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Estudo do solo e do clima para a forragicultura

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•Estudo do solo e do clima para a forragicultura;
O SOLO
Diferentes espécies de forrageiras apresentam exigências próprias quanto às temperaturas, nutrição etc. Assim, o clima da região e o tipo de solo, por exemplo, limitam a escolha do recurso vegetal. Os recursos físicos também têm influência na seleção do elemento animal
O solo tropical é muito pobre em minerais em comparação ao solo de clima temperado. Em contrapartida, o solo tropical é muito mais profundo e rico em vida, e apresenta quantidade e diversidade muito maiores de microrganismos.
Fonte: Fertilidade do solo.
Cada espécie de planta precisa de uma quantidade de nutriente. Umas precisam de mais nitrogênio, outras de menos fósforo, e assim por diante
Qual a pastagem ideal para o meu solo?
Na hora de escolher o tipo de pastagem, é muito importante que o pecuarista leve em consideração as variáveis de clima, solo e pluviosidade.
No solo existe diversos nutrientes, mas dependendo do tipo de solo um ou vários nutrientes podem estar quase ausentes no solo ou estar presentes, mas em uma forma que as raízes não conseguem absorver. Por um lado, para tornar elementos presentes disponíveis, o solo deve ser bem manejado. Por outro lado, quando os nutrientes estão ausentes, é preciso repô-los.
A reposição dos nutrientes é feita usando fertilizantes químicos minerais, matéria orgânica, minerais retirados de jazidas ou do ar (no caso da fixação biológica do nitrogênio). A matéria orgânica contém praticamente todos os macro e micronutrientes e, além disso, confere melhor estrutura ao terreno, aumentando sua fertilidade. Os fertilizantes minerais, ao contrário da matéria orgânica, apresentam alta concentração de nutrientes altamente solúveis, os quais podem ser absorvidos rapidamente pelas plantas.
Os fertilizantes minerais comercializados para a adubação das culturas
podem ser simples (contêm um ou mais macroelementos) ou compostos
(mistura de adubos simples). Os fertilizantes compostos são conhecidos
por suas fórmulas (por exemplo, 4–14–8, 10–10–10, 20–5–20). Esses
números indicam a porcentagem de nitrogênio, fósforo e potássio (N–P–K,
respectivamente) no fertilizante químico. O importante no manejo dos
nutrientes é que eles precisam estar em equilíbrio no solo: a adição de um
deles sem que sejam consideradas a situação dos outros e as características
da cultura pode levar a fracassos na colheita. Nas regiões tropicais, a
matéria orgânica em quantidades suficientes no solo é fator decisivo para a
manutenção do equilíbrio dos nutrientes no solo.
Além dos macro e micronutrientes absorvidos do solo, as plantas absorvem
carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O). Por um lado, esses elementos
não podem ser considerados nutrientes verdadeiramente minerais, uma vez
que são obtidos primariamente da água e do dióxido de carbono. Por outro
lado, são os constituintes básicos de todas as moléculas orgânicas. Sem
eles simplesmente não haveria organismos vivos. O nitrogênio atmosférico
também pode ser incorporado às plantas por meio da ação de microrganismos
que vivem em simbiose com elas.
Liebig (1803–1873), um químico alemão, afirmou que a maior parte do C nas plantas vem do dióxido de carbono (CO2) da atmosfera e o H e O provêm da água, e que as plantas absorvem tudo indiscriminadamente do solo, mas excretam de suas raízes aqueles materiais que não são essenciais (Liebig, 1972).
Correção do solo pela calagem
Para corrigir a acidez do solo, deve-se utilizar um elemento que libere ânion e forme um ácido fraco com o hidrogênio, e que forneça cálcio ou cálcio e magnésio para a planta. Os materiais empregados na correção da acidez do solo tropical (calcários) são encontrados na natureza em forma de rocha, que é moída e peneirada para ser aplicada ao solo. 
O calcário aplicado ao solo forma os íons Ca2+, Mg2+ e HCO3- (por solubilização e dissociação). Este último reage com a água e forma íons hidroxila (OH- ), água e dióxido de carbono (CO2 ). As hidroxilas reagem com os íons Al3+ e H+ adsorvidos e forma hidróxido de alumínio insolúvel (etapa de neutralização) e água (etapa de imobilização do alumínio tóxico), liberando as cargas antes ocupadas por esses elementos. Tais cargas são, então, ocupadas pelos íons Ca2+ e Mg2+.
A calagem proporciona diversos benefícios, como: aumento do pH e até melhoria de propriedades físicas de alguns solos, neutralização do alumínio e manganês tóxicos, aumento dos teores de cálcio e magnésio, aumento da disponibilidade de fósforo e molibdênio, aumento da atividade de microrganismos.
Principais tipos de solos encontrados no Nordeste
Solo arenoso
Solos Argilosos
 que tipo de capim devo plantar?
Solo arenoso
O Solo arenoso também conhecido como solo leve. Está presente em várias partes do Brasil, principalmente na região nordeste. Possui uma textura granulosa, e como o próprio nome já diz, se destaca pela grande quantidade de areia.
