Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INSTITUTO TAUBATÉ DE ENSINO SUPERIOR – ITES INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - I.C.S. GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM PAMELA DANIELE RIBEIROS DOS SANTOS - 580.1000. 4089 ATIVIDADES PRATICAS SUPERVISIONADAS TAUBATÉ-SP 2022. PAMELA DANIELE RIBEIROS DOS SANTOS - 580.1000. 4089 ATIVIDADES PRATICAS SUPERVISIONADAS Atividade Prática Supervisionadas para aprovação da disciplina de estágio. Orientadora: Prof. Me. Rosana M. F. Vador TAUBATÉ-SP 2022. RESUMO Este trabalho foi elaborado baseado no o processo de sistematização de enfermagem completo, contendo NANDA, NIC e NOC, o qual respectivamente refere-se, diagnostico de enfermagem, intervenções de enfermagem e resultados de enfermagem, bem como prescrição e evolução de enfermagem., conforme a resolução 358/2009 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), a qual estabelece que em todos os ambientes onde oferece cuidados de enfermagem é obrigatoriamente ter a sistematização da assistência de enfermagem, seja ela publica ou privada, garantindo a padronização do cuidado visando a singularidade de cada paciente. Neste estudo foram abordados cinco casos clínicos, cada um deles contendo uma patologia diferente onde foram a SAE. Palavras-chave: SAE, Diagnostico de Enfermagem, Intervenções de Enfermagem, Resultados de Enfermagem ABSTRACT This work was prepared based on the complete nursing systematization process, containing NANDA, NIC and NOC, which respectively refers to nursing diagnosis, nursing interventions and nursing outcomes, as well as nursing prescription and evolution., as Resolution 358/2009 of the Federal Council of Nursing (COFEN), which establishes that in all environments where nursing care is provided, it is mandatory to have the systematization of nursing care, whether public or private, ensuring the standardization of care aimed at uniqueness of each patient. In this study, five clinical cases were addressed, each one containing a different pathology where the SAE was. Keywords: SAE, Nursing Diagnosis, Nursing Interventions, Nursing Outcomes LISTA DE QUADROS Quadro 1 – NANDA, NIC e NOC para a patologia Anorexia Nervosa .................26 Quadro 2 – NANDA, NIC e NOC para a patologia Trauma Abdominal ...............29 Quadro 3 – NANDA, NIC e NOC para a patologia Osteoporose .........................34 Quadro 4 – NANDA, NIC e NOC para a patologia Choque Cardiogênico ...........37 Quadro 5 – NANDA, NIC e NOC para a patologia Tuberculose .......................42 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...............................................................................................07 2 REVISÃO DE LITERATURA ..........................................................................09 2.1 Patologia: Anorexia Nervosa ....................................................................09 2.2 Patologia: Trauma Abdominal ...................................................................13 2.3 Patologia: Osteoporose ............................................................................16 2.4 Patologia: Choque Cardiogênico ..............................................................19 2.5 Patologia: Tuberculose .............................................................................21 3 OBJETIVOS ...................................................................................................24 3.1 Objetivo geral ...........................................................................................24 3.2 Objetivo específico 24...............................................................................24 4 MÉTODOS .....................................................................................................25 5 RESULTADOS ...............................................................................................26 5.1.1 Caso clinico: Anorexia Nervosa .............................................................26 5.1.2 Evolução de enfermagem ......................................................................28 5.2.1 Caso clinico: Trauma Abdominal ...........................................................29 5.2.2 Evolução de enfermagem ......................................................................32 5.3.1 Caso clinico: Osteoporose .....................................................................33 5.3.2 Evolução de enfermagem ......................................................................36 5.4.1 Caso clinico: Choque Cardiogênico .......................................................36 5.4.2 Evolução de enfermagem ......................................................................40 5.5.1 Caso clinico: Tuberculose ......................................................................41 5.5.1 Evolução de enfermagem ......................................................................45 6 DISCUSSÃO ..................................................................................................47 7 CONCLUSÃO ................................................................................................49 REDERÊNCIAS ................................................................................................50 ANEXO..............................................................................................................53 7 1 INTRODUÇÃO De uma forma geral, consideramos os transtornos alimentares como um conjunto de síndromes cuja característica central é a relação anormal do sujeito com sua alimentação. Dentre eles, a anorexia nervosa se caracteriza pela recusa à alimentação associada a uma alteração na percepção subjetiva da forma e do peso corporais, levando a uma preocupação absolutamente descabida com a possibilidade de ganho ponderal, um comportamento em que uma exagerada restrição alimentar é adotada no sentido de atingir-se um peso e uma forma corporal suficientemente magra segundo. (MINISTERIO DA SAUDE, 2021). O traumatismo abdominal é responsável por um número expressivo de mortes evitáveis. A cavidade intraperitoneal, juntamente com a cavidade torácica, o espaço retroperitoneal (sobretudo na presença de fraturas de bacia) e as fraturas de ossos longos, são os locais do organismo que comportam sangramentos capazes de levar à morte por choque hemorrágico. O mecanismo de trauma, a localização da lesão e o estado hemodinâmico do paciente determinam o momento da avaliação do abdome. (FILHO, 2008). A osteoporose é uma doença osteometabólica caracterizada por diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo com consequente aumento da fragilidade óssea e da susceptibilidade a fraturas. As complicações clínicas da osteoporose incluem não só fraturas, mas também dor crônica, depressão, deformidade, perda da independência e aumento da mortalidade. (SZEJNFELD V.L. 2018) O choque cardiogênico caracteriza-se por uma hipoperfusão tecidual sistêmica devido à incapacidade do músculo cardíaco de gerar um débito adequado às necessidades metabólicas do organismo. O diagnóstico clínico é feito na presença de hipotensão arterial (pressão arterial sistólica inferior a 90mmHg ou 30mmHg abaixo do valor basal) associada a sinais de hipoperfusão tissular, tais como oligúria, alteração do nível de consciência, cianose, extremidades frias e úmidas. A persistência do estado de choque após a correção de fatores miocárdicos e sistêmicos como hipoxemia, arritmias, hipovolemia, distúrbios do equilíbrio ácido-base e eletrolíticos corroboram para8 o diagnóstico de choque cardiogênico. (BUERKE M, PRONDZINSKY R, LEMM H 2006) A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. A forma pulmonar da doença é a mais frequente e de maior relevância para a Saúde Pública, responsável pela manutenção da sua transmissão. No entanto, a tuberculose pode ocorrer em outras partes do corpo (tuberculose extra-pulmonar). O Relatório Mundial da Tuberculose 2019, da Organização Mundial da Saúde (OMS), relata que aproximadamente 10 milhões de casos de tuberculose são registrados todos os anos no mundo. Dados do último relatório da OMS indicam que a tuberculose é a doença infecciosa que mais mata jovens e adultos. (PINTO MFT, STEFFEN R, ENTRINGER A, COSTA, 2017) 9 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Patologia: Anorexia Nervosa A Anorexia caracteriza-se por busca incansável por magreza, medo mórbido da obesidade, imagem distorcida do corpo, e restrição da ingestão relativa à necessidade, levando a peso corporal significativamente baixo. Ela seria definida, inicialmente, por um emagrecimento com duas possibilidades de avaliação: uma perda de peso superior a 15% ou um índice de massa corporal igual ou abaixo de 17,5 (OMS, 1998). Esta perda de peso seria autoinduzida por restrição a alimentos baseada numa distorção da imagem corporal, e associada a um ou mais dos seguintes componentes: vômitos autoinduzidos, purgação autoinduzida, exercício excessivo, anorexígenos ou laxantes. Isso levaria a um transtorno endócrino