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- -26 Figura 14 - “Objeto xícara de chá forrada de pele” Meret Oppenheim, “Objeto xícara de chá forrada de pele”, 1936, colher, pires e xícara de chá forrada de pele, xícara 10, 9 cm, pires 23,7 cm, colher 20,2 cm, altura: 7,3 cm. MoMA, Nova Iorque. O famoso “Objeto xícara de chá forrada de pele”, de Meret Oppenheim, provocou concomitante atração, repugnância, erotismo oral e rejeição durante a mostra de 1938, evocando um fetichismo freudiano na conotação sexual da pele da xícara, do pires e da colher, e evocando também o espírito ambivalente surrealista para “despertar o proibido”, segundo André Breton. Máscaras primitivas eram justapostas a trabalhos de Picasso e a objetos surrealistas de Alberto Giacometti e Meret Oppenheim, os quais se juntavam a ready-mades de Marcel Duchamp. O “objeto surrealista” representou uma contribuição específica do Surrealismo para a escultura. Enquanto os ready-mades de Duchamp recusaram a emoção, a assinatura do artista e sua autobiografia, evitando a sua intervenção estética, o objeto surrealista optou por uma abordagem muito diferente de sondar o inconsciente ao procurar excluir a casualidade, a reflexão e o cálculo do processo de criação artística.
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