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aula 9 eletrotermofototerapia

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Eletrotermofototerapia
Aula 9: Correntes elétricas terapêuticas: Correntes de baixa
frequência
Apresentação
Nesta aula, falaremos sobre as correntes elétricas de baixa frequência, como o TENS, as microcorrentes e as correntes
galvânicas, discutindo seus efeitos e aplicações em diversas patologias.
 
Veremos ainda parâmetros de modulação das correntes de baixa frequência para aplicação na prática clínica.
Objetivos
Classi�car as principais correntes de baixa frequência e suas técnicas de aplicação;
Identi�car os efeitos �siológicos e terapêuticos das correntes elétricas de baixa frequência;
Analisar as indicações e contraindicações das correntes elétricas de baixa frequência.
Correntes elétricas de baixa frequência
Na aula anterior, descrevemos os principais parâmetros das correntes elétricas e seus efeitos �siológicos e terapêuticos.
Nesta aula, veremos as correntes elétricas de baixa frequência.
Quando falamos em frequência, nos referimos ao número de ciclos
emitidos por segundo. Nas correntes de baixa frequência são
emitidos menos de 1000 pulsos por segundo (menos de 1000Hz).
Analisaremos a seguir cada uma delas.
Corrente galvânica
A corrente galvânica é uma corrente direta, ou seja, o �uxo de elétrons se dá na mesma direção de forma ininterrupta. É
também conhecida como corrente contínua ou constante. Por ser uma corrente direta, a intensidade de corrente é
constante em valor e sentido, apresentando apenas uma fase.
Saiba mais
Os efeitos �siológicos e terapêuticos da corrente galvânica ocorrem devido aos efeitos vasomotores e polares da corrente
sobre as células.
Os tecidos biológicos apresentam uma grande quantidade de íons, que podem ser colocados em movimento quando
aplicamos um campo elétrico polarizado na superfície da pele. Esse movimento ordenado dos íons dentro dos tecidos
resulta em modi�cações físicas e químicas.
 Efeitos �siológicos e terapêuticos
 Clique no botão acima.
Efeitos �siológicos e terapêuticos
Quando aplicamos a corrente contínua, os íons dos líquidos corporais se movimentam segundo sua polaridade
em direção à região subcutânea próxima da colocação dos eletrodos na superfície da pele, ocorrendo uma
dissociação iônica.
Assim, os ânions (-) vão em direção ao polo positivo (ânodo) e, os cátions (+), em direção ao polo negativo
(cátodo). Essa movimentação é chamada de eletroforese, e é o princípio da iontoforese, que veremos mais
adiante.
Após essa concentração dos íons, ocorrem reações químicas secundárias sob cada eletrodo. No eletrodo
positivo, os elétrons são liberados, ocorrendo o processo de oxidação. No eletrodo negativo ocorre o processo de
redução, no qual o íon aceita elétrons.
Os ânions (-) �uem para o ânodo (+), perdem sua carga elétrica e, reagindo com a água, produzem uma reação
ácida, com liberação de oxigênio. Já os cátions (+) �uem para o cátodo (-), perdem sua carga elétrica e produzem
uma reação alcalina ao reagirem com a água, havendo liberação de hidrogênio.
Cada eletrodo promove, então, efeitos nos tecidos biológicos, como vemos de forma resumida na tabela a seguir:
Ânodo (polo positivo) Cátodo (polo negativo)
Reação ácida Reação alcalina
Produz menos hiperemia Produz maior hiperemia
Induz vasoconstrição Induz vasodilatação
Repele os líquidos: Desidrata os tecidos Atrai líquidos: Hidrata os tecidos
Solidi�cador de proteínas Fluidi�ca os tecidos
Diminuição da excitabilidade Aumento da excitabilidade
Sedante Estimulante
Analgésico Irritante
Coagulante Causador de sangramento
Eletrodos e técnica de aplicação
Como vimos na aula anterior, a escolha dos eletrodos in�uencia na terapêutica. Sabemos que quanto menor for a área do
eletrodo, maior será a densidade de corrente, ou seja, maior será a concentração de energia.
