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APOSTILA DE LIVROS HISTORICOS UNINFOP-2018

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STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 1 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
 
CRONOLOGIA BÍBLICA...............................................03 
PRINCIPAIS EVENTOS VELHO TESTAMENTO.......06 
JOSUÉ..............................................................................13 
JUÍZES ............................................................................. 19 
RUTE ................................................................................ 24 
OS LIVROS DE SAMUEL .............................................. 27 
LIVROS REIS E CRÔNICAS ........................................ 42 
ESDRAS E NEEMIAS ..................................................... 63 
ESTER .............................................................................. 76 
EPÍLOGO.......................................................................... 82 
BIBLIOGRAFIA............................................................... 86 
 
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STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 3 
CRONOLOGIA DOS PERÍODOS HISTÓRICOS DA 
BÍBLIA E HISTÓRIA UNIVERSAL 
CONTEMPORÂNEA 
1. Período Antediluviano: 
 
1656 anos (Gn caps. 2-6) Tempo: de Adão (4004 a.C.) ao Dilúvio (2348 
a.C.) Adão criado em 4004 a.C. O Dilúvio ocorreu em 2348 a.C. Nesse 
período, Babilônia - berço da raça humana - atinge elevado grau de 
civilização. Primeira dinastia de Ur: 2800-2400 a.C. Ur era cidade-reino 
predominante na época, no mundo então conhecido. Era a cidade de 
Abraão. Foi depois eclipsada pela cidade de Babilônia. Reinos do Alto e 
Baixo Egito. Menes 
unifica o Egito: 2900 a.C. Cidades-estados sumerianas. 
 
2. Período do Dilúvio d Dispersão das Raças: 100 anos (Gn caps. 7-11). 
 
Tempo: 2348-2248 a.C. 
Nascimento de Abraão: 1996 a.C. 
De Adão a Abraão: 2008 anos 
Sem (filho de Noé) viveu 98 anos até o Dilúvio, e mais 502 após. Foi um 
traço de união entre as gerações posteriores ao Dilúvio. 
 
3. Período dos Patriarcas: 430 anos (Gn cap. 12 a Êx cap. 12) 
Tempo: da chamada de Abraão ao Êxodo (1921-1491 a.C.) 
Chamada de Abraão: 1921 a.C. 
Do Dilúvio à chamada de Abraão: 427 anos (2348-1921 a.C.) 
As provações de Jó: cerca de 1845 a.C. Nascimento de José: 1800 a.C. 
Imigração de Jacó e sua família para o Egito: cerca de 1706 a.C. 
Nascimento de Moisés: 1571 a.C. Permanência de Israel no Egito: cerca de 
400 anos. 
Período da escravidão no Egito: cerca de 100 anos. Egito - 1? império 
mundial: 1600-1200 (18? e 19? dinastias). 
Êxodo dos Israelitas: 1491 a.C. Outro cômputo dá 1450 a.C. 
 
4. Período da Jornada no Deserto e Conquista de Canaã: 46 anos (Êx cap. 
13 a Js cap. 24). 
Tempo: do Êxodo à conquista de Canaã (1491-1445 a.C.) 
Peregrinação no deserto: 40 anos (Nm 10.11 com Dt 2.14). 
Passagem do Jordão: 1451 a.C. 
Conquista de Canaã: 6 anos (1451-1445 a.C.) 
Apogeu do Império Hitita: 1400 a.C. 
Projeção dos gregos e colonização da Ásia Menor por eles. 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 4 
 
5. Período da Teocracia: 345 anos (Jz cap. 1 a 1 Sm cap. 10) (Ver Juizes 
11.26.) 
Tempo: época dos Juizes até Samuel (1445-1100 a.C.) 
Ministério de Samuel: 1100-1053 a.C. - cerca de 47 anos. 
Egito: centro de cultura geral. 
Projeção da Grécia. Destruição de Tróia: 1184 a.C. 
Os navegantes exploradores fenícios chegam a Gibraltar: 1100 a.C. 
Até aqui, a cronologia é por demais incerta. A época dos Juizes é uma das 
piores. (A partir do período seguinte, a História já fornece dados mais 
seguros para cálculos). 
 
6. Período do Reino Unido ou Monarquia: 120 anos (1 Sm cap. 11 a 2 Cr 
cap. 9). 
Tempo: de Saul (1053) a Salomão (933 a.C.) 
Saul: 1053-1013, reinado de 40 anos (At 13.21). 
Davi: 1013-973, reinado de 40 anos (II Sm 5.4). 
Salomão: 973-933, reinado de 40 anos (I Rãs 11.42). 
Assíria - império mundial: 900-607 a.C. 
 
7. Período do Reino Dividido: 347 anos (I Rs 12 a 2 Cr 36) 
Tempo: de Roboão (933) a Zedequias (586 a.C.) 
Reino do Norte (Israel) durou mais de 200 anos (933-721 a.C.) 
Reino do Sul (Judá) durou mais de 300 anos (933-586 a.C.) 
Início do cativeiro do Reino do Norte (Galileia): 734 a.C. 
Cativeiro total do Reino do Norte: 721 a.C. 
Início do cativeiro de Judá: 606 a.C. 1ª leva de cativos, inclusive Daniel. 
(Ver II Crônicas 36.6,7 com Daniel 1.1-3.) 
Templo saqueado. Jeoaquim subjugado. 
Segunda leva de cativos de Judá: 597 a.C. Nesta leva foi o profeta 
Ezequiel, o rei Jeoaquim e 10.000 homens escolhidos (II Rs 24.14-16). 
Mais tesouros do templo foram levados. Terceira leva de cativos: 586 a.C. 
Desta vez Nabucodonosor destruiu Jerusalém e. 
incendiou o templo, levando entre os cativos o rei Zedequias (2 Rs 25.8-12; 
Jr 52.28-30). 
Roma é fundada em 753 a.C. 
Os fenícios dão volta à África em 600 a.C. 
Faraó Neco II tenta construir um canal ligando o mar Vermelho ao 
Mediterrâneo utilizando 120.000 homens. 
(Fato concretizado no Canal de Suez, no século passado.) 
A Pérsia esmaga o Egito: 525 a.C. 
Projeção dos estados gregos - Atenas e Esparta. 
 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 5 
8. Período do Cativeiro e Restauração: 174 anos (2 Cr 36 a Ne 13). 
Tempo: da primeira leva de cativos de Judá por Babilônia (606 a.C.), ao 
final do registro da história bíblica (cerca de 430 a.C.) 
Cativeiro: 70 anos. 
Restauração: 104 anos. 
Decreto de Ciro para a volta dos judeus do cativeiro: 536 a.C. 
Reconstrução do templo: 536-516 a.C. (20 anos) 
Deposição de Vasti: 482 a.C. 
Ester, rainha da Pérsia: 478 a.C. 
Ageu e Zacarias - profetas da restauração: 520 a.C. em diante 
Esdras chega à província de Judá como sacerdote: 457 a.C. 
Neemias nomeado governador: 445 a.C. Reedifica os muros e a cidade de 
Jerusalém, em 444. Volta à Pérsia em 434. Retorna a Jerusalém em 432 
a.C. (Ne 13.6). 
 
9. Período Inter bíblico: cerca de 400 anos (De Neemias ao início da Era 
Cristã). 
Impérios dominantes: o Persa: 536-330; o Grego: 330-146; O Romano: 146 
a.C. a 476 d.C. 
 
Resumo geral da cronologia do Antigo Testamento: 
 
4004-2400 a.C Mundo antediluviano................. 
...............cerca de 1600 anos 
2400-2000 a.C Do Dilúvio a Abraão 400 anos 
2000-1800 a.C Patriarcas: Abraão, Isaque e Jacó........... 200 anos 
1800-1400 a.C Israel no Egito......... 400 anos 
1400-1100 a.C Período dos Juizes... 300 anos 
1053-933 a.C A Monarquia Israelita (Saul, Davi e Salomão) ... 120 anos 
933-586 a.C O Reino Dividido..... 350 anos 
606-536 a.C O Cativeiro.............. 70 anos 
536-432 a.C. Restauração da nação israelita............. 100 anos 
 
 
 
 
 
 
 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 6 
PRINCIPAIS EVENTOS DO VELHO TESTAMENTO 
ORDEM CRONOLÓGICA DOS EVENTOS BÁSICOS DO VELHO TESTAMENTO 
Evento Referência Bíblica Data 
Criação de todas as coisas Gn. 1:31-2:4; Êxodo 20:8-
11 
3892 
a.C. 
Morte de 
Adão 
Gn. 
5:5 
2962 
a.C. 
Nascimento de Noé Gn. 5:28-
29 
2836 
a.C. 
Dilúvio Gn. 6 e 
7 
2236 
a.C. 
Arca ! saída1 ano e 10 dias depois do dilúvio Gn. 7:11-13; 8:14-
18 
2235 
a.C. 
Nascimento de Abraão Gn. 11:10-
26 
1944 
a.C. 
Morte de Noé Gn. 9:28, 
29 
1886 
a.C. 
Abrão parte de Harã Gn. 12:1-
4 
1874 
a.C. 
Nascimento de Isaque Gn. 
21:5 
1849 
a.C. 
Nascimento de Jacó Gn. 
25:26 
1789 
a.C. 
Jacó vai para o 
Egito 
Gn. 
47:9 
1659 
a.C. 
Nota: O período de tempo do início da peregrinação de Abrão (Gn. 12:1) até a entrada de 
Jacó no Egito (Gn. 46:26-27) é de 215 anos. O tempo de Israel na escravidão egípcia é de 
215 anos, perfazendo o total de 430 anos. Compare Êxodo 12:40-41 a Gálatas 3:16-17. 
Êxodo de Israel do Egito Êxodo 13:17-22 1444 a.C. 
Morte de Moisés Dt. 34:1-12 1404 a.C. 
Israel entra na terra prometida com Josué Js. 3:1-17 1404 a.C. 
Morte de Josué e começo do período dos 
juízes 
 
Js. 24:29 
 
1382 a.C. 
O primeiro juiz, Otniel Juízes 3:9 1361 a.C. 
 
O período dos juízes estende-se da morte de Josué à unção de Saul e cobre cerca de 332 
anos. 
 
Saul ungiu o primeiro rei de Israel I Samuel 10:1 1050 a.C. 
A rejeição de Saul proclamada I Samuel 15:22-23 1034 a.C. 
Davi ungido por Samuel I Samuel 16:12-13 1018 a.C. 
Saul é morto, Davi reina sobre Judá II Samuel 2:5-11 1011 a.C. 
Davi começa a reinar sobre Israel II Samuel 5:1-5 1004 a.C. 
Salomão começa a reinar I Rs. 2:1-12 971 a.C. 
 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 7 
Salomão morreu em 931 a.C. e o reino foi dividido em Israel (o Reino do Norte) e Judá (o 
Reino do Sul). A seguir, cronologia de Reis, Profetas e eventos principais pertencentes a seus 
respectivos reinos. 
 
Nota: O asterisco * significa Reis participando em reinos concomitantes. 
 
