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Direito Sanitario pdf

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3 
O Direito sanitário é o conjunto de normas 
jurídicas que organiza e sistematiza o cuidado 
com a saúde, tendo como objetivo a promoção, 
prevenção e a recuperação da saúde de todos os 
indivíduos que compõem o povo de um 
determinado Estado: o público e privado. 
 
Moral, ética e Direito 
 
É extremamente importante saber diferenciar a Ética da 
Moral e do Direito. Estas três áreas do conhecimento se 
distinguem, porém têm grandes vínculos e até mesmo 
sobreposições: 
 
• Moral ➜ conjunto de hábitos e costumes de uma 
sociedade. A moral, em geral, faz-se de acordo com 
a cultura de um local em um determinado espaço 
de tempo. Normalmente, alguns elementos da 
sociedade influenciam-na, como a religião, o modo 
de vida da sociedade, o acesso que essa sociedade 
tem à informação etc.; 
 
• Ética ➜ consiste numa reflexão individual sobre os 
princípios da moral, servindo condutas para qualquer 
parte do mundo (universal). Por exemplo, se, em um 
país que segue a lei islâmica, uma mulher comete 
adultério, ela pode ser condenada à morte por 
apedrejamento. Isso faz parte da moral daquela 
sociedade, mas não é eticamente correto. Pode-se 
dizer que ética é definida por ‘’vida boa para todos 
e todas, em instituições justas’’; 
 
• Direito ➜ procura impor condutas sobre pena de 
sanção. 
 
 
 
➢ Nem tudo que é legal é Moral; 
➢ Nem tudo que é Moral é legal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Poder Executivo, Legislativo e Judiciário 
 
A “Teoria dos Três Poderes” do 
Filósofo Montesquieu, influenciou 
na criação da Constituição dos 
Estados Unidos. Com isso, a 
divisão dos três poderes da 
esfera política, tornou-se a base 
de qualquer Estado Democrático 
Contemporâneo. 
 
• Poder legislativo ➜ responsável por elaborar e 
aprovar as leis, além de fiscalizar a execução das 
mesmas pelo Executivo. O Congresso Nacional é o 
órgão constitucional que exerce, no âmbito federal, 
as funções do poder legislativo. 
 
 
 
• Poder Judiciário ➜ responsável por interpretar leis 
e julgar os casos de acordo com as regras 
constitucionais. É representado pelos juízes, 
ministros e desembargadores. 
 
• Poder executivo ➜ cabe ao Executivo a 
administração do Estado, observando as normas 
vigentes no país, além de governar o povo, executar 
as leis, propor planos de ação e administrar os 
interesses públicos. 
 
 
 
Hierarquia das normas legais 
 
As leis apresentam uma ordem de hierarquia, na qual as de 
menor grau devem obedecer às de maior grau. 
 
1º – Constituição Federal (CF) 
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é a 
lei fundamental e suprema do Brasil, servindo de parâmetro 
de validade a todas as demais espécies normativas, situando-
se no topo do ordenamento jurídico. É a base de todas as 
demais leis – as chamadas ‘’infraconstitucionais’’. 
 
2º – Emenda Constitucional 
Modificação da Constituição, naquilo que não for cláusula 
pétrea/imutável. Tem por objetivo permitir modificações 
pontuais na Constituição de um país, sem a necessidade de 
abolir a que está vigente e construir uma Constituição 
inteiramente nova. 
 
Um exemplo e marco de emenda constitucional para saúde foi a 
Emenda Constitucional número 29, 13 de setembro de 2000, que 
alterou o artigo 198 da CF. Esta emenda significou um passo 
fundamental para garantir a efetivação do direito à saúde. Seu 
objetivo foi garantir um volume mínimo de recursos públicos para 
o financiamento das ações e dos serviços de saúde, assegurando 
efetivamente a coparticipação das esferas federal, estadual, 
distrital e municipal neste processo, sendo necessária uma lei 
complementar definindo as normas de cálculo do montante a ser 
aplicado pela União, as regras de fiscalização e controle dos 
gastos em saúde, bem como os critérios de rateio dos recursos 
federais para os Estados, Distrito Federal e Municípios. 
 
3º – Lei Complementar 
Destinam-se a complementar as normas previstas na 
Constituição, com propósito de acrescentar e explicar algo à 
Constituição. Exige a maioria absoluta para ser aprovada. Por 
exemplo, o Senado é composto de 81 senadores, a lei 
complementar dependerá da aprovação de 41 senadores. 
 
4º – Lei Ordinária ou Residual 
São as leis típicas, ou as mais comuns, aprovadas pela 
maioria dos parlamentares da Câmara dos Deputados e do 
Senado Federal presentes durante a votação. São aquelas que 
não se enquadram nas espécies anteriores, podendo ser 
editadas pela União, estados membro, distrito federal e 
municípios e são elaboradas exclusivamente pelo Poder 
Legislativo. 
 
Diferença entre Lei Complementar e Lei Ordinária 
- Quórum de Aprovação ➜ essa expressão é usada para 
especificar a quantidade de votos necessária para a 
aprovação de uma lei. Serve como primeiro critério distintivo 
entre a lei ordinária e a complementar, nos seguintes termos: 
LEI COMPLEMENTAR ➜ aprovada por maioria absoluta 
(artigo 69 da CF/88). 
LEI ORDINÁRIA➜ aprovada por maioria simples (artigo 47 
da CF/88). 
 
Importante salientar que não há hierarquia ente a lei 
ordinária e complementar, o que se verifica são diferenças no 
campo material e em relação ao quórum. 
 
Há várias leis ordinárias que abordam o tema saúde, dentre 
elas, podemos citar a Lei Ordinária 8.080/90 que explica e 
complementa a sessão da saúde da CF e ainda a Lei 
Ordinária 8.142/90 
 
que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do 
SUS. 
 