Outro ponto bem relevante é que os eletrodos devem ser utilizados sempre com um meio de acoplamento entre eles e a
pele, e é preciso identi�car os polos positivo e negativo ao se aplicar a técnica.
Saiba mais
Os principais eletrodos utilizados na corrente galvânica são as placas metálicas de alumínio, as placas de
borracha/silicone, os autoadesivos; geralmente, na área da �sioterapia dermato-funcional, utilizamos também a caneta
estimuladora, o rolo, o bastão ou tubo e os do tipo máscara.
O eletrodo tipo caneta estimuladora é utilizado na técnica monopolar (eletrodos com tamanhos diferentes), como o
eletrodo ativo no polo negativo (cátodo), devido ao aumento da excitabilidade do tecido. A caneta, por ter uma superfície
muito pequena, é utilizada no ponto motor do músculo ou nervo.
O eletrodo dispersivo (ânodo) será colocado nas costas para fechar o circuito. Utiliza-se a corrente galvânica interrompida
para provocar estímulos em estruturas mioneurais.
Na área de dermato-funcional utilizamos também uma técnica chamada
galvapontura, ou eletrolifting. Essa técnica é utilizada para atenuar,
suavizar ou eliminar rugas/linhas de expressão, bem como no tratamento
de estrias. O objetivo é causar um processo in�amatório que será
responsável pelo efeito de reparo (nas rugas e estrias).
Utiliza-se um eletrodo caneta, ativo (polo negativo), cuja
ponta contém uma agulha rígida de 4mm de
comprimento. Essa agulha é utilizada para causar uma
lesão traumática na epiderme, levando a um mecanismo
de “reparo” dessa lesão.
Os efeitos galvânicos da corrente (microampères) no polo
negativo, como vasodilatação, maior hiperemia e
hidratação, também são a base para o tratamento. Utiliza-
se o eletrodo dispersivo acoplado no braço ou na nuca,
quando a aplicação é na face; ou no tronco ou membro
inferior, se a aplicação for no corpo.
Galvanopuntura Fonte:
https://tribunadoceara.com.br/mulher/mulher/galvanopuntura-e-microagulhamento-
sao-tecnicas-para-eliminar-as-indesejadas-estrias/
Formas de aplicação
Há duas formas de aplicação da técnica de galvapontura. Veja.
Dosimetria
O paciente pode relatar uma sensação de formigamento ou ardência quando submetido à corrente galvânica.
A dosagem ideal gira em torno de 0,5 a 1mA por cm2 de área de eletrodo ou de 2 a 20 mA, tendo como base a sensação
de formigamento referida pelo paciente, que deve ser sempre agradável.
Atenção
Na técnica de galvanopuntura, o recomendável é 70 a 100 µA no tratamento de estrias e 150 a 200 µA no tratamento de
rugas.
O tempo de aplicação gira em torno de 15 a 30 minutos.
Cuidados e precauções
O paciente pode relatar uma sensação de formigamento ou ardência quando submetido à corrente galvânica.
A dosagem ideal gira em torno de 0,5 a 1mA por cm2 de área de eletrodo ou de 2 a 20 mA, tendo como base a sensação
de formigamento referida pelo paciente, que deve ser sempre agradável.
Atenção
Na técnica de galvanopuntura, o recomendável é 70 a 100 µA no tratamento de estrias e 150 a 200 µA no tratamento de
rugas. O tempo de aplicação gira em torno de 15 a 30 minutos
Iontoforese
A iontoforese consiste no uso de corrente contínua para facilitar a penetração de substâncias ionizáveis através da pele.
Administra fármacos utilizando uma frequência constante; não invasiva e indolor, apresenta várias vantagens mediante
outras formas de administração.
Saiba mais
Os benefícios sobre a administração oral é que, a medicação possui concentração na área especí�ca (focal) e não precisa
ser absorvida dentro do trato gastrointestinal. Sobre a injeção, é menos traumática e dolorosa.
