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Teoria das representações sociais Princípios teóricos Origens da teoria das representações sociais As origens da teoria das representações sociais estão presentes tanto na sociologia e antropologia, com os estudos de Émile Durkheim (1858-1917) e Lucien Lévy-Bruhl (1857-1939), quanto na psicologia construtivista, sócio-histórica e cultural, com os estudos de Jean Piaget (1896-1980) e Lev Vygotsky (1896-1934), resultando em um vínculo entre o social e o individual (BERTONI; GALINKIN, 2017). Essa teoria foi inicialmente proposta pelo psicólogo social Serge Moscovici (1925- 2014), com a publicação do livro La psychanalyse, son image et son public (1961). É uma abordagem psicossociológica do processo de construção do pensamento social. O estudo das representações sociais pode ser compreendido como o ato de identificar a “visão de mundo” que grupos ou indivíduos possuem ou empregam na sua forma de agir e posicionar. Assim, a teoria pode ser vista como um pensamento social que resulta das experiências, crenças e trocas de informações contidas na vida rotineira, propagadas ou recebidas pela comunicação e tradições. As representações sociais constituem um conjunto de conceitos, imagens e explicações que se originam no senso comum, em se tratando das interações e comunicações interpessoais. Sobre tais circunstâncias, elas vão se modificando à medida que novos significados vão sendo agregados à realidade. Um exemplo de representação social muito comum nos anos 1980 foi a boneca Barbie. Nela, havia embutidos conceitos de beleza e feminilidade do senso comum. Muitas meninas queriam ser a Barbie. As representações sociais têm como função dar sentido ao desconhecido, convertendo o não familiar em algo familiar. Para que isso ocorra, os processos de ancoragem e objetivação são usados como apoio. Processo de ancoragem Como afirma Moscovici: [...] quando estudamos representações sociais, nós estudamos o ser humano, enquanto ele faz perguntas e procura respostas ou pensa, e não enquanto ele processa informação ou se comporta. Mais precisamente enquanto seu objetivo não é comportar-se, mas compreender”. MOSCOVICI, 2003, p. 43 apud CAMINO et al., 2013, p. 423 As representações sociais possuem a capacidade de criar relações entre as abstrações do saber e das crenças e a concretude da vida do sujeito em seus processos de interação social, porque: As representações sociais são construídas na fronteira entre o psicológico e o social. A ancoragem tem como função inserir o fenômeno não familiar em um conjunto de categorias e imagens familiares, de forma que ele possa ser interpretado (FERREIRA, 2010). As pessoas, de um modo geral, quando não conseguem descrever algo e comunicá- lo para outros indivíduos, criam uma resistência e experimentam um negacionismo. Esse acontecimento ou objeto que foi incapaz de ser descrito por elas deve ser incluído nos sistemas de crenças delas. Portanto, ancorar é atribuir nomes e categorias à realidade, colocando-as em um contexto comum e familiar. Quando damos um nome ou uma classificação a algo que não era familiar, ele passa a ser familiar, e podemos imaginá-lo, representá-lo. Assim, asseguramos sua incorporação social. Durante o processo de ancoragem, o novo objeto é reajustado, para que possa se inserir em uma categoria conhecida, passando a possuir características dessa categoria, tornando-se algo familiar e com sentido. Exemplo Para lidar com as incertezas e todas as mudanças advindas do coronavírus durante a pandemia, muitas pessoas passaram a usar a expressão “o novo normal”, buscando ancorar todas as alterações em nossa rotina e em nosso comportamento como uma nova condição do que seria normalidade nesse momento, procurando diminuir o desconforto gerado. Processo de objetivação A objetivação visa transformar o que é abstrato em algo concreto e que, por conseguinte, possa ser assim tocado (FERREIRA, 2010). Objetivar é transformar uma imagem, algo mental, em algo concreto, tangível, ao invés de ser apenas um elemento do pensamento. O processo de objetivação implica três movimentos simultâneos. São eles: Seleção e descontextualização Leva em conta valores religiosos ou culturais, experiências anteriores, conhecimentos prévios etc., os sujeitos retiram algumas informações a respeito do objeto que eles querem representar de um conjunto total informações. Formação do núcleo figurativo É a construção de um modelo figurativo, de imagens estruturadas, que reproduzirão de um modo visível algo que antes não passava de um conceito. Naturalização dos elementos Os elementos que foram construídos passam a ser identificados como elementos da realidade do objeto. Aquilo, que antes era estranho, passa a ser naturalizado e é incorporado. Exemplo Retomando o exemplo do coronavírus, foram feitas representações concretas que destacavam a importância do uso de máscaras para vencer a resistência inicial em relação à população. Ao entenderem os riscos de como o vírus se propagava, a máscara passou a ser um objeto de uso comum, e as pessoas passaram a implementá-lo em seu cotidiano. De acordo com Moscovici (2003 apud CAMINO et al., 2013), os indivíduos não se resumem a receptores passivos de informação, muito menos a meros seguidores de ideologias ou crenças coletivas. Os indivíduos