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INSTITUTO TAUBATÉ DE ENSINO SUPERIOR – ITES 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - I.C.S. 
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
 
PAMELA DANIELE RIBEIROS DOS SANTOS - 580.1000. 4089 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADES PRATICAS SUPERVISIONADAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TAUBATÉ-SP 
2022. 
 
PAMELA DANIELE RIBEIROS DOS SANTOS - 580.1000. 4089 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADES PRATICAS SUPERVISIONADAS 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade Prática 
Supervisionadas para aprovação 
da disciplina de estágio. 
Orientadora: Prof. Me. Rosana 
M. F. Vador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TAUBATÉ-SP 
2022. 
 
RESUMO 
 
Este trabalho foi elaborado baseado no o processo de sistematização de 
enfermagem completo, contendo NANDA, NIC e NOC, o qual respectivamente 
refere-se, diagnostico de enfermagem, intervenções de enfermagem e 
resultados de enfermagem, bem como prescrição e evolução de enfermagem., 
conforme a resolução 358/2009 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), 
a qual estabelece que em todos os ambientes onde oferece cuidados de 
enfermagem é obrigatoriamente ter a sistematização da assistência de 
enfermagem, seja ela publica ou privada, garantindo a padronização do cuidado 
visando a singularidade de cada paciente. Neste estudo foram abordados cinco 
casos clínicos, cada um deles contendo uma patologia diferente onde foram a 
SAE. 
 
 
 
Palavras-chave: SAE, Diagnostico de Enfermagem, Intervenções de 
Enfermagem, Resultados de Enfermagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
This work was prepared based on the complete nursing systematization process, 
containing NANDA, NIC and NOC, which respectively refers to nursing diagnosis, 
nursing interventions and nursing outcomes, as well as nursing prescription and 
evolution., as Resolution 358/2009 of the Federal Council of Nursing (COFEN), 
which establishes that in all environments where nursing care is provided, it is 
mandatory to have the systematization of nursing care, whether public or private, 
ensuring the standardization of care aimed at uniqueness of each patient. In this 
study, five clinical cases were addressed, each one containing a different 
pathology where the SAE was. 
 
 
Keywords: SAE, Nursing Diagnosis, Nursing Interventions, Nursing Outcomes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 – NANDA, NIC e NOC para a patologia Anorexia Nervosa .................26 
Quadro 2 – NANDA, NIC e NOC para a patologia Trauma Abdominal ...............29 
Quadro 3 – NANDA, NIC e NOC para a patologia Osteoporose .........................34 
Quadro 4 – NANDA, NIC e NOC para a patologia Choque Cardiogênico ...........37 
Quadro 5 – NANDA, NIC e NOC para a patologia Tuberculose .......................42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ...............................................................................................07 
2 REVISÃO DE LITERATURA ..........................................................................09 
 2.1 Patologia: Anorexia Nervosa ....................................................................09 
 2.2 Patologia: Trauma Abdominal ...................................................................13 
 2.3 Patologia: Osteoporose ............................................................................16 
 2.4 Patologia: Choque Cardiogênico ..............................................................19 
 2.5 Patologia: Tuberculose .............................................................................21 
3 OBJETIVOS ...................................................................................................24 
 3.1 Objetivo geral ...........................................................................................24 
 3.2 Objetivo específico 24...............................................................................24 
4 MÉTODOS .....................................................................................................25 
5 RESULTADOS ...............................................................................................26 
 5.1.1 Caso clinico: Anorexia Nervosa .............................................................26 
 5.1.2 Evolução de enfermagem ......................................................................28 
 5.2.1 Caso clinico: Trauma Abdominal ...........................................................29 
 5.2.2 Evolução de enfermagem ......................................................................32 
 5.3.1 Caso clinico: Osteoporose .....................................................................33 
 5.3.2 Evolução de enfermagem ......................................................................36 
 5.4.1 Caso clinico: Choque Cardiogênico .......................................................36 
 5.4.2 Evolução de enfermagem ......................................................................40 
 5.5.1 Caso clinico: Tuberculose ......................................................................41 
 5.5.1 Evolução de enfermagem ......................................................................45 
6 DISCUSSÃO ..................................................................................................47 
7 CONCLUSÃO ................................................................................................49 
REDERÊNCIAS ................................................................................................50 
ANEXO..............................................................................................................53 
 
 
7 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
De uma forma geral, consideramos os transtornos alimentares como um 
conjunto de síndromes cuja característica central é a relação anormal do sujeito 
com sua alimentação. Dentre eles, a anorexia nervosa se caracteriza pela recusa 
à alimentação associada a uma alteração na percepção subjetiva da forma e do 
peso corporais, levando a uma preocupação absolutamente descabida com a 
possibilidade de ganho ponderal, um comportamento em que uma exagerada 
restrição alimentar é adotada no sentido de atingir-se um peso e uma forma 
corporal suficientemente magra segundo. (MINISTERIO DA SAUDE, 2021). 
O traumatismo abdominal é responsável por um número expressivo de 
mortes evitáveis. A cavidade intraperitoneal, juntamente com a cavidade 
torácica, o espaço retroperitoneal (sobretudo na presença de fraturas de bacia) 
e as fraturas de ossos longos, são os locais do organismo que comportam 
sangramentos capazes de levar à morte por choque hemorrágico. O mecanismo 
de trauma, a localização da lesão e o estado hemodinâmico do paciente 
determinam o momento da avaliação do abdome. (FILHO, 2008). 
A osteoporose é uma doença osteometabólica caracterizada por 
diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo 
com consequente aumento da fragilidade óssea e da susceptibilidade a fraturas. 
As complicações clínicas da osteoporose incluem não só fraturas, mas também 
dor crônica, depressão, deformidade, perda da independência e aumento da 
mortalidade. (SZEJNFELD V.L. 2018) 
O choque cardiogênico caracteriza-se por uma hipoperfusão tecidual 
sistêmica devido à incapacidade do músculo cardíaco de gerar um débito 
adequado às necessidades metabólicas do organismo. O diagnóstico clínico é 
feito na presença de hipotensão arterial (pressão arterial sistólica inferior a 
90mmHg ou 30mmHg abaixo do valor basal) associada a sinais de hipoperfusão 
tissular, tais como oligúria, alteração do nível de consciência, cianose, 
extremidades frias e úmidas. A persistência do estado de choque após a 
correção de fatores miocárdicos e sistêmicos como hipoxemia, arritmias, 
hipovolemia, distúrbios do equilíbrio ácido-base e eletrolíticos corroboram para8 
 
o diagnóstico de choque cardiogênico. (BUERKE M, PRONDZINSKY R, LEMM 
H 2006) 
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria 
Mycobacterium tuberculosis. A forma pulmonar da doença é a mais frequente e 
de maior relevância para a Saúde Pública, responsável pela manutenção da sua 
transmissão. No entanto, a tuberculose pode ocorrer em outras partes do corpo 
(tuberculose extra-pulmonar). O Relatório Mundial da Tuberculose 2019, da 
Organização Mundial da Saúde (OMS), relata que aproximadamente 10 milhões 
de casos de tuberculose são registrados todos os anos no mundo. Dados do 
último relatório da OMS indicam que a tuberculose é a doença infecciosa que 
mais mata jovens e adultos. (PINTO MFT, STEFFEN R, ENTRINGER A, COSTA, 
2017) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
 
2.1 Patologia: Anorexia Nervosa 
 
A Anorexia caracteriza-se por busca incansável por magreza, medo 
mórbido da obesidade, imagem distorcida do corpo, e restrição da ingestão 
relativa à necessidade, levando a peso corporal significativamente baixo. Ela 
seria definida, inicialmente, por um emagrecimento com duas possibilidades de 
avaliação: uma perda de peso superior a 15% ou um índice de massa corporal 
igual ou abaixo de 17,5 (OMS, 1998). Esta perda de peso seria autoinduzida por 
restrição a alimentos baseada numa distorção da imagem corporal, e associada 
a um ou mais dos seguintes componentes: vômitos autoinduzidos, purgação 
autoinduzida, exercício excessivo, anorexígenos ou laxantes. Isso levaria a um 
transtorno endócrino resultando em amenorréia ou perda da libido em homens 
e, surgindo antes da puberdade, retardaria a sequência de eventos que lhe é 
característica. Ao mesmo tempo, os manuais classificatórios são claros quanto 
à necessidade de se rever o diagnóstico se esses traços forem secundários a 
outra patologia vigente. (MATA,2008) 
Alterações endócrinas são comuns na anorexia nervosa, como: 
• Níveis baixos de hormônios gonadais 
• Níveis moderadamente reduzidos de tiroxina (T4) e tri-iodotironina 
(T3) 
• Aumento da secreção de cortisol 
A menstruação normalmente cessa, mas a cessação da menstruação não 
é mais um critério para o diagnóstico. A massa óssea declina. Em pacientes 
gravemente desnutridos, virtualmente todos os sistemas de órgãos principais 
podem ser afetados. Mas a suscetibilidade a infecções tipicamente não aumenta. 
Pode haver desidratação e alcalose metabólica e o potássio e/ou sódio sérico 
pode estar baixo; tudo isso é agravado por vômitos induzidos e uso de laxantes 
ou diuréticos. Massa muscular cardíaca, tamanho das câmaras e débito cardíaco 
diminuem; prolapso de valva mitral é detectado comumente. Alguns pacientes 
10 
 