O objetivo da iontoforese depende das características das substâncias utilizadas e dos efeitos polares da corrente
galvânica. As substâncias se movimentam de acordo com sua polaridade e a polaridade do eletrodo ativo, utilizado para
carregar o íon dentro do tecido.
Íons positivos são introduzidos através do ânodo (polo positivo) e os íons
negativos a partir do cátodo (polo negativo). Essa é a base da lei de Du
Fay: “Cargas de mesmo sinal se repelem e cargas de sinais diferentes se
atraem”. Assim, os íons aplicados desviarão em direção aos eletrodos de
cargas opostas.
Técnica de aplicação e eletrodos
- Deve-se determinar o polo positivoou negativo dos eletrodos para a aplicação da técnica de iontoforese; 
- Escolher o medicamento em forma de gel ou líquido; as substâncias devem ser hidrossolúveis; 
- Untar/molhar a esponja, ou um pedaço de algodão, com a solução ionizável nas concentrações adequadas; 
- Aplicar o eletrodo ativo com o medicamento sobre a área, e o outro eletrodo dispersivo próximo a ela, embebido em água
salina.
Existem eletrodos fabricados especialmente para o uso
da iontoforese. Esses eletrodos são descartáveis,
possuem uma câmara pequena, na qual o medicamento
é armazenado, e um tipo de membrana semipermeável.
Esse eletrodo é o ativo; a polaridade do �o deve ser a
mesma do íon em solução para repelir a substância, de
modo que ela penetre nos tecidos e vá em direção ao
eletrodo dispersivo. Os eletrodos devem ser bem
acoplados sobre a pele para evitar queimaduras.
Eletrodos para iontoforese / Fonte: https://acomedsupply.com/products/trivarion-
iontophoresis-electrodes
Dosimetria
 - Utiliza-se correntes com intensidade de 2 a 4mA para eletrodos pequenos, e de 10 a 15 mA para eletrodos grandes;
 - O tempo de aplicação gira em torno de 20 a 30 minutos.
Os tipos mais comuns de medicamentos utilizados para a iontoforese são substâncias anestésicas, analgésicas e anti-
in�amatórias.
Atenção
Devemos ter conhecimento do Acórdão n° 611, de 1 de abril de 2017, do COFFITO, que normatiza a utilização e/ou
indicação de substâncias de livre prescrição pelo �sioterapeuta.
Cuidados e precauções
 As mesmas da corrente galvânica.
Desvantagens
 - Sabemos que o estrato córneo da pele é a principal fonte de resistência da corrente elétrica, o que pode di�cultar a
transferência de substâncias através da pele; assim, a maioria das substâncias penetra através dos folículos pilosos ou
poros das glândulas sudoríparas;
 - A quantidade e�caz do medicamento introduzido é di�cilmente controlada;
 - Certos medicamentos produzem resultados não-con�áveis, podendo surgir dúvidas sobre seu alcance nos tecidos, e
limitando seu uso para tratar estruturas profundas;
 - A di�culdade de determinar a janela terapêutica: Concentração mínima necessária para um efeito terapêutico e
concentração efetiva máxima acima da qual os efeitos adversos possam ocorrer. Poucos medicamentos tiveram
comprovação para a iontoforese;
 - Podemos encontrar no mercado substâncias contendo íons de ambas polaridades, o que pode di�cultar sua penetração
total no tecido;
 - Risco de queimaduras.
Corrente farádica
É considerada a precursora das correntes excitomotoras. É uma corrente polarizada (direta) e pulsada, com pulso
triangular/retangular, com duração entre 0,1 e 1ms, com intervalos de 19ms, e numa frequência de 50 a 100Hz.
Efeitos �siológicos e terapêuticos
O principal efeito da corrente farádica é a estimulação dos nervos motores e sensitivos, provocando contração muscular.
A estimulação elétrica neuromuscular pela corrente farádica provoca nos músculos mudanças semelhantes àquelas
produzidas por contração voluntária, como aumento do metabolismo muscular, aumento do aporte sanguíneo e
consequentemente aumento da oxigenação, além de favorecer o retorno venoso e linfático.
