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Modelagem Bidimensional e Confecção

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Indaial – 2021
ModelageM 
BidiMensional e 
ConfeCção
Prof.a Ana Cláudia Antunes 
1a Edição
Samsung
Nota
PÁGINA 160
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Prof.a Ana Cláudia Antunes
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
A636m
Antunes, Ana Cláudia
Modelagem bidimensional e confecção. / Ana Cláudia Antunes. 
– Indaial: UNIASSELVI, 2021.
191 p.; il.
ISBN 978-65-5663-475-3
ISBN Digital 978-65-5663-471-5
1. Modelagem bidimensional. – Brasil. II. Centro Universitário 
Leonardo da Vinci.
CDD 740
apresentação
Prezado acadêmico, este livro didático compreende os conteúdos 
relacionados à modelagem bidimensional e à confecção. Através dele, 
você conhecerá o conceito e as técnicas da modelagem bidimensional e 
desenvolverá habilidades nesse campo, além de ser introduzido aos contextos 
da confecção de vestuário e das tecnologias implicadas.
Na indústria do vestuário, a modelagem é parte fundamental para 
a elaboração de novos produtos. Com usuários cada vez mais exigentes e 
um mercado mais competitivo, a modelagem é um fator de diferenciação 
relacionado à qualidade do produto, podendo se tornar até mesmo o 
fator decisivo no momento da compra de uma peça de roupa. Assim, é 
imprescindível que um profissional da área da moda possua conhecimentos 
avançados de modelagem bidimensional.
 
Após a modelagem de uma peça de roupa e a aprovação da peça-
piloto, o produto é direcionado para o encaixe e, posteriormente, para o risco 
e o corte, fases que exigem planejamento e controle para assertividade da 
produção. O setor de confecção, em uma indústria de vestuário, é complexo, 
e necessita de conhecimento avançado do profissional de moda sobre o 
funcionamento e as tecnologias envolvidas. Para isso, este livro foi dividido 
em três unidades.
Na Unidade 1, abordaremos o conceito de modelagem bidimensional, 
como funciona e qual a aplicação na indústria do vestuário, além da relação 
entre modelagem e antropometria, do estudo das medidas do corpo humano 
para a construção da modelagem e das tabelas de medidas. Além disso, 
serão listados os materiais e as ferramentas necessários para a modelagem 
bidimensional, para, então, compreendermos os conceitos básicos da 
modelagem, a construção de diagramas e as bases.
Em seguida, na Unidade 2, aprenderemos como fazer a transferência 
de pences nas bases, ou incuti-las em recortes para interpretar modelos de 
roupas avançados através das bases construídas anteriormente. Além disso, 
aprenderemos como fazer a gradação de moldes finalizados, utilizando 
uma tabela de medidas industrial, e, posteriormente, entenderemos como 
funciona o encaixe de moldes para o corte.
Por fim, na Unidade 3, estudaremos como funcionam os setores de uma 
indústria de confecção de vestuário, como funciona o planejamento da produção, 
além das tecnologias envolvidas na confecção, incluindo o risco dos moldes, 
o encaixe e o corte. Também estudaremos a importância da ficha técnica no 
desenvolvimento e na confecção de produtos de moda, e identificaremos quais as 
informações essenciais que uma ficha técnica deve conter.
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Ao fim do conteúdo, você compreenderá a importância da modelagem 
no contexto produtivo de uma peça de roupa, e terá conhecimento necessário 
para desenvolver as próprias bases de modelagem e os modelos avançados, 
além de embasamento necessário para compreender como funciona o setor de 
confecção de vestuário e das tecnologias.
Bom estudo!
Prof.a Ana Cláudia Antunes 
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você terá 
contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementares, 
entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
suMário
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL .................................... 1
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL ........................................ 3
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 3
2 MODELAGEM E ANTROPOMETRIA .......................................................................................... 3
2.1 ANTROPOMETRIA ....................................................................................................................... 3
2.2 ORIGEM E ESTUDO DAS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS ............................................... 4
2.3 FOLGAS DE VESTIBILIDADE ..................................................................................................... 6
3 MEDIDAS DO CORPO HUMANO ................................................................................................. 6
3.1 ALTURAS E COMPRIMENTOS ................................................................................................... 7
3.2 CIRCUNFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 7
3.3 DISTÂNCIAS ................................................................................................................................... 7
3.4 MEDIDAS FUNDAMENTAIS E MEDIDAS COMPLEMENTARES ....................................... 7
3.5 COMO TIRAR AS MEDIDAS DO CORPO ................................................................................. 7
4 TABELA DE MEDIDAS ................................................................................................................... 15
4.1 TABELA DE MEDIDAS FEMININAS ...................................................................................... 15
4.2 TABELA DE MEDIDAS MASCULINAS .................................................................................. 16
4.3 TABELA DE MEDIDAS INFANTIL .......................................................................................... 17
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 19
AUTOATIVIDADE ..............................................................................................................................20
TÓPICO 2 —MODELAGEM BIDIMENSIONAL .......................................................................... 23
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 23
2 A MODELAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO ..................................... 23
2.1 TÉCNICAS DE MODELAGEM BIDIMENSIONAL ............................................................... 25
2.2 SENTIDO DO FIO ........................................................................................................................ 26
3 IDENTIFICAÇÃO DOS MOLDES................................................................................................. 27
4 FERRAMENTAS E MATERIAIS DE MODELAGEM ................................................................ 30
4.1 FITA MÉTRICA ............................................................................................................................. 30
4.2 PAPEL PARA MOLDE ................................................................................................................ 30
4.3 RÉGUA MILIMETRADA DE 60CM .......................................................................................... 30
4.4 ESQUADRO ................................................................................................................................... 31
4.5 RÉGUA DE ALFAIATE ................................................................................................................ 32
4.6 CURVA FRANCESA .................................................................................................................... 33
4.7 CARRETILHA ............................................................................................................................... 33
4.8 OUTROS MATERIAIS ................................................................................................................. 34
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 35
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 36
TÓPICO 3 — CONSTRUÇÃO DE BASES ....................................................................................... 39 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 39
2 CONCEITOS BÁSICOS ................................................................................................................... 39
3 CONSTRUÇÃO DE DIAGRAMA ................................................................................................. 40
4 CONSTRUÇÃO DE BASES ............................................................................................................. 41
4.1 BASE DA SAIA FEMININA ....................................................................................................... 42
4.2 BASE DO CORPO FEMININO .................................................................................................. 47
4.3 BASE DA MANGA FEMININA ................................................................................................. 52
4.4 BASE DA CALÇA ........................................................................................................................ 55
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 60
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 61
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 62
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 65
UNIDADE 2 — MODELAGEM E GRADAÇÃO ........................................................................... 67
TÓPICO 1 — TRANSFERÊNCIA DE PENCES .............................................................................. 69
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 69
2 PENCE .................................................................................................................................................. 69
3 TRANSFERÊNCIA DE PENCE DO CORPO ................................................................................ 71
3.1 PENCE NO OMBRO ................................................................................................................... 72
3.2 PENCE NO DECOTE .................................................................................................................. 73
3.3 PENCE NA CAVA ....................................................................................................................... 74
3.4 PENCE FRANCESA .................................................................................................................... 75
3.5 PENCE DO CENTRO-FRENTE ................................................................................................. 76
3.6 PENCE DO DECOTE NO CENTRO-FRENTE ........................................................................ 77
3.7 PENCE DA CINTURA NO CENTRO-FRENTE ...................................................................... 78
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 80
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 83
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 84
TÓPICO 2 — INTERPRETAÇÃO DE MOLDES ............................................................................ 87
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 87
2 VARIAÇÃO DE SAIAS .................................................................................................................... 87
2.1 SAIA EVASÊ ................................................................................................................................. 87
2.2 SAIA GODÊ ................................................................................................................................... 88
2.3 SAIA DE PREGAS ........................................................................................................................ 92
2.4 SAIA-ENVELOPE ......................................................................................................................... 93
3 VARIAÇÃO DE BLUSAS ................................................................................................................. 94
3.1 CAVA AMERICANA ................................................................................................................... 94
3.2 DECOTE DRAPEADO ............................................................................................................... 95
3.3 COLETE DE ALFAIATARIA ....................................................................................................... 96
4 VARIAÇÃO DE MANGAS .............................................................................................................. 97
4.1 MANGA-TULIPA ........................................................................................................................ 97
4.2 MANGA COM FRANZIDO NA CAVA ................................................................................... 98
4.3 MANGA BOCA-DE-SINO ..........................................................................................................98
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 100
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 101
TÓPICO 3 — GRADAÇÃO E ENCAIXE ....................................................................................... 105
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 105
2 GRADAÇÃO .................................................................................................................................... 105
2.1 VALORES DA GRADAÇÃO ..................................................................................................... 107
2.2 MÉTODOS DE GRADAÇÃO .................................................................................................... 109
2.3 GRADAÇÃO MANUAL E GRADAÇÃO AUTOMATIZADA ............................................ 114
3 GRADAÇÃO DE BLUSA .............................................................................................................. 117
4 GRADAÇÃO DE CALÇA ............................................................................................................. 118
5 TIPOS DE GRADAÇÃO ................................................................................................................ 119
6 ENCAIXE ........................................................................................................................................... 119
6.1 ENCAIXE MANUAL ................................................................................................................. 120
6.2 ENCAIXE MANUAL DE MINIATURAS ................................................................................ 120
6.3 ENCAIXE AUTOMATIZADO .................................................................................................. 121
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 124
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 125
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 127
UNIDADE 3 — OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM .................................................................. 129
TÓPICO 1 — TECNOLOGIA DA CONFECÇÃO ........................................................................ 131
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 131
2 PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO ........................................................................................... 131
2.1 REUNIÃO DE PEDIDOS ........................................................................................................... 133
2.2 ORDEM DE FABRICAÇÃO ...................................................................................................... 134
3 INTRODUÇÃO AO RISCO, AO ENCAIXE E AO CORTE ..................................................... 136
3.1 TIPOS DE MOLDES ................................................................................................................... 136
3.2 TIPOS DE TECIDOS ................................................................................................................... 138
3.3 TIPOS DE ENFESTO .................................................................................................................. 139
3.4 TIPOS DE RISCOS MARCADORES ........................................................................................ 141
4 FREQUÊNCIA .................................................................................................................................. 148
5 GASTO MÉDIO ............................................................................................................................... 149
RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 151
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 152
TÓPICO 2 — TECNOLOGIA DE CORTE ..................................................................................... 155
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 155
2 TECNOLOGIA DE CORTE ........................................................................................................... 155
2.1 FATORES DE ENFESTAMENTO ............................................................................................ 156
2.2 MÉTODOS DE ENFESTAMENTO .......................................................................................... 157
2.3 QUALIDADE NO CORTE ........................................................................................................ 158
2.4 MÁQUINAS DE CORTE .......................................................................................................... 159
2.5 CORTE E ALTURA MÁXIMA DO ENFESTO ........................................................................ 162
2.6 OUTROS EQUIPAMENTOS DE CORTE ............................................................................... 163
3 SALA DE CORTE EM UMA IDÚSTRIA DO VESTUÁRIO ................................................... 164
3.1 SALA DE CORTE TRADICIONAL ......................................................................................... 164
3.2 SALA DE CORTE AUTOMATIZADA .................................................................................... 164
4 PREPARAÇÃO PARA OUTRAS ETAPAS .................................................................................. 165
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 166
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 167
TÓPICO 3 — FICHA TÉCNICA ...................................................................................................... 169
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 169
2 TECNOLOGIA DA CONFECÇÃO .............................................................................................. 169
2.1 MAQUINÁRIOS DE COSTURA .............................................................................................. 170
2.2 AGULHAS DE MÁQUINA ....................................................................................................... 175
2.3 ACESSÓRIOS E APARELHOS .................................................................................................. 176
2.4 TÉCNICAS DE EXECUÇÃO: TECIDO PLANO E MALHARIA ......................................... 178
3 FICHA TÉCNICA ............................................................................................................................. 181
3.1 DESENHO TÉCNICO ................................................................................................................ 182
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 185
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 186
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 187
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................191
1
UNIDADE 1 — 
INTRODUÇÃO À MODELAGEM 
BIDIMENSIONAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• compreender o que é a modelagem bidimensional, como funciona e qual 
a aplicação na indústria da moda;
• compreender a relação entre modelagem e antropometria, como tirar 
as medidas do corpo humano e a construção de uma tabela de medidas 
industrial;
•	 identificar	os	materiais	e	as	ferramentas	necessários	para	a	modelagem	
bidimensional;
• construir bases de modelagens femininas de saia, blusa, manga e calça, 
através de uma tabela de medidas.
