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O Guarani, resenha

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Aluna Helena, número 60261, turma 203
Resenha sobre o livro “O Guarani”
 O Romance indianista, narrado por José de Alencar, passa-se no interior do Rio de Janeiro no início do século XVII. E no dia 1º de janeiro de 1857 é publicado o capítulo inicial do livro nos folhetins do Diário do Rio de Janeiro, para no fim do ano, ser publicado como livro. Possui diversas edições, contendo, em uma delas 318 páginas.
 Com a intenção de criar obras que mostrassem a realidade brasileira de sua época, José de Alencar, exibindo as belezas do Brasil e o índio, criou então “O Guarani”, narrando o romance de Peri e Cecília. Se trata da miscigenação entre o índio e o branco.
 No livro, temos os principais personagens: Peri: Um herói indígena considerado o herói da trama, que idolatrava e amava Cecília, se sacrificando pelos desejos e segurança dela. Peri é fiel, corajoso e valente e apresenta forte ligação com a terra; Cecília (Ceci): filha do nobre D. Antônio Mariz e D. Lauriana. É a “mocinha" da história por quem Peri se apaixona. Uma moça linda, loira e de olhos azuis, meiga e suave; D. Antônio de Mariz: fidalgo português, pai de Cecília, D. Diogo e Isabel. Se estabelece com a família em uma fazenda as margens do rio Paquequer, no interior do Rio de Janeiro; D. Lauriana: mãe de Cecília e D. Diogo e esposa de D. Antônio. Possui uma postura preconceituosa em algumas partes da obra; D. Diogo: filho de D. Antônio e D. Lauriana. É irresponsável e aventureiro. Sendo responsável por iniciar a briga entre colonizados e colonizadores. Isso pois acidentalmente mata uma índia de uma tribo canibal dos Aimorés; Álvaro de Sá: jovem cavaleiro que nutre uma paixão não correspondida por Cecília e por quem Isabel é apaixonada, no qual se envolve futuramente; Isabel: uma mestiça e filha bastarda de D. Antônio de Mariz, que é tratada como prima da família. Ela é apaixonada por Álvaro; Loredano: empregado da fazenda e um dos vilões da história. Traidor da família de Antônio, é marcado pela sua falta de caráter e grande ambição. Ex-frei Ângelo di Lucca, (seu real nome) é um italiano ganancioso e traidor de sua fé;
 A obra, é dividido em quatro partes (“Os Cavaleiros”, “Peri”, “Os Aimorés” e “A Catástrofe)”, onde, logo na primeira parte do livro, o narrador nos apresenta D. Antônio Mariz, que foi sempre dedicado ao rei de Portugal e ajudou a consolidar o poder português na colônia. 
 Mas Peri não era o único apaixonado por Ceci. Álvaro Sá, amigo da família, também era encantado pela moça e vivia oferecendo presentes. Ceci, pois, não tinha o menor interesse. Isabel, é que era apaixonada por Álvaro.
 Em certo momento no livro, o D. Diogo, mata uma indígena da tribo Aimoré por acidente durante uma caçada, o que deixa a tribo com sede de vingança. Dois indígenas fitavam em Cecília durante o seu banhar prontos para matar a mesma. Foi quando Peri matou os dois com flechadas. Uma índia, que via todo o ocorrido, contou para a tribo Aimoré e acabou desencadeando uma guerra contra a família de D. Antônio e os aimoré. 
 Na terceira parte do romance, a família Mariz corre perigo. O italiano projeta um plano para alcançar as minas de prata e os índios aimorés decidem atacar a fazenda. Peri percebe a ampla vantagem do inimigo.
 A ideia do índio era: ao morrer a tribo se alimentaria da sua carne e, consequentemente, morreriam, pois a carne estaria envenenada. Essa seria a única maneira de Peri proteger Ceci.
 Esta seria a única solução para a guerra, mas Álvaro o salva. Por causa da angustia de Ceci ao saber de tudo, Peri resolve tomar um antídoto e sobrevive. Mas Álvaro acaba falecendo em combate e Isabel se suicida para acompanhar o amado na próxima vida. Um tempo depois, Loredano trama a morte de Mariz, mas é preso e condenado a morrer na fogueira por traição. 
 Por fim, D. Antônio explode sua casa com muitos de seus inimigos dentro e, com o intuito de salvar a filha, D. Antônio batiza Peri e o autoriza a fugir com ela. Fugindo eles numa canoa que some no horizonte ao final.
Biografia do autor:
 José de Alencar (1829-1877) foi um romancista, dramaturgo, jornalista, advogado, político e teatrólogo; nasceu em Messejana, CE, em 1º de maio de 1829, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de dezembro de 1877. Era filho do padre, depois senador, José Martiniano de Alencar e de sua prima Ana Josefina de Alencar, com quem formara uma união socialmente bem aceita. 
 Foi um dos maiores representantes da corrente literária indianista e o principal romancista brasileiro da fase romântica. Entre seus romances destacam-se "Iracema" e "Senhora. Deixando uma importante obra literária O Guarani – o primeiro grande romance brasileiro.
Crítica:
 Historicamente, como estavam em um momento histórico diretamente posterior ao da Independência do Brasil, havia-se a necessidade de criar uma cultura propriamente brasileira, diferenciando-a da cultura de Portugal. O que encontraram como símbolo do Brasil foi exatamente a própria terra, com suas belezas e encantos, e o índio, escolhido como verdadeiro herói nacional. 
 Na figura do índio foram encerrados todos os valores que gostariam de ser associados ao homem brasileiro, tais como honra, lealdade, devoção à amada e sobretudo o amor pela terra. Lembrando que a figura do índio dentro do Romantismo brasileiro é visivelmente idealizada, sendo que os próprios autores tinham consciência disso. Logo, o índio Peri, que protagoniza “O Guarani”, deve ser entendido como um símbolo da terra brasileira.
Além da relação de Peri com a terra, outro ponto importante do livro é a relação amorosa de Peri e Ceci, que aproxima-se do endeusamento, da devoção religiosa. Ceci que, apesar de sua origem europeia e de sua condição aristocrática, é uma moça que se mostra muito apegada à natureza selvagem e entende a terra brasileira. Do mesmo modo, a relação de Ceci com a terra também é um ponto que merece atenção. Deve-se ter em mente que a união entre os dois é uma alegoria da criação da raça brasileira. A união do casal não fica explícita mas é implicada ao final do livro quando eles resolvem ficar juntos na natureza selvagem e partem.

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