resultando em amenorréia ou perda da libido em homens e, surgindo antes da puberdade, retardaria a sequência de eventos que lhe é característica. Ao mesmo tempo, os manuais classificatórios são claros quanto à necessidade de se rever o diagnóstico se esses traços forem secundários a outra patologia vigente. (MATA,2008) Alterações endócrinas são comuns na anorexia nervosa, como: • Níveis baixos de hormônios gonadais • Níveis moderadamente reduzidos de tiroxina (T4) e tri-iodotironina (T3) • Aumento da secreção de cortisol A menstruação normalmente cessa, mas a cessação da menstruação não é mais um critério para o diagnóstico. A massa óssea declina. Em pacientes gravemente desnutridos, virtualmente todos os sistemas de órgãos principais podem ser afetados. Mas a suscetibilidade a infecções tipicamente não aumenta. Pode haver desidratação e alcalose metabólica e o potássio e/ou sódio sérico pode estar baixo; tudo isso é agravado por vômitos induzidos e uso de laxantes ou diuréticos. Massa muscular cardíaca, tamanho das câmaras e débito cardíaco diminuem; prolapso de valva mitral é detectado comumente. Alguns pacientes 10 apresentam prolongamento do intervalo QT (mesmo quando corrigido para a frequência cardíaca), o que, com os riscos impostos pelos distúrbios eletrolíticos, pode predispor a taquiarritmias. Morte súbita, mais provavelmente secundária às taquiarritmias ventriculares, pode ocorrer. (MINISTERIO DA SAUDE, 2021). São sintomas característicos da anorexia: • Perda exagerada e rápida de peso sem nenhuma justificativa (nos casos mais graves, o índice de massa corpórea chega a ser inferior a 17); • Recusa em participar das refeições familiares (anoréxicos alegam que já comeram e que não estão mais com fome); • Preocupação exagerada com o valor calórico dos alimentos (os pacientes chegam a ingerir apenas 200 kcal por dia); • Interrupção do ciclo menstrual (amenorreia) e regressão das características femininas; • Atividade física intensa e exagerada; • Depressão, síndrome do pânico, comportamentos obsessivo- compulsivos; • Visão distorcida do próprio corpo (apesar de extremamente magras, essas pessoas julgam estar com excesso de peso); • Pele muito seca e coberta por lanugo. (LIMA, 2007) O diagnóstico de anorexia é classificado como: Critérios clínicos não reconhecer a gravidade do baixo peso corporal e ingestão restritiva são características proeminentes da anorexia nervosa. Pacientes que resistem à avaliação e ao tratamento; em geral, são levados ao médico por membros da família ou por causa de enfermidade intercorrente. Critérios clínicos para o diagnóstico da anorexia nervosa incluem: • Restrição da ingestão de alimentos resultando em peso corporal significativamente baixo • Medo de ganho excessivo de peso ou obesidade (indicado especificamente pelo paciente ou manifestado como um comportamento que interfere no ganho de peso) • Distúrbio da imagem corporal (percepção equivocada do peso e/ou aparência corporal) ou negação da gravidade da doença Em adultos, define-se peso corporal baixo pelo índice de massa corporal (IMC). IMC < 17 kg/m2 é considerado significativamente baixo; IMC 17 a < 18,5 11 kg/m2 pode ser significativamente baixo dependendo do ponto de partida do paciente. Para crianças e adolescentes, utiliza-se o percentil de IMC para a idade; o 5º percentil geralmente é dado como o ponto de corte. Mas também pode-se considerar crianças acima do 5º percentil que não mantiveram sua trajetória de crescimento projetada como atendendo o critério para baixo peso corporal; o percentil de IMC para faixas etárias e tabelas de crescimento padrão estão disponíveis do CDC (Centers for Disease Control and Prevention) (ver CDC Growth Charts). Calculadoras de IMC distintas estão disponíveis para crianças e adolescentes. Os pacientes podem parecer bem e ter poucas alterações, se tiverem alguma, nos exames de sangue. O segredo do diagnóstico é identificar esforços ativos persistentes para evitar ganho de peso e medo intenso de obesidade que não diminui com a perda ponderal. (LIMA, 2007) Diagnóstico diferencial: Outros transtornos mentais, como esquizofrenia ou depressão primária, podem causar perda ponderal e relutância em comer, mas esses transtornos não estão associados à anorexia nervosa e os pacientes com esses transtornos não têm imagem distorcida do corpo. Raramente, um distúrbio físico grave não reconhecido pode causar perda ponderal substancial. As enfermidades a serem consideradas incluem síndromes de má absorção (p. ex., provocadas por doença inflamatória intestinal ou doença celíaca), diabetes tipo 1 de instalação recente, insuficiência adrenal e câncer. O abuso de anfetaminas pode produzir sintomas parecidos. (MATA, 2008). O tratamento da anorexia consiste em: • Suplementação da nutrição • Psicoterapia (p. ex., terapia cognitivo-comportamental TCC]) • Para crianças e adolescentes, tratamento familiar • Às vezes, antipsicóticos de 2ª geração O tratamento da anorexia nervosa pode exigir intervenção a curto prazo que salva a vida e restauração do peso corporal. Quando a perda ponderal for grave, rápida ou quando o peso cair abaixo de cerca de 75% do peso recomendado, a restauração imediata do peso torna-se crucial e a internação deve ser considerada. Se qualquer dúvida existir, o paciente deve ser 12 hospitalizado. Tratamentos ambulatoriais podem incluir diferentes graus de apoio e supervisão e geralmente envolvem uma equipe de profissionais. Suplementação nutricional é frequentemente usada com terapia comportamental que tem objetivos claros de restauração do peso. A suplementação nutricional começa fornecendo cerca de 30 a 40 kcal/kg/dia; pode produzir ganhos de peso de até 1,5 kg/semana durante a internação e 0,5 kg/semana ao longo do tratamento ambulatorial. Ingestão oral de alimentos sólidos é melhor; muitos programas de restauração de peso também usam suplementos líquidos. Pacientes desnutridos muito resistentes ocasionalmente exigem alimentação nasogástrica. Cálcio elementar, 1.200 a 1.500 mg/dia e vitamina D, 600 a 800 UI/dia, são comumente prescritos para perda óssea. (LIMA,2007). Uma vez que os estados nutricional, hídrico e eletrolítico do paciente estejamestabilizados, deve-se iniciar tratamento de longa duração. A terapia psicológica ambulatorial é o cerne do tratamento. Os tratamentos devem enfatizar os resultados comportamentais como alimentação e peso normalizados. O tratamento deve continuar por todo um ano depois de o peso ser restaurado. Os resultados são melhores em adolescentes que apresentam o transtorno < 6 meses. (SAITO, 2006) Terapia familiar, particularmente usando o modelo de Maudsley (também chamado tratamento familiar), é útil para adolescentes. Esse modelo tem 3 fases: 1) Os familiares são ensinados a realimentar o adolescente (p. ex., por meio de refeição familiar supervisionada) e, assim, restaurar o peso do adolescente (em comparação a abordagens anteriores, esse modelo não responsabiliza a família ou o adolescente pelo desenvolvimento do transtorno) 2) O controle sobre a alimentação é gradualmente repassado ao adolescente. 3) Depois que o adolescente for capaz de manter o peso restabelecido, a terapia foca em engendrar identidade adolescente saudável. (SAITO, 2006) O tratamento da anorexia nervosa é complicado pela aversão ao ganho de peso e negação da enfermidade pelo paciente. O médico deve tentar proporcionar um relacionamento estável, interessado e calmo e, ao mesmo tempo, encorajar firmemente um consumo calórico razoável.O tratamento 13 também envolve acompanhamento regular e muitas vezes uma equipe de profissionais de saúde, incluindo nutricionista, que pode fornecer planos específicos de refeição ou informações sobre as calorias necessárias para restaurar o peso a um nível normal.Embora a terapia psicológica seja primária, fármacos são algumas vezes úteis. Olanzapina até 10 mg por via oral uma vez ao dia pode ajudar a ganhar peso. