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Anorexia e Bulimia resumo

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Aula de Transtornos mentais II – PUC-Rio 12-05
Transtornos alimentares
Transtornos Alimentares do DSM
· Pica
Indivíduos que tem o habito de comer frequentemente alimentos que não tem valor nutritivo (ex. giz, terra, tinta) 
· Transtorno de Ruminação
Indiv. que tem a prática de regurgitar o alimento e mastiga-lo novamente. 
(esses dois transtornos estão associados a Deficiência Intelectual, Autismo e Esquizofrenia, ou outros Transtornos do Neurodesenvolvimento, e são mais comum na infância)
· Transtornos alimentares restritivo/evitativo
Evita certos alimentos baseado na cor, textura, tem aversão. + comum na infância
· Anorexia Nervosa
· Bulimia Nervosa
· Transtorno do comer compulsivo (“binge eating disorder”)
Anorexia Nervosa
Caso Clínico
Uma adolescente de 17 anos é levada ao psiquiatra porque os pais estão cada vez mais alarmados com sua perda de peso. A paciente afirma que os pais estão “se preocupando por nada”e que só veio ao consultório para tranquilizá-los. Dis que se sente bem, embora seu humor esteja um pouco deprimido. Nega ter problemas para dormir ou de apetite, assim como qualquer abuso de drogas ou álcool. Diz que acredita parecer “gorda”, mas que se perdesse mais uns quilos ficaria “muito bem”. Alega que seu único problema é não ter menstruado nos últimos três meses. Não é sexualmente ativa e, portanto, não pode estar grávida.
Quando questionados em separado, os pais relatam que a paciente tem perdido peso com regularidade nos últimos oito meses. Dizem que começou a fazer dieta depois que uma das amigas comentou que ela “estava um pouco cheinha”. Na época, ela pesava cerca de 54kg. A jovem perdeu uns 2 kg e, segundo os pais, se sentiu bem com os comentários feitos pelos amigos. Desde então, tem comido cada vez menos. Agora, usa roupas largas e não conta quanto está pesando. Apesar disso, ajuda a mae a cozinhar refeições elaboradas para convidados quando a família recebe amigos para jantar. Exercita-se durante todo o dia, e os pais dizem que a escutam fazendo polichinelos e abdominais à noite em seu quarto. Em um exame físico, a paciente revela medir 1,58 cm de altura; está pesando 32 kg, e sua aparência é caquética
Pontos importantes:
Gênero e idade
Negação do seu próprio problema “se preocupando com nada”; Egosintônico
Distorção da imagem corporal
Não menstrua há 3 meses = desnutrição; não há substrato proteico para os hormônios sexuais serem fabricados
Deflagrador – quando a amiga chamou de cheinha; comentários desaprovadores sobre o próprio corpo numa fase que a pessoa cria sua identidade 
Obsessão por refeição – preparação de refeições elaboradas
Exercício físico compulsivo
Quadro Clínico
· Recusa em manter o peso adequeado
Tem esse desejo de estar mais magra do que o peso adequado para sua idade
· Medo intenso de ganhar peso ou ngordar
· Autoimagem corporal distorcida
Se enxerga no espelho mais gorda do que realmente é
· Obsessão por dietas ou exercícios físicos
· Extensiva negação (negar que está magra) e racionalização (para poder naturalizar seu comportamento e tornar esse sofrimento do transtorno mais palatável para si mesmo)
· Presença de complicações físicas decorrentes da desnutrição
· Anemia
· Amenorreia
· Calvice
Subtipos:
· Restritivo: A paciente apenas diminui a ingesta calórica, não tem episódios de farra alimentar
· Compensatório: Tem episódios de farra alimentar e compensa isso com jejum, diminuição da ingesta, exercício físico
Os quadros de anorexia nervosa podem ficar grave suficientes pra requerer internação
A bulimia tem uma semelhaça mt grande mas o paciente anoréxico costuma ser mais grave do que bulímico, mais difícil de tratar. O bulímico tem mais facilidade em admitir que aquele comportamento não é normal. A anoréxica tem mt mais distorção corporal, mais obsessão pela magreza etc.
Bulimia Nervosa
Caso Clínico
Jovem de 19 anos é encaminhada a um psiquiatra pelas colegas de quarto, que ficaram preocupadas com seu comportamento. A paciente conta que, nos últimos dois anos, desde que entrou na faculdade, tem provocado vômitos enfiando os dedos na garganta. Esse comportamento ocorre com regularidade, 3 a 4 vezes por semana, e piora quando esta estressada na aula. Diz que regularmente ingere uma grande quantidade de comida e acha que vai engordar se não vomitar. Descreve esses episódios como “comer tudo o que vê pela frente” em grandes quantidades e menciona uma ocasião em que pediu três pizzas grandes e as comeu sozinha. Afirma que se sente fora de controle quanto esta comenda dessa maneira, mas que não consegue parar. Tem vergonha desse comportamento e se esforça ao máximo para esconder o quanto come. Ela indica que sua autoestima parece depender muito de seu peso e de se ela se acha gorda. Concordou em conversar com um psiquiatra depois que as colegas descobriram seus vômitos autoinduzidos. 
O exame física mostra uma mulher jovem com 1,70 m de altura e 61 kg. Seus sinais vitais são: pressão arterial de 110/65mmHg, frequência respiratória de 12 respiracoes por minuto, temperatura de 36,8 e frequência cardíaca de 72 batimentos por minutos.
