferimento.
 
DIREITO INTERNACIONAL – PROFA. GERMANA PINHEIRO
| Q. 20 (prova branca) | Q. 21(prova verde) | Q. 20 (prova amarela) | Q. 21(prova azul)
 Eminente Banca Examinadora.
Trata-se de recurso contra o gabarito oficial da FGV, no XXXV Exame de Ordem, aplicado em 03/07/2022, que teve o seguinte :
Thomas, inglês, e Marta, brasileira que se conheceram na Inglaterra, são grandes admiradores das praias do Brasil, motivo pelo qual resolveram se casar em Natal, cidade de domicílio de Marta. Em seguida, constituem como seu primeiro domicílio conjugal a capital inglesa. O casal que havia se mudado para Portugal passados cinco anos do início do vínculo conjugal, resolve ir lá divorciar- se. Os consortes não tiveram filhos e durante o matrimônio adquiram bens em Portugal bem como um bem imóvel em Natal, onde passavam férias. Acerca do caso narrado e com base no que dispõem o Código de Processo Civil e a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, assinale a alternativa correta.
Com efeito, foi considerado no gabarito preliminar, como correta, a alternativa abaixo transcrita:
Se consensual o divórcio, a sentença estrangeira que o decreta produz efeito no Brasil, independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça.
 No entanto, data máxima vênia, esta assertiva merece ser anulada, pelas razões a seguir.
Ocorre que de acordo com o artigo 961 do Código de Processo Civil (CPC), a decisão estrangeira somente terá eficácia no Brasil após a homologação do STJ, porém, o mesmo artigo, de fato, excepciona esta exigência no caso de divórcio consensual simples ou puro.
Convém lembrar que o divórcio simples seria o que se trata apenas de dissolução do matrimônio, sem partilha de bens e o divórcio qualificado se dá quando há filhos menores ou bens a partilhar.
Portanto, se houver envolvimento de guarda de filhos, alimentos ou partilha de bens, a homologação pelo STJ para o divórcio consensual continua necessária.
Segundo reza o Provimento 53 do CNJ, que regula o CPC no que toca a homologação de sentença estrangeira de divórcio consensual, temos no artigo 1º, $3º:
§ 3o. A averbação da sentença estrangeira de divórcio consensual, que, além da dissolução do matrimônio, envolva disposição sobre guarda de filhos, alimentos e/ou partilha de bens - aqui denominado divórcio consensual qualificado - dependerá de prévia homologação pelo Superior Tribunal de Justiça.
No caso da questão recorrida, o divórcio é qualificado, pois há divisão de bens imóveis, portanto, se exige a homologação pelo STJ.
Diante disso, a questão merece ser anulada considerando, inclusive, que não há outra alternativa adequada para responder ao enunciado acertadamente.
 Em face do exposto, requer seja a presente questão em tela anulada, com a consequente atribuição da pontuação pertinente a todos os candidatos.
 Confiante,
Pede deferimento.
 
FILOSOFIA DO DIREITO – PROFA. RICELLE BRANDÃO
| Q. 10 (prova branca) | Q. 9 (prova verde) | Q. 10 (prova amarela) | Q. 10 (prova azul)
Trata-se de recurso interposto em face da questão da matéria de filosofia do direito do 35º Exame de Ordem dos Advogados do Brasil.
A referida questão em seu enunciado diz que:
“É possível que, diante de um caso concreto, seja aceitável a aplicação tanto de uma lei geral quanto de uma lei especial. Isso, segundo Norberto Bobbio, em seu livro Teoria do Ordenamento Jurídico, caracteriza uma situação de antinomia.
Assinale a opção que, segundo o autor na obra em referência, apresenta a solução que deve ser adotada.”
O gabarito preliminar apontou como correta a alternativa segundo a qual “Deve ser verificada a leiespecial sobre a lei geral, de forma que a lei geral seja derrogada, isto é, caia parcialmente.”
No entanto, a própria banca em outra prova de Ordem, trouxe uma questão bem próxima a essa do 35º Exame de Ordem com um outro direcionamento, que é exatamente o que versa a outra alternativa que tem a seguinte redação: “Deve ser verificada a data de edição de ambas as leis, pois, nesse tipo de conflito entre lei geral e lei especial, deve prevalecer aquela que for posterior.”
Vejamos a questão:
Um sério problema com o qual o advogado pode se deparar ao lidar com o ordenamento jurídico é o das antinomias. Segundo Norberto Bobbio, em seu livro Teoria do Ordenamento Jurídico, são necessárias duas condições para que uma antinomia ocorra. Assinale a opção que, segundo o autor da obra em referência, apresenta tais condições.
Alternativa correta: As duas normas em conflito devem pertencer ao mesmo ordenamento; as duas normas devem ter o mesmo âmbito de validade, seja temporal, espacial, pessoal ou material.