apresentam prolongamento do intervalo QT (mesmo quando corrigido para a 
frequência cardíaca), o que, com os riscos impostos pelos distúrbios eletrolíticos, 
pode predispor a taquiarritmias. Morte súbita, mais provavelmente secundária às 
taquiarritmias ventriculares, pode ocorrer. (MINISTERIO DA SAUDE, 2021). 
São sintomas característicos da anorexia: 
• Perda exagerada e rápida de peso sem nenhuma justificativa (nos 
casos mais graves, o índice de massa corpórea chega a ser inferior a 17); 
• Recusa em participar das refeições familiares (anoréxicos alegam 
que já comeram e que não estão mais com fome); 
• Preocupação exagerada com o valor calórico dos alimentos (os 
pacientes chegam a ingerir apenas 200 kcal por dia); 
• Interrupção do ciclo menstrual (amenorreia) e regressão das 
características femininas; 
• Atividade física intensa e exagerada; 
• Depressão, síndrome do pânico, comportamentos obsessivo-
compulsivos; 
• Visão distorcida do próprio corpo (apesar de extremamente 
magras, essas pessoas julgam estar com excesso de peso); 
• Pele muito seca e coberta por lanugo. (LIMA, 2007) 
O diagnóstico de anorexia é classificado como: 
Critérios clínicos não reconhecer a gravidade do baixo peso corporal e 
ingestão restritiva são características proeminentes da anorexia nervosa. 
Pacientes que resistem à avaliação e ao tratamento; em geral, são levados ao 
médico por membros da família ou por causa de enfermidade intercorrente. 
Critérios clínicos para o diagnóstico da anorexia nervosa incluem: 
• Restrição da ingestão de alimentos resultando em peso corporal 
significativamente baixo 
• Medo de ganho excessivo de peso ou obesidade (indicado 
especificamente pelo paciente ou manifestado como um comportamento que 
interfere no ganho de peso) 
• Distúrbio da imagem corporal (percepção equivocada do peso e/ou 
aparência corporal) ou negação da gravidade da doença 
Em adultos, define-se peso corporal baixo pelo índice de massa corporal 
(IMC). IMC < 17 kg/m2 é considerado significativamente baixo; IMC 17 a < 18,5 
11 
 
kg/m2 pode ser significativamente baixo dependendo do ponto de partida do 
paciente. 
Para crianças e adolescentes, utiliza-se o percentil de IMC para a idade; 
o 5º percentil geralmente é dado como o ponto de corte. Mas também pode-se 
considerar crianças acima do 5º percentil que não mantiveram sua trajetória de 
crescimento projetada como atendendo o critério para baixo peso corporal; o 
percentil de IMC para faixas etárias e tabelas de crescimento padrão estão 
disponíveis do CDC (Centers for Disease Control and Prevention) (ver CDC 
Growth Charts). Calculadoras de IMC distintas estão disponíveis para crianças 
e adolescentes. Os pacientes podem parecer bem e ter poucas alterações, se 
tiverem alguma, nos exames de sangue. O segredo do diagnóstico é identificar 
esforços ativos persistentes para evitar ganho de peso e medo intenso de 
obesidade que não diminui com a perda ponderal. (LIMA, 2007) 
Diagnóstico diferencial: 
Outros transtornos mentais, como esquizofrenia ou depressão primária, 
podem causar perda ponderal e relutância em comer, mas esses transtornos não 
estão associados à anorexia nervosa e os pacientes com esses transtornos não 
têm imagem distorcida do corpo. Raramente, um distúrbio físico grave não 
reconhecido pode causar perda ponderal substancial. As enfermidades a serem 
consideradas incluem síndromes de má absorção (p. ex., provocadas por 
doença inflamatória intestinal ou doença celíaca), diabetes tipo 1 de instalação 
recente, insuficiência adrenal e câncer. O abuso de anfetaminas pode produzir 
sintomas parecidos. (MATA, 2008). 
O tratamento da anorexia consiste em: 
• Suplementação da nutrição 
• Psicoterapia (p. ex., terapia cognitivo-comportamental TCC]) 
• Para crianças e adolescentes, tratamento familiar 
• Às vezes, antipsicóticos de 2ª geração 
O tratamento da anorexia nervosa pode exigir intervenção a curto prazo 
que salva a vida e restauração do peso corporal. Quando a perda ponderal for 
grave, rápida ou quando o peso cair abaixo de cerca de 75% do peso 
recomendado, a restauração imediata do peso torna-se crucial e a internação 
deve ser considerada. Se qualquer dúvida existir, o paciente deve ser 
12 
 
hospitalizado. Tratamentos ambulatoriais podem incluir diferentes graus de 
apoio e supervisão e geralmente envolvem uma equipe de profissionais. 
Suplementação nutricional é frequentemente usada com terapia 
comportamental que tem objetivos claros de restauração do peso. A 
suplementação nutricional começa fornecendo cerca de 30 a 40 kcal/kg/dia; 
pode produzir ganhos de peso de até 1,5 kg/semana durante a internação e 0,5 
kg/semana ao longo do tratamento ambulatorial. Ingestão oral de alimentos 
sólidos é melhor; muitos programas de restauração de peso também usam 
suplementos líquidos. Pacientes desnutridos muito resistentes ocasionalmente 
exigem alimentação nasogástrica. Cálcio elementar, 1.200 a 1.500 mg/dia e 
vitamina D, 600 a 800 UI/dia, são comumente prescritos para perda óssea. 
(LIMA,2007). 
Uma vez que os estados nutricional, hídrico e eletrolítico do paciente 
estejamestabilizados, deve-se iniciar tratamento de longa duração. A terapia 
psicológica ambulatorial é o cerne do tratamento. Os tratamentos devem 
enfatizar os resultados comportamentais como alimentação e peso 
normalizados. O tratamento deve continuar por todo um ano depois de o peso 
ser restaurado. Os resultados são melhores em adolescentes que apresentam o 
transtorno < 6 meses. (SAITO, 2006) 
Terapia familiar, particularmente usando o modelo de Maudsley (também 
chamado tratamento familiar), é útil para adolescentes. Esse modelo tem 3 fases: 
1) Os familiares são ensinados a realimentar o adolescente (p. ex., 
por meio de refeição familiar supervisionada) e, assim, restaurar o peso do 
adolescente (em comparação a abordagens anteriores, esse modelo não 
responsabiliza a família ou o adolescente pelo desenvolvimento do transtorno) 
2) O controle sobre a alimentação é gradualmente repassado ao 
adolescente. 
3) Depois que o adolescente for capaz de manter o peso 
restabelecido, a terapia foca em engendrar identidade adolescente saudável. 
(SAITO, 2006) 
O tratamento da anorexia nervosa é complicado pela aversão ao ganho 
de peso e negação da enfermidade pelo paciente. O médico deve tentar 
proporcionar um relacionamento estável, interessado e calmo e, ao mesmo 
tempo, encorajar firmemente um consumo calórico razoável.O tratamento 
13 
 
também envolve acompanhamento regular e muitas vezes uma equipe de 
profissionais de saúde, incluindo nutricionista, que pode fornecer planos 
específicos de refeição ou informações sobre as calorias necessárias para 
restaurar o peso a um nível normal.Embora a terapia psicológica seja primária, 
fármacos são algumas vezes úteis. Olanzapina até 10 mg por via oral uma vez 
ao dia pode ajudar a ganhar peso. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021) 
 
 
2.2 Patologia: Trauma Abdominal 
 
O trauma abdominal é o sofrimento resultante de uma ação súbita e 
violenta, exercida contra o abdome por diversos agentes causadores: 
mecânicos, químicos, elétricos e irradiações. A incidência desse traumatismo 
vem aumentando progressivamente e sua gravidade é determinada pela lesão 
de órgãos ou estruturas vitais do abdome e pela associação com outras lesões, 
principalmente crânio e tórax. O sucesso no manejo do trauma abdominal é 
caracterizado pela eficiência da abordagem inicial que permite instituir o 
diagnóstico precoce e o tratamento oportuno das lesões intra-abdominais, 
quando presentes (FILHO, 2008). 
Classifica-se esse trauma em dois tipos principais - aberto ou fechado. No 
aberto existe solução de continuidade da pele; enquanto no fechado, também 
denominado contusão abdominal, a pele está íntegra, sendo que os efeitos do 
agente agressor são transmitidos às vísceras através da parede abdominal, ou 
se dão por contragolpe ou desaceleração. Por sua vez, os traumatismos abertos 
são subdivididos em penetrantes e não penetrantes na cavidade abdominal. Os 
ferimentos abdominais abertos são usualmente causados por armas de fogo ou 
por armas brancas (BARACHO, 2014) 
Os sinais e sintomas do trauma abdominal incluem: 
• Dor no local do trauma 
• Dor abdominal difusa – peritonismo 
• Rigidez de parede – abdome em tábua 
• Sinais de choque hipovolêmico 
• Fraturas de costelas inferiores 
14 
 
• Equimoses na parede abdominal e na bolsa escrotal, região dos 
flancos, ao redor do umbigo. 
• Hematomas na parede abdominal. 
• Ferimento na parede do abdome, dorso e no tórax, abaixo do 
mamilo. 
• Sinal do “cinto de segurança”. 
• Sangramento pela uretra, vagina e reto. (FILHO, 2008). 
 
