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GERENCIAMENTO DE OBRAS PLANEJAMENTO E CONTROLE

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1 
 
GERENCIAMENTO DE OBRAS: PLANEJAMENTO E CONTROLE 
 
Dalva Ferreira de Sena 
Técnica em Edificações; Graduando em Engenharia Civil – Centro Universitário do Norte – Uninorte. 
Departamento de Ciências Exatas, Manaus – Amazonas. dalvasena70@gmail.com 
 
Orientadora: Fabíola Bento de Andrade 
Mestre em Geologia Ambiental – Universidade Federal do Amazonas-UFAM 
 
RESUMO: A construção civil sofre grandes mudanças em decorrência das 
mudanças no processo produtivo, sendo assim, faz-se necessário estudar a respeito 
dos métodos de planejamento necessários para obter bons rendimentos durante e 
após a execução de obras. O objetivo do presente estudo é verificar de que maneira 
um planejamento para controle e gerenciamento de obras pode influenciar no 
andamento da construção de um empreendimento. Para tanto, foram traçados os 
seguintes objetivos específicos: demonstrar técnicas para a construção e elaboração 
de cronogramas para o planejamento de obras; Descrever as etapas de um projeto 
para o planejamento e controle de obras; Investigar qual a importância do 
planejamento em construções de alvenaria estrutural. A metodologia de pesquisa 
utilizada para a construção do estudo foi a pesquisa bibliográfica e pesquisa 
documental, caracterizadas pela flexibilidade na coleta de dados e uso de fontes 
bibliográfica disponíveis em livros, sites, artigos científicos, dentre outras fontes 
acadêmicas. Verificou-se que planejamento é parte essencial para o gerenciamento 
de uma unidade de obras. É a partir dele que se torna possível prever ou corrigir 
erros, além de delegar atividades a grupos de trabalho, bem como contra recursos 
financeiros e garantir a entrega do empreendimento no prazo estipulado. 
 
Palavras-chave: Gerenciamento; Planejamento; Controle. 
 
 
ABSTRACT: Civil construction undergoes great changes as a result of the changes 
in the production process, so it is necessary to study the planning methods 
necessary to obtain good income during and after the execution of works. The 
objective of the present study is to verify how a planning for control and management 
of works can influence the progress of the construction of an enterprise. For this, the 
following specific objectives were outlined: to demonstrate techniques for the 
construction and elaboration of schedules for the planning of works; Describe the 
steps of a project for the planning and control of works; Investigate the importance of 
planning in structural masonry constructions. The research methodology used for the 
construction of the study was the bibliographical research and documentary 
research, characterized by the flexibility in data collection and the use of bibliographic 
sources available in books, websites, scientific articles, among other academic 
sources. It has been found that planning is an essential part of the management of a 
works unit. It is from this that it becomes possible to predict or correct errors, as well 
as delegate activities to work groups, as well as against financial resources and 
guarantee the delivery of the enterprise within the stipulated time. 
 
Key-words: Management; Planning; Control. 
 
mailto:dalvasena70@gmail.com
2 
 
1. INTRODUÇÃO 
A indústria da construção civil vem sofrendo grandes mudanças nas ultimas 
décadas. Em detrimento do crescimento da concorrência os processos construtivos 
necessitam cada vez mais de mão de obra especializada e capacitada para atender 
a demanda do mercado, principalmente no que diz respeito ao planejamento, 
gerenciamento e controle de processos de modo que a execução de serviços 
alcance índices adequados de qualidade e produtividade. No Brasil, o ramo é um 
dos principais setores industriais da economia nacional, representando cerca de 5% 
do Produto interno Bruto (PIB) brasileiro (PIRES, 2014). 
Sendo assim, o processo de planejamento e controle da produção torna-se 
indispensável em empresas que inclui, de acordo com Silva (2011), estudos de 
longo, médio e curto prazo, com enfoque específico em elaboração e alcance de 
metas, bem como em programações diárias, de modo que o gerenciamento de 
obras vise um melhor sistema produtivo, investindo em tecnologias para ampliar a 
produção e qualificar os lucros, tendo em vista a competitividade existente entre as 
empresas do ramo de construção civil. 
 
O planejamento cumpre um papel fundamental na gestão dos 
empreendimentos, podendo variar de gestão de acordo com a filosofia e 
necessidade de cada organização, sendo ele sempre um ingrediente 
essencial para a função gerencial, ou seja, é um conjunto de processos, 
missões, diretrizes e ações que serão elaborados, implantados, 
desenvolvidos, implementados e gerenciados em prol de um objetivo 
distinto preestabelecido. O planejamento tem por finalidade antecipar as 
situações previsíveis; predeterminar os acontecimentos preservando as 
lógicas dos eventos (SILVA, 2011, 15). 
 