Esta	unidade	está	dividida	em	três	tópicos.	No	decorrer	da	unidade,	
você	 encontrará	 autoatividades	 com	 o	 objetivo	 de	 reforçar	 o	 conteúdo	
apresentado.
TÓPICO	1	–	INTRODUÇÃO	À	MODELAGEM	BIDIMENSIONAL
TÓPICO	2	–	MODELAGEM	BIDIMENSIONAL
TÓPICO	3	–	CONSTRUÇÃO	DE	BASES
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
2
3
TÓPICO 1 — 
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL
1 INTRODUÇÃO 
A	modelagem	consiste	na	construção	de	moldes	para	artigos	do	vestuário	
que poderão, posteriormente, ser confeccionados em uma peça única ou em escala 
industrial. Os moldes podem ser desenvolvidos através de diferentes técnicas: 
modelagem	bidimensional,	moulage	ou	cópia	direta	do	produto.
Este	livro	didático	é	focado	na	modelagem	bidimensional,	que	transpassa	
o	desafio	de	vestir	um	corpo	tridimensional	através	de	moldes	planificados	traçados	
em papel. Para isso, é fundamental a construção de diagramas que utilizem as 
medidas	do	corpo	humano,	normalmente,	já	alocadas	em	uma	tabela	de	medidas.	
Acadêmico,	 para	 que	 você	 possa	 iniciar	 a	 construção	 de	 modelagens,	
abordaremos,	neste	tópico,	alguns	conhecimentos	previamente	necessários,	como	
a relação entre modelagem e antropometria, as medidas do corpo humano e as 
tabelas de medidas.
2 MODELAGEM E ANTROPOMETRIA 
A	 modelagem	 bidimensional	 utiliza	 medidas	 do	 corpo	 humano	 para	
traçar diagramas que, posteriormente, poderão ser transformados em moldes. 
A	ciência	que	 estuda	as	medidas	do	 corpo	humano	é	 a	 antropometria,	
assim, é imprescindível compreender a ligação existente entre modelagem e 
antropometria, além da aplicação para a construção dos moldes e para garantir 
conforto a eles.
2.1 ANTROPOMETRIA 
A	antropometria	 (do	grego,	anthropos, homem, e metry,	medida)	é	definida,	 
por	Correa	 e	Rosner	 (2015),	 como	um	 ramo	das	 ciências	 biológicas	 que	 objetiva	 o	
estudo	dos	elementos	mensuráveis	da	morfologia	humana,	é	a	área	dedicada	a	estudar	
e a avaliar as medidas de tamanho, de massa e de proporções do corpo humano.
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UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL
4
Os	 estudos	 antropométricos	 permitem	 projetar,	 considerando	 a	 altura	
adequada para cada pessoa e as diferenças individuais e étnicas na 
elaboração	e	na	avaliação	de	equipamentos	e	de	postos	de	trabalho.	No	
entanto, a grande variabilidade das medidas corporais entre os indivíduos 
é	um	desafio	para	o	projetista.	É	preciso	considerar	as	pessoas	mais	altas	e	
as	pessoas	mais	baixas	(CORREA;	ROSNER,	2015,	p.	35).
Para	 o	 desenvolvimento	 da	modelagem,	 são	 necessárias	 as	 dimensões	
antropométricas do corpo que a roupa deve vestir, além do entendimento 
da proporção entre essas medidas e da compreensão das formas dos corpos 
feminino,	masculino	 e	 infantil,	para	projetar	peças	de	vestuário	que	 se	vistam	
adequadamente, adaptando-se às formas e atendendo às necessidades de 
cada público.
2.2 ORIGEM E ESTUDO DAS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
A	origem	dos	 estudos	antropométricos,	de	 acordo	 com	Correa	 e	Rosner	
(2015),	teve	início	na	antiguidade,	quando	os	egípcios	e	os	gregos	investigavam	a	
relação	entre	as	partes	do	corpo	humano,	já	na	Era	Renascentista.	Com	o	estudo	
do	Homem	Vitruviano,	de	Leonardo	da	Vinci,	a	análise	das	proporções	humanas	
estava	em	evidência,	mas,	para	o	autor,	o	termo	antropometria	foi	utilizado,	pela	
primeira	vez,	somente	em	1659,	pelo	pesquisador	alemão	Sigismund	Elshatz.
FIGURA 1 – HOMEM VITRUVIANO, DE LEONARDO DA VINCI
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/homo-vitruviano-vitruvian-man-
leonardos-detailed-602705321>. Acesso em: 24 out. 2020.
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TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL
5
A	primeira	avaliação	dos	dados	antropométricos	completa	 foi	 feita	por	
um	médico	alemão,	Johann	Friedrich	Blumenbach,	em	1775.	Somente	no	fim	da	
década	de	1850,	Paul	Broca	instituiu	a	Sociedade	de	Antropologia	de	Paris,	e	ficou	
conhecido	 como	 o	 fundador	 da	 antropologia	 moderna	 (ROSNER;	 CORREA,	
2015).	A	partir	de	então,	os	estudos	antropométricos	evoluíram	muito	e	serviram	
de embasamento para diversos campos do conhecimento.
Até	a	década	de	1940,	as	medidas	antropométricas	visavam	determinar	
apenas algumas grandezas médias da população, com pesos e 
estaturas.	Depois,	passou-se	a	determinar	as	variações	e	os	alcances	
dos	movimentos.	Hoje,	o	interesse	maior	se	concentra	no	estudo	das	
diferenças	 entre	 grupos	 e	 na	 influência	 de	 certas	 variáveis,	 	 como	
etnias, alimentação e saúde. Com o crescente volume do comércio 
internacional,	pensa-se,	hoje,	em	estabelecer	os	padrões	mundiais	de	
medidas antropométricas para a produção de produtos universais 
(IIDA,	2005,	p.	98).
Você sabia que, até a Idade Média, não havia diferenciação entre o pé direito e 
o pé esquerdo de um calçado? Os dois eram do mesmo formato. Esse é um ótimo exemplo 
de como os estudos antropométricos podem melhorar os produtos que utilizamos.
ATENCAO
A	 antropometria	 pode	 ser	 dividida	 em	 três	 tipos:	 estática,	 dinâmica	 e	
funcional.	A	antropometria	estática	está	voltada	para	as	medidas	referentes	ao	
corpo parado ou com poucos movimentos, e as medições são realizadas entre 
dois	 pontos	 anatômicos	 claramente	 identificados,	 enquanto	 a	 antropometria	
dinâmica	mede	o	alcance	dos	movimentos	e	a	antropometria	funcional	trata	de	
medidas	relacionadas	com	a	execução	de	tarefas	específicas	(IIDA,	2005).
FIGURA 2 – TIPOS DE ANTROPOMETRIA
FONTE: Adaptada de Iida (2005)
Antropometria
estática
Antropometria
dinâmica
Antropometria
funcional
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UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL
6
Pode-se observar que a complexidade aumenta da antropometria 
estática,	para	a	dinâmica,	para	a	funcional,	porém,	todas	são	necessárias	para	o	
desenvolvimento	da	modelagem	do	vestuário,	pois	o	corpo	que	a	peça	deve	vestir	
não	é	estático,	e	deve	se	movimentar	com	conforto	e	liberdade	de	movimentos.
2.3 FOLGAS DE VESTIBILIDADE
Considerando	que	a	roupa	veste	um	corpo	que	não	é	estático,	a	modelagem	
deve	 permitir	 que	 o	 usuário	 possa	 se	 movimentar	 confortavelmente	 e	 sem	
restrição de movimentos. Para garantir conforto às peças, o modelista deve estar 
atento	às	folgas	necessárias,	como	as	de	vestibilidade	e	de	modelo.
