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A fisioterapia e as praticas na atenção primaria as familias - Finalizado

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A FISIOTERAPIA E AS PRATICAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA AS FAMILIAS.
Denise Kotoski Bauer B. Santos¹
Evelim Camargo ¹
 Valcirene Souza Borges¹
 Eveline Silva Cunha2
1.RESUMO 	 	 	
O presente trabalho tem por objetivo argumentar sobre a importância do fisioterapeuta na recuperação de pacientes na atenção primária da saúde da família, fazendo um revisional das práticas e técnicas que os estudantes e profissionais da fisioterapia realizam, das mais variadas localidades do território brasileiro. Havendo um necessidade de treinar, por meio da formação acadêmica, futuros profissionais de fisioterapia, que venham a atuar na área da saúde por meio de vivências práticas realizadas com Programa da Saúde Família. Para elaboração deste artigo foi realizada revisão da bibliografia e de estudos de casos, em bases de dados, como: Scielo, Google Acadêmico e o Portal Regional da Biblioteca Virtual da Saúde.	 
PALAVRAS CHAVE: Fisioterapia. Atenção Primaria a Saúde. Programa saúde da família.
	 	 	
2.INTRODUÇÃO
Na sociedade brasileira sempre houve a discussão a respeito da saúde pública, o seu ápice se deu com a construção e implementação do Sistema Único de Saúde (SUS), tendo como alicerce a constituição de 1988. (BRASIL, 2006). 
A concepção do SUS estava baseada na formulação de um modelo de saúde voltado para as necessidades da população, procurando resgatar o compromisso do Estado para com o bem-estar social, especialmente, no que refere à saúde coletiva, se consolidando como um dos direitos da cidadania. Procederam-se negociações para a promulgação da lei complementar, esta que daria bases operacionais à reforma e iniciaria a construção do SUS no Brasil. Ainda, permitiria o acesso universal à saúde para a população brasileira. (MIILLER, 2021).
De acordo com a Constituição Federal e Regulamentos de 1988 Sistema Único de Saúde (SUS), a partir da década de 90, instituições representativas e formadoras ligadas à fisioterapia passaram a estimular a participação de fisioterapeutas na atenção primária à saúde. O objetivo era de acompanhar a tendência da nova política, assegurando um espaço de área além da atenção, e também de proporcionar adaptações do curso e uma maior participação multiprofissionais (PORTES et al, 2011). Há muito tempo a fisioterapia se distanciava da atenção primária à saúde, pois, desde a sua origem, esse trabalho tem sido realizado basicamente no campo da reabilitação, intervindo em doenças pré-existentes. (BISPO JÚNIOR,2009). Em resposta às mudanças no modelo, a fisioterapia, alcança o atendimento à saúde, para além da reabilitação, incluindo ações de promoção e proteção à saúde, de prevenção aos agravos e de assistência, realizando uma prática integral e interdisciplinar em saúde, na qual se apresenta um caminho possível para o desenvolvimento do cuidado na perspectiva da integralidade. 
Além da interação com outras áreas do conhecimento, as ações fisioterapêuticas na Upas devem ser realizadas com uma equipe interdisciplinar para de fato integrar a ajuda ao tema. (BISPO JÚNIOR, 2010).
Para tanto, o “Guia Curricular Nacional dos Cursos de Graduação em Fisioterapia” aponta que uma das finalidades da formação é proporcionar conhecimentos para a atenção à saúde, incluindo ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação nos níveis individual e coletivo. (BRASIL, 2002).
Nesse sentido, vale ressaltar que a atuação da fisioterapia, no 
âmbito preventivo, ainda é pouco divulgada e que a regulamentação que incluiu os 
profissionais de fisioterapia no PSF/ESF só foi aprovada em 2012 as instituições representativas e formadoras ligadas a essa profissão começaram a incentivar a atuação dos fisioterapeutas na atenção básica. (LINHARES et al, 2010; CONCEIÇÂO et al, 2013).
Porém, dado o paradigma da profissão reabilitadora, é necessário investigar se o conhecimento e as expectativas dos estudantes de fisioterapia em relação ao desempenho do profissional da atenção primária à saúde são consistentes com as mudanças no sistema de saúde, no intuito de obter subsídios para ajustar a formação fisioterapêutica, se necessário. (ROSA et al., 2020).