Pires (2014) aponta que o planejamento, controle e gerenciamento de obras 
possibilita ao engenheiro a capacidade de conhecer previamente o local de obra, de 
modo que permite a este verificar os pontos críticos em que se devem tomar 
precauções, bem como apontar variações entre o custo real da obra o custo orçado, 
promovendo maior agilidade na tomada de decisões, entre outros. 
Desta maneira, o objetivo geral do presente estudo é verificar de que maneira 
um planejamento para controle e gerenciamento de obras pode influenciar no 
andamento da construção de um empreendimento. Justifica-se a escolha do tema 
devido a sua importância para o ramo da construção civil descrita acima. Tendo em 
vista a alta competitividade no ramo, faz-se necessário desenvolver trabalhos sobre 
a temática de modo a fomentar estudos acadêmicos que possibilitem conhecer a 
importância do planejamento, controle e gerenciamento de obras. 
3 
 
2. METODOLOGIA 
 
A pesquisa trata-se do procedimento adotado de maneira sistemática e 
racional que tem por interesse oferecer respostas à problemática em questão 
fazendo uso de métodos e técnicas, dentre outros procedimentos científicos (GIL, 
2010). Kauark (2010) indica que a pesquisa diz respeito ao caminho para se chegar 
à ciência, ao conhecimento. 
O tipo de estudo para Lakatos (2003), o método de abordagem para (2003) e 
Gil (2008) optou-se pelo método dedutivo que parte do geral para seguir ao 
particular. Assim, conforme explica Laje e Heinski (2017), tal método parte das leis e 
teorias para predizer a ocorrência de fenômenos particulares, em conexão 
descendente. 
Assim, a metodologia de estudo adotada na pesquisa foi o método dedutivo, 
pois este se propõe a compreender os fenômenos vinculados à temática de 
pesquisa partindo do conhecimento de dados universais para obter respostas de 
questionamentos mais específicos (GIL, 2008). 
A tipologia de pesquisa utilizada neste estudo foi a exploratória, pois, como 
explica Gil (2010), proporciona maior familiaridade com o problema escolhido, além 
de possuir planejamento bastante flexível com as mais diversas variáveis que 
possam vir a aparecer sobre a temática. 
Laje e Heinski (2017) aponto que tal tipologia tem como finalidade 
desenvolver, esclarecer e modificar conceitos, com vistas a formulação de 
problemas ou hipóteses pesquisáveis. Assim, após a finalização do processo de 
pesquisa tem-se um problema esclarecido e passível de investigação. 
O estudo baseou-se em uma pesquisa bibliográfica e documental, tendo em 
vista que estas possibilitaram um levantamento dos registros disponíveis sobre a 
temática, utilizando categorias teóricas já trabalhadas, assim como na pesquisa 
documental que permite aprofundar o conhecimento sobre o tema através da busca 
por dados estatísticos, relatórios, dentre outras informações relevantes (SEVERINO, 
2007). 
Assim, a coleta de dados deu-se por meio de uma pesquisa bibliográfica, 
segundo Laje e Heinski (2017), é necessária em todo tipo de pesquisa, partindo-se 
de fenômenos já investigadosna área de estudo. Já na pesquisa documental 
conforme mesmos autores, a coleta de dados nesse tipo de pesquisa se dá a partir 
4 
 
de documentos que podem ser históricos, institucionais, associativos, oficiais etc. 
Essa coleta de dados exige análise por parte do pesquisador. São considerados 
documentos: regulamentos, normas, pareceres, cartas, memorandos, diários 
pessoais, autobiografias, jornais, revistas, discursos, roteiros de programas de rádio 
e televisão, estatísticas, arquivos escolares. 
 
3. RESULTADOS 
 
3.1 O Planejamento em construção civil - conceituação 
Para o sucesso de um empreendimento o planejamento, de acordo com Silva 
(2011) mostra-se essencial, pois possibilita a adaptação de informações dos 
diversos setores de uma unidade empresarial, para posteriormente serem aplicados 
os conhecimentos obtidos em uma construção. 
A mesma fonte indica que o planejamento é a tomada de decisão 
antecipadamente, isto por que trata-se de um processo onde são discutidos fatos e 
ocorrências já previstas anteriormente acerca da construção, a partir dessa 
discussão, são feitas propostas, bem como repasse de informações que possibilitam 
a apresentação de resultados pretendidos entre os setores de uma unidade 
empresarial ou até mesmo entre empresas colaborativas. 
Desta maneira, a tomada de decisão está intimamente vinculada ao 
planejamento, pois prevê e estuda meios eficazes de alcançar os objetivos e metas 
desejados. Sendo assim, pode-se dizer que o planejamento faz patê do processo 
gerencial de tomada de decisão, tendo em vista o estabelecimento de metas e 
objetivos a serem cumpridos, faz-se necessário um controle para efetivá-lo (FILHO, 
2010). 
Em uma construção civil o processo de planejamento deve ser realizado 
várias vezes, assim, replanejar, significa dizer que novas informações estão 
disponíveis sobre o empreendimento devido ao progresso da obra, portanto, o 
planejamento, não é um processo único (FILHO, 2010). 
3.1.1 A tomada de decisão – processo decisório 
O avanço da ciência trouxe consigo uma nova abordagem ao processo 
decisório, sendo esta capaz de medir, comprovar e analisar, mas, para fazê-lo, 
5 
 
