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Palavra Explicativa ............................................................................................. 2 Encontro 1: Namoro, um compromisso para casamento ................................... 3 Encontro 2: Seu passado não te condena ......................................................... 4 Encontro 3: Exemplos para homens .............................................................. 6 Encontro 3: Exemplos para mulheres ............................................................ 7 Encontro 4: Unidos para o Evangelho ................................................................ 9 Encontro 5: Filhos? Com certeza ..................................................................... 10 Encontro 6: Eu e minha casa serviremos ao Senhor ....................................... 12 Encontro 7: De portas abertas: igreja em casa ................................................ 13 Palavra Explicativa Este curto e simples curso de discipulado para namorados e noivos é uma espécie de discipulado autodidático que tem como intenção fortificar ou enfraquecer o relacionamento que se inicia e caminha para o casamento. Com isto quero dizer que, caso o casal queira viver um namoro e noivado com a perspectiva e práticas bíblicas, serão fortificados. Caso não queiram, certamente, este relacionamento estará fadado ao fracasso. Além disso, este breve curso é desenvolvido com alguns pressupostos e expectativas. Os pressupostos são: que os casais que o tem em mãos são crentes; que os casais que participam desse curso têm noções bíblicas básicas quanto à santidade, honra e demais conceitos semelhantes. As expectativas são: que os casais que participam desse curso comecem, desde já, a praticarem aquilo que lhes é permitido em relação a um relacionamento mais profundo e aprofundado na Palavra de Deus; que aprendam não só como ensaiar para um casamento bíblico, mas que, de fato, se casem com a certeza de que terão um matrimônio abençoado. A última e principal expectativa é de que com a simplicidade do material os participantes o apliquem, pela própria percepção e com a ajuda do ministrante, à sua própria vida e relacionamento. Por fim, este é um material de perspectivas, de vislumbres do futuro que precisa começar a ser construído agora e da maneira correta. Que Deus use-o como quiser, que sua efetividade seja pelo poder do Espírito Santo para louvor do Nome de Jesus. São Paulo, SP 14 de fevereiro de 2020 Sem. Alexandre Cardoso 3 Encontro 1: Namoro, um compromisso para casamento Gênesis 24.1-4; 62-67 INTRODUÇÃO: A palavra namoro não consta na narrativa bíblica. Isso porque o namoro é uma “invenção recente”. Antigamente, na época de Abraão e até poucos anos atrás, os pais escolhiam os cônjuges dos filhos por diversas razões. No entanto, o conceito para namoro pode ser visto. A narrativa em questão mostra algo que, no conceito, é o mais próximo de namoro e noivado que a Bíblia narra. Por isso, o que devemos nos perguntar para compreender como é um namoro segundo a vontade de Deus é: qual o conceito e orientações bíblicas para isso? • Ser do povo de Deus: aliança É imprescindível notarmos a preocupação de Abraão quanto à “identidade” para a esposa de seu filho, Isaque. Primeiro ele adverte seu servo dizendo que “não tomarás esposa para meu filho das filhas dos cananeus” (v.3). Em segundo lugar, ele expõe a sua vontade em relação à pretendente dizendo: “mas irás à minha parentela e daí tomarás esposa para Isaque, meu filho” (v.4). • Ser aprovado pelas famílias: submissão Outra coisa importantíssima a ser observada é o fato de que tanto Abraão (pai de Isaque) quanto Betuel (pai de Rebeca) tiveram critérios e sancionaram aprovação para esse casamento (vs.3-4; 50). • Ser aprovado por Deus: bênção É possível ver, na resposta de