são pensadores ativos que, ao se defrontarem com os mais diversos eventos presentes no dia a dia das interações sociais, criam e comunicam suas próprias representações e soluções apropriadas para as questões nas quais se encontram. Desse modo, a influência do social não é vista como um estímulo que atinge o indivíduo, e sim como um contexto de relações nas quais o pensamento é formado. Funções e abordagens Universos reificados e consensuais Existem dois tipos de universos de pensamento. Confira a seguir: Universo reificado É considerado o lado científico do pensamento, no qual são definidos o certo e o errado, verdadeiro e falso. Nele, existem papéis e categorias definidos segundo os contextos apresentados. O nível de participação na produção de conhecimento é determinado unicamente pelo nível de qualificação. Existe uma objetividade, uma lógica e uma metodologia. Universo consensual Diz respeito a atividades intelectuais da interação social cotidiana. Esse universo se encontra em constante movimento. É composto pelas representações sociais, mas a matéria-prima para a formação dessas realidades consensuais se origina do universo reificado e do saber cotidiano. Por exemplo, construímos opiniões de noções apreendidas e compartilhadas na escola, em casa, na rua, na mídia. Funções das representações sociais Para que possamos compreender a dinâmica das interações sociais e esclarecer os determinantes das práticas sociais, é indispensável identificar as funções das representações sociais. De acordo com Camino et al. (2013), há quatro funções essenciais. Confira a seguir quais são elas: Conhecimento Possibilidade de os indivíduos compreenderem e explicarem a realidade, a partir das representações sociais, está relacionada à função de conhecimento. As representações sociais definem o quadro de referência comum que permite e facilita a comunicação social, concedendo a transmissão e divulgação do conhecimento prático do senso comum. Identitária Refere aos processos de comparação social, é de extrema importância a função identitária das representações sociais, uma vez que estas definem a identidade e concedem a proteção da especificidade dos grupos. Ao mesmo tempo, esta função assume um papel fundamental no controle social exercido pela coletividade sobre cada um de seus membros. Orientação Representações são responsáveis por guiar os comportamentos e as práticas sociais. Assim, existe um sistema de pré-decodificação da realidade, um manual orientador para ação. Justificadora Representaçõessociais possibilitam justificar os comportamentos e as tomadas de posição por parte dos sujeitos. Desse modo, nas relações entre grupos, essa função esclarece alguns comportamentos postos em uso frente a outro grupo. Portanto, as representações mantêm e justificam a diferenciação social, sendo capaz de estereotipar as relações entre grupos, colaborando para a discriminação ou mantendo entre eles um afastamento social. Observando a descrição das funções das representações sociais, vimos que elas não são somente um conceito teórico e abstrato, mas também são fundamentais nas relações sociais. Outra coisa que também fica evidente é sua relação com as atividades práticas do cotidiano. As representações sociais são eventos observáveis complexos, sempre ativados e em ação na vida social, que contêm uma riqueza de elementos informativos, ideológicos, cognitivos, normativos, valores, atitudes, opiniões, crenças e imagens. Teoria do núcleo central O pesquisador Abric e seus colaboradores propuseram a teoria do núcleo central – uma extensão do trabalho de Moscovici (1961). Essa teoria defende que toda representação social se dispõe em torno de um núcleo central e de elementos periféricos (BERTONI; GALINKIN, 2017). O núcleo central se fundamenta no elemento principal da representação, com o objetivo de organizar e dar sentido a ela. O núcleo tem como apoio a memória coletiva do grupo, em suas condições históricas e sociais. Além disso, é mais rígido e resistente às mudanças e influências das circunstâncias de uma situação imediata. Entretanto, os componentes periféricos são mais flexíveis e móveis, o que possibilita a junção de histórias e experiências distintas. Eles aceitam as contradições, assim como a diversidade grupal. Desse modo, são sensíveis às circunstâncias de uma situação imediata e têm uma característica evolutiva, que possibilita se ajustar à realidade concreta e à diferença de conteúdo. Confira a seguir a função dos componentes periféricos: Possibilitar o ajuste de grupos e indivíduos a certas situações Proteger a estabilidade do núcleo central Dessa forma, o núcleo central é regulamentário, e os elementos periféricos, por sua vez, são funcionais, pois possibilitam a ancoragem da representação na realidade do momento. Após a introdução da sociopsicologia na literatura, a teoria das representações sociais foi amplamente disseminada, especialmente entre os psicólogos europeus e latino-americanos, procurando aplicar seus princípios teóricos a inúmeros eventos, aos quais podem ser atribuídos significados que surgem do senso comum. Estudos sobre família Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer a família como ambiente de socialização e transmissão cultural primária. Origem e constituição histórica da família Etimologia de família A