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FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS 
MARGATO
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
(OAB 2ª Fase) Ricardo, prefeito do município Delta, decide reformar a sede da prefeitura. Para tanto, 
pretende, dentre outras coisas, pintar a fachada do prédio com as cores do partido ao qual é filiado. 
Questionado, Ricardo confirma que a intenção é homenagear seu partido, que neste ano completa 40 anos de 
existência.
Sobre a hipótese apresentada, responda o item a seguir. 
A) É lícita a decisão de pintar a fachada do prédio da prefeitura com as cores do partido do prefeito? 
A resposta é negativa. Não é lícita a decisão de pintar a fachada do prédio da prefeitura com as cores do 
partido do prefeito. A utilização das cores de partido político nos prédios públicos faz com que a reforma 
esteja associada à gestão do prefeito, ferindo assim o princípio da impessoalidade previsto no Art. 37 da 
CRFB/88. Obs.: também será aceita a fundamentação no princípio da moralidade
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS 
MARGATO
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
4) Publicidade
Art. 37. (...)
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, 
regulando especialmente: (...)
II — o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o 
disposto no art. 5º, X e XXXIII.
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a 
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS 
MARGATO
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
4) Publicidade
A Administração está obrigada a manter a transparência em relação a todos os seus atos e a todas as 
informações armazenadas em seus bancos de dados.
CF – Art. 5o Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações
de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado;
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS 
MARGATO
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
4) Publicidade
O administrador não pode armazenar informações para fins pessoais mas, tão somente, para preservação 
do interesse público.
Decisão proferida pelo STF, em 20.08.2020, quando da apreciação da ADPF 722, proibiu a elaboração de 
dossiês sobre antifascistas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Prevaleceu o entendimento da 
relatora, Ministra Cármen Lúcia, de que a coleta de informações para mapear as posições políticas de 
determinado grupo, ou identificar opositores ao governo, configura desvio de finalidade das atividades 
de inteligência.
Decisão proferida pelo STF em 13.03.2021 quando do julgamento da ADPF 692/DF em que a Corte 
concluiu que a interrupção abrupta da coleta e divulgação de importantes dados epidemiológicos, 
imprescindíveis para a análise da série histórica de evolução da pandemia (Covid-19), caracteriza ofensa a 
preceitos fundamentais da Constituição Federal (CF), nomeadamente o acesso à informação, os princípios 
da Publicidade e da Transparência da Administração Pública e o Direito à Saúde.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS 
MARGATO
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Princípio da Publicidade
Exemplo
Art. 37, XI, CF – teto de remuneração - STF entende que é legitima a pergunta de quanto ganham os 
servidores de determinados órgãos.
E se houver um pedido de informações indevidamente negado? Qual o instrumento hábil a ser utilizado? 
Depende:
- se a informação solicitada for de natureza individual (do próprio solicitante) – habeas data – art. 5o, LXXII
- se a informação não for a respeito próprio, mas sim de interesse – caberá mandado de segurança.
CF/88 - Art. 5o LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de 
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou 
administrativo;
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MARGATO
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Lei de Acesso à Informação – Lei 
12.527/11
Abrangência da LAI (Arts. 1º e 2º)
• União, Estados, DF e Municípios
• Executivo, Legislativo, Judiciário + Corte de contas e 
MP
• Administração Indireta
• Entidades privadas que recebam recurso público 
(publicidade relativa aos recursos públicos)
Diretrizes da LAI (Art. 3o)
• Publicidade como preceito geral
• Sigilo como exceção
• Divulgação de informações de interesse público 
independentemente de solicitações (transparência 
ativa)
• Utilização de meios de comunicação de TI
• Fomento ao desenvolvimento da cultura de 
transparência na Administração
• Desenvolvimento do controle social da 
Administração
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Princípios decorrentes da Publicidade na LAI
• Acesso é a regra, o sigilo, a exceção (divulgação máxima)
• Requerente não precisa dizer por que e para que deseja a informação (não
exigência de motivação)
• Hipóteses de sigilo são limitadas e legalmente estabelecidas (limitação de
exceções)
• Fornecimento gratuito de informação, salvo custo de reprodução (gratuidade da
informação)
• Divulgação proativa de informações de interesse coletivo e geral (transparência
ativa)
• Criação de procedimentos e prazos que facilitam o acesso à informação
(transparência passiva)
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Pedido de Acesso (Art. 10)
• Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos públicos da 
Administração Direta e Indireta (U,E,DF,M).
• Por qualquer meio legítimo
• Deve poder ser pela internet
• Deve conter:
a identificação do requerente e
a especificação da informação requerida.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATOluis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS 
MARGATO
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Classificação (Art. 23)
São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação as 
informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam:
• I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território nacional;
• II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do País, ou as que 
tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais;
• III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;
• IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País;
...