A	 modelagem	 bidimensional	 parte	 da	 construção	 de	 diagramas	 que	
tomam, como base, as medidas do corpo humano, para, então, serem extraídas 
as	bases.	As	bases	objetivam	vestir	o	corpo	de	forma	extremamente	ajustada,	sem	
nenhum	acréscimo	de	folga.	Dessa	forma,	para	a	interpretação	dos	modelos,	tem-
se a noção da forma real do corpo, sendo, então, o acréscimo de folgas decidido 
de acordo com a necessidade do modelo.
As	folgas	são,	segundo	Silveira	(2017,	p.	21),	“o	espaço	acrescentado	no	
molde	das	peças	de	vestuário,	além	das	medidas	anatômicas	do	corpo”.	A	medida	
dessas folgas depende das questões estéticas do modelo, da função e do tecido, 
visando atender às necessidades de movimentação do corpo.
 
Existem	 dois	 tipos	 de	 folgas:	 as	 de	 vestibilidade	 e	 as	 de	 modelo.	 As	
folgas de vestibilidade estão relacionadas aos acréscimos fundamentais para que 
a pessoa que utilize a roupa vista confortavelmentee consiga se movimentar. 
Esse	tipo	de	folga	é	essencial	para	peças	confeccionadas	em	tecidos	planos.	Já	as	
roupas feitas em malha, como as de moda praia ou moda esportiva, podem não 
ter folga de vestibilidade, e ter medidas diminuídas da anatomia do corpo, isso 
porque a elasticidade do tecido permite a movimentação.
As	folgas	dos	modelos	são	os	acréscimos	feitos	nas	peças,	considerando	as	
questões	estéticas	das	 roupas,	podendo	ser	mais	 justas	ou	mais	amplas.	Assim,	o	
modelista	deve	adicionar	a	medida	necessária	aos	moldes	para	alcançar	o	objetivo	do	
croqui, quanto a caimento, volume ou comprimento.
3 MEDIDAS DO CORPO HUMANO
Para a construção de moldes de roupas através da modelagem plana, é 
necessário	 saber	 as	medidas	 do	 corpo	para	 o	 qual	 a	 peça	 deve	 ser	 elaborada.	
Para a modelagem industrial, são utilizadas tabelas de medidas, de acordo com 
cada	 público,	 assunto	 que	 será	 abordado	 no	 Tópico	 4,	 porém,	 para	 que	 você	
compreenda	como	essas	tabelas	são	construídas,	é	necessário	aprender	a	tirar	as	
medidas do corpo. Esse processo pode servir para a construção de moldes sob 
medida e para construir uma tabela de medidas para a modelagem industrial.
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TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL
7
3.1 ALTURAS E COMPRIMENTOS
As	alturas	são	medidas	lineares	aferidas	no	sentido	vertical	de	qualquer	
parte	 do	 corpo	 em	 direção	 ao	 solo.	 De	 acordo	 com	 Silveira	 (2017,	 p.	 7),	 “por	
convenção,	todas	as	alturas	devem	ser	realizadas	do	lado	direito”,	como	a	altura	
da cintura e das entrepernas.
Os	 comprimentos	 correspondem	 às	 distâncias	 entre	 dois	 pontos	
antropométricos medidos no sentido vertical, como o comprimento da cintura 
ao	joelho.
3.2 CIRCUNFERÊNCIAS
As	 distâncias	 condizem	 com	 a	 medida	 entre	 dois	 pontos	 no	 sentido	
horizontal, como a medida dos ombros e a medida entre um seio e o outro, ambas 
necessárias	para	o	traçado	das	bases	de	modelagem.
As	circunferências	correspondem	às	medidas	que	contornam	determinado	
segmento do corpo, como é o caso da cintura, do busto, do quadril.
3.3 DISTÂNCIAS
3.4 MEDIDAS FUNDAMENTAIS E MEDIDAS 
COMPLEMENTARES
As	medidas	fundamentais	são	aquelas	essenciais	para	o	traçado	das	bases.	
Devem	ser	exatas	e	tiradas	rente	ao	corpo,	e	qualquer	acréscimo	ou	folga	só	deve	
ser	 realizado	 na	 elaboração	 da	modelagem.	 Já	 as	medidas	 complementares	 são	
aquelas	necessárias	para	a	execução	do	modelo,	como	comprimento	da	peça,	nível	
do	gancho	e	medidas	de	golas	e	de	punhos	(SAGGESE;	DUARTE,	2010).
3.5 COMO TIRAR AS MEDIDAS DO CORPO
Para	tirar	as	medidas	do	corpo,	você	precisa	de	uma	fita	métrica.	A	pessoa	
escolhida	para	a	aferição	das	medidas	deve	estar	vestindo	roupas	finas	e	com	pouco	
volume,	para	que	não	interfiram	nas	medidas	reais	da	pessoa	e	permitam	que	você	
visualize	as	formas	do	corpo.	A	lingerie	utilizada	não	deve	interferir	no	volume	do	
corpo,	como	cintas	compressoras	ou	sutiãs	e	calcinhas	com	enchimento.	A	pessoa	deve	
estar descalça e manter a postura alinhada durante o processo.
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UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL
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Amarrar uma fita na cintura da pessoa que está servindo como modelo pode 
ajudar no momento de tirar as medidas do corpo, servindo como ponto de referência para 
aferir outras medidas necessárias.
TIRAR MEDIDAS
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/young-needlewoman-tailor-
taking-measures-female-1760126297>. Acesso em: 21 out. 2020.
NOTA
Tirar as medidas de forma correta é imprescindível para a exatidão da 
modelagem,	assim,	a	seguir,	haverá	a	explicação	de	como	aferir	as	medidas:
• Entre cavas frente:	meça	a	distância	entre	a	cava	esquerda	e	a	direita.
• Circunferência do busto:	com	a	fita	métrica,	contorne	a	parte	mais	saliente	do	
busto e das costas na região da omoplata.
• Circunferência da cintura:	 contorne	 a	 cintura,	 região	 mais	 fina	 do	 troco,	
situada, normalmente, a 3 cm acima do umbigo.
• Circunferência do quadril: contorne o corpo na altura dos glúteos, na região 
de	maior	volume;	pode-se,	também,	medir	a	circunferência	do	quadril	alto	e	do	
quadril baixo, conforme demonstrado a seguir.
• Centro-frente:	 confira	 a	medida	 com	 a	 fita	métrica	 posicionada	 na	 base	 do	
pescoço e meça até a cintura.
• Altura da frente: com	a	fita	métrica	posicionada	no	ponto	de	encontro	entre	o	
ombro	e	o	pescoço,	confira	a	medida	até	a	cintura.
• Altura do busto:	posicione	a	fita	métrica	na	base,	no	ponto	de	encontro	entre	o	
ombro e o pescoço, meça até o mamilo.
• Altura do quadril: meça, em linha reta, da linha da cintura até a linha do quadril.
• Lateral: é a medida a partir da qual se inicia a cava até a cintura.
• Distância entre os seios:	meça	a	distância	entre	um	mamilo	e	o	outro.
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL
9
FIGURA 3 – MEDIDAS FRENTE
FONTE: A autora
• Comprimento da manga: peça para que a pessoa dobre o braço e posicione 
a	mão	sobre	o	ventre,	então,	confira	a	medida	do	final	do	ombro	até	o	osso	
saliente	do	punho,	contornando	o	braço.	Dessa	forma,	evita-se	que	a	manga	
fique	curta	quando	a	pessoa	se	movimente.
• Circunferência do braço: contorne a região de maior volume entre o ombro e 
o cotovelo.
• Circunferência do cotovelo: com o braço dobrado e a mão na região do ventre, 
meça o contorno do cotovelo.
• Circunferência do punho: contorne	o	punho,	posicionando	a	fita	métrica	sobre	
o osso saliente.
• Largura mínima do punho: com o dedão posicionado na palma da mão, meça 
a	 circunferência	 na	 região	 dos	 ossos	 entre	 os	 dedos	 e	 a	mão.	 Dessa	 forma,	
garantimos que a pessoa consiga vestir a manga sem problemas, mesmo não 
havendo abertura e botões, conforme ilustrado a seguir.
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL
10
FIGURA 4 – LARGURA MÍNIMA DO PUNHO
FONTE: A autora
• Distância entre ombros: meça do ponto de encontro entre o ombro e o braço 
direito esquerdo, até o mesmo ponto do esquerdo.
• Distância entre cavas costas: meça	a	distância	entre	a	cava	esquerda	e	a	direita.	
A	medida	deve	ser	aferida	com	os	braços	cruzados	na	frente.
• Largura das costas: confira	a	medida	do	ponto	de	encontro	entre	o	ombro	e	o	
pescoço e a cintura.
• Centro das costas: com	a	fita	métrica	posicionada	no	osso	mais	saliente	na	base	do	
pescoço	(normalmente,	é	a	sétima	vértebra	cervical),	confira	a	medida	até	a	cintura.
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL
11
FIGURA 5 - MEDIDAS DAS COSTAS
FONTE: A autora
• Circunferência da coxa alta:	posicione	a	fita	métrica	logo	abaixo	da	virilha	e	
contorne a coxa.
• Circunferência da coxa baixa:	posicione	a	fita	na	região	média	entre	a	virilha	e	
o	joelho	e	contorne	a	coxa.
• Circunferência do joelho:	contorne	o	joelho.
• Circunferência do joelho dobrado: com	o	joelho	levemente	dobrado,	contorne	
o	joelho.
• Circunferência da panturrilha: posicione	 a	 fita	métrica	 na	 região	 de	maior	
volume da panturrilha.
• Circunferência do tornozelo:	confira	a	medida	com	a	fita	métrica	posicionada	
sobre o osso saliente do tornozelo.
• Medida mínima para abertura de calças: conforme ilustrado a seguir, contorne, 
com	a	fita	métrica,	o	calcanhar,	passando	pelo	ponto	de	união	entre	o	pé	e	a	canela.
• Comprimento da cintura até o chão: com a pessoa descalça, meça da cintura 
até o chão.
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL
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FIGURA 6 – MEDIDAS DAS PERNAS
FONTE: A autora
• Altura do gancho: a pessoa deve estar sentada em uma cadeira ou em um 
banco	plano,	para	que	você	possa	aferir	a	medida	da	fita	amarrada	na	cintura	
até	o	 assento,	 conforme	mostrará	a	figura	a	 seguir.	Essa	medida	é	utilizada	
para construção do gancho na modelagem de calça. Quando conferida 
adequadamente,	evita	que	a	cós	fique	curta	quando	a	pessoa	se	sentar.