5º – Lei Delegada = elaborada pelo Presidente e avaliada 
pelo legislativo. 
Ela é editada pelo Presidente da República no exercício de 
sua função legislativa atípica, sob autorização do Congresso 
Nacional e dentro dos limites por ele impostos. Depois de 
criada a lei pelo chefe do executivo, ela é remetida ao 
legislativo para avaliação e aprovação. Considerando que os 
limites foram respeitados e que a lei é conveniente, o 
legislativo a aprova, contudo, essa norma entra no sistema 
jurídico na qualidade de lei ordinária. 
 
Diferentemente das Medidas Provisórias (MPV), não há o 
requisito da relevância e urgência para a criação de 
uma Lei Delegada. 
 
Atualmente temos apenas 13 leis delegadas. A última foi 
editada em 1992. A lei delegada caiu em desuso por conta da 
Medida Provisória, que é um instrumento mais eficaz a 
disposição do chefe do executivo. 
 
6º – Medida Provisória = elaborada pelo presidente e sem 
participação do legistativo. 
Editadas pelo Presidente da República, as Medidas 
Provisórias são adotadas em casos de relevância e urgência, 
tem força de Lei e prazo determinado de vigência. No 
entanto deve ser submetida ao Congresso Nacional, sua 
validade é de 60 dias, sendo passível de prorrogação por 
mais 60 dias. 
 
7º – Decreto 
O decreto é um ato administrativo da competência dos 
chefes dos poderes executivos (presidente, governador e 
prefeitos) objetivando a regulamentação e execução de uma 
lei, ou seja, o decreto detalha e amplia a lei, portanto 
possibilita a execução da lei.. O Decreto, portanto, sendo 
hierarquicamente inferior, não pode contrariar a lei, 
mas pode regulamentá-la, ou seja, pode explicitá-la, 
aclará-la ou interpretá-la, respeitados os seus 
fundamentos, objetivos e alcance. 
 
 8º – Resoluções e Portarias; 
As resoluções e portarias são atos administrativos que 
detalham as leis e decretos. 
 
Para exemplificar a diferença entre portaria e resolução, 
quando os serviços de vigilância sanitária era competência da 
secretária de vigilância sanitária do Ministério da Saúde 
(administração pública direta) os atos administrativos eram 
portarias, por exemplo, a Portaria SVS/MS no 344, de 12 de 
maio de 1998. No entanto, a partir da criação da Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), autarquia sob 
regime especial, vinculada ao Ministério da Saúde, 
caracterizada pela independência administrativa, estabilidade 
de seus dirigentes e autonomia financeira (administração 
pública indireta) seus atos normativos passam a ser 
expedidos por meio de resoluções e por se tratar de um 
regime especial composta porcinco diretores, se faz 
necessária aprovação pela diretoria colegiada e por isso, a 
denominação Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 
 
A profissão farmacêutica 
 
Ao longo do século XX, o farmacêutico afastou-se 
gradualmente da farmácia, local prioritário que o caracteriza. 
Esse afastamento facilitou aos que veem o comércio de 
medicamentos apenas em sua perspectiva econômica para 
exercer enorme pressão para a descaracterização da 
atividade profissional farmacêutica. 
 
Para o reconhecimento da profissão em qualquer instância, 
seja oficial ou social, é importante ressaltá-lo como processo 
dialético, de embate constante em todos os locus. Esse 
embate deve ser assumido em sua plenitude pelas pessoas 
que compõem a classe profissional, aqui focada nos 
farmacêuticos. De algum modo, podemos afirmar que uma 
das forças que garante o reconhecimento oficial da profissão 
do farmacêutico deriva do reconhecimento social ao esforço 
individual de cada farmacêutico quando este exerce a 
profissão. Em outras palavras podemos dizer que o significado 
simbólico da profissão para a sociedade emana do resultado 
concreto da ação de cada farmacêutico. 
 
Para o Ministério da Saúde (BRASIL, 2005), as profissões da 
saúde, de um modo geral, têm obedecido às regras do 
mercado, tendo os conselhos profissionais como responsáveis 
pela autorregulação, inclusive interferindo em medidas 
legislativas. Na análise do governo, ele próprio pouco tem 
interferido nesse processo. O Código de Ética Profissional 
precisa ser vivo para acompanhar as mudanças constantes 
que ocorrem em cada profissão. 
 
A deontologia, como ciência, precisa acompanhar os valores 
que a sociedade exige de cada profissional. As normas não 
podem se basear apenas na realidade, com o risco de 
legitimar práticas plenamente aceitas pelo contexto, mas 
questionáveis na perspectiva dos princípios. Vivemos um 
contexto neoliberal que legitima o medicamento como 
insumo financeiro, mas o princípio sanitário de atender às 
reais necessidades do coletivo deve prevalecer. 
 
De algum modo, podemos decompor a figura do 
farmacêutico em quatro facetas que se interpõem e estão 
intrinsecamente relacionadas entre si: técnica, humanística, 
política e a de gestor. 
 
Entretanto, o profissional farmacêutico cada vez mais perde 
a autonomia característica da profissão e prioriza a defesa 
do emprego, mesmo que para isso tenha de executar ações 
contrárias às normas sanitárias/ deontológicas. 
 
Princípios do Direito Constitucional 
 
O Direito Constitucional é a área do Direito Público que 
analisa as normas constitucionais, isto é, as normas da Carta 
Maior ou consideradas supremas num Estado soberano. 
Decorre, então, da elaboração das Constituições nos Estados-
Nação. 
 
