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DIREITO AMBIENTAL

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Mariana: O descaso ambiental
I
PRINCÍPIO DO DIREITO AO MEIO AMBIENTE EQUILIBRADO – Como descrito no art. 225 da CF.: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” Dito isso, se conclui daqui de onde saem todos os outros princípios, já que o direito à vida também está ligado à qualidade de vida, vida digna e com um meio ambiente onde seja possível tudo isso. 
PRINCÍPIOS DA PRECAUÇÃO - O presente princípio tem por objetivo evitar e prevenir danos por meio de eliminação total de riscos abstratos, não sendo necessária a comprovação da certeza científica. Este princípio não tem por finalidade imobilizar as atividades humanas, ele visa a durabilidade da sadia qualidade de vida das gerações humanas e à continuidade da natureza existente no planeta. O princípio da precaução foi proposto formalmente na Conferência do Rio 92 e é considerado uma garantia contra os riscos potenciais que, de acordo com o estado atual do conhecimento, n ão podem ser ainda identificados. Este princípio afirma que no caso de ausência da certeza formal, a existência do risco de um dano sério ou irreversível requer a implementação de medidas que possam prever, minimizar e/ ou evitar este dano.
PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO - Este princípio busca evitar os danos a partir dos riscos cientificamente certificados e comprovados, ou seja, visa evitar danos por meio de eliminação de riscos concretos. O princípio da prevenção merece ser entendido como um princípio estrutural do direito ambiental, pois sem ele esse direito fica debilitado ou passa a não existir. Trata-se de um dos princípios mais importantes que norteiam o direito ambiental. De fato, a prevenção é preceito fundamental, uma vez que os danos ambientais, na maioria das vezes, são irreversíveis e irreparáveis. 
II
CÓDIGO DE MINERAÇÃO -Decreto – lei N° 227 de 28/02/67:
Art. 3 ° - Este Código Regula;
I - os direitos sobre as massas individualizadas de substâncias minerais ou fósseis, encontradas na superfície ou no interior da terra, formando os recursos minerais do País; 
II - o regime de seu aproveitamento; e, 
III- a fiscalização pelo Governo Federal, da pesquisa, da lavra e de outros aspectos da indústria mineral 
§ 2º Compete ao Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM a execução deste Código e dos diplomas legais complementares
OBS: O DNPM foi extinto através da Medida Provisória n° 791, de 25 de julho de 2017, que criou a Agência Nacional de Mineração (ANM). No entanto, segundo o entendimento da Procuradoria-Geral Federal (PGF) da Advocacia Geral da União (AGU), DNPM continua exercendo normalmente as suas funções institucionais, valendo-se de sua Estrutura Regimental e Organizacional atual. A ANM foi criada, mas se encontra pendente de instalação para início das suas atividades, conforme estabelece o art. 34 do referido diploma legal, e a agência criada somente iniciará as suas atividades com a entrada em vigor do decreto presidencial que aprovar a sua estrutura regimental, quando o DNPM restará definitivamente extinto.
III
 A teoria do risco integral não se preocupa com elementos pessoais, sequer de nexo causal, ainda que se trate de atos regulares praticados por agentes no exercício de suas funções. Aqui a responsabilidade é aplicada mesmo sendo a vítima quem deu exclusivamente causa à situação. No que diz respeito à responsabilidade civil por dano ambiental, o entendimento do STJ é que ‘'a responsabilidade por dano ambiental é objetiva, informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo de causalidade o fator aglutinante que permite que o risco se integre na unidade do ato, sendo descabida a invocação, pela empresa responsável pelo dano ambiental, de excludentes de responsabilidade civil para afastar a sua obrigação de indenizar ‘'
 Tratando-se assim o fato de que a Empresa que era tutora dos direitos de exploração e que é a causadora do acidente em questão, poder ser sim, integrada na teoria do risco integral.
