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urbanização Brasileira

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Geografia 
Urbanização brasileira 
Objetivo 
Compreender os processos que motivaram o modelo de urbanização brasileira bem como suas 
consequências. 
Curiosidade 
Você sabia? Existem conceitos oficiais na legislação brasileira a respeito das classificações urbanas. Confira 
aqui as principais, no Estatuto da Metrópole de 2015. 
No vídeo do IBGE Explica, clicando aqui, você pode conferir uma explicação sobre o que é concentração 
urbana. 
E, em outro vídeo do IBGE, você confere o que são arranjos populacionais. Clique aqui. 
Teoria 
 
Urbanização é o processo no qual a população urbana cresce em um ritmo mais acelerado que a população 
rural. A urbanização deve ser entendida como um conceito demográfico. O marco para esse processo é a 
Revolução Industrial, pois com essa transformação na forma de produzir, pela primeira vez, passa a existir 
uma maior oferta de emprego na cidade do que no campo. 
 
A partir dessa capacidade de atração da indústria, observa-se um grande fluxo migratório do campo para a 
cidade, denominado êxodo rural. É por esse mesmo motivo que, antes do século XVIII, não existiam tantas 
cidades no mundo, mas, com a industrialização, o número de cidades cresceu consideravelmente. Importante 
destacar que a cidade é um fenômeno antigo: ela existe muito tempo antes da indústria. Porém, a urbanização 
é um fenômeno recente, e começa com a modernização e industrialização das cidades. 
 
Neste contexto, é possível observar o crescimento urbano, isto é, o crescimento das cidades, com a 
implementação e ampliação das infraestruturas urbanas como asfalto, construções e saneamento básico. 
Ser um país urbano significa apresentar 51%, ou mais, de sua população vivendo nas cidades. Porém, o 
crescimento urbano nos países desenvolvidos e em desenvolvimento ocorreu de forma diferente, gerando 
processos distintos. Isso ocorre devido ao diferente grau de modernização das atividades econômicas nos 
respectivos países. 
 
Como cresce o meio urbano? 
Como dito, as cidades são um fenômeno que precedem a existência do meio propriamente dito como urbano. 
As primeiras cidades surgiram no período de sedentarização da humanidade, isto é, a partir do aprendizado 
da agricultura, a espécie humana deixa de ser nômade e se sedentariza, se fixa, criando as primeiras aldeias 
e cidades. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13089.htm
https://www.youtube.com/watch?v=G5YsSBc98Po&t=171s
https://www.youtube.com/watch?v=G5YsSBc98Po&t=10s
 
 
 
 
 
 
Geografia 
 
A cidade se torna meio urbano com a chegada da industrialização, que alterou a forma de relação da 
humanidade com o meio, produzindo e explorando em larga escala. Essa industrialização, que atraiu muitas 
pessoas – que se deslocaram do campo para o meio urbano –, e constituiu, portanto, a urbanização, se deu 
de forma diferente entre países ricos e pobres. Ao colocar uma indústria, a população é atraída para trabalhar 
no local. Com isso criam-se moradias, serviços e comércio ao redor. Eixos de transporte também são muito 
importantes nesse sentido. Eles servem para escoar a produção das indústrias para os mercados urbanos 
nacional e internacionalmente. Ao redor das linhas de transporte surgem muitas cidades. 
 
Centro e Periferia 
Na matemática, estudamos que o “centro” é o ponto que está literalmente no meio, um ponto na mesma 
distância das bordas ou limites de uma área. Para geografia urbana, essa ideia é um pouco diferente. A região 
central de sua cidade não necessariamente está bem no meio da área de uma cidade. Mas chama-se região 
central por concentrar infraestrutura, serviços e ofertas de emprego. Ao se instalar uma área industrial nas 
antigas cidades, a moradia ao redor e os serviços oferecidos tornam central aquela região. Periferia, por sua 
vez, é tudo que não é central, que não possui centralidade de investimentos e infraestrutura urbana, que está 
à margem do acesso aos serviços oferecidos por esses grandes centros comerciais, empresariais, 
habitacionais e produtivos. É no “centro” da cidade que temos concentração de áreas culturais, museus, 
cinemas, hospitais, comércio, serviço... Vamos ver, portanto, qual é a diferença do crescimento urbano em 
países desenvolvidos e subdesenvolvidos. 
 
Crescimento urbano nos países desenvolvidos 
Ocorreu de forma lenta, planejada e bem distribuída. A indústria ainda era da primeira ou segunda fase da 
Revolução Industrial; com isso, empregava-se muita mão de obra. A cidade conseguiu se desenvolver ao 
mesmo tempo em que o desenvolvimento econômico possibilitou melhorias na qualidade de vida, o que se 
traduz em IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) mais alto. As áreas no entorno da urbe (cidade) eram 
chamadas de subúrbios, e eram valorizadas pela sua tranquilidade e ar menos poluído. 
 