palavra família deriva do vocábulo famulus, do latim, que significa conjunto das posses de alguém, o que inclui escravos e parentes. Então, o conceito originalmente não é como usamos hoje e ia além dos laços consanguíneos, passando por todos aqueles que viviam sob o domínio de um senhor. É a instituição social mais antiga entre os humanos e está presente em todas as organizações culturais. Uma instituição social é aquele conjunto de normas interrelacionadas que têm como ponto de partida valores compartilhados pelos indivíduos e que lhes garante segurança e estabilidade para viver. Toda sociedade tem instituições sociais, responsáveis pela manutenção e transmissão da ordem social vigente por meio dos seus códigos e tradições. Tradicional é aquilo que, repetido, deu certo e sobreviveu ao teste do tempo. O que não quer dizer que deu certo em sua plenitude e que é perfeito, mas que se tornou o modelo mais eficaz nos contextos históricos em que se desenvolveu e foi experimentado comparativamente com outros arranjos. Família: uma instituição social A família é considerada uma instituição social porque é uma forma socialmente reconhecida de relacionamentos entre indivíduos, que supre as necessidades sociais como reprodução e construção de um ambiente de socialização primária, por meio do qual concepções, regras e práticas culturais são transmitidas. Como instituição social, é historicamente construída, portanto, não é estática, mudando sua configuração ao longo do tempo e das gerações. Atualmente, não está limitada à consanguinidade e relações de família, heterossexualidade e derivação reprodutiva, condições e hierarquias socioeconômicas. A seguir, confira o que configura uma família: • União; • Respeito; • Amor; • Compartilhamento; • Suporte mútuo. A Constituição Federal de 1988 promoveu profundas mudanças na concepção do conceito família. O matrimônio deixa de ser a única forma aceita de constituição familiar. Anteriormente, um grupo constituído de pai, mãe e filho(s) precisava passar por casamento civil e religioso. A constituição, então, reconhece e legitima famílias com base nos laços de afetividade, do companheirismo e do respeito. O papel da família Diferentes concepções de família As funções básicas de uma família, qualquer que seja sua composição, dependem da criação de um ambiente de cuidados, proteção, afeição, regras e valores civilizatórios da cultura vigente, transmitindo-os durante o processo de socialização de novos membros. Pode ser definida, então, como uma comunidade formada por indivíduos unidos por laços naturais, afinidades e afetividade, ou por vontade expressa, que vivem em uma unidade doméstica. Nesse sentido, diferentes concepções de família emergiram, como: Nesse sentido, diferentes concepções de família emergiram, como: Nuclear, matrimonial ou tradicional Decorre do casamento como ato formal, litúrgico e é composta por pai, mãe e filho(s). Surgiu no Concílio de Trento em 1563, por meio da contrarreforma da Igreja Católica. Informal Formada pela união estável, ou seja, quando duas pessoas decidem viver juntas sem quaisquer formalidades, nem civil, nem religiosa. Monoparental Formada quando apenas um dos pais arca com cuidados e responsabilidades do(s) filho(s). Amparada pelo artigo 226 da Constituição Federal que prevê que a família é a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. Reconstruída ou recombinada Aquela em que os parceiros unidos vieram de divórcios e trouxeram seus descendentes. Ampliada Refere-se àquela em que pais, avós e outros parentes ou afetos vivem juntos. Homoafetiva Decorre da união de pessoas do mesmo sexo, homem ou mulher, e que se unem para a constituição de um vínculo familiar, também reconhecida pelo Estado brasileiro. Eudemonista Decorrente da convivência de pessoas por laços afetivos e solidariedade mútua, como é o caso de amigos que vivem juntos no mesmo lar, rateando despesas, dividindo tarefas, compartilhando alegrias e tristezas, como se fossem irmãos. Unitária Aquela em que, mesmo morando sozinho, o indivíduo vive em um entorno com indivíduos com quem socializa, compartilha e sente-se unido. Novos arranjos familiares É importante observamos algumas questões quando falamos de novos arranjos famíliares. Confira a seguir algumas situações: • Novos arranjos de conjugalidade poligâmicos, seja poligênico (um homem com mais de uma mulher) ou poliândrico (uma mulher com mais de um homem), legalizados em muitos países; • Considerável aumento no número de divórcios; • Crescente nas atividades femininas extralar, o que significa maior autonomia das mulheres em relação aos homens e, no caso das famílias, da esposa frente ao marido, muitas vezes, tornando-se a renda principal da casa; • Desenvolvimento de práticas contraceptivas e a legalização da interrupção voluntária da gravidez (aborto) em muitos países, com graduais diminuições de fecundidade e baixo índice de renovação de gerações; • Diferentes formas de conjugalidade e vivências da sexualidadeentre casais; • Altos índices de violência intrafamiliar; • Quantidade de abandono de incapazes; • Negligência com as responsabilidades parentais. Podemos nos perguntar: a família está em crise e deteriorando ou está sendo remodelada e diversificada? A remodelação ou diversificação familiar, como instituição social, melhorará ou irá