Entretanto, devemos ter em mente que a contração muscular provocada eletricamente é mais desgastante e fatigante do
que a contração voluntária.
O músculo é dividido em unidades motoras, conjunto de �bras musculares inervadas por uma única �bra nervosa.
Saiba mais
Quando há o estímulo de uma �bra nervosa, a força de contração é proporcional ao número de �bras musculares que a
�bra nervosa inerva. Assim, o número de unidades motoras acionadas controla a intensidade da corrente. Ou seja, quanto
maior a intensidade da corrente, maior será o número de unidades motoras recrutadas. Para aumentar a força de
contração de um músculo, devemos aumentar tanto a frequência quanto a amplitude de pulso.
Hoje em dia, pouco se utiliza a corrente farádica para a estimulação neuromuscular, pois correntes bifásicas são mais
agradáveis e minimizam o componente iônico causado pela farádica.
 Eletrodos e técnicas de aplicação
 Clique no botão acima.
Eletrodos e técnicas de aplicação
Os eletrodos devem estar protegidos com esponjas embebidas em água. O eletrodo ativo é colocado sobre o
ponto motor ou sobre o ventre do músculo a ser tratado. De�ne-se como ponto motor o local de maior
excitabilidade do músculo, onde temos menor resistência à passagem de corrente.
Formas de aplicação
As mesmas da corrente galvânica.
 
Dosimetria
 - 15 minutos de duração.
 
Cuidados e precauções
 - A esponja deve cobrir todo o eletrodo metálico, para evitar risco de queimaduras;
 - Não cruzar os cabos;
 - Não aplicar sobre áreas com alteração de sensibilidade;
 - Observar sempre a polaridade do cabo;
 - A intensidade da corrente deve estar tolerável para o paciente e pode ser aumentada à medida que ocorrer
acomodação;
 - Aplicar sobre a pele intacta.
 - Sempre devemos inspecionar a pele do paciente antes e depois da aplicação;
Indicações
 - Estimulação de nervos e músculos;
 - Hipertro�a muscular;
 - Reeducação muscular;
 - Diminuição de edemas.
 
Contraindicações
 - Região precordial;
 - Idades extremas;
 - Alterações de sensibilidade;
 - Espasticidade;
 - Tromboses;
 - Portadores de marca-passo.
 - Dé�cit cognitivo.
Correntes diadinâmicas
São correntes monofásicas pulsáteis, sendo interrompidas com alternância rítmica. Possuem frequência oscilando entre
50 e 100Hz e promovem respostas excitatórias. Entretanto, devido à longa duração de sua fase, são muito
desconfortáveis, tendo sido gradativamente substituídas por correntes como o TENS e o FES. São também chamadas de
correntes moduladas ou de Bernard.
Tipos de correntes diadinâmicas
Clique nos botões para ver as informações.
Monofásica �xa – corrente contínua interrompida com frequência de 50Hz. Possui efeito estimulante sobre o tecido
conjuntivo e age nos processos dolorosos espasmódicos.
Monofásica �xa 
Difásica �xa – corrente com reti�cação de onda completa com frequência de 100Hz. Possui efeito analgésico e age
nos transtornos circulatórios e simpaticotônicos.
Difásica �xa 
Curtos períodos –combinação das monofásicas com a difásicas �xas, conectadas alternadamente e sem intervalos
de repouso. Utilizada em transtornos circulatórios e analgesia.
>Curtos períodos 
Longos períodos – forma de corrente monofásica combinada com uma segunda forma de onda monofásica. Possui
efeito analgésico persistente, sendo considerada a mais analgésica das formas de ondas diadinâmicas.
Longos períodos 
Ritmo sincopado – forma de corrente monofásica que dura 1s com intervalos de 1s. Corrente estimulante, atua em
atro�as musculares leves por possuir efeito de contração muscular.
Ritmo sincopado 
Técnicas de aplicação e eletrodos
 - Podem ser utilizadas nas formas transversal e longitudinal;
 - Determinar se a colocação dos eletrodos será pela técnica monopolar ou bipolar;
 - Ao estimular nervos periféricos, acoplar os eletrodos no trajeto do nervo.
