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Fatores econômicos - produção e gestão

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Climatologia e MeteorologiaClimatologia e MeteorologiaFatores econômicos - produção e gestão
São Luís
2024
Introdução
A política monetária de controle e seleção de crédito age diretamente no crédito. Com essa interferência, o Banco Central pode determinar qual volume de crédito que poderá ser disponibilizado, bem como as taxas de juros e as outras condições de alguns tipos de financiamento. Um exemplo comum é a interferência governamental (política de controle e seleção de crédito) feita sobre o crédito habitacional, onde o governo muda as linhas de financiamento, alterando as condições que são aplicadas, como, por exemplo, quando o governo estipula que uma pessoa pode financiar 50% do valor de um imóvel usado em um ano, mas altera esse percentual para 80% em outro ano. Os quadros a seguir resumem a política monetária.
A política monetária é bem tranquila de ser entendida, basta pensarmos que alguém precisa controlar a oferta de dinheiro (moeda) no sistema econômico, com a finalidade de estabilização e controle dos níveis de preços praticados nesta economia, de forma a trazer o equilíbrio do sistema econômico local. Podemos destacar que a política monetária tem como foco ações que visam controlar a oferta de moeda; alterar a demanda por moeda e, consequentemente, os juros; e também trata como a alteração dos juros impacta produção e a inflação. Quando o governo amplia a oferta de moeda, ele faz política monetária expansionista; já quando ele diminui a oferta de moeda, ele faz política monetária contracionista. Essas políticas acabam impactando a taxa de juros do país que acabará tendo uma influência no nível de produção (renda) do país (metas produtivas) e no nível de inflação do país (metas inflacionárias). Para ampliar ou reduzir a oferta de moeda, o governo tem em suas mãos os seguintes instrumentos: recolhimento compulsório, redesconto bancário, operações com títulos públicos e controle e seleção de crédito
DESENVOLVIMENTO 
A palavra “compulsório” nos remete a algo forçado, obrigatório. Assim, o instrumento de política monetária baseado no recolhimento compulsório está relacionado com a obrigatoriedade que os bancos comerciais têm em fazer depósitos no Banco Central (BACEN). Sabe aquele dinheiro que você coloca no banco comercial em que você tem conta? Então, parte dele vai ser depositado no Banco Central. Funciona mais ou menos assim: imagine que o Banco Central estipulou uma taxa de compulsório de 45%; dessa forma se uma pessoa (cliente A) depositar R$ 100,00 em um banco comercial qualquer, esse banco precisará separar R$ 45,00 para serem “guardados” (depositados) no BACEN. Isso acontece porque os bancos comerciais pegam o dinheiro depositado pelo cliente A, por exemplo, e o emprestam a outros agentes econômicos (os bancos comerciais alcançam resultados expressivos de lucro porque pegam o dinheiro depositado pelos seus clientes e o emprestam, a juros altos, a outros). Assim, se o banco comercial emprestasse todo o dinheiro depositado pelo cliente A (os R$ 100,00 do nosso exemplo), ele ficaria sem recursos financeiros para repassar ao efetivo dono desse dinheiro (o cliente A), caso ele fosse fazer um saque de dinheiro da sua conta. Assim, como existe o recolhimento compulsório, os bancos comerciais sempre terão guardado (no BACEN) um percentual do dinheiro depositado pelos clientes, para que eles “devolvam” esse dinheiro quando os clientes quiserem sacá-lo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quando o Banco Central quer fazer política monetária contracionista, ele quer diminuir a quantidade de moeda em circulação (ou seja, o Banco Central faz uma ação para diminuir o interesse dos bancos comerciais emprestarem dinheiro), e, por isso, as taxas de juros oferecidas para este tipo de empréstimos (chamadas de taxas de redesconto) são ampliadas, pois, assim, os bancos comerciais vão evitar pegar esse dinheiro emprestado junto ao Banco Central, guardando (e, portanto, não emprestando), um recurso acima da taxa de compulsório estipulada (chamado de encaixe voluntário). Desta forma, a quantidade de empréstimos realizados pelos bancos comerciais (para que os agentes econômicos adquiram mais bens e serviços) diminui, reduzindo, consequentemente, a aquisição de bens e serviços, o que diminui a produção e o emprego. 
Caso a taxa do redesconto seja diminuída, os bancos comerciais não se interessam em ter encaixes voluntários (pois qualquer problema de fluxo de caixa pode ser sanado com empréstimos junto ao BACEN a juros baixos), levando-os a emprestarem mais dinheiro na economia, fomentando o aumento do consumo de bens e serviços nesse país (política monetária expansionista). Outro instrumento de política monetária é aquele que trata da operação de compra e venda de títulos públicos, conhecida como faça você mesmo acesse o link disponível em: (Acesso em: 26 mar. 2016) e baixe a tabela do Excel que mostra a evolução histórica dos valores da taxa de compulsório no Brasil, desde 1994. Na coluna “Recursos à Vista”, você consegue ver qual foi a taxa de compulsório estipulada para os depósitos feitos em Conta Corrente, nesse período. Associe essa alteração da taxa de compulsório com qual tipo de política monetária o governo pretendia fazer em cada momento. 220 U4 - Conceitos e análises sobre a macroeconomia política de open Market feita pelo Banco Central. 
Esta forma é bastante utilizada e tem resultados eficientes no objetivo de trazer equilíbrio na oferta e demanda de moeda, regulando a taxa de juros, o que vai impactar o consumo e a produção. Seria como se existisse uma “chave” que o governo vira: quando precisa diminuir a taxa de juros para aumentar a circulação de dinheiro, o consumo e a produção, o Banco Central resgata (compra) títulos públicos que estão disponíveis no mercado (nesse caso, o governo injeta mais dinheiro no mercado para fazer a aquisição desse título, configurando uma política monetária expansionista). Ao passo que, se ele quiser diminuir a oferta de moeda no mercado (política monetária contracionista), o governo abre suas portas e vende títulos públicos que estão em seu poder (para adquirir o título público, o comprador dá o dinheiro ao governo e fica com o papel público), e com isso, tira parte desses recursos de circulação (das mãos das pessoas), que não estarão mais disponíveis para as pessoas utilizarem na aquisição de bens e serviços, fazendo com que haja um aumento da taxa de juros. Por essas condições, entende-se que esses títulos são como ativos de renda fixa, sendo uma ótima opção para investimentos.
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