Prazos máximos de restrição, a partir da data de sua produção:
• I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;
• II - secreta: 15 (quinze) anos; e
• III - reservada: 5 (cinco) anos.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS 
MARGATO
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Quem classifica?
ULTRASSECRETO (Art. 27, inc. I)
• Presidente da República;
• Vice-Presidente da República;
• Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas;
• Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e
• Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no exterior.
SECRETO (Art. 27, inc. II)
• As autoridades do Ultrassecreto
• Titulares de autarquias, fundações ou empresas públicas e sociedades de 
economia mista = Administração Pública Indireta
RESERVADO (At. 27, inc. III)
• As autoridades do Ultrassecreto e do Secreto
• Ocupantes de cargo de direção, comando ou chefia.
Termo de Classificação da Informação.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS 
MARGATO
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Informações Pessoais (Art. 31)
O tratamento das informações pessoais 
deve ser feito de forma transparente e 
com respeito à intimidade,
vida privada, honra e imagem das 
pessoas, bem como às liberdades e 
garantias individuais.
Acesso restrito a:
• a agentes públicos legalmente 
autorizados
• própria pessoa a que elas se referirem 
Independe de classificação 
Prazo máximo de restrição: 100 anos
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS 
MARGATO
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
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MARGATO
FMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
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5) Eficiência
A Administração está obrigada a manter ou ampliar a qualidade dos serviços que presta e das 
obras que executa sob pena de responsabilidade.
Economicidade, redução de desperdícios, qualidade, rapidez, produtividade e rendimento 
funcional são valores encarecidos pelo princípio da eficiência.
Eficiência = presteza, perfeição e rendimento funcional – não se pode violar a lei em nome da 
eficiência!
Busca de resultados práticos de produtividade, de economicidade, reduzindo o desperdício do 
dinheiro público; 
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
5) Eficiência
Servidores Públicos
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso
público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
...
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de
lei complementar, assegurada ampla defesa.
...
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação
especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
5) Eficiência
Art. 5º
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a 
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua 
tramitação.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Outros princípios relevante para o Dir. Administrativo
1) Princípio da autotutela (Art 53 – Lei 9.784/99)
A administração está autorizada a rever seus próprios atos, anulando (quando
ilegais) ou revogando (por razões de conveniência ou oportunidade).
SÚMULA 473 - STF A administração pode anular seus próprios atos, quando
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque dêles não se originam direitos;
ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial
Quando anular os efeitos do ato devem ser eliminados (efeitos ex tunc).
Quando revogar os efeitos ex nunc – efeitos são válidos até o momento da
revogação. Pode-se alegar direitos adquiridos.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Outros princípios relevante para o Dir. Administrativo
2) participação (art. 37, § 3º, da CF);
3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, 
regulando especialmente: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de 
serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos 
serviços; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o 
disposto no art. 5º, X e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na 
administração pública.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3
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Outros princípios relevante para o Dir. Administrativo
3) devido processo legal formal e material (art. 5º, LIV, da CF);
4) contraditório (art. 5º, LV, da CF);
5) ampla defesa (art. 5º, LV, da CF) (Princípio do duplo grau)
Lei 9.784/99 - Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará
à autoridade superior.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Outros princípios relevante para o Dir. Administrativo
6) Princípio da razoabilidade - A Administração está proibida de fazer qualquer exigência ou aplicar qualquer sanção em
medida superior àquela necessária para preservação do interesse público. Ex.: Edital de concurso – preenchimento de
vaga para guarda civil metropolitana: edital exigia que o candidato tivesse no mínimo 20 dentes na boca.
