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BRASIL
CONTEXTO HISTÓRICO 
▪O marco inicial é com a publicação das obras Missal e Broquéis, de 
Cruz e Souza – considerado o maior representante do movimento 
no país – 1893.
▪O Simbolismo no Brasil foi um movimento literário que ocorreu no 
final do século XIX e opôs-se aos movimentos Realista e 
Naturalista e Parnasianista. 
▪O movimento simbolista no Brasil surgiu após começar na França, em uma 
época em que os artistas franceses estavam reflexivos acerca das suas 
produções. Na Europa, o responsável pelo início do Simbolismo foi o poeta 
francês Charles Baudelaire, com a sua obra “As Flores do Mal” (1857). Esse 
movimento foi adotado pelos autores brasileiros, porém não teve tanta força 
como teve o Parnasianismo no Brasil.
https://www.google.com/url?q=https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/geografia/franca&sa=D&source=editors&ust=1667345026599910&usg=AOvVaw2rUf6ZaaMNShkkZfB5aLFw
https://www.google.com/url?q=https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/parnasianismo-no-brasil&sa=D&source=editors&ust=1667345026600153&usg=AOvVaw3H0NdNgeH4Bdcc9uWmhtRE
ASPECTOS GERAIS
Tanto no Brasil como em Portugal, o Simbolismo iniciou-se na última 
década do século XIX e avançou pelo início do século XX, didaticamente 
iniciada em 1893 e vai até 1902. O misticismo, o sonho, a fé, a religião são 
valores retomados numa tentativa de encontrar novos caminhos. 
O movimento rejeitou o cotidiano popular, buscou trabalhar temáticas como 
os cosmos, a alma, o espírito, as imagens oníricas, a religiosidade.
Por valorizar o mundo interior e a espiritualidade, a arte do Simbolismo é 
subjetivista, muito semelhante à dos românticos do início do século XIX. Os 
simbolistas vão além, atingindo as camadas do inconsciente e do subconsciente.
O SIMBOLISMO NO BRASIL
Iniciado oficialmente em 1893, com a publicação de Missal (poética) e 
Broquéis, de Cruz e Sousa, considerado o maior representante do movimento no 
país, ao lado de Alphonsus de Guimaraens, o Simbolismo brasileiro, segundo 
alguns autores, não foi tão relevante quanto o europeu. Em outras palavras, não 
conseguiu substituir os cânones da literatura oficial, predominantemente realista 
e parnasiana. 
Esse fenômeno não é difícil de entender: no inconsciente desta poesia e ao 
mesmo tempo intimista não respondiam às questões nacionais. 
ASPETOS GERAIS 
• Marco inicial: publicação das obras Missal e Broquéis (1893), de Cruz e 
Souza – considerado o maior representante do movimento no país , ao lado 
de Alphonsus de Guimaraens.
• Linguagem mais subjetiva, imprecisa, vaga, transcendental, musical, 
sensorial, onírica, mística, espiritual, sensual. 
Características 
• Não racionalidade.
• Subjetivismo, individualismo e imaginação.
• Espiritualidade, e transcedentalidade. 
• Subconsciente e inconsciente.
• Musicalidade e misticismo.
• Figuras de linguagem mais comum – sinestesia, aliteração, assonância. 
Cruz e Sousa
SOBRE O AUTOR 
João da Cruz e Sousa nasceu em 24 de novembro de 1861, na cidade 
catarinense de Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis).
Ele era filho de ex-escravos, mas sua educação foi patrocinada por uma 
família de aristocratas (antigos proprietários de seus pais). Foi assim que ele 
estudou no Liceu Provincial de Santa Catarina.
Desde pequeno, tinha uma inclinação para as artes, língua e literatura. Em 
Santa Catarina trabalhou como escritor no jornal abolicionista “Tribuna Popular”, 
além de ter sido diretor.
Quando jovem, sofreu discriminação racial, posto que foi proibido de assumir 
o cargo de promotor público em Laguna - SC.
Mais tarde mudou-se para o Rio de Janeiro. Na cidade maravilhosa, 
ele foi colaborador do jornal "Folha Popular" e das revistas “Ilustrada” e 
“Novidades”. Ademais, trabalhou como arquivista na Estrada de Ferro 
Central do Brasil.
Note que as publicações de Cruz e Souza para os jornais estavam, 
muitas vezes, pautadas no tema do racismo e do preconceito racial.
No Rio casou-se com Gavita Gonçalves em 1893, e com ela teve 
quatro filhos. Infelizmente todos morreram prematuramente de 
tuberculose.