Referência Bíblica Reis no Judá Reis no 
Israel 
Data 
I Reis 11:43 Roboão 931 a.C. 
 
I Reis 11:28 Jeroboão 931 a.C. 
 
I Reis 14:31 Abias 913 a.C. 
I Reis 15:8-24 *Asa 911 a.C. 
I Reis 15:25 Nadabe 910 a.C. 
I Reis 15:16-22 Baasa 909 a.C. 
 
I Reis 16:6 Elá 886 a.C. 
I Reis 16:15 Zinri 885 a.C. 
 *Tibni 885 a.C. 
I Reis 16:16 Onri 885 a.C. 
I Reis 16:29 Acabe 884 a.C. 
 
I Reis 15:24 *Jeosafá 873 a.C. 
II Reis 8:16 *Jeorão 853 a.C. 
I Reis 22:51 Acazias 853 a.C. 
II Reis 1:17 Joroão 852 a.C. 
 
II Reis 8:25 Acazias 841 a.C. 
II Reis 11:1 Atalia 841 a.C. 
II Reis 10:36 Jeú 841 a.C. 
 
II Reis 11:21 Jeoás 835 a.C. 
 
II Reis 10:35 Jeoacaz 814 a.C. 
 
II Reis 13:10 *Jeoás 798 a.C. 
 
II Reis 14:1 *Amazias 796 a.C. 
II Reis 14:23 *Uzias * 
Jeroboão 
II 
793 a.C. 
 
II Reis 15:5 *Jotã 750 a.C. 
II Reis 15:8 Zacarias 753 a.C. 
 
II Reis 15:38 *Acaz 735 a.C. 
 
 
 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 8 
Data Profetas em Judá Profetas em Israel Principais Eventos na História Contemporânea 
931 a.C. Sisaque, rei do Egito, saqueou Jerusalém (I 
Reis 14:25-26) 
 
931 a.C. Jeroboão corrompe a religião de Moisés, funda 
um relicário em Dã e Betel (I Reis 12:26-29) 
 
913 a.C. O reino Aramean de Damasco (Síria) 
expande-se. 
911 a.C. 
910 a.C. 
909 a.C. Ben-Hadade I de Damasco (Síria) faz aliança 
com Asa; Baasa resiste (I Rei 15:16-22) 
 
886 a.C. 
885 a.C. 
885 a.C. 
885 a.C. 
884 a.C. Elias Ben-Hadade I (Síria) conduz três campanhas 
mal sucedidas contra Acabe 
 
873 a.C. Assíria levanta-se sob Asurbanipal II (883-859 
a.C.) 
853 a.C. Salmaneser III da Assíria registra vitórias 
sucessivas contra Síria (854-849 a.C.) 
 
853 a.C. 
852 a.C. Eliseu Samaria é sitiada por Ben-Hadade I da Síra (II 
Reis 6:24-25) 
 
841 a.C. 
841 a.C. 
841 a.C. Jeú submete-se ao rei Assírio invasor, 
Salmaneser III (841 a.C.) 
 
835 a.C. Jeoás paga tributo a Hazel, rei da Síria, com os 
tesouros do Templo (II Reis 12:17-18) 
 
814 a.C. Jeoacaz é derrotado pelo rei Sírio, Ben-Hadade 
II (II Reis 13:3) 
 
798 a.C. Jeoás tem três vitórias sucessivas sobre o 
exército Sírio (II Reis 13:17) 
 
796 a.C. O Império Assírio começa a declinar 
793 a.C. Amós Jeroboão salva o Reino do Norte da opressão 
síria (II Reis 13:4; 14:26-27) 
 
750 a.C. 
753 a.C. Tiglath Pileser III da Assíria conquista a Síria 
e a Palestina (745-727 a.C.) 
 
735 a.C. Isaías Acaz obtém ajuda de Tiglath Pileser IIIpara 
libertar Judá da Síria invasora; esse ato inicia o 
período de tributos pagos para a Assíria. 
 
 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 9 
Referencia Bíblica Reis no Judá Reis no Israel Data 
II Reis 15:13 Salum 752 a.C. 
II Reis 15:17 *Menaém 752 a.C. 
II Reis 15:23 *Pecaías 742 a.C. 
II Reis 15:27 *Peca 740 a.C. 
 
II Reis 17:1 Hoséias 732 a.C. 
II Reis 18:9 722 a.C. 
II Reis 18:1 *Ezequias 715 a.C. 
II Reis 21:1 *Manasses 686 a.C. 
II Reis 21:18 Amon 642 a.C. 
II Reis 22:1 Josias 640 a.C. 
II Reis 23:31 Joacaz 609 a.C. 
 (Salum) 
II Reis 23:34 Jeoiaquim 609 a.C. 
 (Eliaquim) 
II Reis 24:8 Joaquim 597 a.C. 
 (Conias) 
II Reis 24:18 Zedequias 597 a.C. 
 (Matanias) 
II Reis 25:1-21 586 a.C. 
Daniel 5:31 539 a.C. 
II Crônicas 36:22-23 538 a.C. 
Esdras 1:2-3 
Esdras 6:3 536 a.C. 
Ageu 1:1-15 520 a.C. 
 516 a.C. 
 476 a.C. 
Neemias 2:1-10 445 a.C. 
Malaquias 1:8 ?400 a.C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 10 
 
Data Profeta em Judá Profeta em Israel Eventos Principais na História 
Contemporânea 
752 a.C. 
752 a.C. Oséias 
742 a.C. Miquéias A Síria captura Trans-Jordania e 
Galilea (742-740 a.C.) 
740 a.C. Damasco (Síria) cai a Salmaneser V 
o rei da Assíria (732 a.C.) 
732 a.C. 
722 a.C. Sargom II o rei Assírio toma 
Samaria 
 
******* ************** ************** O FIM DO REINO DO NORTE 
715 a.C. 
686 a.C. Manassés é tomado cativo por Esar-
Hadom o rei Assírio, solto depois (II 
Crônicas 33.11) 
642 a.C. Esar-Hadom toma Egito. Influência 
Assíria aumenta (681-669 a.C.) 
640 a.C. Naum, Sofonias, 
Jeremias 
 
609 a.C. Jeremias Período de influência egípcia com 
Faraó Neco (II Reis 23.33) 
609 a.C. Jeremias Judá sob tributo de Faraó Neco (II Reis 
23.35) 
597 a.C. Jeremias Período de influência neo-Babilônia ! 
batalha de Carquemis (605 a.C.) 
597 a.C. Jeremias, Ezequias, 
Daniel 
 
586 a.C. Nabocodonosor toma Jerusalém 
******* ************** ************** O FIM DO REINO DO SUL 
539 a.C. Dario o general medo-pérsia toma 
Babilônia. O colapso do império 
Babilônia 
538 a.C. O edito de Ciro, o medo-pérsia, 
acerca da restauração dos judeus 
536 a.C. O retorno do remanescente e a 
reconstrução do Templo 
520 a.C. Ageu A reconstrução do Templo retomada 
516 a.C. Zacarias O Templo terminado 
476 a.C. O livro de Ester 
445 a.C. Neemias retorna para reerguer os 
muros 
400 a.C. Malaquias Jerusalém com governo pérsio 
MAIS DO QUE 400 ANOS SILENCIOSOS ATÉ O NASCIMENTO DE CRISTO 
 
 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 11 
LIVROS HISTÓRICOS I & II – A.T 
 
 
Os Históricos constituem a segunda divisão do Antigo Testamento, que 
começa com Josué e termina com Ester. Chamam-se livros históricos, porque emseu conteúdo predomina a história do povo hebreu. Estes livros narram à conquista 
de Canaã e o estabelecimento de Israel nesses pais, seu posterior florescimento, 
decadência e queda, relatam também os cativeiros e a restauração do povo na 
Palestina. 
Abrange aproximadamente um período de 800 a 1000 anos: desde a invasão 
efetuada por Josué no século XV A.C., até Neemias, em meados do século V a C. 
 
 1. IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA SAGRADA. 
 
A Bíblia ficaria incompreensível se não tivéssemos o relato histórico de 
Israel. Este complementa a história contida no Pentateuco e torna compreensíveis 
alguns Salmos e livros proféticos. Também ilumina verdades neo-testamentárias. 
Por exemplo, Jesus de Nazaré comparou-se a si mesmo com os profetas Elias e 
Eliseu, os quais ministraram a pagãos, pois seus próprios cidadãos eram indignos. 
Desta forma ele chama a atenção para o fato de que um profeta é rejeitado em seu 
próprio país (Lucas 4:24-27). 
A história sagrada ensina além das lições morais e espirituais. Em Hebreus 
menciona no décimo primeiro capítulo alguns dos heróis do Antigo Testamento 
como exemplos que inspiram fé nos leitores. 
 
 2. O PONTO DE VISTA PROFÉTICO DOS HISTORIADORES 
INSPIRADOS 
 
Os livros de Josué, Juizes, Samuel e Reis, são chamados de “profetas 
anteriores” na Bíblia hebraica, em contraposição aos “profetas posteriores”: Isaías, 
Jeremias, Ezequiel e os doze profetas menores. Os demais livros históricos, 
Crônicas, Esdras, Neemias e Ester, são encontrados em um grupo chamado 
“escritos” pelos hebreus. Neste grupo se acha também o livro de Daniel. Porque 
são chamados “proféticos” os livros que nós chamamos históricos? Há duas razões 
possíveis. Em primeiro lugar, a tradição hebraica atribui a “profetas” a composição 
destes livros. Em segundo lugar, o objetivo principal dos escritores não é tanto 
ensinar a história de Israel tal como ela foi, a sim “a forma pela qual a mensagem 
de Deus entrou na vida da nação.” Ou seja, os historiadores cristãos escreveram 
sempre guiados por um fim doutrinário, e inspirados na lei e nos profetas. 
Apresentam a história de Israel desde o ponto de vista profético. 
Os profetas não se limitavam a predizer o futuro, mas declaravam aos seus 
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 12 
contemporâneos o que Deus exigia de seu povo, e interpretavam o passado, o 
presente e o futuro à luz dos propósitos divinos. Revelavam o significado religioso 
dos acontecimentos e das situações de sua época. Assim como os profetas, os 
escritores dos livros históricos se interessavam mais em interpretar a história que 
em registrá-la. Sua motivação era dar ensinamento e edificação aos seus leitores. 
O conceito do pacto entre Jeová e Israel forma a base da mensagem 
profética. Israel ligou-se a Jeová mediante a aliança do Sinai, e como era seu povo, 
devia-lhe absoluta lealdade. Devido à eleição feita por Deus, seu governo, sua 
onipotência, graça e zelo consumidor, os israelitas haviam de obdecê-lo com total 
submissão. Deus tinha dado ao seu povo a terra de Canaã, mas não como um 
presente incondicional. A grande profecia de Deuteronômio 28 ensina que se os 
israelitas não servissem fielmente a Deus, este os tiraria de Canaã. Portanto, os 
profetas e em seguida os historiadores inspirados, insistiam em um tema principal: 
A FIDELIDADE A JEOVÁ É PORTADORA DE BENÇÃO, 
ENQUANTO QUE A INFIDELIDADE PRODUZ CONSEQUÊNCIAS 
FUNESTAS. Os livros históricos registram como se cumpriu ao pé da letra a 
mensagem profética. Os repetidos fracassos de Israel narrados nesses livros 
demonstram claramente quão impossível era a Lei para efetuar a verdadeira 
salvação. Necessitava-se de um Redentor Divino. 
 