Dosimetria
 - Ao iniciar o tratamento, recomenda-se a aplicação da corrente difásica �xa antes de outras correntes devido ao seu
estímulo analgésico forte;
 - Aumentar a intensidade de corrente aos poucos. Inicia-se com a estimulação sensitiva, sensação de formigamento, para
depois excitar os nervos motores;
 - A intensidade da corrente contínua de base gira em torno de 2 a 3 mA, e modula-se a intensidade do componente
diadinâmico respectivo com intensidade entre 12 e 15mA;
 - Tempo de aplicação de 5 a 15 minutos.
TENS
É o acrômio da expressão inglesa (Transcutaneous Electrical Nervous Stimulation), e quer dizer Estimulação Elétrica
Nervosa Transcutânea. É utilizada para a modulação da dor.
O termo TENS serviria para denominar qualquer tipo de corrente já
mencionada, pois, como o próprio nome diz, é uma estimulação do nervo
através da pele, causando uma despolarização dos nervos sensoriais
utilizando uma corrente com intensidadesu�ciente para esse estímulo.
Entretanto, esse termo é utilizado para descrever uma abordagem
especí�ca para o controle da dor.
A maioria dos aparelhos oferece pulsos bifásicos simétricos ou assimétricos, ou seja, utiliza a corrente alternada; o
terapeuta pode modular a intensidade, a largura de pulso e a frequência.
A utilização da TENS seria então para estimular os nervos sensoriais para alterar a percepção da dor por meio de uma
corrente elétrica.
Para entendermos mais sobre a dor e sua modulação, precisamos entender a teoria das comportas proposta por Melzack
e Wall.
Teoria das comportas
Essa teoria propõe que conseguimos regular a entrada de impulsos dolorosos no sistema nervoso central (SNC) através
da substância gelatinosa presente no corno posterior da medula espinhal, que funciona como um “portão”.
Essa substância gelatinosa �ltra os impulsos que chegam pelas �bras de grosso e �no calibres.
Ela diminui a percepção da dor reduzindo a condutividade e a
transmissão das pequenas �bras de dor para o SNC, causando um
efeito inibitório; como também afeta as �bras de grosso calibre
(tato e pressão), facilitando a abertura do estímulo motor e
“fechando” a passagem dos estímulos dolorosos (�no calibre).
Ou seja, estimulando as �bras não nociceptivas/motoras (grosso calibre), inibimos os efeitos das �bras nociceptivas/dor
(�no calibre), fechando a porta. Quando aumentamos o estímulo das �bras de grosso calibre através da aplicação da
TENS, podemos reduzir a percepção da dor feita pelas �bras de �no calibre.
Classi�cação das �bras nervosas
Comentamos na aula anterior sobre os nervos sensitivos e motores e sua estimulação. A seguir, apresentamos uma
tabela para elucidar a classi�cação das �bras nervosas.
 
Categoria Classi�cação Característica
Fibras de grosso calibre
A-alpha (Aα)
Fusos musculares e órgãos
tendinosos de Golgi
A-beta (Aβ) e A-gama (Aγ) Receptores táteis e fusos musculares
Fibras de �no calibre
A-delta (Aδ) Dor aguda
C Dor crônica
 
Quando a TENS é aplicada com os parâmetros apropriados, acionamos seletivamente as �bras nervosas Aβ, aumentando
sua atividade, e diminuímos a percepção da dor realizada pelas �bras Aδ e C.
Classi�cação e modo de uso
Como a corrente elétrica da TENS é bifásica, pode ser aplicada por longos períodos, pois diminui-se a possibilidade de
ocorrerem alterações químicas, como nas correntes monofásicas (polares). Os parâmetros a serem con�gurados serão
intensidade e largura de pulso e a frequência, dependendo do protocolo de estimulação que se queira utilizar e os objetivos
de tratamento.
Clique nos botões para ver as informações.