• Moralidade; 
• Impessoalidade; 
• Publicidade; 
• Eficiência; 
• Finalidade; 
• Razoabilidade – discricionariedade: diz respeito às 
flexibilidades aceitas pela legislação perante 
determinadas situações, mas sempre de acordo com 
a lei. Sendo assim, é preciso ser prudente. 
• Proporcionalidade; 
• Responsabilidade. 
 
Direito Administrativo 
 
O Direito Administrativo faz a regulação jurídica do poder 
administrativo – ou executivo – do Estado. Portanto, é o que 
dá forma e função a essa ponta da tripartição dos poderes. 
 
• Legalidade e legitimidade = os atos administrativos 
devem respeitar os limites legais estipulados em 
norma; 
• Impessoalidade (Supremacia do interesse público) = 
dever de neutralidade dos entes e de seus 
membros; 
• Hierarquia = união, estado e município (quem é o 
responsável?); 
• Publicidade = transparência pública, tudo deve ser 
devidamente informado; 
• Razoabilidade/discricionariedade = Liberdade de 
decisão e de avaliação capaz de permitir que um 
órgão administrativo escolha (dentro do que julgar 
adequado) aquilo que satisfaz uma necessidade 
pública regulamentada pela lei.; 
• Moralidade = A conduta de qualquer agente público 
deve ser pautada em padrões éticos que tenha 
como finalidade alcançar o bem comum; 
• Eficiência = melhor qualidade com menor custo 
possível. 
 
Direito Civil 
 
É o ramo do direito que lida com as relações jurídicas, como 
os direitos e as obrigações, de pessoas físicas e jurídicas 
dentro da esfera civil. Tem como objetivo implicar quais serão 
as regras e condutas que pessoas físicas e jurídicas devem 
ter em sociedade. 
 
Junto com a alta quantidade de medicamentos que são 
vendidos no País, aparece à questão da venda 
dos mesmos sem receita médica quando exigido sua 
apresentação ou retenção. A Resolução nº 596/14 do 
Conselho Federal de Farmácia determina que é 
permanentemente proibido ao farmacêutico, entre outras, a 
prática de ato profissional que cause dano material, físico, 
moral ou psicológico, que possa ser caracterizado 
como imperícia, negligência ou imprudência, bem como aviar 
receitas com prescrições médicas ou de outras 
profissões, em desacordo com a técnica farmacêutica e a 
legislação vigentes (CFF, 2014). 
 
• Dolo = com intenção/proposital; 
• Culpa: 
 
• Imprudência ➜ quando alguém FAZ algo que não deveria 
ter feito; 
• Imperícia ➜ falta de competência/experiência; 
• Negligência ➜ quando alguém não faz algo que deveria ter 
feito. 
 
Exemplos de dolo, imprudência, imperícia e negligência 
 
• Dolo: 
Quando alguém quer cometer um delito ou assume o risco 
de cometê-lo, ele estará agindo dolosamente. Pode acontecer, 
por exemplo, com um farmacêutico que realiza tráfico de 
medicamentos. 
 
• Imperícia: 
Para que seja configurada a imperícia, é necessário constatar 
a inaptidão, ignorância, falta de qualificação técnica, teórica 
ou prática ou ausência de conhecimentos elementares e 
básicos para a ação realizada. Além disso, encaixa como 
imperícia o fato de não comprovar aptidão técnica para 
alguma atividade (sem diploma/certificado). 
 
• Imprudência: 
A imprudência, por sua vez, pressupõe uma ação precipitada 
e sem cautela. É quando o indivíduo está fazendo algo 
incorreto, mas continua fazendo mesmo assim. Um exemplo 
seria um farmacêutico que não conseguiu entender muito 
bem a caligrafia do médico, mas nem tenta fazer contato 
com o prescritor e dispensa o medicamento sem certeza. 
 
• Negligência: 
Age com descuido, indiferença ou desatenção, ou seja, uma 
conduta omissiva. É quando aquele que deveria tomar conta 
para que uma situação não aconteça, não presta a devida 
atenção e a deixa acontece. Ocorre quando, por exemplo, um 
farmacêutico deixa de prestar orientação correta. 
 
Direito Penal 
 
O Direito Penal é o segmento do Direito Público que regula o 
poder punitivo do Estado. Ele detém a competência de 
selecionar as condutas humanas que são consideradas 
indesejadas, possuidoras de certa gravidade e reprovação 
social, e capazes de colocar em risco a convivência em 
sociedade. 
 
Cabe ao Direito Penal, também, estabelecer as penas que 
serão cominadas aos agentes infratores, respeitando sempre 
os princípios constitucionais. 
 
Em um caso assim, o farmacêutico responderia 
criminalmente, não civilmente por dolo ou culpa: 
• Lesão corporal; 
• Omissão de socorro (NAF); 
• Violação de segredo profissional; 
• Crime contra a saúde pública. 
 
Responsabilidade civil, administrativa e 
penal do exercício Farmacêutico 
 
As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, 
sendo independentes entre si. 
 
• Responsabilidade Penal 
Abrange os crimes e contravenções onde há dano à ordem 
social, à sociedade como um todo. No caso do profissional 
farmacêutico, o contrabando de medicamentos seria um 
exemplo. A Lei nº 8072/90 também considera que a 
“falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto 
destinado a fins terapêuticos ou medicinais”, configuram 
crimes hediondos e inafiançáveis. 
 
• Responsabilidade Civil 
Decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que 
resulte em prejuízo que atinja pessoa determinada ou um 
grupo específico. O farmacêutico responde civilmente no 
caso de dano causado ao paciente.• Responsabilidade Administrativa 
O profissional farmacêutico se responsabiliza 
administrativamente perante os órgãos de fiscalização de sua 
categoria. A Lei nº 3.820/60 determina, com exclusividade, o 
poder de punir disciplinarmente ao Conselho Regional em que 
o farmacêutico estiver inscrito, ao tempo do fato, sendo as 
penalidades: a advertência, a multa, a suspensão das 
atividades pelo período de três meses a um ano, e a exclusão 
da condição de membro do conselho (BRASIL, 1960). 
 