quebra e analisa. À luz da ciência, a decisão é inerente ao ser humano, sendo fruto 
da racionalidade. É importante afirmar que a racionalidade é a capacidade de usar a 
razão para conhecer, julgar e elaborar pensamentos e explicações, e é ela que 
habilita o homem a escolher entre alternativas, a julgar os riscos decorrentes das 
suas consequências, além de efetuar escolhas conscientes e deliberadas. "Como 
toda decisão envolve fatos e julgamentos, além de um conteúdo factual, ela guarda 
também um conteúdo ético" (PEREIRA; FONSECA, p. 7). 
Segundo Mora (2004), a decisão é uma das estruturas fundamentais da 
existência humana. Imagina-se que essa existência tem de decidir rotineiramente. 
Como bem nos assegura Barker (2014), a decisão é a função mais importante da 
mente de cada indivíduo. Nenhum processo criativo pode ter início enquanto não se 
tomar uma decisão. 
A decisão facilita acompanhar as grandes transformações que estão 
relacionadas com as mudanças de paradigmas. (PEREIRA; FONSECA, 2009, p. 58), 
sendo assim, possibilita "a transformação da sociedade, pois está regida pela 
mudança dos paradigmas acometida pelo processo decisório". Com isso, pode-se 
dizer que a decisão é aplicada em todos os sistemas sociais. 
A tomada de decisão é um processo que acontece por meio de três etapas: a 
percepção do problema, os fatores que direcionam a escolha das alternativas e as 
consequências da decisão. A percepção do problema nos alerta sobre a 
necessidade de decidir, implicando escolha ou mudança. O problema é o desvio 
entre aquilo que percebemos e as nossas expectativas ou necessidades, ou seja, 
quando a realidade percebida é diferente do modo como gostaríamos que ela fosse. 
Os fatores que direcionam a escolha das alternativas estão relacionados ao fato de 
opinar entre opções que trazem características intrínsecas, como por exemplo, 
informações das variáveis e riscos que a decisão pode ocasionar (Ibidem, 2009). 
A análise das alternativas implica a avaliação de suas consequências, ou 
seja, dos acontecimentos que virão após a escolha da alternativa. Cita-se, como 
exemplo, no âmbito empresarial, a determinada situação: uma empresa conhecida 
se depara com a queda das vendas de um produto que fabrica há bastante tempo e 
já lhe rendeu lucros elevados. E esse produto se tornou obsoleto, pois foi inovado 
pelo seu concorrente. Nesse contexto, a empresa se depara com o fato que terá de 
decidir se inova também ou bane esse produto de seu portfólio (Ibidem, 2009). 
6 
 
O referido autor demonstra que o processo decisório deve sempre ser 
encarado como um fenômeno global, mesmo que seja estudado separadamente, em 
seus aspectos mágicos, fisiológicos, psicológicos, emocionais, racionais, lógicos e 
outros eventuais. Nesse sentido, a decisão permite que avaliemos as alternativas 
com suas características, pesando suas consequências. 
A informação é todo conjunto de dados organizados de forma a terem sentido 
e valor para seu destinatário. Este interpreta o significado, tira conclusões e faz 
deduções a partir deles (TURBAN; MCLEAN; WETHERBE, 2004). Assim, a 
informação decorre de dados concatenados, que passaram por um processo de 
transformação, cuja forma e conteúdo são apropriados para um uso específico 
(AUDY; ANDRADE; CIDRAL, 2005). 
Para Pereira; Fonseca (2009, p. 25) a informação no mundo atual é um 
recurso estratégico para as pessoas, organizações e governos, de acordo com eles 
“a qualidade da decisão está intimamente condicionada à informação existente, por 
isso a informação afeta profundamente a vida das pessoas e das empresas”. Sendo 
assim, compreende-se que a informação é aplicada para agregar valor às pessoas, 
e a sobrevivência das empresas. 
Os mesmos autores apontam que nas empresas, a liderança do gestor 
depende de orientação, participação, compartilhamento, responsabilidade e 
consequência. Não é possível integrar todos esses processos sem o uso da 
tecnologia da informação. “A tecnologia da informação surgiu da necessidade de se 
estabelecerem estratégias e instrumentos de captação, organização, interpretação e 
uso das informações” (p. 29). Nesse sentido, a informação permite que as pessoas 
rompam com os antigos paradigmas e criem novas formas de viver. 
As decisões nas empresas mudam no decorrer do tempo, refletem seus 
valores, suas crises, seus padrões. No momento, o estudo da decisão é marcado 
por três eventos de suma importância, são eles: o desenvolvimento constante da 
informática e a comunicação; o uso de novos recursos, que viabilizam a agilidade e 
a precisão do processo decisório e a diminuição considerável do emprego como 
relação de trabalho e a conquista da autonomia do trabalhador (Ibidem, 2009). 
Para Silveira (2017, p. 32), decisões empresariais visam maximizar a 
perspectiva de geração de valor de longo prazo para a companhia, assim, “a decisão 
empresarial permite, na literatura acadêmica, ser interpretada, muitas vezes, como 
7 
 