 3. A TERRA DA PALESTINA 
 
Porque a Palestina é tão importante? Ali não se desenvolveu nenhuma 
civilização brilhante, tampouco ela teve poderio militar. Sua importância se apóia 
principalmente no fato de que foi o cenário da revelação de Deus. Desde a 
chamada de Abraão, a história bíblica se desenvolve em sua maior parte na terra da 
Palestina. Ali viveu a maioria dos escritores inspirados que escreveram a Bíblia; a 
monarquia hebraica veio a ser o modelo do reino futuro, e as muitas quedas da 
nação e seus subseqüentes castigos mostram a santidade e a justiça de Deus; as 
intervenções divinas nas crises espantosas de Israel revelam a fidelidade de Jeová e 
o seu incansável empenho em preparar um povo para receber o seu Filho; e ali o 
Verbo eterno nasceu, ministrou, foi crucificado e ressuscitou dentre os mortos. 
Portanto, a Palestina é um território incomparavelmente sagrado e importante. 
O nome Palestina provém do grego, e significa Filistia, “a terra dos filisteus”. 
chama-se também Canaã porque seu povo original era descendente de Canaã, neto 
de Noé. Situada entre a antiga civilização do Egito e as grandes civilizações da 
Mesopotâmia, a Palestina forma uma ponte natural entre a Ásia, a África e a 
Europa; uma ponte com o deserto por um lado e o mar Mediterrâneo pelo outro. 
Portanto, ela tem sido o caminho do comércio e a rota dos invasores que entraram 
por seus extremos norte ou sul. Ficava sujeita em regra geral, aos países mais 
fortes. Porém, nessa situação se destaca o desígnio divino de colocar o povo 
hebreu em centro geográfico onde ele pudesse exercer a maior influência religiosa 
possível no mundo antigo. 
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 13 
A Palestina é um país pequeno. Estende-se somente por uns duzentos e 
quarenta quilômetros desde Dá até Bereba, os pontos extremos norte e sul 
respectivamente. Na sua largura, desde Gaza até o mar Morto, mede uns noventa 
quilômetros e se estreita até uns quarenta e cinco quilômetros na altura do mar da 
Galileia. Sua área é de vinte e seis mil quilômetros quadrados, menor que o estado 
de Sergipe. 
O vale do Jordão: É a grande falha geológica que se estende desde as 
cordilheiras do Líbano e antilíbano, até o deserto de Arabá. O vale do Jordão se 
encontra entre o mar da Galileia e o mar Morto. Nessa região o calor é intenso e a 
vegetação depende principalmente da umidade do rio. 
O vale do Jordão tem uma largura de seis quilômetros ao nível do mar da 
Galileia. Seu solo “é entrecortado de riscos de argila cinzenta, e veem-se nele 
inumeráveis figuras de forma fantástica, que imprimem aquele lugar um ar um 
tanto triste e desolador.” 
O nome do rio Jordão é muito apropriado. Significa “o que desce”. Suas três 
fontes se encontram nas proximidades do monte Hermon. 
 
 
JOSUÉ 
 
1.Titulo e protagonista. O livro de Josué recebe o nome do grande general 
Josué, não porque ele seja considerado o autor de todo o livro, mas sim porque ele 
figura como personagem principal. Seu nome significa “Jeová é salvação” ou 
“Jeová salva”, e sua forma grega é “Jesus”. No Pentateuco ele se apresenta como o 
ajudante de Moisés (Êxodo 33:11), e seu assistente na guerra de Refidim com 
Amaleque (Êxodo 17:9). Ali ele demonstrou sua destreza como comandante 
militar derrotando aquela tribo aguerrida de salteadores. 
Era um homem de grande fé, firmeza de caráter e corajoso, pois juntos com 
Calebe deu uma boa informação sobre Canaã baseada no que havia visto como 
espião. Diante da oposição dos outros dez espiões, confirmou que mediante a 
ajuda de Deus os israelitas seriam capazes de conquistar a terra (Números 14:6-9). 
Esteve sempre unido a Moisés na liderança do seu povo. Não é de se estranhar que 
tenha sido eleito para suceder Moisés como líder dos hebreus (Números 27:15-23). 
Mesmo que tenha sido um homem de grandes qualidades naturais, por preparação 
e por experiência, sua suprema qualidade consistiu em ser “homem em que há o 
Espírito” (Números 27:18), ou seja, um homem investido do Espírito Santo. 
Por ser um dos sobreviventes do êxodo do Egito, Josué era já um homem 
ancião quando invadiu Canaã. Havia presenciado as pragas do Egito, a travessia 
do mar Vermelho,os grandes milagres de Deus e as falhas de Israel no deserto. 
Conhecia tanto o poder divino como as fraquezas humanas. 
Como Moisés, ele gozava também da comunhão com Deus (Josué 1:1-
9;5:13-15). Porém, não pode ser comparado com o grande libertador. Mais que um 
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 14 
pensador, era um homem de ação. Sua tarefa não foi legislar, receber revelações 
sublimes nem desenvolver conceitos morais e teológicos. Era muito mais um 
homem prático, um soldado fiel que tinha um só trabalho, o de conquistar. 
2. Autor e data. Os eruditos liberais consideram que o livro de Josué é um 
prolongamento do Pentateuco; assim se formaria o “Hexateuco”, ou seja, uma 
unidade literária formada por seis livros. 
 
A CONQUISTA 
 
Acampado em Gilgal, o povo de Israel foi preparado para viver em Canaã, 
como nação escolhida por Deus. Durante quarenta anos, enquanto a geração 
incrédula morria no deserto, a circuncisão, que servia de sinal de relação de pacto 
(Gn 17:1-27), não fora observada. Por meio desse rito, a nova geração foi 
dolorosamente relembrada do pacto e da promessa de Deus de que os introduziria 
na terra que “fluía leite e mel”. A entrada na terra também foi assinalada pela 
observância da Páscoa e pala cessação da provisão do maná. O povo remido, 
doravante, consumiria os frutos da terra. 
O próprio Josué fora preparado para a conquista, mediante uma experiência 
similar àquela que tivera Moisés, quando Deus o convocou (Êx 3). Mediante uma 
teofania, Deus insuflou em Josué a consciência de que a conquista da terra não 
dependia somente dele, mas que ele fora divinamente comissionado e dotado. 
Embora fosse o líder responsável por Israel, Josué era apenas um servo, sujeito ao 
comandante do exército do Senhor (Jr. 5:13-15). 
A conquista de Jericó foi uma vitória que serviu de exemplo. Israel não 
atacou a cidade de acordo com a estratégia militar regular, mas simplesmente 
seguiu as instruções dadas pelo Senhor. Uma vez por dia, durante seis dias, os 
israelitas marcharam ao redor da cidade. No sétimo dia, quando marcharam ao 
redor das muralhas por sete vezes, estas ruíram, e eles puderam entrar e tomar 
conta da cidade. Mas aos israelitas não foi permitido se apropriarem de qualquer 
parte dos despojos. Aquilo que não foi destruído – objetos metálicos – foi 
depositado no tesouro do Senhor. Excetuando Raabe e a casa de seu pai, os 
habitantes de Jericó foram extintos. 
A miraculosa conquista de Jericó foi demonstração convincente, para os 
israelitas, de que seus inimigos poderiam ser dominados. Aí era o próximo alvo a 
ser conquistado. Seguindo o conselho de sua dupla de reconhecimento Josué 
enviou um exército de três mil homens, que sofreram severa derrota. Uma 
investigação regada de oração, feita por Josué e pelos anciãos revelou o fato que 
Acã pecara durante a conquista de Jericó, ao apropriar-se de uma atrativa capa de 
origem mesopotâmica, além de alguma prata e ouro. Devido a seu deliberado ato 
de desafio contra a ordem de devotar todos os despojos ao Senhor. Acã e sua casa 
foram apedrejados no vale de Acor. 
Sendo-lhe garantido o sucesso, Josué renovou seus planos para conquistar 
Aí. De modo contrário ao procedimento anterior, os israelitas poderiam apossar-se 
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 15 
do gado vivo e de outras propriedades transportáveis. As forças inimigas foram 
atraídas ao campo aberto, para que os trinta mil homens que haviam sido postados 
à noite por detrás da cidade, pudessem atacar Aí pela retaguarda, a fim de 
incendiá-la. Os defensores foram aniquilados, seu rei foi enforcado, e o sítio foi 
reduzido a escombros. 
 
3. Acampamento em Gilgal (Josué 5). Daí em diante Gilgal serviu como 
base de operação para o exército hebreu. Os israelitas saíram de Gilgal para tornar 
as fortalezas de Jericó e de Aí. Os gibeonitas foram a Gilbal para efetuar uma 
aliança (9:6) e daí Josué marchou para enfrentar uma coligação do norte (10:43-
11:7). Enquanto os exércitos, combatiam, suas famílias viviam ali. A palavra 
Gilgal significa “circulo” ou “roda”, pois provavelmente teria sido um circulo de 
pedras que serviria para propósitos religiosos. 
 
4. A Aliança com os gibeonitas (9). As notícias da destruição de Jericó e de 
Aí produziram duas reações: por um lado a oposição se endureceu e se organizou 
para resistir a invasão; por outro, alguns dos habitantes vendo perdida a causa de 
Canaã, procuram sujeitar-se aos israelitas. Mas Jeová havia proibido que os 
israelitas fizessem aliança com os cananeus (Êxodo 23:32;34:12;Deuteronômio 
7:2).Por que os israelitas foram enganados pelos gibeonitas?” Não consultaram a 
Jeová” (9:14).Eles tinham desviado os seus olhos de Deus e prestada atenção às 
aparências externas. 
Apesar do engano dos gibeonitas, os israelitas cumpriram com sua parte da 
aliança, porque “haviam jurado por Jeová” (9:19). Séculos depois a família de Saul 
foi castigada pelo mandamento de Deus, porque Saul havia matado alguns dos 
gibionitas (2 Samuel 21:1-14). Isto demonstra quão sagrados eram os juramentos 
naqueles dias. 
A maldição de Josué contra os gibionitas transformou-se em uma benção, 
pois eles foram condenados a servirem perpetuamente como escravos na casa de 
Deus e perante o altar, “no lugar onde Jeová escolhesse” (9:27). Puderam 
experimentar a alegria expressada pelo salmista Davi: “Bem-aventurado o que 
habita em sua casa” (Salmo 84:4), pois o tabernáculo foi colocado em Gibeom 
(2Crônicas 1:3). Muitos séculos depois, quando os sacerdotes e os levitas foram 
infiéis, Deus os substituiu pelos gibionitas (Esdras 2:43;8:20). 
 