SOBRE O AUTOR 
CARACTERÍSTICAS DAS OBRAS
A obra de Cruz e Souza é marcada pela musicalidade, subjetivismo, 
individualismo, pessimismo, angústia, misticismo e espiritualidade.
Tal qual as obras de outros poetas simbolistas, seus escritos estão repletos 
de figuras de linguagem: metáfora, aliteração (repetição de consoantes), 
assonância (repetição de vogais) e sinestesia, etc.
Dentre os temas mais abordados pelo autor estão o amor, o sofrimento, a 
sensualidade, a morte, a religião, além de temas associados ao abolicionismo.
Curioso notar que em suas obras e escritos, podemos constatar sua obsessão 
e predileção pela cor branca (tida como um sinônimo de pureza).
https://www.google.com/url?q=https://www.todamateria.com.br/figuras-de-linguagem/&sa=D&source=editors&ust=1667345027474369&usg=AOvVaw1bHd4upu5DFLvmwCf7qE56
→ Forma
❖ Preferência pelo soneto.
❖ Composição de outras formas de poema menos rígidas que o 
soneto.
CARACTERÍSTICAS DAS OBRAS
https://www.google.com/url?q=https://brasilescola.uol.com.br/literatura/o-soneto.htm&sa=D&source=editors&ust=1667345027481202&usg=AOvVaw3lD7CRc1GSiMU9_FgLSDTh
→ Linguagem
❖ Subjetiva.
❖ Vaga e imprecisa, com predominância de sugestões ao invés de nomeações 
objetivas.
❖ Predominância de substantivos abstratos.
❖ Predominância de adjetivos.
❖Uso frequente de figuras de linguagem, como metáfora, comparação, 
aliteração, assonância e sinestesia.
CARACTERÍSTICAS DAS OBRAS
https://www.google.com/url?q=https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/substantivo.htm&sa=D&source=editors&ust=1667345027497194&usg=AOvVaw0MwCXMEeNC3JbGTz9FRMia
https://www.google.com/url?q=https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/adjetivo.htm&sa=D&source=editors&ust=1667345027497363&usg=AOvVaw0WiWQm8Ci7LWf1bt2PjF2i
https://www.google.com/url?q=https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/figuras-linguagem.htm&sa=D&source=editors&ust=1667345027497477&usg=AOvVaw20YOtny2FShe4-cTNHsxCm
→ Conteúdo
❖ Temáticas ligadas ao misticismo e à religiosidade;
❖ Expressão de estados mentais contemplativos;
❖ Predominância de um tom pessimista, que expressa a dor existencial do eu 
lírico;
❖ Interesse por temáticas ligadas ao mistério, à noite, à morte;
❖ Predominância de uma visão de mundo antirracionalista e antimaterialista, o 
que lembra o romantismo.
CARACTERÍSTICAS DAS OBRAS
METÁFORA 
Metáfora é uma figura de linguagem muito utilizada para fazer comparações 
por semelhança. É o uso de uma palavra com o significado de outra. É um tipo 
de comparação subjetiva, momentânea. 
Ex.: Meu pensamento é um rio subterrâneo
Siderações
de Cruz e Sousa
Para as Estrelas de cristais gelados
As ânsias e os desejos vão subindo,
Galgando azuis e siderais noivados
De nuvens brancas a amplidão vestindo…
Num cortejo de cânticos alados
Os arcanjos, as cítaras ferindo,
Passam, das vestes nos troféus prateados,
As asas de ouro finamente abrindo…
Dos etéreos turíbulos de neve
Claro incenso aromal, límpido e leve,
Ondas nevoentas de Visões levanta…
E as ânsias e os desejos infinitos
Vão com os arcanjos formulando ritos
Da Eternidade que nos Astros canta…
Linguagem: a obsessão do branco
Uma característica inconfundível da obra de Cruz e Sousa é o 
uso de um vocabulário em que predominam, de modo obsessivo, 
termos associados à cor branca, como neve, névoas, alvas, brumas, 
lírios, palidez, lua (sinônimo de pureza.) 
Essa recorrência indica uma busca incessante pela “pureza das 
Formas eternas, das Essências das coisas”, que definem a base do 
projeto literário simbolista.
IMPORTANTE 
Os seus versos possuem incrível rigor musical, sendo dotados de métrica rigorosa, 
aliterações e assonâncias, em boa parte sonetos, além dos poemas em prosa – entre os 
primeiros feito no Brasil.
