Buscar

CURSO TOMOGRAFIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 67 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 67 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 67 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

[Digite texto] 
 
2020 
Apostila 
Pós-Técnico em Tomografia 
Unidade 1 
 
 
 
2 
 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 
 
Introdução 
A Tomografia Computadorizada (TC) é um método de diagnóstico por imagem que 
utiliza a radiação ionizante produzida artificialmente em ampolas de raios X para 
gerar imagens internas de objetos e/ou pacientes em fatias ou cortes anatômicos. 
Em relação à aquisição de imagens tal como método, houve evoluções em 
máquinas helicoidais que realizavam aquisições diretas em planos axiais e coronais. 
Com a chegada da tecnologia multislice, essa possibilidade se torna dispensável, 
sendo adquirido como imagem principal apenas o plano axial (superior – inferior ou 
inferior – superior). Com a evolução da tomografia, os cortes ficam cada vez mais 
finos, o que possibilita um aumento no número de cortes e aquisições. Essa 
combinação é perfeita para reconstruções em planos não adquiridos como o plano 
coronal (posterior para anterior) e sagital (esquerda para a direita). 
Neste curso, abordaremos o uso da tomografia para exames diagnósticos. Para 
tanto, desenvolveremos e dissertaremos sobre anatomia e protocolos utilizados no 
dia a dia de um Centro de Diagnóstico por Imagens (CDI). 
 
Historia e evolução da TC 
Desenvolvida na década de 1970 por Godfrey Newbold Hounsfield e seus 
colaboradores, a TC concentrou seu primeiro exame na região do crânio. Ao longo 
do tempo, esse método vem passando por evolução contínua, saindo da primeira 
geração da década de 1970, que levava aproximadamente cinco minutos para 
efetuar um corte axial. A imensa evolução dos dias atuais possibilita realizar um 
exame inteiro em segundos. Podemos dizer, em números, que alguns multislice são 
capazes de realizar até 640 cortes em um segundo (Figura 1), sendo utilizada tanto 
para diagnóstico como, nos últimos anos, para intervenção. 
 
 
3 
 
 
Figura 1: TC de crânio – a evolução da primeira imagem à atual. 
Fonte: Google 
 
É notável a evolução da TC, que possibilitou a evolução do diagnóstico. Na Figura 1, 
vemos como a baixa resolução na imagem de 80x80 pixel trazia dificuldades na 
visualização. Nos tempos atuais, trabalhamos com matrizes de 320x320, 512x512. 
Observe na Tabela 1 a evolução do método. 
 
Tabela 1: Historia e evolução da TC. 
1895 Descoberta do raio X por Wilhelm Röentgen. 
1963 
Allan Comarck descreveu a técnica do cálculo de absorção e distribuição da dose no 
corpo humano. 
1972 Godfrey Newbold Hounsfield realizou o primeiro exame clínico em TC de crânio. 
1975 Realização de exame de corpo inteiro. 
1979 Godfrey Newbold Hounsfield e Allan Comarck receberam o prêmio Nobel. 
1989 Realizadao a primeira TC em espiral helicoidal. 
1998 É construído o primeiro tomógrafo multislice. 
2000 Introdução da combinação PET/CT. 
2001 Chegada dos multislice de 16 canais. 
2004 Chegada dos multislice de 64 canais. 
2006 Introdução da técnica Dual Energy. 
2010-2018 No mundo, mais de 50 mil tomógrafos instalados do tipo multislice de até 340 canais. 
 
Elucidando a Tabela 1, é possível notar que precisou de três anos para evoluir de 
um CT de crânio que só realizava exames de crânio para a criação do CT de corpo 
inteiro como na forma atual. A evolução das gerações de TC contou com o aumento 
gradativo das matrizes de imagens e a evolução contínua da informática, dos 
processadores, entre outros. 
tp://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjDwt-62tjeAhWCE5AKHdLHDvYQjRx6BAgBEAU&url=http://web2.uwindsor.ca/courses/physics/high_schools/2006/Medical_Imaging/cthistory.html&psig=AOvVaw3Ga9KSe9Oty9LoFtfdycDN&ust=1542450614883048
 
 
4 
 
A chegada da tecnologia helicoidal ou espiral na geração 4 trouxe avanços utilizados 
até hoje, sendo a principal diferença o movimento contínuo da mesa em relação ao 
giro da ampola, diferentemente das gerações anteriores que era corte a corte: 
realizava-se um corte e a mesa se movia para fazer outro corte. A Figura 2 
demonstra a técnica corte a corte. As Figuras 3 e 4 demonstram a técnica helicoidal 
e a técnica helicoidal multislice que se diferenciam pela quantidade de detectores e 
não pelo movimento da mesa. 
 
Figura 2: Primeiras gerações de TC - corte a corte. 
Fonte: Google 
 
Figura 3: Terceira geração - início da técnica helicoidal. 
Fonte: Google 
 
 
 
5 
 
Figura 4: Sexta geração ou multislice - técnica atual. 
Fonte: Google 
 
É importante ressaltarmos que, em nosso curso, abordaremos protocolos e aspectos 
atuais utilizados em máquinas multislice. 
 
Tomografia computadorizada: conhecendo os componentes 
Independente de marca ou modelo, os componentes de uma TC são facilmente 
reconhecidos. É muito importante o profissional da imagem reconhecer os 
componentes e saber utilizá-los devidamente para realizar um bom exame de TC. 
Os principais componentes estão demonstrados nas Figuras 5, 6 e 7 e são: 
• Gantry: área principal onde está o tubo de raios X e os detectores e as placas 
controladoras; 
• Mesa de exame: acoplada e fixa ao gantry, onde se posiciona o paciente; 
• Mesa de comando: workstation do tecnólogo local da programação e pós-
processamento; 
• Computador: informação e processamento de imagens adquiridas; 
• Bomba injetora: para uso de meios de contraste em administração contínua. 
 
 
Figura 5: Equipamento Siemens Perspective - mesa de exame; Gantry; e comandos 
de movimentos da mesa. 
Fonte: SIEMENS, 2020. 
 
 
6 
 
 
A Figura 5 demonstra um equipamento dos mais atuais no mercado, que 
equipamento permite tanto uso para medicina diagnóstica quanto medicina 
intervencionista, com protocolos próprios para diagnósticos e sistemas de 
intervenção. A mesa é acoplada ao equipamento e permite movimento de subida e 
descida e entrada e saída, que são essenciais para posicionar o paciente para o que 
damos o nome de zerar o protocolo (colocar o paciente na posição inicial do exame 
para realização do scout). As setas mostram a direção para cima para baixo, entrada 
ou saída, comandos simples a posterior. O movimento da mesa é totalmente 
sincronizado com os comandos determinados dentro do protocolo. 
 
Figura 6: Mesa de comando e computador, Workstation. 
Fonte: SIEMENS, 2020. 
 
A Figura 6 apresenta nossa região de trabalho e é aqui que, após posicionar o 
paciente, damos início ao exame, realizando o scout ou topograma e posteriormente 
delimitamos início e fim dos cortes. Dessa forma, realizamos um exame diagnóstico 
e ou auxiliamos no processo de intervenção (biópsias ou drenagens guiadas por 
tomografia). 
A workstation permite pós-processamento de imagens, principalmente reconstruções 
tridimensionais. 
 
 
7 
 
 
Figura 7: Comando e bomba injetora. 
Fonte: Marzocchi Luigi 
 
A evolução da interligação da bomba injetora com o equipamento gerou diversos 
avanços nos protocolos, permitindo a realização de angiotomografias e o avanço em 
protocolos com contraste e possibilitando e melhorando aquisição de fases arteriais 
em exames de tórax e abdome. 
 
Atendimento ao paciente e posicionamento 
É muito importante receber bem o paciente e conduzi-lo à sala de realização de 
exames, respeitando o código de ética dos profissionais das técnicas radiológicas, 
ou seja, o desempenho das funções profissionais independe da nacionalidade, raça, 
sexo, idade, escolhas políticas, religiosas e classe social. 
O acolhimento e a empatia do profissional das técnicas radiológicas é muito 
importante, por isso, deve-se tratar o paciente de forma cordial e orientar para que 
colabore durante a execução do exame. É importante entendermos que o paciente 
chega apreensivo, com dúvidas e preocupações referentes ao seu quadro clínico. É 
nossa obrigação transferir segurança a este. 
O início de todo exame de TC ocorre com o que chamamos de zerar o exame 
(protocolo), termo que significa demonstrar ao equipamento quando se deve iniciar a 
aquisição do topogramade imagem. Para tal, é importante entender como o 
paciente está posicionado em relação ao gantry e qual o movimento da mesa, 
fatores normalmente já preestabelecidos nos protocolos salvos. 
 
 
8 
 
Quando o paciente deita na mesa com a cabeça na direção do equipamento 
(gantry), indicamos no nosso protocolo que ele está entrando em posição head first 
(cabeça primeiro). Quando deita na mesa com os pés na direção do equipamento 
(gantry), indicamos no nosso protocolo que está em posição feet first (pés primeiros). 
O movimento da mesa se faz importante, pois a maioria dos locais prefere trabalhar 
com o movimento craniocaudal no topograma, em que a mesa se desloca sempre 
da direção do crânio para direção dos pés que, para nós, profissionais, indica 
sempre zerar o laser acima da área de interesse. Ex.: no exame de crânio, o laser 
deve estar acima do topo do crânio do paciente. O movimento caudocranial exerce o 
movimento dos pés ao crânio, mais utilizados em joelho, tornozelo e pé. Nesses 
casos, zeramos após a estrutura. Como exemplo, citamos o joelho que entra feet 
first e zeramos próximo ao fêmur na parte distal depois da patela. 
A posição do paciente na mesa também é importante e pode ser: 
• DDH – Decúbito dorsal horizontal 
• DV – Decúbito ventral 
• DLD – Decúbito lateral direto 
• DLE – Decúbito lateral esquerdo 
 
Feita a parte inicial de todo o exame, devemos entender quais são nossas 
obrigações e realizá-las para fazer um bom exame de forma segura. 
• Receber a pasta do paciente; 
• Conferir nome do paciente; 
• Conferir pedido médico; 
• Conferir questionário; 
• Conferir conduta médica; 
• Colar etiqueta no caderno de registro; 
• Assinar o exame; 
• Zerar a máquina de acordo com exame solicitado; 
• Conversar com o paciente e verificar se este tem dúvidas em relação ao exame; 
• Iniciar o exame; 
• Realizar fotos do exame e documentar. 
 