 
 
 
 
 
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 16 
PARTILHA DE CANAÃ 
(JOSUÉ 13-21) 
 
A primeira grande obra de Josué foi a conquista de Canaã, a segunda foi a 
repartição da terra entre as tribos. Como advertira que ficava “ainda muita terra por 
possuir”, ele incentivou as tribos a completarem a conquista de suas regiões 
respectivas. 
As guerras não limparam Canaã de todos os seus habitantes, nem tomaram 
todas as cidades. O território que os pagãos ainda ocupavam estava em sua maior 
parte ao sul e ao norte. Na planície de Sefelá faltava dominar os filisteus. A cidade 
dos Jebuseus, Jerusalém, não foi tomada permanentemente até a época de Davi (2 
Samuel 5:6-10). Josué tampouco conquistou certas cidades fortes, tais como Gezer 
e Megido, provavelmente porque não quis colocá-las em prolongado cerco. Não 
obstante, ficaram isoladas pelas guerras. A terra descansou das guerras (11:23) no 
sentido de que não era necessário fazer guerras maiores. Agora, cada tribo ficava 
com a tarefa de subjugar gradativamente o restante dos Cananeus no território que 
lhes haviam correspondido na partilha. 
 
1.Confirmação do território das tribos da transjordânia (Josué 13:8-
14:5). Quando os israelitas, sob o comando de Moisés, conquistaram a região 
situada a leste do Jordão, os Rubenitas, junto com Gade e a meia tribo de 
Manasses, pediram esse território para estabelecer-se. Essas tribos possuíram 
grandes rebanhos, e lhes era conveniente a extensa planície desta fértil região, por 
ter abundante pasto. Seu pedido foi concedido por Moisés no condição de que 
participassem da conquista do resto de Canaã. Agora Josué confirmou a promessa 
de Moisés e marcou os limites de suas heranças. 
 
2. A herança de Calebe (Josué 14:6-15; 15:13-19). Por volta de 45 anos, 
Calebe tinha se destacado como um homem de fé perante os moradores de Canaã. 
(Como prêmio de sua fidelidade, ele pediu a região Hebrom, apesar dela ser uma 
das partes mais difíceis de ser conquistada (ver Números 14:24-30); Deuteronômio 
1:36). 
 a. Foi um homem cuja visão e fé para obter grandes coisas ia sempre 
aumentando. “Agora dá-me esse monte”. Apesar de seus 86 anos, empreendeu 
uma tarefa sumamente grande e difícil. 
 b. Foi um homem cujas forças iamsempre se renovando. “Ainda estou 
tão forte como no dia em que Moisés me enviou”. 
 c. Foi um homem que transmitia suas bênçãos aos outros. Animou 
Otniel para que tomasse Quiriate-Sefer (Debir) e em seguida o recompensou 
dando-lhe sua filha Acsa e um terreno com duas fontes de água. 
 
2.A herança de Judá (15). À grande tribo de Judá foi dado o território do 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 17 
sul, a terra dos cinco reis. Estendia-se desde o mar Morto até o 
Mediterrâneo, e apresentava aproximadamente uma terça parte da própria 
Canaã. 
 
4. A herança de Efraim e Manasses (16,17). As duas tribos da casa de José 
receberam o território mais rico de Canaã: a parte central entre o Mar Morto e a 
Galiléia. Mas era uma região difícil de ser conquistada pela cidade de fortalezas 
que formavam Bete-Seã, Ibleã, Taanaque eMegido (17:11). 
A tribo de Efraim era a mais importante depois de Judá e sempre foi sua 
grande rival. Depois da morte de Saul, Efraim e outras tribos do norte tardaram 
sete anos em aceitar Davi, procedente de Judá, como rei de Israel. 
 
5. O tabernáculo colocado em Siló (Josué 18:1-10). Silo foi transformada 
na capital religiosa de Israel, e a congregação se reunia ali três vezes ao ano para 
observar as grandes festividades da Páscoa, das semanas (Pentecoste) e dos 
Tabernáculos. 
 
6. Território das outras sete tribos (Josué 18:11-19:51). Foram nomeados 
três homens de cada uma das tribos restantes, e os comissionaram para que 
reconhecessem a terra e reconhecessem dados para repartir por sorte os territórios. 
 a. A herança de Benjamim (Josué 18:11-28). Essa tribo colocou-se entre a 
poderosa Judá e as tribos da casa de José. Não ocupou muito território, mas o que 
lhe tocou era fértil e formoso; também a sua herança incluía as importantes cidades 
de Jerusalém e Betel. 
b. A herança de Simeão (Josué 19:1-9). A parte que lhe foi designada foi o 
sul de Judá, desde o mar Morto até o Mediterrâneo. 
c. O território de Zebulom (Josué 19:10-16). Zebulom recebeu uma região 
muito fértil e formosa, o seu território se estendia desde o rio Sizom até os limites 
de Issacar, e abrangia a comarca de Nazaré. 
d. A herança de Issacar (Josué 19:17-23). Da mesma forma que Zebulom, 
a tribo de Issacar recebeu um território muito pequeno, mas a maior parte era fértil, 
e incluía as planíces do vale de Esdrelom. 
e. A herança de Aser (Josué 19:24-31). A tribo de Aser se estabeleceu no 
extremo norte de Canaã ao longo da costa do Mar Mediterrâneo. 
f. A herança de Naftali (Josué 19:32-39). À parte que lhe correspondeu 
estava no norte. O setor interior da Galiléia setentrional com seus altos serrados, 
bosques e vales férteis. 
g. O território de Dã. (Josué 19:40-48). Dã recebeu uma pequena herança 
comprimida no estreito espaço entre a cordilheira norte ocidental de Judá e o 
Mediterrâneo. 
7. Herança dos levitas e cidades de refúgio (20,21). A tribo de Levi tinha 
sido separada para ministrar nas coisas religiosas, não recebeu território, e sim 
ficou sendo sustentada pelos dízimos e ofertas das outras tribos. 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 18 
CIDADES DE REFÚGIO 
 
Das 48 cidades, seis foram designados “cidades de refúgio”; três na 
Transjordânia e três em Canaã. Essas cidades de asilo eram uma salvaguarda 
contra as vinganças injustas e as resultantes lutas sangrentas, pois para elas 
poderiam fugir os que haviam causado mortes por acidentes. Não havia polícia 
naquelas cidades, e cabia ao parente mais próximo agir como vingador do sangue. 
A pessoa que havia matado outra poderia contar com um processo justo e um 
refúgio, se não fosse réu de homicídio voluntário. 
 
FIM DA LIDERANÇA DE JOSUÉ 
(JOSUÉ 22-24) 
 
1. O altar junto ao Jordão (Josué 22:9-34). Faltou pouco para que se 
iniciasse uma trágica guerra, quando as tribos da Transjordânia edificaram um 
grande altar na margem oriental do Jordão. Sua intenção era boa: perceberam a 
barreira que significava o Jordão e quiseram expressar sua solidariedade com o 
resto de Israel, levando um memorial ao único Deus. 
 
2. Josué aconselha os líderes (23). Ao aproximar-se o fim de sua vida 
terrena, Josué convocou primeiro os dirigentes de Israel e em seguida todo Israel. 
O primeiro discurso de despedida foi dado em sua casa, situada em Timnat-sera, 
no monte de Efraim (19:50), e o segundo em Siquém (24:1). O ancião general 
atuou motivado por um profundo desejo de que seu povo prosperasse no futuro. 
 
3. O ultimo discurso de Josué (Josué 24:1-28). O último ato público de 
Josué foi convocar a toda a Israel para Siquém, ali lhe lembrar sua história e lhes 
levar a uma solene renovação do pacto. (Gn 12:6; 35:4; 3337:12), onde também 
uma grande multidão podia se reunir comodamente num vale situado entre o 
monte Ebal e o monte Gerezim. Ali, nessa clara atmosfera, a voz do homem podia 
ser ouvida facilmente por uma longa distância. 
 
4. Morte de Josué (Josué 24:29-33). Josué morreu em avançada idade de 
110 anos. O autor inspirado lhe rendeu elogio que a vida de um servo de Deus 
poderia receber: “E serviu Israel ao Senhor todos os dias de Josué” (24:31). 
 
 
 
 
 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 19 
JUÍZES 
 
1. Nome e protagonista. O livro recebe seu titulo das personagens que se 
destacam chamadas “Juizes” (em hebraico safetim), os quais foram levantados por 
Deus em momentos difíceis para livrar o seu povo de seus opressores. 
Os juízes procediam de distintos segmentos da sociedade, e até houve entre 
eles uma mulher. Tiveram, porém, dois traços em comum. Foram especialmente 
eleitos por Deus para livrar o seu povo, e foram investidos pelo Espírito Santo para 
realizar a sua missão. Em regra geral, não tinham milagres como credenciais: 
somente obtinham vitória. 
Desses juízes, seis são considerados mais importantes pelo fato de serem 
tratados em detalhes: Otniel, Eude, Baraque, Gideão, Jefté e Sansão. Os outros seis 
Juízes cujas atividades são narradas brevemente são chamados Juízes menores. 
Houve outros dois Juízes cujos períodos são descritos em 1 Samuel: Eli e Samuel; 
parece que eles governaram, toda a nação hebraica em um período imediatamente 
anterior à inauguração da monarquia. 
 
2. Autor e data em que foi escrito. Conforme a tradição judaica, Samuel foi 
o autor, mas ninguém o sabe com certeza. Foi escrito depois da coroação de Saul, 
pois se encontra quatro vezes a expressão “naqueles dias não havia rei em Israel” 
(17:6; 18:1; 19:1; 21:25); data de antes da tomada de Jerusalém por Davi (2 
Samuel 5:6), porque os Jebuseus estavam ainda naquela cidade (1:21;19:10-13). 
 
3. O período dos Juízes. Josué é um livro de vitória. Quanto a Juízes, ele é 
um livro de derrotas. Enquanto que o livro de Josué fala da conquista de sete 
nações em sete anos, Juizes descrevem sete apostasias, sete opressões e sete 
libertações. Depois da morte de Josué, houve decadência em Israel. Já não havia 
governo central e a cooperação entre as tribos dependia muito mais de sua religião 
comum. 
Sem autoridade central, “cada um fazia o que bem lhe parecia”. As tribos 
guerreavam isoladamente, e assim se enfraqueciam diante de seus inimigos. Não 
expulsaram os antigos habitantes de Canaã nem se uniram perante os invasores; 
portanto, não puderam resistí-las. Havia sinais de anarquia, violência e até de 
rupturas tribais. O estado espiritual e moral também era lamentável. 
A situação social era igualmente péssima. Em muitos lugares, os israelitas 
não desfrutavam de uma vida de paz e segurança, pois normalmente viam-se 
obrigados a partilhar a terra com os antigos habitantes de Canaã. 
 
4. Cronologia. A cronologia de Juízes torna-se obscura, percorre uma soma 
aproximadamente 410, de invasões e libertações. 
 