Assim, essa área periférica passou a receber infraestrutura, e diversos empreendimentos imobiliários 
começaram a se desenvolver. Importante lembrar que o processo de mecanização da agricultura, nos Estados 
Unidos, acelerou a partir da década de 1920, decorrente das inovações produtivas possibilitadas pelo 
Fordismo. A Ford, inclusive, foi uma das primeiras a produzir tratores em série, utilizando a mesma lógica de 
produção dos carros. Isso fez com que a população residente nas cidades aumentasse significativamente. 
 
Desta forma, os países que se industrializaram primeiro criaram moradias populares próximo aos centros 
industriais, podendo estabelecer essa relação de êxodo de forma mais planejada, gradual e controlada. Com 
isso, a massa populacional mais pobre consegue morar próximo às áreas de emprego industrial e comercial. 
E moradias mais caras, com mais alto padrão habitacional, foram criadas nas regiões periféricas , longe 
desses centros, não sendo, portanto, na realidade dos países desenvolvidos, periferia sinônimo de pobreza. 
Isso evita grandes deslocamentos e trânsito urbano da população mais pobre que precisa acessar esses 
empregos. Ao mesmo tempo, as pessoas mais ricas podem acessar esses centros de comércio usando seus 
carros ou um transporte público mais eficiente e organizado. 
 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
Crescimento urbano nos países em desenvolvimento 
Ocorreu de forma rápida, desordenada e bem concentrada. O processo de industrialização desses países 
começou tardiamente, com uma indústria moderna e que não exigia tanta mão de obra. Somado a isso, alguns 
desses países iniciaram um processo de modernização do campo, o que gerou um grande fluxo populacional 
para as cidades, denominado êxodo rural. 
 
Assim, as cidades nos países em desenvolvimento, especialmente no Brasil, passaram a crescer em um ritmo 
muito acelerado, de forma que o Estado não conseguia planejar e construir infraestrutura suficiente. Tal falha 
no planejamento urbano resultou em uma concentração espacial da infraestrutura (comércio, serviços 
públicos, planejamento urbano) nas áreas centrais. Estas passaram a ser ocupadas pela população com 
maior poder aquisitivo, pelo que entendemos enquanto especulação imobiliária. A terra próxima do trabalho 
ficou altamente valorizada e cara. A população começa a lotar pequenas casas, chamadas de cortiços, e os 
mais ricos passam a morar nos centros de oferta de serviço. Enquanto isso, a população mais pobre ocupava 
as áreas periféricas, com menor infraestrutura, mais distantes e muitas vezes também em encostas de 
morros. 
 
O crescimento dessas áreas periféricas passou a ser denominado periferização. Porém, aqui, é importante 
diferenciar um ponto: enquanto, nos países desenvolvidos, o crescimento da periferia é acompanhado de 
infraestrutura, isso não ocorre nos países em desenvolvimento. Tal condição caracteriza a intensa 
segregação socioespacial nos países pobres e, com isso, essas cidades são marcadas por diversos 
problemas urbanos e impactos como favelização, violência urbana e trânsito. 
 
É importante destacar que, no processode urbanização, alguns conceitos são importantes para a 
compreensão dos desdobramentos desse fenômeno. Vamos lá: 
 
• Cidade 
É um termo bem amplo. Alguns países adotam um critério demográfico, isto é, cidades são aquelas regiões 
que apresentam um determinado número mínimo de habitantes. Outros países adotam um critério funcional. 
No Brasil, a cidade é a sede administrativa do município, onde está localizada a prefeitura. 
 
• Metrópoles 
São centros urbanos de grandes dimensões, cidades que dispõem dos melhores equipamentos urbanos do 
país (metrópole nacional) ou de uma região (metrópole regional). Podem ser denominadas também de 
cidade-mãe e possuem grande capacidade de polarização social, econômica e cultural, abrigando centros de 
comandos e gestão das grandes empresas, inclusive de transnacionais. Por isso, exercem grande influência 
nas cidades menores que estão ao seu redor. Exemplos de metrópoles nacionais: Rio de Janeiro, São Paulo, 
Buenos Aires; exemplos de metrópoles regionais: Recife, Belém, Vancouver. 
 
• Região metropolitana 
Definição político-administrativa brasileira. Corresponde ao conjunto de municípios limítrofes e integrados a 
uma metrópole, com serviços públicos e infraestrutura comuns. A Constituição Federal de 1988 permitiu aos 
governos estaduais o reconhecimento legal de regiões metropolitanas, com o intuito de atribuir planejamento, 
integração e execução de atividades públicas de interesse comum às cidades que integram essa região. 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
Geralmente, a área de influência de uma metrópole é medida também em função da migração pendular 
existente entre a metrópole e os municípios vizinhos. 
 
• Conurbação 
É a junção física de duas ou mais cidades próximas em razão de seu crescimento horizontal. Isso ocorre 
principalmente em regiões mais desenvolvidas, onde geralmente há uma grande rodovia que expande 
continuamente a área física das cidades. Exemplos: Juazeiro e Petrolina, no Rio São Francisco; região do ABC, 
em São Paulo. 
 