IV
 A Responsabilidade Administrativa Ambiental vem expressamente redigida na Lei 90605/98, por exemplo, no artigo 70: “Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente”. O Poder Público aplica penalidades administrativas, fazendo valer o Poder de Polícia Administrativa. Ainda pode suspender ou cancelar registro, licença ou autorização, impor restrições a incentivos fiscais, perda de financiamento público, proibição de contratar com a Administração Pública.       
A Responsabilidade Civil Ambiental é objetiva balizada no assumir o risco da atividade e uma vez incidindo em infração civil, gerando dano, aplica-se a punição mesmo sem culpa, impondo-se o dever de reparação e indenização. Como prescreve o Artigo 14 e seu parágrafo primeiro: “Sem prejuízo das penalidades pela legislação federal, estadual e municipal, o não-cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela degradação ambiental sujeitará os transgressores: (...) é o poluidor obrigado, independentemente de existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, efetuados por sua atividade. A competência Pública da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal por danos causados ao meio ambiente”.  
A Responsabilidade Penal Ambiental é subjetiva tem que ter culpa ou dolo para incidir penalidade, como bem prescreve o artigo segundo da lei 6938/81: “Quem, de qualquer forma, concorre para prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida de sua culpabilidade”.  As empresas, pessoas jurídicas também podem ser responsabilizadas administrativa, civil e penalmente, não excluindo a responsabilidade das pessoas físicas autoras, coautoras ou partícipe do mesmo fato como prevê o Artigo terceiro da mesma lei em voga. Um exemplo de crime ambiental ocorre quando o funcionário público concede licença, autorização ou permissão em desacordo com as normas ambientais, pena de detenção.
V
A doutrina traz o conceito de pessoa jurídica como sendo um ente não humano, uma ficção criada pela lei, possuindo a mesma aptidão dada para os homens de adquirirem direitos e obrigações. O Novo Código Civil segue a tendência da teoria organicista, pois dispõe, principalmente, que a pessoa jurídica é representada por meio de seus órgãos e administradores. É pacífico o entendimento de que a pessoa jurídica ao ocasionar lesões ao meio ambiente deve arcar com os danos no âmbito civil e administrativo. A responsabilidade civil consiste na obrigação do agente causador do dano em reparar o prejuízo causado, ou seja, é a obrigação de fazer ou não fazer ou ainda pelo pagamento de condenação em dinheiro. E ainda, se este mesmo dano tiver sido causado do descumprimento de uma norma administrativa, gerará a imposição de uma sanção administrativa - advertência, multa simples, multa diária, apreensão de instrumentos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na prática delituosa, embargo de obra etc.
VI
DANO MORAL POR RICOCHETE
Os danos morais se classificam em: a) direito ou indireto; b) puros ou reflexos. Fala-se em dano moral direto quando a lesão atinge bem jurídico extrapatrimonial, como a integridade física, corporal, moral, dentre outros. Relacionam-se, assim, com os direitos da personalidade. Já os indiretos se caracterizam pela ofensa a bem jurídico patrimonial, mas, com repercussão extrapatrimonial. Puro é o dano que atinge a própria vítima. Reflexo ou por ricochete, é aquele que atinge a terceiras pessoas, em razão do dano praticado em relação à vítima. Neste caso, a ofensa/lesão tem como alvo determinada pessoa, mas, acaba por atingir terceiros.
Descreve o artigo 6° do Código de Processo Civil que “Ninguém poderá pleitear,em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por lei”, com isso define-se como legitimado para a causa, aquele que se diz titular do direito cuja tutela invoca, a princípio só terá legitimidade ativa para a ação, apenas quem pleiteia direito próprio.
FONTES - 
· https://lfg.jusbrasil.com.br/
· http://www.conteudojuridico.com.br/
· www.egov.ufsc.br
· https://pt.wikipedia.org/wiki/
· https://eleniltonfreitas.jusbrasil.com.br 
· http://www.conteudojuridico.com.br/
· https://jus.com.br/
· www.ibama.gov.br/
· www.anm.gov.br/
Vitória Lelis Aguiar Guerra - 20201105292

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