Com base nessa questão, tanto a alternativa que traz o aspecto temporal como uma possibilidade de solução aos casos de antinomia e está correto, assim como a alternativa que afirmar que a norma especial revoga a geral no que esta dispõe especificamente encontram-se corretas, portanto.
Dessa forma, a questão em referência é passível de anulação, por conter, como se vê, duas alternativas corretas.
Em face do exposto, requer que seja anulada a questão em referência, com a atribuição do ponto correspondente, por ser de direito e justiça.
Direito Internacional – Q. 20 (prova branca) | Q. 21 (prova verde) | Q. 20 (prova amarela) | Q. 21 (prova azul)
A questão busca cobrar o tema da homologação de decisão estrangeira no Brasil, que em regra deve ser feita junto ao STJ. Contudo admite-se uma exceção que seria o divórcio consensual previsto no Art. 961, § 5º do CPC, desde que se cumpra com a regulamentação do CNJ para a realização do ato extrajudicial.
Importante destacar que a questão traz a situação de um casal que celebra casamento no Brasil, mas o examinador dá a entender que só Maria reside no país, passando a valer como regime legal de bens do casal o do primeiro domicílio conjugal conforme o ARt. 7, §4º da LINDB, no caso Londres, Inglaterra. O casal, após residir em Londres, passa a residir em Portugal e adquirem bens tanto no país estrangeiro como, também, no Brasil. O enunciado informa, ainda, que da relação não resultaram filhos e que o divórcio é celebrado em Portugal (país estrangeiro).
Quando da análise das assertivas, verifica-se que o objetivo é a verificação de necessidade ou não de homologação da sentença estrangeira de divórcio. A partir daí algumas situações devem ser apontadas.
1. O enunciado não deixa claro que o divórcio é consensual. Em momento algum do enunciado consta que o divórcio celebrado no exterior ocorreu de forma consensual. Tal fato é imprescindível para a definição de necessidade ou não da homologação da sentença estrangeira.
2. Mesmo que, forçosamente, fosse compreensível que o divórcio havia sido celebrado de forma consensual, há no enunciado a informação da existência de bens adquiridos no Brasil e no exterior.
Neste ponto, importante destacar que o divórcio consensual, pode ser: PURO E SIMPLES ou COM CLÁUSULA ou QUALIFICADO.
Para que o divórcio consensual seja puro e simples, não pode haver qualquer discussão a respeito de partilha de bens, guarda ou alimentos. Este, contudo, não é o caso da questão, pois verifica-se do enunciado a existência de bens a serem partilhados.
Sendo assim, trata-se de divórcio que, embora possa ser consensual, será com cláusula de partilha de bens e, portanto, QUALIFICADO.
A resposta considerada correta.
A banca examinadora conferiu como resposta correta da questão 20, prova tipo 1 – branca, a assertiva “B”, ou seja: “Se consensual o divórcio, a sentença estrangeira que o decreta produz efeitos no Brasil, independentemente de homologação
pelo Superior Tribunal de Justiça”.
Esta é a literalidade do art. 961, §5º do CPC: “A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça”.
Da necessidade de anulação.
A questão merece ser anulada.
A banca examinadora simplesmente DESCONSIDEROU existência de previsão legal, no Brasil, emitida pelo CNJ, acerca da regulamentação da necessidade de homologação de sentença estrangeira de divórcio.
Neste sentido, o provimento 53 do CNJ dispõe sobre a averbação direta por Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais da sentença estrangeira de divórcio consensual simples ou puro, no assento de casamento, independentemente de homologação judicial. O art. 1º do referido dispositivo estabelece que:
“A averbação direta no assento de casamento da sentença estrangeira de divórcio consensual simples ou puro, bem como da decisão não judicial de divórcio, que pela lei brasileira tem natureza jurisdicional, deverá ser realizada perante o Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais a partir de 18 de março de 2016.
§ 1º. A averbação direta de que trata o caput desse artigo independe de prévia homologação da sentença estrangeira pelo Superior Tribunal de Justiça e/ou de prévia manifestação de qualquer outra autoridade judicial brasileira.
§ 2º. A averbação direta dispensa a assistência de advogado ou defensor público”.
Contudo, o § 3º do mesmo dispositivo, estabelece:
“A averbação da sentença estrangeira de divórcio consensual, que, além da dissolução do matrimônio, envolva disposição sobre guarda de filhos, alimentos e/ou partilha de bens – aqui denominado divórcio consensual qualificado – dependerá de prévia homologação pelo Superior Tribunal de Justiça.
O Superior Tribunal de Justiça tem entendimento no sentido de que, em sendo divórcio qualificado, deverá haver a homologação de sentença estrangeira de divórcio consensual.
SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA. ARTIGOS 15 E 17 DA LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO. ARTS. 216-C, 216-D E 216-F DO RISTJ. REQUISITOS. PREENCHIMENTO. 1. A regra inserta no art. 961, § 5º, do CPC/2015, de que “[a] sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça”, aplica-se apenas aos casos de divórcio consensual puro ou simples e não ao divórcio consensual qualificado, que dispõe sobre a guarda, alimentos e/ou partilha de bens, nos termos dos artigos 1º e 2º do Provimento n. 56/2016 do Conselho Nacional de Justiça.
2. Na hipótese, trata-se de pedido de homologação de sentença estrangeira de divórcio consensual qualificado, sendo perfeitamente cabível o pedido de homologação realizado nesta Corte.
3. Constam dos autos os documentos necessários ao deferimento do pedido – (i) instrução da petição inicial com o original ou cópia autenticada da decisão homologanda e de outros documentos indispensáveis, devidamente traduzidos por tradutor oficial ou juramentado no Brasil e chancelados pela autoridade consular brasileira; (ii) haver sido a sentença proferida por autoridade competente; (iii) terem as partes sido regularmente citadas ou haver-se legalmente verificado a revelia; (iv) ter a sentença transitado em julgado – além de o conteúdo do título não ofender “a soberania, a dignidade da pessoa humana e/ou ordem pública”.
Inteligência dos artigos 15 e 17 da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro e artigos 216-C, 216-D e 216-F do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça.
4. Sentença estrangeira homologada.
(SEC n. 14.525/EX, relator Ministro Benedito Gonçalves, Corte Especial, julgado em 7/6/2017, DJe de 14/6/2017.)
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA. DIVÓRCIO. ATUAÇÃO DA DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO COMO CURADORA ESPECIAL. PARECER DO MPF PELA EXTINÇÃO DO FEITO EM DECORRÊNCIA DA SUPERVENIENTE PERDA DO INTERESSE DE AGIR, DIANTE DA VIGÊNCIA DO CPC/2015, QUE AFASTOU A IMPRESCINDIBILIDADE DE HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA EM HIPÓTESE DE DIVÓRCIO CONSENSUAL (ART. 961, § 5o.DO CÓDIGO FUX). HIPÓTESE DE DIVÓRCIO CONSENSUAL QUALIFICADO, QUE TRATA O § 3o. DO ART. 1o. DA PORTARIA No. 53/2016 DA CORREGEDORIA NACIONAL DE JUSTIÇA. DISSOLUÇÃO DO VÍNCULO MATRIMONIAL E REGULAMENTAÇÃO DO PATRIMÔNIO DOS EX-CÔNJUGES. REGULARIDADE DA CITAÇÃO POR EDITAL. SENTENÇA ESTRANGEIRA HOMOLOGADA.
1. Trata-se de pedido de Homologação de Sentença Estrangeira proferida pelo Tribunal do Distrito de L’Est Vadois, Cantão do Vaud, Suíça, que determinou a dissolução do vínculo matrimonial, pronunciando o divórcio, e dispôs sobre a partilha de bens do casal.
2. Em seu parecer, o Ministério Público Federal opinou pela extinção do feito diante da alegação da falta de interesse de agir, argumentando que a o Código Fux dispensaria a necessidade de homologação do divórcio consensual pelo STJ, conforme dispõe o art. 961 do CPC/2015.
3. Ocorre, contudo, que o caso configura a hipótese de divórcio consensual qualificado, previsto no Provimento no. 53, de 16.5.2016, da Corregedoria Nacional de Justiça, o que determina o reconhecimento do interesse processual da parte requerente em buscar a homologação da sentença alienígena junto a esta Corte Superior.
3. Passados mais de 5 anos desde o trânsito em julgado da sentença de divórcio consensual, a alegada falta de contato entre os ex-cônjuges constitui fator que justifica razoavelmente a impossibilidade de fornecer dados mais precisos sobre a localização do requerido; especialmente quando não há nos autos nada nada que denotasse qualquer intenção em frustrar a sua citação pessoal.
Regularidade da citação editalícia determinada nos autos após a demonstração, pela parte requerida, da impossibilidade de obtenção do endereço atual da residência do requerente.
4. Sentença estrangeira homologada.
(SEC n. 11.643/EX, relator Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Corte Especial, julgado em 20/6/2018, DJe de 27/6/2018.)
A questão induzia o aluno em erro, pois, inclusive, há notícias no site do Superior Tribunal de Justiça, explicando a diferença, ou seja, que a dispensa da homologação ocorre somente em casos de divórcio consensual puro e simples.
https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias-antigas/2016/2016-05-19_09-20_Averbacao-de-sentenca-estrangeira-de-divorcio-agora-e-direto-no-cartorio.aspx
Neste sentido, equivocou-se a banca examinadora ao formular a questão, não havendo outra resposta correta para a questão, necessitando, assim, que seja anulada e a pontuação conferida a todos os examinandos.

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