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Livro - Instalações Elétricas

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INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS
ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO
“A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma ação integrada de suas atividades educacionais, visando à 
geração, sistematização e disseminação do conhecimento, 
para formar profissionais empreendedores que promovam 
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e 
cultural da comunidade em que está inserida.
Missão da Faculdade Católica Paulista
 Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
 www.uca.edu.br
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma 
sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria, 
salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a 
emissão de conceitos.
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO
SUMÁRIO
AULA 01
AULA 02
AULA 03
AULA 04
AULA 05
AULA 06
AULA 07
AULA 08
AULA 09
AULA 10
AULA 11
AULA 12
AULA 13
AULA 14
AULA 15
AULA 16
 CONCEITOS BÁSICOS DE ELETRICIDADE 
LEIS DE OHM E KIRCHHOFF 
CIRCUITOS ALGÉBRICOS 
CIRCUITOS DE CORRENTE ALTERNADA 
INTRODUÇÃO ÀS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
FUNDAMENTOS DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA 
ASPECTOS DE PROJETO
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS EM INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS 
DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES
EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DE 
CONDUTORES 
CIRCUITOS PARA ACIONAMENTO DE MOTORES 
ELÉTRICOS
EXEMPLO PARA CIRCUITO DE MOTORES 
ELÉTRICOS
SISTEMAS PREDIAIS ADICIONAIS
DIMENSIONAMENTO DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA 
PREDIAL - PARTE 1
DIMENSIONAMENTO DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA 
PREDIAL - PARTE 2
05
11
20
28
34
39
42
46
50
55
59
66
70
75
87
97
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 4
INTRODUÇÃO
 Compreender os conceitos envolvendo os projetos são fundamentais para obter 
sucesso em qualquer empreendimento. E é com essa ideia que damos início a essa 
nova disciplina voltada para projetos elétricos residenciais.
 Os conceitos básicos da física serão aqui aprofundados e novas teorias serão 
empregadas dentro da eletricidade.
 Destacamos que nesta disciplina o aluno será capaz de projetar uma rede elétrica 
residencial, passo inicial para projetos elétricos mais ousados.
 E procuramos, por meio de exemplos, simplificar o conteúdo fazendo com que o 
aluno enxergue todos os principais pontos das redes elétricas residenciais.
 Aproveite a leitura!
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 5
AULA 1
CONCEITOS BÁSICOS DE 
ELETRICIDADE
 A eletricidade, de um modo geral, pode ser subdividida em eletrostática e 
eletrodinâmica. 
 Eletrostática é a parte da área da eletricidade que estuda as cargas elétricas sem 
movimento, ou seja, em estado de repouso. 
Eletrodinâmica é a parte da física que estuda o aspecto dinâmico da eletricidade, ou 
seja, o movimento constante das cargas elétricas.
 Sempre que se pensar em eletrização, haverá uma alteração nesse equilíbrio estático, 
que pode ocorrer de forma positiva ou negativa (perda ou ganha de elétrons). Logo, 
quanto mais eletrização ocorrer, maior será o potencial elétrico do sistema.
 A quantidade de carga será dada pela equação:
Q = N_prótons - N_elétrons
 A tensão elétrica, nesse contexto, entra como sendo a diferença de potencial, ou 
seja, o desequilíbrio potencial entre dois polos que pode ocorrer por ação térmica, 
mecânica, magnética, química.
 A unidade de medida de tensão é dada em “Volt”. 
 Na área da eletrodinâmica, o estudo das correntes é fundamental para compreender 
como o sistema funciona. 
 Corrente elétrica é, conceitualmente, o movimento orientado de cargas devido à 
diferença de potencial (tensão elétrica). Sua unidade de medida é Ampère (A), que é 
a relação entre Coulomb e segundo.
 O sentido da corrente elétrica é a do terminal negativo da fonte para o positivo (do 
menor para o maior) para um caso real e o contrário para o convencional (que é o 
que se adota nos exemplos).
 Os circuitos elétricos podem ocorrer com correntes contínuas e alternadas. 
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
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FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 6
1.1 Corrente Contínua 
 Uma corrente é considerada contínua quando não altera seu sentido, ou seja, é 
sempre positiva ou sempre negativa. A maior parte dos circuitos eletrônicos trabalha 
com corrente contínua, embora nem todas tenham o mesmo desempenho.
 A corrente contínua pode ser classificada em corrente contínua constante e corrente 
contínua pulsante.
1.1.1 Corrente Contínua Constante
 Uma corrente contínua é constante se seu gráfico for dado por um segmento de 
reta constante, ou seja, não variável. 
 Este tipo de corrente é comumente encontrado em pilhas e baterias.
 O gráfico a seguir exemplifica esse tipo de corrente contínua.
 