• Megalópole 
É quando ocorre a conurbação de duas ou mais metrópoles. Três exemplos de megalópoles são as que se 
estendem de Boston a Washington (BOS-WASH), de San Francisco a San Diego (SAN-SAN) e de Chicago a 
Pittsburgh (CHI-PITTS) conforme é possível observar no mapa abaixo. 
 
Estados Unidos: megalópoles - 2014 
 
Fonte: LUCCI, Elian Alabi. Território e sociedade no mundo globalizado. Ensino médio. São Paulo: Saraiva, 3.ed. 2016. 
 
• Megacidade 
Conceito demográfico classificado pela ONU. Corresponde a toda e qualquer cidade com mais de dez milhões 
de habitantes. No caso brasileiro, a população é calculada a partir da região metropolitana; assim, metrópoles 
e cidades satélites são calculadas juntas. Dessa forma, apenas Rio de Janeiro e São Paulo são megacidades 
brasileiras. 
 
• Rede urbana 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
Conjunto de trocas que existem entre as cidades, podendo ser trocas materiais (mercadorias, fluxo de 
pessoas etc.) e imateriais (fluxo de informações) entre as cidades de tamanhos distintos, desde metrópoles 
até cidades de pequeno porte. 
 
• Hierarquia urbana 
É a ordem de importância das cidades com base na capacidade de polarização no espaço regional. A 
hierarquia urbana é estabelecida na capacidade de alguns centros urbanos de liderar e influenciar outros por 
meio da oferta de bens e serviços à população. 
 
Relações entre cidades em uma rede urbana 
 
SOUZA, M. L. ABC do desenvolvimento urbano. 6 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011 
 
• Região polarizada: corresponde à área de influência de uma cidade além dos limites de sua região 
metropolitana. É um conceito associado à capacidade de uma cidade em atrair investimentos ou produção 
de lugares mais afastados de sua área urbana. 
 
• Cidade global 
O termo “cidade global” é recente no estudo das cidades. Ele é utilizado para fazer uma análise qualitativa 
das cidades, destacando a influência delas, em partes distintas do mundo, sobre os demais centros urbanos. 
Uma cidade global, portanto, caracteriza-se como uma metrópole, porém sua área de influência não é apenas 
uma região ou um país, mas parte considerável de nosso planeta. É por isso que as cidades globais também 
são denominadas “metrópoles mundiais”. As características para se considerar uma cidade como global são: 
sedes de empresas transnacionais, existência de uma Bolsa de Valores, tamanho do setor de comunicações, 
importância tecnológica, presença de portos e aeroportos modernos. Assim, elas podem ser classificadas 
em um ranking, como na imagem abaixo, onde são analisadas com base em seis categorias (economia, 
pesquisa e desenvolvimento, interação cultural, habitabilidade, meio ambiente e acessibilidade). 
 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
 
Fonte: http://www.businesswire.com/news/home/20171011005001/en/. Acessado em: 04/11/2021 
 
O ranking acima é o Global Power City Index (GPCI) criado em 2008 pela revista estadunidense Foreign Policy, 
em conjunto com empresa de consultoria A.T. Kearney; e pelo Conselho de Chicago sobre Assuntos Globais. 
É uma forma de classificar as cidades globais. O Rio de Janeiro não aparece nessa classificação, embora 
outras pesquisas, como a publicação Globalization and World Cities Research Network, que divide as cidades 
globais em categorias (alfa, beta e gama.), destaca o Rio de Janeiro como uma cidade global beta. 
 
Urbanização brasileira e sua relação com a industrialização 
O processo de urbanização brasileiro apresenta como característica essencial sua concentração no litoral, 
atributo historicamente associado às atividades agroexportadoras do país. O grande crescimento das cidades 
ocorreu a partir da segunda metade do século XX. Até 1930, o Brasil era um país agroexportador. No campo, 
se encontravam as maiores oportunidades de emprego e, por isso, a maior parte da população residia na área 
rural. 
 
Esse perfil agroexportador começou a mudar com Getúlio Vargas, na década de 1930. Com o processo de 
industrialização iniciado por Vargas, pela primeira vez na história do Brasil, o maior número de empregos se 
encontrava nas cidades, e não no campo. O meio urbano passou a ser o centro econômico do país e, portanto, 
o destino da população. É nesse contexto que se pode falar da urbanização brasileira. São características do 
governo de Getúlio Vargas que favoreceram ou influenciaram a urbanização brasileira: 
 
• Criação das indústrias de base: surge uma grande oferta de empregos no meio urbano a partir da política 
de substituição de importações; 
• Consolidação das leis trabalhistas no meio urbano: torna-se mais vantajoso ser um empregado na cidade 
do que no campo; 
• Concentração industrial no eixo Rio-São Paulo: explica a concentração populacional no Sudeste e a 
enorme desigualdade regional existente no país. 
 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
Brasil urbano 
A década de 1960 marcou o surgimento de um Brasil urbano (51% ou mais da população morava nas 
cidades). A grande concentração fundiária no campo brasileiro (herança do Brasil Colônia), somada ao 
processo da Revolução Verde, logo repercutiu em um intenso êxodo rural para os grandes centros. Os 
trabalhadores do campo começaram a migrar para as cidades em busca de emprego e melhores condições 
de vida. 
 