Quanto ao diagnóstico: 
• Avaliação clínica 
• Muitas vezes, TC ou ultrassonografia 
Como para todos os pacientes com trauma importante, os médicos fazem 
uma avaliação completa e organizada do trauma simultânea à reanimação como 
muitas lesões intra-abdominais cicatrizam sem nenhum tratamento específico, o 
principal objetivo do médico é identificar as lesões que exigem intervenção. 
Após a avaliação clínica, alguns pacientes claramente exigem laparotomia 
exploratória em vez de exames, incluindo aqueles com 
• Peritonite 
• Instabilidade hemodinâmica por trauma abdominal penetrante 
• Ferimentos por arma de fogo 
• Evisceração 
Por outro lado, alguns pacientes têm risco muito baixo e podem receber 
alta ou ficar em observação durante curto período sem nenhum outro exame 
além da inspeção visual da urina para verificar se há sangramento macroscópico. 
Esses pacientes geralmente têm trauma abdominal fechado e um mecanismo 
menor de lesão, sensório normal e nenhuma sensibilidade ou sinal peritoneal; 
eles devem ser instruídos a retornar imediatamente se a dor piorar. Pacientes 
com ferimentos na face anterior do abdome por arma branca sem penetração na 
fáscia também podem ficar em observação por um curto período e receberem 
alta. (BARACHO, 2014) 
O tratamento consiste em: 
• Às vezes, laparotomia para controle da hemorragia, reparo do 
órgão, ou ambos 
• Raramente embolização arterial 
15 
 
 Alguns pacientes hemodinamicamente instáveis requerem laparotomia 
exploratória imediata conforme descrito anteriormente. Para a maioria dos 
pacientes que não exige cirurgia imediata, mas nos quais foram identificadas 
lesões intra-abdominais durante o exame de imagem, as opções terapêuticas 
são a observação, a embolização angiográfica e, com menos frequência, a 
intervenção cirúrgica. Antibióticos profiláticos não são indicados quando os 
pacientes recebem tratamento não cirúrgico. Entretanto, os antibióticos 
costumam ser administrados antes da exploração cirúrgica quando os pacientes 
tiverem indicação de cirurgia. (BATISTA, 2011) 
Durante a observação, os pacientes são examinados várias vezes/dia (de 
preferência pelo mesmo examinador), e o hemograma completo é feito, 
tipicamente a cada 4 a 6 h. A avaliação procura identificar hemorragia e peritonite 
(FILHO, 2008). 
Hemorragia contínua é sugerida por 
• Piora do estado hemodinâmico 
• Necessidade significativa de transfusão contínuas (p. ex., mais de 
2 a 4 unidades ao longo de um período de 12 h) 
• Diminuição significativa do hematócrito (Hct; p. ex., > 10 a 12%) 
O significado das exigências para transfusão e alterações no hematócrito 
de certa forma dependem do órgão lesionado e de outras lesões associadas 
(que também podem ter causado a perda de sangue), bem como das reservas 
fisiológicas do paciente. No entanto, deve-se considerar em pacientes com 
suspeita de hemorragia contínua significativa angiografia com embolização ou 
laparotomia imediata. 
A peritonite requer investigação adicional por lavagem peritoneal 
diagnóstica (LPD), TC ou, em alguns casos, laparotomia exploratória. 
Os pacientes que permanecem estáveis geralmente são transferidos para 
o quarto ou a enfermaria após 12 a 48 h, dependendo da gravidade da lesão 
abdominal e de outras lesões. Sua atividade e dieta avança como tolerada. 
Tipicamente, os pacientes podem receber alta depois de 2 a 3 dias. Eles são 
instruídos a restringir as atividades por um período mínimo de 6 a 8 semanas. 
Laparotomia 
Faz-se laparotomia por causa da natureza inicial da lesão e do estado 
clínico do paciente (p. ex., instabilidade hemodinâmica) ou por causa de 
16 
 
descompensação clínica subsequente. A maioria dos pacientes pode ser 
submetido a um único procedimento durante o qual controla-se a hemorragia 
reparam-se as lesões (MINISTERIO DA SAUDE, 2021). 
Entretanto, os resultados para os pacientes com lesões intra-abdominais 
extensas submetidos a um procedimento cirúrgico inicial prolongado tendem a 
ser piores, especialmente quando tem outras lesões graves, estiveram em 
estado de choque por um período prolongado, ou ambos. Cirúrgico inicial, maior 
a probabilidade de que esses pacientes desenvolvam a combinação altamente 
letal de acidose, coagulopatia e hipotermia com subsequente disfunção de 
múltiplos órgãos. Nesses casos, é possível reduzir a mortalidadese o cirurgião 
realizar inicialmente um procedimento muito mais breve (denominado cirurgia de 
controle de danos) no qual controlam-se a hemorragia e o extravasamento 
entérico (p. ex., por compressa, ligadura, derivação, sutura ou grampeamento do 
intestino) sem reparo definitivo e com o abdome temporariamente fechado. 
(MINISTERIO DA SAUDE, 2021) 
Pode-se obter o fechamento temporário com um sistema fechado de sucção a 
vácuo, usando toalhas, drenos e grandes curativos biológicos oclusivos, ou 
utilizando um curativo comercialmente disponível por pressão abdominal 
negativa. Os pacientes são então estabilizados na unidade de terapia intensiva 
e levados para remoção dos curativos e reparo cirúrgico definitivo depois do 
restabelecimento de sua fisiologia normal (particularmente a correção do pH e 
da temperatura), tipicamente em 24 h, ou antes, se houver agravamento clínico 
apesar da reanimação. Como os pacientes que exigem procedimentos de 
controle de danos são aqueles com as lesões mais graves, a mortalidade ainda 
é significativa e as complicações intra-abdominais subsequentes são comuns. 
(MINISTERIO DA SAUDE, 2021) 
 
2.3 Patologia: Osteoporose 
 
A osteoporose é uma doença sistêmica progressiva caracterizada por 
diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura, levando ‡ 
fragilidade do osso e aumentando o risco de fraturas. Existe pouco osso, porém 
quando presente é normal. Então, a osteoporose é uma doença metabólica do 
tecido ósseo, caracterizada por perda gradual de massa óssea, que enfraquece 
17 
 
os ossos, por deterioração da microarquitetura tecidual, tornando-os mais frágeis 
e suscetíveis às fraturas. (Oliveira L.G 2002) 
A definição de osteoporose está também relacionada à alteração dos 
valores da densitometria óssea devido à perda de massa óssea. Assim, teremos 
os seguintes termos: osteopenia quando a perda é de 1 a 2,5 desvios padrões 
(DP) identificados pelo exame; osteoporose, quando a perda é maior do que 2,5 
desvios padrões (DP). A densidade mineral óssea reflete a quantidade de 
mineral quantificada numa área do esqueleto, representando a densidade 
mineral óssea, expressa em gramas pela área ou volume medidos. A 
osteoporose pode ser considerada grave quando, além do critério acima referido, 
já existir uma fratura. As doenças osteometabólicas englobam um grande 
número de condições clínicas. As situações clínicas em que ocorre osteopenia, 
mais freqüentemente encontradas no consultório do ortopedista, são a 
osteoporose e a osteomalácia. A osteoporose é uma diminuição absoluta da 
massa óssea levando ao risco aumentado da fratura. A osteomalácia é o 
acúmulo de tecido osteóide não mineralizado no osso trabecular resultante de 
limitação da deposição do mineral no tecido. (OLIVEIRA L.G 2002) 
A osteoporose pode ser idiopática quando, então, a condição clínica será 
denominada osteoporose primária. A osteoporose poderá ocorrer também como 
uma doença secundária a uma série de condições clínicas, como, por exemplo, 
anormalidades endócrinas e neoplasias. A osteoporose primária é subdividida 
em: 
1) osteoporose pós-menopausa - ou tipo I 
2) osteoporose senil - relacionada com a idade do indivíduo - ou tipo II 
A osteoporose secundária pode ocorrer nas seguintes condições clínicas: 
hiperparatiroidismo, diabetes mellitus, ingestão de corticosteróides, menopausa 
cirúrgica, tumores da medula óssea e mieloma múltiplo. (SZEJNFELD V.L. 2018) 
 
Os Fatores de risco para a osteoporose: 
a) Genéticos e biológicos: 
° História familiar 
° Raça branca 
° Escoliose 
° Osteogênese imperfeita 
18 
 
° Menopausa precoce 
b) Comportamentais e ambientais: 
• Alcoolismo 
• Tabagismo 
• Inatividade - sedentarismo 
• Má nutrição 
• Baixa ingestão de cálcio 
• Amenorréia induzida por excesso de exercícios 
• Dieta com alta ingestão de fibras 
• Dieta com alta ingestão de fosfatos (SZEJNFELD V.L. 2018) 
 
Os Sinais e sintomas: a osteoporose é doença insidiosa que pode evoluir 
durante muitos anos sem ocorrer qualquer sintoma. Então, a doença é 
assintomática, a não ser que ocorra uma fratura. Como já dissemos, as fraturas 
mais comuns na osteoporose são as seguintes: fratura por compressão 
vertebral; fratura do punho e da região do quadril e da extremidade proximal do 
fêmur, além das fraturas dos arcos costais, da bacia ou do úmero. A 
manifestação clínica de uma fratura do corpo vertebral, por compressão, será 
dor na região dorsolombar, que piora com o caminhar e a movimentação do 
paciente, melhorando com o repouso. Entretanto, lembramos que as fraturas 
vertebrais poderão ser completamente assintomáticas, principalmente em 
relação à dor, sendo a queixa do paciente a diminuição de sua altura e a 
presença de uma deformidade vertebral - cifose. As demais fraturas 
apresentarão o quadro clínico de emergência característico para cada uma 
delas. (SZEJNFELD V.L. 2018) 
O objetivo primário do tratamento da osteoporose é a prevenção. 
Devemos dar ênfase à fase de formação máxima de massa óssea, o "pico de 
massa óssea", que ocorre entre os 20 e os 30 anos de idade. Então, o trabalho 
de prevenção será realizado entre as crianças e os adolescentes e, também, 
com os adultos jovens, chamando a atenção para a necessidade de nutrição 
adequada, para a prática constante de exercícios físicos e para a adequada 
ingestão de cálcio e de vitamina D. (PEARSON D., MILLER C.G 2002) 
19 
 