Parâmetros de imagem 
 
 
9 
 
Filtros: são capazes de realçar qualidade de imagens que possuam densidades 
semelhantes em tons de cinza, evidenciando tecidos, em particular, a partir da 
região escolhida e o tecido específico, proporcionando melhor definição e nitidez. 
Cada estrutura promove uma densidade de cinza diferenciada. Quando pensamos 
no osso e no ar, é fácil diferenciar, porém grande parte das estruturas promovem 
tons de cinzas muito similares. Os diversos filtros presentes nos equipamentos de 
TC auxiliam na diferenciação dessas densidades. Reconhecer e usar os filtros 
corretamente é obrigação do profissional das imagens. 
Filtro standard: utilizado em tecidos de partes moles, é próprio para uso em adultos. 
Filtro detail: utilizado para imagens de densidades intermediárias entre músculos e 
ossos, é muito usado em exames musculoesquelético. 
Filtro bone: utilizado em imagens de densidades ósseas, evidencia bem a cortical e 
é muito usado para quedas seguidas de traumas. 
Filtro edge: filtro duro, assemelha-se ao filtro bone, pois evidencia estruturas ósseas, 
mas é utilizado em áreas ósseas mais densas. Ex.: mastoides. 
Janelas de TC: estabelecidas pelos valores de WW (Windows Wide – largura da 
janela – brilho) e WL (Windows Level – nível da janela – contraste), obedece à 
escala de cinza, em que cada órgão com suas características representa tons de 
cinza dentro da escala. A escala que a determina é a de Hounsfield. 
Unidades Hounsfield (UH): mede os diferentes coeficientes de atenuação dos 
tecidos em uma escala de cinza. Valores dessa escala vão de 1000 a -1000, sendo 
que quanto mais alto o valor, maior a densidade do local e, na imagem, a 
característica de hiperdensidade é a cor clara branco. O valor negativo dessa escala 
é representativo de baixas densidades como o ar e o aspecto na imagem é de 
hipodensidade ou escuro. 
A Figura 8 mostra a tabela de UH, definida por numero +1000 a -1000, em que cada 
valor determina regiões diversas do corpo e estudo e auxiliam diretamente no 
posterior janelamento da imagem. 
 
 
10 
 
 
Figura 8: Tabela de escala cinza em unidades de medidas HU. 
 
Parâmetros para protocolos 
Scan time: é o tempo de varredura de um corte ou de um giro completo do tubo, 
determinando a quantidade de cortes por segundo em relação à quantidade de 
canais da máquina. 
Pitch: é a distância percorrida pela mesa durante um giro completo do tubo no 
momento da aquisição dos cortes. Uma forma mais prática de tentar explicar o pitch 
é pensar em caderno espiral: as argolas formadas são similares ao movimento do 
tubo em volta do paciente; a distância entre um giro e outro é o pitch. Pensando em 
TC, é possível aumentar o espaço entre uma argola e outra e, assim, diminuir o 
tempo do exame, mas o custo desse ganho de tempo é a perda da qualidade de 
resolução, sendo a realidade inversamente proporcional: ao diminuir o pitch, 
aumenta-se o tempo e a qualidade da imagem. 
Espessura: a espessura de corte (slice) varia de fabricante para fabricante, podendo 
ser de 0.6 mm a 10 mm. Quanto mais fino o corte, menor a resolução, e quanto mais 
grosso, maior a resolução. No entanto, cortes finos favorecem por darem mais 
informações de uma mesma região e permitem analisar patologias em estágios 
iniciais. Nosso curso pós-técnico, as aulas se concentram em protocolos para 
equipamentos multislice, em que espessuras mais finas (0,6 mm ou 1 mm) são 
utilizadas para aquisição, e cortes mais grossos, para reconstruções e 
reformatações. 
 
 
11 
 
Incremento: varia de acordo com o fabricante, que pode ser de 0 a 50 mm. Nossa 
apostila apresenta protocolos para equipamentos multislice, em que espaçamentos 
mais finos (0,6 mm ou 1 mm) são utilizados para aquisição, e cortes mais grossos, 
para reconstruções e reformatações. 
Pixel: é o menor ponto da imagem. A união dessas linhas e colunas forma a matriz. 
Matriz: é uma das responsáveis pela resolução de uma imagem digital. Quanto 
maior a matriz, maior a resolução espacial da imagem, precisando de um maior 
poder de processamento por parte do equipamento e computador. Parâmetro fixo 
predeterminado: quanto mais novo o equipamento, maior sua matriz. 
FOV: Field of view – campo de visão, representa o tamanho máximo que o objeto 
pode ocupar dentro de uma matriz. Alguns equipamentos tem FOV máximo de 500 
mm, porém softwares de reconstrução têm permitido FOV de até 700 mm. O FOV 
está ligado diretamente à área de interesse do exame. 
Kv: está diretamente ligado ao poder de penetração dos fótons de raio X. Em TC, 
sempre apresenta três valores que variam de fabricante para fabricante e de modelo 
para modelo, podendo ser 80/110/130 e/ou 90/120/140. 
mA: diretamente ligado à produção, a quantidade de fótons de raio X em máquinas 
antigas era ajustável manualmente. Em máquinas multislice, existe a tecnologia 
Modulação de dose que mede o valor de mA necessário para cada exame, cada 
pessoa de acordo com a estrutura e a densidade da área de exame. A Figura 9 
apresenta nomes comerciais para modulação de dose. 
 
Figura 9: Nomes comerciais por fabricantes do modulador de dose. 
 
A modulação de dose foi essencial para diminuição das doses em equipamentos 
multislice. Por meio de cálculos matemáticos, o equipamento consegue utilizar o 
menor valor de mA para realização de um exame de qualidade. Esses cálculos 
utilizam o scout ou topograma para determinar a área e ou espessura e, assim, 
determinar qual mA utilizado e a sua variação dentro da aquisição. 
 
 
12 
 
 
Plataforma multiplanar (MPR) 
Área de pós-processamento de exame em TC possibilita a reformatação em sagital 
e coronal e a reconstrução axial em cortes mais grossos, importante função para 
obtenção de novos planos e muito utilizada na formatação de imagens com 
espessuras para realizar documentação. 
É importante o conhecimento de direção dos cortes para realização da reconstrução, 
que podem ser realizadas na própria máquina de exames bem como nas workstation 
e consisteem utilizarmos o volume de imagens adquiridas no plano axial e, 
posteriormente, conseguirmos obter outros planos como sagital e coronal. 
Plano coronal: pode ser reconstruído utilizando tanto o plano axial como o plano 
sagital. A direção dos cortes deve ser sempre de posterior para anterior. No plano 
axial, os cortes serão posicionados horizontalmente e, no sagital, serão 
posicionados verticalmente. 
 
Figura 10: Reformatação coronal no plano axial e no plano sagital 
 
Protocolos de tomografia 
 
Protocolos de tórax, abdome e pelve 
Plano sagital: pode ser reconstruído utilizando tanto o plano axial como o plano 
Coronal a direção dos cortes deve ser sempre da Esquerda para a Direita, no plano 
axial e no plano coronal os cortes serão posicionados verticalmente, dessa forma 
sempre estando da esquerda para a direita. 
P 
A 
P 
A 
A 
P 
 
 
13 
 
 
Figura 11: Reformatação sagital no plano axial a esquerda e resultado direto da 
reformatação imagem sagital da coluna lombar. 
 
Protocolos em tomografia computadorizada e anatomia regional 
 
Protocolos de tórax 
O exame de tórax em TC consiste em apresentar ao médico um exame cujo primeiro 
corte não apresente os campos pulmonares e o último corte compreenda os 
recessos costodiafragmaticos. É possível observar os lobos pulmonares 3 do lado 
direito e 2 do lado esquerdo, além das estruturas adjacentes da região do 
mediastino e gânglios axilares, que são muito importantes na identificação de 
processos inflamatórios. 
Os filtros são muito importantes em todos os exames de tomografia. É importante 
entender que somente irradiamos o paciente uma vez, depois, usamos o mesmo 
volume de imagens, fazemos reconstruções reformatações e adquirimos filtros 
diversos. No exame de tórax e regiões, usamos o filtro standard, que é muito 
importante para os médicos na análise do mediastino. Nessa região, observamos 
contraste de cinzas com hiperdensidades diferente dos pulmões cheios de ar com 
completa hipodensidade. A visualização dos campos pulmonares é feita através do 
filtro lung. Por meio deste, o médico perde a total relação de análise do mediastino, 
mas ganha total visibilidade dos campos pulmonares, suas estruturas e possíveis 
patologias que, dentre as mais diversas, podem ser processos inflamatórios e/ou 
Direita 
R 
Right 
Esquerda 
L 
Left 
 
 
14 
 
tumor. O avanço do método permite hoje análises e uso da tomografia em 
intervenções de biópsias pulmonares guiadas por tomografia e análises dos nódulos. 
O último filtro utilizado na região é específico para exames de arcos costais. Nesse 
exame, o filtro principal é o boné. Nesse exame, buscamos uma fratura óssea na 
região das costelas. Para a visualização de uma possível fratura, não adianta 
utilizarmos os filtros mediastinos e lung. Precisamos de um filtro de osso, ou seja, o 
filtro boné. Outra diferença desse exame é que devemos compreender todas as 
costelas. Outro fato importante é que devemos apresentar ao médico, mesmo em 
um exame de arcos costais, os filtros mediastino e lung para servirem nas suas 
respectivas análises. 
O exame de tórax por tomografia tem sido muito utilizado em exames para análise 
de processos inflamatórios em decorrência do corona vírus (COVID 19). As lesões 
apresentam características muito específicas como lesões de característica vidro 
fosco. 
 