7) Princípio da proporcionalidade - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições
e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público. Coibir
excessos no campo do Direito Administrativo sancionador, seara onde mais comumente são identificadas
punições exageradas e desproporcionais.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Outros princípios relevante para o Dir. Administrativo
8) Princípio da obrigatória motivação (Art 50 Lei 9.784)
9) Princípio da responsabilidade (Conduta + dano + nexo causal)
Estabelece o art. 37, § 6º, da Constituição Federal: “As pessoas jurídicas de direito
público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”
Quanto à responsabilidade 
do agente público, por ser 
apurada somente na ação 
regressiva, dependerá da 
comprovação de culpa ou 
dolo (art. 37, § 6º, da CF), 
pelo que está sujeita à 
aplicação 
da teoria subjetiva.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Outros princípios relevante para o Dir. Administrativo 
10) Princípio da presunção de legitimidade
Como são praticados exclusivamente com a finalidade de aplicação da lei, os atos administrativos beneficiam-
se da legitimação democrática conferida pelo processo legislativo. Assim, os atos administrativos são
protegidos por uma presunção relativa (juris tantum) de que foram praticados em conformidade com o
ordenamento jurídico. Por isso, até prova em contrário, os atos administrativos são considerados válidos para o
Direito, cabendo ao particular o ônus de provar eventual ilegalidade na sua prática. Em razão dessa
presunção, mesmo que o ato administrativo tenha vício de ilegalidade (ato nulo), fica garantida sua produção
de efeitos, até o momento de sua retirada por meio da invalidação.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS 
MARGATO
Objetivos da aula 3:
• Identificar o papel dos princípios no direito 
contemporâneo 
• Analisar conteúdo e consequências jurídicas dos 
princípios elencados no art. 37, caput, da CF
• Analisar conteúdo e consequências jurídicas de 
outros princípios aplicáveis à Administração 
Pública
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DIREITO 
ADMINISTRATIVO
AULA 4 
PODERES DA A DM I N ISTR AÇÃO
FMU 2021-I DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.brFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Objetivos da aula 4:
• Analisar o uso dos poderes administrativos e as 
situações relacionadas a sua legitimidade e 
ilegitimidade (abuso e omissão) 
• Compreender o poder regulamentar e o analisar 
no contexto do princípio da legalidade 
• Compreender os poderes hierárquico e disciplinar
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS 
MARGATO
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
O poder administrativo representa uma prerrogativa especial de direito público outorgada aos agentes do Estado. 
Cada um desses terá a seu cargo a execução de certas funções. É voltado para beneficiar a coletividade. Ao fazê-lo, 
dentro dos limites que a lei traçou, pode dizer-se que usaram normalmente os seus poderes.
Uso do poder, portanto, é a utilização normal, pelos agentes públicos, das prerrogativas que a lei lhes confere.
1)são eles irrenunciáveis; e
2)devem ser obrigatoriamente exercidos pelos titulares.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
ABUSO DO PODER
O abuso de poder é a conduta ilegítima do administrador, quando atua fora dos objetivos expressa ou implicitamente 
traçados na lei.
Formas de Abuso: Excesso e Desvio de Poder
1)o agente atua fora dos limites de sua competência (excesso); e
2)o agente, embora dentro de sua competência, afasta-se do interesse público que deve nortear todo o desempenho 
administrativo (desvio de poder/finalidade).
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS 
MARGATO
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Efeito do Abuso de Poder
Agindo com abuso de poder, por qualquer de suas formas, o agente submete sua conduta à revisão, judicial ou 
administrativa. O abuso de poder não pode compatibilizar-se com as regras da legalidade, de modo que, constatado o 
abuso, cabe repará-lo.
A invalidação da conduta abusiva pode dar-se na própria esfera administrativa (autotutela) ou através de ação judicial, 
inclusive por mandado de segurança (art. 5º, LXIX, CF). 
Lei 13.869/19
DAS SANÇÕES DE NATUREZA CIVIL E ADMINISTRATIVA
Art. 6º As penas previstas nesta Lei serão aplicadas independentemente das sanções de natureza civil ou administrativa cabíveis.
Art. 7º As responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, não se podendo mais questionar sobre a 
existência ou a autoria do fato quando essas questões tenham sido decididas no juízo criminal.
Art. 8º Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a sentença penal que reconhecer ter sido o ato 
praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.brMaria Sylvia*i
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS 
MARGATO
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
poder vinculado, dá ideia de restrição, pois, quando se diz que determinada atribuição da Administração é 
vinculada, quer-se significar que está sujeita à lei em praticamente todos os aspectos. O legislador, nessa hipótese, 
preestabelece todos os requisitos do ato, de tal forma que, estando eles presentes, não cabe à autoridade 
administrativa senão editá-lo, sem apreciação de aspectos concernentes à oportunidade, conveniência, interesse 
público, equidade. Esses aspectos foram previamente valorados pelo legislador. 
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Poder Discricionário tem inserido em seu bojo a ideia de prerrogativa, uma vez que a lei, ao atribuir determinada 
competência, deixa alguns aspectos do ato para serem apreciados pela Administração diante do caso concreto; ela 
implica liberdade a ser exercida nos limites fixados na lei.
Poder discricionário, portanto, é a prerrogativa concedida aos agentes administrativos de elegerem, entre várias 
condutas possíveis, a que traduz maior conveniência e oportunidade para o interesse público.
(não confundir com arbitrariedade)
A fisionomia jurídica da discricionariedade comporta três elementos: (1) norma de previsão aberta que exija 
complemento de aplicação; (2) margem de livre decisão, quanto à conveniência e à oportunidade da conduta 
administrativa; (3) ponderação valorativa de interesses concorrentes, com prevalência do que melhor atender ao fim 
da norma
Lei 9.605/98 – crimes ambientais
Art. 6º Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente observará:
...
III - a situação econômica do infrator, no caso de multa.