5. Propósitos. São várias as razões pelas quais o livro foi escrito: 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO20 
 a. Relatar a história do povo num período compreendido entre a morte de 
Josué e a inauguração da monarquia. 
b. Demonstrar a personalidade de Jeová. Ele é santo e castiga o seu povo por 
seus pecados, mas é misericordioso também para salvá-lo quando demonstra 
arrependimento. 
c. Destacar a grande necessidade de se estabelecer à monarquia, ou seja, um 
governo central e forte. Sem a autoridade de um rei, “cada um fazia o que bem lhe 
parecia” (17:6;21:25). Os dois apêndices (capítulos 17-21) descrevem 
graficamente a anarquia cultural e moral da época em que “não havia rei em 
Israel”. Muitas vezes reinou o caos e até houve guerras entre as próprias tribos. 
A história deste período demonstra também que era preciso que as tribos se 
unifiquem mediante a monarquia para poderem enfrentar as nações invasoras. 
 
6. Tema. O tema encontra-se na passagem 2:11-23, onde o autor explica a 
causa e o remédio das calamidades que açoitavam Israel. 
a. Israel deixa Jeová para servir a outros deuses. 
b. Deus o entrega nas mãos dos opressores. 
c. Em sua aflição, Israel implora a Jeová. 
d. Ele lhe proporciona um libertador que rompe o julgo dos invasores. 
 
 7. Conteúdo e estrutura do livro. É a continuação do livro de Josué. 
Começa com a morte do grande líder e chega até o período de Samuel. 
 
O Esboço seria como segue: 
I. Introdução. Época posterior à morte de Josué 1:1-3:6 
A. Guerras independentes das tribos (1) 
B. Mensagem do anjo de Jeová (2:1-5) 
C. Ciclos religosos-políticos (2:6-3:6) 
II. História das opressões e os libertadores (3:7-16:31). 
A. Mesopotâmia: Otniel (3;7-11) 
B. Moabe: Eúde (3:12-30) 
C. Filistéia: Sangar (3:31) 
D. Canaã (Hazor): Débora e Baraque (4:1-5:31) 
E. Mídia : Gideão (6:1-8:35) 
F. Abimeleque, Tola e Jair (9:1-10:5) 
G. Amom: Jefté (10:6-12:7) 
H . Ibsã, elom e abdom ( 12:8-15) 
I . Filistéia: Sansão (13:1-16:31) 
III – Situação social na época dos Juízes (17-21) 
A. Mica e sua idolatria (17,18) 
B. Atrocidade de Gibéa e guerra civil (19,21) 
 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 21 
ÉPOCA POSTERIOR À MORTE DE JOSUÉ 
(JUÍZES 1:1-3:6) 
 
A . Guerras independentes das tribos ( 1 ) 
O livro começa narrando a vitória incompleta das tribos. Estabeleceram lenta 
e dificultosamente suas heranças: as tribos e até os clãs guerreavam isoladamente: 
Judá, a tribo messiânica, foi a primeira a atacar os cananeus. No principio teve 
sucesso, mas pouco tempo depois suas energias se enfraqueceram. Sua vitória 
sobre Jerusalém foi parcial, de curta duração, os Jebuseus logo recapturaram a 
cidade (Juízes 1:7;21;2Samuel 5:6,7). As tribos se apoderaram das regiões 
montanhosas sem poder conquistar as cidades da planície fértil. 
 
B. Mensagem do anjo de Jeová (Juizes 2:1-5) 
O anjo do Senhor subiu de Gilgal, o antigo acampamento de Israel durante as 
guerras de Josué, e repreendeu os hebreus por terem se esquecido dos favores do 
Senhor. Recordou-lhe a condição sobre as quais haviam recebido a terra de Canaã; 
não deviam formar aliança com o remanescente dos cananeus, nem tolerar sua 
idolatria. 
 
C. Ciclos religiosos-Politicos (Juizes 2:6-3:6) 
O autor apresenta a segunda introdução olhando retrospectivamente a história 
da morte de Josué, em seguida expande o tema moral de todo o livro. 
Depois da morte de Josué surgiu uma nova geração que não havia 
presenciado os grandes milagres que Deus havia operado nos anos da conquista. 
Então começou a reincidência em Israel. 
 
HISTÓRIA DAS OPRESSÕES E DOS LIBERTADORES (JZ 3:7-16;31) 
 
 A. Mesopotâmia: Otniel (Juízes 3;7-11) 
A primeira opressão de castigo procedia do norte distante, da Mesopotâmia. 
 
 B. Moabe: Eúde (Juizes 3:12-30) 
Depois do falecimento de Otniel, Israel voltou à idolatria. Jeová o entregou 
aos moabitas, amonitas e amalequitas, inimigos tradicionais de Israel, para castigar 
seu povo. 
 
C . Filistéia : Sangar (Juízes 3:31) 
Pela primeira vez é mencionada a opressão dos terríveis inimigos de Israel, 
os filisteus. Não se indica nada a respeito da opressão, nem tampouco existem 
detalhes referentes à origem de Sangar, nem ao seu passado. Provavelmente ele foi 
um camponês que ganhou uma vitória sobre os opressores e começou a governar 
como juiz. 
 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 22 
D. Canaã (Hazor): Débora e Baraque (Juízes 4:1-5:31). 
A história de Débora e Baraque é muito interessante. A libertação de Israel 
foi inspirada por uma mulher de grande fé, sábia em seu ministério. Débora 
(“abelha”) estava agindo como juíza e profeta. 
 
E. Mídia: Gideão (Juízes 6:1-8:35) 
1. A opressão (Juízes 6:1-10). Uma vez mais os israelitas caíram na idolatria 
Cananéia. Deus empregou uma horda de tribo árabe dirigida pelos midianitas, 
povo nômade que caminhava com seus camelos na península do Sinai, para 
castigar o seu povo infiel. 
 
2. A chamada e a preparação de Gideão (Juízes 6;11-40). Gideão é um 
dos mais nobres dos Juízes. Destaca-se por sua cautela, coragem e constância. 
Vivia em Ofra, povoado localizado provavelmente ao sul do vale de Esdraelom, 
centro das incursões midianitas. 
 
3. A guerra de Gideão (Juízes 7:1-8:21) Os 32000 israelitas que 
responderam ao chamado de Gideão constituíam uma força pequena, comparada 
com os 135.000 que compunham o exército midianita. Porém, Jeová viu que 
Gideão tinha soldados demais para o tipo de vitória que Ele queria lhe conceder. 
Também, muitos dos soldados eram pouco valentes e seu medo infundiria pânico 
entre os outros quando começasse a batalha, de maneira que foi-lhes permitido 
voltar para suas casas (Deuteronômio 20:1-8). 
 
4. A personalidade desconcertante de Gideâo (Juízes 8:22-35). Gideão 
mostrou grande prudência quando rejeitou o título de rei. Esta foi a primeira 
intenção de se estabelecer uma monarquia em Israel. 
 
F. Abimeleque, Tola e Jair (Juízes 9;1-10:5) 
Abimeleque não era um verdadeiro Juiz, mas um usurpador. Filho de 
concubina de Gideão, era um homem cruel, ambicioso e traidor, que não tinha os 
escrúpulos de seu pai quanto a se tornar rei. 
 
G. Amom: Jefté (Juízes 10:6-16) 
A opressão amonita (Juízes 10;6-16). Depois do repouso que a nação teve 
sobre o comando de Tola e Jair, os hebreus voltaram à idolatria outra vez. Deus 
usou os filisteus e os amonitas para castigá-los. Foi o período final do livro de 
Juízes. 
 
H. Ibsã, Elom e Abdom (Juízes 12;8-15) 
Não se conta nada da importância das atuações desses juízes menores. 
Aparentemente Ibsã e Abdom eram ricos e possuidores de posição social, pois 
tinham grande número de filhos. 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 23 
I. Filístia; Sansão ( Juízes 13-16) 
A opressão Filistéia. A sexta e última opressão foi dos filisteus. Segundo 
Juízes 10:7,8 os filisteus conquistaram a parte ocidental de Canaã em mais ou 
menos o mesmo período de opressão amonita em Gileade. Os períodos das 
magistraturas de Jefté, Sansão e Eli coincidiram, posto que cada um deles 
desempenhava as funções de Juízes em diferentes partes de Israel. de maneira 
diferente de muitos outros opressores, os filisteus invadiram o território israelita, 
não só para saqueá-lo e sim para ocupá-lo permanentemente e governá-lo. 
 
FAÇANHAS DE SANSÃO (JUÍZES 14:1-16:31) 
 
Sem contar o milagre de Lei, são onze as façanhas do campeão danita. A 
maioria delas tinha a ver com mulheres filistéias, algo estritamente proibido pela 
Lei mosaica, e nada recomendável para um libertador de Israel. Esta fraqueza 
aconteceu durante uma visita ao território filisteu, onde uma jovem filistéia atraiu a 
atenção. Ao retornar à sua casa, ele pediu ao seu pai, segundo os costumes da 
época, que negociasse seu casamento com ela. Naturalmente seus piedosos pais 
protestaram. Deus predominou sobre as inclinações mundanas de Sansão a fim de 
oferecer uma oportunidade para que se iniciassem as hostilidades que culminariam 
no justo castigodos cruéis filisteus (Salmos 76;10). 
A sensualidade de Sansão o conduziu finalmente à sua queda. Ele enamorou-
se finalmente de uma mulher chamada Dalila (“devota”), que provavelmente era 
filistéia. Os príncipes filisteus ofereceram a ela uma soma vultuosa para levá-lo a 
revelar o segredo de sua força. 
O tratamento que Sansão recebeu nas mãos dos filisteus mostra as 
conseqüências que transgredir leis espirituais e morais. As palavras sintetizam a 
situação: cego, encadeado e movimentando um moinho. Mas a maior tragédia 
provocada pelo pecado de Sansão foi o opróbrio que ele fez cair sobre Israel. 
Todos os filisteus criam que Dagom, seu deus, lhes havia dado a vitória. 
Prepararam uma grande festa em sua honra. 
Entretanto, Sansão meditava nos acontecimentos. Ele se arrependia e se 
consagrava novamente ao Senhor, e o seu cabelo crescia. Em meio dos filisteus 
que se divertiam, o impotente cego clamou a Deus, e foi ouvido. Sem dúvida 
alguma, a matança efetuada por Sansão enfraqueceu o poderio filisteu e tornou 
possíveis as outras vitórias posteriores. 
Situação social época dos juizes (Juízes 17-21) 
A . Mica e sua idolatria (Juízes 17,18) 
Os episódios descritos nessa seção se relacionam com a 
migração dos danitas para o norte de Naftali, porque não puderam contra os 
amorreus (1:34). Ilustram a decadência da religião de Jeová naquele tempo. Mica 
havia roubado sua mãe, e a restituição do dinheiro foi considerada um ato 
religioso. Com o dinheiro restituído, a mãe contratou um fundidor de imagens para 
que fizesse uma estátua idolátrica. Um levita forasteiro aceitou o convite de Mica 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 24 
para ser sacerdote de sua casa, com o fim de ter teto e mesa seguros. Em tudo isso, 
Mica e sua mãe creram que assim estavam servindo ao Senhor, ignorando que Siló 
devia ser o único santuário designado por Deus. 
 