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021) 2.2 Patologia: Trauma Abdominal O trauma abdominal é o sofrimento resultante de uma ação súbita e violenta, exercida contra o abdome por diversos agentes causadores: mecânicos, químicos, elétricos e irradiações. A incidência desse traumatismo vem aumentando progressivamente e sua gravidade é determinada pela lesão de órgãos ou estruturas vitais do abdome e pela associação com outras lesões, principalmente crânio e tórax. O sucesso no manejo do trauma abdominal é caracterizado pela eficiência da abordagem inicial que permite instituir o diagnóstico precoce e o tratamento oportuno das lesões intra-abdominais, quando presentes (FILHO, 2008). Classifica-se esse trauma em dois tipos principais - aberto ou fechado. No aberto existe solução de continuidade da pele; enquanto no fechado, também denominado contusão abdominal, a pele está íntegra, sendo que os efeitos do agente agressor são transmitidos às vísceras através da parede abdominal, ou se dão por contragolpe ou desaceleração. Por sua vez, os traumatismos abertos são subdivididos em penetrantes e não penetrantes na cavidade abdominal. Os ferimentos abdominais abertos são usualmente causados por armas de fogo ou por armas brancas (BARACHO, 2014) Os sinais e sintomas do trauma abdominal incluem: • Dor no local do trauma • Dor abdominal difusa – peritonismo • Rigidez de parede – abdome em tábua • Sinais de choque hipovolêmico • Fraturas de costelas inferiores 14 • Equimoses na parede abdominal e na bolsa escrotal, região dos flancos, ao redor do umbigo. • Hematomas na parede abdominal. • Ferimento na parede do abdome, dorso e no tórax, abaixo do mamilo. • Sinal do “cinto de segurança”. • Sangramento pela uretra, vagina e reto. (FILHO, 2008). Quanto ao diagnóstico: • Avaliação clínica • Muitas vezes, TC ou ultrassonografia Como para todos os pacientes com trauma importante, os médicos fazem uma avaliação completa e organizada do trauma simultânea à reanimação como muitas lesões intra-abdominais cicatrizam sem nenhum tratamento específico, o principal objetivo do médico é identificar as lesões que exigem intervenção. Após a avaliação clínica, alguns pacientes claramente exigem laparotomia exploratória em vez de exames, incluindo aqueles com • Peritonite • Instabilidade hemodinâmica por trauma abdominal penetrante • Ferimentos por arma de fogo • Evisceração Por outro lado, alguns pacientes têm risco muito baixo e podem receber alta ou ficar em observação durante curto período sem nenhum outro exame além da inspeção visual da urina para verificar se há sangramento macroscópico. Esses pacientes geralmente têm trauma abdominal fechado e um mecanismo menor de lesão, sensório normal e nenhuma sensibilidade ou sinal peritoneal; eles devem ser instruídos a retornar imediatamente se a dor piorar. Pacientes com ferimentos na face anterior do abdome por arma branca sem penetração na fáscia também podem ficar em observação por um curto período e receberem alta. (BARACHO, 2014) O tratamento consiste em: • Às vezes, laparotomia para controle da hemorragia, reparo do órgão, ou ambos • Raramente embolização arterial 15 Alguns pacientes hemodinamicamente instáveis requerem laparotomia exploratória imediata conforme descrito anteriormente. Para a maioria dos pacientes que não exige cirurgia imediata, mas nos quais foram identificadas lesões intra-abdominais durante o exame de imagem, as opções terapêuticas são a observação, a embolização angiográfica e, com menos frequência, a intervenção cirúrgica. Antibióticos profiláticos não são indicados quando os pacientes recebem tratamento não cirúrgico. Entretanto, os antibióticos costumam ser administrados antes da exploração cirúrgica quando os pacientes tiverem indicação de cirurgia. (BATISTA, 2011) Durante a observação, os pacientes são examinados várias vezes/dia (de preferência pelo mesmo examinador), e o hemograma completo é feito, tipicamente a cada 4 a 6 h. A avaliação procura identificar hemorragia e peritonite (FILHO, 2008). Hemorragia contínua é sugerida por • Piora do estado hemodinâmico • Necessidade significativa de transfusão contínuas (p. ex., mais de 2 a 4 unidades ao longo de um período de 12 h) • Diminuição significativa do hematócrito (Hct; p. ex., > 10 a 12%) O significado das exigências para transfusão e alterações no hematócrito de certa forma dependem do órgão lesionado e de outras lesões associadas (que também podem ter causado a perda de sangue), bem como das reservas fisiológicas do paciente. No entanto, deve-se considerar em pacientes com suspeita de hemorragia contínua significativa angiografia com embolização ou laparotomia imediata. A peritonite requer investigação adicional por lavagem peritoneal diagnóstica (LPD), TC ou, em alguns casos, laparotomia exploratória. Os pacientes que permanecem estáveis geralmente são transferidos para o quarto ou a enfermaria após 12 a 48 h, dependendo da gravidade da lesão abdominal e de outras lesões. Sua atividade e dieta avança como tolerada. Tipicamente, os pacientes podem receber alta depois de 2 a 3 dias. Eles são instruídos a restringir as atividades por um período mínimo de 6 a 8 semanas. Laparotomia Faz-se laparotomia por causa da natureza inicial da lesão e do estado clínico do paciente (p. ex., instabilidade hemodinâmica) ou por causa de 16 descompensação clínica subsequente. A maioria dos pacientes pode ser submetido a um único procedimento durante o qual controla-se a hemorragia reparam-se as lesões (MINISTERIO DA SAUDE, 2021). Entretanto, os resultados para os pacientes com lesões intra-abdominais extensas submetidos a um procedimento cirúrgico inicial prolongado tendem a ser piores, especialmente quando tem outras lesões graves, estiveram em estado de choque por um período prolongado, ou ambos. Cirúrgico inicial, maior a probabilidade de que esses pacientes desenvolvam a combinação altamente letal de acidose, coagulopatia e hipotermia com subsequente disfunção de múltiplos órgãos. Nesses casos, é possível reduzir a mortalidadese o cirurgião realizar inicialmente um procedimento muito mais breve (denominado cirurgia de controle de danos) no qual controlam-se a hemorragia e o extravasamento entérico (p. ex., por compressa, ligadura, derivação, sutura ou grampeamento do intestino) sem reparo definitivo e com o abdome temporariamente fechado. (MINISTERIO DA SAUDE, 2021) Pode-se obter o fechamento temporário com um sistema fechado de sucção a vácuo, usando toalhas, drenos e grandes curativos biológicos oclusivos, ou utilizando um curativo comercialmente disponível por pressão abdominal negativa. Os pacientes são então estabilizados na unidade de terapia intensiva e levados para remoção dos curativos e reparo cirúrgico definitivo depois do restabelecimento de sua fisiologia normal (particularmente a correção do pH e da temperatura), tipicamente em 24 h, ou antes, se houver agravamento clínico apesar da reanimação. Como os pacientes que exigem procedimentos de controle de danos são aqueles com as lesões mais graves, a mortalidade ainda é significativa e as complicações intra-abdominais subsequentes são comuns. (MINISTERIO DA SAUDE, 2021) 2.3 Patologia: Osteoporose A osteoporose é uma doença sistêmica progressiva caracterizada por diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura, levando ‡ fragilidade do osso e aumentando o risco de fraturas. Existe pouco osso, porém quando presente é normal. Então, a osteoporose é uma doença metabólica do tecido ósseo, caracterizada por perda gradual de massa óssea, que enfraquece 17 os ossos, por deterioração da microarquitetura tecidual, tornando-os mais frágeis e suscetíveis às fraturas. (Oliveira L.G 2002) A definição de osteoporose está também relacionada à alteração dos valores da densitometria óssea devido à perda de massa óssea. Assim, teremos os seguintes termos: osteopenia quando a perda é de 1 a 2,5 desvios padrões (DP) identificados pelo exame; osteoporose, quando a perda é maior do que 2,5 desvios padrões (DP). A densidade mineral óssea reflete a quantidade de mineral quantificada numa área do esqueleto, representando a densidade mineral óssea, expressa em gramas pela área ou volume medidos. A osteoporose pode ser considerada grave quando, além do critério acima referido, já existir uma fratura. As doenças osteometabólicas englobam um grande número de condições clínicas. As situações clínicas em que ocorre osteopenia, mais freqüentemente encontradas no consultório do ortopedista, são a osteoporose e a osteomalácia. A osteoporose é uma diminuição absoluta da massa óssea levando ao risco aumentado da fratura. A osteomalácia é o acúmulo de tecido osteóide não mineralizado no osso trabecular resultante de limitação da deposição do mineral no tecido. (OLIVEIRA L.G 2002) A osteoporose pode ser idiopática quando, então, a condição clínica será denominada osteoporose primária. A osteoporose poderá ocorrer também como uma doença secundária a uma série de condições clínicas, como, por exemplo, anormalidades endócrinas e neoplasias. A osteoporose primária é subdividida em: 1) osteoporose pós-menopausa - ou tipo I 2) osteoporose senil - relacionada com a idade do indivíduo - ou tipo II A osteoporose secundária pode ocorrer nas seguintes condições clínicas: hiperparatiroidismo, diabetes mellitus, ingestão de corticosteróides, menopausa cirúrgica, tumores da medula óssea e mieloma múltiplo. (SZEJNFELD V.L. 2018) Os Fatores de risco para a osteoporose: a) Genéticos e biológicos: ° História familiar ° Raça branca ° Escoliose ° Osteogênese imperfeita 18 ° Menopausa precoce b) Comportamentais e ambientais: • Alcoolismo • Tabagismo • Inatividade - sedentarismo • Má nutrição • Baixa ingestão de cálcio • Amenorréia induzida por excesso de exercícios • Dieta com alta ingestão de fibras • Dieta com alta ingestão de fosfatos (SZEJNFELD V.L. 2018) Os Sinais e sintomas: a osteoporose é doença insidiosa que pode evoluir durante muitos anos sem ocorrer qualquer sintoma. Então, a doença é assintomática, a não ser que ocorra uma fratura. Como já dissemos, as fraturas mais