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PARACOCCIDIODOMICOSE - INFECTOLOGIA

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PARACOCCIDIOIDOMICOSE 
 
PARACOCCIDIODOMICOSE: 
 Micose sistêmica 
 Doença causada pelo Paracoccidioides 
brasiliensis. 
 Também denominada Micose de Lutz 
ou Doença de Lutz-Splendore-Almeida. 
 Ocorre na américa latina sendo 80% 
dos casos referentes ao Brasil 
(principalmente sul, sudeste e centro-
oeste.) 
 Representa uma das 10 principais 
causas de morte no Brasil 
 Outras micoses sistêmicas: 
histoplasmose, criptoccus, aspergilose. 
 Em todas temos que pensar em 
imunossuprimidos, na aspergilose 
principalmente naqueles que 
receberam transplante de medula 
óssea. 
PARACOCCIDIOIDES BRASILIENSE : 
 Fungo assexuado e dimórfico que 
cresce como micélio a 25 graus e como 
levedura a 37 graus. 
 Presente no solo onde vive como 
saprófita 
 Sua virulência está relacionada à 
presença do antígeno de superfície 
gp43. 
 O número de indivíduos infectados é 
em superior ao dos que apresentam a 
doença 
PATOGENIA 
1- A infecção se dá pela inalação do fungo 
2- A infecção primária ocorre no aparelho 
respiratório, sendo as demais lesões 
consideradas secundárias. 
3- Após gerar processo inflamatório no 
sítio de infecção, dissemina-se por via 
linfática e ocasionalmente por via 
hematogênica 
 
 
4- Esta evolução leva alguns anos e 
depende do estado imunitário do 
hospedeiro 
5- A reposta a infecção se dá pela 
imunidade celular por células TH1, com a 
formação de granulomas. 
6- Há também grande estimulação da 
imunidade humoral e consequente 
hiperglobulinemia. 
7- Nos indivíduos imunocompetentes estes 
focos podem regredir e fibrosar. 
Qualquer pessoa pode ser portadora , e em 
algum momento de baixa imunidade está 
sujeita à reativação da doença 
FORMAS CLÍNICAS 
FORMA PULMONAR PRIMÁRIA: 
 Sem importância clínica; 
 Assintomática ou apresenta 
manifestações respiratórias 
discretas; 
 Pode ou não haver infiltrados 
pulmonares e linfadenomegalia 
hilar no exame radiológico; 
 Raramente o diagnóstico é feito e 
costuma ter regressão espontânea 
independente do tratamento.(ou 
seja o corpo consegue combater o 
fungo) 
FORMA DISSEMINADA AGUDA = juvenil 
ou infanto-juvenil (menos comum) 
 Acomete crianças, adolescentes e 
adultos jovens; 
 Evolução longa à semanas a meses; 
 Predomina o acometimento 
linforeticular, com aumento dos 
linfonodos cervicais , 
submandibulares , occiptais ,retro e 
pré-auriculares e supra claviculares 
Infectologia – Paracoccidiodomicose: 
 Pode haver acometimento de 
gânglios profundos (para-aórticos , 
hilo hepático , etc) 
 Os linfonodos podem abscedar e 
fistulizar 
 Pode haver hepatoesplenomegalia 
 Anemia à acometimento da medula 
óssea 
 Lesões líticas sobretudo nas 
extremidades dos ossos longos 
 Febre e emagrecimento 
 Não costuma ocorrer envolvimento 
das mucosas 
E temos as formas crônicas: forma 
pulmonar crônica, forma disseminada 
crônica e outras formas. 
FORMA DISSEMINADA CRÔNICA 
 Ocorre em adultos com + 30 anos, 
principalmente sexo masculino 
 Tem evolução longa, geralmente 
meses. 
 É a forma clínica mais comum 
 Caracteriza se pelo envolvimento 
MUCOSO, GANGLIONAR E 
PULMONAR 
 Lesões mucosas principalmente de 
orofaringe e laringe 
 Pele, sobretudo face (lesões 
ulceradas ou ulcero vegetantes.) 
 A linfonodomegalia cervical é bem 
comum e faz diagnóstico diferencial 
com tuberculose ganglionar 
(linfonodos endurecidos) 
 Pulmões: tosse seca e cansaço aos 
esforços 
 Rx de tórax costuma mostrar lesões 
peri-hilares bilaterais com áreas de 
fibrose e enfisema que evoluem para 
todo o parênquima. 
 Outros órgãos acometidos: íleo 
terminal, SNC, suprarrenais , ossos e 
articulações. 
FORMA PULMONAR CRÔNICA: 
 Ocorre sobretudo em homens do 
meio rural com mais de 30 anos 
 É a forma localizada crônica mais 
comum 
 Tosse é o sintoma habitual 
 Exame físico costuma ser 
inexpressivo 
 Alterações radiológicas bem mais 
ricas do que o quadro clínico 
 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
✓ Tuberculose 
✓ Histoplasmose 
✓ Criptococose 
✓ Leishamaniose tegumentar 
✓ Toxoplasmose no SNC (o paracoco 
produz uma imagem na TC muito 
semelhante à toxoplasma mas se a 
sorologia para a HIV for negativa 
pode pensar que vai ser a 
paracoccidiocomicose) 
✓ Doença de Crhon (devido as lesões 
que o paracoco pode causar na 
mucosa do intestino) 
✓ Hanseníase 
✓ Linfoma 
IMPORTANTE: QUANDO FOR EXAMINAR O 
PACIENTE PEDIR PARA ELE ABRIR A BOCA 
Tem que pedir sorologia para HIV em 
todos os pacientes. 
FORMA RESIDUAL: 
• Linfonodos cervicais à duro 
• Úlcera genital 
• Lesão peri anal 
• Lesões palpebrais 
• Lesões na laringe 
• Lesões no nariz 
• Lesões orais 
• Lesões faciais 
• Lesões orofaciais 
• Lesões orolabiais 
DIAGNÓSTICO: 
• Exame direto de material colhido: de 
escarro e LBA (lavado bronco-alveolar), 
raspado de lesões cutâneas e mucosas, 
puz ganglionar. 
• Cultura em meio de Sabouraud- glicose 
a 2% ou meio seletivo com ATB 
• Exame histopatológico em HE , Gomori 
–Grocott , PAS ou impregnação pela 
prata 
• Sorologia = PRINCIPAL MÉTODO 
DIAGNÓSTICO - ELISA e imunodifusão 
dupla em gel de ágar (A ID tem alta 
sensibilidade e especificidade) 
• Técnicas de biologia molecular 
• Intradermorreação 
 