A prevenção da osteoporose deve começar na adolescência com a 
combinação de exercícios físicos apropriados, dieta adequada e a adoção de um 
padrão de vida saudável. Segundo Notelovitz, foi proposto um "triângulo 
terapêutico" que poderá ser utilizado pelas mulheres de qualquer idade e cujos 
tópicos consistem em: exercícios - para estimular a formação de osso "novo"; 
boa nutrição - cálcio - para a melhor mineralização do tecido neoformado; e 
concentração normal de estrogênios - para equilibrar a velocidade de perda 
óssea(9). A ingestão de cálcio e a administração suplementar de vitamina D 
devem fazer parte de qualquer regime terapêutico para a osteoporose. Todos os 
pacientes com perda óssea, ou em potencial de risco para perda, devem ser 
aconselhados a ingerir cálcio e vitamina D, ou a usar suplementos equivalentes. 
O Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos Estados Unidos propõe as dosagens 
diárias de cálcio recomendadas, que estão no quadro. (PEARSON D., MILLER 
C.G 2002) 
A terapia com estrogênio na pós-menopausa está associada a redução 
de 40% a 50% no risco de fraturas do quadril relacionadas à doença e de, 
aproximadamente, 90% no risco de fraturas vertebrais nos estudos publicados. 
Portanto, podemos classificar a terapia de reposição hormonal (TRH) como o 
tratamento ideal - fisiológico - da osteoporose. Cumpre salientar que essa 
reposição hormonal também é aprovada como método de prevenção da 
osteoporose. (PEARSON D., MILLER C.G 2002) 
 
2.4 Patologia: Choque Cardiogênico 
 
O choque cardiogênico caracteriza-se por uma hipoperfusão tecidual 
sistêmica devido à incapacidade do músculo cardíaco de gerar um débito 
adequado às necessidades metabólicas do organismo. O diagnóstico clínico é 
feito na presença de hipotensão arterial (pressão arterial sistólica inferior a 
90mmHg ou 30mmHg abaixo do valor basal) associada a sinais de hipoperfusão 
tissular, tais como oligúria, alteração do nível de consciência, cianose, 
extremidades frias e úmidas. A persistência do estado de choque após a 
correção de fatores miocárdicos e sistêmicos como hipoxemia, arritmias, 
hipovolemia, distúrbios do equilíbrio ácido-base e eletrolíticos corroboram para 
o diagnóstico de choque cardiogênico. Esta complexa síndrome clínica pode ter 
20 
 
múltiplas causas, ser de instalação aguda ou ser a expressão final da evolução 
do quadro de disfunção ventricular crônica. (BUERKE M, PRONDZINSKY R, 
LEMM H 2006) 
A disfunção cardíaca em pacientes com choque cardiogênicogeralmente 
é deflagrada por isquemia miocárdica, com oclusão de uma artéria coronária e 
perda de massa muscular miocárdica. A hipotensão resultante da perda de 
massa muscular pode provocar hipoperfusão de áreas miocárdicas ainda 
viáveis, contribuindo assim para a piora da função ventricular. (BUERKE M, 
PRONDZINSKY R, LEMM H 2006) 
 
Os sinais e sintomas incluem: 
• Respiração rápida; 
• Aumento exagerado do batimento cardíaco; 
• Desmaio repentino; 
• Pulso fraco; 
• Suor sem causa aparente; 
• Pele pálida; 
• Pés e mãos frios; 
• Diminuição da quantidade de urina. (TOPALIAN S, GINSBERG F 
2008) 
 
Os achados laboratoriais mais sugestivos de choque são acidose 
metabólica, hiperlactatemia e hipoxemia. Outros achados comuns são 
leucocitose ou leucopenia, discrasia sanguínea, aumento de escórias 
nitrogenadas e transaminases. maneira geral. Os critérios hemodinâmicos para 
o diagnóstico de choque cardiogênico são pressão capilar pulmonar acima de 
18mmHg; índice cardíaco inferior a 1,8; índice de resistência vascular sistêmica 
acima de 2000 e diferença arteriovenosa de oxigênio acima de 5,5. (TOPALIAN 
S, GINSBERG F 2008) 
Comumente o tratamento é realizado com: 
• Vasopressores, como adrenalina, noradrenalina ou dopamina, 
para tratar a pressão arterial baixa; 
21 
 
• Agentes inotrópicos, como dobutamina, dopamina ou milrinona, 
que ajudam a melhorar o bombeamento do coração, e geralmente 
são usado até que os outros remédios comecem seu efeito; 
• Ácido acetilsalicílico, para diminuir o risco de formação de 
coágulos e facilitar a circulação do sangue; 
• Antiagregantes plaquetários, como clopidogrel ou tirofibana, 
para prevenir a formação de coágulos no sangue; 
• Anticoagulantes, como heparina, para diminuir a capacidade de 
coagulação do sangue e prevenção da formação de coágulos; 
• Diuréticos, como furosemida ou espironolactona, para diminuir a 
quantidade de líquidos no pulmão. (HOCHMAN JS, SLEEPER LA, 
WEBB JG 2006) 
 
 
2.5 Patologia: Tuberculose 
 
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta 
prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e/ou 
sistemas. A doença é causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de 
Koch (em homenagem ao Dr. Robert Koch, descobridor da causa da doença). 
Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK). Outras espécies de 
micobactérias também podem causar a tuberculose. São elas: Mycobacterium 
bovis, africanum e microti. (PINTO MFT, STEFFEN R, ENTRINGER A, COSTA, 
2017) 
Alguns pacientes não exibem nenhum indício da doença, outros 
apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns 
anos (ou meses). Contudo, na maioria dos infectados, os sinais e sintomas mais 
freqüentemente descritos são tosse seca contínua no início, depois com 
presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na 
maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre 
baixa, geralmente, à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; 
emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza; e prostração. Os casos graves 
apresentam dificuldade na respiração; eliminação de grande quantidade de 
22 
 
sangue, colapso do pulmão e acúmulo de pus na pleura (membrana que reveste 
o pulmão) – se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor 
torácica. (BRASIL, 2018) 
A transmissão é direta, de pessoa a pessoa, portanto, a aglomeração de 
pessoas é o principal fator de transmissão. O doente expele, ao falar, espirrar ou 
tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser 
aspiradas por outro indivíduo contaminando-o. Má alimentação, falta de higiene, 
tabagismo, alcoolismo, uso de drogas ilícitas ou qualquer outro fator que gere 
baixa resistência orgânica, também favorece o estabelecimento da doença. 
(PINTO MFT, STEFFEN R, ENTRINGER A, COSTA, 2017) 
O tratamento é à base de antibióticos e tem duração de seis meses. É 
100% eficaz, mas não pode haver abandono nem irregularidade. Muitas vezes o 
paciente não recebe o devido esclarecimento e acaba desistindo antes do tempo, 
por sentir melhora acentuada já nas primeiras semanas de terapia. Para evitar o 
abandono do tratamento é importante que o paciente seja acompanhado por 
equipes com médicos, enfermeiros, assistentes sociais e visitadores 
devidamente preparados, sendo indicado o regime de Tratamento Diretamente 
Observado (TDO), em que o profissional de saúde acompanha e observa a 
correta ingestão dos medicamentos. O tratamento irregular pode complicar a 
doença e resultar no desenvolvimento de tuberculose resistente às drogas 
utilizadas e, portanto, mais difícil de ser tratada. (PINTO MFT, STEFFEN R, 
ENTRINGER A, COSTA, 2017) 
A principal maneira de prevenir a tuberculose é com a vacina BCG 
(Bacillus Calmette-Guérin), disponível gratuitamente no SUS. Essa vacina deve 
ser dada às crianças ao nascer, ou, no máximo, até 04 anos, 11 meses e 29 dias 
de idade e protege contra as formas mais graves da doença, como a tuberculose 
miliar e a meníngea. Ainda como medida preventiva, é necessário avaliar 
familiares e outros contatos do paciente para que não desenvolvam a forma ativa 
da tuberculose. (SOARES MLM, AMARAL NAC, ZACARIAS ACP, RIBEIRO 
LKNP. 2014) 
A tuberculose é um dos agravos fortemente influenciados pelos 
determinantes sociais, apresentando relação direta com a pobreza e a exclusão 
social. Assim, além dos fatores relacionados ao sistema imunológico de cada 
pessoa e à exposição ao bacilo, o adoecimento, muitas vezes, está ligado às 
23 
 
condições precárias de vida, afetando grupos populacionais em situações de 
maior vulnerabilidade, como: 
• Indígenas; 
• Pessoas privadas de liberdade 
• Pessoas que vivem com HIV/aids; 
• Pessoas em situação de rua. (SOARES MLM, AMARAL NAC, 
ZACARIAS ACP, RIBEIRO LKNP. 2014) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
3 OBJETIVOS 
 
3.1 Objetivo geral: Realizar levantamento bibliográfico sobre as 
seguintes patologias Anorexia Nervosa, Trauma Abdominal, Osteoporose, 
Choque Cardiogênico e Tuberculose. 
 