O objetivo do estudo é investigar através de pesquisas qual o papel do fisioterapeuta em em uma equipe de Saúde da Família e como o sistema de saúde (SUS) tem feito tal integração de tais profissionais, também sobre o atendimento integral no sistema unificado de Saúde(SUS) no desempenho da fisioterapia na atenção primária e bem como suas práticas. Nesse sentido, este estudo apresenta as análises e descrições das práticas do fisioterapeuta na atenção básica e atenção à família por meio de revisão de literatura e estudos de caso, ressaltando a importância da inserção do fisioterapeuta como parte de uma equipe.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 A primeira atenção à saúde (APS) é o foco das atividades executadas pelo SUS. Dentre as muitas funções dos profissionais atuantes nas UBS está o diagnóstico e a primeira intervenção, mas não apenas isso, eles também estão aptos a realizarem ações de promoção e prevenção à saúde na população. Dessa forma, o profissional de fisioterapia pode fazer parte das equipes multiprofissionais, segundo a Comissão Federal de Fisioterapia (Coffito), além disso, também tem a escolha de atuar de forma autônoma, com atividades de saúde primárias, secundárias e terciárias, que vão da educação à reabilitação. (SECAD ARTMED, 2020).
 Em Estudos Bispo (2010) relatou que nos últimos anos, a fisioterapia tem ampliado e aprofundado seus conhecimentos técnicos e alargado sua área de atuação, a exemplo da acupuntura, estética, Pilates, RPG, fisioterapia desportiva e fisioterapia respiratória, essa ampliação ocorreu, majoritariamente, no nível terciário. Apesar dessa ampliação das possibilidades de atuação do profissional, ainda predomina uma atenção destinada à recuperação de distúrbios ortopédico traumatológicos e neurológicos. A fisioterapia ainda concentra seu foco na reabilitação de indivíduos vítimas de doenças ocupacionais, lesões por traumas e acidentes, sequelados de doenças isquêmicas ou cerebrovasculares e distúrbios do sistema nervoso central e periférico.
Conforme a Resolução COFFITO 80, Art. 1º (de 9 Maio de 1987.):
 É competência do Fisioterapeuta, elaborar o diagnóstico
fisioterapêutico compreendido como avaliação físico-funcional,
sendo esta, um processo pelo qual, através de metodologias e 60
técnicas fisioterapêuticas, são analisados e estudados os desvios
físicos-funcionais intercorrentes, na sua estrutura e no seu
funcionamento, com a finalidade de detectar e paramentar as alterações apresentadas, considerando os desvios dos graus de
normalidade para os de anormalidade; prescrever, baseado no
constatado na avaliação físico-funcional as técnicas próprias da
Fisioterapia, qualificando-as e quantificando-as; dar ordenação ao
processo terapêutico baseando-se nas técnicas fisioterapêuticas
indicadas; induzir o processo terapêutico no paciente; dar altas
nos serviços de Fisioterapia, utilizando o critério de reavaliações
sucessivas que demonstrem não haver alterações que indiquem
necessidade de continuidade destas práticas terapêuticas.
Na fisioterapia reabilitadora o foco de atuação e basicamente no controle de danos, seja buscando a cura de determinadas doenças que restringem a locomoção humana, seja reabilitando sequelados de patologias diversas ou desenvolvendo a capacidade residual funcional de indivíduos que tiveram lesões irreparáveis de determinadas funções, a fisioterapia coletiva possibilita e incentiva a atuação também no controle de risco, ou seja, no controle de fatores que potencialmente podem contribuir para o desenvolvimento da doença.(BISPO 2010 ). Conforme apresenta uma esquematização desse modelo da atuação da fisioterapia, que contempla a fisioterapia reabilitadora e alarga as possibilidades de atuação para além do nível terciário.
FONTE: PESQUISA DE BISPO (2010,p. 1627-1636)
Na atenção coletiva uma pesquisa coordenada pela faculdade adventista da Bahia (FADBA) analisou as principais ações desenvolvidas por fisioterapeutas, os dados foram coletados no mês de setembro de 2009. De acordo com a Secretaria de Saúde de Muritiba – BA, o município conta com 8 Unidades Básicas de Saúde da Família. (RIBEIRO et al., 2015).
 Para a realização da coleta de dados, foi utilizado um questionário semi estruturado e autoaplicável, com roteiros instrucionais, incluindo questões abertas (análise qualitativa) e fechadas. Antes da aplicação do questionário, dois profissionais de saúde pertencentes à população do estudo foram pré-testados. (RIBEIRO et al., 2015).
Mais tarde, quando questionados sobre os empecilhos encontrados atuando na área, disseram não se deparar com problemas. A série de questões conta com perguntas pontuais e de fácil compreensão, sempre tendo como foco a visão dos profissionais de saúde em relação à importância do fisioterapeuta nas UBS. (RIBEIRO et al., 2015).