 
 
 
ESCARRO E LINFONODO: 
 
Verificamos a roda de LEME e as vezes o 
sinal do Mickey 
HISTOPATOLÓGICO: granuloma de céluas 
epitelióides e células gigantes 
(multinucleadas) coexistindo com lesões 
supurativas fungo. 
ESTUDO RADIOLÓGICO: 
Infiltrado bilateral, pode parecer com 
pneumocistose , por isso deve se solicitar 
HIV para fazer diagnóstico diferencial 
TOMOGRAFIA 
Vidro fosco à diagnóstico diferencial com 
AIDS 
NÃO EXISTE DERRAME PLEURAL NA PCM 
TRATAMENTO: 
• Sulfametoxazol + trimetropim 
(principalmente se pacientes com AIDS 
e IV se graves) 
• Itraconazol 200mg/ dia nos 2 
primeiros meses + 100mg/dia por 9 a 12 
meses (muito bom para formas leves a 
moderadas mas não é disponível no 
SUS) 
• Fluconazol 400mg/dia por 3 a 6 meses 
+ 100 a 200mg/dia por 6 a 12 meses 
• Anfotericina B 0,25Mg/kg/dia elevando 
se para 0,5 e 1,0mg/kg/dia até a dose 
máxima de 50mg (paciente grave) 
Usualmente o tratamento é de longa 
duração e o fim do tratamento está 
condicionado a critérios de cura 
CRITÉRIOS DE CURA: 
Clínicos: 
 Desaparecimento dos sinais e 
sintomas 
 Cicatrização das lesões 
tegumentares 
 Involução das linfadenopatias 
 Recuperação do peso corporal 
Radiológica: 
 Estabilização do padrão de imagens 
cicatriciais radiológicas 
pulmonares 
Micológico: 
 Negativação do exame micológico 
direto e ou histopatológico. 
Imunológico: 
 Negativação dos títulos de 
imunodifusão dupla ou 
estabilização do título em valores 
baixos (menor/igual a 1:2) 
 A negativação deve ser observadas 
em 2 amostras de soro coletadas 
com intervalo de 3 meses. 
PONTOS CHAVES 
✓ Doença granulomatosa sistêmica 
✓ Doença restrita a América Latina 
✓ Incidência entre 30-50 anos 
✓ Ocorre em homens adultos que 
tenham desempenhado atividades 
agrícolas 
✓ FORMA CRÔNICA (TIPO ADULTO): 
✓ +90% dos casos de PCM 
✓ Incidência na faixa etária 30-60 
anos 
✓ Predomínio sexo masculino 
✓ As manifestações pulmonares estão 
presentes em 90% dos pacientes 
✓ Os sintomas pulmonares são pouco 
especfíficos, envolvendo: tosse, 
perda de peso, expectoração e 
dispneia (queixa principal) (muitos 
são tabagistas e os sintomas iniciais 
passarão por despercebido) 
✓ O envolvimento do SNC ocorre 
concomitantemente ao pulmão ou 
tegumento 
✓ Paciente pode evoluir com 
convulsões, hemiparesias, sinais 
cerebelares, parestesias e confusão 
mental 
✓ O exame cito- bioquímico do liquor 
se apresenta pouco alterado.

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