Figura 12: Tomografia de tórax com lesões vidro fosco compatíveis com lesões de 
COVID 19 
Fonte: JBP, 2020. 
 
 
15 
 
 
TC de tórax: protocolo COVID 19 
• Feet first; 
• Espessura: 1 mm; 
• Incremento: 1 mm; 
• Limite superior: ápice do pulmão; 
• Limite inferior: compreender todo pulmão até metade dos rins; 
• Realizar exame com aquisição caudocranial da base dos pulmões, porquê no início 
da apneia que o paciente consegue prender melhor o ar a base pulmonar que se 
movimenta mais já fora adquirido e o ápice mesmo que o paciente respire durante 
a aquisição tem menor movimentação; 
• Kv: 120; 
• mA: dose modulada; 
• Exame todo realizado em apneia; 
• Filtros: standard e lung; 
• Realizar fase expiratória: ou seja, é realizada duas aquisições dentro deste 
protocolo. 
 
TC de tórax: rotina (sem ou com contraste) 
• Feet first; 
• Espessura: 1 mm; 
• Incremento: 1 mm; 
• Limite superior: ápice do pulmão; 
• Limite inferior: compreender todo pulmão até metade dos rins; 
• Em pacientes idosos, pode ser proposto adquirir o exame da base dos pulmões 
para o ápice, ou seja, de baixo para cima (caudocranial) porque é no inicio da 
apneia que o paciente consegue realizar melhor a base pulmonar que se 
movimenta mais já fora adquirido e o ápice mesmo que o paciente respire durante 
a aquisição tem menor movimentação; 
• Kv: 120; 
• mA: dose modulada; 
• Exame todo realizado em apneia; 
• Filtros: standard e lung; 
 
 
16 
 
• Se exame com contraste, realizar diretamente a fase com contraste; 
• Fase com contraste - delay 100 s; 
 
Tórax em alta resolução – expiração 
• Feet first; 
• Espessura: 1 mm; 
• Incremento: 1 mm; 
• Reconstrução 1x10 mm; 
• Limite superior: ápice do pulmão; 
• Limite inferior: base do pulmão; 
• Exame todo realizado em expiração; 
• Realizado pós-exame de rotina, indicado para DPOC; 
• Sem contraste. 
Figura 13: Planejamento de TC de tórax – rotina e alta resolução. 
 
Arcos costais 
• Feet first; 
• Espessura: 1 mm; 
• Incremento: 1 mm; 
• Limite superior: ápice do pulmão; 
• Limite inferior: fim dos arcos costais; 
• Exame todo realizado em apneia; 
• Filtros: standard, lung e bone; 
 
 
17 
 
• Reformatação coronal bone. 
 
Figura 14: Planejamento de TC de arcos costais. 
 
Protocolos de abdome 
As indicações para exame de abdômen são diversas, o que faz com que se tenha 
diversos protocolos: desde o mais simples até protocolos mais extensos e que 
requerem conhecimento dos tempos corretos para aquisição de cada fase. 
Exames sem contraste são mais simples pois são as análises de patologias menos 
complexas que, muitas vezes, apresentam hiperdensidades específicas e/ou 
aumento de regiões órgãos específicos. 
Dentre essas patologias a litíase renal é a mais presente. 
Citamos que alguns locais ou radiologista fazem análises de apendicite sem 
contraste analisando o aumento do apêndice vermiforme, citamos também que nos 
locais onde realizo exames, os médicos optam em seus protocolos pelo uso de meio 
de contraste na fase portal. 
 
 
18 
 
A descoberta e as análises de possíveis nódulos e tumor da região abdominal são 
feitas em um protocolo trifásico (pré-contraste, arterial, portal e equilíbrio) e o 
controle de um tumor é analisado em tempo portal (pré-contraste e portal). 
Um protocolo diferente dentre os protocolos de abdome é o de urotomografia 
(processos inflamatórios da região do trato urinário), rins, ureteres, bexiga e uretra. A 
pielonefrite é uma das indicações mais comuns para exame de urotomografia e, 
nesse protocolo, usamos fases diferentes (pré-contraste, cortiço medular, 
nefrográfica e tardia). 
O exame de abdome compreende desde as cúpulas diafragmáticas até a crista 
ilíaca (abdome superior) ou desde as cúpulas diafragmáticas até a sínfise púbica 
(abdome e pelve ou abdome total). 
O único filtro utilizado nesse exame é o standard ou mediastino e, dentre a escala de 
cinza específica da região, podemos ver todos os órgãos da cavidade abdominal 
(fígado, estômago, baço, pâncreas, rins, ureteres, intestino delgado e grosso). 
Uma das novidades durante a pandemia do coronavírus do exame de abdome é a 
análise das cúpulas diafragmáticas em exames de rotina com filtro lung para 
observar possíveis lesões de COVID 19, porém, em casos positivos, o radiologista 
deve decidir se realiza e/ou pede exame de todo o tórax. Outro fator importante é a 
proteção da equipe que, durante um exame de abdome de rotina, não utilizará todos 
os EPI que utilizaria em um exame específico. 
A parte pélvica, muitasvezes, é adquirida em conjunto ao abdome, sendo a 
observação de órgãos internos pedido como exame de pelve. Já a avaliação de 
parte óssea do pedido deve ser solicitado como exame de bacia. A região anatômica 
nos permite visualizar a bexiga urinária, o fim dos ureteres na região da junção 
ureterovesical (JUV) além dos órgãos sexuais masculino e/ou feminino. 
 
Abdome - rotina/litíase 
• Feet first; 
• Espessura: 1 mm; 
• Incremento: 1 mm; 
• Limite superior: acima de cúpulas diafragmáticas; 
• Limite inferior: abdome superior, crista Ilíaca; abdome total, sínfise púbica; 
• Exame todo realizado em apneia; 
 
 
19 
 
• Pesquisas de cálculos renais ou rotinas normalmente sem contraste. 
 
Abdome Valsalva 
• Feet first; 
• Espessura: 1 mm; 
• Incremento: 1 mm; 
• Limite superior: acima de cúpulas diafragmáticas; 
• Limite inferior: abdome superior, crista ilíaca, abdome total, sínfise púbica; 
• Exame todo realizado em apneia; 
• Exame sem contraste; 
• Duas aquisições: a primeira é uma varredura completa de todo abdome em apneia; 
a segunda com pedido de manobra de Valsalva e realizada somente na área de 
interesse. 
 
Abdome para HD apendicite/diverticulite/reestadiamento de TU 
• Feet first; 
• Espessura: 1 mm; 
• Incremento: 1 mm; 
• Limite superior: acima de cúpulas diafragmáticas; 
• Limite inferior: abdome superior, crista Ilíaca, abdome total, sínfise púbica; 
• Exame todo realizado em apneia; 
• Com contraste; 
• Fase pré-realizada sem contraste e fase portal delay de 80 s. 
 
Abdome para HD pancreatite e tumor 
• Feet first; 
• Espessura: 1 mm; 
• Incremento: 1 mm; 
• Limite superior: acima de cúpulas diafragmáticas; 
• Limite inferior: abdome superior, crista ilíaca, abdome total, sínfise púbica; 
• Exame todo realizado em apneia; 
• Com contraste trifásico; 
 
 
20 
 
• Fase pré/fase arterial, delay 30 a 35 s/fase portal, delay 80 s/fase de equilíbrio, 
delay 3 min. 
 
Urotomografia 
• Feet first; 
• Espessura: 1 mm; 
• Incremento: 1 mm; 
• Limite superior: acima de cúpulas diafragmáticas; 
• Limite inferior: abdome superior, crista Ilíaca, abdome total, sínfise púbica; 
• Exame todo realizado em apneia; 
• Com contraste trifásico; 
• Fase pré/fase arterial, delay 30 a 35 s/fase portal, delay 90 s/fase de tardia, delay 8 
a 10 min. 
 
Enterotomografia 
• Feet first; 
• Espessura: 1 mm; 
• Incremento: 1 mm; 
• Limite superior: acima de cúpulas diafragmáticas; 
• Limite inferior: abdome superior, crista Ilíaca, abdome total, sínfise púbica; 
• Exame todo realizado em apneia; 
• Com contraste fases arterial e portal; 
• Sem realização de fase pré-contraste e feita diretamente a aquisição da artéria 
(delay 30 a 35 s) e a fase portal (delay 80 s). 
 
 
21 
 
 
Figura 15: Planejamento de TC de abdome. Linha amarela: programação para 
abdome superior; linha azul: programação de abdome total ou superior e pelve. 
 
Protocolos de músculo esquelético 
Os protocolos que envolvem essa linha de diagnostico nos remetem a situações 
bem específicas como avaliação de fraturas e pré-operatório de fraturas de grande 
extensão, análise de osteomielite e análises de tumores ósseos primários e/ou 
metástases. 
Esses protocolos envolvem os membros superiores e inferiores além da cintura 
escapula e cintura pélvica. 
A grande maioria das vezes esses protocolo são realizados sem contraste, o mesmo 
somente é solicitado pelo radiologista em pesquisa de tumor e algumas análises de 
osteomielite. 
A anatomia regional envolve o exame de estudo e, apesar de observarmos os 
músculos, o estudo anatômico seccional destes é mais voltado para ressonância 
magnética. Quando usamos a tomografia, pensamos mais no estudo dos ossos da 
região solicitada. 
 
