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O que são os Transtornos de Linguagem? 
Causas e Tipos 
Autora: Maria Alice Fontes 
Fonte: http://plenamente.com.br/artigo.php?FhIdArtigo=197 em 06.03.2021 
Introdução 
 
Partindo-se do pressuposto de que a principal ferramenta para o ser humano 
interagir com o mundo e formar vínculos é a linguagem, conclui-se que 
dificuldades nos campos social e intelectual podem emergir caso exista algum 
problema no processo de desenvolvimento da linguagem do indivíduo. Tais 
dificuldades são identificadas por baixo rendimento acadêmico, isolamento 
social ou retardo no desenvolvimento cognitivo, que por sua vez, acabam 
sendo responsáveis por prejuízos no desenvolvimento psicológico da criança, 
podendo gerar transtornos de conduta ou emocionais significativos. Dessa 
forma, vários casos de Transtornos de Linguagem são assistidos tanto pelo 
fonoaudiólogo quanto pelo psicólogo e/ou outros profissionais. 1 
 
O que são os Transtornos de Linguagem? 
 
Entende-se por Transtornos de Linguagem os quadros que apresentam 
desvios nos padrões normais de aquisição da linguagem desde suas etapas 
iniciais. Entretanto, crianças normais variam amplamente na idade na qual elas 
iniciam a aquisição da linguagem falada e no ritmo no qual as habilidades de 
linguagem se tornam firmemente estabelecidas. 2 
 
Existem diferentes tipos de Transtornos de Linguagem, embora seja freqüente 
a presença de comorbidades, tanto entre si, como entre transtornos 
psicológicos. Sendo assim, muitas crianças que apresentam atrasos na 
aquisição da linguagem, possuem dificuldades de leitura e escrita, e também 
problemas nos relacionamentos interpessoais, que levam respectivamente, a 
um rendimento escolar deficiente e a possíveis transtornos da esfera emocional 
http://plenamente.com.br/artigo.php?FhIdArtigo=197
e de comportamento. 1, 2 
 
Embora a criança que apresenta algum quadro de Transtorno de Linguagem 
seja capaz de se comunicar melhor em situações que lhe sejam familiares, o 
comprometimento da linguagem existe em qualquer situação. 2 
 
Quais são as causas? 
 
As etiologias das alterações da linguagem e da fala podem envolver aspectos 
genéticos, degenerativos, lesionais, ambientais e/ou emocionais. Alguns 
autores classificam os transtornos com base em dois tipos de fatores que 
podem alterar e incidir desfavoravelmente na evolução da comunicação e da 
linguagem: fatores orgânicos, sejam eles genéticos, neurológicos ou 
anatômicos e fatores emocionais. Entretanto, outros autores consideram que a 
diferenciação entre os transtornos de etiologia orgânica e psicológica pode 
resultar mais útil no adulto, embora ambos os tipos de fatores devam ser 
considerados de forma integrada. Na criança essa diferenciação está 
ultrapassada, já que o efeito de qualquer fator orgânico ou psicológico tem 
repercussões sobre o conjunto de processos de ordem psicológica que 
constituem a aquisição e o desenvolvimento da linguagem. 3 
 
Tipos de Transtornos de Linguagem 
 
Os transtornos que interferem na comunicação do indivíduo, podem estar 
relacionados à fala, à linguagem, à audição ou à voz. 
 
Dislalia 
Normalmente até os 6 anos de idade, a maioria dos sons da fala já está 
adquirida. A dislalia ou transtorno específico de articulação da fala corre 
quando a aquisição dos sons da fala pala criança está atrasada ou desviada, 
levando a: 
 má articulação e conseqüente dificuldade para que os outros a 
entendam; 
 omissões, distorções ou substituições dos sons da fala; 
 inconsistência na coocorrência de sons (isto é, a criança pode produzir 
fonemas corretamente em algumas posições nas palavras, mas não em 
outras). 2 
A gravidade do distúrbio articulatório varia de pouco ou nenhum efeito sobre a 
inteligibilidade da fala até uma fala completamente ininteligível, embora mesmo 
nestes casos, as pessoas da família compreendam o que a criança quer 
expressar. 
 
Existem vários fatores etiológicos, além dos aspectos que favorecem 
indiretamente a existência e manutenção da alteração, como 3: 
 permanência de esquemas de articulação infantis; 
 déficit na discriminação auditiva; 
 déficit na orientação do ato motor da língua. 
Alterações na respiração, inadequação da mastigação e deglutição, hábitos 
orais inadequados (uso prolongado da chupeta e mamadeira, onicofagia e 
sucção de dedo), podem causar prejuízos anatômicos e funcionais no sistema 
orofacial da criança, alterando os movimentos adequados e necessários para a 
produção correta dos fonemas. 
 
Diversas classificações são encontradas para o distúrbio articulatório, 
entretanto, a classificação abaixo é bastante esclarecedora: 
 Dislalias fonológicas: os mecanismos de conceitualização dos sons e as 
relações entre significantes e significados estão afetados, os sons não 
se organizam em sistemas e não existe uma forma apropriada de usá-
los em um contexto; 
 Dislalias fonéticas: determinadas por processos fisiológicos, de 
realização articulatória com traços característicos de incoordenação 
motora e/ou insensibilidade orgânica. 4 
Existem alterações articulatórias nos casos de disartrias, entretanto estas são 
ocasionadas por danos cerebrais. 
 
