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Resenha capítulos 1 e 2, Desenvolvimento como Liberdade - Amartya Sen (1)

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Resenha capítulo 1 e 2 
Desenvolvimento como liberdade - Amartya Sen 
Marina Maria Machado Flores 
1. A perspectiva da liberdade 
Maytreyee já questionava “De que adianta a riqueza se ela não me torna imortal?”. Há um 
conflito direto entre as rendas e as realizações, a riqueza econômica e a possibilidade de 
viver como gostaríamos. A riqueza em relação às realizações pode ou não ser muito 
acentuada, pode também depender de outras circunstâncias. Viver bastante tempo e 
levar uma vida boa enquanto ela durar. 
Observou Aristóteles que “a riqueza evidentemente não é o bem que estamos buscando, 
sendo ela meramente útil e em proveito de alguma outra coisa”. Há alguma razão por trás 
do porque queremos atingir a riqueza que desejamos, afinal, são meios para termos mais 
liberdade para levar o tipo de vida que temos um motivo para valorizar. A utilidade da 
riqueza está associada nas possibilidades diante dessas, liberadas substantivas que ela 
nos ajuda a obter. A riqueza é essencial para determinação de nossas condições de vida, 
a análise e exame para melhor entendimento do processo de desenvolvimento, assim 
como os fins e meios para tal. 
Devemos observar que há formas que acabam por privar a liberdade, tal como as fomes 
coletivas, chamando atenção para a falta de suprimentos quanto a liberdade básica de 
sobreviver. Muitas pessoas são carentes de oportunidades básicas de acesso, com pouco 
acesso a serviços de saúde, saneamento básico, água tratada, educação funcional, 
emprego remunerado e segurança econômica e social. As faltas citadas anteriormente 
contribuem significativamente para a morbidez. A desigualdade entre as mulheres e os 
homens também afeta as liberdades substantivas para o sexo feminino. 
Ainda citando formas de privação de liberdade temos alguns países que negam a 
liberdade política e os direitos civis básicos. Adeptos a “Tese Lee”, acreditam que essas 
negações podem ser benéficas para o desenvolvimento econômico rápido. As 
comparações entre os países que adotaram essa tese demonstram que há poucos 
indícios que política autoritária realmente auxilia para tal crescimento, na realidade deve-
se ao clima econômico mais propício. 
Outros ponto crucial para o desenvolvimento econômico é a segurança econômica, 
percebemos que o aumento de confiabilidade deve-se aos direitos e liberdades 
democráticas. Os governos democráticos são obrigados a enfrentar as críticas públicas 
ao vencerem as eleições. Foi demonstrado que a fome coletiva jamais foi uma realidade 
nesses governos, mas sim nos territórios coloniais governados por dirigentes de fora, em 
Estados unipartidaristas ou em ditaduras militares. 
Mesmo em cenários que não há falta e segurança econômica adequada a pessoas sem 
liberdades políticas ou direitos civis, elas são privadas de liberadas importantes para 
conduzir suas vidas, por serem restringidas a participar de decisões públicas cruciais. 
As liberdades individuais substanciais são considerados essenciais, ter liberdade para 
fazer coisas que são justamente valorizadas é importante por si mesmo para a liberdade 
global da pessoa, assim como é importante pois favorece o alcance de resultados 
consideráveis. 
Consideradas questões centrais para o processo de desenvolvimento, ter mais liberadade 
melhora o potencial das pessoas para cuidar de si mesmas e para influenciar o mundo. 
Chamamos de “condições de agente”, agente seria alguém que age e ocasiona 
mudanças consideradas para próprio beneficio, independente ou não de influências 
externas. 
O baixo nível de renda pode ser uma razão fundamental para o analfabetismo e más 
condições de saúde, além de fome e subnutrição. A melhor educação e saúde ajudam a 
auferir rendas mais elevadas. 
A desigualdade pode ser observada em vários aspectos, podemos destacar o fenômeno 
das “mulheres faltantes”, o que nos leva a considerar as informações demográficas, 
médicas e sociais para poder determinar a influência na desigualdade entre os sexos. A 
liberdade, a iniciativa e habilidades dos indivíduos, a perda de autonomia, de 
autoconfiança e de saúde física e psicológicas são fatores que contribuem para “exclusão 
social”, mas não é considerada menos grave por estarem em sistemas de seguridade 
social. 