piorar a sociedade? As respostas para essas perguntas não estão dadas e só o tempo dirá. Psicologia Social e saúde Visão histórico-social do indivíduo e participação social Relação entre Psicologia Social e saúde Neste primeiro momento, conheceremos a relação entre Psicologia Social e saúde. Vamos aprender sobre a importância da visão histórico-social do indivíduo e o potencial transformador que a participação social tem na afirmação da saúde mental enquanto direito. Vamos também compreender sobre a relevância da consolidação da saúde como direito, fato que contribui para entender as perspectivas de atuação da Psicologia na construção de um Sistema Único de Saúde universal, equitativo e integral. Além disso, as informações encontradas aqui permitirão que você amplie seu conhecimento sobre a diversidade na relação entre Psicologia Social e saúde, que compreende aspectos culturais, clínicos, institucionais e sobretudo políticos, uma vez que o campo de atuação da saúde é amplo e multifacetado. Este conteúdo será de grande valor para sua atuação profissional. Aproveite! Mas, afinal, quais são as dimensões da Psicologia Social na saúde? Segundo Motta (2015), o movimento de revisão das práticas do psicólogo no contexto da saúde pública contribuiu com a perspectiva social e política para o exercício profissional, promovendo um diálogo entre a Psicologia Social e a saúde, ampliando a compreensão das forças sociais e dos aspectos históricos que afetam os processos de intervenção em saúde. Todas as estratégias de atuação nos processos relacionados à saúde mental têm como objetivo a possibilidade de construção de ações singulares que representam projetos voltados para os usuários de saúde mental e em função da produção de meios de transformação em sua vida concreta. A Psicologia Social da saúde sai das perspectivas tradicionais intraindividuais para uma ótica coletiva. Por isso, ela é embasada em autores que estudam as formas de organização coletiva da sociedade e atua em serviços voltados à atenção primária, na prevenção e promoção da saúde e em contextos comunitários, no sentido das questões sociais e políticas, além de estar presente em conselhos, comissões e fóruns que colaborem com as políticas púbicas. Saiba mais De acordo com Rosa e Zanerato (2015), as ações voltadas para a atenção básica em saúde mental são essenciais a partir da inserção do sujeito na comunidade, na compreensão da organização social, configurações familiares, manutenção de vínculos e situações de sofrimento, marcados por condições sociais, culturais e econômicas. Além disso, esse panorama indica a amplitude de atuações do psicólogo social no âmbito da saúde por meio do cuidado em saúde e da construção da participação social nas políticas públicas de saúde mental e atenção básica a partir de ações de acolhimento, integração e intervenção psicológica e psicossocial que respondam às necessidades contextuais da população (MOTTA, 2015). Por isso, devemos olhar para o processo de saúde versus doença como algo multideterminado, produzidos historicamente enquanto resultado das interrelações vivenciadas pelo sujeito enquanto ser social e histórico, mas também como protagonista, já que sua subjetividade não se constrói puramente na transposição do social para o individual (ROSA; ZANERATO, 2015). Histórico da Psicologia Social na saúde Os primeiros cursos de Psicologia Social no Brasil ocorreram na década de 1930, com Raul Briquet (1887-1953). Em 1960, ocorre a consolidação da Psicologia Social enquanto uma disciplina ligada à Psicologia. Esse processo é atribuído à regulamentação da profissão de psicólogo em 1962, que incluiu a matéria de Psicologia Social como obrigatória na formação em Psicologia no Brasil. Curiosidade A Psicologia Social nasceu no Brasil a partir de uma concepção de comunidade da Psicologia Social norte-americana que surgia como resposta aos movimentos que criticavam a atuação exclusivamente institucional na questão da saúde mental e buscavam não apenas o tratamento das doenças psiquiátricas, mas também ações preventivas, deslocando a atenção exclusiva ao indivíduo para seu entorno: a comunidade. Embora ainda seja um processo em desenvolvimento, a ênfase na atenção primária à saúde e nas formas de organização baseadas em equipe interdisciplinar abriu novos espaços para os psicólogos que, sobretudo a partir da Constituição Federal (BRASIL, 1988) e do surgimento do Sistema Único de Saúde – SUS (BRASIL, 1990), passaram a fazer parte dos serviços de saúde nas unidades básicas de saúde e nos serviços especializados nas unidades de saúde. Ainda que inicialmente não houvesse documentos oficiais que regulamentassem a atuação do psicólogo nas instituições, o próprio conceito ampliado de saúde representou um arcabouço para a atuação do psicólogo nesses setores. Existindo demandas comunitárias de atenção à saúde mental de diversas esferas sociais, ocorre a ampliação da participação da Psicologia no SUS. O seu marco ocorre com o movimento da reforma psiquiátrica, com a substituição dos modelos asilares por Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), e das equipes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), traçando, assim, a Política Nacional de Humanização (PNH) que contribuiu com a transformação das práticas profissionais por meio do