TENS convencional - tipo de TENS mais utilizada, é chamada de TENS de alta frequência. Os pulsos são gerados
numa frequência de 40 a 150Hz e baixa intensidade. A duração do pulso é estreita, abaixo de 100µs, o que permite
estimular seletivamente as �bras para inibir a dor. A sensação relatada é um leve formigamento sem observar
contração muscular.
É comumente utilizada em dores agudas. A principal desvantagem é a acomodação, que é a diminuição da
percepção do estímulo à medida que o nervo se torna menos excitável com a passagem da corrente de forma
repetida. Podemos controlar essa acomodação através da amplitude.
TENS convencional 
TENS acupuntura – possui esse nome devido à possibilidade de também aplicar os eletrodos sobre os pontos de
acupuntura. É de alta intensidade e baixa frequência, com pulsos gerados numa frequência com cerca de 2Hz, com
intensidades que provocam contrações musculares visíveis. Podemos aplicar esse tipo de modulação a pontos
motores do músculo em questão. A principal aplicação é o controle de dores crônicas devido ao grande efeito
residual.
TENS acupuntura 
TENS burst ou de pulso – formação de pacotes de pulsos repetidos 1 a 5 vezes por segundo. É a combinação do
TENS convencional com o TENS acupuntura. Cada pacote consiste em um número de pulsos individuais nas
frequências de TENS convencional, porém com intensidade mais alta. Possui um período de analgesia mais
prolongado, as contrações musculares são mais confortáveis e não leva a uma acomodação rápida.
TENS burst ou de pulso 
TENS breve-intensa – utiliza pulsos com frequências mais altas, cerca de 100Hz, com pulsos de duração maior
(largos) e intensidade máxima tolerada pelo paciente. Recomenda-se que este tipo seja aplicado por não mais de 15
minutos por vez, bem como para a redução da dor antes de exercícios de reabilitação.
TENS breve-intensa 
Técnicas de aplicação e eletrodos
Os eletrodos do TENS são os de borracha/silicone
impregnada com carbono ou os autoadesivos. Naqueles
de borracha/silicone utiliza-se gel condutor para
acoplamento dos eletrodos sobre a pele.
A maioria dos aparelhos possui dois canais, cada um
com dois eletrodos.
Aparelho de TENS com eletrodos de silicone / Fonte:
https://www.shopfisio.com.br/neurodyn-iii-ibramed-novo-modelo-aparelho-de-tens-
fes-e-burst-02-canais-p1122042?
tsid=19gclid=CjwKCAjwjLD4BRAiEiwAg5NBFv7x53sPUJmzO5Ik6ziV08Hrl98
oyQIly360hXrCl5DmxVfrMh9WUxoCr1sQAvD_BwE
A seleção do posicionamento dos eletrodos depende da origem da dor e do protocolo de estimulação. O acoplamento dos
eletrodos pode seguir os seguintes critérios:
javascript:void(0);
Cuidados e precauções
 - A pele deve ser limpa antes do acoplamento dos eletrodos;
 - Utilizar �tas adesivas ao redor dos eletrodos para garantir uma boa �xação sobre a pele;
 - Colocar gel su�ciente para a boa condução da corrente elétrica.
FES
A estimulação elétrica funcional (do inglês: Functional Electrical Stimulation) utiliza correntes de baixa frequência para
promover contração muscular induzida.
De acordo com Prentice (2004), emprega estimuladores elétricos de canal múltiplo controlado por um microprocessador
para recrutar músculos em uma sequência sinergística programada, a qual possibilita ao paciente executar um padrão de
movimento funcional especí�co.
Saiba mais
É uma estimulação de músculos desprovidos de controle motor ou com insu�ciência contrátil, cujo objetivo é produzir um
movimento funcional e/ou substituir uma órtese convencional.
Como comentado no tópico de corrente farádica, o músculo é dividido em unidades motoras e a FES também produzirá
contração muscular através da despolarização do nervo motor, produzindo uma resposta em todas as unidades motoras.
Entretanto, para se produzir um padrão de movimento especí�co, é necessária uma série de estímulos com certa duração,
seguida por outros com apropriada frequência e repetição. Chamamos essa sequência de estímulos de trem de pulsos.