 
 
Diferença entre CRF, CFF, Anvisa e 
Sindicatos 
 
A criação dos CFF e CRF se deu através da Lei nº 3.820, de 
11 de novembro de 1960, sendo os mesmos dotados de 
personalidade jurídica de direito público, com autonomia 
administrativa e financeira, cuja competência é zelar pela fiel 
observância dos princípios da ética e da disciplina da classe 
dos que exercem atividades profissionais farmacêuticas no 
País (BRASIL, 1960). 
 
Conselho Federal de Farmácia 
Ao Conselho Federal de Farmácia (CFF), órgão representativo, 
regulador e fiscalizador do exercício farmacêutico. Atribui-se 
a função de expedir resoluções, fiscalizar o exercício do 
profissional farmacêutico, comunicar-se com às autoridades 
superiores em caso de necessidade (Anvisa, por exemplo), 
entre muitas outras. 
 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) 
As ações de vigilância sanitária estão fortemente associadas 
ao sentido de bem-estar da população. Não foi por outro 
motivo que Conselho Federal de Farmácia fez gestões, com 
vistas a sensibilizar autoridades de todos os Poderes a que 
definissem o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e 
criassem a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 
A sua finalidade institucional é promover a proteção da saúde 
da população, por meio do controle sanitário da produção e 
consumo de produtos e serviços submetidos à vigilância 
sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos 
e das tecnologias a eles relacionados, bem como o controle 
de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados. 
 
Sendo assim, apresenta poder de polícia. 
 
 
 
Conselho Regional de Farmácia 
O CRF, por sua vez, atua na fiscalização profissional em si. É 
o CRF quem verifica se o profissional farmacêutico está 
cometendo infrações ético-disciplinares, ou se os 
estabelecimentos que atuam na área farmacêutica estão 
funcionando de acordo com a legislação vigente. É 
importante salientar que o Conselho Regional de Farmácia é 
uma Autarquia Federal, com autonomia administrativa e 
financeira. Somente após o registro no Conselho Regional de 
Farmácia o profissional estará habilitado para exercer a 
profissão. 
 
Sindicatos 
Os sindicatos são responsáveis por administrar os assuntos 
relacionados à condições de trabalho do farmacêutico, como 
piso salarial, horas de trabalho abusivas, etc. 
 
 
Código de Defesa do Consumidor (CDC) 
– Lei 8.078/90 
 
• Dispõe sobre a prestação de serviços e produtos; 
• Reconhece o consumidor/usuário como ‘’vulnerável’’; 
 
• Ônus da prova; 
• Responsabilidade solidária – rastreabilidade; 
• Incentivo a eficientes controles de qualidade; 
• Racionalização e melhoria dos produtos e serviços; 
• Proteção a propaganda enganosa e abusiva; 
• Informação e liberdade de escolha; 
• Reparação por danos. 
 
Cabe ao profissional da saúde ser aquele que garante 
qualidade de produtos e serviços para a ‘’parte vulnerável’’, 
que é o consumidor/paciente. Por consequência, há uma 
responsabilidade solidária. 
 
Receituários e suas condições 
 
De acordo com a Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, 
que dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, 
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, 
determina que somente será aviada a receita se estiver 
escrita a tinta, em vernáculo, por extenso e de modo legível, 
observados a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas 
oficiais, que contiver o nome e o endereço residencial do 
paciente e, expressamente, o modo de usar a medicação, e 
que contiver a data e a assinatura do profissional, endereço 
do consultório ou da residência, e o número de inscrição no 
respectivo Conselho profissional (BRASIL, 1973). 
 
O carimbo é obrigatório? 
Quando os dados do profissional estiverem devidamente 
impressos no campo do emitente ou no cabeçalho, este 
poderá apenas assiná-la, sem necessidade de carimbo. 
 
É obrigatório a assinatura? 
Sim. Não é possível, de forma alguma, dispensar um 
medicamento de controle especial sem a assinatura do 
emitente. 
 
Medicamento x Suplemento 
 
Medicamento é, e somente é: 
• Tudo que possui efeito terapêutico; 
• Tudo que for injetável; 
• Pode depender da dosagem; 
• Seu número de registro MS sempre inicia com o 
número um. 
 
Sigla "MS" adicionada ao número de registro no Ministério da 
Saúde conforme publicado em Diário Oficial da União (DOU), 
sendo necessários os treze dígitos. 
 
 
 
Deveres e restrições a que ficam sujeitos 
os profissionais da saúde 
 
• Capacidade legal do agente; 
• Adequação das condições do ambiente para prática das 
ações; 
• Existência de instalações, equipamentos e aparelhagens 
indispensáveis e condizentes com as suas finalidades e 
em perfeito estado de funcionamento; 
• Meios de proteção capazes de evitar efeitos nocivos à 
saúde dos agentes, clientes, pacientes e dos 
circundantes; 
• Método ou processo de tratamento dos pacientes. 
 
Código de ética farmacêutica 
 
✓ Preâmbulo: 
 
 
 
✓ Exercício profissional: 
 - Princípios fundamentais; 
 - Direitos; 
 - Deveres; 
 - Proibições 
 - Publicidade e Trabalhos Científicos; 
 - Processo ético. 
✓ Relações profissionais; 
✓ Relações com os Conselhos Federal e Regionais de 
Farmácia. 
 
CAPÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais 
 
Art. 1º - O exercício da profissão farmacêutica tem 
dimensões de valores éticos e morais que são reguladas por 
este Código, além de atos regulatórios e diplomas legais 
vigentes, cuja transgressão poderá resultar em sanções 
disciplinares por parte do Conselho Regional de Farmácia 
(CRF), após apuração de sua Comissão de Ética, observado o 
direito ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla 
defesa, independentemente das demais penalidades 
estabelecidas pela legislação em vigor no país. 
 
Art. 2º - O farmacêutico atuará com respeito à vida humana, 
ao meio ambiente e à liberdade de consciência nas situações 
de conflito entre a ciência e os direitos e garantias 
fundamentais previstos na Constituição Federal. 
 
Art. 3º - A dimensão ética farmacêutica é determinada em 
todos os seus atos, sem qualquer discriminação, pelo 
benefício ao ser humano, ao meio ambiente e pela 
responsabilidade social. 
 
Art. 4º - O farmacêutico responde individual ou 
solidariamente, ainda que por omissão, pelos atos que 
praticar, autorizar ou delegar no exercício da profissão. 
 
Art. 5º - O farmacêutico deve exercer a profissão com honra 
e dignidade, devendo dispor de condições de trabalho e 
receber justa remuneração por seu desempenho. 
 
Art. 6º - O farmacêutico deve zelar pelo desempenho ético, 
mantendo o prestígio e o elevado conceito de sua profissão. 
 
Art. 7º - O farmacêutico deve manter atualizados os seus 
conhecimentos técnicos e científicos para aprimorar, de 
forma contínua, o desempenho de sua atividade profissional. 
 
Art. 8º - A profissão farmacêutica, em qualquer circunstância, 
não pode ser exercida sobrepondo-se à promoção, prevenção 
e recuperação da saúde e com fins meramente comerciais. 
 
Art. 9º - O trabalho do farmacêutico deve ser exercido com 
autonomia técnica e sem a inadequada interferência de 
terceiros, tampouco com objetivo meramente de lucro, 
finalidade política, religiosa ou outra forma de exploração em 
desfavor da sociedade. 
 
Art. 10 - O farmacêutico deve cumprir as disposições legais e 
regulamentares que regem a prática profissional no país, sob 
pena de aplicação de sanções disciplinares e éticas regidas 
por este regulamento. 
 
CAPÍTULO II - Dos Direitos 
 
Art. 11 – É direito do farmacêutico:I - exercer a sua profissão sem qualquer discriminação, seja 
por motivo de religião, etnia, orientação sexual, raça, 
nacionalidade, idade, condição social, opinião política, 
deficiência ou de qualquer outra natureza vedada por lei; 
 
II - interagir com o profissional prescritor, quando 
necessário, para garantir a segurança e a eficácia da 
terapêutica, observado o uso racional de medicamentos; 
 
 
 
III - exigir dos profissionais da saúde o cumprimento da 
legislação sanitária vigente, em especial quanto à legibilidade 
da prescrição; 
 
IV - recusar-se a exercer a profissão em instituição pública 
ou privada sem condições dignas de trabalho ou que possam 
prejudicar o usuário, com direito a representação às 
autoridades sanitárias e profissionais; 
 
 
 
V - opor-se a exercer a profissão ou suspender a sua 
atividade em instituição pública ou privada sem remuneração 
ou condições dignas de trabalho, ressalvadas as situações de 
urgência ou emergência, devendo comunicá-las 
imediatamente às autoridades sanitárias e profissionais; 
 
VI - negar-se a realizar atos farmacêuticos que sejam 
contrários aos ditames da ciência, da ética e da técnica, 
comunicando o fato, quando for o caso, ao usuário, a outros 
profissionais envolvidos e ao respectivo Conselho Regional de 
Farmácia; 
 
VII - ser fiscalizado no âmbito profissional e sanitário, 
obrigatoriamente por farmacêutico; 
 
 
 
VIII - exercer sua profissão com autonomia, não sendo 
obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames da 
legislação vigente; 
 
IX - ser valorizado e respeitado no exercício da profissão, 
independentemente da função que exerce ou cargo que 
ocupe; 
 
X - ter acesso a todas as informações técnicas relacionadas 
ao seu local de trabalho e ao pleno exercício da profissão; 
 
XI - decidir, justificadamente, sobre o aviamento ou não de 
qualquer prescrição, bem como fornecer as informações 
solicitadas pelo usuário; 
 
XII - não ser limitado, por disposição estatutária ou 
regimental de estabelecimento farmacêutico, tampouco de 
instituição pública ou privada, na escolha dos meios 
cientificamente reconhecidos a serem utilizados no exercício 
da sua profissão. 
 
- Nota: A legislação garante ao farmacêutico que tiver tais 
direitos violados a possibilidade de recorrer aos órgãos 
fiscalizadores pertinentes, a fim de preservar sua condição e, 
ainda, requerer ressarcimento por eventuais danos sofridos. 
Contudo, para que obtenha êxito, deve elaborar um RELATO 
(DENÚNCIA) de forma fundamentada, detalhada e instruída, 
com todo o material coletado que comprove o ocorrido. 
 
CAPÍTULO III - Dos Deveres 
 
Art. 12 - O farmacêutico, durante o tempo em que 
permanecer inscrito em um Conselho Regional de Farmácia, 
independentemente de estar ou não no exercício efetivo da 
profissão, deve: 
 
I - comunicar ao Conselho Regional de Farmácia e às demais 
autoridades competentes 
os fatos que caracterizem infringência a este Código e às 
normas que regulam o exercício 
das atividades farmacêuticas; 
 
II - dispor seus serviços profissionais às autoridades 
constituídas, ainda que sem 
remuneração ou qualquer outra vantagem pessoal, em caso 
de conflito social interno, 
catástrofe ou epidemia; 
 
 
 
III - exercer a profissão farmacêutica respeitando os atos, 
as diretrizes, as normas 
técnicas e a legislação vigentes; 
 
IV - respeitar o direito de decisão do usuário sobre seu 
tratamento, sua própria saúde 
e bem-estar, excetuando-se aquele que, mediante laudo 
médico ou determinação judicial, 
for considerado incapaz de discernir sobre opções de 
tratamento ou decidir sobre sua 
própria saúde e bem-estar; 
 
Exemplo: imagine que um paciente possui uma religião que 
não aceita transfusões de sangue, e o paciente poderá 
morrer se não aceitar o tratamento. 
 