B . A atrocidade de Gibéa e a guerra civil. (19-21) 
O segundo apêndice revela a corrupção moral causada em parte pela 
influência do culto a Baal. O pecado dos “homens perversos” de Gibeá 
assemelhou-se aos dos habitantes de Sodoma (Gênesis 19:5), e provocou a 
indignação de toda a Israel. Porém, os benjamitas não quiseram remediar o grande 
mal e foram brutalmente dizimados na guerra. Para que Benjamim não 
desaparecesse e pudesse renascer, as outras tribos lhes entregaram as 400 virgens 
perdoadas no massacre de Jabes-Gileade aos benjamitas sobreviventes. 
 
RUTE 
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE RUTE 
 
A história de Rute, nos provê um vislumbre numa era mais pacífica dos dias 
em que governavam os Juízes. Essa narrativa fala da migração de uma família 
israelita inteira – Elimeleque, Noemi e seus dois filhos – para Moabe, quando 
houve fome em Judá. Ali os dois filhos se casaram com mulheres moabitas, Rute e 
Orfra. Após a morte de seu marido e de ambos os seus filhos, Noemi retornou a 
Belém, acompanhada por Rute. Com a passagem do tempo Rute contraiu núpcias 
com Boaz, e subseqüentemente, figurou na linhagem davídica, da família real de 
Israel. 
 
1. Autor e data 
Desconhece-se o autor, mas é possível que tenha sido escrito em uma época 
posterior a coroação do rei Davi, pois no final do livro encontra-se sua genealogia. 
O fato de que não se mencione. Salomão convence muitos estudiosos que o livro 
deve ser datado antes do reinado deste. 
 
2. Propósito e valor do livro. 
O livro forma uma ponte entre a época dos juízes e a de Samuel e Davi. 
Apresenta um quadro sobre a vida das pessoas piedosas no período dos grandes 
libertadores. As divisões principais do livro são: 
A. Demonstrar que havia bondade e fidelidade a Deus em Israel durante o 
período cruel e desenfreado dos Juízes. Nem todos os hebreus se entregam à 
idolatria, à concupiscência. 
B. Revelar a providência divina. Deus, em seus profundos desígnios, permite 
grandes males para trazer o bem aos seus. Mesmo que a tragédia da família de 
Elimeleque tenha sido dolorosas e numerosas desgraças, Deus recompensou 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 25 
amplamente a piedade de Noemi e a lealdade de Rute. 
C. Proporcionar uma lição missionária, demonstrada de que maneira uma 
mulher gentil se converte em uma seguidora leal do verdadeiro Deus, e como se 
juntou à vida do povo de Deus. 
D. Demonstrar de que maneira Davi, antecessor do Messias, descendeu de 
uma mulher gentia cuja fé – não sua raça – foi o que a salvou. 
 
3. Tema. 
Deus recompensa a fidelidade de uma estrangeira (1;16,17). 
 
CONTEÚDO 
RUTE DECIDE FAZER PARTE DE ISRAEL 
 
A fome que açoitou o pequeno povoado de Belém colocou em marcha uma 
cadeia de circunstância de uma historia que revela tanto a providência divina como 
o heroísmo humano. A imigração da família de Elimeleque para as altas planícies 
de Moabe (uma viagem de 75 KM na parte oriental do vale do mar Morto), os 
casamentos dos filhos com moabitas, a morte dos varões deixando desamparada as 
três viúvas, e a decisão de Noemi de retornar a Belém, preparam um cenário para 
as mais nobres decisões da Bíblia. 
A decisão de Rute (“amiga”) contrasta com a de Orfra. Ambas as noras 
expressaram seu amor por Noemi e estavam dispostas a acompanhá-la a Belém. 
Porém Noemi, mulher desinteressada, percebeu que era pouco provável que um 
homem hebreu quisesse casar-se com uma moabita, que a vida de uma viúva 
estrangeira séria muito difícil em Israel. De modo que ela tentou desanimá-las para 
que elas não a acompanhassem. Ambas as jovens choraram, mas Órfra voltou a 
terra. Não foi assim com Rute; ela estava decidida a participar da sorte incerta de 
uma companheira já velha que estava voltando para uma terra, cujos habitantes 
eram inimigos tradicionais de Moabe. Ela não vacilou em abandonar o seu país e 
os seus parentes. Nunca regressaria. Morreria e seria sepultada no mesmo lugar 
que Noemi. Havia rompido completamente com o passado. Tinha tomado uma 
decisão para toda a sua vida. 
A chegada das duas viúvas a Belém sem que nenhum homem as 
acompanhasse, comoveu o pequeno povoado. Parece que os anos de sofrimento 
haviam feito marcas no físico de Noemi, tanto que as mesmas mulheres 
exclamaram:” não é esta Noemi?” querendo dizer: “Como você está voltando tão 
envelhecida e necessitada? Pobre mulher!” A resposta de Noemi é um jogo de 
palavras: “Não me chamem mais Noemi, e sim chamam-me de Mara (amarga)”. 
Ela atribuiu suas adversidades ao castigo de Deus. 
 
1. Rute é alvo das atenções de Boaz 
Rute não é uma mulher preguiçosa, e sim ativa, e saiu para os campos para 
respigar. Isto era um trabalho fatigante e humilhante. O campo aonde Rute se 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 26 
dirigiu pertencia a Boaz, um rico dono de terras e também parente de Elimeleque, 
o falecido esposo de Noemi. 
Quando Boaz chegou mais tarde durante o dia, surpreendeu-se de ser uma 
jovem estrangeira rebuscando espigas em seu campo. Imediatamente perguntou 
quem era. Ficou tão impressionado com a fidelidade de Rute para com Noemi e 
sua conduta heróica, que demonstrou grande admiração. Ele a convidou a respigar 
junto a seus trabalhadores até a colheita ser concluída, e a tomar água das vasilhas 
deles, e comer da comida providenciada para os segadores. Também mandou que 
estes não mexessem com ela. Ordenou também que deixassem cair espigas para 
que Rute as recolhesse. 
Também o caráter de Rute brilha na força de vontade que ela emprega para o 
trabalho, e na grande discrição que manifesta em sua resposta. Sentia-se indigna 
dos favores de Boaz sendo uma mulher estrangeira. Noemi, ao saber o que havia 
acontecido, viu a mão do Senhor no assunto, porque Boaz era um parente próximo 
(em hebraico goel). 
A palavra goel significa literalmente “resgatador” ou “redentor”. Segundo a 
lei, o parente próximo tinha quatro deveres: 
 A. Estava obrigado a resgatar o parente que havia sido vendido como 
escravo (Levítico25:47,48), 
 B. Comprar o campo ou herança que ele perdera (Levítico 25:25-28), 
 C. Vingar o sangue (Números 35:19), e 
 D. Casar-se com a viúva de seu parente a fim de lhe dar uma 
descendência que levaria o nome do falecido (Dt 25;5-10). 
O primogênito desse novo casamento era considerado legalmente filho do 
esposo falecido e herdeiro de sua propriedade. Isso se chama em português lei do 
levirato, termo que procede do latim levir (o irmão do esposo). 
 
2. Rute apela para que Boaz a redima. 
Noemi compreendeu que Rute havia conseguido a admiração de Boaz, e sua 
intuição feminina deve ter percebido o começo do amor no coração dele. Ela 
traçou um plano para fazer com que Boaz se lembrasse da sua obrigação do 
levirato. Parece-nos um pouco arriscado ou duvidoso, mas Noemi tinha muita 
confiança na honra de Boaz, e não foi desiludida. 
 
 
3. Rute se casa com Boaz. 
Boaz não perdeu tempo algum em cumprir sua promessa. Na manhã 
seguinte ele se dirigiu à porta do povoado de Belém, onde poderia tratar 
publicamente assuntos legais, e onde os anciões serviam como testemunha. Ele 
colocou claramente o assunto do parente mais próximo de Elimeleque, seu direito 
e privilégio de comprar (redimir) o terreno que havia pertencido ao falecido. Ao 
que parece, o parente próximo não havia percebido ainda que competia a ele 
redimir a terra. Ele respondeu que a remiria. Mas quando soube que também teria 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 27 
que se casar com Rute, e que o terreno seria herança do filho que resultaria desta 
união, ele mudou de idéia. Subentende-se que não quis prejudicar a herança dos 
filhos que levariam o seu nome. Além do mais, tinha outra família para sustentar. 
Cedeu todos os seus direitos e obrigações a Boaz. O sapato simbolizava a tomada 
de posse do terreno (Josué 1:3), e tirá-lo era renunciar a propriedade de Elimeleque 
e receber Rute como esposa perante as testemunhas. 
Muitos escritores evangélicos vêm nessa história um formoso quadro de 
Cristo, nosso Parente redentor, que recebeu uma noiva gentia, convertendo-se 
assim no esposo Redentor. 
 
OS LIVROS DE SAMUEL 
Introdução 
 
Os livros de Samuel formavam uma só obra na Bíblia hebraica. A divisão em 
dois livros remonta à septuaginta (a versão grega), a qual uniu Samuel e Reis sob o 
nome de “os quatros livros dos Reinos” ou “os “Reinos”. 
 
1. Nome e autor 
Estes dois livros recebem o nome de Samuel, não somente por Samuel foi o 
personagem principal na primeira parte, mas também porque foi ele que inaugurou 
a monarquia, ungindo os dois primeiros reis, Saul e Davi. “sua influência continua 
na vida do rei Davi, a quem ele havia ungido... Todo o Livro está penetrado de sua 
influência.” 
 
2. Relação com Juízes 
A primeira parte de 1 Samuel nos conta a história de Eli e Samuel, os últimos 
Juízes de Israel. Tratá-se do tempo fundamental de transição, da mudança do 
governo dos Juízes para monarquia. 
 
3. Propósito 
A intenção principal do autor sagrado foi relatar o estabelecimento da 
monarquia e narrar a história das vidas diretamente relacionadas com o reino: 
Samuel, Saul e Davi. 
 
TEMA: A INSTITUIÇÃO DA MONARQUIA EM ISRAEL 
 
Esboço do livro de Samuel 
 
I - Samuel (1 Samuel 1-7) 
 a. Nas cimento e primeiros anos de Samuel (1-3) 
 b. Guerra contra os filisteus (4-7) 
 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 28 
II - Samuel e Saul (1 Samuel 8-15) 
 a. Estabelecimento da monarquia (8-12) 
 b. Começo do reinado de Saul (13-15) 
 
III - Saul e Davi (1samuel 16-2 Samuel 1) 
 a. Davi entra no serviço de Saul (16:1-18:5) 
 b. Davi é perseguido por Saul (18:6-28:2,29:1-30:31) 
 c. Fim de Saul (1 Samuel 28:3-25;31:1-2 – 2 Samuel 1:27). 
 