Deve-se alternar os períodos de passagem da corrente com períodos de repouso, sendo esses últimos superiores ou
iguais ao da contração a �m de evitar a fadiga muscular.
 Técnicas de aplicação e eletrodos
 Clique no botão acima.
Os aparelhos da FES são portáteis ou clínicos, e devem ter controles para os parâmetros como intensidade,
frequência e duração de pulsos, entre outros. Os parâmetros que podemos ajustar, de acordo com Pereira (2017),
são:
 - Intensidade: Ajustada de acordo com os objetivos, sendo que o aumento da intensidade corresponde a uma
contração muscular mais efetiva;
 - Frequência: Variável, de 5 a 200Hz;
 - Duração de pulso: Variável, de 50μs a 400μs;
 - Tempo de subida e descida: Tempo que regula a velocidade de contração, que varia de 1 a 10 segundos. Tempo
de subida é o tempo desde o começo até a máxima contração; e, o de descida, da máxima contração até o
relaxamento muscular. Tempos altos produzem contração/relaxamento lentos, enquanto tempos baixos
produzem contração/relaxamentos repentinos.
 - Ciclo on e off: Ciclo on regula o tempo em que a corrente circula pelo eletrodo durante cada ciclo de
estimulação, marca o tempo de máxima contração muscular e varia de 0 a 30s. O ciclo off marca o tempo de
repouso de contração muscular e varia de 0 a 60s. Nesse ciclo, a corrente não circula pelos eletrodos.
 - Sincronizado: Os dois canais funcionam ao mesmotempo no ciclo on e off selecionados;
 - Recíproco: Os canais funcionam alternadamente; enquanto um está no ciclo on, o outro está no ciclo off.
 
Os eletrodos são de borracha/silicone e deve-se determinar se sua colocação será pela técnica monopolar ou
bipolar.
Avaliação para aplicação da FES
Antes de aplicar a FES, devemos ter em mente que certas condições interferem na realização da técnica, tais como:
Obesidade, presença de neuropatias periféricas, distúrbios sensoriais importantes, aceitação do paciente e conhecimento
da técnica pelo terapeuta.
Como a técnica da FES tem objetivos funcionais, devemos conhecer o grau da espasticidade do nosso paciente, a
capacidade de resposta à corrente e a avaliação da articulação através da goniometria e movimentação passiva.
Microcorrentes
Tipo de estimulação que utiliza correntes com intensidade na faixa dos microampères; opera a menos de 1000µA, sendo
então aplicadas em nível subsensorial ou sensorial muito baixo. Os aparelhos de microcorrente liberam no corpo uma
corrente elétrica com amperagem de cerca de 1/1000 da TENS, mas com duração de pulso que pode ser até 2500 vezes
maior.
Saiba mais
A principal característica é que a microcorrente não consegue ativar as �bras nervosas sensoriais cutâneas, e não excita
os nervos periféricos. Seus estimuladores podem liberar correntes contínuas, alternadas ou pulsadas, em uma ampla
variedade de formas de ondas (STARKEY, 2017).
Efeitos �siológicos e terapêuticos
Restabelecimento da bioeletricidade celular
A aplicação correta da microcorrente em uma lesão pode aumentar o �uxo de corrente endógena, fazendo com que a área
lesada recupere sua capacitância, diminuindo a resistência desse tecido e levando ao reestabelecimento da homeostase.
Segundo Borges (2006), a terapia das microcorrentes pode ser vista como um catalizador útil na iniciação de reações
eletroquímicas que ocorrem no reparo tecidual.
Incremento à síntese de trifosfato de adenosina (ATP)
Quando um tecido é lesionado, ocorre aumento da resistência elétrica e baixa na síntese de ATP. Essa resistência causa
redução no suprimento de oxigênio e nutrientes e do �uxo sanguíneo. Essa circulação diminuída leva ao acúmulo de
resíduos metabólicos, demostrando que há redução da síntese de ATP.