acolhimento. A atenção básica possui papel fundamental na efetivação de estratégias de ação na comunidade e nos esforços em prol da qualidade em saúde mental. Nesse sentido, os CAPS vêm como importante instrumento substitutivo decorrente da reforma psiquiátrica. Mas, antes de seguirmos nosso estudo, é importante entendermos o que foi a reforma psiquiátrica brasileira. Reforma psiquiátrica brasileira e o SUS Atenção integral e universal à saúde A reforma psiquiátrica tem sua origem nas lutas pelo direito à atenção integral e universal à saúde e se consolidou a partir da reforma sanitária e com a instituição do Sistema Único de Saúde (SUS), que reconhece o indivíduo enquanto sujeito singular e, ao mesmo tempo, pertencente a uma comunidade. Saiba mais A desinstitucionalização da saúde mental permitiu a articulação de políticas de atendimento intersetorial e interdisciplinar em rede, promovendo autonomia e reabilitação psicossocial dos usuários e seus familiares, a partir das estratégias de saúde da família (ESF) no acompanhamento terapêutico no contexto da atenção básica. A reforma psiquiátrica é um processo que se iniciou a partir da análise crítica do conceito de doença mental e das estruturas que se desdobraram em virtude das repercussões do processo saúde versus doença. Concepções e teorias sobre a saúde e os limites do sofrimento mental foram modificadas, definindo o cuidado em saúde mental de acordo com as diretrizes do SUS e tornando a atenção básica a porta de entrada para o usuário do sistema de saúde. Descentralizar a Saúde Mental para os territórios foi uma conquista cara à Reforma Psiquiátrica e consideramos necessário aprimorar esse modelo, vinculando cada vez mais a assistência com a análise e utilização do território e da rede social, a fim de desenvolver uma clínica implicada com a constituição de sujeitos mais saudáveis em sua afetividade e em suas relações sociais, e mais potentes para transformar a realidade. (ROSA; ZANERATO, 2015, p. 234) SUS: Diretrizes para a saúde mental na atenção básica A saúde é o componente central e fundamento constituinte do contexto social, pois a saúde de uma população é uma questão social, de responsabilidadecoletiva e o resultado das condições de vida e de trabalho da sociedade. Assim, se faz necessário o aprimoramento de um olhar para a saúde de uma forma ampliada, muito além da doença. Aqui, a saúde é entendida como um processo e como uma possibilidade de enfretamento das questões cotidianas, portanto, a construção da Psicologia Social se faz importante nesse entendimento. O SUS se configura como principal cenário de expressão dessa construção, já que ele é o maior empregador de psicólogos da atualidade, com foco na articulação entre políticas públicas e os serviços de saúde mental. As intervenções psicológicas passam a considerar a perspectiva do outro na construção da identidade dos atores sociais, e se apresentam em um contínuo jogo de construção e desconstrução de representações sociais. Essas representações se tornam uma continuidade do processo de contextualização social da saúde e se configuram como um legado da Psicologia Social à saúde: a atuação centrada no coletivo. Nesse sentido, a coletividade e os aspectos sociais da atuação vão ao encontro das estratégias de trabalho esperadas pelo SUS, em que as práticas de intervenção são construídas a partir das experiências de trabalho e vivências sociais. Atualmente, os psicólogos do SUS atuam construindo e respeitando diretrizes para a saúde mental na atenção básica. São muitos exemplos de áreas e serviços com a absorção de inúmeros serviços internos (centros de formação e educação do trabalhador de saúde; apoio técnico aos programas da mulher, idoso, criança e adolescente; saúde mental; serviços de epidemiologia, de hemoterapia, de práticas alternativas em saúde): • Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS); • Nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS); • Em centros de convivência, cooperativa e cultura; em ambulatórios de saúde mental; • Em hospitais-dia; • Em centros de reabilitação física; • Em centros de referência à saúde do trabalhador; centros de apoio e orientação sobre DST/AIDS; • Equipes de atenção a presidiários; • Hospitais gerais e hospitais psiquiátricos (CAMPOS; GUARIDA, 2007). Aplicações da Psicologia Social à saúde Atribuição de causalidade e os estilos explanatórios São tantas contribuições da Psicologia Social à saúde que ela se tornou uma nova área dentro da Psicologia da saúde, que continua se desenvolvendo de forma acelerada. Dentre as diversas descobertas dos psicólogos sobre a relação existente entre fatores situacionais e saúde física e suas contribuições em fatores de natureza psicossocial, Rodrigues, Assmar e Jablonski (2009) destacam que as pessoas, internamente, tendem a atribuir causas aos eventos negativos – também chamadas de estilo explanatório – que interferem diretamente na saúde do indivíduo. Estudos indicam também que a percepção de controle influencia a saúde dos indivíduos, que apresentam maior estabilidade emocional e melhora no estado de humor, aumentando, consequentemente, sua qualidade de vida e longevidade. De maneira geral, a autopercepção de controle em algum grau significativo contribui para a melhoria nos estados relacionados a doenças crônicas e