A urbanização brasileira 
 
Adaptado por Marcus Oliveira. Fonte: IBGE. Recenseamentos gerais. 
 
Isso fez com que o processo de urbanização brasileira acontecesse de forma muito acelerada, o que dificultou 
o planejamento urbano. Essa intensa urbanização tem sido acompanhada por um processo de 
metropolização, isto é, concentração demográfica nas metrópoles. Até a década de 1990, as grandes cidades 
(com mais de 500 mil habitantes), principalmente as metrópoles, foram as que apresentaram maior 
crescimento demográfico, levando à formação de diversas regiões metropolitanas (RM) no país. Todavia, 
uma vez que esse conceito é político-administrativoe sua delimitação depende do estado, nem sempre a 
existência de uma RM é justificativa de grande crescimento demográfico. 
 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
Brasil: regiões metropolitanas em 2015 
 
Fonte: VESENTINI, José William. Sociedade e espaço: geografia geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 1.ed. 2016. 
 
Assim, essa dinâmica acelerada de crescimento tem repercutido, também, em diversos problemas urbanos 
agrupados pelo conceito de inchaço urbano. Muitas vezes, também denominado de macrocefalia urbana, 
esse inchaço consiste no crescimento acelerado das cidades, sem igual crescimento da infraestrutura, 
resultando em problemas como a favelização, o trânsito, a violência, o crescimento do mercado informal e a 
saturação de serviços básicos, como de saúde e educação. Tudo isso também vai se traduzir em problemas 
de moradia, uma vez que lugares com melhor infraestrutura serão mais valorizados que outros. Entre outros 
fenômenos e conceitos observados na urbanização brasileira, destacam-se, também: 
 
• Segregação socioespacial: ou segregação urbana, é a fragmentação do espaço a partir da renda. 
Corresponde a um reflexo das desigualdades sociais (divisão de classes) na paisagem urbana. A 
população mais pobre está localizada nas áreas com infraestrutura precária ou ausência de serviços 
públicos, enquanto observa-se a concentração da população rica nas áreas centrais com maior 
disponibilidade de infraestrutura, como serviços de saúde, lazer, cultura e segurança. Na imagem abaixo, 
é possível visualizar esse contraste entre favela da Rocinha e os prédios da praia de São Conrado, na 
cidade do Rio de Janeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
 
Fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/ 
• Especulação imobiliária: é a compra ou aquisição de bens imóveis com o objetivo de vendê-los ou alugá-
los posteriormente, na expectativa de que seu valor de mercado aumente durante o decorrer do tempo. Se 
relaciona com a diferenciação do preço do solo urbano com base nas amenidades do entorno, de modo 
que a habitação se torna um investimento financeiro, com a função de gerar renda e não de garantir o 
direito à moradia. 
 
• Autossegregação: processo atual, associado a grandes empreendimentos imobiliários (condomínios ou 
também denominados enclaves fortificados), em que certos grupos sociais com elevado poder de compra 
se isolam ou se concentram em determinadas áreas. Difere-se da segregação socioespacial, pois é algo 
planejado, construído com esse intuito, conforme é possível observar na imagem abaixo; 
 
 
Fonte: https://mullerimoveisrj.com.br/ 
 
• Gentrificação: fenômeno que afeta uma região ou bairro, transformando sua dinâmica social a partir de 
grandes investimentos. Depois dessas melhorias, o custo do solo valoriza, o que acaba por expulsar a 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
população mais pobre que residia naquele local. Na imagem abaixo o desenho ilustra de forma simples 
esse processo de gentrificação. 
 
 
Fonte: http://www.courb.org/. 
 
• Verticalização: devido à supervalorização do solo urbano, uma forma de diluir esse custo é construção de 
edifícios. Nesse sentido, o processo de verticalização é o crescimento da cidade no eixo vertical. Tal 
condição aumenta a densidade demográfica da região, além de agravar a ilha de calor. É um processo 
muito comum nas metrópoles, conforme é possível observar na imagem abaixo; 
 
 
Fonte: http://valejornal.com.br/a-verticalizacao-dos-bairros/. Acessado em : 04/11/2021. 
 
• Região polarizada: corresponde à área de influência de uma cidade além dos limites de sua região 
metropolitana. É um conceito associado à capacidade de uma cidade em atrair investimentos ou produção 
de lugares mais afastados do que sua área urbana. 
 