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃOÀ MODELAGEM BIDIMENSIONAL
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FIGURA 7 – COMO TIRAR A MEDIDA DO GANCHO
FONTE: A autora
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL
14
Agora que você já sabe como tirar as medidas do corpo, que tal praticar? 
Chame uma amiga ou amigo para lhe ajudar nessa tarefa. Confira as medidas dele (a) e 
anote a seguir:
NOME: __________________________________ DATA: _________
NOTA
Medida em cm:
ENTRE CAVAS FRENTE:
CIRCUNFERÊNCIA DO BUSTO:
CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA:
CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL:
CENTRO FRENTE:
ALTURA DA FRENTE:
ALTURA DO BUSTO:
ALTURA DO QUADRIL:
DISTÂNCIA ENTRE OS SEIOS:
COMPRIMENTO DA MANGA:
CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO:
CIRCUNFERÊNCIA DO COTOVELO:
CIRCUNFERÊNCIA DO PUNHO:
LARGURA MÍNIMA DO PUNHO:
ENTRE CAVAS COSTAS:
LARGURA DAS COSTAS:
ALTURA DAS COSTAS:
CENTRO COSTAS:
CIRCUNFERÊNCIA DA COXA ALTA:
CIRCUNFERÊNCIA DA COXA BAIXA:
CIRCUNFERÊNCIA DO JOELHO:
CIRCUNFERÊNCIA DO JOELHO DOBRADO:
CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA:
CIRCUNFERÊNCIA DO TORNOZELO:
MEDIDA MÍNIMA PARA ABERTURA DE CALÇAS:
COMPRIMENTO DA CINTURA ATÉ O CHÃO:
ALTURA DO GANCHO:
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL
15
Agora	que	você	já	sabe	como	tirar	as	medidas	do	corpo	adequadamente	
para	 o	 traçado	de	modelagem,	no	próximo	 tópico,	 serão	 abordadas	 as	 tabelas	
de	medidas,	 como	 utilizá-las,	 e	 como	 são	 construídas,	 objetivando	 atender	 às	
necessidades	de	cada	público	específico.	Também	apresentaremos	as	diferenças	
entre as tabelas de medidas feminina, masculina e infantil.
4 TABELA DE MEDIDAS
A	 confecção	 de	 uma	 roupa,	 através	 da	 modelagem	 bidimensional,	 de	
acordo	com	Mariano	(2011,	p.	88),	“exige	uma	análise	minuciosa	da	anatomia	do	
usuário,	seja	o	consumidor	final	de	um	traje	sob	medida	ou	o	modelo	de	prova	
que	representa	o	perfil	físico	dos	consumidores	de	uma	empresa”.
A	tabela	de	medidas	é,	então,	construída	de	acordo	com	o	público-alvo	
de cada marca, assim, uma marca focada na produção de peças femininas para 
jovens	adolescentes	deve	 ter	uma	 tabela	de	medidas	montada	para	atender	às	
necessidades das consumidoras, podendo ser diferente da tabela de medidas 
construída para o público feminino adulto plus size.
Na	modelagem	plana,	os	modelos	são	traçados	sobre	o	papel,	utilizando	
uma	tabela	de	medidas	e	cálculos	geométricos.	A	tabela	de	medidas	representa	as	
circunferências	de	busto	ou	de	tórax,	cintura	e	quadril,	medidas	com	a	fita	métrica	
rente	 ao	 corpo.	 Nenhuma	 das	 medidas	 inclui	 margens	 de	 costura	 ou	 folgas.	
As	 tabelas	servem	como	referência	para	a	construção	de	bases	de	modelagem,	
reproduzindo, em duas dimensões, as curvas do corpo humano.
A	grade	de	tamanhos	de	uma	marca,	apresentada	em	uma	tabela	de	medidas,	
compreende	todos	os	tamanhos	que	a	empresa	produz.	A	grade	de	tamanhos	pode	
ser	numérica,	comumente	utilizada	para	 jeanswear	(ex.:	do	tamanho	36	ao	48)	e	
para	moda	 infantil,	 que	 relaciona	o	 tamanho	com	a	 idade	 (ex.:	 2	 a	 16),	 ou	para	
utilizar	a	nomenclatura	P,	M,	G	(relacionada	aos	tamanhos	“pequeno,	“médio”	e	
“grande”).	A	tabela	de	medidas	não	é	necessária	apenas	para	o	traçado	das	bases,	
sendo utilizada, também, para fazer a gradação das peças.
4.1 TABELA DE MEDIDAS FEMININAS 
O corpo feminino possui formas características e curvas mais acentuadas, 
por	isso,	a	tabela	de	medidas	femininas	possui	algumas	medidas	específicas,	como	
a	circunferência	do	busto	e	a	distância	de	um	seio	ao	outro,	ambas	necessárias	
para a construção de pences, estes que permitem que a modelagem contorne as 
curvas	do	corpo	feminino.	Medidas	de	circunferência	e	comprimentos	aumentam	
de forma regular, isto é, aumentam a mesma medida de um tamanho para o 
outro.	Apenas	algumas	medidas,	como	distância	entre	os	seios	e	altura	das	costas,	
aumentam	 de	modo	 irregular,	 ou	 seja,	 a	 diferença	 entre	 uma	medida	 para	 a	
seguinte	é	variável.
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UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL
16
Segue	um	exposto	com	as	medidas	femininas.
TABELA 1 – MEDIDAS FEMININAS
FONTE: A autora
Tamanhos 36 38 40 42 44 46 48
Entre cavas frente 16 17 17,5 18 18,5 19 19,5
Circunferência	do	busto 80 84 88 92 96 100 104
Circunferência	da	cintura 60 64 68 72 76 80 84
Circunferência	do	quadril 88 92 96 100 104 108 96
Centro frente 36 37 38 39 40 41 42
Altura	da	frente 43 44 45 45 45,5 45,5 46
Altura	do	busto 23 24 25 26 27 28 29
Altura	do	quadril 18 18 20 20 20 21 21
Distância	entre	os	seios 18 18 20 20 20 20 21
Comprimento da manga 59 60 60,5 61 61,5 62 62
Circunferência	do	braço 27,5 28,5 29,5 30,5 31,5 32,5 33,5
Circunferência	do	cotovelo 21 21,5 22 22,5 23 23,5 24
Circunferência	do	punho 18 18 18 18 20 20 20
Entre cavas costas 17 17,5 18 18,5 19 19,5 20
Largura	das	costas 36 38 40 42 44 46 48
Altura	das	costas 42,5 43,5 44,5 44,5 45 45 45,5
Centro costas 39 40 41 42 43 44 45
Circunferência	do	tornozelo 21 22 22 24 24 25 25
Comprimento da cintura até o chão 100 101 102 103 104 105 106
Altura	do	joelho 59 59,5 60 60,5 61 61,5 62
Altura	do	gancho 25 25,5 26 26,5 27 27,5 28
4.2 TABELA DE MEDIDAS MASCULINAS 
O corpo masculino possui linhas mais retas do que o feminino, e a 
principal	diferença	para	a	tabela	feminina	é	a	circunferência	do	tórax.	Medidas	
de	circunferência	e	comprimentos	aumentam	de	forma	regular,	isto	é,	aumentam	
a	mesma	medida	de	um	tamanho	para	o	outro.	Apenas	algumas	medidas,	como	
altura	das	costas,	aumentam	de	modo	irregular,	ou	seja,	a	diferença	entre	uma	
medida	para	a	seguinte	é	variável.
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TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL
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TABELA 2 – MEDIDAS MASCULINAS
FONTE: A autora
Tamanhos (colarinho) 1 2 3 4 5 1
Tamanhos 36 38 40 42 44 46
Entre cavas frente 20 21 22 23 24 25
Circunferência	do	tórax 88 92 96 100 104 108
Circunferência	da	cintura 72 76 80 84 88 92
Circunferência	do	quadril 88 92 96 100 104 108
Centro frente 46,2 46,7 47,2 47,7 48,2 48,7
Altura	da	frente 52 52,5 53 53,5 54 54,5
Comprimento da manga 60,5 61 61,5 62 62,5 63
Circunferência	do	punho 21 22 23 24 w25 26
Entre cavas costas 21 22 23 24 25 26
Largura	das	costas 23,5 24,5 25,5 26,5 27,5 28,5
Altura	das	costas 42,5 46,5 44,5 44,5 45 45
Centro costas 50 50,5 51 51,5 52 52,5
Circunferência	do	tornozelo 4
Comprimento da cintura até o chão 107 108 109 110 111 112
Altura	do	gancho 22,7 23,5 24,3 25,1 25,9 26,7
4.3 TABELA DE MEDIDAS INFANTIL 
A	tabela	de	medidas	infantil	relaciona	a	idade	a	cada	dois	anos	com	os	
tamanhos da grade. Observe, na tabela de medidas infantil a seguir, diferentemente 
das	tabelas	femininas	e	masculinas,	a	diferença	entre	as	medidas	de	circunferência	
e	de	comprimentos	entre	os	 tamanhos	não	é	a	mesma,	ou	seja,	as	medidas	de	
um tamanho para o outro aumentam de forma irregular, isso porque as crianças 
crescem do modo desigual de uma idade para a outra.
Segue	uma	tabela	de	medidas	masculina:
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UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL
18
A	seguir,	observe	a	tabela	de	medidas	infantil:
TABELA 3 – MEDIDAS INFANTIS
FONTE: A autora
Tamanhos 2 4 6 8 10 12 14 16
Entre cavas frente 9,5 10,2 11 12 14 14,5 15 16
Circunferência	do	busto 52 54 58 64 70 74 78 82
Circunferência	da	cintura 48 50 52 54 56 58 60 62
Circunferência	do	quadril 56 58 62 66 72 76 84 88
Centro frente 18 19,5 21,5 23,5 27 29 31 32
Altura	da	frente 22 24 26 28 32 34 36 38
Comprimento da manga 28 31 35 38 42 48 52 56
Circunferência	do	punho 11,5 12 12,5 13 13,5 14 14,5 15
Entre cavas costas 10,5 11 12 12,5 14,5 16 16,5 17
Largura	das	costas 12 12,5 13,5 14,5 16 17,5 18 18,5
Altura	das	costas 24 26 28 30 34 36 38 40
Centro costas 22 24 26 28 32 34 36 38
Comprimento da cintura até o chão 35 40 45 58 68 78 88 98
Altura	do	gancho 15 17 19 20 21 22 23 24
19
Neste tópico, você aprendeu que:
•	 Antropometria	é	a	ciência	que	estuda	as	medidas	do	corpo	humano.	