Art. 75. O valor da multa de que trata este Capítulo será fixado no regulamento desta Lei e corrigido periodicamente, com base nos índices 
estabelecidos na legislação pertinente, sendo o mínimo de R$ 50,00 (cinqüenta reais) e o máximo de R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais).
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
TRANSPORTE INTERMUNICIPAL. ALTERAÇÃO DE PARADAS. ATO 
DISCRICIONÁRIO. O usuário se insurgia quanto à alteração dos itinerários dos 
ônibus vindos da Baixada Fluminense que, por determinação do Município do 
Rio de Janeiro, não mais trafegam pelo centro da cidade. 
A Turma, em julgamento anterior, entendeu que o usuário tem legitimidade 
para atacar o ato, por ser o destinatário do serviço público e, agora, firmou 
tratar-se de ato discricionário, que sob o aspecto formal não apresenta 
nenhum defeito, não podendo o Judiciário adentrar em suas razões de 
conveniência. Destacou, também, que o Município tinha competência para o 
ato, apesar deste afetar a região metropolitana. RMS 11.050-RJ, Rel. Min. Eliana 
Calmon, julgado em 22/2/2000. 
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS 
MARGATO
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
CONTROLE JUDICIAL NO PODER VINCULADO – Todos os atos administrativos podem submeter-se à
apreciação judicial de sua legalidade, e esse é o natural corolário do princípio da legalidade. Em relação aos
atos vinculados, não há dúvida de que o controle de legalidade a cargo do Judiciário terá muito mais
efetividade. Com efeito, se todos os elementos do ato têm previsão na lei, bastará, para o controle da legalidade,
o confronto entre o ato e a lei. Havendo adequação entre ambos, o ato será válido; se não houver, haverá vício
de legalidade
CONTROLE JUDICIAL NO PODER DISCRICIONÁRIO - Podem eles sofrer controle judicial em
relação a todos os elementos vinculados, ou seja, aqueles sobre os quais não tem o agente liberdade quanto à
decisão a tomar. Assim, se o ato é praticado por agente incompetente; ou com forma diversa da que a lei
exige; ou com desvio de finalidade; ou com o objeto dissonante do motivo etc.
Não pode o juiz entrar no terreno que a lei reservou aos agentes da Administração, perquirindo os critérios de
conveniência e oportunidade que lhe inspiraram a conduta. A razão é simples: se o juiz se atém ao exame da
legalidade dos atos, não poderá questionar critérios que a própria lei defere ao administrador.
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CONCEITOS JURÍDICO INDETERMINADOS
X
DISCRICIONARIEDADE
• Ordem Pública – Polícia Ostensiva (Art 144 - § 5º Às polícias militares cabem a 
polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros 
militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de 
atividades de defesa civil.)
• Interesse Público
• Segurança Nacional
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Poder hierárquico, é o de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar 
as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, 
estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro 
de pessoal.
É um poder interno e permanente exercido pelos chefes de repartição sobre 
seus agentes subordinados e pela administração central em relação aos 
órgãos públicos consistente nas atribuições de comando, chefia e direção 
dentro da estrutura administrativa.
Assim como o disciplinar, o poder hierárquico é interno à medida que não 
se aplica a particulares. Mas, ao contrário daquele, o poder hierárquico é 
exercido permanentemente, e não em caráter episódico, como ocorre com o 
poder disciplinar.
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A delegação é a transferência temporária de parte da competência administrativa 
de seu titular a outro órgão ou agente público subordinado à autoridade 
delegante (delegação vertical) ou fora da linha hierárquica (delegação horizontal), 
revogável a qualquer tempo.
Avocação de competência
Diante de motivos relevantes
devidamente justificados, o
art. 15 da Lei n. 9.784/99
permite que a autoridade
hierarquicamente
superior chame para si a
competência de um órgão ou
agente subordinado.
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Três competências administrativas são indelegáveis:
a) a edição de ato de caráter normativo: isso porque os atos normativos inerentes às 
funções de comando dos órgãos públicos baixam regras gerais válidas para todo o quadro 
de agentes. Sua natureza é incompatível com a possibilidade de delegação;
b) a decisão em recursos administrativos: a impossibilidade de delegação, nessa hipótese, 
é justificada para preservar a garantia do duplo grau, impedindo que a mesma autoridade 
que praticou a decisão recorrida receba, por delegação, a competência para analisar orecurso;
c) as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade: são casos em que a 
própria natureza da matéria recomenda o exercício da competência somente pelo órgão 
habilitado diretamente pela legislação.
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Súmula 510 - STF
Praticado o ato por autoridade, no 
exercício de competência delegada, 
contra ela cabe o mandado de 
segurança ou a medida judicial.