Aspectos atuais da urbanização brasileira 
Atualmente, sobre a dinâmica urbana brasileira, devem-se destacar: 
• O crescimento das cidades médias, em função da desconcentração industrial e da expansão do 
agronegócio no país; 
• O crescimento do setor terciário nas grandes cidades, como consequência da fuga das grandes indústrias 
(desconcentração industrial) para outras regiões ou países, em busca de vantagens competitivas, como 
imóveis e mão de obra mais barata, além das isenções de impostos. 
 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
Meio urbano como espaço de conflitos 
O Estado não conseguia planejar a cidade e dotar o espaço de infraestrutura. Assim, as áreas periféricas, sem 
infraestrutura, passaram a ser ocupadas pela população mais pobre, em um processo de expansão da 
periferia. Com isso, diversos problemas urbanos e impactos ambientais começaram a aparecer nas grandes 
cidades brasileiras, principalmente nas metrópoles, que atraíam o maior fluxo populacional. Esse crescimento 
acelerado das cidades, sem igual construção de infraestrutura, gera um inchaço urbano, denominado 
macrocefalia urbana. 
 
Consequências da macrocefalia urbana 
Dentre os problemas desse crescimento, é possível citar: 
 
• Déficit habitacional 
Segundo dados divulgados pelo IBGE, em 2010, cerca de 11 milhões de habitantes no Brasil vivem em 
moradias inadequadas, como favelas e invasões, o que equivale a aproximadamente 6% da 
população. Mas não é por falta de imóveis construídos, o problema é o acesso. Como a desigualdade no 
Brasil é muito grande, nem todos conseguem pagar os aluguéis e, com isso, recorrem a moradias mais 
precárias. A economista Ana Maria Castelo (Fundação Getúlio Vargas), em entrevista para o Valor 
Econômico, destaca que “todos os componentes do déficit habitacional estão em queda, exceto o ônus 
excessivo com aluguel. O grande desafio são as famílias carentes e de baixa renda, essencialmente dos 
centros urbanos.” Adiciona, também, que o mercado imobiliário não é capaz de solucionar esse problema, 
pois vive da venda de imóveis. Nesse sentido, esse problema dependerá da ação do governo. 
 
 
Disponível em: <https://valor.globo.com/brasil/noticia/2017/03/01/deficit-habitacional-aumenta-com-a-recessao.ghtml>. Acessado 
em: 25/09/2021 
 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
• Favelização 
Os dados acima demonstram as carências e contradições existentes no espaço urbano brasileiro, o que 
se expressa, espacialmente, com o processo de favelização, que é mais comum nas maiores cidades do 
país. A favelização é a expressão mais acentuada dos problemas de moradia no Brasil, pois é, em maior 
parte, formada por pessoas que não dispõem de condições sociais e erguem suas casas em áreas de risco 
ou não recomendadas, sem dispor de serviços públicos básicos, incluindo rede elétrica. Somado a isso, o 
Estado está ausente dessas áreas, o que explica, também, a expansão da violência e de grupos criminosos 
que passam a controlar esses territórios. 
 
• Desemprego e subemprego 
A educação de baixa qualidade gera diversos transtornos, pois parte da população não consegue obter 
qualificação profissional exigida pelo mercado de trabalho. Com isso, ocorre o aumento do desemprego e 
se intensificam atividades como as desenvolvidas por vendedores ambulantes, coletores de materiais 
recicláveis, flanelinhas, entre outras do mercado informal. 
 
• Violência 
Um dos problemas urbanos é a violência, que ocorre, principalmente, nas grandes cidades do Brasil. 
Diariamente, tem-se notícias de assassinatos, assaltos, sequestros e outros tipos de violência. O poder 
público não investe em políticas públicas sociais capazes de reduzir a violência, como a educação e com 
isso observa-se o aumento desse problema. 
 
• Mobilidade urbana 
A mobilidade urbana se apresenta como um desafio não só nos centros urbanos do Brasil, mas também 
nas grandes metrópoles do mundo. Com a adoção do modelo rodoviarista, as metrópoles brasileiras 
sofrem com os congestionamentos, elevado custo no preço das tarifas e ofertas de serviços precários, 
ineficientes e defasados, que acarretam significativa diminuição da qualidade de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
GeografiaExercícios de fixação 
 
1. Por qual motivo, antes do século XVIII, não existiam tantas cidades no mundo? 
 
 
2. "À medida que avança a globalização da economia internacional, as metrópoles que comandam os 
espaços econômicos maiores tendem a constituir uma categoria por si mesmas, configurando um 
novo tipo de cidade: as cidades globais." 
(E. N. Alva, Metrópoles (In)sustentáveis, 1977) 
Quais são as características que distinguem as modernas cidades globais das antigas metrópoles 
industriais? 
 
 
3. Identifique de qual região a afirmação a seguir se refere: “Região estabelecida por legislação estadual 
e constituída por agrupamentos de municípios limítrofes, com o objetivo de integrar a organização, o 
planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.” 
(Instituto Brasileiro de Geografa e Estatística – IBGE). 
a) Região polarizada. 
b) Região da megalópole. 
c) Região metropolitana. 
 