 
22 
 
Os filtros mais comuns a esses protocolos são o filtro bone para análise da parte 
óssea e sua cortical, e o filtro standard ou mediastino usado pelos radiologistas na 
observação das partes moles locorregionais. Em alguns locais, os radiologistas 
gostam de um filtro chamado detail. 
 
Protocolos de membro superior 
 
Ombro 
O exame de ombro em uma rotina normal é realizado de maneira unilateral. Na 
maioria das vezes, acidentes de pequenas a graves proporções podem gerar 
pedidos de TC de ombro em decorrência de luxações e fraturas. 
Reconhecer a anatomia é importante, sendo relevante ressaltar a articulação 
acrômio clavicular no nível superior da linha de aquisição e o terço proximal do 
úmero. A análise médica decorrerá de analisar toda a região principalmente cabeça 
do úmero e colo, articulação glenoumeral, escapula e clavícula. 
Somente a análise de osteomielite e/ou tumor podem requerer uso de meios de 
contraste. 
 
Protocolo de ombro 
• Head first; 
• Espessura: 1 mm; 
• Incremento: 1 mm; 
• Limite superior: articulação acrômio-clavicular; 
• Limite inferior: 3 cm abaixo do plano da borda inferior da glenoide; 
• Elevar MS oposto; 
• KV: 120; 
• MA: dose modulada; 
• Exame de rotina sem contraste; o uso de contraste em exames de músculo 
esquelético ocorre apenas para hipóteses de pesquisas de osteomielite difusa e 
tumor. 
 
 
23 
 
Figura 16: Planejamento de TC de ombro com imagem axial em filtro bone. 
 
Clavícula 
O exame de clavícula em uma rotina normal é realizado de maneira unilateral. Na 
maioria das vezes, acidentes de pequenas a graves proporções podem gerar 
pedidos de TC de clavícula em decorrência de possíveis deslocamentos e fraturas. 
Reconhecer a anatomia é importante para a execução do exame. Devemos 
reconhecer a articulação acromioclavicular mais lateral e a articulação esternocostal 
mais medial, devendo estas estarem inclusas na aquisição que notoriamente deve 
ter limites superior e inferior menores do que a aquisição de ombro. 
Somente a análise de osteomielite e/ou tumor podem requerer uso de meios de 
contraste. 
 
Protocolo de clavícula 
• Head first; 
• Espessura: 1 mm; 
• Incremento: 1 mm; 
• Limite superior: articulação acromioclavicular; 
• Limite inferior: articulação externoclavicular; 
• Espessura de corte: 0,6 mm; 
• KV: 120; 
• MA: dose modulada; 
• Exame de rotina sem contraste; o uso de contraste em exames de músculo 
esquelético ocorre apenas para hipóteses de pesquisas de osteomielite difusa e 
tumor. 
 
 
24 
 
Figura 17: Planejamento de TC de clavícula com imagem axial em filtro bone. 
 
Braço 
O exame de braço em uma rotina normal é realizado de maneira unilateral. Na 
maioria das vezes, acidentes de pequenas a graves proporções podem gerar 
pedidos de TC de braço em decorrência de fraturas ou suspeita de tumor. 
Reconhecer a anatomia é de suma importância. O exame da articulação 
acromioclavicular é feito no nível superior da linha de aquisição até a articulação do 
cotovelo, ou seja, temos de incluir as duas articulações em nossa aquisição. A 
análise médica decorrerá de analisar toda a região principalmente cabeça do úmero, 
colo umeral, epífises e diáfises e as articulações superior e inferior. 
Somente a análise de osteomielite e/ou tumor podem requerer uso de meios de 
contraste. 
 
Protocolo braço 
• Head first; 
• Espessura: 1 mm; 
• Incremento: 1 mm; 
• Limite superior: articulação acromioclavicular; 
• Limite inferior: articulação do cotovelo; 
• Elevar MS oposto; 
• KV: 120; 
• MA: dose modulada; 
• Exame de rotina sem contraste; o uso de contraste em exames de músculo 
esquelético ocorre apenas para hipóteses de pesquisas de osteomielite difusa e 
tumor. 
 
 
25 
 
Figura 18: Planejamento de TC de braço com imagem axial em filtro standard. 
 
Cotovelo 
O exame da região cubital ou cotovelo em uma rotina normal é solicitado para 
apenas uma lateralidade. Na maioria das vezes, acidentes de pequenas a graves 
proporções podem gerar pedidos de TC de cotovelo em decorrência de luxação ou 
fraturas. 
Reconhecer a anatomia é de suma importância para o exame. Os cortes devem ser 
de proximal para distal,ou seja, do úmero em direção ao rádio e à ulna. É muito 
importante reconhecer o que é posterior na articulação do cotovelo e neste caso é o 
olecrano. Também visualizamos a parte distal do úmero e a parte proximal do radio 
e da ulna. 
Somente a análise de osteomielite e/ou tumor podem requerer uso de meios de 
contraste. 
 
Protocolo cotovelo 
• Espessura: 1 mm; 
• Incremento: 1 mm; 
• Limite superior: superior a aos epicôndilos do úmero; 
• Limite inferior: abaixo da tuberosidade do rádio e da ulna; 
• Decúbito ventral; 
• Posição de superman; 
• Espessura de corte: 0,6 mm; 
• KV: 120; 
 
 
26 
 
• MA: dose modulada; 
• Exame de rotina sem contraste; o uso de contraste em exames de músculo 
esquelético ocorre apenas para hipóteses de pesquisas de osteomielite difusa e 
tumor. 
Figura 19: Planejamento de TC de cotovelo com imagem axial em filtro bone. 
 
Antebraço 
O exame do antebraço em uma rotina normal é realizado de maneira unilateral, na 
maioria das vezes, acidentes de pequenas a graves proporções podem gerar 
pedidos de TC de antebraço em decorrência de fraturas ou suspeita de tumor. 
Reconhecer a anatomia é de suma importância o exame deve ser realizado de 
proximal articulação do cotovelo para distal articulação do punho, temos de incluir as 
duas articulações em nossa aquisição a análise médica ira decorrer de analisar toda 
a região, rádio, ulna em suas epífises e diáfises proximais e distais. 
Somente a análise de osteomielite e ou tumor podem requerer uso de meios de 
contraste. 
 
Protocolo antebraço 
• Head first; 
• Espessura: 1 mm; 
• Incremento: 1 mm; 
• Limite superior: superior à articulação do cotovelo; 
• Limite inferior: incluir articulação radiocarpal; 
• Decúbito ventral; 
• Posição de superman; 
• KV: 120; 
 
 
27 
 
• MA: dose modulada; 
• Exame de rotina sem contraste; o uso de contraste em exames de músculo 
esquelético ocorre apenas para hipóteses de pesquisas de osteomielite difusa e 
tumor. 
Figura 20: Planejamento de TC de antebraço, topograma frente e perfil. 
 
Punho 
O exame de punho em uma rotina normal é realizado de maneira unilateral. Na 
maioria das vezes, acidentes de pequenas proporções podem gerar pedidos de TC 
de punho em decorrência de fraturas ou dores por movimentos repetitivos. 
Reconhecer a anatomia é de suma importância. O exame deve ser realizado de 
proximal articulação radioulnar distal para distal metacarpos. A análise médica 
decorrerá de analisar toda a região, regiões articulares e ossos do punho, pisiforme, 
piramidal, semilunar, escafoide, trapézio, trapezoide, capitato e hamato. 
Somente a análise de osteomielite e/ou tumor podem requerer uso de meios de 
contraste. 
 
Protocolo punho 
• Head first; 
• Espessura: 0,6 mm; 
 
 
28 
 
• Incremento: 0,6 mm; 
• Limite superior: superior aos epicôndilos do úmero; 
• Limite inferior: abaixo da tuberosidade do rádio e da ulna; 
• Decúbito ventral; 
• Posição de superman; 
• KV: 120; 
• MA: dose modulada; 
• Exame de rotina sem contraste; o uso de contraste em exames de músculo 
esquelético ocorre apenas para hipóteses de pesquisas de osteomielite difusa e 
tumor. 
 
Figura 21: Programação de TC de punho, com imagem axial bone. 
 
Mão 
O exame da mão em uma rotina normal é realizado de maneira unilateral. Na 
maioria das vezes, acidentes de pequenas proporções podem gerar pedidos de TC 
de mão em decorrência de fraturas ou luxações das falanges e pré-operatórios. 
Reconhecer a anatomia é de suma importância. O exame deve ser realizado de 
proximal articulação radioulnar distal para distal, incluindo todos os dedos. A análise 
médica decorrerá de analisar toda a região, regiões articulares e ossos do 
metacarpo e as falanges consequentes proximais médias e distais. 
 
 
29 
 
Somente a análise de osteomielite e ou tumor podem requerer uso de meios de 
contraste. 
 
Protocolo mão 
• Head first; 
• Espessura: 0,6 mm; 
• Incremento: 0,6 mm; 
• Limite superior: incluir articulação radiocarpal; 
• Limite inferior: incluir todos os dedos; 
• Decúbito ventral; 
• Posição de superman; 
• KV: 120; 
• MA: dose modulada; 
• Exame de rotina sem contraste; o uso de contraste em exames de músculo 
esquelético ocorre apenas para hipóteses de pesquisas de osteomielite difusa e 
tumor. 
 
Figura 22: Programação de TC de mão e imagem axial bone. 
 