O solo arenoso é composto de:
Grande parte por areia (70%);
Menor parte por argila (15%);
As princiais características do solo arenoso são:
Consistência granulosa (grãos grossos, médios e finos); Alta porosidade e permeabilidade; pouca umidade; Seca rapidamente; pobre em nutrientes e água; Deficiência em cálcio; PH ácido e baixo teor de matéria orgânica; Presença de grandes poros (macro poros) entre os grãos de areia; dificulta a sobrevivência de plantas e organismos; altamente suscetíveis à erosão.
Para a utilização sustentável do solo arenoso na agricultura, faz-se necessário a adoção de práticas de conservação como o cuidado do solo por meio de técnicas de manejo, utilização do sistema de plantio direto, integração lavoura-pecuária, rotação de culturas, adubação verde (adubo orgânico), dentre outros.
Visto que esse tipo de solo apresenta grande porosidade e, consequentemente, perigo de erosão, especialistas apontam para a importância da rotação de culturas.
Quais variedades de pasto devo plantar, para cria, recria e engorda?
Como solos arenosos são pobres, é indicado a aplicação de resíduos vegetais e adubos orgânicos (bagaço de cana, bagaço de coco e estercos de animais) com fosfato e potássio, já que para a acidez do solo, recomenda-se a adição de calcário.
Como esse tipo de solo apresenta poros grandes entre os grãos de areia pelos quais a água e o ar circulam com facilidade, o escoamento de água costuma ser rápido e secam logo após as chuvas. Nesse escoamento, a água pode levar sais minerais, contribuindo para tornar o solo pobre desses nutrientes.
Plantas e micro-organismos se desenvolvem com mais dificuldade nesse tipo de solo.
As melhores opções de capim para terrenos arenosos e de baixa fertilidade são:
Brachiaria Humidicola;
Brachiaria Decumbens.
São variedades que se adaptam à estas condições de terreno, conseguindo bom desenvolvimento e propiciando boa pastagem.
solo arenoso sendo preparado para o plantio.
SOLOS ARGILOSOS
SOLOS ARGILOSOS 
Solos argilosos, são chamados de “solo pesado”, é uma terra úmida e macia, ideal para o plantio de Panicum.
Solos Argilosos – Panicum Mombaça e Tanzânia.
Após a chuva, os terrenos de solos argilosos, que absorvem bastante água, ficam encharcados. Na época de seca, esse tipo de solo tende a formar uma camada dura e pouco arejada do terreno, prejudicando o desenvolvimento da vegetação.
Sua cor vermelho-roxeada, devido à presença de quantidades de minerais, principalmente o ferro (Fe).
Esse tipo de solo possui grãos muito pequenos (microporos). Por essa razão retém mais água.
O solo argiloso costuma ficar encharcado após uma chuva o que melhora o seu manuseio. Quando está seco e compacto, sua porosidade diminui ainda mais, tornando-o duro e ainda menos arejado. Possuí consistência fina e é impermeável a água e todos os outros líquidos. 
Variedades de forrageiras que se adaptam a solos argilosos são os Panicuns Mombaça e Tanzânia. A cultivar Tanzânia mostrou exigência média a alta quanto ao nitrogênio, fosforo e potássio, não se adaptando a solos mal drenados.
Para seu estabelecimento são necessários níveis mínimos de fósforo no solo, 5 e 8ppm emsolos argilosos e arenosos.
Na semeadura a lanço, as sementes devem ser depositadas sobre a superfície do solo e precisam ser logo enterradas. Isso pode ser feito:
Com rolo compactador, de ferro de preferência estriado ou de um e/ou mais conjuntos de pneus lisos, que podem ser construídos na própria fazenda, para solos de textura média a arenosa;
Com grade niveladora leve, totalmente fechada, isto é, regulada de forma que os discos fiquem paralelos à direção de avanço do equipamento, para que não enterrem muito as sementes, para solos de textura média a argilosa.
Solos Argilosos – Panicum Mombaça.
Fontes:
www.uep.cnps.embrapa.br.
http://www.webartigosos.com/articles/24503/1/restricoes-agricolas-de-solos-pedregosos/pagina1.html).
CARVALHO, J. L. N.; AVANZI, J. C.; SILVA, M. L. N.; MELO, C. R. de CERRI, C. E. P. Potencial de sequestro de carbono em diferentes biomas do Brasil. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 34, n. 2, p. 277-290, 2010.
MALAVOLTA, E.; VITTI, G. C.; OLIVEIRA, S. A. Avaliação do estado nutricional de plantas. Piracicaba: POTAFOS, 1989. 201 p.
MELLO, F. de A.; BRASIL SOBRINHO, M. de O. C.; ARZOLLA, S.; SILVEIRA, R. I.; COBRA NETO, A.; KIEHL, J. de C. Fertilidade do solo. São Paulo: Nobel, 1983. 400 p.
OSAKI, F. Calagem e adubação. Campinas: Instituto Brasileiro de Ensino Agrícola, 1991. 503 p.

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