Betuel ao servo de Abraão, ao dizer: “Isto procede do SENHOR” (v.50), que ele reconhece que Deus aprova essa união. Dessa forma, precisamos compreender que sim, Deus nos dá formas para descobrirmos qual a sua vontade para nosso relacionamento – principalmente quanto ao seu início. • Propósito: casamento Por fim, o propósito de qualquer namoro, segundo o conceito bíblico, é o casamento. Podemos ver isso na íntegra na narrativa que lemos. Os elementos que nos apontam isso são: o “[...] tomarás esposa (vs.3; 37) Abraão, ao fazer seu servo jurar, não o faz orientando-o a tomar uma namorada, uma noiva, uma pretendente. Ele dizer que é de uma esposa que seu filho precisa. o “[...] e tomou a Rebeca, e esta lhe foi por mulher (v.67) Ao se verem, pela primeira vez, Isaque e Rebeca consumaram o casamento. O termo “tomar” é usado para indicar relação sexual – que é a consumação e ápice do relacionamento entre homem e mulher. 4 CONCLUSÃO: A junção de todos os conceitos e orientações bíblicas quanto ao relacionamento entre homem e mulher estão direta e objetivamente voltados para o casamento. Assim, o primeiro pressuposto que deve haver para o início de um namoro é: “este namoro é para casar”. Dentro disto, pode-se concluir que embora “novidade” o namoro pode e deve seguir requisitos bíblicos e, assim, manter-se dentro da vontade de Deus. ANOTAÇÕES: ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ Encontro 2: Seu passado não te condena 2 Coríntios 5.17 INTRODUÇÃO: Um dos grandes problemas enfrentados nos relacionamentos, de maneira geral, é o de “fantasmas do passado”. Essa expressão significa que os erros cometidos no passado “assombram” os relacionamentos, uma vez que podem gerar diversos tipos de sentimentos no nosso próximo. Em um namoro ou noivado os sentimentos que podem brotar no coração em relação ao passado do pretendente são ainda mais diversificados: ciúme, raiva, insegurança, desconfiança, tristeza, etc.. No entanto, não deveria ser assim. E é exatamente sobre como reverter essa situação que esta lição tratará. • Se alguém está em Cristo O apóstolo Paulo, ao escrever aos Coríntios, nesse trecho quer fazer com que os crentes dessa igreja passem a olhar uns aos outros desconsiderando os erros do passado (v.16a). Mas, para isso, ele mostra a condição para que isso seja possível: é necessário estar em Cristo (v.17a). • É nova criatura Uma outra tradução para esse versículo é: “nova criação”. Isso, porque estar em Cristo é ser restaurado à sua imagem 5 (Rm8.28b). A ideia é de que Adão, feito imagem e semelhança de Deus, corrompe essa imagem com o pecado, mas em Cristo essa imagem é restaurada de maneira que não considera mais o que acontecera quando ainda destorcida. • As coisas antigas passaram O passado não existe mais e o resultado disso é maravilhoso. O resultado é a reconciliação com o próprio Deus e a não imputação dos erros do passado (vs.18-19). • Eis que se fizeram novas Além do passado não ser mais condenatório, há novidade de vida. Isto tem significados importantíssimos à luz do que o próprio apóstolo Paulo fala aos efésios, no capítulo 4: o [...] deixando a mentira, fale a verdade (v.25) Aquele que mentia,em Cristo, deixa essa prática no passado e, agora em novidade de vida, pratica o oposto: fala a verdade. o [...] não saia da vossa boca palavra torpe, e sim a que for para a edificação (v.29a) As palavras de baixo calão, as palavras frívolas, as palavras que são usadas de forma maligna não fazem parte da vida de quem está em Cristo. Antes, sua boca é transmissora da graça aos que ouvem (v.29b) o [...] perdoando uns aos outros como Deus, em Cristo, vos perdoou (v.32b) O maior ofendido com todos os nossos erros é Deus. No entanto, Ele mesmo não nos condena mais por conta de nosso passado pecaminoso. Por isso o apóstolo Paulo pode dizer essas palavras: “se Deus não leva mais em consideração vosso passado, vocês não devem levar também, pois não são superiores a Deus”. CONCLUSÃO: Se uma pessoa está verdadeiramente em Cristo, ela deve ser considerada nova criatura. Seu passado e erros lá cometidos não podem determinar o seu caráter hoje. Assim, todos os sentimentos negativos e pensamentos pejorativos sobre ela devem desaparecer. Somente assim haverá um futuro para o relacionamento. ANOTAÇÕES: ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ 6 Encontro 3: Exemplos para homens Gênesis 3.12; Efésios 5.25-27 INTRODUÇÃO: É comprovado que quanto mais tempo se passa perto de determinada pessoa ou grupo o seu comportamento se amolda aos deles. Isso porque todas as pessoas, individual ou coletivamente, tornam-se exemplos – bons ou maus – para todos os outros. Na Bíblia temos, em suma, dois exemplos de homens. Mais do que exemplos, são dois representantes. De um lado, Adão, o mau exemplo. Do outro lado, Jesus, o bom exemplo. Vejamos nessa lição como ambos podem nos ensinar e moldar nosso comportamento. • “A culpa é dela” (Gn3.12) x “Eu assumo a culpa” (Ef5.25b) Adão, ao pecar, joga a culpa pelo seu erro na conta de sua mulher. Em uma atitude completamente egoísta e medrosa ele tenta culpar a a pessoa a quem deveria proteger, zelar, representar e amar. Sua atitude mostra ausência de tudo que deveria ter e a presença do que não deveria. Em contrapartida, o segundo Adão (Rm5.12), Jesus, não tendo erro, pecado ou culpa, assume a culpa de sua noiva. Ele faz isso de forma espontânea expressando seu amor (Ef.5.25a) • “Lhe apresento a pecadora” (Gn3.12a) x “Lhe apresento a imaculada” (Ef5.27) Adão não pensou duas vezes ao responder à pergunta de Deus (Gn3.11), dirigida a ele, apresentado sua mulher como a grande pecadora na história. Jesus faz exatamente o oposto ao apresentar diante de seu Pai uma noiva santificada por ele mesmo. • “Entrega para a morte” (Gn2.17) x “Entrega para a vida” (Ef5.25b) Eva comeu do fruto e nada aconteceu. Quando Adão, que havia recebido instrução direta da parte de Deus, come do fruto o caos é instaurado. Isso, porque Adão tinha o poder de representatividade quanto à sua mulher. Assim, ao comer do fruto sabendo das consequências, Adão entrega à sua mulher, morte. Ao contrário de Adão, Cristo se entrega por sua noiva – a igreja – para dá-la vida. Assim como Adão, Cristo representa sua noiva e, com isso, dá a ela aquilo que ele pode conquistar. Enquanto Adão deu morte para quem tinha vida, Jesus dá vida para quem estava morta (Ef2.1). • Baseado no amor Assim como deixa claro em 1Co13 o apóstolo Paulo, também aqui, mostra que o amor é fator fundamental para a hombridade matrimonial, vejamos: o [...] amai vossa mulher (Ef5.25a) 7 A ordem para amar pode parecer estranha. Afinal de contas, o amor não é um sentimento que não se pode controlar? Não. O amor, embora seja um sentimento, é, antes de tudo, uma escolha. Ao exemplo de Deus, em Cristo, podemos observar isso (Dt7.7-8) o [...] a si mesmo se ama (Ef5.28c) Paulo evoca à ideia do amor próprio. Ele faz isso ao usar o exemplo do próprio corpo e da união mística da igreja com Jesus (Ef5.29). O amor, aqui, é expresso pelo sentir aquilo que o outro sente e, portanto, desejar e fazer o bem. CONCLUSÃO: Em Adão não temos exemplo e muito menos possibilidades de fazer o que é correto. Em Cristo, por outro lado, além do bom exemplo temos a possibilidade de sermos homens bíblicos. ANOTAÇÕES: ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ Encontro 3: Exemplos para mulheres Gênesis 3.6; Efésios 5.22-24 INTRODUÇÃO: É comprovado que quanto mais tempo se passa perto de determinada pessoa ou grupo o seu comportamento se amolda aos deles. Isso porque todas as pessoas, individual ou coletivamente, tornam-se exemplos – bons ou maus – para todos os outros. Na