Protocolos para membros inferiores 
 
Bacia 
 
 
30 
 
O exame da bacia se diferencia do exame de pelve no que se refere à análise 
médica. Quando recebemos o pedido de bacia, a análise médica se decorre na 
correlação óssea e devemos incluir ambas lateralidades, o que diferencia este do 
pedido de quadril que é unilateral. Na maioria das vezes, acidentes de pequenas a 
graves proporções podem gerar pedidos de TC de bacia em decorrência de fraturas 
e pré-operatórios. 
Reconhecer a anatomia é de suma importância. O exame deve ser realizado de 
superior para inferior, acima da crista Ilíaca até abaixo da sínfise púbica. A análise 
médica decorrerá de analisar toda a região dos ossos do ilíaco, ísquio e púbis. 
Somente a análise de osteomielite e/ou tumor podem requerer uso de meios de 
contraste. 
 
Protocolo de bacia 
• Feet first; 
• Espessura: 1 mm; 
• Incremento: 1 mm; 
• Limite superior: acima da crista ilíaca; 
• Limite inferior: abaixo da sínfise púbica; 
• Decúbito dorsal; 
• KV: 120; 
• MA: dose modulada; 
• Exame de rotina sem contraste; o uso de contraste em exames de músculo 
esquelético ocorre apenas para hipóteses de pesquisas de osteomielite difusa e 
tumor. 
 
 
31 
 
Figura 23: programação de TC de bacia, imagem axial bone. 
 
Quadril 
O exame de quadril se diferencia do exame de bacia porque a análise deste é 
unilateral e os limites superior e inferior também mudam. Quando recebemos o 
pedido de quadril, a análise médica é voltada para a visualização da parte. Na 
maioria das vezes, acidentes de pequenas a graves proporções podem gerar 
pedidos de TC de quadril em decorrência de fraturas e tumores. 
Reconhecer a anatomia é de suma importância. O exame deve ser realizado de 
superior para inferior, sendo acima da espinha ilíaca anterossuperior até abaixo do 
trocanter menor. A análise médica decorrerá de analisar toda a região dos ossos do 
ilíaco, ísquio e púbis, além da parte proximal do fêmur. 
Somente a análise de osteomielite e ou tumor podem requerer uso de meios de 
contraste. 
 
Protocolo quadril 
• Feet first; 
• Espessura: 0,6 mm; 
• Incremento: 0,6 mm; 
• Limite superior: acima da espinha ilíaca anterossuperior; 
• Limite inferior: abaixo do trocanter menor do fêmur; 
• Decúbito dorsal; 
 
 
32 
 
• KV: 120; 
• MA: dose modulada; 
• Exame de rotina sem contraste; o uso de contraste em exames de músculo 
esquelético ocorre apenas para hipóteses de pesquisas de osteomielite difusa e 
tumor. 
 
Figura 24: programação de TC de quadril, imagem axial bone. 
 
Coxa/fêmur 
O exame de coxa/fêmur normalmente possui uma análise unilateral e os limites 
superior e inferior agora voltam a serem chamados de proximal para distal dentro 
deste exame proximal e limite superior dos cortes e deve ser acima da articulação 
do quadril já a parte distal ou limite inferior deve incluir toda articulação do joelho. 
Na maioria das vezes, acidentes de pequenas a graves proporções podem gerar 
pedidos de TC de coxa/fêmur em decorrência de fraturas e tumores. 
Reconhecer a anatomia é de suma importância. A análise médica decorrerá por toda 
a região das duas articulações e os acidentes ósseos. Podemos citar como regiões 
importantes: acetábulo, cabeça e colo do fêmur, trocanter maior e menor, estas na 
parte proximal do fêmur; já na parte distal, a análise dos côndilos femurais e regiões 
adjacentes. 
Somente a análise de osteomielite e/ou tumor podem requerer uso de meios de 
contraste. 
 
 
 
33 
 
Protocolo coxa/fêmur 
• Feet first; 
• Espessura: 1 mm;• Incremento: 1 mm; 
• Limite superior: acima da articulação coxofemoral; 
• Limite inferior: abaixo da articulação do joelho; 
• Decúbito dorsal; 
• KV: 120; 
• MA: dose modulada; 
• Exame de rotina sem contraste; o uso de contraste em exames de músculo 
esquelético ocorre apenas para hipóteses de pesquisas de osteomielite difusa e 
tumor. 
 
Figura 25: Programação de TC de coxa, imagem axial bone. 
 
Joelho 
O exame de joelho normalmente possui uma análise unilateral e deve ser adquirido 
de proximal para distal. Dentro deste, proximal é o limite superior dos cortes e deve 
ser acima dos côndilos femurais, já a parte distal ou limite inferior deve incluir toda 
tuberosidade da tíbia. Na maioria das vezes, acidentes de pequenas a graves 
proporções podem gerar pedidos de TC de joelho em decorrência de fraturas e 
tumores. 
 
 
34 
 
Reconhecer a anatomia é de suma importância. A análise médica decorrerá em toda 
extensão da articulação do joelho. Podemos citar como regiões importantes: 
côndilos femurais e côndilos tibiais, toda região do platô tibial, além da patela. 
Somente a análise de osteomielite e/ou tumor podem requerer uso de meios de 
contraste. 
 
Protocolo joelho 
• Feet first; 
• Espessura: 0,6 mm; 
• Incremento: 0,6 mm; 
• Limite superior: acima dos côndilos femorais; 
• Limite inferior: abaixo da tuberosidade da tíbia; 
• Decúbito dorsal; 
• Em caso de pedido unilateral, realizar somente o lado solicitado. Elevar membro 
oposto para reduzir artefatos e, em caso de pedido bilateral, alinhar pés, perna e 
manter joelhos juntos e alinhados; 
• KV: 120; 
• MA: dose modulada; 
• Exame de rotina sem contraste; o uso de contraste em exames de músculo 
esquelético ocorre apenas para hipóteses de pesquisas de osteomielite difusa e 
tumor. 
 
Figura 26: Programação de TC de joelho, imagem axial bone. 
 
Perna 
 
 
35 
 
O exame da perna normalmente possui uma análise unilateral e deve ser adquirido 
de proximal para distal. Dentro desse exame, proximal é o limite superior dos cortes 
e deve ser acima dos côndilos femurais, já a parte distal ou limite inferior deve incluir 
toda articulação do tornozelo. Na maioria das vezes, acidentes de pequenas a 
graves proporções podem gerar pedidos de TC de perna em decorrência de fraturas 
e tumores. 
Reconhecer a anatomia é de suma importância. A análise médica decorrerá em toda 
extensão da articulação do joelho até articulação do tornozelo. Podemos citar como 
regiões importantes: côndilos femurais e côndilos tibiais, cabeça da fíbula e o corpo, 
além da parte distal da tíbia maléolo medial e fíbula maléolo lateral. 
Somente a análise de osteomielite e ou tumor podem requerer uso de meios de 
contraste. 
 
Protocolo perna 
• Feet first; 
• Espessura: 1 mm; 
• Incremento: 1 mm; 
• Limite superior: acima dos côndilos femorais; 
• Limite inferior: abaixo da articulação do tornozelo; 
• Decúbito dorsal; 
• Em caso de pedido unilateral, realizar somente o lado solicitado. Elevar membro 
oposto para reduzir artefatos e, em caso de pedido bilateral, alinhar pés, perna e 
manter joelhos juntos e alinhados; 
• KV: 120; 
• MA: dose modulada; 
• Exame de rotina sem contraste; o uso de contraste em exames de músculo 
esquelético ocorre apenas para hipóteses de pesquisas de osteomielite difusa e 
tumor. 
 
 
36 
 
 
Figura 27: programação de TC de perna. 
 
Tornozelo 
O exame do tornozelo normalmente possui uma análise unilateral e deve ser 
adquirido de proximal para distal. Dentro desse exame, proximal é o limite superior 
dos cortes e deve ser acima dos maléolos, já a parte distal ou limite inferior deve 
incluir toda parte plantar dos pés. Na maioria das vezes, acidentes de pequenas a 
graves proporções podem gerar pedidos de TC de perna em decorrência de torções 
fraturas ou tumores. 
Reconhecer a anatomia é de suma importância. A análise médica decorrerá em 
articulação do tornozelo. Podemos citar como regiões importantes: côndilos femurais 
e côndilos tibiais, cabeça da fíbula e corpo, além da parte distal da tíbia maléolo 
medial e da fíbula maléolo lateral. 
Somente a análise de osteomielite e ou tumor podem requerer uso de meios de 
contraste. 
 
Protocolo tornozelo 
• Feet first; 
• Espessura: 0,6 mm; 
• Incremento: 0,6 mm; 
• Limite superior: acima dos maléolos; 
• Limite inferior: abaixo da planta dos pés; 
 
 
37 
 
• Decúbito dorsal; 
• Em caso de pedido unilateral, realizar somente o lado solicitado. Elevar membro 
oposto para reduzir artefatos e, em caso de pedido bilateral, alinhar pés, perna e 
manter joelhos juntos e alinhados; 
• FOV deve ser localizado para região articular; 
• KV: 120; 
• MA: dose modulada; 
• Exame de rotina sem contraste; o uso de contraste em exames de músculo 
esquelético ocorre apenas para hipóteses de pesquisas de osteomielite difusa e 
tumor. 
 
Figura 28: programação de TC de tornozelo. 
 