comuns na osteoporose são as seguintes: fratura por compressão vertebral; fratura do punho e da região do quadril e da extremidade proximal do fêmur, além das fraturas dos arcos costais, da bacia ou do úmero. A manifestação clínica de uma fratura do corpo vertebral, por compressão, será dor na região dorsolombar, que piora com o caminhar e a movimentação do paciente, melhorando com o repouso. Entretanto, lembramos que as fraturas vertebrais poderão ser completamente assintomáticas, principalmente em relação à dor, sendo a queixa do paciente a diminuição de sua altura e a presença de uma deformidade vertebral - cifose. As demais fraturas apresentarão o quadro clínico de emergência característico para cada uma delas. (SZEJNFELD V.L. 2018) O objetivo primário do tratamento da osteoporose é a prevenção. Devemos dar ênfase à fase de formação máxima de massa óssea, o "pico de massa óssea", que ocorre entre os 20 e os 30 anos de idade. Então, o trabalho de prevenção será realizado entre as crianças e os adolescentes e, também, com os adultos jovens, chamando a atenção para a necessidade de nutrição adequada, para a prática constante de exercícios físicos e para a adequada ingestão de cálcio e de vitamina D. (PEARSON D., MILLER C.G 2002) 19 A prevenção da osteoporose deve começar na adolescência com a combinação de exercícios físicos apropriados, dieta adequada e a adoção de um padrão de vida saudável. Segundo Notelovitz, foi proposto um "triângulo terapêutico" que poderá ser utilizado pelas mulheres de qualquer idade e cujos tópicos consistem em: exercícios - para estimular a formação de osso "novo"; boa nutrição - cálcio - para a melhor mineralização do tecido neoformado; e concentração normal de estrogênios - para equilibrar a velocidade de perda óssea(9). A ingestão de cálcio e a administração suplementar de vitamina D devem fazer parte de qualquer regime terapêutico para a osteoporose. Todos os pacientes com perda óssea, ou em potencial de risco para perda, devem ser aconselhados a ingerir cálcio e vitamina D, ou a usar suplementos equivalentes. O Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos Estados Unidos propõe as dosagens diárias de cálcio recomendadas, que estão no quadro. (PEARSON D., MILLER C.G 2002) A terapia com estrogênio na pós-menopausa está associada a redução de 40% a 50% no risco de fraturas do quadril relacionadas à doença e de, aproximadamente, 90% no risco de fraturas vertebrais nos estudos publicados. Portanto, podemos classificar a terapia de reposição hormonal (TRH) como o tratamento ideal - fisiológico - da osteoporose. Cumpre salientar que essa reposição hormonal também é aprovada como método de prevenção da osteoporose. (PEARSON D., MILLER C.G 2002) 2.4 Patologia: Choque Cardiogênico O choque cardiogênico caracteriza-se por uma hipoperfusão tecidual sistêmica devido à incapacidade do músculo cardíaco de gerar um débito adequado às necessidades metabólicas do organismo. O diagnóstico clínico é feito na presença de hipotensão arterial (pressão arterial sistólica inferior a 90mmHg ou 30mmHg abaixo do valor basal) associada a sinais de hipoperfusão tissular, tais como oligúria, alteração do nível de consciência, cianose, extremidades frias e úmidas. A persistência do estado de choque após a correção de fatores miocárdicos e sistêmicos como hipoxemia, arritmias, hipovolemia, distúrbios do equilíbrio ácido-base e eletrolíticos corroboram para o diagnóstico de choque cardiogênico. Esta complexa síndrome clínica pode ter 20 múltiplas causas, ser de instalação aguda ou ser a expressão final da evolução do quadro de disfunção ventricular crônica. (BUERKE M, PRONDZINSKY R, LEMM H 2006) A disfunção cardíaca em pacientes com choque cardiogênicogeralmente é deflagrada por isquemia miocárdica, com oclusão de uma artéria coronária e perda de massa muscular miocárdica. A hipotensão resultante da perda de massa muscular pode provocar hipoperfusão de áreas miocárdicas ainda viáveis, contribuindo assim para a piora da função ventricular. (BUERKE M, PRONDZINSKY R, LEMM H 2006) Os sinais e sintomas incluem: • Respiração rápida; • Aumento exagerado do batimento cardíaco; • Desmaio repentino; • Pulso fraco; • Suor sem causa aparente; • Pele pálida; • Pés e mãos frios; • Diminuição da quantidade de urina. (TOPALIAN S, GINSBERG F 2008) Os achados laboratoriais mais sugestivos de choque são acidose metabólica, hiperlactatemia e hipoxemia. Outros achados comuns são leucocitose ou leucopenia, discrasia sanguínea, aumento de escórias nitrogenadas e transaminases. maneira geral. Os critérios hemodinâmicos para o diagnóstico de choque cardiogênico são pressão capilar pulmonar acima de 18mmHg; índice cardíaco inferior a 1,8; índice de resistência vascular sistêmica acima de 2000 e diferença arteriovenosa de oxigênio acima de 5,5. (TOPALIAN S, GINSBERG F 2008) Comumente o tratamento é realizado com: • Vasopressores, como adrenalina, noradrenalina ou dopamina, para tratar a pressão arterial baixa; 21 • Agentes inotrópicos, como dobutamina, dopamina ou milrinona, que ajudam a melhorar o bombeamento do coração, e geralmente são usado até que os outros remédios comecem seu efeito; • Ácido acetilsalicílico, para diminuir o risco de formação de coágulos e facilitar a circulação do sangue; • Antiagregantes plaquetários, como clopidogrel ou tirofibana, para prevenir a formação de coágulos no sangue; • Anticoagulantes, como heparina, para diminuir a capacidade de coagulação do sangue e prevenção da formação de coágulos; • Diuréticos, como furosemida ou espironolactona, para diminuir a quantidade de líquidos no pulmão. (HOCHMAN JS, SLEEPER LA, WEBB JG 2006) 2.5 Patologia: Tuberculose A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A doença é causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch (em homenagem ao Dr. Robert Koch, descobridor da causa da doença). Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK). Outras espécies de micobactérias também podem causar a tuberculose. São elas: Mycobacterium bovis, africanum e microti. (PINTO MFT, STEFFEN R, ENTRINGER A, COSTA, 2017) Alguns pacientes não exibem nenhum indício da doença, outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns anos (ou meses). Contudo, na maioria dos infectados, os sinais e sintomas mais freqüentemente descritos são tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre baixa, geralmente, à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza; e prostração. Os casos graves apresentam dificuldade na respiração; eliminação de grande quantidade de 22 sangue, colapso do pulmão e acúmulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmão) – se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor torácica. (BRASIL, 2018) A transmissão é direta, de pessoa a pessoa, portanto, a aglomeração de pessoas é o principal fator de transmissão. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o. Má alimentação, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo, uso de drogas ilícitas ou qualquer outro fator que gere baixa resistência orgânica, também favorece o estabelecimento da doença. (PINTO MFT, STEFFEN R, ENTRINGER A, COSTA, 2017) O tratamento é à base de antibióticos e tem duração de seis meses. É 100% eficaz, mas não pode haver abandono nem irregularidade. Muitas vezes o paciente não recebe o devido esclarecimento e acaba desistindo antes do tempo, por sentir melhora acentuada já nas primeiras semanas de terapia. Para evitar o abandono do tratamento é importante que o paciente seja acompanhado por equipes com médicos, enfermeiros, assistentes sociais e visitadores devidamente preparados, sendo indicado o regime de Tratamento Diretamente Observado (TDO), em que o profissional de saúde acompanha e observa a correta ingestão dos medicamentos. O tratamento irregular pode complicar a doença e resultar no desenvolvimento de tuberculose resistente às drogas utilizadas e, portanto, mais difícil de ser tratada. (PINTO MFT, STEFFEN R, ENTRINGER A, COSTA, 2017) A principal maneira de prevenir a tuberculose é com a vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin), disponível gratuitamente no SUS. Essa vacina deve ser dada às crianças ao nascer, ou, no máximo, até 04 anos, 11 meses e 29 dias de idade e protege contra as formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a meníngea. Ainda como medida preventiva, é necessário avaliar familiares e outros contatos do paciente para que não desenvolvam a forma ativa da tuberculose. (SOARES MLM, AMARAL NAC, ZACARIAS ACP, RIBEIRO LKNP. 2014) A tuberculose é um dos agravos fortemente influenciados pelos determinantes sociais, apresentando relação direta com a pobreza e a exclusão social. Assim, além dos fatores relacionados ao sistema imunológico de cada pessoa e à exposição ao bacilo, o adoecimento, muitas vezes, está ligado às 23 condições precárias de vida, afetando grupos populacionais em situações de maior vulnerabilidade, como: • Indígenas; • Pessoas privadas de liberdade • Pessoas que vivem com HIV/aids; • Pessoas em situação de rua. (SOARES MLM, AMARAL NAC, ZACARIAS ACP, RIBEIRO LKNP. 2014) 24 3 OBJETIVOS 3.1 Objetivo geral: Realizar levantamento bibliográfico sobre as seguintes patologias Anorexia Nervosa, Trauma Abdominal, Osteoporose, Choque Cardiogênico e Tuberculose. 