ao aumento da imunidade. Bandura (1997) apresentou o conceito de crença na própria eficácia, que consiste em acreditar que possui o controle para realizar o que é necessário para o cumprimento de metas em situações específicas, onde pessoas com grau elevado de crença na própria eficácia são capazes de enfrentar situações adversas. Dessa forma, diferentes estudos apontam em direção a uma integração dos conhecimentos médicos e psicológicos em busca de uma melhor compreensão das relações entre mente e corpo nos sistemas nervoso, endócrino, imunológico e suas reações aos fatores psicossociais. Esse conceito baseia-se na noção de que o indivíduo com percepção de controle positiva é capaz de se opor às forças ambientais, lutando, provocando mudanças, atingindo seus ideais e desfrutando de satisfação pessoal, enquanto os que não acreditam em sua eficácia se resignam, desistem de lutar e mostram apatia diante das adversidades. Saiba mais O apoio pessoal refere-se à demonstração de empatia, o que promove sensação de pertencimento a um grupo e suporte emocional propriamente dito, uma vez que pessoas que vivem em grupos predominantemente coletivistas sofrem menos estresse que aqueles pertencentes a culturas individualistas. Dessa maneira, a interdependência e o apoio mútuo constante são instrumentos de enfrentamento em situações estressoras nas quais a segurança de cuidados, amparo e suporte proporcionam maior probabilidade de sucesso a indivíduos que, diante de tais situações, sentem-se apoiados. Mudança de hábitos prejudiciais à saúde Um estudo conduzido por De Vries (1995) indicou que hábitos são influenciados por normas ou pressão social, ou comportamento de pessoas significativas – ainda que sejam hábitos inadequados. Nesse contexto, a Psicologia Social indica técnicas que permitem mudanças de hábitos e atitudes. Saiba mais Segundo a Psicologia Social, uma atitude é formada por componentes cognitivos, afetivos e comportamentais, e a alteração em um desses componentes resulta em uma reorganização cognitiva e de atitude. Assim, conhecer os fatores influenciadores colaboram com a compensação e alteração de atitudes. Chegamos ao final do módulo! A partir das informações apresentadas pudemos conhecer o movimento que a Psicologia Social vivenciou dentro da saúde, sobretudo a partir da institucionalização e das práticas promovidas pelo SUS, demonstrando a importância da coletividade da perspectiva social para o campo da saúde e se construindo por meio de práticas que buscam proporcionar um atendimento à saúde de forma integral e equitativa. Psicologia Social e escola A experiência escolar Caracterização da Psicologia Escolar Agora, você verá os conceitos ligados à Psicologia Social no ambiente educacional e como ela pode impactar na construção do protagonismo estudantil e no processo de ensino-aprendizagem. Um dos papéis da escola é permitir e incentivar a participação de pais, alunos, professores e demais membros da equipe e da comunidade em prol da qualidade na educação. O grande desafio da escola está em garantir um padrão de qualidade para todos e, ao mesmo tempo, respeitar a diversidade local, étnica, social e cultural. Por muito tempo, a Psicologia Escolar se resumiu a uma área específica para intervenção de crianças com problemas de aprendizagem e ajustamento escolar, deixando de lado aspectos como as metodologias de ensino, a participação da escola na comunidade e a interação entre professores e alunos, além de demais aspectos sociais da escola (LIBÂNEO, 1989). Esse enfoque estritamente psicológico ignora o ato educativo em sua totalidade e a influência das condições sociais e políticas nos comportamentos, transformando os problemas gerados pelas estruturas sociais e econômicas em reflexos exclusivos da subjetividade. O ambiente escolar O ambiente escolar é caracterizado pela constante avaliação, na qual a percepção subjetiva de situações avaliativas pode aumentar ou diminuir a autoestima do estudante, além de influenciar diretamente no desempenho escolar do indivíduo. Veja abaixo a diferença ato e espaço educativo no ambiente escolar: Ato educativo É um processo amplo que engloba fatores psicológicos, econômicos e sociais, que permitem à criança se constituir enquanto ser social, apropriada do conhecimento a partir de condições biológicas, sociais e psíquicas que são construídas com base na mediação entre indivíduo e sociedade. Espaço educativo É por si só um ambiente dinâmico e abrangente que é formado a partir de diferentes relações sociais, históricas e materiais que permitem a articulação das realidades subjetivas e objetivas dos sujeitos ali inseridos, considerando suas relações com a coletividade. Existem dispositivospróprios da relação pedagógica que englobam tanto mediações de natureza político-social quanto análise da experiência individual e até mesmo a eficácia da situação de ensino-aprendizagem. Por isso, as situações pedagógicas antecedem o ato educativo em si, uma vez que o papel da Psicologia Escolar é explicar problemas enfrentados em sala de aula resultantes de fatores estruturais mais amplos (LIBÂNEO, 1989). Entender o contexto psicológico dentro do pedagógico e ambos dentro do contexto social amplo significa assumir a posição de que a escola é, para os alunos, uma mediação entre determinantes gerais que