Pé 
O exame da região do pé normalmente possui uma análise unilateral e deve ser 
adquirido de proximal para distal. Dentro deste exame, proximal é o limite superior 
dos cortes e deve ser acima dos maléolos, já a parte distal ou limite inferior deve 
incluir toda parte plantar dos pés. Na maioria das vezes, acidentes de pequenas a 
graves proporções podem gerar pedidos de TC de perna em decorrência de torções 
fraturas ou tumores. 
Vejamos que os limites superior e inferior são iguais aos do tornozelo, o que muda 
na verdade é o FOV, que de incluir todos metatarsos e falanges e todas as pontas 
dos dedos. 
Reconhecer a anatomia é de suma importância. A análise médica decorrerá em 
articulação do tornozelo. Podemos citar como regiões importantes: côndilos femurais 
 
 
38 
 
e côndilos tibiais, cabeça da fíbula e corpo, além da parte distal da tíbia maléolo 
medial e da fíbula maléolo lateral e também ossos do pé calcâneo, cuboide, 
cuneiformes (medial intermédio e lateral), metatarsos e falanges. 
Somente a análise de osteomielite e/ou tumor podem requerer uso de meios de 
contraste. 
 
Protocolo pé 
• Feet first; 
• Espessura: 0,6 mm; 
• Incremento: 0,6 mm; 
• Limite superior: acima dos maléolos; 
• Limite inferior: abaixo da planta dos pés; 
• Decúbito dorsal; 
• Em caso de pedido unilateral, realizar somente o lado solicitado e elevar membro 
oposto para reduzir artefatos. Em caso de pedido bilateral, alinhar pés, perna e 
manter joelhos juntos e alinhados; 
• FOV deve incluir todo o pé; 
• KV: 120; 
• MA: dose modulada; 
• Exame de rotina sem contraste; o uso de contraste em exames de músculo 
esquelético ocorre apenas para hipóteses de pesquisas de osteomielite difusa e 
tumor. 
 
Figura 29: Programação de TC de pé. 
 
 
 
39 
 
Protocolos de cabeça e pescoço 
Os protocolos de cabeça e pescoço trazem diversas possibilidades de pedidos 
médicos: análises com ou sem contraste, variando pelo pedido, região ou doença a 
ser diagnosticada. Permite análises de tumores de pescoço, processos inflamatórios 
dos seios paranasais, análise de estruturas ósseas da face e do crânio, mas uma 
das maiores preocupações dentro desses casos talvez seja o protocolo de AVC, que 
pode sim variar, mas, em muitos lugares, é realizado apenas um TC de crânio sem 
contraste. O objetivo é apenas analisar e diferenciar um AVC isquêmico de um AVC 
hemorrágico. Se o paciente der entrada no pronto atendimento com um sintoma 
típico de AVC e a tomografia não apresentar sangramento (AVC hemorrágico), é 
realizada a trombolização, se o primeiro sintoma tiver menos de quatro horas. 
 
Pescoço 
O exame da região cervical ou pescoço, é muito solicitado em tomografia. 
Devemos diferenciar esse pedido de um exame de angiotomografia da região 
cervical, já que o estudo do pescoço é voltado a análise de partes moles, glândula 
da região e parte muscular. 
Já na angiotomografia, o exame é voltado ao estudo dos vasos sanguíneos. A 
aquisição da região cervical deve ser caudo cranial(dos pés para o crânio) e o limite 
superior dos cortes e deve ser acima seio frontal e o limite inferior deve ser na 
carina. 
Os pedidos podem ser diversos: análises de glândulas salivares, parótidas, análise 
de edemas e/ou tumores. 
Reconhecer a anatomia é de suma importância. A análise médica decorrerá em toda 
região, avaliando as estruturas de partes moles, glândulas e regiões de gânglios. 
Quase sempre os médicos optam pelo pedido com contraste. Somente o evitam se o 
paciente apresenta alguma contraindicação. 
 
Protocolo pescoço 
• Head first; 
• Espessura: 1 mm; 
• Incremento: 1 mm; 
• Limite superior: acima do seio frontal; 
 
 
40 
 
• Limite inferior: abaixo da carina; 
• Decúbito dorsal; 
• KV: 120; 
• MA: dose modulada; 
• Solicitação médica pode ser com ou sem contraste; em casos de pedido com 
contraste, realizar diretamente a fase pós; somente realizar pré e pós se houver 
solicitação médica; 
• Realizar sequência adicional de boca aberta para reduzir artefatos provenientes 
dos dentes; 
• Delay de contraste 60 segundos. 
 
Figura 30: programação de TC de pescoço, imagem axial filtro standard. 
 
Figura 31: Programação de TC de pescoço (boca aberta), imagem axial, filtro 
standard. 
 
 
41 
 
 
Seios da face 
O exame dos seios paranasais é muito solicitado em tomografia em decorrência dos 
processos inflamatórios que os acometem (sinusite). A aquisição do exame deve ser 
craniocaudal (do crânio para os pés). O limite superior dos cortes deve ser acima 
seio frontal e o limite inferior deve ser abaixo do palato duro. 
Importante observar sempre o pedido médico que é uma de nossas atribuições, pois 
análise de apneia do sono deve ser adquirido como um exame de face, em que o 
limite inferior dos cortes deve compreender o osso hioide. 
Reconhecer a anatomia é de suma importância. A análise médica decorrerá em toda 
região, avaliando seios, maxilar, frontal e esfenoidal além da parte nasal. 
Quase sempre os médicos prescrevem esse exame sem contraste. 
 
Protocolo seios da face 
• Head first; 
• Espessura: 0,6 mm; 
• Incremento: 0,6 mm; 
• Limite superior: acima do seio frontal; 
• Limite inferior: abaixo dos dentes (incluindo todo seio maxilar); 
• Decúbito dorsal; 
• KV: 120; 
• MA: dose modulada; 
• Solicitação médica pode ser com ou sem contraste; em casos de pedido com 
contraste, realizar diretamente a fase pós; somente realizar pré e pós se houver 
solicitação médica; 
• Em hipótese diagnóstica de apneia do sono, incluir o osso hioide; 
• Delay de contraste 60 segundos. 
 
 
42 
 
 
Figura 32: Programação de TC de seios da face, topograma frente e perfil. 
 
Face 
O exame da face é muito solicitado em tomografia em decorrência de traumas e ou 
pré ou pós-operatório de cirurgia ortognática. A aquisição do exame deve ser crânio 
caudal (do crânio para os pés). O limite superior dos cortes deve ser acima seio 
frontal e o limite inferior deve ser abaixo da mandíbula. 
Importante observar sempre o pedido médico, que é uma de nossas atribuições, 
pois análise de apneia do sono deve compreender o osso hioide. 
Reconhecer a anatomia é de suma importância. A análise médica decorrerá em toda 
região, avaliando seios, maxilar, frontal e esfenoidal, além da parte nasal, mas o 
foco será a parte óssea, maxila, mandíbula, osso nasal e arco zigomático. 
Quase sempre os médicos prescrevem esse exame sem contraste. Algumas 
pesquisas pós-cirurgia ortognática para análise de abscesso podem trazer pedidos 
com contraste. 
 
Protocolo face 
• Head first; 
• Espessura: 1 mm; 
• Incremento: 1 mm; 
• Limite superior: acima do seio frontal; 
• Limite inferior: abaixo da mandíbula; 
• Decúbito dorsal; 
• KV: 120; 
• MA: dose modulada; 
 
 
43 
 
• Solicitação médica pode ser com ou sem contraste; em casos de pedido com 
contraste, realizar diretamente a fase pós; somente realizar pré e pós se houver 
solicitação médica; 
• Em hipótese diagnóstica de apneia do sono, incluir o osso hioide; 
• Delay de contraste 60 segundos. 
Figura 33: Programação de TC de face, topograma frente e perfil. 
 
Mastoides 
O exame da mastoide, orelha interna ou conduto auditivo interno, apesar de menos 
solicitado, costuma sempre aparecer na rotina. A aquisição do exame deve ser 
craniocaudal (do crânio para os pés). O limite superior dos cortes deve ser acima da 
sela turca e o limite inferior deve ser no fim das células aéreas da mastoide, próximo 
ao palato duro. 
Diferencial neste protocolo é o uso de um filtro especifico, que é um filtro bone, 
porém mais denso, específico para a região. Na GE, chama-se Edge e, na Siemens, 
Inner Ear. 
Reconhecer a anatomia é de suma importância. A análise médica decorrerá em toda 
região, avaliando toda a orelha interna e devemos observar as células aéreas da 
mastoide, pois estas possuem ar dentro da sua composição, logo, a tomografia deve 
aparecer com hipodensidade (escuras), variações de tonalidade de cinzas, que 
podem indicar processo inflamatório. 
Quase sempre os médicos prescrevem esse exame com contraste, analisando se o 
paciente não possui nenhuma contraindicação. 
 
Protocolo mastoides 
• Head first; 
• Espessura: 0,6 mm; 
 
 
44 
 
• Incremento: 0,6 mm; 
• Limite superior: acima da sela túrcica; 
• Limite inferior: transição C2/C3; 
• Decúbito dorsal; 
• KV: 120; 
• MA: dose modulada; 
• Solicitação médica pode ser com ou sem contraste; em casos de pedido com 
contraste, realizar diretamente a fase pós; somente realizar pré e pós se houver 
solicitação médica; 
• Filtro de osso específico (edge ou innear ear); 
• Delay de contraste 60 segundos. 
Figura 34: Programação de TC de mastoides, imagem axial filtro edge. 
 
Órbitas 
O exame das órbitas, apesar de menos solicitado, costuma sempre aparecer em 
nossa rotina. A aquisição do exame deve ser craniocaudal (do crânio para os pés). 
O limite superior dos cortes deve ser acima do teto orbitário e o limite inferior deve 
ser abaixo do assoalho orbitário. 
Reconhecer a anatomia é de suma importância. A análise médica decorrerá em toda 
região: músculos retos, lateral, medial, superior e inferior, além do nervo óptico. 
Quase sempre os médicos prescrevem esse exame com contraste, analisando se o 
paciente não possui nenhuma contraindicação. 
 