 
3.2 Objetivo específico: Redigir cinco estudos de caso sobre as 
patologias apresentadas no levantamento bibliográfico e desenvolver a 
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
4 MÉTODOS 
 
O método utilizado tem como finalidade a elaboração de instrumentos 
com finalidade de intervir na qualidade das ações desenvolvidas pela equipe de 
enfermagem. Trata-se de uma didática com ênfase ao cuidado. Não se tratar de 
uma pesquisa com envolvimento direto de seres humanos, esclarece-se que 
este projeto não foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Portanto, 
não foram utilizados dados relativos aos sujeitos ou descrições sobre situações 
assistenciais (apenas a tecnologia produzida). 
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica por meio das fontes de busca 
constituídas pelos recursos eletrônicos nas bases de dados: Literatura Latino 
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Biblioteca eletrônica 
Scientific Eletronic Library On-line (SciELO), publicados no período de 1999 a 
2021. As palavras chaves utilizadas foram: sistematização de enfermagem, 
diagnósticos de enfermagem, assistência de enfermagem. A coleta dos dados 
aconteceu no decorrer dos meses de fevereiro a maio de 2022. Os resultados 
estão apresentados por meio da Sistematização da Assistência em Enfermagem 
– SAE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
5 RESULTADOS 
 
5.1.1 Caso clinico: Anorexia Nervosa 
 
LE.W. sexo feminino, solteira, 15 anos, com diagnóstico de anorexia 
nervosa há 2 anos. Histórico de duas internações anteriores com quadro 
semelhante; na internação atual, apresenta inapetência há 10 dias, taquicardia 
(93 a 110 bpm), com extrassístoles frequentes(conta-se mais de 4/min no pulso 
radial), febril (38 a 39,3°C). Ao exame fisico, apresenta-se emagrecida (perda 
ponderal de 12 kg em 3 meses, IMC = 15). Tontura, dispneia aos esforços (FR 
= 30 a 34 rpm), palidez cutaneomucosa. Apresenta-se isolada, pouco 
comunicativa, com aparência entristecida. À entrevista, relata que, ao olhar no 
espelho, se sente gorda, além de episódios recorrentes de icterícia, sendo que 
há 3 semanas da internação tem dificuldade para realizar seu autocuidado 
devido à fraqueza generalizada e adinamia. Relata diurese normal com disúria. 
Evacuação ausente há 1 semana. 
 
Quadro 1: NANDA, NIC E NOC para anorexia nervosa. 
NANDA NIC NOC PRESCRIÇÃO 
DE 
ENFERMAGEM 
Nutrição 
desequilibrada: 
menos do que 
as 
necessidades 
corpóreas 
Características 
definidoras: 
perda 
Manter atividades 
sem julgamentos 
 
 
Administração de 
dieta por sonda 
 
 
Avaliar coloração da 
pele 
Manter 
estabilidade 
psicológica 
 
Manter 
alimentação 
saudável 
 
Manter 
nutrição 
Verificar sinais 
vitais – MTN 
 
Manter 
cabeceira da 
cama elevada 
45º – Continuo 
 
27 
 
ponderal de 12 
kg em 3 meses, 
inapetência, IMC 
abaixo do ideal 
(MC - 15), 
palidez 
cutaneomucosa, 
hiponatremia, 
hipocalemia, 
hipoglicemia, 
hipocalcemia 
Fatores 
relacionados: 
fatores 
psicológicos e 
incapacidade de 
ingerir 
os alimentos. 
Pesar paciente 
no mesmo 
horário – manhã 
 
Colaborar com 
outros membros 
da equipe para a 
elaboração de 
um plano de 
cuidado – 
continuo 
Fadiga 
Características 
definidoras: 
cansaço, 
incapacidade de 
manter as 
rotinas habituais. 
Fatores 
relacionados: má 
nutrição, 
ansiedade, 
depressão. 
Avaliar padrão de 
sono 
 
Estimular repouso 
 
 
Evitar fadiga 
 
 
Evitar fadiga 
Verificar sinais 
vitais – MTN 
 
Manter ambiente 
calmo e tranquilo 
– continuo 
 
Observar sinais 
de cianose – 
continuo 
Distúrbio na 
imagem 
corporal 
Avaliar os 
sentimentos de 
desesperança 
Manter bom 
sentimento 
relacionado a 
Verificar sinais 
vitais – MTN 
 
28 
 
Características 
definidoras: 
verbalização de 
percepções que 
refletem uma 
visão alterada do 
próprio corpo na 
aparência 
(refere que, ao 
se olhar no 
espelho, se 
sente gorda). 
Fator 
relacionado: 
doença 
(anorexia). 
 
Manter paciente 
atualizado sobre seu 
caso clinico 
Manter bom 
relacionamento 
paciente/funcionários. 
imagem 
corporal 
 
 
Manter boa 
comunicação 
Manter bom 
relacionamento 
com o paciente – 
continuo 
Oferta de 
conversa 
terapêutica – 
continuo 
 
Ajudar paciente 
a estabelecer 
metas para si 
 e criar um plano 
controlável para 
alcançar essas 
metas, uma de 
cada vez, 
progredindo do 
simples para o 
mais complexo. 
 
 
5.1.1 Evolução de Enfermagem 
 
2 DIH por anorexia, paciente encontra-se deitada no leito com grades e 
cabeceiras elevadas, consciente, orientada, eupneica em ar ambiente, 
mantendo dieta enteral, pálida, emagrecida e desidrata. Afebril no momento. 
Mantendo SNE em narina direita (04/05/2022) infundindo dieta. AVP em membro 
superior esquerdo em foça cubital, sem sinais flogisticos. Ao exame físico: 
Neuro: Glasgow 15, pupilas isocóricas e foto reagentes. Aparelho Respiratório: 
MV+, sem ruídos adventícios. Aparelho cardíaco: BCNF2TS/ sopro. Abdome: 
escavado, indolor a palpação superficial e profunda, ruídos hidroaéreos 
presentes. Tecido tegumentar: pele integra. Sem edemas. Paciente relada fezes 
29 
 
e diurese presente. Paciente segue sob os cuidados da enfermagem. AC ENF 
ITES Pamela. 
 
5.2.1 Caso clinico: Trauma Abdominal 
 
Paciente do sexo masculino, 20 anos, branco, estudante, natural e residente de 
Taboão da Serra, São Paulo, deu entrada no pronto atendimento do hospital 
com queixas de dor abdominal e em membros inferiores devido à trauma. O 
paciente foi trazido pelo SAMU, que já havia estabilizado a cervical e realizado 
o XABCDE do trauma, foi classificado em 14 na escala de Glasgow. O médico 
do SAMU informou que o paciente havia súbito no telhado a fim de concertar a 
antena de TV da casa de seus pais, de onde acabou caindo. Durante a 
admissão do paciente, iniciou-se uma reavaliação de seu estado de saúde. Ao 
exame físico, o paciente se encontrava em regular estado geral, hipocorado 
+/4+, lúcido, orientado no tempo e espaço e com fácies de dor. As vias aéreas 
se encontravam pérvias, o tórax não apresentava sinais de trauma, a 
expansibilidade encontrava-se preservada e não havia alterações na palpação 
e percussão do órgão. O abdome não apresentava hematomas, cicatrizes ou 
hérnias, não havia alterações na ausculta. Paciente apresentava dor à 
palpação, com sinal de descompressão brusca positiva, além de percussão 
maciça no hipocôndrio esquerdo. O paciente apresentava-se hipotenso (80×50 
mmHg), taquicárdico (120 bpm) e taquipneico (25 irpm). Durante a realização 
da reavaliação do paciente, o mesmo apresentou uma descompensação 
hemodinâmica, evoluindo para um Glasgow de 7. Por conta de seus sinais 
semiológicos, o paciente foi classificado em choque hipovolêmico grau III, foi 
solicitado um FAST, que deu positivo para hemoperitônio. 
 
Quadro 2: NANDA, NIC E NOC para Trauma Abdominal 
NANDA NIC NOC PRESCRIÇÃO 
DE 
ENFERMAGEM 
30 
 
Risco de infecção 
Fatores de risco: 
destruição de 
tecidos e trauma 
por colisão de 
automóvel. 
Intensificar os 
cuidados com a 
assepsia. 
 
Observar sinais e 
sintomas 
infecciosos 
 
Evitar infecção Verificar sinais e 
sintomas – MTN 
 
Realizar lavagens 
das mãos antes e 
após cada 
procedimento – 
sempre que 
necessário 
 
Realizar troca de 
fixação de AVP 
visualizando 
possíveis sinais 
flogisticos - 
cada 72h 
 
 
 
Débito cardíaco 
diminuído 
Características 
definidoras: 
taquicardia (P 
126), pele fria, 
ansiedade, 
resistência 
vascular 
sistêmica 
aumentada. 
Fatores 
relacionados: 
 
Administrar O2 
por máscara. 
 
Manter 
permeabilidade 
das vias aéreas, 
 
Manter 
aquecimento 
corpóreo e do 
ambiente. 
 
Manter debito 
cardíaco 
 
 
 
A administrar 
solução 
cristaloide 
aquecida a 39°C 
– sempre que 
necessário 
 
Monitorar sinais 
vitais -MTN 
 
Monitorar débito 
urinário. – MTN 
 
31 
 
hipovolemia 
consequente 
à hemorragia 
interna. 
Manter cabeceira 
elevada – 
continuo 
Perfusão tissular 
ineficaz 
Características 
definidoras: 
Cardiopulmonar: 
taquipneia (FR = 
32), 
taquicardia (P = 
126), hematoma 
em região 
torácica. 
Periférica: pulso 
fraco, descorado 
+++/4+, 
sudorese fria, 
pressão 
sanguínea 
diminuída (PA 
- 90x 50). 
Renais: pressão 
sanguínea 
diminuída (PA = 
90 x 
50) e anúria. 
Gastrointestinais: 
sons intestinais 
diminuídos e 
Avaliar perfusão 
periférica. 
 