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Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Itaquaquecetuba - SP Prova: VUNESP - 2018 
- Câmara de Itaquaquecetuba - SP - Procurador Jurídico
É correto afirmar a respeito da delegação e avocação da competência administrativa:
A) as decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente essa qualidade.
B) a legislação pátria permite, em certos casos, a transferência de todas as funções do 
delegante para o órgão delegado.
C) a legislação brasileira não permite a delegação revogável ou por tempo 
indeterminado.
D) o princípio da hierarquia, que rege a avocação, permite que a atividade avocada 
abranja a integralidade das competências do órgão inferior.
E) praticado o ato por autoridade, que age por delegação, eventual medida judicial 
contra o ato deve ser ajuizada contra a autoridade delegante.
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Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-CE Prova: CESPE - 2018 - TJ-CE - Juiz Substituto
À luz da Lei n.º 9.784/1999, assinale a opção correta com relação à competência administrativa e à 
relação hierárquica existente no âmbito da administração pública.
Alternativas
A) A relação de subordinação hierárquica entre os órgãos públicos envolvidos é condição imprescindível 
para a delegação da competência administrativa.
B) A delegação de competência de órgãos colegiados é possível, desde que não se trate de matéria de 
competência exclusiva, de decisão de recursos administrativos ou de edição de atos de caráter 
normativo.
C) O ato de delegação retira a competência da autoridade delegante e confere competência exclusiva 
ao órgão delegado.
D) A avocação temporária de competência é permitida, em caráter excepcional e por motivos 
justificados, entre órgãos da administração pública, independentemente da relação hierárquica 
estabelecida entre eles.
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OAB XXIV - João foi aprovado em concurso público promovido pelo Estado Alfa para o cargo de analista 
de políticas públicas, tendo tomado posse no cargo, na classe inicial da respectiva carreira. Ocorre que 
João é uma pessoa proativa e teve, como gestor, excelentes experiências na iniciativa privada.
Em razão disso, ele decidiu que não deveria cumprir os comandos determinados por agentes superiores 
na estrutura administrativa, porque ele as considerava contrárias ao princípio da eficiência, apesar de 
serem ordens legais.
A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta.
(A)João possui total liberdade de atuação, não se submetendo a comandos superiores, em decorrência do 
princípio da eficiência.
(B)A liberdade de atuação de João é pautada somente pelo princípio da legalidade, considerando que não 
existe escalonamento de competência no âmbito da Administração Pública.
(C)João tem dever de obediência às ordens legais de seus superiores, em razão da relação de 
subordinação decorrente do poder hierárquico.
(D)As autoridades superiores somente podem realizar o controle finalístico das atividades de João, em 
razão da relação de vinculação estabelecida com os superiores hierárquicos.
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(OAB XIII) José da Silva é o chefe do Departamento de Pessoal de uma Secretaria de 
Estado. Recentemente, José da Silva avocou a análise de determinada matéria, 
constante de processo administrativo inicialmente distribuído a João de Souza, seu 
subordinado, ao perceber que a questão era por demais complexa e não vinha 
sendo tratada com prioridade por aquele servidor.
Ao assim agir, José da Silva fez uso
(A)do poder hierárquico.
(B)do poder disciplinar.
(C)do poder discricionário.
(D)da teoria dos motivos determinantes.
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O poder disciplinar consiste na possibilidade de a Administração aplicar 
punições aos agentes públicos que cometam infrações funcionais.
Assim, trata-se de poder interno, não permanente e discricionário. Interno 
porque somente pode ser exercido sobre agentes públicos, nunca em 
relação a particulares, exceto quando estes forem contratados da 
Administração. É não permanente na medida em que é aplicável apenas se e 
quando o servidor cometer falta funcional. É discricionário porque a 
Administração pode escolher, com alguma margem de liberdade, qual a 
punição mais apropriada a ser aplicada ao agente público.
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Lei 8.112 - Das Penalidades
Art. 127. São penalidades disciplinares:
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
V - destituição de cargo em comissão;
VI - destituição de função comissionada.
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os 
danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os 
antecedentes funcionais.
Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da 
sanção disciplinar. 
*Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a 
existência do fato ou sua autoria.*
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Estatuto do servidor público – SP (Lei 10.261)
Artigo 271 — No caso dos artigos 253 e 254, poder-se-á aplicar a pena pela verdade sabida, salvo se, pelas
circunstâncias da falta, fôr conveniente instaurar-se sindicância ou processo.
Parágrafo único — Entende-se por verdade sabida o conhecimento pessoal e direto de falta por parte da
autoridade competente para aplicar a pena.
Artigo 253 - A pena de repreensão será aplicada por escrito, nos casos de indisciplina ou falta de
cumprimento dos deveres.