Protocolo órbitas 
 
 
45 
 
• Head first; 
• Espessura: 0,6 mm; 
• Incremento: 0,6 mm; 
• Limite superior: acima do teto da órbita; 
• Limite inferior: abaixo da parte da inferior da órbita; 
• Decúbito dorsal; 
• KV: 120; 
• MA: dose modulada; 
• Solicitação médica pode ser com ou sem contraste; em casos de pedido com 
contraste, realizar diretamente a fase pós; somente realizar pré e pós se houver 
solicitação médica; 
• Delay de contraste 60 segundos. 
 
Figura 35: Programação de TC de órbitas, imagem axial filtro standard. 
 
ATM 
O exame da Articulção temporomandibular (ATM), não tão rotineiro na tomografia, 
traz uma análise diferente em relação aos outros exames. São duas aquisições: uma 
com a boca fechada e outra com a boca aberta para que, nesse processo possa ser 
analisado o movimento articular desta. A aquisição do exame deve ser craniocaudal 
(do crânio para os pés). O limite superior dos cortes deve ser da sela turca e o limite 
inferior deve ser o corpo da mandíbula. 
Reconhecer a anatomia é de suma importância. A análise médica decorrerá 
especificamente na ATM e no seu movimento articular. 
Quase sempre os médicos prescrevem esse exame sem contraste. 
 
Protocolo ATM 
 
 
46 
 
• Head first; 
• Espessura: 0,6 mm; 
• Incremento: 0,6 mm; 
• Limite superior: acima da sela túrcica; 
• Limite inferior: abaixo do terço próximo do ramo da mandíbula; 
• Decúbito dorsal; 
• KV: 120; 
• MA: dose modulada; 
• Solicitação médica pode ser com ou sem contraste; em casos de pedido com 
contraste, realizar diretamente a fase pós; somente realizar pré e pós se houver 
solicitaçãomédica; 
• Realizar sequências com boca fechada e aberta; 
• Delay de contraste 60 segundos. 
 
Figura 36: Programação de TC de órbitas, topograma frente e perfil. 
 
Crânio 
O exame do crânio junto ao exame do tórax seguramente é um dos mais pedidos 
em tomografia. A aquisição deste deve ser caudocranial (dos pés para a cabeça). O 
limite superior dos cortes deve ser acima do topo do crânio e o limite inferior deve 
ser na transição cervicocranial. 
Reconhecer a anatomia é de suma importância. A análise médica decorrerá em toda 
região, avaliando estruturas ósseas pelo filtro bone, e o encéfalo, pelo filtro standard 
ou mediastino. 
Exame muito solicitado para protocolo AVC, a fim de diferenciar AVC isquêmico de 
hemorrágicos. Alguns médicos têm adotado pedidos de angiotomografia das 
carótidas e crânio em conjunto ao protocolo. 
 
 
47 
 
Esse exame pode ser realizado com ou sem contraste, variando com a doença a ser 
pesquisada. 
 
Prtocolo crânio 
• Head first; 
• Espessura: 1 mm; 
• Incremento: 1 mm; 
• Limite superior: acima da parte superior do crânio; 
• Limite inferior: abaixo do forame magno; 
• Decúbito dorsal; 
• KV: 120; 
• MA: dose modulada; 
• Solicitação médica pode ser com ou sem contraste; em casos de pedido com 
contraste, realizar diretamente a fase pós; somente realizar pré e pós se houver 
solicitação médica; 
• Delay de contraste 60 segundos. 
 
Figura 37: Programação de TC de crânio imagem axial standard pós-contraste. 
 
Protocolos de coluna 
 
Coluna cervical 
O exame da coluna cervical é requisitado principalmente por queixas de dor ou 
torcicolos. 
 
 
48 
 
A aquisição deste deve ser craniocaudal (da cabeça para os pés). O limite superior 
dos cortes deve ser acima do dente do axis (C1) ou forame magno e o limite inferior 
deve ser na transição cervicotorácica. 
Reconhecer a anatomia é de suma importância. A análise médica decorrerá em toda 
região, avaliando a transição cervicocranial na parte superior, análise das sete 
vértebras cervicais e o espaço radiológico entre elas. 
Como diferenciação, duas das vértebras cervicais são as únicas que possuem nome 
(C1 e C2), respectivamente, atlas e áxis, sendo o corpo inexistente do atlas formado 
pelo dente do áxis, o processo espinhoso desta e bífido. 
As doenças mais comuns que podem levar o pedido são os traumas e as pesquisas 
de tumor ou metástase óssea. 
Esse exame, na grande maioria das vezes, é realizado sem contraste. Somente 
pesquisas de tumor ou metástases mudam a conduta. 
 
Protocolo coluna cervical 
• Head first; 
• Espessura: 1 mm; 
• Incremento: 1 mm; 
• Limite superior: acima do forame magno; 
• Limite inferior: abaixo da transição cervico torácica; 
• Decúbito dorsal; 
• KV: 120; 
• MA: dose modulada; 
• Solicitação médica pode ser com ou sem contraste; em casos de pedido com 
contraste, realizar diretamente com contraste; 
• Delay de contraste 60 segundos. 
 
 
49 
 
 
Figura 38: Programação de TC de cervical imagem axial bone. 
 
Coluna dorsal 
O exame da coluna dorsal é requisitado principalmente por queixas de dor ou 
pesquisas de tumor ósseo primário ou metástases. 
A aquisição deste deve ser craniocaudal (da cabeça para os pés). O limite superior 
dos cortes deve ser acima da transição cervico torácica (C7) e o limite inferior deve 
ser na transição toracolombar (L1). 
Reconhecer a anatomia é de suma importância. A análise médica decorrerá em toda 
região, avaliando as transições e as 12 vértebras torácicas. 
Importante reconhecer a anatomia. A T1 quando o paciente não possui vértebra de 
transição cervical, condição essa rara de se ver, parte junto com o primeiro arco 
costal, o processo espinhoso torácico também tem uma forma específica de lâmina 
apontando para baixo. 
As doenças mais comuns que podem levar o pedido são os traumas e as pesquisas 
de tumor ou metástase óssea. 
Esse exame, na grande maioria das vezes, é realizado sem contraste. Somente 
pesquisas de tumor ou metástases mudam a conduta. 
 
Protocolo coluna dorsal 
• Feet first; 
• Espessura: 1 mm; 
• Incremento: 1 mm; 
• Limite superior: acima da C7; 
 
 
50 
 
• Limite inferior: abaixo da transição toracolombar; 
• Decúbito dorsal; 
• KV: 120; 
• MA: dose modulada; 
• Solicitação médica pode ser com ou sem contraste; em casos de pedido com 
contraste, realizar diretamente com contraste; 
• Delay de contraste 60 segundos. 
Figura 39: Programação de TC de coluna dorsal imagem axial bone. 
 
Coluna lombar 
O exame da coluna lombar é requisitado principalmente por queixas de dor ou 
pesquisas de tumor ósseo primário ou metástases. 
A aquisição deste deve ser craniocaudal (da cabeça para os pés). O limite superior 
dos cortes deve ser acima da transição torocolombar (T12), já o limite inferior deve 
ser na transição lombossacral (S1). 
Reconhecer a anatomia é de suma importância. A análise médica decorrerá em toda 
região, avaliando as transições e as cinco vértebras lombares. 
Importante reconhecer a anatomia. O processo espinhoso das vértebras lombares 
tem um formato quadrado. 
As doenças mais comuns são os traumas e as pesquisas de tumor ou metástase 
óssea. 
Esse exame, na grande maioria das vezes, é realizado sem contraste. Somente 
pesquisas de tumor ou metástases mudam a conduta. 
 
 
 
51 
 
Coluna lombar 
• Feet first; 
• Espessura: 1 mm; 
• Incremento: 1 mm; 
• Limite superior: acima T12; 
• Limite inferior: abaixo da transição lombossacral; 
• Decúbito dorsal; 
• KV: 120; 
• MA: dose modulada; 
• Solicitação médica pode ser com ou sem contraste; em casos de pedido com 
contraste, realizar diretamente com contraste; 
• Delay de contraste 60 segundos. 
Figura 40: Programação de TC de coluna lombar imagem axial bone. 
 
Protocolos de angiotomografia 
Quando pensamos em angiotomografia, temos que entender que o exame será com 
contraste. Nessa parte da apostila, apresentaremos as principais angiotomos 
realizadas em um serviço de radiologia, seu protocolo e técnicas para sua 
realização. 
As máquinas multislice permitiram realizar exames com maior facilidade e qualidade. 
Se pensarmos no exame de coronárias, este somente foi possível realizar pós-
chegada dos multislice de 64 canais. 
Alguns equipamentos só permitem a técnica de visualização da chegada do 
contraste pelo que conhecemos tecnicamente por testbolus. A metodologia 
abordada em nossas aulas e nesta apostila traz a técnica bolustracking, em que 
posicionamos um ROI (medidor de densidade específica de HU) para que este, em 
 
 
52 
 
tempo real, observe o aumento da densidade específica da região e, com um valor 
estabelecido em protocolo, solte a sequência programada para realização do exame 
no momento exato da passagem do contraste. 
Pré-monitoring: Realização de um corte axial (uma imagem) em localização 
específica para posicionamento do ROI e análise da chegada do contraste e 
medição da densidade específica. 
Monitoring: Repetição da imagem específica definida no pré-monitoring e repetição 
desta a cada segundo até a chegada do contraste. 
Disparo automático: ROI posicionado dentro de um vaso com medição do aumento 
da densidade causada pelo meio de contraste. 
Disparo manual: posicionamento do ROI fora dos vasos, no ar, para visualização da 
chegada do contraste em uma região e manualmente pressionar o botão de disparo. 
 