um conjunto de mecanismos internos e externos às empresas que visam melhorar a 
cadeia de valor e, consequentemente, maximizar lucros”. 
O referido autor destacam-se dois tipos de decisões empresariais, as 
decisões estratégicas e as decisões rotineiras. As decisões estratégicas estão 
relacionadas com as grandes mudanças ambientais, são decisões que impactam o 
futuro das organizações, que ameaçam a sua identidade ou que exigem 
transformações profundas, seja na tecnologia, nos comportamentos ou na estrutura 
da empresa. Decisões desse tipo são decisões de alto risco. As decisões rotineiras 
são tomadas de maneira repetida e programadas pelas normas, regulamentos, 
procedimentos e padrões. Ao contrário das primeiras, são decisões de baixo risco. 
Desta maneira, nota-seque é importante compreender as decisões nas 
empresas como a escolha de uma alternativa implica a renúncia de outras, o que faz 
com que toda decisão gere sempre um sentimento de perda, e como as variáveis 
influenciam essa tomada de decisão. 
3.2 Tipos de planejamento 
O planejamento, segundo Silva (2014) pode ser dividido em três tipos: 
planejamento estratégico ou de longo prazo, planejamento tático ou de médio prazo 
e planejamento operacional ou de curto prazo, vejamos cada um deles e suas 
diferenciações a seguir: 
3.2.1 Planejamento estratégico ou de longo prazo 
Mais conhecido como planejamento de logo prazo, este tipo de planejamento 
considera o período de tempo de obra como uma variante de maior incerteza 
associada ao empreendimento. Geralmente, utiliza-se o diagrama de Grantt (figura 
1) para ilustrar os avanços nas etapas de um projeto, tal gráfico, desenvolvido em 
1917 pelo engenheiro Henry Grant é utilizado como ferramenta de controle de 
produção e possibilita a visualização das tarefas imputadas a cada membro de uma 
equipe, além de demonstrar o tempo necessário para cumpri-la (PIRES, 2014). 
Associado a esta ideia, está à forma de representação gráfica, das 
atividades de um projeto, admitindo a avaliação dos seus custos, resultante 
do consumo dos meios precisos para a conclusão de cada uma das tarefas 
do mesmo. O desempenho do projeto é referido por medição relativa entre o 
tempo decorrido e o grau atual de conclusão da tarefa, perante o previsto, e 
a partir do diagrama de Gantt, deixa claras as conclusões sobre a sua 
realização em termos de custo e prazo. Uma das técnicas de balizamento 
mais frequente e utilizadas para aquele efeito é chamado de EVM (Earned 
Value Management) (PIRES, 2014, p. 39.) 
 
8 
 
Depois de finalizado o planejamento de longo prazo obtém-se um plano 
mestre onde estão contidas as datas importantes relacionadas ao empreendimento, 
ou seja, data de entrega, conclusão e tarefas criticas. Vale lembrar que todo 
cronograma de planejamento deve apresentar um caminho critico, composto com 
tarefa que possuam folga zero ou negativa, tendo uma única data de inicio, além de 
identificar previamente a impossibilidade de dar inicio a uma atividade na data 
correta, desta maneira, poderão ser planejadas previamente ações preventivas ou 
corretivas, de modo que não seja atraso como um todo o projeto (BERNARDES, 
2001). 
 
 
Figura 1: Diagrama de Grantt FONTE: Adaptado Filho (2010) 
 
 
3.2.2 Planejamento tático ou de médio prazo 
Este tipo de planejamento requer um tempo menor, geralmente por volta de 
três semanas, e tem como principal função ligar o planejamento estratégico com o 
operacional. Para Filho et. al. (2010) o planejamento de médio prazo tem como 
objetivo: atualizar o revisar o plano de longo prazo da obra; criar meios para a 
execução do trabalho; transformar o plano anterior em pacotes de trabalho; 
promover um fluxo de trabalho adequado, facilitando o alcance de objetivos do 
empreendimento; além de identificar a quantidade de trabalho e recursos para 
atender ao fluxo de trabalho. 
9 
 
Desta maneira, o plano de médio prazo baseia-se no plano de longo prazo 
para obter resultados, pormenorizando as atividades programada no plano anterior 
para dispor de pacotes de trabalho. Para tanto, o plano de longo prazo não deve ser 
muito detalhado, pois no decorrer do plano de médio prazo este será renovado com 
datas aproximadas de execução dos serviços, caso contrário, o plano de longo 
prazo rapidamente ficará desatualizado frente ao atraso no ritmo de execução de 
atividades ( COLEHO, 2003). 
3.2.3 Planejamento operacional ou de curto prazo 
No planejamento de curto prazo o detalhamento é mais avançado que nos 
tipos descritos acima, tendo em vista que as incertezas neste tipo de planejamento 
são bem menores, este por sua vez trata de metas a serem executadas em até duas 
semanas. Para Bernardes (2001) este tipo de planejamento permite ordenar equipes 
de trabalho para a execução de serviços de pacotes de trabalho do plano de médio 
prazo semanalmente. De acordo com Pires (2014, P. 42): 
 
Uma vez executados os serviços de curto prazo estabelecidos 
semanalmente, devem-se ser calcular as porcentagens das atividades 
planejadas e concluídas (PPC), obtidas através do quociente da quantidade 
no prazo previsto para um período. É imperativo identificar os motivos das 
falhas da não realização dos serviços e dissipá-las o quanto antes visando 
melhorar continuamente a confiabilidade do planejamento (BALLARD e 
HOWELL, 1997 apud PIRES, 2014, p. 42). 
 