Artigo 254 - A pena de suspensão, que não excederá de 90 (noventa) dias, será aplicada em caso de falta
grave ou de reincidência.
*Redação modificada em 2003*
Art. 5º LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusadosem geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
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O poder regulamentar consiste na possibilidade de os chefes do 
Poder Executivo editarem atos administrativos gerais e 
abstratos, ou gerais e concretos, expedidos para dar fiel 
execução à lei.
O poder regulamentar enquadra-se em uma categoria mais 
ampla denominada poder normativo, que inclui todas as 
diversas categorias de atos abstratos, tais como: regimentos, 
instruções, deliberações, resoluções e portarias.
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Poder Regulamentar – Ao editar as leis, o Poder Legislativo nem sempre possibilita que sejam elas executadas.
Cumpre, então, à Administração criar os mecanismos de complementação das leis indispensáveis a sua efetiva
aplicabilidade. Essa é a base do poder regulamentar.
Art. 84. (...)
IV— sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para a sua fiel
execução.
A diretriz constitucional apresentada acaba por delinear o exato papel atribuído aos decretos
e regulamentos expedidos pelo Poder Executivo, vale dizer: oferecer fiel execução à lei.
Resta clara, portanto, a impossibilidade de utilização dessas espécies normativas, em um primeiro momento
para inovar a ordem jurídica. Com efeito, sua edição só se justifica em vista do perfil a ela emprestado pelo
dispositivo constitucional para oferecer fiel execução a uma lei existente.
Em outras palavras, se determinada matéria ainda não tiver sido objeto de regulamentação, por via de lei, não se
justificará a edição de decretos e regulamentos, pois não terão a que oferecer fiel regulamentação.
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A própria Constituição Federal se incumbiu de prever a sanção a ser
aplicada naquelas situações em que a edição de um decreto ou
regulamento extrapole os limites por ela estabelecidos.
Art. 49. É da Competência exclusiva do Congresso Nacional: (...)
V — sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do
poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.
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Decreto independente ou autônomo (art. 84 inc VI):
é o que dispõe sobre matéria ainda não regulada 
especificamente em lei. A doutrina aceita esses 
provimentos administrativos praeter legem para suprir a 
omissão do legislador, desde que não invadam as 
reservas da lei, isto é, as matérias que só por lei podem 
ser reguladas.
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Poder Regulamentar (Estudo de Caso)
CF - Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social:
...
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas 
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, 
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos 
que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
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Poder Regulamentar (Estudo de Caso)
Lei 12.382/11
Art. 1º O salário mínimo passa a corresponder ao valor de R$ 545,00 (quinhentos e quarenta e cinco reais).
Art. 2º Ficam estabelecidas as diretrizes para a política de valorização do salário mínimo a vigorar entre 2012 e 2015, 
inclusive, a serem aplicadas em 1º de janeiro do respectivo ano.
§ 1º Os reajustes para a preservação do poder aquisitivo do salário mínimo corresponderão à variação do Índice Nacional 
de Preços ao Consumidor - INPC, calculado e divulgado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -
IBGE, acumulada nos doze meses anteriores ao mês do reajuste.
§ 4º A título de aumento real, serão aplicados os seguintes percentuais:
I - em 2012, será aplicado o percentual equivalente à taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto - PIB, apurada 
pelo IBGE, para o ano de 2010;
II - em 2013, será aplicado o percentual equivalente à taxa de crescimento real do PIB, apurada pelo IBGE, para o ano de 
2011;
III - em 2014, será aplicado o percentual equivalente à taxa de crescimento real do PIB, apurada pelo IBGE, para o ano de 
2012; e
IV - em 2015, será aplicado o percentual equivalente à taxa de crescimento real do PIB, apurada pelo IBGE, para o ano de 
2013.
Art. 3º Os reajustes e aumentos fixados na forma do art. 2º serão estabelecidos pelo Poder Executivo, por meio de 
decreto, nos termos desta Lei.
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ADI 4.568 - Ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de medida cautelar, 
ajuizada pelo Partido Popular Socialista – PPS, Partido da Social Democracia Brasileira –
PSDB e Democratas – DEM, objetivando declaração de inconstitucionalidade do art. 3o. 
(caput e parágrafo único) da Lei n. 12.382, de 25.2.2011
Segundo os autores, ter-se-ia ali “indisfarçada delegação de poderes ….para que possa o 
Poder Executivo deter a prerrogativa de fixar, com exclusividade, o valor do salário 
mínimo....o Congresso Nacional não poderá se manifestar sobre o valor do salário 
mínimo entre os anos de 2012 e 2015”
Para os Autores, a divulgação do novo quantum, a cada ano, por decreto desobedeceria 
o comando constitucional relativo ao tipo legislativo a se adotar para tal procedimento
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ADI 4.568 –
O que se conterá no decreto presidencial é apenas a aplicação do índice e divulgação do que valorado pelo Congresso
Nacional segundo fórmula, índice e periodicidade fixados na lei.