caracterizam seus antecedentes sociais e o seu destino social de classe. Isso quer dizer que as finalidades da escola são, acima de tudo, sociais, seja no sentido de adaptação à sociedade vigente, seja no sentido de sua transformação. Saiba mais A experiência escolar deve ser baseada na experimentação dos diferentes objetos e interrelações sociais, pois a interação social promove o desenvolvimento cognitivo. Nesse sentido, a escola é uma instituição social com uma função igualmente social, devendo ser um espaço de convívio democrático que permita trocas de experiências sociais em um processo reflexivo aberto. Compreender os condicionantes sociais do ato pedagógico significa entender o aluno enquanto sujeito concreto, resultado de diversas determinações numa dimensão histórico-cultural do grupo social onde ele nasce. Portanto, uma Psicologia não individualista é voltada para as relações sociais nas quais as aptidões são determinadas por situações externas ao indivíduo. Qual é a relação entre a escola e a Psicologia Social? Instituição formativa O reconhecimento da escola enquanto instituição formativa permite observar a ação educativa dela enquanto instituição social e analisar o impacto das relações sociais nas manifestações da inteligência, do pensamento, da criticidade, da ética e dos valores no processo de apropriação da realidade como fenômeno sociocultural. Estudos realizados por Deutsch e Krauss (1960) indicam que ambientes escolares cooperativos aumentam o desempenho dos alunos, fortalecendo sua autoestima e interferindo em suas atrações interpessoais (RODRIGUES; ASSMAR; JABLONSKI, 2009). A escola possui então uma relação dialética entre indivíduo e sociedade, na qual é importante conseguir realizar esses processos de forma bem-sucedida e mantendo o vínculo com o todo social a partir da mediação entre a condição concreta do ser versus destinação social. A Psicologia Escolar Social deve ser permeada por ações transformadoras a partir de pensamentos críticos e criativos, relações interpessoais e convivências, tornando o bem-estar coletivo e individual como parte do seu dia a dia. Portanto, a escola deve contribuir com a formação do sujeito reflexivo ao oferecer à criança experiências que envolvam relações sociais interpessoais, cumprindo, assim, sua função socializadora. Ações inovadoras, transformadoras e significativas Sabemos que nossa percepção de outras pessoas é formada segundo nossos interesses, atitudes, conceitos e esquemas sociais. Como o ambiente escolar é repleto de interações sociais, é fundamental que o educador compreenda o fenômeno de percepção social, além dos esquemas sociais que influenciam nossas percepções. Como a Psicologia pode contribuir com ações inovadoras, transformadoras e significativas? A Psicologia Escolar Social é um campo de atuação que articula os aspectos individuais, sociais, institucionais e culturais dos indivíduos, equilibrando suas necessidades com a capacidade de produzir respostas para as demandas que surgem. Estudos conduzidos por psicólogos sociais indicam também que a atribuição de causalidade vista no módulo anterior também impacta o ambiente educacional, sendo que fracassos atribuídos a causas internas, estáveis e incontroláveis podem levar ao desânimo e à evasão, sendo a Psicologia Social essencial no processo de intervenção desses casos (RODRIGUES; ASSMAR; JABLONSKI, 2009). Por isso a Psicologia Escolar Social deve colaborar com o desenvolvimento de uma consciência crítica e transformadora, além da capacidade em lidar com problemas cotidianos. O desempenho dos estudantes Bases fundamentais de influência A influência social também pode ser chamada de “prova social”. Esse é um fenômeno psicológico no qual uma pessoa repete o comportamento de outra, usando esse comportamento como referência para definir-se e decidir como deve agir. Segundo Rodrigues, Assmar e Jablonski (2009), a influência social também pode ser utilizada no ambiente escolar de forma cooperativa, aumentando o desempenho de estudantes. Existem seis bases fundamentais de influência social para professores nos ambientes disciplinar, acadêmico, cooperativo e comunitário. São elas: Poder de recompensa É quando a influência é exercida pela possibilidade de se receber uma recompensa com a obediência (ex.: obedecer a alguém em troca de um prêmio possível). Poder de coerção É quando a influência é exercida pelo medo de se receber algum castigo caso seja desobedecido (ex.: obedecer a alguém por medo de apanhar). Poder de legitimidade É quando a influência é exercida em nome de valores sociais ou de tradição (ex.: obedecer às regras do chefe do grupo – escoteiros, religiosos etc.). Poder de referência É quando a influência acontece por meio de propaganda ou slogans (pode ser negativa ou positiva). Poder de conhecimento É quando a influência acontece com base no conhecimento (ex.: o médico que influencia a tomada de medicamentos). Poder de informação É quando a influência é exercida a partir da informação sobre o assunto (ex.: o vendedor que mostra informações importantes que convençam da qualidade de um produto). Em um exemplo dentro do contexto escolar, o professor exerce uma grande influência na sala de aula expressando sua filosofia, seus objetivos, sua organização, sua proposta curricular, sua forma didática de falar