3.2 Objetivo específico: Redigir cinco estudos de caso sobre as patologias apresentadas no levantamento bibliográfico e desenvolver a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). 25 4 MÉTODOS O método utilizado tem como finalidade a elaboração de instrumentos com finalidade de intervir na qualidade das ações desenvolvidas pela equipe de enfermagem. Trata-se de uma didática com ênfase ao cuidado. Não se tratar de uma pesquisa com envolvimento direto de seres humanos, esclarece-se que este projeto não foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Portanto, não foram utilizados dados relativos aos sujeitos ou descrições sobre situações assistenciais (apenas a tecnologia produzida). Foi realizada uma pesquisa bibliográfica por meio das fontes de busca constituídas pelos recursos eletrônicos nas bases de dados: Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Biblioteca eletrônica Scientific Eletronic Library On-line (SciELO), publicados no período de 1999 a 2021. As palavras chaves utilizadas foram: sistematização de enfermagem, diagnósticos de enfermagem, assistência de enfermagem. A coleta dos dados aconteceu no decorrer dos meses de fevereiro a maio de 2022. Os resultados estão apresentados por meio da Sistematização da Assistência em Enfermagem – SAE 26 5 RESULTADOS 5.1.1 Caso clinico: Anorexia Nervosa LE.W. sexo feminino, solteira, 15 anos, com diagnóstico de anorexia nervosa há 2 anos. Histórico de duas internações anteriores com quadro semelhante; na internação atual, apresenta inapetência há 10 dias, taquicardia (93 a 110 bpm), com extrassístoles frequentes(conta-se mais de 4/min no pulso radial), febril (38 a 39,3°C). Ao exame fisico, apresenta-se emagrecida (perda ponderal de 12 kg em 3 meses, IMC = 15). Tontura, dispneia aos esforços (FR = 30 a 34 rpm), palidez cutaneomucosa. Apresenta-se isolada, pouco comunicativa, com aparência entristecida. À entrevista, relata que, ao olhar no espelho, se sente gorda, além de episódios recorrentes de icterícia, sendo que há 3 semanas da internação tem dificuldade para realizar seu autocuidado devido à fraqueza generalizada e adinamia. Relata diurese normal com disúria. Evacuação ausente há 1 semana. Quadro 1: NANDA, NIC E NOC para anorexia nervosa. NANDA NIC NOC PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM Nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corpóreas Características definidoras: perda Manter atividades sem julgamentos Administração de dieta por sonda Avaliar coloração da pele Manter estabilidade psicológica Manter alimentação saudável Manter nutrição Verificar sinais vitais – MTN Manter cabeceira da cama elevada 45º – Continuo 27 ponderal de 12 kg em 3 meses, inapetência, IMC abaixo do ideal (MC - 15), palidez cutaneomucosa, hiponatremia, hipocalemia, hipoglicemia, hipocalcemia Fatores relacionados: fatores psicológicos e incapacidade de ingerir os alimentos. Pesar paciente no mesmo horário – manhã Colaborar com outros membros da equipe para a elaboração de um plano de cuidado – continuo Fadiga Características definidoras: cansaço, incapacidade de manter as rotinas habituais. Fatores relacionados: má nutrição, ansiedade, depressão. Avaliar padrão de sono Estimular repouso Evitar fadiga Evitar fadiga Verificar sinais vitais – MTN Manter ambiente calmo e tranquilo – continuo Observar sinais de cianose – continuo Distúrbio na imagem corporal Avaliar os sentimentos de desesperança Manter bom sentimento relacionado a Verificar sinais vitais – MTN 28 Características definidoras: verbalização de percepções que refletem uma visão alterada do próprio corpo na aparência (refere que, ao se olhar no espelho, se sente gorda). Fator relacionado: doença (anorexia). Manter paciente atualizado sobre seu caso clinico Manter bom relacionamento paciente/funcionários. imagem corporal Manter boa comunicação Manter bom relacionamento com o paciente – continuo Oferta de conversa terapêutica – continuo Ajudar paciente a estabelecer metas para si e criar um plano controlável para alcançar essas metas, uma de cada vez, progredindo do simples para o mais complexo. 5.1.1 Evolução de Enfermagem 2 DIH por anorexia, paciente encontra-se deitada no leito com grades e cabeceiras elevadas, consciente, orientada, eupneica em ar ambiente, mantendo dieta enteral, pálida, emagrecida e desidrata. Afebril no momento. Mantendo SNE em narina direita (04/05/2022) infundindo dieta. AVP em membro superior esquerdo em foça cubital, sem sinais flogisticos. Ao exame físico: Neuro: Glasgow 15, pupilas isocóricas e foto reagentes. Aparelho Respiratório: MV+, sem ruídos adventícios. Aparelho cardíaco: BCNF2TS/ sopro. Abdome: escavado, indolor a palpação superficial e profunda, ruídos hidroaéreos presentes. Tecido tegumentar: pele integra. Sem edemas. Paciente relada fezes 29 e diurese presente. Paciente segue sob os cuidados da enfermagem. AC ENF ITES Pamela. 5.2.1 Caso clinico: Trauma Abdominal Paciente do sexo masculino, 20 anos, branco, estudante, natural e residente de Taboão da Serra, São Paulo, deu entrada no pronto atendimento do hospital com queixas de dor abdominal e em membros inferiores devido à trauma. O paciente foi trazido pelo SAMU, que já havia estabilizado a cervical e realizado o XABCDE do trauma, foi classificado em 14 na escala de Glasgow. O médico do SAMU informou que o paciente havia súbito no telhado a fim de concertar a antena de TV da casa de seus pais, de onde acabou caindo. Durante a admissão do paciente, iniciou-se uma reavaliação de seu estado de saúde. Ao exame físico, o paciente se encontrava em regular estado geral, hipocorado +/4+, lúcido, orientado no tempo e espaço e com fácies de dor. As vias aéreas se encontravam pérvias, o tórax não apresentava sinais de trauma, a expansibilidade encontrava-se preservada e não havia alterações na palpação e percussão do órgão. O abdome não apresentava hematomas, cicatrizes ou hérnias, não havia alterações na ausculta. Paciente apresentava dor à palpação, com sinal de descompressão brusca positiva, além de percussão maciça no hipocôndrio esquerdo. O paciente apresentava-se hipotenso (80×50 mmHg), taquicárdico (120 bpm) e taquipneico (25 irpm). Durante a realização da reavaliação do paciente, o mesmo apresentou uma descompensação hemodinâmica, evoluindo para um Glasgow de 7. Por conta de seus sinais semiológicos, o paciente foi classificado em choque hipovolêmico grau III, foi solicitado um FAST, que deu positivo para hemoperitônio. Quadro 2: NANDA, NIC E NOC para Trauma Abdominal NANDA NIC NOC PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM 30 Risco de infecção Fatores de risco: destruição de tecidos e trauma por colisão de automóvel. Intensificar os cuidados com a assepsia. Observar sinais e sintomas infecciosos Evitar infecção Verificar sinais e sintomas – MTN Realizar lavagens das mãos antes e após cada procedimento – sempre que necessário Realizar troca de fixação de AVP visualizando possíveis sinais flogisticos - cada 72h Débito cardíaco diminuído Características definidoras: taquicardia (P 126), pele fria, ansiedade, resistência vascular sistêmica aumentada. Fatores relacionados: Administrar O2 por máscara. Manter permeabilidade das vias aéreas, Manter aquecimento corpóreo e do ambiente. Manter debito cardíaco A administrar solução cristaloide aquecida a 39°C – sempre que necessário Monitorar sinais vitais -MTN Monitorar débito urinário. – MTN 31 hipovolemia consequente à hemorragia interna. Manter cabeceira elevada – continuo Perfusão tissular ineficaz Características definidoras: Cardiopulmonar: taquipneia (FR = 32), taquicardia (P = 126), hematoma em região torácica. Periférica: pulso fraco, descorado +++/4+, sudorese fria, pressão sanguínea diminuída (PA - 90x 50). Renais: pressão sanguínea diminuída (PA = 90 x 50) e anúria. Gastrointestinais: sons intestinais diminuídos e Avaliar perfusão periférica. Manter monitoração da saturação por meio de oximetria de pulso. Monitorar débito urinário. Avaliar perfusão periférica. Manter nível de perfusão tissular periférica Avaliar exames laboratoriais (gasometria/ hemograma) e comunicar se houver alterações na pO,, pCO, e pH – quando necessário Preparar material para cateterização vesical e proceder à realização do procedimento – quando necessário Realizar verificação de sinais vitais – MTN Coletar sangue para hemograma, 32 hematoma em região abdominal esquerda. Fator relacionado: trauma toracoabdominal fechado. tipagem sanguínea e prova cruzada, conforme prescrição médica, para posterior hemotransfusão. – Quando necessário Risco de desequilíbrio na temperatura corporal Fatores de risco: taxa metabólica alterada, trauma que afeta a regulação da temperatura (hipotermia). Infundir solução aquecida de cristaloide a 39°C Controlarsangramentos internos e externos. Aquecer a sala Manter temperatura corporal Verificar sinais vitais e comunicar caso haja quadro de hipotermia – MTN Controlar sangramentos internos e externos – quando necessário Retirar roupas úmidas – quando necessário. 