Manter 
monitoração da 
saturação por 
meio de 
oximetria de 
pulso. 
 
Monitorar débito 
urinário. 
 
Avaliar perfusão 
periférica. 
Manter nível de 
perfusão tissular 
periférica 
 
 
 
Avaliar exames 
laboratoriais 
(gasometria/ 
hemograma) e 
comunicar se 
houver alterações 
na 
pO,, pCO, e pH – 
quando 
necessário 
 
Preparar material 
para 
cateterização 
vesical e 
proceder à 
realização do 
procedimento – 
quando 
necessário 
 
Realizar 
verificação de 
sinais vitais – 
MTN 
 
Coletar sangue 
para hemograma, 
32 
 
hematoma em 
região abdominal 
esquerda. 
Fator 
relacionado: 
trauma 
toracoabdominal 
fechado. 
tipagem 
sanguínea 
e prova cruzada, 
conforme 
prescrição 
médica, para 
posterior 
hemotransfusão. 
– Quando 
necessário 
Risco de 
desequilíbrio na 
temperatura 
corporal 
Fatores de risco: 
taxa metabólica 
alterada, 
trauma que afeta 
a regulação da 
temperatura 
(hipotermia). 
Infundir solução 
aquecida de 
cristaloide a 39°C 
 
Controlarsangramentos 
internos e 
externos. 
 
Aquecer a sala 
 
Manter 
temperatura 
corporal 
Verificar sinais 
vitais e 
comunicar caso 
haja quadro de 
hipotermia – MTN 
 
Controlar 
sangramentos 
internos e 
externos – 
quando 
necessário 
 
Retirar roupas 
úmidas – quando 
necessário. 
 
 
5.2.2 Evolução de Enfermagem 
 
1 DIH por trauma abdominal, paciente encontra-se deitado no leito com grades 
elevadas e cabeceiras baixas, confuso, desorientado, eupneica em máscara de 
oxigênio, mantendo dieta enteral, pálido e desidrato. Afebril no momento. 
Mantendo SNE em narina esquerda infundindo dieta. AVP em membro superior 
33 
 
esquerdo em foça cubital, mantendo soroterapia com ringer lactato, sem sinais 
flogisticos. Mantendo SVD Ao exame físico: Neuro: Glasgow 7, pupilas 
isocóricas e foto reagentes. Aparelho Respiratório: MV+, sem ruídos adventícios. 
Aparelho cardíaco: BCNF2TS/ sopro. Abdome: escavado, edemaciado, dolor a 
palpação superficial e profunda, ruídos hidroaéreos presentes. Tecido 
tegumentar: escoriações na coluna. Acompanhante relada fezes presentes. 
Paciente segue sob os cuidados da enfermagem. AC ENF ITES Pamela. 
 
5.3 Caso clinico: Osteoporose 
 
L.F,, 82 anos, sexo feminino, viúva, três filhos, branca, em 3º dia pós-
operatório (PO) de artroplastia de quadril direito pós-fratura de colo de fêmur. 
Apresentava antecedentes de hipertensão arterial sistêmica (HAS) controlada, 
dislipidemia, hipotireoidismo e osteoporose diagnosticada há 5 anos, sem 
tratamento. Paciente contou que estava no domicílio e apresentou queda da 
própria altura quando auxiliava sua filha no preparo do almoço. Tinha relato de 
duas quedas no último ano, mas não procurou atendimento médico porque só 
teve algumas escoriações nos braços. Desde o primeiro dia, apresentou quadros 
de agitação psicomotora, alucinações visuais, agressividade e déficit de atenção, 
principalmente no período noturno, que melhoraram com o uso de 0,5 mg de 
haloperidol por via oral (VO). Ao exame físico, apresentava: estado geral regular, 
consciente, desorientada temporalmente, queixando-se de dor moderada no 
local da ferida operatória, descorada, desidratada +/++++, acianótica, anictérica, 
afebril (temperatura máxima 36,6ºC), discretamente hipertensa (PAM 150/90 
mmHg), bulhas rítmicas normofonéticas (BRNF) nos dois tempos, sem sopros, 
frequência cardíaca (FC) 110 bpm, MV presentes bilateralmente sem ruídos 
adventícios (RA) com frequência respiratória (FR) 16 rpm. Aceita bem a dieta. 
Não evacua há 3 dias. IMC =18kg/m. 
Exames laboratoriais: ureia = 20 mg/dl; creatinina = 0,8 mg/dl; potássio (K+) = 
3,5mEq/I; hemoglobina (Hb) = 10 g/dl e glicemia 90 mg/dl. 
 
 
 
 
34 
 
Quadro 3: NANDA, NIC E NOC para Osteoporose 
NANDA NIC NOC PRSCRIÇÃO DE 
ENFERMAGEM 
Confusão aguda 
Características 
definidoras: 
variações do 
nível de 
consciência e de 
agitação 
psicomotora, 
alucinações 
visuais, 
agressividade e 
déficit de 
atenção. 
Fatores 
relacionados: 
idade 
Avançada. 
Identificar os 
fatores presentes, 
como episódios 
de febre, dor, 
infecção, 
modificações do 
ambiente, ruídos 
desconhecidos e 
visitas em 
excesso. 
Evitar confusão Verificar sinais 
vitais – MTN 
 
Conversar com a 
família e obter 
informações 
sobre o estado 
mental basal do 
paciente – 
Continuo 
 
Providenciar 
calendário e 
relógio 
adequados ao 
déficit visual para 
favorecer a 
orientação 
temporal – 
Continuo 
Dor aguda 
Características 
definidoras: 
alteração 
na pressão 
sanguínea (PA = 
150x90. 
mmHg), 
evidência 
Realizar uma 
avaliação da dor 
que inclua: local, 
características, 
início, duração, 
frequência, 
intensidade ou 
gravidade da dor 
e os 
Evitar dor 
 
Manter paciente 
em bom estado 
geral 
Verificação dos 
sinais vitais – 
MTN 
 
Aplicar mais de 
uma escala de 
dor – se 
necessário 
 
35 
 
observada de 
dor, 
relato verbal de 
dor moderada no 
local da ferida 
operatória, 
mudança 
na frequência 
cardíaca (110 
bpm). 
Fator 
relacionado: 
incisão cirúrgica. 
fatores 
precipitantes. 
 
Administrar 
analgésico 
(tramado)) 
rigorosamente 
nos horários 
prescritos. 
Observar 
indicadores não 
verbais de 
desconforto – se 
necessário 
 
Veríficar efeitos 
colaterais do 
analgésico 
prescrito 
(náusea, vômito, 
xerostomia, 
sonolência etc). 
Risco de queda 
Fatores de risco: 
história de 
quedas, 
idade acima de 
65 anos (82 
anos), 
condições pós-
operatórias, 
equilíbrio 
prejudicado, 
força diminuída 
nas 
extremidades 
inferiores, uso de 
medicações 
(haloperidol, 
tramadol, 
enalapril, 
confusão aguda. 
Manter ambiente 
iluminado. 
 
Afastar objetos e 
retirar tapetes. 
 
Manter 
acompanhamento 
contínuo de 
familiar ou 
cuidador. 
Evitar queda Verificar sinais 
vitais – MTN 
 
Manter grades do 
leito elevadas- 
continuo 
 
Manter uma 
campainha ao 
lodo do cliente – 
continuo 
 
Manter cortinas 
abertas para 
entrar claridade – 
durante o dia 
36 
 
Risco para 
infecção 
Fatores de risco: 
procedimentos 
invasivos 
(artroplastia de 
quadril, 
punção venosa), 
ferida operatória. 
Monitorar sinais e 
sintomas locais e 
sistêmicos de 
infecção 
(hiperemia no 
local da incisão, 
drenagem de 
exsudato da 
ferida 
cirúrgica, febre, 
taquicardia e 
resultados do 
hemograma, 
sinais 
flogísticos no 
local da punção 
venosa). 
Evitar infecção Verificar sinais 
vitais – MTN 
 
Verificar sinais de 
flebite no AVP – 
MTN 
 
Trocar punção 
venosa e 
conexões - cada 
72 horas. 
 