•	 A	 modelagem	 de	 vestuário	 está	 intimamente	 ligada	 com	 o	 campo	 da	
antroprometria, pois utiliza as medidas do corpo para a confecção dos moldes.
•É	preciso	incluir	folgas	de	vestibilidade	nos	moldes	para	garantir	o	conforto	
e a movimentação do corpo que deve vestir a peça, diferentes das folgas de 
modelo,	incluídas	para	fins	estéticos.
•	 As	tabelas	de	medidas	são	construídas	de	acordo	com	o	público-alvo	de	cada	
marca.
RESUMO DO TÓPICO 1
20
AUTOATIVIDADE
1	 Para	 o	 desenvolvimento	 de	 modelagens,	 são	 necessárias	 as	 dimensões	
antropométricas do corpo que a roupa deve vestir, além do entendimento 
da proporção entre essas medidas e da compreensão das formas dos corpos 
feminino,	masculino	e	infantil,	assim,	é	possível	projetar	peças	de	vestuário	
que se vistam adequadamente, adaptando-se às formas e atendendo às 
necessidades	de	cada	público.	Acerca	dessa	grande	área	do	conhecimento	
da	antropometria,	assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	(			)	A	 antropometria	 é	 a	 ciência	 que	 estuda	 as	 medidas	 e	 as	 funções	
biológicas	do	corpo	humano
b)	(			)	A	origem	dos	estudos	antropométricos	aconteceu	somente	no	início	do	
século XX.
c)	 (			)	A	antropometria	pode	ser	dividida	em	três	tipos:	estática,	dinâmica	e	
funcional. 
d)	(			)	O	 estudo	 dos	 alcances	 dos	 movimentos	 do	 corpo	 humano	 não	 é	
compreendido pela antropometria.
2 Para a construção de moldes de roupas através da modelagem plana, 
é	 necessário	 saber	 das	 medidas	 do	 corpo	 para	 o	 qual	 a	 peça	 deve	 ser	
elaborada. Para a modelagem industrial, são utilizadas tabelas de medidas, 
de	acordo	com	o	público,	já	para	a	confecção	de	roupas	sob	medidas,	são	
conferidas	as	medidas	individuais	do	cliente.	A	respeito	das	medidas	do	
corpo humano, analise as sentenças a seguir:
I-	 As	medidas	fundamentais	são	aquelas	essenciais	para	o	traçado	das	bases.	
Devem	ser	exatas	e	tiradas	rente	ao	corpo,	e	qualquer	acréscimo	ou	folga	
só	deve	ser	realizado	na	elaboração	da	modelagem.
II-	 As	medidas	complementares	são	aquelas	necessárias	para	a	execução	do	
modelo, como comprimento da peça, nível do gancho, medidas de golas 
e punhos.
III-	A	pessoa	escolhida	para	aferição	das	medidas	deve	estar	vestindo	roupas	
finas	e	com	pouco	volume,	para	que	não	interfiram	nas	medidas	reais	da	
pessoa	e	permitam	que	você	visualize	as	formas	do	corpo.
IV-	A	postura	da	pessoa	da	qual	estão	sendo	tiradas	as	medidas	não	interfere	
na exatidão das dimensões aferidas.
Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	(			)	As	sentenças	I	e	II	estão	corretas.
b)	(			)	Somente	a	sentença	II	está	correta.
c)	 (			)	As	sentenças	I,	II	e	III	estão	corretas.
d)	(			)	Somente	a	sentença	IV	está	correta.
21
3	 A	 tabela	de	medidas	é	uma	 ferramenta	 importante	para	a	construção	de	
modelagens, pois dela são extraídas todas as dimensões para a construção 
de	diagramas	e	de	bases.	Acerca	das	tabelas	de	medidas	e	de	informações	
nelas	 contidas,	 classifique	 V	 para	 as	 sentenças	 verdadeiras	 e	 F	 para	 as	
sentenças falsas:
(			)	As	tabelas	de	medida	são	construídas	objetivando	atender	às	necessidades	
de	cada	público	específico.
(			)	A	 grade	 de	 tamanhos	 de	 uma	 tabela	 de	 medidas	 pode	 ser	 numérica,	
comumente	utilizada	para	jeanswear	e	para	moda	infantil,	relacionando	o	
tamanho	com	a	idade,	ou	ao	utilizar	as	nomenclaturas	P,	M,	G	(“pequeno,	
“médio”	e	“grande”).	
(			)	A	tabela	de	medidas	é	necessária	apenas	para	o	traçado	das	bases,	não	
sendo utilizada para fazer a gradação das peças, pois, para a graduação, 
são	utilizados	valores	fixos.
(			)	Na	 tabela	 de	 medidas	 infantil,	 diferentemente	 das	 tabelas	 femininas	
e	 masculinas,	 a	 diferença	 entre	 as	 medidas	 de	 circunferência	 e	 de	
comprimentos	entre	os	tamanhos	não	é	a	mesma,	ou	seja,	as	medidas	de	
um tamanho para o outro aumentam de forma irregular, isso porque as 
crianças crescem do modo desigual de uma idade para a outra.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)	(			)	V	–	F	–	F	–	V.
b)	(			)	V	–	V	–	F	–	V.
c)	 (			)	F	–	V	–	F	–	V.
d)	(			)	F	–	F	–	V	–	F.
4	 A	modelagem	bidimensional	utiliza	medidas	do	corpo	humano	para	traçar	
diagramas que, posteriormente, poderão ser transformados em moldes. 
A	 ciência	 que	 estuda	 as	 medidas	 do	 corpo	 humano	 é	 a	 antropometria,	
imprescindível para a construção dos moldes e para garantir conforto. 
A	 antropometria	 pode	 ser	 dividida	 em	 três	 tipos:	 estática,	 dinâmica	 e	
funcional.		Descreva	cada	um	dos	três	tipos	de	antropometria	e	aponte	qual	
o grau de complexidade de cada um.
5	 Considerando	a	roupa	que	veste	um	corpo	que	não	é	estático,	a	modelagem	
deve	permitir	que	o	usuário	possa	se	movimentar	confortavelmente	e	sem	
restrição de movimentos. Para garantir conforto às peças, o modelista deve 
estar	atento	às	folgas	necessárias,	como	as	folgas	de	vestibilidade	e	as	folgas	
de	modelo.	Nesse	contexto,	explique	o	que	são	as	folgas	de	vestibilidade	
e	as	folgas	de	modelo	e	disserte	acerca	da	importância	de	cada	uma	delas	
para a modelagem.
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TÓPICO 2 — 
UNIDADE 1
MODELAGEM BIDIMENSIONAL
1 INTRODUÇÃO
A	modelagem	bidimensional	é	a	 técnica	mais	utilizada	na	 indústria	do	
vestuário,	compreendendo	parte	importante	no	desenvolvimento	de	um	produto	
de	uma	peça	de	roupa.	O	sentido	do	fio,	o	caimento	do	tecido	e	os	comprimentos	
e	 os	 volumes	 de	 uma	 peça	 são	 definidos	 no	 momento	 da	 modelagem,	 pelo	
modelista,	que	deve	ter	conhecimento	necessário	para	interpretar	adequadamente	
um	desenho	técnico,	além	de	transformá-lo	na	peça	final	desejada.
Acadêmico,	 para	 que	 você	 possa	 compreender	 o	 que	 é	 a	 modelagem	
bidimensional,	a	conceituação	e	as	técnicas	possíveis,	abordaremos,	neste	tópico,	
a	 importância	da	modelagem	para	o	desenvolvimento	de	produto,	de	 técnicas	
de	modelagem	bidimensional,	como	identificar	adequadamente	os	moldes	e	os	
materiais	e	as	ferramentas	necessários	para	traçar	os	moldes.
2 A MODELAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO DO 
PRODUTO
A	modelagem	é	uma	etapa	fundamental	para	a	confecção	de	uma	peça	
do	vestuário.	O	processo	de	modelagem	e	a	aprovação	de	uma	peça	de	roupa	são	
complexos,	e	envolvem	vários	setores	e	profissionais	em	uma	indústria.
Conceituada	como	a	etapa	do	desenvolvimento	do	vestuário	que	se	
ocupa	 da	 interpretação	 do	 desenho	 técnico	 e	 da	 configuração	 das	
formas	das	roupas,	a	elaboração	de	moldes	está	no	cerne	da	questão	
formal e, portanto, representa um dos aspectos da confecção do 
vestuário	que	mais	 se	 aproxima	do	 conceito	de	design	pelo	 estreito	
vínculo com os processos de concepção e de construção das roupas. 
A	modelagem	é	a	ponte	entre	o	projeto	e	a	materialização,	sendo	um	
dos	processos	responsáveis	pela	padronização	do	produto	dentro	do	
sistema	industrial	de	fabricação	do	vestuário	(MARIANO,	2011,	p.	77).	
 
Considerando	 a	 relevância	 da	modelagem	 para	 o	 desenvolvimento	 de	
uma	peça	do	vestuário,	é	preciso	compreender	em	qual	etapa	do	setor	produtivo	
a	modelagem	está	inserida.	No	setor	de	criação,	são	pesquisadas	as	tendências	
de	moda	 que	dão	 embasamento	 à	 criação	de	 novos	 produtos.	Após,	 as	 fichas	
técnicas de cada produto são desenvolvidas, incluindo o desenho técnico e o 
detalhamento da peça.
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UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL
A	modelagem	 é	 elaborada	 de	 acordo	 com	 as	 informações	 contidas	 na	
ficha	 técnica,	 assim,	 a	 próxima	 etapa	 é	 a	 confecção	 da	 peça-piloto,	 que	 segue	
para	a	aprovação.	Caso	seja	necessário	fazer	alguma	alteração,	a	peça	volta	para	
o setor de modelagem para as correções; se for aprovada vai para a gradação. 