Neste tipo de planejamento torna-se viável elaborar planos para a execução 
de todas as atividades da obra, para tanto, é necessário uma programação da 
sequencia de equipes dos diferentes serviços envolvidos no empreendimento, bem 
como uma avaliação quantificando os recursos disponíveis, tais como: materiais, 
mão de obra e equipamento. 
3.3 Etapas de um projeto 
Na construção de um empreendimento, independentemente do porte de 
obra, há prazos a serem cumpridos, desde o inicio ao término, sendo este ultimo o 
momento em que os objetivos do empreendimento foram alcançados. Em uma 
construção é necessário o estabelecimento de prazos de inicio e fim, bem como 
10 
 
pontos intermediários que definem o ciclo de execução do projeto (FAGUNDES, 
2013). 
Para Nocera (2010) um empreendimento de engenharia deve respeitar uma 
sequencia lógica de evento até o produto final, para o autor, o nível de esforço 
pode ser percebido em uma escala de, iniciada em zero que corresponde ao nível 
de esforço inicial, a partir daí seu crescimento é ascendente, conforme as etapas 
programadas de execução vão sendo alcançadas, para então, próximo ao fim da 
atividades planejadas começar a reduzir bruscamente, voltando ao ponto inicial 
conforme demonstra a figura 2. 
 
Figura 2: Lógica do andamento de obra em empreendimento de engenharia FONTE: Fagundes (2013). 
 
É necessário o cumprimento das atividades previstas em 5° etapas do 
projeto de engenharia, de acordo com MATTOS (2010), são elas: 
concepção/iniciação; indicadores históricos; planejamento; execução e conclusão 
(quadro1): 
11 
 
Quadro 1: Fases de um projeto de engenharia FONTE: Adaptado de MATTOS (2010) 
 
Na fase de iniciação são definidos o escopo e objetivos daquilo que será 
projetado, além disso, nesta fase é feita a formulação do empreendimento, 
delimitando objetivos em fases que deverão ser seguidas. Em seguida, há que se 
considerar os indicadores históricos do local onde será realizada tal construção, para 
tanto são elaborados o estudo de viabilidade do projeto, a identificação da fonte 
orçamentária, verificando que órgão viabilizarão os recursos financeiros para o 
desenvolvimento do projeto, bem como o anteprojeto onde deverá constar o 
orçamento, identificação dos serviços e especificações do projeto (FAGUNDES, 
2013). 
A fase seguinte é intitulada Planejamento, nesta fase é produzido o 
orçamento analítico dos custos de execução, o cronograma e definição de prazos, 
bem como o projeto básico onde serão incluídos todos os elementos necessários 
Concepção/
Iniciação
*Definição do escopo: Processo de determinação do programa de necessidades, isto é, 
as linhas gerais do objetivo a ser projetado. 
* Formulação do empreendimento: Delimitação do objetivo em lotes, fases, forma de 
contratação etc.
Indicadores 
históricos
*Estudo de viabilidade: Análise de custo-benefício, avaliação dos resultados a serem 
obtidos em função do custo orçado, determinação de montante requerido ao longo do 
tempo. *Identificação da fonte orçamentária: Recursos próprios, empréstimos, linhas de 
financiamento, solução mista. 
*Anteprojeto → projeto básico: Desenvolvimento inicial do anteprojeto, com evolução 
até o projeto básico, quando já passa a conter os elementos necessários para 
orçamento, especificações e identificação dos serviços necessários.Planejamen
to
*Orçamento analítico: Composição de custo e serviço, com relação de insumos e 
margem de erro menor que a do orçamento preliminar. 
*Planejamento: Elaboração de cronograma de obra realista, com definição de prazos e 
marcos contratuais. 
*Projeto básico → projeto executivo: Detalhamento do projeto básico, com inclusão de 
todos os elementos necessários para a execução da obra
Execução
*Obras civis: Execução dos serviços de campo, aplicação de materiais e utilização de 
mão de obra e equipamentos. 
*Montagens mecânicas e instalações elétricas e sanitárias: Atividades de campo. 
*Administração contratual: Medições, diário de obra, aplicação de penalidade, aditivos 
ao contrato etc. 
*Fiscalização de obra ou serviço: Supervisão das atividades de campo, reuniões de 
avaliação do progresso, resolução de problemas, etc.
Conclusão 
*Comissionamento: Colocação em funcionamento e testes de operação do produto 
final. 
*Inspeção final: Teste para recebimento do objeto contratado. *Transferência de 
responsabilidades: Recebimento da obra e destinação final do produto. 
*Liberação de retenção contratual: Caso a empresa contratante tenha retido dinheiro da 
empresa exultante. 
*Resolução das últimas pendências: Encontro de contas, pagamento de medições 
atrasadas, negociações de pleitos contratuais etc. 
*Termo de recebimento: Provisório e definitivo. 
FASES DE UM PROJETO DE ENGENHARIA
12 
 
para a execução da obra. Na fase de execução são desenvolvidos os serviços de 
campo, montagens mecânicas e instalações elétricas, registros de andamento de 
obra, assim como a fiscalização. Na fase de conclusão, marcada pela finalização da 
obra, é realizado o comissionamento, a inspeção final, liberação de retenção 
contratual financeira, além da resolução das ultimas pendências e a assinatura do 
termo de recebimento provisório e definitivo da obra (MATOS, 2010). 
 