Vale dizer, a Presidente da República não pode, no decreto, senão aplicar o que nos termos da lei foi posto a ser
apurado e divulgado. O decreto conterá norma de mera aplicação objetiva, vinculada e formal da lei, sem qualquer
inovação possível, sob pena de abuso do poder regulamentar, passível de fiscalização e controle pela via legislativa
ou judicial. O que a lei impôs à Presidenta da República foi tão somente divulgar o quantum do salário mínimo,
obtido pelo valor reajustado e aumentado segundoos índices fixados pelo Congresso Nacional na própria lei agora
questionada.
O que a lei impôs à Presidenta da República foi tão somente divulgar o quantum do salário mínimo, obtido pelo valor
reajustado e aumentado segundo os índices fixados pelo Congresso Nacional na própria lei agora questionada.
Carmem Lúcia
Penso que os §§ 2º e 3º do artigo 2º não colocam nas mãos do Presidente da República um poder aberto,
discricionário. Na verdade, uma alternativa ao INPC é um índice que haverá de ser apurado de forma científica, é um
índice oficial.
Luiz Fux
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Maria Sylvia*i
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Objetivos da aula 4:
• Analisar o uso dos poderes administrativos e as 
situações relacionadas a sua legitimidade e 
ilegitimidade (abuso e omissão) 
• Compreender o poder regulamentar e o analisar 
no contexto do princípio da legalidade 
• Compreender os poderes hierárquico e disciplinar
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DIREITO 
ADMINISTRATIVO
AULA 5
PODER DE POL Í C IA
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Objetivos da aula 5:
• Refletir sobre o fundamento da polícia administrativa a 
partir das noções de ordem e liberdade 
• Compreender o conceito de polícia administrativa
• Analisar as características principais da polícia 
administrativa 
• Demonstrar a aplicabilidade da polícia administrativa 
nas situações do cotidiano
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Poder de polícia é definido como aquele de que dispõe a 
Administração para condicionar, restringir, limitar e frenar 
atividades e direitos de particulares para a preservação 
dos interesses da coletividade. 
O exercício desse poder encontra fundamento na 
supremacia do interesse público sobre o particular, que 
norteia todas as atividades administrativas.
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Lei 16.402/16 – Município de São Paulo
Art. 146. Fica proibida a emissão de ruídos, produzidos por quaisquer meios ou de quaisquer espécies, com 
níveis superiores aos determinados pela legislação federal, estadual ou municipal, prevalecendo a mais restritiva. 
(Regulamentado pelo Decreto nº 57.443/2016)
§ 1º As medições deverão ser efetuadas pelos agentes competentes na forma da legislação aplicável, por meio 
de sonômetros devidamente aferidos, de acordo com as normas técnicas em vigor.
§ 2º Não estarão sujeitos às proibições desta lei os sons produzidos pelas seguintes fontes:
a) aparelhos sonoros usados durante a propaganda eleitoral, conforme o disposto na legislação própria;
b) sereias ou aparelhos sonoros de viaturas quando em serviços de socorro ou de policiamento;
c) detonações de explosivos empregados no arrebentamento de pedreiras e rochas ou nas demolições, desde 
que em horário e com carga previamente autorizados por órgão competente;
d) manifestações em festividades religiosas, comemorações oficiais, reuniões desportivas, festejos ou ensaios 
carnavalescos e juninos, passeatas, desfiles, fanfarras, bandas de música, desde que se realizem em horário e 
local previamente autorizados pelo órgão competente ou nas circunstâncias consagradas pela tradição;
e) sinos de templos, desde que os sons tenham duração não superior a 60 segundos, e apenas para a 
assinalação das horas e dos ofícios religiosos; e carrilhões, desde que os sons tenham duração não superior a 
15 (quinze) minutos, a cada 4 (quatro) horas e somente no período diurno das 7h às 19h.
§ 3º A fiscalização de ruído proveniente de veículos automotores seguirá o disposto em legislação própria.
http://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/decreto-57443-de-10-de-novembro-de-2016/
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Art. 147. Os estabelecimentos que comercializem bebida alcoólica e que 
funcionem com portas, janelas ou quaisquer vãos abertos, ou ainda, que utilizem 
terraços, varandas ou espaços assemelhados, bem como aqueles cujo 
funcionamento cause prejuízo ao sossego público, não poderão funcionar entre 
1h e 5h. (Regulamentado pelo Decreto nº 57.443/2016)
§ 1º A fiscalização da infração ao disposto no “caput” deste artigo independe de 
medição por sonômetro.
§ 2º Não se considera infração a abertura de estabelecimento para lavagem ou 
limpeza, desde que tais atos não gerem incomodidade.