A microcorrente consegue reestabelecer a síntese de ATP, favorecendo o �uxo de nutrientes para as células lesionadas e
eliminando os resíduos metabólicos. O ATP também é responsável por favorecer o transporte de íons e aminoácidos
através das membranas, fornecendo energia para a síntese de proteínas, como o colágeno. Dessa forma, a microcorrente
auxilia no processo de reparo tecidual.
Comentário
Como efeitos terapêuticos, podemos citar a analgesia, a aceleração do reparo tecidual, reparo de fraturas ósseas por
aumentar a osteogênese, efeito anti-in�amatório e bactericida.
Técnica de aplicação e eletrodos
Nas microcorrentes, os eletrodos mais efetivos são os de prata, mas podemos utilizar os eletrodos de borracha/silicone,
autoadesivos e os do tipo caneta.
Quanto aos parâmetros de modulação, utilizamos frequências que giram em torno de 100 a 200Hz no tratamento de áreas
mais super�ciais, e de 600 a 1000Hz para estruturas mais profundas, com os eletrodos posicionados transversalmente.
Deve-se �xar o nível de intensidade à posição confortável mais alta, cerca de 500-600µA, para eletrodos do tipo caneta.
Atividades
1: Indique se a a�rmação é verdadeira ou falsa: Na iontoforese, o eletrodo dispersivo é o que contém os íons.
2: A técnica monopolar consiste no uso de eletrodo ativo e dispersivo. Qual dos seguintes parâmetros a seguir determina o
eletrodo ativo?
a) Polaridade.
b) Corrente média.
c) Duração de pulso.
d) Densidade de corrente.
e) Frequência.
3: Indique se a a�rmação é verdadeira ou falsa: O mecanismo de alívio da dor pela TENS é baseado pela teoria das
comportas; ativando as �bras motoras de grosso calibre e inibindo as �bras de �no calibre, as �bras Aδ e C.
4: A corrente utilizada para introdução de substâncias no corpo, conhecida como iontoforese, é a:
a) Bifásica simétrica.
b) Contínua.
c) Bifásica senoidal.
d) Triangular assimétrica.
e) Alternada.
5: Qual das seguintes condições é uma contraindicação para o uso de estimulação elétrica, por exemplo, pela TENS?
a) Dor aguda.
b) Dor crônica.
c) Dor de origem/causa desconhecida.
d) Dor pós-cirúrgica.
Notas
CNE 1
Conselho Nacional de Educação.
Título modal 1
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BORGES, F.S. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006.
GUIRRO, E.C.O.; GUIRRO, R.R.J. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos, patologias. 3.ed. rev. ampl. Barueri: São
Paulo: Manole, 2004.
MICHELLE, H.; CAMERON, M.D.P.T. Physical Agents in Rehabilitation: From Research to Practice. Elsevier Health Sciences,
2012.
PEREIRA, D.S.L. Eletrotermofototerapia. 1.ed. Rio de Janeiro: SESES, 2017.
PRENTICE, W.E. Modalidades terapêuticas para �sioterapeutas. Artmed, 2004.
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada. 5.ed. Artmed Editora, 2009.
STARKEY, C. Recursos terapêuticos em Fisioterapia. 4.ed. São Paulo: Manole, 2017. Disponível em:
https://bv4.digitalpages.com.br <https://bv4.digitalpages.com.br/> . Acesso em 01 ago. 2020.
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Leia o Acórdão 611/2017 do COFFITO sobre a normatização da utilização e/ou indicação de substâncias de livre
prescrição pelo �sioterapeuta
https://www.co�to.gov.br/nsite/?p=6670 <https://www.co�to.gov.br/nsite/?p=6670>
Leia o Capítulo 13 do livro Recursos terapêuticos em Fisioterapia
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Leia os Capítulos 8, 10 e 11 do livro Eletroterapia
https://bv4.digitalpages.com.br <https://bv4.digitalpages.com.br/>
Leia o texto Princípios básicos e aplicação da iontoforese na penetração cutânea de fármacos
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-40422008000600040 <http://dx.doi.org/10.1590/S0100-40422008000600040>  
https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=6670
https://bv4.digitalpages.com.br/
https://bv4.digitalpages.com.br/
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-40422008000600040

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