V - comunicar ao Conselho Regional de Farmácia e às demais 
autoridades competentes 
a recusa em se submeter à prática de atividade contrária à 
lei ou regulamento, bem como 
a desvinculação do cargo, função ou emprego, motivadas pela 
necessidade de preservar 
os legítimos interesses da profissão e da saúde; 
 
VI - guardar sigilo de fatos e informações de que tenha 
conhecimento no exercício da profissão, excetuando-se os 
casos amparados pela legislação vigente, cujo dever legal 
exija comunicação, denúncia ou relato a quem de direito; 
 
VII - respeitar a vida, jamais cooperando com atos que 
intencionalmente atentem contra ela ou que coloquem em 
risco a integridade do ser humano ou da coletividade; 
 
 
 
VIII - assumir, com responsabilidade social, ética, sanitária, 
ambiental e educativa, sua função na determinação de 
padrões desejáveis em todo o âmbito profissional; 
 
IX - contribuir para a promoção, proteção e recuperação da 
saúde individual e coletiva, sobretudo quando, nessa área, 
ocupar cargo ou desempenhar função pública; 
 
X - garantir ao usuário o acesso à informação independente 
sobre as práticas terapêuticas oficialmente reconhecidas no 
país, de modo a possibilitar a sua livre escolha; 
 
 
 
XI - selecionar e supervisionar, nos limites da lei, os 
colaboradores para atuarem no auxílio ao exercício das suas 
atividades; 
 
 
 
XII - denunciar às autoridades competentes quaisquer 
formas de agressão ao meio ambiente e riscos inerentes ao 
trabalho, que sejam prejudiciais à saúde e à vida; 
 
XIII - comunicar ao Conselho Regional de Farmácia, em 5 
(cinco) dias, o encerramento de seu vínculo profissional de 
qualquer natureza, independentemente de retenção de 
documentos pelo empregador; 
 
 
 
XIV - recusar o recebimento de mercadorias ou produtos 
sem rastreabilidade de sua origem, sem nota fiscal ou em 
desacordo com a legislação vigente; 
 
XV - basear suas relações com os demais profissionais, 
farmacêuticos ou não, na urbanidade, no respeito mútuo, na 
liberdade e na independência de cada um; 
 
 
 
XVI - respeitar as normas éticas nacionais vigentes, bem 
como proteger a vulnerabilidade dos envolvidos, ao participar 
de pesquisas envolvendo seres humanos ou animais. 
 
 
 
Art. 13 - O farmacêutico deve comunicar previamente ao 
Conselho Regional de Farmácia, por escrito, o afastamento 
temporário das atividades profissionais pelas quais detém 
responsabilidade técnica, quando não houver outro 
farmacêutico que, legalmente, o substitua. 
 
§ 1º - Na hipótese de afastamento por motivo de 
doença, acidente pessoal, óbito familiar ou por outro 
imprevisível, que requeira avaliação pelo Conselho Regional de 
Farmácia, a comunicação formal e documentada deverá 
ocorrer em 5 (cinco) dias úteis após o fato. 
 
§ 2º - Quando o afastamento ocorrer por motivo de 
férias, congressos, cursos de aperfeiçoamento, atividades 
administrativas ou outras previamente agendadas, a 
comunicação ao Conselho Regional de Farmácia deverá 
ocorrer com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) 
horas. 
 
 
 
CAPÍTULO IV - Das Proibições 
 
Art. 14 - É proibido ao farmacêutico: 
 
I - participar de qualquer tipo de experiência com fins 
bélicos, raciais ou eugênicos, bem como de pesquisa não 
aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa/Comissão Nacional 
de Ética em Pesquisa (CEP/CONEP) ou Comissão de Ética no 
Uso de Animais; 
 
 
 
 II - exercer simultaneamente a Medicina; 
 
III - exercer atividade farmacêutica com fundamento em 
procedimento não reconhecido pelo CFF; 
 
V - praticar ato profissional que cause dano material, físico, 
moral ou psicológico, que possa ser caracterizado como 
imperícia, negligência ou imprudência; 
 
V - deixar de prestar assistência técnica efetiva ao 
estabelecimento com o qual mantém vínculo profissional, ou 
permitir a utilização do seu nome por qualquer 
estabelecimento ou instituição onde não exerça pessoal e 
efetivamente sua função; 
 
VI - realizar ou participar de atos fraudulentos em qualquer 
área da profissão farmacêutica; 
 
 
 
VII - fornecer meio, instrumento, substância ou 
conhecimento para induzir à prática, ou dela participar, de 
tortura, eutanásia, aborto ilegal, toxicomania ou de quaisqueroutras formas de procedimento degradante ou cruel em 
relação ao ser humano e aos animais; 
 
VIII - produzir, fornecer, dispensar ou permitir que sejam 
dispensados meio, instrumento, substância, conhecimento, 
medicamento, fórmula magistral ou especialidade 
farmacêutica, fracionada ou não, que não inclua a 
identificação clara e precisa sobre a(s) substância(s) ativa(s) 
nela contida(s), bem como suas respectivas quantidades, 
contrariando as normas legais e técnicas, excetuando-se a 
dispensação hospitalar interna, em que poderá haver a 
codificação do medicamento que for fracionado sem, 
contudo, omitir o seu nome ou fórmula; 
 