§ 3º O estabelecimento poderá funcionar no horário referido no “caput” deste 
artigo, desde que providencie adequação acústica e não gere nenhuma 
incomodidade.
http://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/decreto-57443-de-10-de-novembro-de-2016/
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CTN - Art. 78. Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, 
limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou 
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à 
ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades 
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade 
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando 
desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do 
processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso 
ou desvio de poder.
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POLÍCIA ADMINISTRATIVA E JUDICIÁRIA
A principal diferença entre as duas está no caráter preventivo da polícia 
administrativa e no repressivo da polícia judiciária. A primeira terá por 
objetivo impedir as ações antissociais, e a segunda, punir os infratores da lei 
penal.
Outra diferença: a polícia judiciária é privativa de corporações especializadas 
(polícia civil e militar), enquanto a polícia administrativa se reparte entre 
diversos órgãos da Administração, incluindo, além da própria polícia militar, 
os vários órgãos de fiscalização aos quais a lei atribua esse mister, como os 
que atuam nas áreas da saúde, educação, trabalho, previdência e assistênciasocial.
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POLÍCIA ADMINISTRATIVA E JUDICIÁRIA
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de
todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
...
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem,
ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a
apuração de infrações penais, exceto as militares.
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem
pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei,
incumbe a execução de atividades de defesa civil.
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atributos do poder de polícia
discricionariedade - pode ser vinculado também, como nos casos 
de licenças o que difere das autorizações; 
autoexecutoriedade - possibilidade que tem a Administração de, 
com os próprios meios, pôr em execução as suas decisões, sem 
precisar recorrer previamente ao Poder Judiciário 
coercibilidade - execução forçada para cumprir a decisão 
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Indelegabilidade: como atividade típica do Estado, o poder de polícia não 
pode ser delegado a particulares; é privativo de servidores investidos em 
cargos públicos, com garantias que protegem o exercício das funções 
públicas dessa natureza (conforme entendimento da jurisprudência do STF e 
do STJ); aceitação da possibilidade de delegação de atividades puramente 
materiais, que não envolvam exercício de autoridade sobre o cidadão.
Limites: previstos em lei, quanto à competência, à forma, aos fins, aos 
motivos e ao objeto; observância das regras da proporcionalidade entre 
meios e fins, da necessidade e da eficácia.
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LEI Nº 10.348, DE 4 DE SETEMBRO DE 1987.
DISPÕE SOBRE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE ELEVADORES E OUTROS APARELHOS DE
TRANSPORTE, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Art. 1º A instalação e funcionamento de elevadores e outros aparelhos de transporte no Município de São Paulo 
serão regidos pelas disposições da presente lei.
Art. 3º O licenciamento perante a Prefeitura do Município de São Paulo dos aparelhos de transporte abrangidos por 
esta lei é de caráter obrigatório, ficando eles sujeitos à fiscalização municipal.
§ 1º Dependem de Alvará de Instalação as instalações, reinstalações e substituições de aparelhos de transporte.
§ 2º Nenhum aparelho de transporte poderá funcionar sem que o proprietário tenha obtido o correspondente 
Alvará de Funcionamento.
Art. 4º O pedido de Alvará de Instalação deverá ser instruído com projeto, memorial descritivo, cálculo de tráfego, 
diagrama unifilar das instalações elétricas e cópias oficiais das plantas da edificação.
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Art. 9º Será obrigatória a inspeção anual 
rigorosa dos aparelhos de transporte, a cargo 
do responsável pela conservação, que deverá 
expedir Relatório de Inspeção Anual, assinado 
pelo Engenheiro.
Parágrafo Único. O Relatório de Inspeção Anual 
deverá permanecer em poder do proprietário 
do aparelho de transporte, para pronta 
exibição à fiscalização municipal, sempre que 
solicitado.
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O Supremo Tribunal Federal, no dia 23 de outubro de 2020, por maioria dos
ministros, examinando o tema 532 em sede de repercussão geral, concedeu a BHTrans
a prerrogativa de aplicar mutas aos motoristas na capital mineira, na qual havia
perdido há 11 anos no através do REsp 817.534.
Decisão foi emanada no julgamento do RE 633782, sob a relatoria do Ministro
Luiz Fux, com voto favorável ao recurso da entidade. A tese definida foi:
“É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, às pessoas
jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Pública indireta de
capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público
de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial.”
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Poder de Polícia como intervenção do Estado na 
propriedade privada;
Poder de Polícia como intervenção no domínio 
econômico. Ex: Banco Central (fiscaliza outras 
instituições financeiras) e o CADE – Conselho 
Administrativo de Defesa Econômica (polícia do 
mercado) – ex. autoriza incorporação de empresas

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