5.2.2 Evolução de Enfermagem 1 DIH por trauma abdominal, paciente encontra-se deitado no leito com grades elevadas e cabeceiras baixas, confuso, desorientado, eupneica em máscara de oxigênio, mantendo dieta enteral, pálido e desidrato. Afebril no momento. Mantendo SNE em narina esquerda infundindo dieta. AVP em membro superior 33 esquerdo em foça cubital, mantendo soroterapia com ringer lactato, sem sinais flogisticos. Mantendo SVD Ao exame físico: Neuro: Glasgow 7, pupilas isocóricas e foto reagentes. Aparelho Respiratório: MV+, sem ruídos adventícios. Aparelho cardíaco: BCNF2TS/ sopro. Abdome: escavado, edemaciado, dolor a palpação superficial e profunda, ruídos hidroaéreos presentes. Tecido tegumentar: escoriações na coluna. Acompanhante relada fezes presentes. Paciente segue sob os cuidados da enfermagem. AC ENF ITES Pamela. 5.3 Caso clinico: Osteoporose L.F,, 82 anos, sexo feminino, viúva, três filhos, branca, em 3º dia pós- operatório (PO) de artroplastia de quadril direito pós-fratura de colo de fêmur. Apresentava antecedentes de hipertensão arterial sistêmica (HAS) controlada, dislipidemia, hipotireoidismo e osteoporose diagnosticada há 5 anos, sem tratamento. Paciente contou que estava no domicílio e apresentou queda da própria altura quando auxiliava sua filha no preparo do almoço. Tinha relato de duas quedas no último ano, mas não procurou atendimento médico porque só teve algumas escoriações nos braços. Desde o primeiro dia, apresentou quadros de agitação psicomotora, alucinações visuais, agressividade e déficit de atenção, principalmente no período noturno, que melhoraram com o uso de 0,5 mg de haloperidol por via oral (VO). Ao exame físico, apresentava: estado geral regular, consciente, desorientada temporalmente, queixando-se de dor moderada no local da ferida operatória, descorada, desidratada +/++++, acianótica, anictérica, afebril (temperatura máxima 36,6ºC), discretamente hipertensa (PAM 150/90 mmHg), bulhas rítmicas normofonéticas (BRNF) nos dois tempos, sem sopros, frequência cardíaca (FC) 110 bpm, MV presentes bilateralmente sem ruídos adventícios (RA) com frequência respiratória (FR) 16 rpm. Aceita bem a dieta. Não evacua há 3 dias. IMC =18kg/m. Exames laboratoriais: ureia = 20 mg/dl; creatinina = 0,8 mg/dl; potássio (K+) = 3,5mEq/I; hemoglobina (Hb) = 10 g/dl e glicemia 90 mg/dl. 34 Quadro 3: NANDA, NIC E NOC para Osteoporose NANDA NIC NOC PRSCRIÇÃO DE ENFERMAGEM Confusão aguda Características definidoras: variações do nível de consciência e de agitação psicomotora, alucinações visuais, agressividade e déficit de atenção. Fatores relacionados: idade Avançada. Identificar os fatores presentes, como episódios de febre, dor, infecção, modificações do ambiente, ruídos desconhecidos e visitas em excesso. Evitar confusão Verificar sinais vitais – MTN Conversar com a família e obter informações sobre o estado mental basal do paciente – Continuo Providenciar calendário e relógio adequados ao déficit visual para favorecer a orientação temporal – Continuo Dor aguda Características definidoras: alteração na pressão sanguínea (PA = 150x90. mmHg), evidência Realizar uma avaliação da dor que inclua: local, características, início, duração, frequência, intensidade ou gravidade da dor e os Evitar dor Manter paciente em bom estado geral Verificação dos sinais vitais – MTN Aplicar mais de uma escala de dor – se necessário 35 observada de dor, relato verbal de dor moderada no local da ferida operatória, mudança na frequência cardíaca (110 bpm). Fator relacionado: incisão cirúrgica. fatores precipitantes. Administrar analgésico (tramado)) rigorosamente nos horários prescritos. Observar indicadores não verbais de desconforto – se necessário Veríficar efeitos colaterais do analgésico prescrito (náusea, vômito, xerostomia, sonolência etc). Risco de queda Fatores de risco: história de quedas, idade acima de 65 anos (82 anos), condições pós- operatórias, equilíbrio prejudicado, força diminuída nas extremidades inferiores, uso de medicações (haloperidol, tramadol, enalapril, confusão aguda. Manter ambiente iluminado. Afastar objetos e retirar tapetes. Manter acompanhamento contínuo de familiar ou cuidador. Evitar queda Verificar sinais vitais – MTN Manter grades do leito elevadas- continuo Manter uma campainha ao lodo do cliente – continuo Manter cortinas abertas para entrar claridade – durante o dia 36 Risco para infecção Fatores de risco: procedimentos invasivos (artroplastia de quadril, punção venosa), ferida operatória. Monitorar sinais e sintomas locais e sistêmicos de infecção (hiperemia no local da incisão, drenagem de exsudato da ferida cirúrgica, febre, taquicardia e resultados do hemograma, sinais flogísticos no local da punção venosa). Evitar infecção Verificar sinais vitais – MTN Verificar sinais de flebite no AVP – MTN Trocar punção venosa e conexões - cada 72 horas. 5.3.2 Evolução de Enfermagem 1 DIH por osteoporose, paciente encontra-se deitado no leito com grades elevadas e cabeceiras elevadas, lucida, orientada, eupneica em ar ambiente mantendo dieta via oral, sem restrições, corada e hidratada. Afebril no momento. Mantendo AVP em membro superior esquerdo em foça cubital, mantendo soroterapia com analgésicos, sem sinais flogisticos. Ao exame físico: Neuro: Glasgow 15, pupilas isocóricas e foto reagentes. Aparelho Respiratório: MV+, sem ruídos adventícios. Aparelho cardíaco: BCNF2TS/ sopro. Abdome: globoso, indolor a palpação superficial e profunda, ruídos hidroaéreos presentes. Tecido tegumentar: integro. Paciente relada fezes e urina presentes. Paciente segue sob os cuidados da enfermagem. AC ENF ITES Pamela 5.4.1 Caso clinico: Choque Cardiogênico 37 'O.V.P, sexo masculino, casado, 62 anos. Admitido na sala de emergência referindo precordialgia há cerca de 1 hora, sem irradiação, acompanhada de náusea e episódios de vômito. A dor referida apresentava escore 8 na escala numérica. Portador de hipertensão arterial há 10 anos, dislipidemia há 5 anos e ex-tabagista (parou de fumar há 1 ano). Em uso de atorvastatina, atenolol, ranitidina e captopril. O paciente apresentou-se consciente, orientado, com palidez cutânea e diaforese profusa. À ausculta cardíaca, bulhas rítmicas normofonéticas em dois tempos sem sopros. Ausculta pulmonar: murmúrios vesiculares presentes sem ruídos adventícios. Sinais vitais: frequência cardíaca (FC) = 105 em ritmo regular, pressão arterial (PA) em membro superior direito (MSD) = membro superior esquerdo (MSE) = 70/50 mmHg. Constatou-se no ECG um infradesnivelamento do segmento ST em V1-V6. Na sala de emergência, recebeu oxigenoterapia, AAS e analgesia com morfina. Apresentou parada cardiorrespiratória por taquicardia ventricular sem pulso, sendo desfibrilado com 200 J, evoluindo em fibrilação ventricular refratária. Após repetidas desfibrilações e manobras de reanimação cardiopulmonar, retornou em ritmo sinusal com suprades nivelamento do segmento ST de V1-V6. Solicitada cinecoronariografia, que apresentou artéria coronária descendente anterior ocluída no terço proximal e as demais artérias sem lesões obstrutivas. Realizada trombectomiacom cateter extrator de trombos e angioplastia com implante de dois stents farmacológicos com sucesso (TIMI III). Foi realizada a administração de Reoproº durante o procedimento. Após restabelecimento do fluxo anterógrado, permaneceu hipotenso (PAM = 40 mmHg) com sinais de baixa perfusão sistêmica, sendo necessária introdução de noradrenalina em doses progressivas. Nesse momento, optou-se pela instalação de balão intra-aórtico (BIA). Foram colhidas amostras de sangue para exames TP, TTPA e TCA, com resultados no limite terapêutico. Encaminhado para a unidade de terapia intensiva (UTI). Quadro 4: NANDA, NIC E NOC para Choque Cardiogênico NANDA NIC NOC PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM 38 Débito cardíaco diminuído (com uso do BIA) Características definidoras: pulsos periféricos diminuídos ou ausentes, mudança da coloração e da temperatura da pele, ritmo e frequência cardíaca alterados, PAM = 40 mmHa. Fatores relacionados: ritmo, frequência e volume. de ejeção alterados consequentes à contratilidade alterada, pós-carga alterada. Supervisionar pressão arterial média (PAM) entre 65 e 75 mmHg. Verificar a programação correta do balão intra-aórtico (insuflação e desinsuflação), mantendo 1os eletrodos cardíacos em posição correta no tórax para garantir o sincronismo. Manter debito cardíaco estável Verificar sinais vitais – MTN Manter restritos os membros superiores e o membro inferior do lado em que o balão estiver inserido. Manter paciente em repouso absoluto Perfusão tissular ineficaz Características definidoras: (Cardiopulmonares: PA = 70 x 50 mmHg, PAM = 40 