Bíblia temos, em suma, dois exemplos de “mulheres”. De um lado, Eva, o mau exemplo. Do outro lado, a igreja ideal, o bom exemplo. Vejamos nessa lição como ambas podem nos ensinar e moldar nosso comportamento. • “Insubmissão no lar” (Gn3.6b) x “Submissão no lar” (Ef5.22a) Certamente Adão havia comunicado à Eva a ordem dada por Deus a ele quanto à árvore do conhecimento. Sua resposta à serpente mostra isso (Gn3.2-3). Assim, sua decisão ao pegar e comer do fruto dessa árvore expressa nada mais nada menos que insubmissão a Adão. Note, porém, que o apóstolo Paulo deixa bem claro que a mulher, a qual logo após ele tipificará na figura da igreja, deve submeter-se ao seu próprio marido. Aos colossenses Paulo diz que “isso convém no Senhor” (Cl3.18). Isso significa que tendo o 8 marido instruído a esposa na instrução de Deus – como era o caso de Adão e Eva –, ela deve prestar-lhe submissão. • “Insubmissão a Deus” (Gn3.6a) x “Submissão a Deus” (Ef5.22b) Uma das coisas que precisa ficar claro na relação de submissão das esposas quanto aos maridos é que agindo dessa forma fazem como se fosse para Deus. Eva, ao desobedecer ao que Adão havia lhe dito, no Senhor, desobedece ao próprio Deus, pois a ordem era dele. Ao desejar comer, sentir-se atraída e desejar conhecimento, a mulher ignora a autoridade de Deus e faz conforme lhe apraz. Ao olharmos para a igreja ideal vemos que sua disposição não é a de fazer a sua vontade, mas a do Senhor. Esse princípio de submissão é validado pelos seguintes aspectos: o Pela providência (Gn2.16) Ao comerem do fruto que lhe era proibido comer, Eva e Adão, não estavam saciando a fome ou “se virando para se alimentarem”. Deus já havia providenciado tudo quanto lhes era necessário. Eles tinham um pomar inteiro à disposição, livre. Deus, portanto, exige submissão porque ele é providente, não deixa faltar nada. o Pelo cuidado (Gn2.17) Ao proibir que comessem do fruto da árvore do conhecimento Deus não estava impondo algo para o mal dos nossos primeiros pais. Antes, estava querendo o bem deles. A morte – separação de Deus – estava iminente caso o fruto fosse comido. Os cuidados de Deus para que tenhamos vida é um dos argumentos principais para nossasubmissão a Ele. Suas proibições são sempre benéficas ao homem. CONCLUSÃO: Em Eva não temos exemplo para critério avaliativo e muito menos exemplo prático. Ela se guiou pelos olhos, cobiçou, concebeu dando à luz o pecado (Tg1.15). No entanto, em Cristo e sendo por Ele santificada, a igreja ideal – tipificando a esposa ideal – tem plenas condições de, com alegria, exercer sua submissão. ANOTAÇÕES: ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ 9 Encontro 4: Unidos para o Evangelho Romanos 16.3-4 INTRODUÇÃO: Um dos casos mais recorrentes em relacionamentos recém iniciados – e às vezes em relacionamentos longos e até mesmo consumados – é o de abandono às coisas de Deus. Isso acontece porque o casal passa a centralizar todas as coisas: tempo, recursos, disposição para o relacionamento, de forma egoísta, e acaba não mais servindo ao Senhor com afinco. A pergunta, portanto, é: “esse relacionamento está caminhando bem?” A resposta, certamente, é: “não”. Assim, vejamos no exemplo de Áquila e Priscila como o casal, desde o início do relacionamento, deve se portar em relação à sua vida ativa na igreja de Cristo. • [...] meus cooperadores em Cristo Jesus (v.3) Quem escreve a carta aos Romanos é o apóstolo Paulo. O homem que mais se envolveu em conflitos e perseguições por causa do Evangelho de Jesus. E é ele que diz que este casal foi cooperador com sua causa. Isso, acrescenta o apóstolo, em Cristo Jesus. Áquila e Priscila, um casal crente no Senhor, não se acomodaram e deixaram de se envolver com as coisas relacionadas ao Reino de Deus, antes se envolveram como cooperadores daquele que, certamente, era uma “fonte de problemas”. • [...] arriscaram a sua própria cabeça (v.4a) O envolvimento deles era muito profundo. Não somente negaram-se a ficar de braços cruzados, não somente cooperaram com o apóstolo Paulo, mas colocaram a própria vida em risco. O apóstolo chega a dizer que “pela minha vida”. O resultado desse envolvimento é tremendo, pois tem reconhecimento: o Gratidão individual (v.4b) O apóstolo expressa sua gratidão a este casal. Isto, certamente, mostra o prestígio que têm diante do apóstolo. Não é pra menos, eles se arriscaram por ele. Cooperaram com seu ministério. Os resultados disso são muito maiores que a própria vida do apóstolo Paulo. Os resultados estão inerentes aos resultados do seu próprio ministério. o Gratidão coletiva (v.4c) Todas as igrejas dos gentios. Todas elas são gratas a este casal. Isso porque conforme podemos ver (e veremos em lição mais à frente) eles reunião igrejas em sua própria casa, mas, principalmente, porque ao se arriscarem pelo apóstolo Paulo e cooperarem com ele, o mesmo pode ir às igrejas em suas viagens missionárias, o mesmo pode levar a mensagem de boas novas e, como instrumento do Espírito Santo, 10 ser parte crucial e efetiva na conversão de muitos gentios. Este é um casal reconhecido não por seu egoísmo, centralismo, omissão, mas por sua bravura e envolvimento pela causa maior, pela causa do evangelho. CONCLUSÃO: O casamento não fez que Áquila e Priscila se distanciassem da causa do Reino de Deus, antes, ao que tudo indica, os aproximou disso. Eles não colocaram sua individualidade ou seu relacionamento acima das coisas de Deus, antes agiram compreendendo que o fato de estarem unidos como marido e mulher era algo que deveria colaborar para o ministério do apóstolo e desenvolvimento da igreja. Esse é o tipo de relacionamento que glorifica a Deus. ANOTAÇÕES: ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ Encontro 5: Filhos? Com certeza Gênesis 1.28; Salmo 127.3 INTRODUÇÃO: Os comentários quanto a ter filhos atualmente são, geralmente, assim: “Filhos? Dispensamos” ou “Não está fácil criar filhos, melhor não os ter” ou até mesmo “Já temos nossos filhos pets”. Tudo isso é lamentável! O pensamento contemporâneo e secular pode ser este, mas o pensamento eterno e bíblico não é nem um pouco assim. Nesta lição, portanto, veremos o que a Bíblia fala dos filhos e o porquê de os filhos estarem nos planos dos casais. • É uma bênção (Gn1.28a) Ao criar o homem e a mulher à sua imagem e semelhança Deus os abençoa. Logo após a bênção Deus profere diversas palavras de ordem ao homem produto dessa bênção. A bênção é a da fertilidade (Sede fecundos). Em outras palavras: “tenham filhos, pois vocês foram abençoados com essa dádiva”. • É uma ordem (Gn1.28b) A palavra “multiplicai-vos” é uma ordem expressa, direta e objetiva. Deus não fez com que homem e mulher fossem fecundos para que, após isso, escolhessem utilizar ou não essa bênção. Deus os fez com condições de procriação e não deu opções, deu ordem: 11 “utilizem essa bênção, tenham muitos filhos”. Ter filhos, principalmente para o crente, não é opcional. • É uma herança (Sl127.3) Os filhos são considerados como heranças por vários aspectos, observemos alguns deles: o São galardão (v.3b) O salmista Salomão diz que os filhos são uma recompensa, um prêmio. Relacionar isso a herança é algo que expressa bem a grandeza de se ter filhos, pois uma herança é um bônus que se recebe, uma vez que é o produto do trabalho de outro. Aqui, embora os filhos sejam frutos do próprio casal, o que o salmista mostra é que o valor deles excede muito as expectativas. o Dão alegria (v.5a) Ter filhos, na perspectiva bíblica, é tão bom que quanto mais, melhor. Salomão deixa claro que o homem que tem vários filhos é alguém feliz. E essa alegria está completamente relacionada à declaração anterior. Quanto