Após	a	 aprovação	da	peça-piloto,	 é	 feita	 a	gradação	do	modelo	para	 todos	os	
tamanhos	nos	quais	a	peça	será	produzida.	Utilizando	uma	tabela	de	medidas,	o	
setor	conhecido	como	PCP	(Planejamento	e	Controle	da	Produção)	é	responsável	
por organizar e por controlar a produção das peças.
FIGURA 8 – PROCESSO PRODUTIVO
FONTE: A autora
PROCESSO PRODUTIVO
DESENVOLVIMENTO 
TÉCNICO 
Desenvolvimento de ficha 
técnica, desenho técnico e 
detalhamento do produto.
MODELAGEM 
Desenvolvimentodo molde 
da peça piloto baseado nas 
informações técnicas.
PILOTAGEM 
Corte e costura da peça piloto 
para verificar a modelagem.
APROVAÇÃO 
Avaliado questões sobre a 
modelagem, viabilidade da 
peça e custos do produto.
GRADAÇÃO 
A modelagem é graduada para 
os todos os tamanhos a serem 
produzidos.
PRODUÇÃO 
O setor de Planejamento e 
Controle da Produção (PCP) 
organiza o processo produtivo.
ALTERAÇÕES 
Caso seja necessário, a 
peça volta para o setor de 
modelagem para correções.
CRIAÇÃO 
Pesquisa de tendências 
e criação das peças.
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TÓPICO 2 — MODELAGEM BIDIMENSIONAL
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2.1 TÉCNICAS DE MODELAGEM BIDIMENSIONAL 
A	modelagem	 é	 a	 elaboração	 de	 moldes	 para	 peças	 do	 vestuário	 que	
poderão ser confeccionados em escala industrial ou um produto exclusivo, 
podendo	ser	desenvolvida	em	diferentes	técnicas,	assim,	aqui,	será	apresentada	
a modelagem bidimensional construída através de diagramas, manualmente ou 
digitalizada,	além	da	modelagem	realizada	através	da	cópia	direta	do	produto.
A	modelagem	bidimensional	manual	é	construída	em	papel	através	de	
diagramas	 e	 utiliza	 vários	materiais	 específicos	 para	 garantir	 a	 qualidade	 e	 a	
exatidão	dos	moldes.	A	modelagem	manual,	quando	 realizada	em	escala	 real,	
propicia	uma	visão	mais	clara	de	como	ficará	a	peça	final.
A	 modelagem	 computadorizada	 é	 realizada	 através	 de	 softwares	
CAD	 (Computer Aided Design),	 específicos	 para	 a	 modelagem	 do	 vestuário,	
informatizando a construção, a gradação e a documentação de moldes. Esses 
softwares	facilitam	a	interpretação	do	modelo,	a	colocação	de	margem	de	costura	
e, principalmente, a gradação.
Nesses	softwares	de	modelagem	do	vestuário,	existe	a	opção	de	construir	
os moldes do início de um diagrama, através de pontos, retas e curvas, permitindo 
que	você	salve	bases	de	modelagem	para	a	interpretação,	que	podem	ser	feitas	
com a inserção de medidas ou da movimentação livre dos pontos com o mouse. 
Existe, também, a possibilidade de digitalizar moldes feitos manualmente, além 
de	interpretá-los	no	software.
Para inserção de moldes efetuados externamente ao sistema, existem duas 
opções: o scanner para modelagem ou a mesa digitalizadora. O primeiro realiza 
uma	leitura	das	linhas	de	contorno	do	molde,	sendo	necessário	marcar	a	posição	
de	pences	e	de	piques	depois	do	molde	inserido	no	sistema.	A	mesa	digitalizadora	
oferece a vantagem do alinhamento perfeito do molde a ser inserido, pois a 
própria	mesa	possui	grade	de	linhas	guia	para	o	posicionamento	do	molde.	São	
digitalizados	os	pontos	extremos	das	retas	e	alguns	pontos	de	curvas	(as	curvas	
podem	 ser	 suavizadas	 ou	 acentuadas	 no	 sistema).	Marcações,	 como	 pences	 e	
piques, podem ser inseridas no momento da digitalização.
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UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL
FIGURA 9 – INTERFACE DE SOFTWARE DE MODELAGEM
FONTE: <https://www.pinterest.pt/pin/526287906450240598/>. Acesso em: 21 out. 2020.
A modelagem computadorizada facilita e agiliza o processo, porém, é 
necessário que o modelista tenha conhecimento aprofundado de modelagem em si e do 
software que está sendo utilizado.
NOTA
Já	 a	 modelagem	 realizada	 através	 da	 cópia	 direta	 de	 um	 produto	 é	
realizada	a	partir	de	uma	peça	já	confeccionada,	traçando-se	o	desenho	do	molde	
com	o	auxílio	de	uma	fita	métrica	ou	de	uma	régua,	acrescentando	as	medidas	de	
costura.	Essa	técnica	é	uma	forma	empírica	e	rápida,	porém,	não	proporciona	o	
molde	exato	do	artigo,	gerando	diversos	problemas	para	a	peça	final.
2.2 SENTIDO DO FIO 
O	sentido	do	fio	é	de	extrema	importância	para	a	qualidade	de	uma	peça	
de roupa, pois interfere em toda a modelagem e no caimento da vestimenta, sendo 
que	esse	sentido	deverá	ser	decidido	pela	modelista,	de	acordo	com	a	estética	que	
se pretende alcançar, além do tipo de tecido utilizado, se possui estampas ou 
elasticidade,	e	com	o	resultado	que	se	deseja.	Cabe,	então,	ao	modelista,	quando	
recebe o desenho técnico da peça a ser produzida, interpretar qual o melhor 
sentido	do	fio	que	deverá	ser	aplicado	em	cada	parte	do	molde.
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TÓPICO 2 — MODELAGEM BIDIMENSIONAL
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O tecido, chamado de plano, é estruturado pelo entrelaçamento de dois 
tipos	de	fios:	urdume	e	trama.	O	chamado	fio	do	tecido	é	o	sentido	em	que	corre	
o	 fio	 de	 urdume.	 Esse	 sentido	 do	 fio	 é	muito	 importante	 para	 o	 caimento	 da	
peça, porém, no tecido, assume funções diferentes, por existirem características 
diferentes	no	momento	da	tecelagem,	sendo	que	um	fio	é	transversal,	que	forma	
a	trama,	e	um	longitudinal,	que	forma	o	urdume.	O	urdume	é	sempre	o	fio	mais	
esticado, que passa por um processo chamado de urdimento, que o torna mais 
resistente	 e	 serve	 como	base	para	 que	 o	fio	de	 trama	possa	 ser	 trabalhado.	O	
arremate lateral, no sentido do comprimento, é chamado de ourela.
O	sentido	do	fio	pode	ser	reto,	transversal	ou	no	viés,	isso	tudo	depende	
do	modelo	da	peça	e	do	tecido	a	ser	utilizado.	O	sentido	do	fio	do	tecido	deve	
ser	marcado	para	cada	peça	individualmente.	Uma	roupa	não	precisa	ter	todas	
as	partes	cortadas	no	mesmo	sentido	do	fio.	Em	um	vestido,	o	corpo	pode	ser	
cortado	em	fio	reto,	enquanto	a	saia	é	cortada	enviesada.
FIGURA 10 - SENTIDO DO FIO
FONTE: Adaptada de Audaces (2015)
Fio Reto Fio Atravessado Fio Enviesado
É	preciso	muita	atenção	ao	sentido	do	fio	para	fazer	a	modelagem	e	para	
fazer o risco para o corte, pois, quando feito de forma manual, existe o risco de o 
sentido	do	fio	não	estar	corretamente	posicionado	no	molde	ou	estar	levemente	
inclinado no momento do corte, o que pode gerar deformações na peça pronta.
3 IDENTIFICAÇÃO DOS MOLDES
Em	uma	 indústria	de	vestuário,	 são	desenvolvidas	 inúmeras	peças	por	
coleção. Cada peça é confeccionada através de uma modelagem composta por 
várias	 partes	 (frente,	 costas,	 manga,	 punho,	 gola,	 forro).	 Coleções	 novas	 são	
lançadas	a	cada	três	ou	quatro	meses.	Você	consegue	imaginar	a	quantidade	de	
moldes que uma marca possui?
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UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL
Para a organização pertinente ao setor de modelagem em uma indústria, 
todos	 os	 moldes	 devem	 ser	 devidamente	 identificados	 e	 catalogados.	 Muitas	
vezes,	 as	 peças	 novas	 podem	 ser	 confeccionadas,	 reutilizando	 modelagens	 já	
traçadas,	ou	fazendo	apenas	pequenas	modificações.	Assim,	encontrar	os	moldes	
utilizados	em	coleções	anteriores	só	é	possível	se	existir	uma	forma	padronizada	
para	a	identificação	e	a	organização	desses	moldes.	
De	acordo	com	Mariano	(2011,	p.	76),	um	molde	só	está	pronto	quando,	
“além	 da	 transcrição	 da	 forma	 de	 determinada	 parte	 do	 corpo	 para	 o	 papel,	
adquire	 informações	necessárias	para	o	 correto	posicionamento	 sobre	o	 tecido	
e	 instruções	de	montagem”.	A	seguir,	serão	mostradas	as	 informações	que	um	
molde deve conter:
FIGURA 11 – IDENTIFICAÇÃO DO MOLDE
FONTE: A autora
1. Referência 
2. Nome da parte da peça 
3. Tamanho da peça 
4. Quantidade de vezes 
que a peça será cortada
5. Sentido do fio 
6. Piques e furos
1. REF 003 
2. BASE DA MANGA
3. TAM 38 
4. CORTAR 2X
5.
 S
EN
TI
D
O
 D
O
 F
IO
Referência ou nome do modelo: a	referência	é	o	código	da	peça	dentro	do	
sistema,	 utilizado	 por	 cada	 empresa.	 Toda	 referência	 está	 associada	 a	 um	nome,	 
como	SA20003	–	Saia	curta	com	babado	na	barra.
Nome da parte da peça:	Cada	modelagem	é	composta	por	várias	partes.	
Uma	camisa	social	possui	moldes	para	frente,	costas,	mangas,	punhos,	colarinho,	
pé	de	gola.	É	importante	anotar	o	nome	em	cada	parte	da	peça.
Tamanho da peça: tamanho do molde, de acordo com a tabela utilizada.