À relação entre mortalidade e renda está na privação de grupos específicos em países 
muito ricos pode ser comparável ao encontrado em países do Terceiro Mundo. A negação 
de oportunidades de transação através de controles arbitrários, pode ser, em si, uma fonte 
de privação da liberdade. Privar o mercado seria uma espécie de “tiro no pé”, pois eles 
são responsáveis pela expansão da renda, da riqueza, de viabilizar as oportunidades 
econômicas. Como consequência benéfica poderíamos perceber que os mercados podem 
impulsionar o crescimento rápido e a expansão de padrões de vida. O mecanismo 
competitivo de mercado pode levar também a compatibilidade de incentivos. Podemos 
notar que ao privar a liberdade das pessoas de agir como desejassem atinge resultados 
melhores quanto à submissão à ordem ou ditadores. 
Para marx a liberdade de emprego e prática do trabalho é crucial para compreensão das 
valorizações envolvidas, a questão de liberdade de mercado é essencial para a análise de 
mão de obra adscritícia. A liberdade formal do trabalhador no capitalismo tem distinção a 
privação de liberdade real dos trabalhadores em sistemas pré-capitalistas. O aumento da 
liberdade dos trabalhadores em uma sociedade para vender sua própria força de mão de 
obra é também o aumento da sua liberdade positiva, o que resulta no alcance do êxito da 
sociedade. 
O que se pode ou não fazer em detrimento a tradição? Se um modo de vida tradicional 
tem de ser sacrificado para desviar da pobreza, as pessoas deveriam ter a oportunidade 
de tomar decisões do que deve ser escolhido, a importância básica da liberdade humana. 
Essa participação teria resultados mais eficazes a partir de instruções adequadas, 
conhecimentos com acesso para todos. 
2. Os fins e os meios do desenvolvimento 
O desenvolvimento pode ser considerado bruto e feroz, mas também pode ser visto como 
um processo amigável. 
A expansão da liberdade pode ser considerada um fim promovia e o principal meio do 
desenvolvimento, a participação e dissensão política são pares constitutivas do próprio 
desenvolvimento. Mesmo que alguém dispusesse de riqueza, ao ser privada de participar 
de decisões políticas está sendo privada de algo que tem motivos para requerer e 
necessitar. A liberdade ampla consiste em eliminação do processo de privação do 
individuo, pois concedem enriquecimento ao processo de desenvolvimento e para o 
progresso econômico. 
As liberdades políticas dão margem a oportunidades que as pessoas têm de decidir quem 
deve governar e com base a quais princípios. 
As facilidades econômicas dão as pessoas a possibilidade de utilizar recursos 
econômicos com propósitos de consumo, produção ou troca. 
Oportunidades sociais são as disposições que a sociedade estabelece fornecendo o que 
é necessário para viver bem, como educação e saúde. 
As garantias de transparência estão na liberdade de lidar uns com os ouros sob garantias 
de desenredo e clareza. A confiança trás segurança que podem ser inibidores de 
corrupção, de irresponsabilidade financeira e transações ilícitas. 
A segurança protetora serve para rede de segurança social, impedindo que a população 
afetada seja reduzida à miséria, fome e morte. 
As liberdades citadas acima juntas tendem a serem mais eficazes. As liberdades 
instrumentais tentem a se complementar e reforçar umas as outras. 
Mostra-se a comparação entre a índia e a China, nas quais observa-se que as 
disposições sociais podem ter importância decisiva para assegurar e expandir a liberdade 
do individuo. Na China notou-se condição de saúde melhor, tão como a boa situação de 
educação desde 1979, mas quanto as desvantagens a ausência de liberdade democrática 
demonstrou crises sociais e desastres imprevistos. A fome coletiva sofrida pelaChina foi a 
maior de toda história, a Índia não sofre de fomes coletivas desde a sua independência 
em 1947. 
A expansão de oportunidades sociais serviu para facilitar o desenvolvimento econômico 
com nível de emprego alto atingindo circunstancias favoráveis para redução de taxas de 
mortalidade e aumento de expectativa de vida. 
A pergunta é onde os países pobres serão capazes de buscar recursos para custear os 
serviços considerados básicos para suprimento das necessidades? Apesar de dispor de 
menos recursos, a solução seria gastar menos dinheiro para poder fornecer esses 
serviços, que nos países mais ricos custariam muito mais. O êxito conduzido pelo custeio 
público de tais serviços foi menor em termos de realização, mas destacou-se quanto o 
crescimento, no qual o aumento de riqueza econômica foi observado andando em 
conjunto com a qualidade de vida. 
Concluímos que, o país não precisa esperar enriquecer para expandir a educação e a 
saúde. Tão como, a avaliação de liberdades reais desfrutadas pelas pessoas, as 
capacidades individuais dependem de disposições sociais, politicas e econômicas. Tais 
liberadas dependente de facilidades como liberadas politicas, econômicas, oportunidades 
sociais, transparência, confiabilidade, segurança protetora. Os fins e os meninos do 
desenvolvimento exigem uma perspectiva da liberdade como o ponto central.

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