IX – obstar ou dificultar a ação fiscalizadora ou desacatar as 
autoridades sanitárias ou profissionais, quando no exercício 
das suas funções; 
 
X - aceitar remuneração abaixo do estabelecido como o piso 
salarial oriundo de acordo, convenção coletiva ou dissídio da 
categoria; 
 
 
 
XI - declarar possuir títulos científicos ou especialização que 
não possa comprovar, nos termos da lei; 
 
XII - aceitar ser perito, auditor ou relator de qualquer 
processo ou procedimento, quando houver interesse, 
envolvimento pessoal ou institucional; 
 
 
 
XIII - permitir interferência nos resultados apresentados 
como perito ou auditor; 
 
XIV - exercer a profissão farmacêutica quando estiver sob a 
sanção disciplinar de suspensão; 
 
 
 
XV - extrair, produzir, fabricar, transformar, beneficiar, 
preparar, distribuir, transportar, manipular, purificar, fracionar, 
importar, exportar, embalar, reembalar, manter em depósito, 
expor, comercializar, dispensar ou entregar ao consumo 
medicamento, produto sujeito ao controle sanitário, ou 
substância, em contrariedade à legislação vigente, ou permitir 
que tais práticas sejam realizadas; 
 
 
 
XVI - exercer a profissão em estabelecimento não registrado, 
cadastrado e licenciado nos órgãos de fiscalização sanitária, 
do exercício profissional, na Junta Comercial e na Secretaria 
de Fazenda da localidade de seu funcionamento; 
 
XVII - aceitar a interferência de leigos em seus trabalhos e 
em suas decisões de natureza profissional; 
 
 
 
XVIII - delegar a outros profissionais atos ou atribuições 
exclusivas da profissão farmacêutica; 
 
XIX - omitir-se ou acumpliciar-se com os que exercem 
ilegalmente a Farmácia ou com profissionais ou instituições 
que pratiquem atos ilícitos relacionados à atividade 
farmacêutica, em qualquer das suas áreas de abrangência; 
 
XX - assinar trabalho realizado por outrem, alheio à sua 
execução, orientação, supervisão ou fiscalização ou, ainda, 
assumir responsabilidade por ato farmacêutico que não 
praticou ou do qual não participou; 
 
XXI - prevalecer-se de cargo de chefia ou empregador para 
desrespeitar a dignidade de subordinados; 
 
XXII - pleitear, de forma desleal, para si ou para outrem, 
emprego, cargo ou função exercidos por outro farmacêutico, 
bem como praticar atos de concorrência desleal; 
 
XXIII - fornecer, dispensar ou permitir que sejam 
dispensados, sob qualquer forma, substância, medicamento ou 
fármaco para uso diverso da indicação para a qual foi 
licenciado, salvo quando baseado em evidência ou mediante 
entendimento formal com o prescritor; 
 
 
 
XXIV - exercer atividade no âmbito da profissão 
farmacêutica em interação com outras profissões, 
concedendo vantagem ou não aos demais profissionais 
habilitados para direcionamento de usuário, visando ao 
interesse econômico e ferindo o direito deste de escolher 
livremente o serviço e o profissional; 
 
 
 
XXV - receber remuneração por serviços que não tenha 
efetivamente prestado; 
 
XXVI - coordenar, supervisionar, assessorar ou exercer a 
fiscalização sanitária ou profissional quando for sócio ou 
acionista de qualquer categoria, ou interessado por qualquer 
forma, bem como prestar serviços a empresa ou 
estabelecimento que forneça drogas, medicamentos, insumos 
farmacêuticos e correlatos, laboratórios, distribuidoras ou 
indústrias, com ou sem vínculo empregatício; 
 
XXVII - submeter-se a fins meramente mercantilistas que 
venham a comprometer o seu desempenho técnico, em 
prejuízo da sua atividade profissional; 
 
XXVIII - deixar de obter de participante de pesquisa ou de 
seu representante legal o Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido (TCLE) para sua realização envolvendo seres 
humanos, após as devidas explicações sobre a sua natureza e 
as suas consequências; 
 
XXIX - utilizar-se de conhecimentos da profissão com a 
finalidade de cometer ou favorecer atos ilícitos de qualquer 
espécie; 
 
XXX - fazer uso de documento, atestado, certidão ou 
declaração falsos ou alterados; 
 
XXXI - permitir que terceiros tenham acesso a senhas 
pessoais, sigilosas e intransferíveis, utilizadas em sistemas 
informatizados e inerentes à sua atividade profissional; 
 
 
XXXII - exercer interação com outros estabelecimentos, 
farmacêuticos ou não, de forma a viabilizar a realização de 
prática vedada em lei ou regulamento; 
 
 
 
XXXIII - assinar laudo ou qualquer outro documento 
farmacêutico em branco, de forma a possibilitar, ainda que 
por negligência, o uso indevido do seu nome ou atividade 
profissional; 
 
XXXIV - intitular-se responsável técnico por qualquer 
estabelecimento sem a autorização prévia do Conselho 
Regional de Farmácia, comprovada mediante a Certidão de 
Regularidade correspondente; 
 
 
 
XXXVI - promover a utilização de substâncias ou a 
comercialização de produtos que não tenham a indicação 
terapêutica analisada e aprovada, bem como que não estejam 
descritos em literatura ou compêndio nacionais ou 
internacionais reconhecidos pelo órgão sanitário federal; 
 
XXXVII - utilizar-se de qualquer meio ou forma para difamar, 
caluniar, injuriar ou divulgar preconceitos e apologia a atos 
ilícitos ou vedados por lei específica; 
 
 
 