Esta pesquisa da FADBA selecionou para este estudo 10 profissionais da área da saúde, com uma média aproximada quarenta e três anos, dos quais 6 deles eram mulheres. Quanto às ocupações, as enfermeiras representavam 1/5 do total, os técnicos de enfermagem 1/2, os médicos 1/5 e os dentistas 1/10.A maioria das pessoas está no setor há mais de 5 anos e 3/10 delas dizem já trabalhar como profissional de saúde há mais de 10 anos. Metade desses profissionais lembram de já terem trabalhado em outras unidades básicas de saúde que possuíam fisioterapeutas, como podemos ver na primeira tabela. (RIBEIRO et al., 2015)
Tabela 1: Caracterização dos profissionais de saúde das Unidades Básicas de Saúde da Família em Muritiba – BA. Período: Setembro / 2009.
FONTE: PESQUISA DE RIBEIRO et al.,2015, p.5-14.
 Conforme demonstrado na segunda tabela, 9/10 dos profissionais de saúde falam que a educação em saúde é realizada em suas unidades, e essa mesma porcentagem deles dizem que essa tarefa é responsabilidade do enfermeiro. Eles também enfatizaram que diabetes, hipertensão arterial e saúde da mulher são os principais temas da educação em saúde. Quando perguntados se as atividades de caráter educativo são prioridade para o profissional de fisioterapia em sua unidade, setenta por cento dos entrevistados dizem que não.
 Porque o fisioterapeuta não está disponível e não há tempo suficiente por não ser exclusivo da unidade. (RIBEIRO et al., 2015).
Tabela 2: Saúde da Família em Muritiba-BA. Período: Setembro/ 2009
FONTE: PESQUISA DE RIBEIRO et al., 2015, p.5-14.
Ao olhar dos profissionais de saúde, a atividade dos estagiários se limita a discursos educativos, sobre saúde da mulher, do idoso e instruções posturais, realizadas na unidade. Talvez pelo fato de sempre estarem dentro da unidade de saúde, seja difícil ver a continuidade da conscientização em saúde nas casas dos pacientes, em escolas, creches ou em outros locais de atuação. Nas unidades de trabalho dos fisioterapeutas, podemos constatar que ⅖ dos profissionais relatam que a reabilitação e outros ⅖ a prevenção são as principais funções do fisioterapeuta na educação em saúde. (RIBEIRO et al., 2015).
Conforme diretrizes do Ministério da Saúde e de competência do Fisioterapeuta a atuação na saúde primaria a Família: 
 
 Resolução Diário Oficial da União, Brasília, 4 de março de 2002. Seção 1, p. 11: 
 Art. 4º A formação do Fisioterapeuta tem por objetivo dotar o profissional dos 
conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades gerais: 
I - Atenção à saúde: os profissionais de saúde, dentro de seu âmbito profissional, 
devem estar aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde, tanto em nível individual quanto coletivo. Cada profissional deve assegurar que sua prática seja realizada de forma integrada e contínua com as demais instâncias do sistema de saúde, sendo capaz de pensar criticamente, de analisar os problemas da sociedade e de procurar soluções para os mesmos. Os profissionais devem realizar seus serviços dentro dos mais altos padrões de qualidade e dos princípios da ética/bioética, tendo em conta que a responsabilidade da atenção à saúde não se encerra com o ato técnico, mas sim, com a resolução do problema de saúde, tanto em nível individual como coletivo;
 
 Souza (2013 p.176-184) descreve a atuação do fisioterapeuta no NASF em um 
município no interior da Bahia, e evidencia que além da importância da 
atuação deste, há a necessidade de maior presença do fisioterapeuta na 
construção dos projetos terapêuticos, desenvolvidos principalmente no 
âmbito do NASF, a fim de contemplar um cuidado integral e resolutivo.