 
4. Explique o que é segregação urbana e como o transporte urbano nas grandes cidades pode ser 
segregador. 
 
 
5. A correlação entre domicílios vagos e déficit habitacional explica-se, em grande medida, pela 
a) gentrificação, que amplia as vagas de imóveis. 
b) valorização do solo urbano, que diminui a demanda de habitações. 
c) especulação imobiliária, que mantém imóveis fechados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
Exercícios de vestibulares 
 
 
1. (Enem PPL, 2020) Esse processo concentra a população de renda mais elevada e maior poder político 
em áreas mais centrais e privilegiadas em termos de empregos, infraestrutura básica e serviços 
sociais. Ao mesmo tempo, redistribui a população menos favorecida quanto a esses aspectos, 
constituindo uma ocupação periférica que se estende até os municípios limítrofes. Neles, as condições 
de acesso às áreas mais centrais são agravadas pelas grandes distâncias e pelas dificuldades 
relacionadas à eficiência do sistema de transporte. 
CAIADO, M. C. S. Deslocamentos intraurbanos e estruturação socioespacial na metrópole brasiliense. São Paulo em 
Perspectiva, n. 4, out-dez. 2005. 
O texto caracteriza um estágio do processo de urbanização marcado pela 
a) segregação socioespacial. 
b) emancipação territorial. 
c) conurbação planejada. 
d) metropolização tardia. 
e) expansão vertical. 
 
 
2. (Enem PPL, 2018) O Morro do Vidigal é um clássico do Rio de Janeiro. A vista dá para Ipanema e a 
favela é pequena e relativamente segura. Aos poucos, casas de um padrão mais alto estão sendo 
construídas. Artistas plásticos e gringos compraram imóveis ali. Os moradores recebem propostas 
atraentes e se mudam. Não são propostas milionárias. Apenas o suficiente para se transferirem para 
um lugar mais longe e um pouco melhor. Os novos habitantes, aos poucos, impõem uma nova rotina e 
uma nova cara. 
NOGUEIRA, K. O que é gentrificação e por que ela está gerando tanto barulho no Brasil. Disponível em: 
www.diariodocentrodomundo.com.br. Acesso em: 7 jul. 2015 (adaptado). 
O texto discute um processo em curso em várias cidades brasileiras. Uma consequência socioespacial 
desse processo é a 
a) expansão horizontal da área local. 
b) expulsão velada da população pobre. 
c) alocação imprópria de recursos públicos. 
d) privatização indevida do território urbano. 
e) remoção forçada de residências irregulares. 
 
 
 
 
 
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/
 
 
 
 
 
 
Geografia 
 
3. (Enem PPL, 2015) A humanidade conhece, atualmente, um fenômeno espacial novo: pela primeira vez 
na história humana, a população urbana ultrapassa a rural no mundo. Todavia, a urbanização é 
diferenciada entre os continentes. 
DURAND, M. F. et al. Atlas da mundialização: compreender o espaço mundial contemporâneo. São Paulo: Saraiva, 2009. 
No texto, faz-se referência a um processo espacial de escala mundial. Um indicador das diferenças 
continentais desse processo espacial está presente em: 
a) Orientação política de governos locais; 
b) Composição religiosa de povos originais; 
c) Tamanho desigual dos espaços ocupados; 
d) Distribuição etária dos habitantes do território; 
e) Grau de modernização de atividades econômicas. 
 
 
4. (Enem, 2021) A vida das pessoas se modifica com a mesma rapidez com que se reproduz a cidade. O 
lugar da festa, do encontro quase desaparecem; o número de brincadeiras infantis nas ruas diminui – 
as crianças quase não são vistas; os pedaços da cidade são vendidos, no mercado, como mercadorias; 
árvores são destruídas, praças transformadas em concreto. Por outro lado, os habitantes parecem 
perder na cidade suas próprias referências. A imagem de uma grande cidade hoje é tão mutante que 
se assemelha à de um grande guindaste, aliás, a presença maciça destes, das britadeiras, das 
betoneiras nos dão o limite do processo de transformação diária ao qual está submetida a cidade. 
CARLOS, A. F. A. A cidade. São Paulo: Contexto, 2011 (adaptado). 
No contexto das grandes cidades brasileiras, a situação apresentada no texto vem ocorrendo como 
consequência da 
a) manutenção dos modos de convívio social. 
b) preservação da essência do espaço público. 
c) ampliação das normas de controle ambiental. 
d) flexibilização das regras de participação política. 
e) alteração da organização da paisagem geográfica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
5. (Enem, 2021) Desde 2009, a área portuária carioca vem sofrendo grandes transformações realizadas 
no escopo da operação urbana consorciada conhecida como Porto Maravilha. Parte importante na 
tentativa de tornar o Rio de Janeiro um polo de serviços internacional, a “revitalização” urbana deveria 
deixar para trás uma paisagem geográfica que ainda recordava a cidade do início do século passado 
para abrir espaço, em seu lugar, à instalação de modernas torres comerciais, espaços de consumo e 
lazer inéditos e cerca de cem mil novos moradores, uma nova configuração socioespacial capaz de 
alçar a área portuária do Rio de Janeiro ao patamar dos waterfronts de Baltimore, Barcelona e Buenos 
Aires. 
 