Pontos importantes:
Genero e idade
Associação com o estresse
Não é egosintônico
Peso normal
Farra alimentar – necessário pro diagnostico pra bulimia
Vergonha de esconder o quanto come na frente das pessoas
· Assim como na anorexia nervosa, a pessoa que tem bulimia nervosa também não busca ajuda por conta própria. Quando a paciente está sob uma situação de estresse/ansiedade/sepressão ou de alguma emoção mais forte, ela tende a piorar o seu comportamento bulímico. 
· Há também o medo de engordar.
· O episódio de compulsão alimentar PRECISA estar presente no diagnostico de bulimia, ou seja, a pessoa come de uma forma excessiva (grandes quantidades de uma vez só), depois ela se arrepende e tenta compensar isso por meio de, por ex., exercícios físicos, laxantes e diuréticos, jejum prolongado ou vômitos auto-induzidos.
Não é apenas com vômitos autoinduzidos que se caracteriza a bulimia nervosa, portanto a pessoa bulímica não precisa, necessariamente, estar apresentando vômito.
Na bulimia, a pessoa não precisa ser magra ou excessivamente magra (como no caso da anorexia nervosa)
· A diferença do compulsivo por comida e o bulímico é que o bulímico vai compensar isso de uma forma doentia como se auto induzindo vomito, ou jejum prolongado, ou tomando laxante.
· Em ambos os casos (anorexia e bulimia) há compensação, mas na bulimia, há o peso normal
Quando a patologia é partilhada, ela diminui a intensidade (com terapeuta, grupo de pessoas); esse fenômeno é bastante observado e importante no tratamento
· Voce não tem uma bulimia sem alteração na autoimagem ou autoavaliação, a pessoa se define com base em seu peso
Epidemiologia
· Prevalência
-1% da pop geral
· Gênero
-1-4% das mulheres jovens
- 20% das estudantes universitárias experimentam sintomas bulímicos transitórios
· Aspectos sociais
- Cultura da magreza
- Busca de ajuda maior (em comparação com pacientes anoréticos)
Quadro clínico
· Presença do episódio compulsivo
- Ingesta excessiva
- Sensação de descontrole
· Comportamentos compensatórios
	- Vômitos auto-induzidos
	- Jejum prolongado
	- Exercício físico compensatório
	- Abuso de laxativos, diuréticos e inibidores do apetite
· Auto-avaliação influenciada pelo peso e forma (a pessoa pode estar magra, mas acha que está gorda. A autoestima dela é muito dependente disso)
A pessoa começa a regular a autoavaliação dela por causa disso, ou seja, a pessoa acaba tendo uma tendência a deslocar a sua regulação afetiva (se sentir bem, mal, ansioso, tranquilo, animado ou deprimido), vinculando isso como ela está aparentando o seu corpo para os outros. Então, de certa forma, é criado dentro do funcionamento psicológico dela uma regulação afetiva baseada no aspecto do corpo dela que, por sua vez, está ligada à alimentação dela. 
Diagnósticos diferencias importantes
· Anorexia, bulimia nervosa e compulsão/adiccção
- Anorexia: é necessária que a paciente esteja abaixo do peso
- Bulimia: na bulimianecessário ter a farra alimentar + comportamento compensatório, 
- Compulsão/Adicção: existe somente a farra alimentar sem os outros sintomas de forma tão significativa
· Obesidade
Nem toda obesidade é decorrente de problemas psicológicas, podem ser endócrinas, orgânicas, metabólicas, e voce pode encontrar ou não comportamentos de transtornos alimentares em pacientes obesos
· Depressão e transtorno bipolar
Esses Transtornos afetam o padrão de alimentação. Entao, por ex. um paciente deprimido pode ser anoréxico durante o episódio depressivo, sem necessariamente ter anorexia nervosa. 
Se o paciente tem TB, pode comer compulsivamente durante um estado hipomaníaco, sem necessariamente ter bulimia
· Dependência de substancias
Cocaína e anfetaminas diminui o apetite, afetando a alimentação e levando o paciente a magreza
Fatores etiológicos e de risco
· Fatores genéticos e história familiar de TA.
Quando entrevistar paciente com TA, perguntar se existe na família quadros 
· Padrão cultural de beleza
Associação mt clara, acaba sendo uma coisa nociva a pacientes com pré-disposição
· Fatores de personalidade: perfeccionismo, sintomas obsessivos, baixa autoestima e dificuldade em comunicar sentimentos
· Fixação na fase oral e fantasias sexuais reprimidas
Fenichel interpreta as mulheres anoréxicas como mulheres que têm medo de engravidar através da ingestão do sêmen, é um deslocamento interpretando a comida como possível ingestão de sêmen
· Contexto familiar disfuncional na delimitação de papéis pessoais 
Famílias onde os papéis são mal delimitados, onde a criança é muito cobrada de responsabilidades, mais do que ela pode lidar ou o contrário, não ter responsabilidades. Ou seja, existe uma má definição dos papéis de cada um dentro da família. Isso parece ser um plano de fundo propício para o desenvolv. de TA
· Desregulação dos mecanismos de saciedade e imagem corporal
Nosso cérebro possui um mecanismo de regulação interna de saciedade, ele faz uma avaliação inconsciente do estado do meu corpo, do que preciso comer. Quando me torno compulsivo por comida eu altero esse mecanismo regulatório, o cérebro não sabe mais como está em termos de mensagem corpora. No individuo obeso, a informação que chega é que ele precisa comer. O relógio do esquema corporal do obeso ta regulado pra cima, ele tem mais necessidade de comer por conta dessa alteração do mecanismo de controle cerebral.

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