mmHg, tempo de reenchimento capilar maior que 3 Avaliar ruídos hidroaéreos; se diminuídos ou ausentes, comunicar. Manter extremidade canulada em posição reta, Manter perfusão tissular Verificar sinais vitais – MTN Medir o débito urinário, analisando aspecto, (cor e odor da urina – continuo 39 segundos, precordialgia e arritrmias. Cerebrais: estado mental alterado e mudanças na resposta motora. Periféricas: características de pele alteradas, pulso fraco ou ausente, descolorações de pele, mudanças na temperatura da pele, mudanças na pressão sanguínea, pulsações arteriais diminuídas. Fatores relacionados: interrupção do fluxo venoso e arterial por parada cardiorrespiratória consequente à “oclusão da artéria coronária descendente anterior. evitando fletir o quadril. Manter a cabeceira da cama em um ângulo de 15º ou menos - continuo 40 Risco para infecção Fatores de risco: procedimentos invasivos (artroplastia de quadril, punção venosa), ferida operatória. Monitorar sinais e sintomas locais e sistêmicos de infecção (hiperemia no local da incisão, drenagem de exsudato da ferida cirórgica, febre, taquicardia e resultados do hemograma, sinais flogísticos no local da punção venosa). Evitar infecção Verificar sinais vitais – MTN Verificar sinais de flebite no AVP – MTN Trocar punção venosa e conexões - cada 72 horas. Proteção ineficaz Características definidoras: alteração da coagulação. Fator relacionado: terapias medicamentosas (uso de anticoagulantes e trombolíticos). Monitorar exames de coagulação. Verificar prescrição medica de terapia com anticoagulante e realizar administração CPM Monitorar sinais de sangramento (mucosas, Sítio de inserção do balão intra- aórtico, eliminações vesicointestinais).- continuo Verificar sinais vitais - MTN 5.4.2 Evolução de Enfermagem 41 2 DIH por choque cardiogênico, paciente encontra-se deitado no leito com grades elevadas e cabeceiras elevadas, lucido, orientado, eupneica em oxigênio tipo óculo, mantendo dieta via oral, sem restrições, pálido e hidratada. Afebril no momento. Mantendo AVP em membro superior esquerdo em foça cubital, mantendo soroterapia, sem sinais flogisticos. Ao exame físico: Neuro: Glasgow 13, pupilas isocóricas e foto reagentes. À ausculta cardíaca, bulhas rítmicas normofonéticas em dois tempos sem sopros. Ausculta pulmonar: murmúrios vesiculares presentes sem ruídos adventícios. Sinais vitais: frequência cardíaca (FC) = 105 em ritmo regular, pressão arterial (PA) em membro superior direito (MSD) = membro superior esquerdo (MSE) = 70/50 mmHg. Constatou-se no ECG um infradesnivelamento do segmento ST em V1-V6. AC ENF ITES Pamela 5.5.1 Caso clinico Tuberculose Durante a visita domiciliária (VD) mensal a uma família composta por marido desempregado, esposa que cuida do lar, um bebê de 3 meses, um filho de 6 anos e avô paterno de 67 anos de idade, aposentado, o agente comunitário de saúde (ACS) detectou uma situação preocupante: o pai, de 35 anos de idade, tosse muito. O ACS indagou sobre há quanto tempo a tosse existe, e obteve a resposta de que surgiu nas últimas 3 semanas e que é acompanhada de catarro. O paciente acredita ser um resfriado comum e persistente devido à ausência de alimentação adequada e à falta de apetite, por isso não procurou ajuda profissional. Na Unidade de Saúde da Família (USF), foi comunicado à equipe do Programa de Saúde da Família (PSF) e providenciado o agendamento imediato de uma consulta com o médico da equipe. Ao exame físico, encontra- se orientado no tempo e no espaço, acianótico, com palidez cutaneomucosa moderada, peso = 54 kg, altura = 1,77 cm, temperatura = 38ºC, dispneico aos esforços, tórax simétrico, sem abaulamento, retrações, respiração toracoabdominal, predominantemente abdominal, frequência respiratória (FR) = 26 rpm, tosse com expectoração com aspecto mucoide, hemoptise, fraqueza, dor torácica pleurítica durante a palpação bimanual, murmúrio vesicular reduzido e estertores grossos sobre o lobo superior direito, permanecendo após expiração completa e tosse. Frequência cardíaca (FC) = 84 bpm, bulhas normofonéticas, 42 sem sopros. Pressão arterial (PA) = 130/80 mmHg, Sistema nervoso: sem alterações, reflexos profundos normais. Sistema osteoarticular: sem alteração. Refere sudorese noturna, emagrecimento de 10 kg em 5 meses e febre vespertina. Foram realizados os exames de laboratório de baciloscopia (BK) do escarro, com resultado positivo (+++) e a prova tuberculínica (PPD) com área de enduração de 12 mm. A radiografia evidenciou lesão em ápice do pulmão direito. Após a definição do tipo de caso, o tratamento proposto seguiu as recomendações do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, do Ministério da Saúde, com o Esquema 1: fase intensiva de 2 meses: rifampicina 600 mg/dia, isoniazida 300 mg/dia, pirazinamida 1.600 mg/dia e etambuto] 1.100 mg/dia); utilizar quatro comprimidos em dose fixa combinada. Fase de manutenção de 4 meses: rifampicina 600 mg/dia, isoniazida 400 mg/dia; utilizar duas cápsulas. Quadro 5: NANDA, NIC E NOC para Tuberculose. NANDA NIC NOC PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM Hipertermia Característica definidora: aumento da temperatura corpórea acima da faixa normal temperatura: 38ºO). Fator relacionado: quadro infeccioso com foco pulmonar. Orientar paciente sobre como verificar a temperatura. Realizar banho momo, se temperatura acima de 38ºC. Manter temperatura corporal Verificar sinais vitais – MTN Monitorar a temperatura axilar, comunicar acima de 38ºC. – continuo Encorajar ingestão de líquidos. – continuo 43 Administrar medicamento antipirético - se necessário. Melhorar ou aumentar a circulação de ar no ambiente domiciliar – continuo Nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corpóreas Características definidoras:perda de peso de 10 kg em 5 meses, faita de interesse por alimentar-se, palidez utaneomucosa moderada, relato de falta de alimentos. Fatores relacionados: anorexia, falta de recursos. Monitorar semanalmente o peso e avaliar o estado nutricional. Recomendar o consumo de refeições fracionadas. Manter nutrição Verificar sinais vitais – MTN Verificar turgor da pele – Manhã Ressaltar a importância de uma dieta nutritiva e procurar soluções adequadas à realidade do paciente – continuo 44 Desobstrução ineficaz de vias aéreas Características definidoras: tosse produtiva há 3 semanas, dispneia aos esforços, FR = 26 tPm, expectoração mucoide, hemoptise, diminuição de murmúrio vesicular e presença de estertores grossos em lobo Fatores relacionados: lesão em ápice de pulmão direito evidenciada pela radiografia de tórax e processo infeccioso evidenciado por BK de escaro posítivo e prova tuberculínica com rea de enduração de 12mm. Monitorar a capacidade do paciente para tossir de forma efetiva. Fornecer oxigênio suplementar se necessário. Manter oxigenação adequada Verificação de sinais vitais – MTN Monitorar os sons respiratórios, produção de escarro, frequência respiratória e esforço respiratório. – 3X ao dia Incentivar o repouso e a prevenção de esforço. - continuo 45 Risco de controle ineficaz do regime terapêutico Fatores de risco: dificuldade para manter terapêutica medicamentosa, complexidade do regime terapêutico. Monitorar adesão ao tratamento medicamentoso. Participar na observação de ingestão dos medicamentos, contagem semanal dos comprimidos ou outros programas para melhorar a adesão ao tratamento. Manter terapia medicamentosa Verificar sinais vitais – MTN Orientação sobre importância de manter terapia medicamentosa – continuo Investigar condições de vida, disponibilidade de transporte, condição financeira, abuso de álcool e drogas, motivos que podem afetar a adesão ao tratamento. 