LACERDA, L; WERNECK, M.; RIBEIRO, B. Cortiços de hoje na cidade do amanhã. E-metropolis, n. 30, set. 2017. 
 
 
As intervenções urbanas descritas derivam de um processo socioespacial que busca a 
a) intensificação da participação na competitividade global. 
b) contenção da especulação no mercado imobiliário. 
c) democratização da habitação popular. 
d) valorização das funções tradicionais. 
e) priorização da gestão participativa. 
 
 
6. (Enem, 2020) A expansão das cidades e a formação das aglomerações urbanas no Brasil foram 
marcadas pela produção industrial e pela consolidação das metrópoles como locais de seu 
desenvolvimento. Na segunda metade do século XX, as metrópoles brasileiras estenderam-se por 
áreas de ocupação contínua, configurando densas regiões urbanizadas. 
MOURA, R. Arranjos urbano-regionais no Brasil: especificidades e reprodução de padrões. Disponível em: www.ub.edu 
Acesso em: 11 fev. 2015. 
O resultado do processo geográfico descrito foi o(a) 
a) valorização da escala local. 
b) crescimento das áreas periféricas. 
c) densificação do transporte ferroviário. 
d) predomínio do planejamento estadual. 
e) inibição de consórcios intermunicipais. 
 
 
 
http://www.ub.edu/
 
 
 
 
 
 
Geografia 
7. (Enem PPL, 2018) 
 
BRASIL. IBGE. Regiões de influência de cidades 2007. Rio de Janeiro: IBGE, 2008 (adaptado). 
O critério que rege a hierarquia urbana é a: 
a) existência de distritos industriais de grande porte; 
b) importância histórica dos centros urbanos tradicionais; 
c) centralidade exercida por algumas cidades em relação às demais; 
d) proximidade em relação ao litoral das principais cidades brasileiras; 
e) presença de sedes de multinacionais potencializando a conexão global. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
 
8. (Enem, 2020) O planejamento deixou de controlar o crescimento urbano e passou a encorajá-lo por 
todosos meios possíveis e imagináveis. Cidades, a nova mensagem soou em alto e bom som, eram 
máquinas de produzir riquezas: o primeiro e principal objetivo do planejamento devia ser o de azeitar a 
máquina. 
HALL, P. Cidades do amanhã', uma história intelectual do planejamento e do projeto urbanos no século XX. São Paulo: 
Perspectiva, 2016 (adaptado). 
O modelo de planejamento urbano problematizado no texto é marcado pelo(a) 
a) primazia da gestão popular. 
b) uso de práticas sustentáveis. 
c) construção do bem-estar social. 
d) soberania do poder governamental. 
e) ampliação da participação empresarial. 
 
 
9. (Enem Digital, 2020) Maior que os espaços metropolitanos tradicionais, incorporando áreas menores 
em vizinhança e formando uma aglomeração em escala mais ampla, concentra o principal das 
atividades produtivas significativas em diversos setores (cadeias da indústria, investimentos 
estrangeiros diretos, operações de negócios internacionais, trabalhadores migrantes, fluxos 
monetários etc.). O conjunto da economia global passa a ser um arquipélago delas, constituindo os nós 
da malha econômica. 
IBGE. Gestão do território. Rio de Janeiro: IBGE, 2014 (adaptado). 
A configuração geográfica descrita no texto é definida pelo conceito de 
a) meio técnico. 
b) cidade-região. 
c) zona de transição. 
d) polo de tecnologia. 
e) paisagem urbana. 
 
 
10. (Enem, 2016) O Rio de Janeiro tem projeção imediata no próprio estado e no Espírito Santo, em parcela 
do sul do estado da Bahia, e na Zona da Mata, em Minas Gerais, onde a rede urbana do Rio de Janeiro, 
entre outras cidades: Vitória, Juiz de Fora, Cachoeiro de Itapemirim, Campo dos Goytacazes, Volta 
Redonda - Barra Mansa, Teixeira de Freitas, Angra dos Reis e Teresópolis. 
Disponível em: http://ibge.gov.br. Acesso em: 9 jul. 2015 (adaptado). 
O conceito que expressa a relação entre o espaço apresentado e a cidade do Rio de Janeiro é: 
a) Frente pioneira; 
b) Zona de transição; 
c) Região polarizada; 
d) Área de conurbação; 
e) Periferia metropolitana. 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
Gabaritos 
 
Exercícios de fixação 
 
1. No passado as cidades eram pontos de troca de uma sociedade rural. Nesse sentido, as cidades 
cresceram de acordo com a demanda do campo. Com a revolução industrial, as cidades passaram a 
crescer em um ritmo mais acelerado, pois elas se tornaram o ambiente da produção, atraindo cada vez 
mais pessoas para trabalhar nas indústrias que surgiam nas cidades. 
 