IV - Davi (2 Samuel 2-4) 
 a. Guerra civil (1 Samuel 2-4) 
 b. Davi como rei de todo Israel (2 Samuel 5-10) 
 c. Pecado e arrependimento de Davi (2 Samuel 11,12) 
 d. História de Absalão (2 Samuel 13-20) 
 e. Vários acontecimentos no reinado de Davi (2 Samuel 21-24) 
 
I SAMUEL 
 
(1 Samuel 1-7) 
Nascimento e primeiros anos de Samuel ( 1 Samuel 1-3) 
 
 1. A mãe de Samuel e sua oração(1 Samuel 1:1-2:11) 
Samuel foi um filho da fé e da oração. Parte do sucesso de Samuel deve ser 
atribuído a Ana (graça), sua piedosa mãe. Ana era estéril em uma sociedade que 
desprezava a mulher estéril, e além do mais, seu marido tomou uma segunda 
esposa que se considerou a si mesma rival de Ana e fez todo o possível para 
provocar sua ira. 
A oração contínua de Ana e os tremores de seus lábios despertaram em Eli, o 
sumo-sacerdote, a suspeita de que ela estivesse embriagada. Parece que os 
israelitas oravam em voz alta naquele tempo. A branda resposta de Ana o 
tranqüilizou, e Eli animou Ana a crer que Deus lhe daria um filho. As palavras do 
sumo–sacerdote contribuíram para que Ana depositasse sua fé em Deus; seu 
pranto e angústia se tornaram em confiança e paz. Ao transcorrer os meses, ela deu 
à luz um filho. Ela chamou-o Samuel, “nome de Deus” ou “escutado por Deus”, 
provavelmente como testemunho de que esta resposta à sua oração demonstrava o 
poder e a autoridade que há no nome de Deus. 
 
 2. O pecado de Eli e seu filho. (1 Samuel 12:12-36) 
Eli era um homem bom, mas fraco; descuidava-se da disciplina moral de 
seus filhos e não continha a atitude desregrada deles. Hofni e Finéias não eram 
contrários às idéias nem à moral dos cananneus. Tinham relacionamentos ilícitos 
com as mulheres que serviam na entrada do tabernáculo. 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 29 
 
 3. O Chamado de Deus a Samuel (3) 
O jovem Samuel ministrando no templo contrasta marcantemente com os 
corrompidos sacerdotes Hofni e Finéias. Em meio de uma sociedade 
espiritualmente decadente e uma religião cerimonial em que eram escassas a 
mensagem viva de Deus através da profecia, brilhava um fiel servo de Jeová. 
 
Guerra contra os filisteus (1 Samuel 4-7) 
 
Os filisteus capturam a arca. 
As profecias contra Eli e seus filhos logo se cumpriram. Os filisteus 
declararam guerra aos israelitas. Acamparam em Afeque, a 15 KM ao norte do 
atual porto de Jafa. Os israelitas não perceberam que a invasão era um castigo de 
Deus pela reincidência de Israel, e tentaram obter a vitória levando a arca como 
amuleto na batalha. A arca representava a presença de Deus e era o objeto mais 
sagrado da nação. Mas não pôde obrigar Deus a lhes ajudar: a derrota dos israelitas 
foi arrasadora. Foram mortos os filhos de Eli, e também ele mesmo morreu 
tragicamente ao receber a notícia da captura da arca. 
A vitória dos Filisteus desmoralizou eficazmente os israelitas. Quando a nora 
de Eli deu à luz a um filho, mui apropriadamente lhe deu o nome de “Icabode”, 
porquanto ela sentia profundamente que a bênção divina fora retirada de Israel (1 
Sm 4;19-22). O nome dessa criança significa “Onde está a glória?”, ao mesmo 
tempo em que talvez demonstre que a religião cananéia já conseguira penetrar no 
pensamento israelita, porque para os devotos de Baal, tal nome seria uma alusão á 
morte do deus da fertilidade. 
O lugar de Samuel, na história de Israel, é singular. Sendo o último dos 
Juizes, ele exercia jurisdição civil por toda a terra de Israel. Outrossim, ele obteve o 
reconhecimento de ser o maior profeta de Israel desde os tempos mosaicos. E ele 
também oficiava como principal sacerdote. 
A Bíblia preserva comparativamente pouco acerca do ministério real desse 
grande líder. Quando Eli faleceu e a ameaça da opressão filistéia tornou-se mais 
pronunciada, mui naturalmente os israelitas se voltaram para Samuel esperando 
liderança. Depois de haver escapado do despojamento do santuário de Silo, 
Samuel estabeleceu morada em Ramá, onde erigiu um altar. Não há qualquer 
indicação, todavia, de que Ramá se tenha tornado o centro religioso ou civil da 
nação. Israel retomou a arca das mãos dos filisteus (1Sm 5:1-7;2), mas esta foiconservada em Quiriate-Jearim, na casa particular de Abinadabe, até os dias de 
Davi. 
A fim de executar suas responsabilidades judiciais, Samuel dirigia-se 
anualmente a Betel, Gilgal e Mispa (1Sm 7:15-17). Poder-se-ia inferir que, nos 
primeiros anos antes que houvesse delegado responsabilidade a seus filhos, Joel e 
abdia (1 Sm 8:1-5), ele teria incluído localidades distantes como Berseba, nos seus 
circuitos por toda a nação. 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 30 
Deve se lançar no crédito de Samuel que ele se impôs sobre os israelitas para 
que expurgassem a adoração nos moldes do culto cananeu, em suas fileiras (1Sm 
7:3ss). Em Mispa, o povo se reuniu penitente para orar, jejuar e oferecer 
sacrifícios. A palavra de convocação chegou aos ouvidos dos filisteus, que em 
vista disso se aproveitaram da situação para lançar um ataque. Em meio à refrega, 
severa tempestade lançou o termo nos corações dos mercenários filisteus, 
provocando confusão e pondo-os em fuga. Evidentemente a trovoada adquiriu 
significado portentoso para os filisteus, pois nunca mais tentou engajar os israelitas 
em batalha, enquanto Samuel esteve no comando das tribos. 
Até aquele momento, o governo de Israel havia sido uma teocracia, ou seja, 
Jeová era seu rei (Ex. 15;18). Esse conceito foi expresso por Gideão (Juizes 8;23). 
De tempos em tempos Deus havia levantado Juizes para governar. Porém, os 
Juizes não deixavam sucessores, e eram longos os períodos entre um e outro; 
entretanto, a nação não tinha um líder para guiá-la nem defendê-la. Normalmente 
reinava o caos, e a nação apostatava cada vez mais. Samuel foi o único juiz que 
conseguiu unificar todas as tribos. Os israelitas viam ao redor deles exemplos de 
fortes monarquias e queriam ter um governo central e um defensor que fosse seu 
rei. 
 
Samuel e Saul 
(1 Sm 8-15) 
Estabelecimento da monarquia (1 Sm 8.1-1-12.25) 
 
A. Israel pede um rei (1 Sm 8.1-22) 
 
1. Os pedidos dos anciãos de Israel para que Samuel lhe desse um rei, 
tinham como pretexto a velhice do profeta e a não correção dos seus filhos 
nomeados como juizes em Berseba. Atrás de sua solicitude, estava a 
inquietude da ameaça filistéia. 
 
2. Até aquele momento, o governo de Israel havia sido uma teocracia, ou 
seja, Jeová era seu rei (Ex. 15.18). 
 
3. Por outra parte, parece que os israelitas não perceberam que suas 
derrotas haviam sido causadas por sua infidelidade e que Deus os havia 
libertado cada vez que eles se arrependiam. 
 
 
4. A rejeição ao governo de Samuel por parte do povo produziu a maior 
desilusão da vida do profeta, mas ele consultou a Deus, o qual concedeu a sua 
permissão para constituir um Rei sobre Israel. 
 
STADEJN – TRANSFORMANDO VIDAS ATRAVÉS DO ENSINO 
 
 
 31 
O Primeiro Rei de Israel. 
Saul desfrutou de apoio entusiasta por parte de seu povo, depois de uma 
vitória inicial sobre os amonitas. Em Jabes-Gileade. É verdade que nem todos 
encararam sua ascenção ao trono com satisfação fingida, mas aqueles obstinados 
não podiam tolerar sua avassaladora popularidade (veja 1 Sm 10:27 e 11:12,13). 
No entanto, através de desobediência deliberada, Saul não tardou a arruinar suas 
oportunidades de sucesso. Devido às suspeitas e ao ódio, seus esforços tornaram-se 
tão dispersivos e as forças nacionais foram tão dissipadas que o seu reinado 
terminou em fracasso completo. 
Saul foi um guerreiro que conduziu sua nação a inúmeras vitórias militares. 
Em uma localização estratégica, em uma colina, a quase 5 KM ao norte de 
Jerusalém Saul fortificou Gibeá a fim de contrabalançar a superioridade militar dos 
filisteus. Aproveitando-se do bem sucedido ataque que fora lançado por seu filho, 
Jônatas, Saul pôs os filisteus em fuga, na batalha de Micmás (1 Sm 13-14) . Entre 
outras nações derrotadas por Saul (1 Sm 14:47,48), figuravam os amalequitas (1 
Sm 15:1-9) 
O sucesso inicial do primeiro rei de Israel não obscureceu suas fraquezas 
pessoais. O rei de Israel ocupava uma posição singular entre os dirigentes 
contemporâneos, tendo a responsabilidade de reconhecer pessoalmente o profeta, 
que era o representante de Deus. Quando a esse particular, Saul falhou duas vezes. 
Aguardando impacientemente pela chegada de Samuel em Gilgal, Saul oficiou 
pessoalmente os sacrifício (1 Sm 13:8). Em sua vitória sobre os amalequitas ele 
cedeu ante à pressão do povo, ao invés de pôr em execução as instruções de 
Samuel. Solenemente o profeta advertiu-o de que Deus não se agrada com 
sacrifícios que visem a substituir a obediência. Com essa escaldante reprimenda 
Samuel deixou o rei Saul entregue aos seus próprios recursos. Por causa da 
desobediência, Saul perdeu seu reinado. 
A unção de Davi, por Samuel, em cerimônia particular, era algo que Saul 
desconhecia. Devido a ter posto fim a Golias, Davi subiu para o centro de atenções 
na nação. Quando foi enviado por seu pai a fim de levar suprimentos a seus 
irmãos, que serviam no exército israelita, acampado defronte dos filisteus, Davi 
ouviu as ameaças blasfemas de Golias. Davi raciocinou que Deus, que o ajudara a 
matar ursos e leões, também lhe daria capacidade para matar aquele inimigo que 
desafiava os exércitos de Israel. Quando os filisteus perceberam que Golias, o 
gigante de Gate, fora morto, fugiram de diante de Israel. O reconhecimento 
nacional conferido ao heróico Davi foi subseqüentemente expresso na declaração 
popular: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares”. 
 