 No Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade (PRMSFC) na cidade de Fortaleza (CE) realizou se um estudo qualitativo, com caráter descritivo, na modalidade relato de experiência, sobre a prática da visita domiciliar por fisioterapeutas do PRMSFC. Na rotina das visitas realizadas por esses profissionais a principal demanda da comunidade consistiam em: adultos jovens e idosos restritos ao leito ou ao lar, ainda com locomoção prejudicada devido a acidente vascular cerebral, doenças de Parkinson, Alzheimer e outros doenças que levam a demência; idosos vítimas de fratura do colo do fêmur, pacientes com lesão medula ou traumatismo crânio encefálico e crianças com paralisia cerebral ou retardo do desenvolvimento neuropsicomotor. Tais visitas eram orientadas por meio de enfermeiros e médicos da Estratégia saúde da Família (ESF) ou por agentes comunitários de saúde (ACS) e de outras categorias profissionais do PRMSFC. Todas as visitas ocorriam junto com a equipe multidisciplinar da área, tendo todo um protocolo de agendamento das visitas prévio. As equipes tinham por objetivo no início conhecer a dinâmica da família, os cuidadores e as principais dificuldades envolvidas no cuidado. As visitas domiciliares proporcionam atendimento integral às famílias e comunidades por meio da orientações das equipes de referência que são responsáveis pela área ou localidade. As verdadeiras necessidades de saúde do usuário e compreensão de seu estilo de vida, conhecimento ambiental e relações interpessoais. Nesse sentido, o campo de visão de atuação do fisioterapeuta é ampliado, e a intervenção e mais orientado e motivado do ponto de vista da Saúde da Família. Os Fisioterapeutas no programa de residência multiprofissional em saúde da família (PRMSFC) orientavam os paciente limitado à cama com informações sobre realizar exercícios físicos passivos ou ativos posturas, alongamentos e técnicas de apoio e prevenção para facilitar o trabalho do cuidador. Enfatiza a importância das mudanças nas decúbito, mantendo a pele limpa e seca para evitar ulceras de pressão, tosse, irritação e necessidades de comer sentado para evitar a pneumonia por aspiração. Sobre prevenção fornece orientações para adequações aos idosos na questão de caírem em espaço de casa que e insuficiente. (BEZERRA, LIMA.M, LIMA.Y,2015, p.76)
 Conforme estudos dessa equipe do programa de residência (PRMSFC) constatou que os benefícios sentidos pela comunidade com relação as visitas domiciliares por fisioterapeutas supervisionada pelas estratégia saúde da família (ESF) é: ganhar e / ou aumentar a independência do paciente; prevenção de efeitos prejudiciais da imobilização no leito e seus familiares; demanda reduzida do idoso que ficam acamados ou em casa, principalmente porque a família não possui condições financeiras e estruturais para transporte. Tudo isso garante o atendimento ao paciente enquanto espera por atendimento nas rede auxiliar portanto, a melhoria da qualidade é visível a vida proporcionada pela visita domiciliar de um fisioterapeuta membro da equipe ESF. Nesse sentido, durante a visita domiciliar, a perspectiva de atuação do fisioterapeuta é ampliada,o que torna sua intervenção mais orientada para as necessidades e gera motivação em uma perspectiva de compro. (BEZERRA, LIMA.M, LIMA.Y,2015, p.76)
 Segundo Loures (2010 p.15), o fisioterapeuta, atuando de forma 
integrada à equipe, contribui para o planejamento, implementação, controle 
e execução de políticas e programas em Saúde Pública, voltados para a 
execução de ações de assistência integral às famílias em todas as fases do 
ciclo de vida: criança, adolescente, mulher, adultos e idoso.
 “Diante desse cenário, cabe à fisioterapia uma releitura de seus fundamentos e análise de sua prática, com vistas a adaptar-se a essa realidade e contribuir para a mudança do quadro social e sanitário do país” (BISPO,2010, p. 1627-36)
3. METODOLOGIA
 Foi realizada uma pesquisa de revisão bibliográfica de caráter exploratório e qualitativo, e a metodologia adotada foi a busca de artigos científicos em sites da internet como Google acadêmico, consulta de trabalhos publicados nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo) e no Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), todos foram analisados durante o período de 18/08/2021 a 01/11/2021, com as palavras-chave: Fisioterapia, Atenção Primaria a Saúde , Programa Saúde da Família. Todos estes artigos estavam relacionados à fisioterapia em Unidades Básicas de Saúde, sendo que foram relatados diferentes pontos de vista dos estudantes de fisioterapia nas mais diversas localidades pelo país. 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
 É de conhecimento público que são muitos pacientes e pouco tempo desses especialistas nas unidades básicas de saúde, o que os impossibilita de exercer integralmente as intervenções de saúde e de conscientização na fisioterapia. A demanda por esses serviços tem crescido, mas os serviços prestados não acompanham esse crescimento. Na Saúde Pública os profissionais de fisioterapia são necessários em equipe multiprofissional, no entanto a falta de ação dos municípios brasileiros e a questão do pouco subsídios torna a presença do fisioterapeuta escassa. Granja (2013 p.18) refere que na saúde, alocar recursos financeiros, de 
maneira mais eficiente e equitativa, é um desafio que os gestores enfrentam cotidianamente.
O fisioterapeuta na comunidade torna-se relevante por contribuir para a educação e acompanhamento do atual modelo de saúde, através da promoção, prevenção, recuperação e reabilitação, promovendo a melhoria da qualidade de vida das pessoas. (RIBEIRO et al., 2015).