Angiotomografia de crânio e carótidas 
Exame é solicitado em pesquisas de AVC principalmente, porém também pode ser 
solicitado por dores de cabeça frequente e/ou análises de estenose. As carótidas 
são responsáveis por levar o aporte sanguíneo ao cérebro. Estenose e/ou obstrução 
total dessas podem levar o paciente a condição de um AVC isquêmico, quando o 
fluxo sanguíneo não é capaz de aportar a quantidade de oxigênio necessária. 
É importante a punção no membro superior direito para todas as angiotomografias 
que circundam a região do arco aórtico principalmente,mas, em um senso comum, 
toda as vezes que o paciente oferece a punção no MSD faça neste, porque a 
entrada do fluxo pelo lado esquerdo faz o contraste passar pela veia braquiocefálica, 
essa por sua vez irá cruzar para o lado direito para chegar à cava superior. Nesse 
trajeto, a hiperdensidade gerada pelo contraste atinge a região do arco aórtico e 
seus ramos, dando um artefato chamado de strike que dificulta a visualização 
dessas estruturas. 
 
Técnicas aquisitivas 
• Paciente deve ser puncionado em MSD; 
• JELCO ou íntima 18 ou 20; 
• Paciente entrando com a cabeça no suporte de crânio; 
• Limite inferior na carina, limite superior no topo do crânio; 
 
 
53 
 
• Injeção do contraste a 4 ou 5 ml/s; 
• Monitoring no meio do pescoço; 
• ROI no ar; 
• Disparo manual (chegada do contraste nas carótidas). 
 
Protocolo 
• Topograma; 
• Vol. pré; 
• Pré-monitoring; 
• Monitoring no ar; 
• Vol. pós-arterial; 
• Vol. pós-venosa (este somente será realizada para protocolo especifico de 
trombose venosa). 
 
Figura 41: Programação de angiotomografia de carótidas e crânio (linha amarela: 
angiotomo de crânio/linha azul: angiotomo de carótidas e crânio). 
 
 
 
54 
 
 
Figura 42: Localização do pré-monitoring e ROI no ar. 
 
 
Figura 43: Imagem específica para disparo ar. 
 
Angiotomografia de coronárias 
Preparo do paciente 
• Controle de frequência cardíaca; 
• Ideal entre 55 e 65 bpm; 
• Programação para aquisição pós-score de cálcio; 
• 6 cortes acima do fechamento da coronária esquerda; 
• 6 cortes abaixo do fim do coração; 
• Mínimo 64 CH. 
 
 
 
55 
 
Protocolos 
• Rotina; 
• Arritmia; 
• Stent sem revascularização; 
• Revascularização. 
 
Técnicas aquisitivas 
• Paciente deve ser puncionado em MSD; 
• JELCO ou íntima 18 ou 20; 
• Paciente entrando feet first com apoio para cabeça; 
• MS para trás; 
• Limite superior da carina, inferior até a borda inferior do coração (score de cálcio); 
• Trigado; 
• Injeção do contraste a 5 ml/s; 
• Monitoring carina; 
• ROI aorta descendente; 
• Disparo automático. 
 
SCORE CÁLCIO 
Sequência de protocolo que inicia toda angio de coronárias. 
 
 
56 
 
 
Figura 44: Programação score de cálcio. 
 
Programando a angiotomografia de coronária 
Para programar o exame de coronárias, é necessário utilizar o score de cálcio e 
reconhecer a anatomia. Quando pensamos na parte inferior da programação, 
fazemos seis cortes abaixo da última imagem em que aparece o coração e, na parte 
superior, devemos visualizar a última imagem da coronária esquerda e realizar seis 
cortes acima. Isso vale para os protocolos rotina e arritmia. 
No protocolo stent, não se realiza o score de cálcio, já se inicia diretamente fazendo 
a aquisição na parte inferior, abaixo do coração e na parte superior, sendo referência 
a carina. 
 
 
57 
 
No protocolo revascularização, não se realiza score de cálcio, realizando 
diretamente a aquisição das imagens, e a programação será do ápice pulmonar até 
a parte inferior do coração. 
A cada dia, tem aumentado os pedidos de coronária em tomografia devido a alguns 
convênios passar a aceitar o exame, e também os médicos, que passam a confiar 
mais no método tanto na análise de cálcio dentro das coronárias e prevenção e/ou 
identificação do risco para infarto agudo do miocárdio (IAM) e/ou para avaliação de 
perfusão miocárdica e paciente que já passaram por intervenção. 
Figura 45: Programação de angio de coronárias (rotina arritmia e stent). 
 
 
 
58 
 
 
Figura 46: Programação de angio de coronárias (revascularização). 
 
Angiotomografia para TEP 
Devemos ter claro em nossa mente a importância e urgência desse protocolo: 
paciente Dara dá entrada apresentando falta de ar progressiva, dor torácica intensa, 
sugestiva presença de um trombo na artéria pulmonar. Esse paciente, além de não 
estar oxigenando, um ou os dois pulmões não estão fazendo a hematose (troca de 
gases CO2 por O2) de maneira correta, logo o sangue não terá oxigênio suficiente 
para nutrir o corpo e o paciente irá a óbito. 
 
Técnicas aquisitivas 
• Paciente deve ser puncionado em MSD; 
• JELCO ou íntima 18 ou 20; 
• Paciente entrando feet first com apoio para cabeça; 
• MS para trás; 
• Limite superior: ápice do pulmão; e inferior: a base do pulmão; 
 
 
59 
 
• Injeção do contraste a 5 ml/s; 
• Monitoring altura da carina; 
• ROI tronco pulmonar; 
• Disparo automático. 
 
Figura 47: Pré-monitoring para angiotomo de TEP. 
 
 
Figura 48: Monitoring para angiotomo de TEP. 
 
 
 
60 
 
 
Figura 49: Programação para angiotomo de TEP. 
 
Síndrome do desfiladeiro 
Exame menos comum, tem causas difíceis para instauração do quadro devido à 
compressão da artéria subclávia e veia subclávia e/ou do plexo braquial. As causas 
podem ser fraturas do primeiro arco costal, vértebra cervical de transição ou 
questões congênitas, exercendo compressão dessa região e gerando formigamento 
ou perda de sensibilidade do membro doente. A compressão de longo período de 
um vaso arterial pode gerar aneurisma próximo à compressão. 
 
Técnicas aquisitivas 
• Injeção do contraste via bomba injetora – velocidade ideal: 4 ml/s; 
• Monitoramento por meio de um corte na altura da carina; 
• ROI arco aórtico; 
• Disparo automático; 
• 4 aquisições: 2 arteriais e 2 venosas; 
• MS mais sintomático para cima, palma da mão voltada para baixo, membro oposto 
para baixo, posição anatômica; 
• Limite inferior: carina; limite superior: boca; 
• Aquisição; 
• Venosa 80s. 
 
 
61 
 
 
Figura 50: Programação para angiotomo de síndrome do Desfiladeiro. 
 
 
Figura 51: Pré-monitoring para programação para angiotomo de síndrome do 
Desfiladeiro. 
 
 
 
62 
 
 
Figura 52: Monitoring para programação para angiotomo de síndrome do 
Desfiladeiro. 
 
Angiotomografia de aorta abdominal 
Pedidos para angiotomografia de abdome ou tórax tem causas diversas. A 
dissecção de aorta acontece quando a camada íntima da artéria se rompe, formando 
nova luz que não a real por onde o sangue deveria passar. Outra causa são os 
aneurismas que podem ser sacular e/ou fusiforme, além de doenças que podem 
gerar processos inflamatórios nas artérias (vasculite). 
 
Técnicas aquisitivas 
• Paciente em DDH; 
• Pés voltados para o gantry (movimento da mesa craniocaudal); 
• Paciente deve ser puncionado em MSD; 
• Dispositivo endovenoso com calibre 18 ou 20G; 
• MMSS erguidos acima da cabeça; 
• Limite superior: acima das cúpulas diafragmáticas; 
• Limite inferior: artérias femorais; 
• Injeção do contraste realizado por bomba injetora – velocidade ideal: 5 ml/s; 
• Monitoramento por meio de um corte na altura da carina; 
 
 
63 
 
• ROI aorta descendente; 
• Disparo automático. 
 
Figura 53: Programação para angiotomo de aorta abdominal e aorta total. 
 
 
Figura 54: Pré-monitoring para programação para angiotomo de aorta abdominal. 
 
 
64 
 
 
 
Figura 55: Monitoring para programação para angiotomo de aorta abdominal. 
 
Angiotomografia de aorta torácica 
Técnicas aquisitivas 
• Paciente em DDH; 
• Pés voltados para o gantry (movimento da mesa craniocaudal); 
• Paciente deve ser puncionado em MSD; 
• Dispositivo endovenoso com calibre 18 ou 20G; 
• MMSS erguidos acima da cabeça; 
• Limite superior: acima do ápice pulmonar; 
• Limite inferior: artérias femorais; 
• Injeção do contraste realizado por bomba injetora – velocidade ideal: 5 ml/s; 
• Monitoramento por meio de um corte na altura da carina; 
• ROI aorta descendente; 
• Disparo automático. 
 
 
65 
 
 
Figura 56: Programação para angiotomo de aorta torácica. 
 
 
Figura 57: Pré-monitoring para programação para angiotomo de aorta torácica. 
 
 
 
66 
 
 
Figura 58: Monitoring para programação para angiotomografia de aorta torácica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
67 
 
 
 
 
Referências 
AMARO JR., E.; YAMASHITA,H. Aspectos básicos de tomografia computadorizada 
e ressonância magnética. Rev Bras Psiquiatr 2001;23(Supl I):2-3. 
NOBREGA, A. I. Técnicas em tomografia computadorizada. São Paulo: Atheneu, 
2006. 
FELIX, J. E. R. Tomografia Computadorizada (TC) Abordagem, Dados Técnicos e 
Posicionamento do Usuário. 
Fonte: http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/

Continue navegando