Davi é ungido por Samuel (1 Sm 16:1-3) 
Deus repreendeu Samuel porque ele lamentou demasiado o fracasso de Saul 
e atuou como se o plano divino tivesse falhado. Além do mais, havia coisas a 
fazer. A atividade útil é um dos melhores remédios para a depressão. O profeta foi 
enviado a casa de Jessé para ungir um de seus filhos como futuro rei. Por medo de 
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Saul, Samuel ocultou seu motivo anunciando em Belém um sacrifício de ação de 
graças. Em seguida, na intimidade da família de Jessé, chamou os filhos deste com 
o fim de ungir um deles. É provável que tudo o que a família soubesse era que o 
profeta desejasse escolher um dos seus membros para uma obra especial; Talvez 
para ser membro da escola de profetas. Quando os filhos de Jessé se apresentaram 
perante Samuel, o profeta cometeu o mesmo erro anterior em se deixar 
impressionar pela aparência exterior. Mas “Jeová não olha o que o homem olha... 
Ele olha o coração”.O escolhido por Deus foi o filho de Jessé menos apreciado, 
mas não era uma pessoa desagradável. Era de galharda aparência e de brilhantes 
olhos. 
 
Davi na corte rela (1 Sm16:14-23) 
À medida que Davi recebia o espírito de Jeová, Saul o perdia. Deus castigou 
também a desobediência do rei permitindo que um espírito mal (demônio) o 
perturbasse. Ele controla até as forças da maldade e as usa para realizar seus 
propósitos. E provável que as próprias reflexões do rei sobre o abandono de 
Samuel e a perda do reino o tornassem irritado, vingativo e melancólico. Davi foi 
levado para o palácio como harpista, para afugentar o demônio e tranqüilizar o 
ânimo de Saul, pois um servidor na corte real fez a seguinte observação sobre o 
jovem pastor: 
1.º Sabe tocar bem 
2.º É forte 
3.º Valente homem de guerra 
4.º Sisudo em palavras 
5.º De boa aparência 
6.º E o Senhor é com ele” (1 Sm 16:18). 
Davi também foi nomeado “pajem de armas”, o que talvez tenha sido um 
mero título militar muito mais que uma posição. Nesses dias Davi aprendeu a amar 
a Saul com um amor que nunca se apagou, mesmo nos anos de sua perseguição 
por parte deste. 
 
Davi é perseguido por Saul (1 Sm 16:6-28:2;29:1-30:31) 
O rei ciumento e o seu filho nobre (1Sm 18:6-20:42). Como líder militar, 
Davi alcançou uma vitória após a outra. Mesmo que o povo nada soubesse da 
unção de Davi, rapidamente reconheceu que o Espírito de Deus repousava sobre 
ele. Chegou o diaem que os israelitas deram mais honra a Davi do que a Saul. O 
rítmo de compasso dos tamborins e as palavras cantadas pelas mulheres: “Saul 
feriu aos seus milhares, mas Davi aos seus dez milhares”, devem ter ressoado nos 
ouvidos de Saul junto com as seguintes palavras: “O Senhor já te rejeitou”. Um 
dos ciúmes mais violentos e amargos tomou conta do seu coração e de sua alma. 
Várias vezes ele tentou tirar violentamente a vida de Davi, mas este sempre 
escapava. 
Frustrado em suas intenções diretas de matar Davi, Saul recorreu a planos 
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sutis para fazer com que a vida de Davi fosse colocada em perigo na batalha. Ele 
ofereceu sua filha mais velha para quem lutasse corajosamente contra os filisteus. 
Saul já havia prometido que daria sua filha e isentaria ele e a casa de pai de 
impostos se vencesse Golias. Devido à sua vitória sobre o gigante, Davi deveria ter 
recebido Merabe como esposa (1Sm 17:25). Em seguida ele ofereceu sua filha 
mais nova, Mical na condição de ele matar cem inimigos. Davi saiu ileso de todas 
as manobras concebidas para lhe tirar a vida, e distinguiu-se por suas façanhas 
militares contra os filisteus. A amizade com Jônatas contribuiu para que Davi 
estivesse continuamente sabendo dos malvados planos do rei, e deste modo pôde 
sempre escapar do perigo. Davi salvou-se em uma ocasião graça a um ardil de 
Mical. Eram os níveis de imoralidade, que inclusive as melhores pessoas como o 
Mical, Jônatas e Davi pareciam não ter escrúpulos em mentir e enganar para salvar 
a vida (1 Sm 19:17;20:28,29;21:2). 
Davi fugiu para Rama, onde estava seu amigo e conselheiro Samuel. O 
Espírito que repousava sobre a companhia dos profetas se apoderou dos 
mensageiros enviados para prender Davi, e em seguida se apoderou dos 
mensageiros enviados para prender Davi, e em seguida se apoderou do próprio 
Saul, quando este chegou a presença dos profetas. 
A amizade desinteressada de Jônatas para com Davi contrasta 
marcadamente com a inveja diabólica de Saul. Jônatas poderia ter sentido inveja 
do jovem campeão que havia eclipsado seu heroísmo. 
 
A vida de Davi como fugitivo (1 Sm 21:1-23:29) 
Davi passou então um longo período como fugitivo, talvez de 5 a 8 anos. Foi 
perseguido implacavelmente por Saul, e às vezes esteve a um passo de ser morto 
por Saul. Esta foi sua escola de padecimentos. Naquela época, Davi compôs muito 
dos salmos: os Salmos 34 e 56 celebram sua fuga das mãos dos filisteus em Gate 
(1 Sm 21:10-15). Parece que ele compôs o salmo 52 quando teve notícias das 
mentiras e crueldade de Doegue edomita; e os salmos 7,54,57 e 142 pertencem a 
esse período. A vida de fugitivo o obrigou a depender totalmente de Deus, 
temperou a sua alma tornando-a forte e flexível, e lhe deu a oportunidade de 
desenvolver as qualidades de liderança: domínio próprio, suavidade, compreensão 
e paciência. Rodeado de companheiros desenfreados e temerários, ele aprendeu a 
conhecer os homens e acumulou experiência sobre como dirigi-los. 
Davi fugiu para Nobe, local do tabernáculo, não muito longe de Jerusalém. O 
sumo sacerdote, Aimeleque, neto de Eli, viu com surpresa o genro do rei chegar de 
repente, sozinho e com muita pressa. Davi havia chegado a tal extremo que mentiu 
para conseguir comida e armas. O fato de o historiados ter narrado as faltas de seu 
herói é uma das evidências da inspiração das Escrituras. Ela não aprova nem 
desaprova a debilidade de Davi. A história mostra que Davi e seus homens 
comeram pão oferecido a Deus. 
Da terra dos filisteus, Davi passou para a caverna de Adulão, nas colinas 
situadas a oeste de Judá, perto da fronteira filistéia. Seus parentes, ao saberem onde 
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ele estava, refugiaram-se com ele para escapar da ira do rei. Também ali ele se 
encontrou diante de 400 homens que vieram até ele e o receberam como líder. 
Estes aumentaram para 600 antes dele se retirar para a Filístia (27:2). Eram os 
endividados, os desterrados e os aflitos. Muitos deles eram pessoas sem caráter, 
sem reputação e sem esperança. Porém, Davi ignorou essa baixeza, e os guiou, os 
conteve quando era necessário, e os elevou a um relacionamento extraordinário 
com ele e com Deus. Mediante seu relacionamento com Davi, esses homens 
aflitos tornaram-se prudentes; os descontentes se tornaram pessoas adaptadas, leais 
e corajosas. Desta companhia surgiram muitos homens destacados do reinado de 
Davi. 
O massacre dos sacerdotes e sua famílias em Nobe foram o ato mais 
desprezível de Saul (1 Sm 22:6-23).Com extremo pesar, Davi ouviu o relato da 
matança sacrílega, reconhecendo que até certo ponto ele tinha culpa. Apesar da 
culpa de Davi, Deus tornou o massacre a favor dele. O sacerdote Abiatar escapou e 
se juntou ao fugitivo; ele levou consigo a estola sacerdotal, de que se serviria Davi 
para consultar o Senhor. Dali em diante, Davi e Abiatar estariam juntos, tanto na 
adversidade quanto na prosperidade. Com o passar do tempo, Abiatar tornou-se 
um dos sumo-sacerdotes do reinado de Davi. 
 
Davi perdoa a vida de Saul. (1 Sm 24 e 26) 
A nobreza de Davi contrasta com o ódio implacável de Saul quando o vemos 
perdoar a vida do rei em duas ocasiões. Desta forma ele praticou o sermão do 
monte mil anos antes que Cristo viesse. Teria sido fácil para Davi interpretar, pelas 
circunstâncias, que Deus havia entregado Saul em suas mãos para que ele o 
matasse. As maiores tentações com que Satanás nos ataca são aquelas que se 
apresentam em forma sutil e ingênua, e pelos canais menos esperados. As pessoas 
mais chegadas a Davi o incentivaram a destruiu o perseguidor, e com motivos 
religiosos. Davi sentia profunda lealdade para com Saul, apesar de tudo o que Saul 
fazia contra ele. 
 
Davi, Nabal e Abigail ( 1 Sm 25) 
Samuel morreu e a dor de “toda Israel” demonstra o grande amor e apreço 
que as pessoas lhe tinham. Não haveria um outro grande profeta em Israel até o 
surgimento de Elias. Samuel havia fundado a monarquia e ungido o maior rei da 
história de Israel, mas “não viveu para vê-lo reinar”. 
A história do contato de Nabal nos ensina quão difícil era viver com 600 
homens em uma região desértica e inóspita, e como muitos fazendeiros olhavam 
com certa cautela e quase com ódio a Davi e seu grupo. Também demonstra que 
algumas pessoas como Abigail percebiam que cedo ou tarde Davi ocuparia o trono 
(1 Sm 25:30) 
 
 
 
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Davi entre os filisteus (1 Sm 27:1-28:2;29:1-30:31) 
A confiança de Davi de que Deus o protegeria da mão de Saul na terra de 
Israel parece ter se enfraquecido. Em seu desespero ele procurou refúgio em Gate, 
cidade dos Filisteus inimigos mais terríveis do povo de Deus. Devido ao fato de 
Davi ser considerado inimigo de Saul e ser o líder de um grupo de homens 
corajosos, Aquis o recebeu, agora amistosamente como vassalo. Ele deu a Davi a 
cidade de Ziclague, situada sobre a fronteira judeu-filistéia. Finalmente Davi se 
sentiu seguro ante a perseguição de Saul, mas a que preço! Vivia de brutais 
correrias contra os inimigos de Judá e enganava a Aquis dizendo que tinha 
saqueado o seu próprio povo. O engano era mais fácil, pois ele não trazia cativo, 
nem deixava sobreviventes que poderiam fazer revelações inconvenientes. Os 
povos saqueados, todavia eram inimigos de Judá e provavelmente tinham feito 
muitas incursões sobre os israelitas. 
Foi um período de distanciamento para Davi. Não se atribui a ele nenhum 
salmo nessa época. Faltou pouco para que ele se visse obrigado a acompanhar os 
filisteus em sua guerra contra Israel. 
Ao voltar a Ziclague, Davi encontrou o povoado reduzido a escombros e 
cinzas. Os amalequitas, como represália pelos ataques de Davi, haviam 
aproveitado sua ausência e tinham levado cativos as famílias de Davi e a dos seus. 
Os homens de Davi estavam a ponto de apedrejá-lo,