Destacam-se as suas imagens luminosas e o contraste com tons escuros (com 
certa obsessão pela cor branca). Seus poemas abordam o pessimismo, o 
individualismo, o sensualismo,a espiritualidade (típico no Simbolismo). 
A morbidez e o sofrimento do poeta são temas recorrentes.
Alucinação
Ó solidão do Mar, ó amargor das vagas,
ondas em convulsões, ondas em rebeldias,
desespero do Mar, furiosa ventania,
boca em fel dos tritões engasgada de pragas.
Velhas chagas do sol, ensanguentadas chagas
de ocasos purpurais de atroz melancolia,
luas tristes, fatais, da atra mudez sombria
de trágica ruína em vastidões pressagas.
Para onde tudo vai, para onde tudo voa,
sumido, confundido, esboroado, à toa,
no caos tremendo e nu dos tempos a rolar?
Que Nirvana genial há-de engolir tudo isto,
mundos de Inferno e Céu, de Judas e de Cristo,
luas, chagas do sol e turbilhões do Mar?!
CRUZ E SOUSA, J. In: TORRES, Alexandre
Observe que 
Nas duas primeiras estrofes do poema, as imagens do mar agitado e do pôr 
do sol desencadeiam a alucinação referida no título: sensações visuais, 
auditivas, táteis, olfativas, atribuídas a causas objetivas que, na realidade, não 
existem. 
Em tom pessimista, a decadência é anunciada em todos os elementos da 
natureza. A terceira estrofe concentra o desejo de compreender o sentido da 
existência: “para onde tudo vai?”, pergunta o eu lírico. A “conclusão” proposta 
na estrofe final sugere a incapacidade humana de compreender a finalidade do 
estar no mundo e o desejo simbolista de investigar a possibilidade de 
comunicação entre o indivíduo e o absoluto (no poema, representado pelo 
Nirvana). 
ALPHONSUS DE GUIMARAENS
SOBRE O AUTOR 
Estudou na cidade natal e depois cursou Direito em São Paulo. 
Alimentou uma paixão platônica pela filha do autor de A Escrava 
Isaura, Constança, que morreria de tuberculose antes de completar 
dezoito anos e, para quem escreveu muitos de seus versos. Ao 
retornar para Minas Gerais, desempenhou a função de juiz em 
Conceição do Serro e, posteriormente, em Mariana.
Casou-se com Zenaide, uma jovem de dezessete anos com quem teve 
quatorze filhos. Exceto pelo abalo sentimental que sofreu com a morte de sua 
amada. Seus poemas são suaves, apesar de expressarem melancolia. Suas 
obras caracterizam-se pela musicalidade e vocabulário expressivo. Denotam 
uma busca constante pela espiritualização e giram em torno dos seguintes 
temas:
❑ A morte da mulher amada
❑ A religiosidade litúrgica, com poemas dedicados à Virgem Maria.
ALPHONSUS DE GUIMARAENS
IMPORTANTE 
• Em toda a obra de Alphonsus de Guimaraens, a morte será 
tematizada direta e indiretamente, com inúmeras referências aos 
elementos a ela associados (os círios, os esquifes, os panos roxos, 
os campos-santos, as orações fúnebres, o réquiem). 
• Para Alphonsus, a morte é acolhida como momento de passagem, 
de transformação, que abre as portas da eternidade, pondo fim ao 
sofrimento humano.
A MORTE DA MULHER AMADA
A morte da mulher amada representa um tema dominante em 
sua obra. Seus poemas demonstram a impossibilidade de 
esquecê-la e apresentam ideias fúnebres, destacando-se a 
melancolia e a musicalidade. Podemos observar essa forte carga 
de emoção no soneto 
Hão de chorar por ela os cinamomos
Murchando as flores ao tombar do dia
Dos laranjais hão de cair os pomos
Lembrando-se daquela que os colhia.
As estrelas dirão: - "Ai, nada somos,
Pois ela se morreu silente e fria..."
E pondo os olhos nela como pomos,
Hão de chorar a irmã que lhes sorria.
A lua que lhe foi mãe carinhosa
Que a viu nascer e amar, há de envolvê-la
Entre lírios e pétalas de rosa.
Os meus sonhos de amor serão defuntos...
E os arcanjos dirão no azul ao vê-la,
Pensando em mim: - "Por que não vieram juntos?“
ALPHONSUS DE GUIMARAENS
OBSERVE QUE 
• A imagem da moça que, enlouquecida, não consegue distinguir a lua de seu 
reflexo no mar e mergulha para a morte é um símbolo da eterna busca que 
marcou os poetas do período. 