2. Nas modernas cidades, o setor terciário, com serviços, bolsas, bancos, sedes de empresas 
transnacionais e grandes grupos financeiros, se tornou muito importante e fundamental para a maior ou 
menor influência dessas cidades, em escala global. As antigas metrópoles industriais apresentavam 
domínio das indústrias, isto é, do setor secundário e não terciário. 
 
3. C 
A região metropolitana é uma região definida pela legislação estadual e corresponde à metrópole mais 
as cidades de influência direta. 
 
4. A segregação urbana ou segregação socioespacial é a manifestação da desigualdade social e 
econômica no espaço. O transporte urbano é um revelador dessas desigualdades ao mesmo tempo que 
contribui para sua manutenção, pois é um dos fatores que define o tempo de deslocamento da 
população. A parcela da população de menor renda terá maior tempo de deslocamento entre moradia x 
trabalho ou moradia x escola, por ocupar áreas mais periféricas da cidade. 
 
5. C 
A especulação imobiliária leva a uma valorização do solo urbano, que restringe o acesso às habitações 
devido aos valores dos imóveis. A valorização do solo não diminui a demanda, pois essa depende do 
número de habitantes da cidade e da necessidade de habitações. 
 
Exercícios de vestibulares 
 
1. A 
O texto menciona características diferenciadas dos espaços a partir da existência de infraestrutura. O 
acesso a esses espaços de melhor infraestrutura é mediado pelo poder aquisitivo da população. Nesse 
sentido, o texto demonstra a segregação do espaço urbano. 
 
2. B 
A valorização de um bairro pode atrair populações de outras classes sociais, sofrendo transformações. 
Nesse processo, a população mais pobre é expulsa de forma velada. Isto acontece de forma oculta, pois 
a população mais pobre não consegue sobreviver com um custo de vida mais elevado, devido à 
valorização. Assim, ela migra para lugares com custo de vida menor, como as áreas periféricas das 
cidades. 
 
3. E 
A urbanização, definida como o crescimento populacional das cidades maior do que do campo, 
relaciona-se com o grau de modernização das atividades econômicas na medida em que essas 
atividades são o principal atrativo deste deslocamento. Se estas atividades se tornam altamente 
modernizadas, passam a demandar cada vez menos mão de obra e, assim, as cidades deixam de ser tão 
atraentes para a população. 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
 
4. E 
A temporalidade descrita no texto remete a alterações da paisagem geográfica, ou seja, do espaço 
percebido pelos sentidos. Vale ressaltar também que o espaço das cidades é o espaço da mercadoria. 
C e D estão incorretas porque o texto não traz referências ao controle ambiental ou participação política. 
 
5. A 
A revitalização que deixa para trás a paisagem do início do século passado sugere um processo de 
modernização da área portuária da cidade, realocando-a como parte de um espaço econômico global. 
 
6. B 
O processo de urbanização no Brasil, intensificado a partir da industrialização durante os governos de 
Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, criou um processo de metropolização excludente, no qual a 
população mais rica ocupa as áreas centrais, com maior infraestrutura, e a população mais pobre, as 
áreas periféricas, com menor infraestrutura. 
 
7. C 
A centralidade exercida por uma cidade é o principal critério para definir o seu nível hierárquico. Todavia 
essa centralidade é definida pela oferta de serviços públicos e privados, bem como a infraestrutura e 
capacidade industrial existente, além da importância no sistema financeiro. 
 
8. E 
O texto comenta como o planejamento urbano transformou as cidades em máquinas de produzir 
riquezas. Essa concepção da cidade favorece os agentes privados, como o mercado imobiliário, no 
planejamento urbano. Portanto, a afirmativa sobre ampliação da participação empresarial está correta. 
Tal questão também marca a redução da soberania do agente do Estado. 
 
9. B 
O conceito abordado nessa questão é o de cidade-região e ele corresponde aos aglomerados urbanos 
com expressiva extensão geográfica. É formado por diversos municípios e vai além da região 
metropolitana tradicional, embora mantenha alta concentração demográfica e de atividades econômicas 
(terciárias e industriais). 
 
10. C 
O texto retrata o nível de importância da cidade do Rio de Janeiro, pois destaca a área que é diretamente 
influenciada pela capital carioca (englobando o próprio estado, Espírito Santo e Minas Gerais – até o 
encontro com a área de influência de Belo Horizonte). Sendo assim, a opção que mostra corretamente o 
conceito que se relaciona à dinâmica é o que fala em polarização (termo que indica a ideia de 
centralidade), típica das grandes metrópoles brasileiras.

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