A fisioterapia encontrou um grande espaço de execução no campo da saúde pública, mas ainda existem muitos obstáculos para essa nova abordagem. Os profissionais precisam focar no pessoal e na saúde como qualidade de vida. Isso não quer dizer que as pessoas devam ignorar todos os saberes relacionados ao tratamento e à reabilitação, pois embora a saúde precise ser considerada de forma mais ampla, pensando na qualidade de vida; os empecilhos, as deficiências e as enfermidades também existem. (RIBEIRO et al., 2015).
 A investigação de experiências de desempenho da fisioterapia na atenção primária à saúde, assim como os dados empíricos desta pesquisa, mostram que este desempenho foi caracterizado por meio de atividades ligadas à reabilitação, porque é a necessidade mais urgente da população, e esta é a função mais conhecida do fisioterapeuta. No entanto, outras formas de ação, voltadas também para a manutenção da saúde, têm se desenvolvido em tempo hábil. Em geral, consistiam em: atendimento às pessoas que precisam de reabilitação, tanto na área de saúde quanto no domicílio, hipertensos, diabéticos, grávidas.
5. CONCLUSÕES
 Tendo como base as pesquisas mencionadas, pode-se concluir que o fisioterapeuta é de primordial importância nas equipes multidisciplinares em Unidades Básicas de Saúde ou mesmo no atendimento domiciliar, pois leva a cabo o tratamento dos pacientes, auxiliando na reabilitação e na promoção à saúde do mesmo. Os estudo de campo mostram que não podemos afirmar que só a fisioterapia traz os benefícios, ao contrário, a visita domiciliar realizada por uma equipe multidisciplinar traz uma perspectiva mais ampla, proporciona momentos de conhecimento e melhora a resposta a solicitações do usuário, havendo um necessidade de treinar, por meio da formação acadêmica, futuros profissionais de fisioterapia, que venham a atuar na área da saúde por meio de vivências práticas realizadas com Programa da Saúde Família. É de suma importância a participação do fisioterapeuta na saúde primaria a família, em relação à atuação do fisioterapeuta na ESF através da pesquisa verificamos que este ainda é um processo que está em construção. Analisamos que assim como na maioria 
dos municípios brasileiros também na região do estudo feito na Bahia e Fortaleza o fisioterapeuta possui pouca inserção junto aos profissionais atuantes nas equipes da 
ESF. No programa de Residência Multiprofissional feito em Fortaleza verificamos que a inclusão do profissional em fisioterapia na saúde da família trouxe benefícios para a comunidade agindo mais efetivamente com a promoção e a prevenção de agravos, reduzindo custos com assistência e a reabilitação tardia dos doentes.
 Em suma, esta pesquisa permite observar o quanto a inclusão dos fisioterapeutas em equipes multidisciplinares e de importância para a comunidade, ampliando a perspectiva de atuação do fisioterapeuta, tornando a sua intervenção mais orientada as necessidades do paciente e assim gerando uma motivação com compromisso junto a saúde da comunidade.
REFERÊNCIAS
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BISPO Júnior JP. Fisioterapia e saúde coletiva: desafios e novas responsabilidades profissionais. Ciência & Saúde Coletiva, p.1627-36, jun. 2010. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-81232010000700074. Acesso em 21 de set. 2021.
BISPO Júnior, JP. Formação em fisioterapia no Brasil: reflexões sobre a expansão do ensino e os modelos de formação. Hist. Cienc. Saúde-Manguinhos, jul.-set. 2009, p.655-68. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59702009000300005. Acesso em 08 set. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Fisioterapia. Disponível em: http://portal.mec. gov.br/cne/arquivos/pdf/CES042002.pdf. Acesso em 21 de out. 2021.
CONCEIÇÃO A.P., VIANA C., TRIPPO K., FERREIRA R., MAÍTA T. Fisioterapia 
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http://revistas.unijorge.edu.br. Acesso 21 de out.2021.
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1 Nome dos acadêmicos: Denise Kotoski Bauer B Santos, Evelim Camargo, Valcirene Souza .Borges.
2 Nome do Professor tutor externo: Eveline Silva Cunha
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (BFI-0112) – Prática do Módulo I – Saúde Coletiva - 04/11/2021.
1 Nome dos acadêmicos: Denise Kotoski Bauer B Santos, Evelim Camargo, Valcirene S.Borges.
2 Nome do Professor tutor externo: Eveline Silva Cunha
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (BFI-0112) – Prática do Módulo I – Saúde Coletiva - 04/11/2021.

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