5.3.2 Evolução de Enfermagem 
 
1 DIH por osteoporose, paciente encontra-se deitado no leito com grades 
elevadas e cabeceiras elevadas, lucida, orientada, eupneica em ar ambiente 
mantendo dieta via oral, sem restrições, corada e hidratada. Afebril no momento. 
Mantendo AVP em membro superior esquerdo em foça cubital, mantendo 
soroterapia com analgésicos, sem sinais flogisticos. Ao exame físico: Neuro: 
Glasgow 15, pupilas isocóricas e foto reagentes. Aparelho Respiratório: MV+, 
sem ruídos adventícios. Aparelho cardíaco: BCNF2TS/ sopro. Abdome: globoso, 
indolor a palpação superficial e profunda, ruídos hidroaéreos presentes. Tecido 
tegumentar: integro. Paciente relada fezes e urina presentes. Paciente segue 
sob os cuidados da enfermagem. AC ENF ITES Pamela 
 
5.4.1 Caso clinico: Choque Cardiogênico 
 
37 
 
'O.V.P, sexo masculino, casado, 62 anos. Admitido na sala de emergência 
referindo precordialgia há cerca de 1 hora, sem irradiação, acompanhada de 
náusea e episódios de vômito. A dor referida apresentava escore 8 na escala 
numérica. Portador de hipertensão arterial há 10 anos, dislipidemia há 5 anos e 
ex-tabagista (parou de fumar há 1 ano). Em uso de atorvastatina, atenolol, 
ranitidina e captopril. O paciente apresentou-se consciente, orientado, com 
palidez cutânea e diaforese profusa. À ausculta cardíaca, bulhas rítmicas 
normofonéticas em dois tempos sem sopros. Ausculta pulmonar: murmúrios 
vesiculares presentes sem ruídos adventícios. Sinais vitais: frequência cardíaca 
(FC) = 105 em ritmo regular, pressão arterial (PA) em membro superior direito 
(MSD) = membro superior esquerdo (MSE) = 70/50 mmHg. Constatou-se no 
ECG um infradesnivelamento do segmento ST em V1-V6. Na sala de 
emergência, recebeu oxigenoterapia, AAS e analgesia com morfina. Apresentou 
parada cardiorrespiratória por taquicardia ventricular sem pulso, sendo 
desfibrilado com 200 J, evoluindo em fibrilação ventricular refratária. Após 
repetidas desfibrilações e manobras de reanimação cardiopulmonar, retornou 
em ritmo sinusal com suprades nivelamento do segmento ST de V1-V6. 
Solicitada cinecoronariografia, que apresentou artéria coronária descendente 
anterior ocluída no terço proximal e as demais artérias sem lesões obstrutivas. 
Realizada trombectomiacom cateter extrator de trombos e angioplastia com 
implante de dois stents farmacológicos com sucesso (TIMI III). Foi realizada a 
administração de Reoproº durante o procedimento. Após restabelecimento do 
fluxo anterógrado, permaneceu hipotenso (PAM = 40 mmHg) com sinais de baixa 
perfusão sistêmica, sendo necessária introdução de noradrenalina em doses 
progressivas. Nesse momento, optou-se pela instalação de balão intra-aórtico 
(BIA). Foram colhidas amostras de sangue para exames TP, TTPA e TCA, com 
resultados no limite terapêutico. Encaminhado para a unidade de terapia 
intensiva (UTI). 
 
Quadro 4: NANDA, NIC E NOC para Choque Cardiogênico 
NANDA NIC NOC PRESCRIÇÃO 
DE 
ENFERMAGEM 
38 
 
Débito cardíaco 
diminuído (com uso 
do BIA) 
Características 
definidoras: pulsos 
periféricos 
diminuídos ou 
ausentes, mudança 
da coloração e 
da temperatura da 
pele, ritmo e 
frequência cardíaca 
alterados, PAM = 
40 mmHa. 
Fatores 
relacionados: ritmo, 
frequência e 
volume. 
de ejeção alterados 
consequentes à 
contratilidade 
alterada, pós-carga 
alterada. 
Supervisionar 
pressão arterial 
média (PAM) 
entre 65 e 75 
mmHg. 
 
Verificar a 
programação 
correta do balão 
intra-aórtico 
(insuflação e 
desinsuflação), 
mantendo 
1os eletrodos 
cardíacos em 
posição correta 
no 
tórax para 
garantir o 
sincronismo. 
Manter debito 
cardíaco 
estável 
Verificar sinais 
vitais – MTN 
 
Manter restritos 
os membros 
superiores e 
 
o membro inferior 
do lado em que o 
balão 
estiver inserido. 
 
Manter paciente 
em repouso 
absoluto 
Perfusão tissular 
ineficaz 
Características 
definidoras: 
(Cardiopulmonares: 
PA = 70 x 50 
mmHg, PAM = 40 
mmHg, tempo de 
reenchimento 
capilar maior que 3 
Avaliar ruídos 
hidroaéreos; se 
diminuídos ou 
ausentes, 
comunicar. 
 
Manter 
extremidade 
canulada em 
posição reta, 
Manter 
perfusão 
tissular 
Verificar sinais 
vitais – MTN 
 
Medir o débito 
urinário, 
analisando 
aspecto, 
(cor e odor da 
urina – continuo 
 
39 
 
segundos, 
precordialgia e 
arritrmias. 
 
Cerebrais: estado 
mental alterado e 
mudanças na 
resposta motora. 
Periféricas: 
características de 
pele alteradas, 
pulso 
fraco ou ausente, 
descolorações de 
pele, mudanças 
na temperatura da 
pele, mudanças na 
pressão 
sanguínea, 
pulsações arteriais 
diminuídas. 
Fatores 
relacionados: 
interrupção do fluxo 
venoso e 
arterial por parada 
cardiorrespiratória 
consequente à 
“oclusão da artéria 
coronária 
descendente 
anterior. 
evitando fletir o 
quadril. 
Manter a 
cabeceira da 
cama em um 
ângulo de 15º ou 
menos - continuo 
40 
 
Risco para infecção 
Fatores de risco: 
procedimentos 
invasivos 
(artroplastia de 
quadril, 
punção venosa), 
ferida operatória. 
 Monitorar sinais 
e sintomas locais 
e sistêmicos de 
infecção 
(hiperemia no 
local da incisão, 
drenagem de 
exsudato da 
ferida 
cirórgica, febre, 
taquicardia e 
resultados do 
hemograma, 
sinais 
flogísticos no 
local da punção 
venosa). 
Evitar infecção Verificar sinais 
vitais – MTN 
 
Verificar sinais de 
flebite no AVP – 
MTN 
 
Trocar punção 
venosa e 
conexões - cada 
72 horas. 
Proteção ineficaz 
Características 
definidoras: 
alteração da 
coagulação. 
Fator relacionado: 
terapias 
medicamentosas 
(uso de 
anticoagulantes e 
trombolíticos). 
Monitorar 
exames de 
coagulação. 
 
Verificar 
prescrição 
medica de 
terapia com 
anticoagulante e 
realizar 
administração 
CPM 
 
 Monitorar sinais 
de sangramento 
(mucosas, 
Sítio de inserção 
do balão intra-
aórtico, 
eliminações 
vesicointestinais).- 
continuo 
Verificar sinais 
vitais - MTN 
 
 
 
5.4.2 Evolução de Enfermagem 
 
41 
 
2 DIH por choque cardiogênico, paciente encontra-se deitado no leito com 
grades elevadas e cabeceiras elevadas, lucido, orientado, eupneica em oxigênio 
tipo óculo, mantendo dieta via oral, sem restrições, pálido e hidratada. Afebril no 
momento. Mantendo AVP em membro superior esquerdo em foça cubital, 
mantendo soroterapia, sem sinais flogisticos. Ao exame físico: Neuro: Glasgow 
13, pupilas isocóricas e foto reagentes. À ausculta cardíaca, bulhas rítmicas 
normofonéticas em dois tempos sem sopros. Ausculta pulmonar: murmúrios 
vesiculares presentes sem ruídos adventícios. Sinais vitais: frequência cardíaca 
(FC) = 105 em ritmo regular, pressão arterial (PA) em membro superior direito 
(MSD) = membro superior esquerdo (MSE) = 70/50 mmHg. Constatou-se no 
ECG um infradesnivelamento do segmento ST em V1-V6. AC ENF ITES Pamela 
 
 
5.5.1 Caso clinico Tuberculose 
 
Durante a visita domiciliária (VD) mensal a uma família composta por 
marido desempregado, esposa que cuida do lar, um bebê de 3 meses, um filho 
de 6 anos e avô paterno de 67 anos de idade, aposentado, o agente comunitário 
de saúde (ACS) detectou uma situação preocupante: o pai, de 35 anos de idade, 
tosse muito. O ACS indagou sobre há quanto tempo a tosse existe, e obteve a 
resposta de que surgiu nas últimas 3 semanas e que é acompanhada de catarro. 
O paciente acredita ser um resfriado comum e persistente devido à ausência de 
alimentação adequada e à falta de apetite, por isso não procurou ajuda 
profissional. Na Unidade de Saúde da Família (USF), foi comunicado à equipe 
do Programa de Saúde da Família (PSF) e providenciado o agendamento 
imediato de uma consulta com o médico da equipe. Ao exame físico, encontra-
se orientado no tempo e no espaço, acianótico, com palidez cutaneomucosa 
moderada, peso = 54 kg, altura = 1,77 cm, temperatura = 38ºC, dispneico aos 
esforços, tórax simétrico, sem abaulamento, retrações, respiração 
toracoabdominal, predominantemente abdominal, frequência respiratória (FR) = 
26 rpm, tosse com expectoração com aspecto mucoide, hemoptise, fraqueza, 
dor torácica pleurítica durante a palpação bimanual, murmúrio vesicular reduzido 
e estertores grossos sobre o lobo superior direito, permanecendo após expiração 
completa e tosse. Frequência cardíaca (FC) = 84 bpm, bulhas normofonéticas, 
42 
 
sem sopros. Pressão arterial (PA) = 130/80 mmHg, Sistema nervoso: sem 
alterações, reflexos profundos normais. Sistema osteoarticular: sem alteração. 
Refere sudorese noturna, emagrecimento de 10 kg em 5 meses e febre 
vespertina. Foram realizados os exames de laboratório de baciloscopia (BK) do 
escarro, com resultado positivo (+++) e a prova tuberculínica (PPD) com área de 
enduração de 12 mm. A radiografia evidenciou lesão em ápice do pulmão direito. 
Após a definição do tipo de caso, o tratamento proposto seguiu as 
recomendações do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, do 
Ministério da Saúde, com o Esquema 1: fase intensiva de 2 meses: rifampicina 
600 mg/dia, isoniazida 300 mg/dia, pirazinamida 1.600 mg/dia e etambuto] 1.100 
mg/dia); utilizar quatro comprimidos em dose fixa combinada. Fase de 
manutenção de 4 meses: rifampicina 600 mg/dia, isoniazida 400 mg/dia; utilizar 
duas cápsulas. 
 