• O desejo de penetrar na esfera das essências, de alcançar a ideia pura, fez 
com que os poemas que compunham apresentassem imagens delirantes, 
envolventes, que convidavam os leitores a mergulhos sensoriais tão radicais 
quanto o de Ismália
A RELIGIOSIDADE LITÚRGICA
A morte precoce de sua amada associada ao clima místico que serviram de 
inspiração para Alphonsus de Guimaraens. 
Ao contrário de Cruz e Sousa, que apresenta uma espiritualização 
filosófica e repleta de angústias, a de Alphonsus traz elementos mais voltados 
ao emotivo, baseando-se em preces e crenças simples. Demonstra que a 
divinização de Nossa Senhora corresponde à sublimação do amor pela 
mulher amada morta, sugerindo a troca de uma paixão concreta por uma 
devoção católica. 
Tal tendência pode ser observada em seu poema A catedral:
Entre brumas ao longe surge a aurora.
O hialino orvalho aos poucos se evapora,
Agoniza o arrebol.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Aparece na paz do céu risonho
Toda branca de sol.
E o sino canta em lúgubres responsos:
Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus! (...)
Por entre lírios e lilases desce
A tarde esquiva: amargurada prece
Põe-se a lua a rezar.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Aparece na paz do céu tristonho
Toda branca de luar.
E o sino dobra em lúgubres responsos:
Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!
O céu é todo trevas: o vento uiva.
Do relâmpago a cabeleira ruiva
Vem açoitar o rosto meu.
E a catedral ebúrnea do meu sonho
Afunda-se no caos do céu medonho
Como um astro que já morreu.
E o sino geme em lúgubres responsos:
Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus
A catedral
SIMBOLISMO NO BRASIL E EM PORTUGAL
• No Brasil, o Simbolismo tem início em 1893, com a publicação 
das obras “Missal” e “Broquéis”, de Cruz e Souza.
• Em Portugal, o Simbolismo é marcado pela publicação da obra 
“Oaristos”, de Eugênio de Castro em 1890.
Leia o trecho do poema “Acrobata da dor”, do poeta Cruz e Sousa (1861-1898)
Gargalha, ri, num riso de tormenta,
como um palhaço, que desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.
Da gargalhada atroz, sanguinolenta,
agita os guizos, e convulsionado
Salta, gavroche1, salta clown2, varado
pelo estertor3 dessa agonia lenta ...
Pedem-te bis e um bis não se despreza!
Vamos! Retesa4 os músculos, retesa
nessas macabras piruetas d’aço...
E embora caias sobre o chão, fremente,
afogado em teu sangue estuoso5
 e quente, ri! Coração, tristíssimo palhaço.
(Melhores poemas, 2001.)
O tom predominante nesse soneto é de
(A) descontração.
(B) apatia.
(C) angústia.
(D) entusiasmo.
(E) comicidade.
(C) angústia.
Acrobata da Dor
(Cruz e Sousa)
Gargalha, ri, num riso de tormenta,
como um palhaço, que, desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.
Da gargalhada atroz, sanguinolenta,
agita os guizos, e convulsionado
salta, gavroche, salta clown, varado
pelo estertor dessa agonia lenta...
Pedem-se bis e um bis não se despreza!
Vamos! retesa os músculos, retesa
nessas macabras piruetas d'aço...
E embora caias sobre o chão, fremente,
afogado em teu sangue estuoso e quente,
ri! Coração, tristíssimo palhaço.
(In MOISÉS, Massaud, Literatura Brasileira através dos textos, 
2000, p.312)
I. “Coração, tristíssimo palhaço”, metonímia do ser humano, resulta da visão pessimista do 
eu-lírico em relação à vida.
II. O poema reproduz o cotidiano alegre de um palhaço.
III. O poema de Cruz e Sousa é um dos mais representativos do Romantismo brasileiro.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente a afirmativa I está correta.
b) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
c) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
d) Somente a afirmativa III está correta.
e) Todas as afirmativas estão corretas
a) Somente a afirmativa I está correta.
Metonímia 
• Dessa maneira, a metonímia é um recurso linguístico-semântico 
que substitui outro termo segundo a relação de contiguidade e/ou 
afinidade estabelecida entre duas palavras, conceitos, ideias, por 
exemplo:
• Aquele homem é um sem-teto (nesse caso, a expressão “sem-teto”, 
representa a substituição de um conceito referente às pessoas que não 
possuem casa.

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