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TÓPICO 2 — MODELAGEM BIDIMENSIONAL
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Quantidade de vezes que a parte aparece na peça: indica quantas vezes 
cada parte do molde deve ser cortada no tecido para se obteruma peça inteira, 
por exemplo, em uma camiseta, a parte da frente é cortada apenas uma vez, mas 
a manga precisa ser cortada duas vezes para obtermos uma peça completa.
Sentido do fio:	O	sentido	do	fio	é	indicado	por	meio	de	uma	seta	na	direção	
do	sentido	do	fio,	da	maneira	como	os	moldes	devem	ser	posicionados	sobre	o	
tecido para o corte das peças, podendo ser trama, urdume ou viés. O sentido do 
fio	do	tecido	deve	ser	marcado	para	cada	peça	individualmente.	Uma	roupa	não	
precisa	ter	todas	as	partes	cortadas	no	mesmo	sentido	do	fio.	Em	um	vestido,	o	
corpo	pode	ser	cortado	em	fio	reto,	enquanto	a	saia	é	cortada	enviesada.
Piques, furos ou marcações: são	 pontos	 de	 referência,	 utilizados	 para	
indicar pences ou regiões de encaixe de partes do molde para a união ou para s 
sobreposição de partes, podendo ser internos ou externos.
Margem de costura: a margem de costura deve estar sinalizada através de 
linhas,	para	mostrar	se	já	foram	incluídas	no	molde.
Uma das melhoras formas para armazenar as modelagens em papel é 
pendurando na parede através de furos, de cordões e de ganchos, ou com o que a sua 
criatividade mandar. Assim, evita-se que os moldes sejam dobrados, e, é claro, que fiquem 
com vincos. Para facilitar a organização, as modelagens devem ser separadas por referência 
e tamanho e, se possível, deixar a ficha técnica de cada modelo.
MOLDES PENDURADOS
FONTE: <https://www.sightunseen.com/2011/06/work-place-by-carlie-armstrong/>. 
Acesso em: 21 out. 2020.
NOTA
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UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL
4 FERRAMENTAS E MATERIAIS DE MODELAGEM
Para	 o	 desenvolvimento	 da	 modelagem	 bidimensional,	 é	 necessário	
máximo	de	precisão,	que	só	é	atingido	com	materiais	de	qualidade,	específicos	
para	 essa	 finalidade	 e	 utilizados	 de	 forma	 adequada.	 A	 seguir,	 você	 poderá	
conferir a lista de materiais e de explicações de cada um deles.
4.1 FITA MÉTRICA 
Utilizada,	 principalmente,	 para	 tirar	 as	 medidas	 do	 corpo,	 é	 uma	 fita	
flexível	com	unidade	de	medida	em	centímetros,	mas	é	importante	que	ao	menos	
um	dos	lados	tenha	a	marcação	em	milímetros.	O	tamanho	comum	de	uma	fita	
métrica	é	de	150cm.
FIGURA 12 – FITA MÉTRICA
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/yellow-measuring-tape-isolated-on-
white-730249951>. Acesso em: 21 out. 2020
4.2 PAPEL PARA MOLDE 
Diversos	 tipos	 de	 papel	 são	 aceitos	 para	 a	modelagem	 bidimensional,	
sendo o Papel Craft o mais utilizado. Por ser vendido em rolo, possui a vantagem 
da construção de moldes sem emendas, o que facilita o trabalho.
4.3 RÉGUA MILIMETRADA DE 60CM
A	 régua	 foi	 desenvolvida	 especialmente	 para	 a	 modelagem,	 e	 facilita	
muito	o	traçado	dos	moldes.	A	régua	milimetrada	é	marcada	com	retas	paralelas	
e	perpendiculares	a	distâncias	definidas,	que	facilitam	riscar	margens	de	costura,	
linhas	paralelas	e	sentido	do	fio.	O	“X”,	marcado	na	régua,	permite	marcar	45º	
com	precisão	em	moldes	 cujo	fio	é	no	viés	do	 tecido.	Pelo	 fato	de	a	 régua	 ser	
flexível,	é	fácil	de	ser	manuseada,	permitindo	medir	curvas	de	cavas	e	decotes.
O uso da régua milimetrada agiliza o processo da modelagem e substitui 
o	 uso	 de	 outras	 ferramentas,	mas,	 caso	 você	 não	 tenha,	 é	 possível,	mesmo	 assim,	 
traçar moldes, utilizando o esquadro. 
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TÓPICO 2 — MODELAGEM BIDIMENSIONAL
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FIGURA 13 - RÉGUA MILIMETRADA
FONTE: <https://www.hspnet.com.br/regua-flexivel-p-modelagem-60cm>. Acesso em: 21 out. 2020.
4.4 ESQUADRO 
Esta régua de formato geométrico triangular é utilizada para traçado 
preciso	do	ângulo	reto	de	90º	e	para	esquadrar	linhas	perpendiculares,	como	“x”	
e	“y”	do	sistema	cartesiano.	Por	ser	uma	régua	comumente	utilizada	em	outras	
áreas,	 é	 facilmente	 encontrada,	 podendo	 ser	 confeccionada	 em	 madeira,	 em	
acrílico ou em metal.
FIGURA 14 – ESQUADRO
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/wooden-simple-classic-ruler-triangle-
on-1691594920>. Acesso em: 21 out. 2020.
Para começar a construção de diagramas para a modelagem para os 
artigos	do	vestuário,	partiremos	de	um	desenho	estrutural	construído	a	partir	de	
um	ângulo	reto	de	90º.
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UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL
FIGURA 15 – COMO USAR O ESQUADRO
FONTE: A autora
4.5 RÉGUA DE ALFAIATE
A	 régua	 de	 alfaiate	 é	 utilizada	 para	 o	 traçado	 de	 curvas	 longas,	 é	 um	
instrumento auxiliar para o traçado das linhas curvas de entrepernas, das 
curvaturas de quadril, da cintura, da lateral de blusas, das barras e das demais 
curvaturas	alongadas.	Pode	ser	encontrada	em	acrílico	ou	em	madeira.	A	seguir,	
exemplos do uso da régua de alfaiate em uma modelagem.
FIGURA 16 – COMO USAR A RÉGUA DE ALFAIATE
FONTE: A autora
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TÓPICO 2 — MODELAGEM BIDIMENSIONAL
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4.6 CURVA FRANCESA 
Esta	 régua	 é,	 normalmente,	 encontrada	 em	 material	 acrílico	 em	 três	
tamanhos	 diferentes.	Auxilia	 no	 traçado	 de	 vários	 tipos	 de	 curvaturas,	 como	
decotes,	cavas,	pequenos	arredondamentos,	cabeças	de	mangas,	ganchos	etc.	A	
seguir, exemplos do uso da curva francesa em uma modelagem.
FIGURA 17 – COMO USAR A CURVA FRANCESA
FONTE: A autora
4.7 CARRETILHA 
A	carretilha	é	comumente	confeccionada	em	metal	com	cabo	de	madeira,	
e	pode	ser	facilmente	encontrada	em	lojas	de	aviamentos.	É	utilizada	para	passar	
a marcação de um traçado em papel para outro papel, ou para fazer marcações 
em	moldes	ou	em	tecidos.	A	firmeza	e	a	precisão	são	os	fatores	mais	importantes	
de uma carretilha.
FIGURA 18 – CARRETILHA
FONTE: <https://www.elo7.com.br/lista/carretilha-cabo-madeira#bm=pbs2s>. 
Acesso em: 21 out. 2020.
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UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL
4.8 OUTROS MATERIAIS 
Para	 o	 desenvolvimento	 da	 modelagem	 bidimensional,	 você	 precisa,	
também,	de	outros	materiais,	como	tesoura	grande,	lápis	ou	lapiseira,	apontador,	
borracha,	 alfinetes,	 giz	 de	 alfaiate	 e	 carbono	 para	 marcações	 e	 manequim	 
para	conferência.
FIGURA 19 – MATERIAIS
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/background-sewing-knitting-tools-
accesories-283511237>. Acesso em: 21 out. 2020.
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35
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
•	 A	 modelagem	 bidimensional	 é	 de	 grande	 importância	 para	 a	 elaboração	
de	uma	peça	de	roupa.	A	etapa	do	desenvolvimento	do	produto	se	situa	na	
modelagem e, a aplicação, na indústria da moda.
• Existem duas técnicas para o desenvolvimento da modelagem bidimensional: 
uma é através da construção de bases e, a outra, é utilizar uma peça de roupa 
pronta	para	a	cópia	do	molde.
•	 Cada	 parte	 de	 um	 molde	 exige	 a	 identificação	 anotada,	 e	 as	 informações	
necessárias	 são:	 referência	 ou	 nome	 do	 modelo,	 nome	 da	 parte	 da	 peça,	
tamanho da peça, quantidade de vezes que a parte aparece na peça, sentido do 
fio,	piques,	furos,	pontos	de	referência	e	margem	de	costura.
36
1	 “Conceituada	 como	 a	 etapa	 do	 desenvolvimento	 do	 vestuário	 que	 se	
ocupa	da	interpretação	do	desenho	técnico	e	da	configuração	das	formas	
das	 roupas,	 a	 elaboração	 de	moldes	 está	 no	 cerne	 da	 questão	 formal	 e,	
portanto,	representa	um	dos	aspectos	da	confecção	do	vestuário	que	mais	
se aproxima do conceito de design pelo estreito vínculo com os processos 
de	concepção	e	de	construção	das	roupas.	A	modelagem	é	a	ponte	entre	
o	 projeto	 e	 a	 materialização,	 e	 um	 dos	 processos	 responsáveis	 pela	
padronização do produto dentro do sistema industrial de fabricação do 
vestuário”	(MARIANO,	2011,	p.	77).	Considerando	o	processo	produtivo	
de	 uma	 indústria	 de	 vestuário	 no	 desenvolvimento	 de	 novos	 produtos,	
assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	(			)	O	setor	de	modelagem,	após	receber	a	ficha	técnica	de	um	produto	e	
desenvolver	a	modelagem,	 já	realiza,	 também,	a	graduação,	somente	
após	a	peça	é	enviada	para	a	pilotagem.
b)	(			)	O	setor	de	pilotagem	recebe	omolde	direto	do	setor	de	modelagem,	e	é	
responsável	 pelo	 corte	 e	 pela	 costura	 da	 peça-piloto	 para	 verificar	 a	
modelagem de uma peça. Esta, então, é encaminhada para a prova, que 
avalia questões de modelagem, viabilidade da peça e custos do produto.
c)	 (			)	Quando	 uma	 peça-piloto	 não	 é	 aprovada,	 por	 precisar	 de	 alguns	
ajustes,	estes	são	feitos	direto	pela	pilotista,	não	precisando	voltar	para	
o setor de modelagem.
d)	(			)	A	graduação	é	feita	pelo	setor	de	Planejamento	e	Controle	da	Produção	
(PCP),	que	é	responsável	por	organizar	e	por	controlar	a	produção	das	
peças.