XXXVIII - exercer sem a qualificação necessária o 
magistério, bem como utilizar esta prática para aproveitar-se 
de terceiros em benefício próprio ou para obter quaisquer 
vantagens pessoais; 
 
XXXIX - exercer a profissão e funções relacionadas à 
Farmácia, exclusivas ou não, sem a necessária habilitação 
legal; 
 
XL - aviar receitas com prescrições médicas ou de outras 
profissões, em desacordo com a técnica farmacêutica e a 
legislação vigentes; 
 
 
 
XLI - produzir, fabricar, fornecer, em desacordo com a 
legislação vigente, radiofármacos e conjuntos de reativos ou 
reagentes, destinados às diferentes análises complementares 
do diagnóstico clínico; 
 
XLII - alterar o processo de fabricação de produtos sujeitos 
a controle sanitário, modificar os seus componentes básicos, 
nomes e demais elementos objeto do registro, contrariando 
as disposições legais e regulamentares; 
 
XLIII - fazer declarações injuriosas, caluniosas, difamatórias 
ou que depreciem o farmacêutico, a profissão ou instituições 
e entidades farmacêuticas, sob qualquer forma 
 
 
 
Art. 15 - Quando atuando no serviço público, é vedado ao 
farmacêutico: 
 
I - utilizar-se do serviço, emprego ou cargo para executar 
trabalhos de empresa privada de sua propriedade ou de 
outrem, como forma de obter vantagens pessoais; 
 
II - cobrar ou receber remuneração do usuário do serviço; 
 
III - reduzir, irregularmente, quando em função de chefia ou 
coordenação, a remuneração devida a outro farmacêutico. 
 
CAPÍTULO V - Da Publicidade e dos Trabalhos 
Científicos 
 
Art. 16 - É vedado ao farmacêutico: 
 
I - divulgar assunto ou descoberta de conteúdo inverídico; 
 
II - publicar, em seu nome, trabalho científico do qual não 
tenha participado, ou 
atribuir-se a autoria exclusiva, quando houver participação de 
subordinados ou outros 
profissionais, farmacêuticos ou não; 
 
III - promover publicidade enganosa ou abusiva da boa fé 
do usuário; 
 
IV - anunciar produtos farmacêuticos ou processos por 
quaisquer meios capazes 
de induzir ao uso indevido e indiscriminado de medicamentos 
ou de outros produtos 
farmacêuticos; 
 
V - utilizar-se, sem referência ao autor ou sem a sua 
autorizaçãoexpressa, de dados 
ou informações, publicados ou não. 
 
LEI Nº 8.080/90 
 LEI ORGÂNICA DE SAÚDE 
 
Foi estabelecida em 19 de setembro de 1990 e instituiu o 
Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o 
regulamento estão incluídas na lei não só o atendimento à 
população, mas também a execução de ações de vigilância 
sanitária, epidemiológica, da saúde do trabalhador e de 
assistência terapêutica. 
 
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, 
devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu 
pleno exercício. 
 
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste 
na formulação e execução de políticas econômicas e sociais 
que visem à redução de riscos de doenças e de outros 
agravos e no estabelecimento de condições que assegurem 
acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a 
sua promoção, proteção e recuperação. 
 
Art. 3 º Os níveis de saúde expressam a organização social e 
econômica do País, tendo a saúde como determinantes e 
condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o 
saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a 
educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso 
aos bens e serviços essenciais. 
 
Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados 
por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e 
municipais, da Administração direta e indireta e das 
fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema 
Único de Saúde (SUS). 
 
§ 2º - A iniciativa privada poderá participar do 
Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter complementar. 
 
Diretrizes constitucionais da saúde 
(Artigos 196 a 200) 
 
I - Descentralização, com direção única em cada esfera de 
governo (tornou uma responsabilidade da União, os Estados e 
os Municípios conjuntamente. Neste sentido, a autoridade 
sanitária do SUS é exercida: na União, pelo ministro da saúde; 
nos estados, pelos secretários estaduais de saúde; e, nos 
municípios, pelos secretários municipais de saúde.). 
 
II - Atendimento integral, com prioridade para as atividades 
preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; 
 
III - Participação da comunidade. 
• Financiamento do SUS citado na Emenda 29 - Os 
percentuais de investimento financeiro dos municípios, 
estados e União no SUS são definidos atualmente pela 
Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012, 
resultante da sanção presidencial da Emenda 
Constitucional 29. Por esta lei, municípios e Distrito 
Federal devem aplicar anualmente, no mínimo, 15% da 
arrecadação dos impostos em ações e serviços públicos 
de saúde cabendo aos estados 12%. 
• Liberdade de assistência à saúde para iniciativa privada 
(art. 199). 
 
Função do SUS 
 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também 
faz parte do SUS. Ela é responsável pelo controle de 
qualidade e higiene de alimentos, cosméticos, produtos de 
limpeza, vacinas, transplantes, cigarros e medicamentos no 
Brasil. 
 
Compete ao SUS (art. 200): 
 
✓ controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e 
substâncias de interesse à saúde; 
✓ participar da produção de medicamentos, equipamentos, 
imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; 
✓ executar as ações de vigilância sanitária e 
epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; 
✓ ordenar a formação de recursos humanos na área da 
saúde; participar da formulação política e da execução 
das ações de saneamento básico; 
✓ incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento 
científico e tecnológico; 
✓ fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o 
controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e 
águas para consumo humano; 
✓ participar do controle e fiscalização da produção, 
transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos 
psicoativos, tóxicos e radioativos; 
✓ colaborar na proteção do meio ambiente, nele 
compreendido o do trabalho. 
 
Cadeia do medicamento 
 
A organização da cadeia produtiva farmacêutica é 
segmentada em quatro etapas: importação, fabricação, 
distribuição e comercialização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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