5.5.2 Evolução de Enfermagem 2 DIH por Tuberculose, paciente encontra-se deitado no leito com grades e cabeceiras elevadas, lucido, consciente e orientado em tempo e espaço, corado e hidratado, eupneico em ar ambiente. Ao exame físico, encontra-se orientado no tempo e no espaço, acianótico, com palidez cutaneomucosa moderada, peso = 54 kg, altura = 1,77 cm, temperatura = 38ºC, dispneico aos esforços, tórax simétrico, sem abaulamento, retrações, respiração toracoabdominal, predominantemente abdominal, frequência respiratória (FR) = 26 rpm, tosse com expectoração com aspecto mucoide, hemoptise, fraqueza, dor torácica pleurítica durante a palpação bimanual, murmúrio vesicular reduzido e estertores grossos 46 sobre o lobo superior direito, permanecendo após expiração completa e tosse. Frequência cardíaca (FC) = 84 bpm, bulhas normofonéticas, sem sopros. Pressão arterial (PA) = 130/80 mmHg, Sistema nervoso: sem alterações, reflexos profundos normais. Sistema osteoarticular: sem alteração. Paciente refere fezes e urinas presentes, segue sob cuidados da enfermagem. AC ENF ITES Pamela 47 6 DISCUSSÃO A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma metodologia de organização, planejamento e execução de ações sistematizadas, que são realizadas pela equipe durante o período em que o indivíduo se encontra sob a assistência de enfermagem, “essa metodologia foi introduzida, inicialmente nas décadas de 1920 e 30, nos cursos de enfermagem, particularmente no ensino dos estudos de caso e no planejamento de cuidados individualizados”. No Brasil, a SAE começou a ser implantada com maior ênfase em alguns Serviços de Enfermagem nas décadas de 1970 e 80, por Wanda de Aguiar Horta. (SANTOS, MAP. DIAS, PL. GONZAGA, MFN. 2017) Hoje em dia a Resolução do Conselho Federal de Enfermagem considera a SAE, uma atividade privativa do enfermeiro, que utiliza método e estratégia de trabalho científico para a identificação das situações de saúde/doença. Ela subsidia ações de assistência de enfermagem e contribui para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo, família e comunidade. A SAE favorece o aumento na qualidade prestada ao cliente, consolida e dá subsídio à profissão. (OLIVEIRA, RS. et al. 2015) O sucesso da implementação da SAE nas Unidades de Saúde depende principalmente do interesse da Direção de enfermagem em adotar a sistemática, pois os projetos de aplicação da SAE tendem a trazer resultados favoráveis para o paciente, e possuem boa aceitação dos componentes das equipes, de enfermagem e interdisciplinares, portanto não basta que as chefias de enfermagem determinem o que deve ser feito: é indispensável que a iniciativa seja aceita e adotada por todos os profissionais da categoria interessados em aprender a planejar os cuidados de enfermagem; além da importância de serem estabelecidos critérios específicos de ação. (OLIVEIRA, ML. PAULA, TR. FREITAS, JB. 2007) O esclarecimento, treinamento e capacitação da equipe multiprofissional na relação e forma de trabalho é uma estratégia que precisa envolver os diferentes profissionais na dinâmica. Tal atividade deve ser motivante e de incentivo para todos, pois da participação e envolvimento de todos depende o sucesso da SAE nas Unidades de Saúde. Isto porque a SAE traz como prioridade um novo arquétipo teórico para a prática assistencial, fazendo com 48 que a atuação dos profissionais de enfermagem seja cientificamente coerente, deste modo, conclui que a SAE representa a construção dinâmica de um novo espaço profissional voltado para um sistema de valor social e cultural que pressupõe a superação do conformismo, da fragmentação e da burocratização, a fim de estimular a liberação da criatividade e da subjetividade, tendo em vista a percepção da realidade, com consequente mudança no perfil profissional do enfermeiro. (SANTOS, WN. 2014) 49 7 CONCLUSÃO Essencialmente, a SAE permite organizar o cuidado a partir da adoção de um método sistematizado, que proporciona ao enfermeiro estrutura para a tomada de decisão durante a assistência de enfermagem, tornando-a mais científica e menos intuitiva. Contudo, conclui-se que o profissional de enfermagem, deve dispor de um grande leque nas habilidades e competências, dentre as quais técnico-científico, assumindo-as de forma equânime, interdependente e autônoma. A constante procura pelo conhecimento e a sua integração permitem o alcance do “Saber- Saber”, “Saber-Fazer” e “Saber-Ser". 50 REDERÊNCIAS Brasil. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Ministério da Saúde (Org.). III Diretrizes para Tuberculose da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Jornal Brasileiro de Pneumologia. Brasília, p. 1018- 1048. out. 2009Acesso em 08 abril. 2022. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v35n10/v35n10a11.pdf>. Buerke M, Prondzinsky R, Lemm H. Estudo prospectivo e randomizado IABP SHOCK: efeitos hemodinâmicos da contra pulsação do balão intra-aórtico em pacientes com infarto agudo do miocárdio complicado por choque cardiogênico. Circulation. 2007;116:434. Acesso em: 10 de mai de 2022. Disponível em: https://bjhbs.hupe.uerj.br/WebRoot/pdf/177_pt.pdf Hochman JS, Sleeper LA, Webb JG. Revascularização precoce e sobrevida a longo prazo no choque cardiogênico complicando o infarto agudo do miocárdio. JAMA 2006; 295: 2511-15. 7. Acesso em: 10 de maide 2022. Disponível em: https://www.cepeti.com.br/arq/materialCientifico/cepeti-choque- cardiogenico-pdf-86161514.pdf Lima, G. G.; Gutierra, B. C. C. Anorexia: fome de nada. In: SIMPOSIO INTERNACIONAL DO ADOLESCENTE, 1., 2005, São Paulo. Anais eletrônicos. Acesso em: 01 de maio de 2022. Disponível em:<http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC0 000000082 005000200037&lng=pt&nrm=abn>. MANUAL MSD- MINSTERIO DA SAUDE. ANOREXIA NERVOSA. 2021Merck & Co., Inc., Rahway, NJ, EUA e suas afiliadas. Todos os direitos reservados. Acesso em: 20 de março de 2022. Disponivel em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/transtornos- psiqui%C3%A1tricos/transtornos-alimentares/anorexia-nervosa Mata, GF. Schmidt, E. Anorexia nervosa: uma revisão. Fractal: revista de psicologia, V.20- n2, p 387-400, jul/dez 2008. Acesso em: 30 de mar de 2022. https://bjhbs.hupe.uerj.br/WebRoot/pdf/177_pt.pdf https://www.cepeti.com.br/arq/materialCientifico/cepeti-choque-cardiogenico-pdf-86161514.pdf https://www.cepeti.com.br/arq/materialCientifico/cepeti-choque-cardiogenico-pdf-86161514.pdf https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-alimentares/anorexia-nervosa https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-alimentares/anorexia-nervosa 51 Disponível em:https://www.scielo.br/j/fractal/a/MZ3GNDhYHLFLbfD8fCjBZtN/?lang=pt Oliveira L.G.: Osteoporose: Guia para Diagnóstico, Prevenção e Tratamento. Rio de Janeiro, Revinter, 2002. 08 de mai de 2022. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/10375338/ Oliveira, Ml. Paula, Tr. Freitas, Jb. Evolução Histórica da Assistência de Enfermagem. Artigo de Revisão, 2007. Acesso em: 09 de mar de 2022. Disponível em: https://universo-enfer.webnode.com/_files/200000088- b8d42bac81/TEORIAS%20DE%20ENFER%20E%20SAE.pdf Oliveira, RS. et al. Reflexões Sobre As Bases Científicas E Fundamentação Legal Para Aplicação Da Sistematização Do Cuidado De Enfermagem. Revista UNIABEU, 2015. Acesso em 03 mar de 2022. Disponível em: file:///C:/Users/danie/Downloads/1912-7926-1-PB.pdf Pearson D., Miller C.G.: Clinical Trials in Osteoporosis. London, Springer- Verlag, 2002. 08 de mai de 2022. Disponível em: https://rbo.org.br/detalhes/24/pt-BR/osteoporose--atualizacao-no-diagnostico-e- principios-basicos-para-o-tratamento Pinto MFT, Steffen R, Entringer A, Costa. Impacto orçamentário da incorporação do GeneXpert MTB/RIF para diagnóstico de tuberculose pulmonar na perspectiva do Sistema Único de Saúde, Brasil 2017. Acesso em 10 de mai de 2022. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/WvBtRNWbkvVqfQtXyMYyPHC/?lang=pt#:~:text=F oi%20realizada%20an%C3%A1lise%20de%20sensibilidade,11%25%20entre% 202015%20e%202017. Saito, J. T.; Fagundes-Neto, U. Anorexia Nervosa. The Electronic Journal of Pediatric,Gastroenterology, Nutrition and Liver Diseases, São Paulo, v. 8, n. 3, set. 2004. Acesso em: 12 de março de 2022. Disponível em: <http://www.e- gastroped.com.br/sept04/anorexianervosa.htm> https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/10375338/ https://universo-enfer.webnode.com/_files/200000088-b8d42bac81/TEORIAS%20DE%20ENFER%20E%20SAE.pdf https://universo-enfer.webnode.com/_files/200000088-b8d42bac81/TEORIAS%20DE%20ENFER%20E%20SAE.pdf file:///C:/Users/danie/Downloads/1912-7926-1-PB.pdf https://rbo.org.br/detalhes/24/pt-BR/osteoporose--atualizacao-no-diagnostico-e-principios-basicos-para-o-tratamento https://rbo.org.br/detalhes/24/pt-BR/osteoporose--atualizacao-no-diagnostico-e-principios-basicos-para-o-tratamento 52 Santos, Map. Dias, Pl. Gonzaga, Mfn. Processo De Enfermagem” Sistematização Da Assistência De Enfermagem – Sae. Revista Saúde em Foco, 2017. Acesso em: 28 de mar de 2022. Disponível em: https://portal.unisepe.com.br/unifia/wpcontent/uploads/sites/10001/2018/06/075 _processodeenfermagem.pdf Santos, WN. Sistematização Da Assistência De Enfermagem: O Contexto Histórico, O Processo E Obstáculos Da Implantação. Manag Prim Health Care, 2014. Acesso em 16 de mar de 2022. Disponível em: C:/Users/danie/Downloads/leonardocarnut,+4Sistematizacao+da+assistencia+d e+enfermagem.pdf. Soares MLM, Amaral NAC, Zacarias ACP, Ribeiro LKNP. Aspectos sociodemográficos e clínico-epidemiológicos do abandono do tratamento de tuberculose em Pernambuco, Brasil, 2001-2014. Epidemiol. Serv. Saude, Brasília, 26(2):369-378, abr-jun 2017. Acesso em 12 de mai de 2022. Disponível em:https://www.scielo.br/j/ress/a/QtrGccK7vnGdYwgL36wQtwD/?format=pdf&la ng=pt Szejnfeld V.L.: "Epidemiologia da osteoporose e fraturas". In: Szejnfeld V.L.: Osteoporose: diagnóstico e tratamento. São Paulo, Sarvier, p. 63-74, 2000. 08 de mai de 2022. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-308744 Topalian S, Ginsberg F. Choque cardiogênico. Crit Care Med. 2008; 36[Suppl.]:S66–S74. 8. Acesso em: 10 de mai de 2022. Disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/abc/1999/7204/72040002.pdf https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-308744 53 ANEXO
Compartilhar