Quadro 5: NANDA, NIC E NOC para Tuberculose. 
NANDA NIC NOC PRESCRIÇÃO 
DE 
ENFERMAGEM 
Hipertermia 
Característica 
definidora: 
aumento da 
temperatura 
corpórea acima 
da faixa normal 
temperatura: 
38ºO). 
Fator 
relacionado: 
quadro 
infeccioso com 
foco pulmonar. 
Orientar paciente 
sobre como 
verificar a 
temperatura. 
 
Realizar banho 
momo, se 
temperatura 
acima de 38ºC. 
Manter 
temperatura 
corporal 
Verificar sinais 
vitais – MTN 
 
Monitorar a 
temperatura 
axilar, comunicar 
acima de 38ºC. – 
continuo 
 
Encorajar 
ingestão de 
líquidos. – 
continuo 
 
43 
 
Administrar 
medicamento 
antipirético - se 
necessário. 
 
Melhorar ou 
aumentar a 
circulação de ar 
no ambiente 
domiciliar – 
continuo 
Nutrição 
desequilibrada: 
menos do que as 
necessidades 
corpóreas 
Características 
definidoras:perda de peso de 
10 kg em 
5 meses, faita de 
interesse 
por alimentar-se, 
palidez 
utaneomucosa 
moderada, 
relato de falta de 
alimentos. 
Fatores 
relacionados: 
anorexia, 
falta de recursos. 
Monitorar 
semanalmente o 
peso e avaliar o 
estado 
nutricional. 
 
Recomendar o 
consumo de 
refeições 
fracionadas. 
Manter nutrição Verificar sinais 
vitais – MTN 
 
Verificar turgor da 
pele – Manhã 
 
Ressaltar a 
importância de 
uma dieta 
nutritiva e 
procurar soluções 
adequadas à 
realidade do 
paciente – 
continuo 
44 
 
Desobstrução 
ineficaz de vias 
aéreas 
Características 
definidoras: 
tosse produtiva 
há 3 semanas, 
dispneia aos 
esforços, FR = 26 
tPm, 
expectoração 
mucoide, 
hemoptise, 
diminuição de 
murmúrio 
vesicular e 
presença 
de estertores 
grossos em lobo 
Fatores 
relacionados: 
lesão em ápice 
de pulmão direito 
evidenciada pela 
radiografia de 
tórax e processo 
infeccioso 
evidenciado por 
BK de escaro 
posítivo e prova 
tuberculínica com 
rea de enduração 
de 12mm. 
Monitorar a 
capacidade do 
paciente para 
tossir de forma 
efetiva. 
 
Fornecer 
oxigênio 
suplementar se 
necessário. 
Manter 
oxigenação 
adequada 
Verificação de 
sinais vitais – 
MTN 
 
Monitorar os sons 
respiratórios, 
produção de 
escarro, 
frequência 
respiratória e 
esforço 
respiratório. – 3X 
ao dia 
 
Incentivar o 
repouso e a 
prevenção de 
esforço. - 
continuo 
45 
 
Risco de controle 
ineficaz do 
regime 
terapêutico 
Fatores de risco: 
dificuldade 
para manter 
terapêutica 
medicamentosa, 
complexidade 
do regime 
terapêutico. 
Monitorar adesão 
ao tratamento 
medicamentoso. 
 
Participar na 
observação de 
ingestão dos 
medicamentos, 
contagem 
semanal dos 
comprimidos ou 
outros programas 
para melhorar a 
adesão ao 
tratamento. 
Manter terapia 
medicamentosa 
Verificar sinais 
vitais – MTN 
 
Orientação sobre 
importância de 
manter terapia 
medicamentosa – 
continuo 
 
Investigar 
condições de 
vida, 
disponibilidade 
de transporte, 
condição 
financeira, abuso 
de álcool e 
drogas, motivos 
que podem afetar 
a adesão 
ao tratamento. 
 
 
5.5.2 Evolução de Enfermagem 
 
2 DIH por Tuberculose, paciente encontra-se deitado no leito com grades e 
cabeceiras elevadas, lucido, consciente e orientado em tempo e espaço, corado 
e hidratado, eupneico em ar ambiente. Ao exame físico, encontra-se orientado 
no tempo e no espaço, acianótico, com palidez cutaneomucosa moderada, peso 
= 54 kg, altura = 1,77 cm, temperatura = 38ºC, dispneico aos esforços, tórax 
simétrico, sem abaulamento, retrações, respiração toracoabdominal, 
predominantemente abdominal, frequência respiratória (FR) = 26 rpm, tosse com 
expectoração com aspecto mucoide, hemoptise, fraqueza, dor torácica pleurítica 
durante a palpação bimanual, murmúrio vesicular reduzido e estertores grossos 
46 
 
sobre o lobo superior direito, permanecendo após expiração completa e tosse. 
Frequência cardíaca (FC) = 84 bpm, bulhas normofonéticas, sem sopros. 
Pressão arterial (PA) = 130/80 mmHg, Sistema nervoso: sem alterações, reflexos 
profundos normais. Sistema osteoarticular: sem alteração. Paciente refere fezes 
e urinas presentes, segue sob cuidados da enfermagem. AC ENF ITES Pamela 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
6 DISCUSSÃO 
 
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma 
metodologia de organização, planejamento e execução de ações 
sistematizadas, que são realizadas pela equipe durante o período em que o 
indivíduo se encontra sob a assistência de enfermagem, “essa metodologia foi 
introduzida, inicialmente nas décadas de 1920 e 30, nos cursos de enfermagem, 
particularmente no ensino dos estudos de caso e no planejamento de cuidados 
individualizados”. No Brasil, a SAE começou a ser implantada com maior ênfase 
em alguns Serviços de Enfermagem nas décadas de 1970 e 80, por Wanda de 
Aguiar Horta. (SANTOS, MAP. DIAS, PL. GONZAGA, MFN. 2017) 
Hoje em dia a Resolução do Conselho Federal de Enfermagem considera 
a SAE, uma atividade privativa do enfermeiro, que utiliza método e estratégia de 
trabalho científico para a identificação das situações de saúde/doença. Ela 
subsidia ações de assistência de enfermagem e contribui para a promoção, 
prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo, família e 
comunidade. A SAE favorece o aumento na qualidade prestada ao cliente, 
consolida e dá subsídio à profissão. (OLIVEIRA, RS. et al. 2015) 
O sucesso da implementação da SAE nas Unidades de Saúde depende 
principalmente do interesse da Direção de enfermagem em adotar a sistemática, 
pois os projetos de aplicação da SAE tendem a trazer resultados favoráveis para 
o paciente, e possuem boa aceitação dos componentes das equipes, de 
enfermagem e interdisciplinares, portanto não basta que as chefias de 
enfermagem determinem o que deve ser feito: é indispensável que a iniciativa 
seja aceita e adotada por todos os profissionais da categoria interessados em 
aprender a planejar os cuidados de enfermagem; além da importância de serem 
estabelecidos critérios específicos de ação. (OLIVEIRA, ML. PAULA, TR. 
FREITAS, JB. 2007) 
O esclarecimento, treinamento e capacitação da equipe multiprofissional 
na relação e forma de trabalho é uma estratégia que precisa envolver os 
diferentes profissionais na dinâmica. Tal atividade deve ser motivante e de 
incentivo para todos, pois da participação e envolvimento de todos depende o 
sucesso da SAE nas Unidades de Saúde. Isto porque a SAE traz como 
prioridade um novo arquétipo teórico para a prática assistencial, fazendo com 
48 
 
que a atuação dos profissionais de enfermagem seja cientificamente coerente, 
deste modo, conclui que a SAE representa a construção dinâmica de um novo 
espaço profissional voltado para um sistema de valor social e cultural que 
pressupõe a superação do conformismo, da fragmentação e da burocratização, 
a fim de estimular a liberação da criatividade e da subjetividade, tendo em vista 
a percepção da realidade, com consequente mudança no perfil profissional do 
enfermeiro. (SANTOS, WN. 2014) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
7 CONCLUSÃO 
 
Essencialmente, a SAE permite organizar o cuidado a partir da adoção de um 
método sistematizado, que proporciona ao enfermeiro estrutura para a tomada de 
decisão durante a assistência de enfermagem, tornando-a mais científica e menos 
intuitiva. 
Contudo, conclui-se que o profissional de enfermagem, deve dispor de um grande 
leque nas habilidades e competências, dentre as quais técnico-científico, 
assumindo-as de forma equânime, interdependente e autônoma. A constante 
procura pelo conhecimento e a sua integração permitem o alcance do “Saber-
Saber”, “Saber-Fazer” e “Saber-Ser". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
REDERÊNCIAS 
 
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Saúde (Org.). III Diretrizes para Tuberculose da Sociedade Brasileira de 
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1048. out. 2009Acesso em 08 abril. 2022. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v35n10/v35n10a11.pdf>. 
 
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em pacientes com infarto agudo do miocárdio complicado por choque 
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Disponível em: https://bjhbs.hupe.uerj.br/WebRoot/pdf/177_pt.pdf 
 
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ANEXO

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