Disfemia 
A disfemia é conhecida pela dificuldade em manter a fluência da expressão 
verbal, é um transtorno de fluência da palavra, que se caracteriza por uma 
expressão verbal interrompida em seu ritmo, de maneira mais ou menos 
brusca. 3 O tipo mais comum de disfemia é a gagueira, também chamada de 
tartamudez. 1 
 
A tartamudez se caracteriza pela interrupção da fluência verbal, por meio de 
repetições ou prolongamento dos sons, sílabas ou palavras. Freqüentemente, 
ela vem acompanhada de movimentos corporais, como balançar os braços e 
as mãos, piscar os olhos ou tremor labial, na tentativa de superar o bloqueio da 
fala. 1, 5, 6, 7, 8 Observa-se que a freqüência e a intensidade da gagueira estão 
associadas ao estado emocional do indivíduo. 
 
Muitas crianças apresentam uma disfluência, também chamada gagueira 
fisiológica, entre os dois e cinco anos de idade, o que é considerado normal, 
visto que o desenvolvimento e a aquisição da linguagem se dão de forma 
intensa nesse período. A criança apresenta uma fala vacilante, repetições de 
vocábulos, semelhantes ao gaguejar, mas assim como a disfluência aparece, 
com o desenvolvimento da criança ela cessa. Recomenda-se não chamar a 
atenção da criança a respeito desse comportamento, nem corrigi-la ou 
completar frases e palavras por ela. Nessa fase pais e professores necessitam 
paciência e a espera para que a criança possa voltar a falar com ritmo normal. 
A procura por um tratamento só deve ser feita se a disfluência permanecer 
após essa fase. 7, 8 
 
Não se reconhece uma etiologia única para a gagueira, e as formas 
terapêuticas e abordagens de tratamento são variadas, visando em alguns 
casos uma melhor adaptação social e emocional, passando pelo enfrentamento 
de situações de exposição verbal, pela diminuição da ansiedade e o aumento 
da auto-estima. 
 
Afasia 
As afasias compreendem os transtornos de linguagem causados por uma lesão 
cerebral, ocorrida após a aquisição total da linguagem ou durante seu 
processo. Existem diferentes tipo de afasias, porém elas são definidas de 
acordo com o local lesionado. 1 
 
Independente do local da lesão, a afasia é vista como um transtorno de 
linguagem no qual existe uma perda parcial ou total da capacidade de 
expressão dos pensamentos por sinais e da compreensão dos mesmos. Assim, 
entende-se que a afasia é a incapacidade de compreender a palavra falada, de 
leitura e escrita, embora essas últimas se apresentem em graus variáveis. 6 
 
Disfonias 
Embora não estejam incluídas nos transtornos de linguagem, as disfonias 
implicam as alterações na qualidade da voz ou em sua emissão, conseqüente 
de distúrbios orgânicos ou funcionais das cordas vocais ou ainda por uma 
respiraçãoincorreta. 6 A disfonia pode se apresentar através da rouquidão, 
soprosidade ou aspereza da voz. 
 
As circunstâncias afetivas, emocionais, os fatores culturais e estéticos, a idade, 
o sexo, as exigências e autovalorização da própria voz são fatores que influem 
diretamente na avaliação da patologia da vocal. 3 
 
As disfonias podem ser causadas por alterações orgânicas, desarmonia ou 
incoordenação dos músculos respiratórios, laríngeos e das cavidades de 
ressonância, principalmente geradas pelo mau uso ou abuso vocal. O 
otorrinolaringologista deve ser o médico que fará exames clínicos para 
diagnóstico juntamente com o fonoaudiólogo que atuará na reabilitação vocal. 
 
Referências Bibliográficas 
1. ARDOUIN, J., BUSTOS, C., GAYÓ, R., JARPA, M. Transtornos del 
lenguaje en la infancia, 2000. 
http://www.udec.cl/~ivalfaro/apsique/des/traslen.html 
2. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Classificação de transtornos 
mentais e de comportamento da CID-10: descrições clínicas e 
diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. 3 51 p. 
3. CASANOVA, J. P. e col. Manual de Fonoaudiologia. Porto Alegre: 
artes Médicas, 1992. 
4. ISSLER, S. Articulação e Linguagem. Antares, 1983. 
5. http://www.geocities.com/HotSprings/Sauna/6119/transtornos.htm 
6. http://ascha.org/speech/disabilities/stuttering.cfm 
7. http://www.psicologoinfanti.com/translengu.htm 
 
 
http://www.udec.cl/~ivalfaro/apsique/des/traslen.html
http://www.geocities.com/HotSprings/Sauna/6119/transtornos.htm
http://ascha.org/speech/disabilities/stuttering.cfm
http://www.psicologoinfanti.com/translengu.htm
	O que são os Transtornos de Linguagem? Causas e Tipos
	Autora: Maria Alice Fontes

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