4. DISCUSSÃO 
4.1 A importância do planejamento para o gerenciamento de obras 
Em uma unidade de obra o planejamento mostra-se de suma importância 
para o conhecimento do empreendimento, é através dele que o gestor da obra pode 
conduzir seus trabalhos de modo mais eficiente (MATTOS, 2010). 
Fagundes (2013) corrobora indicando que o uso do planejamento em uma 
obra pode ser aplicado em qualquer trabalho, seja ele de grande ou baixa 
complexidade ou de alto ou baixo orçamento. Já Nocera (2010) lembra que, além 
destes benefícios, a aplicação de um planejamento bem estruturado em um 
empreendimento propicia um que um projeto seja executado dentro dos prazos 
estipulados, evitando atrasos desnecessários, tendo em vista que este permite a 
previsão de problemas, de modo que possam ser tomadas medidas preventivas e 
corretivas. 
Nocera (2010) lembra ainda que há benefícios tanto para o cliente, quanto 
para a construtora, dentre eles o autor destaca: a finalização do projeto dentro das 
datas previstas, o controle de gastos, levando em consideração que os gastos foram 
orçados corretamente, benefícios técnicos como a entrega do projeto de acordo com 
as especificações projetadas, além da satisfação do cliente devido ao cumprimento 
do prazo, dos custos e da qualidade possibilitadas pelo planejamento adequado do 
processo de construção. 
Ao engenheiro, planejamento possibilita informações sobre a produtividade 
dos setores de orçamento e planejamento, a duração das tarefas e as sequencias 
de atividades previstas. Outra vantagem do planejamento, conforme já elucidado 
anteriormente, é a previsão de pontos críticos, desta maneira, o gestor pode prever 
falas ou problemas no processo de construção e tomar as medidas cabíveis para 
evitar tal situação ou amenizar possíveis contratempos, tal possibilidade torna 
13 
 
possível, por exemplo, administrar o desenvolvimento de obras em localidades onde 
o clima será em algum momento desfavorável para os procedimentos de construção, 
desta maneira, o cronograma de atividades pode ser adiantado ou retardado, 
conforme as necessidades (SILVA, 2014). 
O planejamento é amalgamado ao processo decisório, sendo assim, com o 
planejamento adequado das ações necessárias para o andamento de um projeto 
este processo torna-se mais ágil, possibilitando ainda avaliar inadequações e 
oportunidades de melhoria do processo (MATTOS, 2010). 
A questão orçamentária da construção também é beneficiada pelo 
planejamento, para PIRES (2014, p. 20): 
 
A relação com o orçamento, já que ao juntar as informações de índices de 
produtividade e dimensionamento de equipes com o planejamento, é 
possível avaliar inadequações e oportunidades de melhoria. Uma 
otimização da alocação dos recursos, uma vez que ao conhecer as folgas 
presentes no planejamento da obra é possível nivelar a quantidade de mão 
de obra e de equipamentos entre os diversos serviços. 
 
Além dos benefícios supracitados, Fagundes (2013) aponta: 
Quadro 2: Benefícios do Planejamento FONTE: Adaptado Fagundes (2013) 
 
Alta 
administração
Aumento de produtividade e lucro com utilização eficiente e eficaz dos recursos. 
Retorno do investimento mais rápido e melhor, com entregas no prazo e custo 
previstos. 
Melhora da competitividade, obtida pelo aumento da satisfação dos clientes. 
Melhoras da comunicação interna da organização 
Melhor previsibilidade dos resultados dos projetos. 
Aumento da confiança na capacidade empresarial da organização. 
Melhor capacidade de resposta às mudanças solicitadas pelo cliente
Equipe de 
trabalho
Permitir que cada membro da equipe saiba exatamente o que deve fazer, quando fazer 
e como fazer. 
Participar de uma equipe coesa, integrada e direcionada aos objetivos do projeto. 
Permitir a cada membro da equipe saber em qualquer momento onde está (com relação 
aos grupos de gerenciamento do projeto) e quais suas funções e atividades naquele 
momento. 
Aumento da confiança de cada membro da equipe em poder executar e completar o 
trabalho. 
Aumento do orgulho profissional pela capacidade de desenvolvimento do trabalho.
Cliente
Visualizar que a organização esta estruturada e preparada para o projeto e possíveis 
mudanças no decorrer do mesmo. 
Visualizar que o planejamento do projeto está claramente definido e atende às suas 
necessidades. 
Visualizar que os objetivos do projeto estão sendo seguidos e atingidos. 
Visualizar que os trabalhos do projeto estão sendo executados de acordo com os 
requisitos. 
Ter satisfação com o produto final do projeto e com todos os resultados obtidos.
BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO
14 
 