e usar os materiais pedagógicos, e até mesmo sua visão disciplinar sobre limites e deveres dos alunos. Estabelecer direitos e deveres de toda a comunidade escolar dentro dos aspectos disciplinares, acadêmicos, cooperativos e comunitários pode promover maior rendimento escolar e, de outra forma, a influência por coerção pode provocar maior desmotivação. O projeto do psicólogo deve se constituir a partir da criação de espaços de reflexão para a comunidade escolar (professores, alunos, pais, direção, funcionários) em centros educativos formais (escolas) e informais (ONGs, comunidades estruturadas, centros de atendimento a jovens etc.). (ALVES; SILVA, 2006, p. 195) Para isso, o professor deve estar amparado por uma base teórica para atuar enquanto produto e elemento produtivo nas relações sociais e realizar intervenções positivas na construção do saber social. Orientação e intervenção em conflitos Considera-se que a motivação causada por uma realização pode influenciar o desempenho dos estudantes e ainda ser considerada como resultado de características pessoais (menor ou maior valorização do bom desempenho), da probabilidade de sucesso percebida ou do valor positivo do sucesso. Essas características pessoais e motivacionais podem ser desenvolvidas pelo professor a partir de algumas técnicas, são elas: discussões de histórias com avaliação de categorias de realização em imagens; biografia de pessoas de sucesso; entrevista com pessoas populares famosas e discussão de planos vocacionais para o futuro (RODRIGUES; ASSMAR; JABLONSKI, 2009). Um exemplo de gerenciamento de conflito é uma ação pedagógica com alunos de ensino superior de Psicologia que foram orientados a seguir o roteiro com liberdade para acrescentar ou adaptar informações ao contexto de uma disciplina. Durante toda a disciplina, foi destacada a importância de os alunos desenvolverem suaautonomia e o pensamento criativo. Todas as avaliações, com exceção da prova final, bem como a dinâmica das aulas e até mesmo algumas bibliografias, foram definidas a partir de decisões da turma com o professor. Essa postura do professor não foi livre de conflitos, uma vez que muitos alunos manifestaram angústia diante das dificuldades de se definir democraticamente os processos avaliativos. A discordância entre os alunos não foi algo com que a turma lidou com facilidade. Dessa forma, o professor é fundamental para orientação e intervenção em conflitos, desenvolvimento de habilidades e manutenção de referências sociais que se expressam de diversas maneiras no ambiente escolar, aumentando o espaço de comunicação de conteúdos históricos, políticos e culturais dos diferentes grupos de convívio escolar (SANT'ANA, 2005). Do mesmo modo, dentro das organizações, um funcionário pode ser impactado em uma empresa e ser afetado na sua satisfação e motivação no trabalho e nos relacionamentos pessoais, prejudicando a sinergia de uma equipe. Os líderes das equipes e o RH podem usar estratégicas de intervenção e gerenciamento de conflito. Uma dessas ações educativas empresariais são as universidades corporativas, que capacitam os funcionários antigos, alinhando o serviço com novos colaboradores, aproximando gerações e setores de trabalho, retomando a motivação e a produtividade, engajando a equipe e criando um ambiente de compartilhamento de conhecimento. Essa ação de capacitação também é uma ação de prevenção de conflitos e gerenciamento de interesses. Chegamos ao final deste módulo! Aqui pudemos conhecer todos os aspectos da educação sob o enfoque da Psicologia Social e compreender as práticas educacionais rumo ao desenvolvimento do protagonismo estudantil e corporativo. Que as informações deste módulo se transformem em conhecimento significativo e auxiliem você em sua atuação profissional futura! Teoria das representações sociais Princípios teóricos Origens da teoria das representações sociais Processo de ancoragem Exemplo Processo de objetivação Exemplo Funções e abordagens Universos reificados e consensuais Universo reificado Universo consensual Funções das representações sociais Teoria do núcleo central Possibilitar o ajuste de grupos e indivíduos a certas situações Proteger a estabilidade do núcleo central Estudos sobre família Origem e constituição histórica da família Etimologia de família Família: uma instituição social O papel da família Diferentes concepções de família Novos arranjos familiares Psicologia Social e saúde Visão histórico-social do indivíduo e participação social Relação entre Psicologia Social e saúde Saiba mais Histórico da Psicologia Social na saúde Curiosidade Reforma psiquiátrica brasileira e o SUS Atenção integral e universal à saúde Saiba mais SUS: Diretrizes para a saúde mental na atenção básica Aplicações da Psicologia Social à saúde Atribuição de causalidade e os estilos explanatórios Saiba mais Mudança de hábitos prejudiciais à saúde Saiba mais Psicologia Social e escola A experiência escolar Caracterização da Psicologia Escolar O ambiente escolar Ato educativo Espaço educativo Saiba mais Qual é a relação entre a escola e a Psicologia Social? Instituição formativa Ações inovadoras, transformadoras e significativas O desempenho dos estudantes Bases fundamentais de influência Orientação e intervenção em conflitos
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