mais se recebe prêmios, melhor. Se um filho é um prêmio, realmente, quanto mais melhor. o São posteridade (Sl128.5-6a) A alegria em ter filhos excede com os filhos dos filhos. Isto, porque o homem ao ver seus filhos sendo pais, vê, além da alegria dos filhos em receberem esse galardão, o sentido de dever cumprido referente ao mandato de Deus para encher a terra (Gn9.1). CONCLUSÃO: Devemos observar que o próprio Deus se revela a nós na figura de um Pai que envia seu próprio Filho para que, por meio dele, possamos ser seus filhos adotivos (Jo1.12; Ef1.5). O próprio Deus, portanto, constitui família. À luz dessas coisas, o casal que inicia uma caminhada rumo ao casamento deve compreender que a finalidade primordial, quanto à mandato de Deus, é a procriação. Pensemos nessa maravilhosa dádiva que Deus nos dá. Contemplemos o milagre da vida que Deus opera por meio do casal. Não desprezemos a família, pois ela é instituição dada por Deus a nós. O pensamento mundano de que filhos são dispensáveis ou substituíveis é não só perverso e desprezível, mas antibíblico. ANOTAÇÕES: ____________________________________ ________________________________________________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ 12 Encontro 6: Eu e minha casa serviremos ao Senhor Josué 24.14-15 INTRODUÇÃO: O namoro e o noivado, conforme já visto anteriormente, pode ser considerado como um ensaio para o casamento. Isto significa que todas as coisas praticadas no namoro determinarão como o casamento será. O serviço ao Senhor, acima de qualquer coisa, deve ser um dos objetivos para o casamento – sem dúvida –, mas deve se iniciar antes do namoro, permanecer neste período e se perpetuar através do tempo. Nesta lição veremos não só que servir ao Senhor deve ser um prisma no lar, mas no que isso se caracteriza. • Servidão completa (v.14a) Josué reúne o povo para colocar diante deles uma questão decisiva: ou servem ao Senhor de maneira completa ou servem aos falsos deuses (v.15a). Ele mostra que o serviço ao Senhor deve ser íntegro – honesto – e fiel – constante. • Servidão exclusiva (v.14b) A exigência para se servir ao Senhor é a exclusividade a Ele. Josué mostra ao povo que para serem honestos e constantes na servidão ao Senhor é necessário que não haja divisão, no que diz respeito ao serviço, entre dois senhores. O Senhor Jesus replica isso ao dizer que “é impossível servir a dois senhores” (Mt6.24a). • Servidão ao SENHOR (v.15b) Após desafiar o povo a fazer uma escolha, imediatamente Josué mostra a sua. Ele e sua casa servirão ao verdadeiro e único Deus. Na escolha de Josué há alguns princípios cruciais a serem observados. o Decisão pessoal: eu servirei ao Senhor Josué era o líder religioso de todo o povo. E, por essa razão, sabe que é um exemplo a todos. Demonstrar a sua decisão após ter exposto ao povo suas possibilidades é um fato marcante. Ele sabe que como líder precisa se posicionar com pulso firme e que não adiantaria cobrar uma resposta do povo sem ele mesmo ter expressado a sua. o Decisão familiar: minha casa A família de Josué também estava debaixo de sua liderança. Além disso, por ser ele o líder, sua família, certamente, era também um modelo a ser seguido pelo povo. Dessa forma Josué não se pronuncia somente por ele, mas também por sua casa. Ao expressar isso, em outras palavras, ele diz ao povo: “a família que é um modelo a vocês, servirá ao verdadeiro Deus, pois estão sob meus cuidados”. Isso implica que cabe aos líderes do lar, em especial ao homem, fazer com que sua casa sirva ao Senhor. o Decisão nacional: não abandonaremos o SENHOR Veja como uma casa que serve integralmente ao Senhor é abençoada. Além 13 dela mesma ser uma casa de servidão ao Deus-Poderoso torna-se exemplo para que outras casas – o povo de maneira geral – sejam também casas, lares que servem ao Senhor. CONCLUSÃO: Como falado no início da lição, uma casa edificada na Palavra e que serve ao Senhor certamente começará quando no namoro e noivado o casal já o serve com integridade. Na prévia para o casamento, onde o casal se conhece, estreita os laços, faz seus planos, o serviço a Deus deve ser a busca principal de ambos. Além disso, é necessário ver, ao exemplo de Josué e sua casa, que a nossa vida de serviço a Deus é um exemplo para os outros, quer dentro quer fora da igreja. Viver integramente no serviço a Deus é uma forma maravilhosa de, desde o início do relacionamento, ser modelo para os outros. ANOTAÇÕES: ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ Encontro 7: De portas abertas: igreja em casa Romanos 16.5; 1 Coríntios 16.19 INTRODUÇÃO: Muitos que hoje namoram, se noivam e planejam o casamento buscam, em primeiro plano, a casa própria. Em geral, hoje em dia, compram apartamentos na planta. Pagam por anos a fio até que possam entrar pela primeira vez no tão esperado lar. A busca pela casa própria está associada à busca pela “casa dos sonhos”. Os móveis, as cores, os eletrodomésticos e a disposição dos cômodos fazem parte da expectativa de deleite que este lugar tão esperado vai proporcionar ao casal. No entanto, há algo que na maioria das vezes não é planejado, nem mesmo cogitado. Nessa casa dos sonhos haverá espaço para a igreja do Senhor? Além da família que lá vai morar, haverá espaço para a família da fé? Os exemplos dessa lição, Áquila e Priscila, podem nos ensinar bastante sobre isso. • Na casa deles (Rm16.5) Já vimos em lição anterior que Áquila e Priscila são cooperadores do apóstolo Paulo em razão do Evangelho de Cristo. Vimos que chegam, pelo amor ao Reino de Deus, a colocarem a própria vida em risco. No entanto, aqui, o que vemos é de igual valor. A casa deles era um ponto de pregação. Lugar onde 14 a igreja se reunia. Cultos, reuniões de oração, discipulados, aconteciam ali. • Hospitalidade (At18.3) O próprio apóstolo Paulo já usufruiu da hospitalidade desse casal. Mais do que muitos, o apóstolo chega a morar na casa deles. Essa hospitalidade, parece ter sido também uma hospitalidade coletiva (1Co16.19), pois aqui podemos ver que muitos irmãos estavam em seu lar. Olhando para a vida desse casal podemos ver o quanto eles se importavam, antes de qualquer coisa, com o Reino de Deus. Não só sua vida era colocada à disposição do evangelho, mas tudo que lhes pertencia, sua própria casa. Esse era um costume dos crentes no primeiro século, vejamos: o Filemom (v.2) Havia na casa de Filemom uma igreja. Não era uma igreja qualquer. Era a igreja dos Colossenses. A igreja cujo apóstolo Paulo elogia, e diz ser uma igreja de bom testemunho (Cl1.6). o Maria (At12.12) Quando o apóstolo Pedro sai da prisão e precisa procurar a igreja para lhes contar o que havia acontecido, e também a tranquilizar ele vai à casa de Maria onde, segundo o texto bíblico “muitas pessoas estavam congregadas e oravam”, o Casas abertas (At5.42) O mesmo ensino doutrinário dos apóstolos que era diariamente ministrado no templo era também ministrado em várias casas. Essa percepção é muito interessante porque “quebra” a ideia: “já há a igreja, não são necessárias reuniões no lar”. No entanto, o que vemos é que além das reuniões religiosas em locais religiosos as reuniões religiosas com oração, doutrina e jejuns (At2.42-47) também aconteciam nos lares. CONCLUSÃO: Pontos de pregação se tornam em congregações que se tornam em igrejas. E tudo isso começa com pequenos trabalhos em lares que abrem suas portas para o evangelho. Esteja disposto a fazer de seu lar, casa de oração. Entenda que sua casa é do Senhor e, portanto, deve ser usada em prol de sua obra. Tenham Áquila e Priscila por exemplo neste sentido também. ANOTAÇÕES: ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________