4.1.1 Adendos sobre a qualidade 
A palavra qualidade deriva do latim qualitate que quer dizer “atributo, 
condição natural ou propriedade pela qual algo ou alguém se individualiza, 
distinguindo-se dos demais” (BARBOSA, 2013, p. 34) e, de acordo com Roth (2011), 
seu significado pode estar vinculado à percepção individual das pessoas e sofre 
influencia de fatores culturais, modelos mentais, necessidades e expectativas 
pessoais. 
A mesma autora demonstra que a qualidade pode ser verificada a partir de 
duas óticas: a primeira seria a percepção do produtor, quando será associada à 
forma de produção de um produto, e a outra seria a visão do cliente que se vincula 
ao valor q a utilidade que o cliente reconhece no produto que lhe é ofertado. 
Ao longo do século XX o conceito de qualidade sofreu diversas modificações. 
De acordo com Roth (2011) qualidade era entendida como uma forma de conferir o 
trabalho de artesãos, já nos dias atuais, este termo vincula-se a intensa saturação 
dos produtos de diferentes marcas e modelos no mercado, nesse sentido, o autor 
afirma que o conceito evoluiu, deixando de ser apenas uma oferta dos fabricantes 
para tornarem-se uma exigência dos clientes. 
Esta mudança acompanhou o período da Revolução Industrial que trouxe 
novas perspectivas na abordagem da qualidade devido ao aumento da escala de 
produção, surge ai o conceito de controle de qualidade. O foco daqualidade deixou 
de ser apenas o produto final. A inspeção dos produtos desde a produção até o 
resultado final introduziu o controle de qualidade no mercado e atualmente este 
controle é feito por via estatística, com ênfase na detecção de defeitos (ROTH, 
2011). 
Um dos grandes nomes do controle estatístico de qualidade é Shewart. 
Conforme explicita Paladini (2000), este engenheiro foi responsável pela criação dos 
gráficos de controle, uma das ferramentas mais utilizadas no controle de qualidade, 
pois analisa resultados das inspeções por meio de gráficos de controle de modo que 
possibilite a distinguir entre as causas de variação comuns ao processo e causas 
especiais. 
4.1.2 Deficiências do Planejamento 
Dentre as principais causas de baixa produtividade no setor de construção 
estão a deficiências no planejamento e controle de uma obra, para Mattos (2010) 
15 
 
isto se dá devido às elevadas perdas e da baixa qualidade dos produtos utilizados. 
O autor afirma ainda que quando a empresa trabalha com improvisação e pouco 
planejamento de suas atividades, acreditando apenas na experiência dos 
profissionais que possui para cumprir as exigências das obras, tais como prazos e 
orçamentos os índices de qualidade e confiabilidade no processo de construção 
podem declinar. 
Um fator relevante no setor da construção civil no Brasil é o fato de a 
maioria das empresas, principalmente as de médio e pequeno porte, não 
terem planejamento ou fazerem um planejamento mal feito de seus 
empreendimentos (MATTOS, 2010 apud FAGUNDES, 2013, p. 9) 
 
No planejamento de obras civis, Mattos (2010) cita como deficiências do 
planejamento de obras civis a segregação dos setores de planejamento e controle 
da empresa, fazendo com que relatórios e cronogramas, por exemplo, sejam feitas 
isoladamente para aplicação técnica, desta maneira, as informações ficam contidas 
em poucos setores, não sendo compartilhadas com os demais, impossibilitando um 
sistema de repasse de informação. 
Ainda de acordo com o mesmo autor, há também o descrédito dos setores de 
obra devido aos parâmetros adotados, tendo em vista que muitas vezes há falta de 
domínio sobre os processos produtivos. Outro é a supervalorização dos 
responsáveis pela obra. 
4.2 Controle e o gerenciamento de obras 
O acompanhamento da execução deve ser feito continuamente, comparando 
as atividades realizadas com aquelas que foram previstas no planejamento, após a 
análise deverão ser apontadas as diferenças encontradas, bem como criando 
formas de prosseguir com a produção, esta atividade pode ser denominada de 
controle da obra e deve ser realizada continuamente (FILHO; ANDRADE, 2010). 
Com isso, Mattos (2010) aponta que se houver um controle efetivos das 
atividades, o planejamento feito anteriormente não será desperdiçado. O autor 
aponta ainda os fatores de grande valia durante o acompanhamento físico de uma 
obra para identificação das atividades em andamento e atualização do cronograma 
de ação, dentre elas, ele destaca: 
 Deve-se verificar a real data de inicio da obra; 
16 
 