2	 Para	o	desenvolvimento	da	modelagem	bidimensional,	é	necessário	máximo	
de	precisão,	que	só	é	atingido	com	materiais	de	qualidade,	específicos	para	
essa	finalidade	e	utilizados	de	forma	adequada.	Correlacione	os	materiais	da	
coluna 1 com as devidas descrição e função, exibidas na coluna 2:
AUTOATIVIDADE
1. Fita métrica
2.	Régua	milimetrada
3. Curva francesa
4.	Carretilha
(			)
(			)
(			)
(			)
Rígida,	 auxilia	 no	 traçado	de	vários	 tipos	de	
curvaturas, como decotes, cavas, pequenos 
arredondamentos, como ganchos etc.
Utilizada,	principalmente,	para	tirar	as	medidas	
do	corpo,	é	flexível	e	possui	unidade	de	medida	
em centímetros.
Utilizada	para	passar	a	marcação	de	um	traçado	
em papel para outro papel, ou para fazer 
marcações em moldes ou tecidos. 
Desenvolvida,	especialmente,	para	a	modelagem,	
é marcada com retas paralelas e perpendiculares 
a	distâncias	definidas	que	facilitam	riscar	margens	
de	costura,	linhas	paralelas	e	sentido	do	fio.	
37
A	sequência	CORRETA,	para	a	coluna	2,	é	a	que	se	afirma	em:
a)	(			)	1,	3,	2,	4.
b)	(			)	4,	1,	3,	2.
c)	 (			)	3,	2,	4,	1.
d)	(			)	3,	1,	4,	2.
3	 A	 modelagem	 é	 a	 elaboração	 de	 moldes	 para	 peças	 de	 vestuário	 que	
podem ser confeccionados em escala industrial ou um produto exclusivo, 
podendo	ser	desenvolvida	por	diferentes	técnicas.	Acerca	das	técnicas	de	
modelagem	bidimensional,	classifique	V	para	as	sentenças	verdadeiras	e	F	
para as sentenças falsas:
(			)	A	modelagem	bidimensional	manual	utiliza	medidas	do	corpo	humano	
para traçar diagramas em papel que, posteriormente, podem ser 
transformados em moldes.
(			)	A	modelagem	computadorizada	opera	apenas	com	a	construção	de	moldes	
diretamente	no	software,	pois	não	existe	sistema	que	possibilite	a	digitalização	
de	moldes	produzidos	manualmente,	para	serem	trabalhados	no	CAD.
(			)	A	modelagem	 realizada	 através	 da	 técnica	 da	 cópia	 direta	 de	 um	produto	
já	confeccionado	é	uma	forma	empírica	e	rápida,	porém,	não	proporciona	o	
molde	exato	do	artigo,	e	pode	gerar	diversos	problemas	para	a	peça	final.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)	(			)	V	–	F	–	F.
b)	(			)	V	–	F	–	V.
c)	 (			)	F	–	V	–	F.
d)	(			)	F	–	F	–	V.
4	 A	modelagem	 é	 uma	 etapa	 fundamental	 para	 a	 confecção	 de	 uma	 peça	 do	
vestuário.	Considerando	a	relevância	da	modelagem	para	o	desenvolvimento	
de	uma	peça	do	vestuário,	é	preciso	compreender	em	qual	etapa	do	setor	
produtivo	a	modelagem	está	 inserida.	Descreva	o	processo	produtivo	de	
uma	empresa	de	vestuário	durante	o	desenvolvimento	do	produto	e	qual	o	
lugar	e	a	importância	da	modelagem	dentro	do	sistema.
5	 Para	a	organização	pertinente	ao	setor	de	modelagem	em	uma	indústria,	todos	
os	moldes	devem	ser	devidamente	identificados	e	catalogados.	Muitas	vezes,	
as	peças	novas	podem	ser	confeccionadas,	reutilizando	modelagens	já	traçadas,	
ou	 fazendo	 apenas	 pequenas	 modificações.	 Encontrar	 os	 moldes	 utilizados	
em	 coleções	 anteriores	 só	 é	 possível	 se	 existir	 uma	 forma	 padronizada	 para	
identificação	e	organização	dos	moldes.	Nesse	contexto,	especifique	e	detalhe	
quais	as	informações	necessárias	que	um	molde	deve	conter.
38
39
TÓPICO 3 — 
UNIDADE 1
CONSTRUÇÃO DE BASES
1 INTRODUÇÃO
Para	fazer	a	modelagem	de	peças	do	vestuário	com	precisão	e	qualidade,	é	
necessário	conhecimento	acerca	de	como	utilizar,	da	maneira	adequada,	as	técnicas	
e	 os	 materiais	 específicos.	 A	 modelagem	 manual	 é	 um	 processo	 complexo	 que	
utiliza uma tabela de medidas para traçar os diagramas através da metodologia 
escolhida, para a então construção dos moldes-bases, que, posteriormente, podem 
ser interpretados pelo modelista para a criação de novos modelos.
Neste	 tópico,	 serão	 abordados	 os	 conceitos	 básicos	 relacionados	 à	
modelagem e à construção de diagramas e de bases. Com uma metodologia 
ilustrada,	 você	 aprenderá	 como	 traçar	 diagramas	 para	 construir	 as	 bases	 da	
saia,	da	manga,	do	corpo	e	da	calça	feminina.	Também	aprenderá	a	utilizar,	de	
maneira adequada, os materiais de modelagem, traçar as curvas com o auxílio 
destes e fazer as correções nas pences, além de como provar, corretamente, uma 
base no manequim.
2 CONCEITOS BÁSICOS
O	 desenvolvimento	 da	modelagem	 é	 baseado	 em	 três	 etapas,	 sendo	 o	
traçado inicial realizado manualmente, denominado de diagrama, do qual são 
extraídas as chamadas bases, que, posteriormente, são utilizadas para realizar a 
interpretação e a construção da modelagem, de acordo com o desenho da peça.
FIGURA 20 – CONCEITOS BÁSICOS
FONTE: A autora
CONCEITOS BÁSICOS
Diagramas Bases Modelagem
Samsung
Realce
Samsung
Realce
40
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MODELAGEM BIDIMENSIONAL
Em	 uma	 indústria	 de	 vestuário,	 a	 utilização	 das	 bases	 da	modelagem	
facilita o desenvolvimento de modelagens com mais assertividade, pois estas são 
traçadas de acordo com a tabela de medidas direcionada para o público-alvo da 
marca e, uma vez testadas e aprovadas, servem como ponto de partida para a 
interpretação	de	qualquer	modelo.	As	bases	também	propiciam	agilidade	para	o	
setor de modelagem.
A	partir	de	uma	cópia	do	molde-base,	 chamada	de	molde	de	 trabalho,	
o	modelista	fará	a	interpretação,	ou	seja,	a	adaptação	do	molde	para	incluir	os	
detalhes	expressos	no	desenho	técnico.	Uma	etapa	importante	da	interpretação	
da	modelagem	é	a	determinação	das	folgas	do	modelo,	ou	seja,	a	que	distância	a	
roupa	ficará	do	corpo,	pois	o	molde-base	representa	o	mapeamento	do	corpo	sem	
folgas para movimentação.
A	 interpretação	da	modelagem	é	 realizada	a	partir	de	bases	prontas	 já	
testadas	e	aprovadas	anteriormente.	As	bases	são	copiadas	em	outro	papel	e	se	
iniciam	as	alterações	pertinentes	ao	modelo,	que	pode	ser	mais	ajustado	ou	amplo,	
incluindo	recortes,	transferências	de	pences	e	inclusão	de	outros	elementos.
3 CONSTRUÇÃO DE DIAGRAMA
Diagramas	 são	 construções	 gráficas	 das	 medidas	 do	 corpo	 humano,	
elaborados através de uma metodologia, em um plano bidimensional, dando 
origem	às	bases	da	modelagem.	A	modelagem	se	inicia	com	a	construção	de	um	
diagrama	e	com	as	medidas	do	corpo	já	obtidas	previamente.
FIGURA 21 - DIAGRAMA
FONTE: A autora
Samsung
Realce
Samsung
Realce
Samsung
Realce
Samsung
Realce
Samsung
Realce
Samsung
Realce
TÓPICO 3 — CONSTRUÇÃO DE BASES
41
Os diagramas são construídos através de retas, de pontos e de curvas, 
direcionados por uma metodologia que funciona como uma receita a ser seguida. 
Cada	modelista	ou	empresa	pode	desenvolver	o	próprio	método	de	construção	
de	 diagramas	 e	 de	 bases	 de	 modelagem,	 que	 se	 adapte	 melhor	 ao	 perfil	 de	
consumidor da marca.
4 CONSTRUÇÃO DE BASES
As	bases	de	modelagem	são	extraídas	dos	diagramas	e	seguem	a	anatomia	
e as medidas do corpo humano, buscando representar, bidimensionalmente, uma 
peça	que	envolve	um	corpo	tridimensional.	As	bases	são	construídas	utilizando	as	
medidas	obtidas	com	a	fita	métrica	rente	ao	corpo	humano,	ou	seja,	não	incluem	
margens	de	costura,	margens	de	vestibilidade	ou	folgas.	A	respeito	dessas	bases,	
posteriormente,	desenvolvem-se	os	modelos	de	vestuário.
As	 bases	 localizam	 os	 principais	 contornos	 do	 corpo,	 assim	 como	
todas	as	medidas	da	tabela	utilizada	na	construção.	Não	representam	
modelos de roupas, mas a acomodação do tecido sobre a parte do 
corpo	que	está	revestindo,	respeitando	as	medidas,	os	contornos	e	as	
saliências

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