 Se há diferenças entre a data prevista de entrega de alguma atividade 
e a data em que tal foi finalizada; 
 Alterações no projeto; 
 Se os níveis de produtividade estão de acordo com o planejado, caso 
contrario, haverá atrasos na obra; 
 Mudanças no planejamento ou método construtivo da obra; 
 Ocorrência de fatores climáticos fora do previsto; 
 Ocorrência de fatores imprevisíveis; 
 Atrasos no fornecimento; 
 Verificação de necessidades imprevistas ou execução de atividades 
não planejadas. 
Um dos métodos de controle é a verificação da linha de base, também 
chamada de planejamento referencial, este por sua vez é relevante, pois sempre 
serve de comparação para aquilo que já foi produzido, permitindo ainda visualizar 
desvios, atrasos ou adiantamentos no andamento da obra. Silva (2014) lembra que 
quanto mais próximo a linha base for executada a obra, melhor será, indicando que 
houveram poucas variações fora do planejado, desta maneira, caso hajam variações 
inesperadas ou indevidas, a equipe de obra poderá proceder com as medidas 
corretivas. 
Para Mattos (2010) o processo de controle de um projeto engloba três 
conjuntos de decisões. O primeiro trata-se de como monitorar o projeto para 
verificar a sua evolução. O segundo refere-se a como avaliar o desempenho do 
projeto. Já o terceiro diz respeito a como interferir no projeto para que este volte a 
seguir o planejamento. Vejamos cada um destes a seguir: 
 
Monitoramento do projeto 
Monitoramento do projeto é realizado geralmente em períodos semanais, 
quinzenais ou mensais. Fagundes (2013) explica que o controle eficaz de um projeto 
deve analisar a obra a partir de conceitos técnicos, financeiros, econômicos, físicos 
ou gerenciais, para tanto é necessária a produção de planilhas de coleta de dados 
durante a visita a campo, fazendo anotações sobre o acompanhamento que 
posteriormente irão ser relacionados com cronograma de atividades, verificando os 
17 
 
valores gastos bem como os previstos para o desenvolvimento das atividades 
referentes às obras. 
 A verificação do Progresso das atividades previstas para Mattos (2010) pode 
ser feita de diversas maneiras, dentre elas, por unidades físicas ou de trabalho 
agregando unidade de medida. Também pode ser verificada por percentual método 
este geralmente utilizado quando atividade não pode ser mensurada facilmente, 
como por exemplo em atividades de instalações hidráulicas de um edifício. Outra 
forma de aferir o progresso das atividades destacadas pelo autor é aquela realizada 
por datas, baseando-se nos prazos de entrega. 
 
Avaliação do desempenho do projeto 
Avaliação do desempenho do projeto pode ser verificada através do uso da 
ferramenta de acompanhamento do desempenho da linha de progresso, tal 
ferramenta aponta as atividades atrasadas, aquelas que estão em dia, assim como 
aquelas que estão adiantadas. Esta linha pode ser compreendida como um 
cronograma em que as barras das atividades mostram o que estava previsto para 
ser executado, as linhas dentro das Barras apontam aquilo que realmente foi 
executado até o período em que está sendo realizado o monitoramento do projeto " 
feito isso, basta ligar as linhas, e com esse zig-zag é possível avaliar facilmente 
Como está o andamento das atividades" (MATTOS, 2010). 
 
Intervenção para mudar o projeto 
Durante o monitoramento podem ser verificadas anormalidades no 
andamento das obras. Desta maneira este conjunto discutido por Mattos (2010) 
abrange as intervenções para mudar o projeto, estas são aplicadas quando o 
mesmo estiver fora de controle no que diz respeito à custo, tempo, qualidade e 
produtividade. O autor ressalta ainda a importância de todos os envolvidos no 
gerenciamento da obra sejam informados do descumprimento daquilo que estava 
planejado, bem como do tipo de intervenção que deverá ser realizada para que as 
atividades voltem ao previsto. 
 
 
 
18 
 
5. CONCLUSÃO 
O ramo da construção civil é um dos grandes responsáveis pelo PIB 
brasileiro. Sendo assim, é necessário que as atividades por ele desenvolvidas 
passem por um processo de planejamento que englobe estudo de longo, médio e 
curto prazo que possibilite o alcance de objetivos e metas, além de promover 
melhoramentos no sistema produtivo. 
Em empreendimentos construtivos é importante que haja um planejamento 
que adapte as informações de diversos setores de uma unidade empresarial, 
coletando sempre novas informações. Por se tratar de um processo constante, o 
planejamento estende-se por todo o período de obras seja ele estratégico, tático ou 
operacional, além de respeitar as etapas do projeto, desde sua concepção até a 
conclusão das atividades previstas e a resolução de problemas indesejados. 
O planejamento, assim como o controle são indispensáveis para garantir a 
qualidade,a finalização do projeto dentro das datas previstas, o controle de gastos, 
levando em consideração que os gastos foram orçados corretamente, benefícios 
técnicos como a entrega do projeto de acordo com as especificações projetadas, 
além da satisfação do cliente devido ao cumprimento do prazo, dos custos e da 
qualidade possibilitadas pelo planejamento adequado do processo de construção. 
Neste contexto, o controle da obra também é importante, o acompanhamento 
da execução deve ser feito continuamente, comparando as atividades realizadas 
com aquelas que foram previstas no planejamento, após a análise deverão ser 
apontadas as diferenças encontradas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
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VARGAS, Ricardo, MANUAL PRÁTIOCO DO PLANO DE PROJETO, 3° edição. 
Editora Brasport (2007).

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