Figura 1 - Corrente Contínua Constante 
Fonte: (SÓFÍSICA, 2020)
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1.1.1.1 Corrente Contínua Pulsante
 As correntes contínuas pulsantes são aquelas que sofrem variações, não sendo 
necessariamente constantes entre duas medidas em diferentes intervalos de tempo.
 Esta forma de corrente é geralmente encontrada em circuitos retificadores de 
corrente alternada.
 O gráfico a seguir exemplifica esse tipo de corrente.
Figura 2 - Corrente Contínua Pulsante 
Fonte: (SÓFÍSICA, 2020)
1.2 Corrente Alternada 
 Se a corrente tiver alterações entre valores positivos e negativos é conhecida como 
corrente alternada. Essa alteração ocorre por oscilações entre os elétrons. Esse tipo 
de corrente é encontrada em redes elétricas residenciais.
 O gráfico a seguir representa esse tipo de corrente.
 
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
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Figura 3 - Corrente Alternada 
Fonte: (SÓFÍSICA, 2020)
1.3 Conceitos Fundamentais
 Carga, em eletricidade, é sempre a quantidade de eletricidade. Sua unidade de 
medida é Coulomb [C]. A carga de 1 elétron corresponde a -1,6.e-19 C.
 Corrente elétrica é o fluxo de carga e é dada pela equação:
 Tensão elétrica (ddp) é a grandeza relacionada aos campos elétricos que produzem 
energia necessária ao movimento das cargas.
 
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
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Figura 4 - Convenção em queda de tensão, v > 0 
Fonte: (KHAN ACADEMY, 2020)
 
Figura 5 - Convenção em acréscimo de tensão, v < 0 
Fonte: (KHAN ACADEMY, 2020)
 Potência elétrica é dada em função da tensão elétrica e da corrente:
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Figura 6 - Convenção em consumo de potência, p > 0 
Fonte: (KHAN ACADEMY, 2020)
Figura 7 - Convenção em fornecimento de potência, pv < 0 
Fonte: (KHAN ACADEMY, 2020)
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
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AULA 2
LEIS DE OHM E KIRCHHOFF
 As leis de Ohm permitem determinar grandezas físicas, como a tensão, corrente 
e a resistência elétrica dos mais diversos elementos presentes em um circuito. No 
entanto, essas leis só podem ser aplicadas a resistências ôhmicas, isto é, corpos 
cujas resistências tenham módulo constante.
 As leis de Kirchhoff conhecidas como lei das malhas e leis dos nós são, 
respectivamente, leis de conservação da carga elétrica e da energia nas malhas e 
nos nós dos circuitos elétricos. Essas leis são usadas para analisar circuitos elétricos 
complexos que não podem ser simplificados.
2.1 Leis de Ohm
 As Leis de Ohm são divididas em duas, 1ª e 2ª Leis.
2.1.1 1ª Lei de Ohm
 A 1ª lei de Ohm determina que a diferença de potencial entre dois pontos de um 
resistor é proporcional à corrente elétrica. De acordo com essa lei, a razão entre o 
potencial elétrico e a corrente elétrica é sempre constante para resistores ôhmicos.
v=R.i
 Em que:
 v: tensão ou potencial elétrica (Volt),também pode ser representada pela letra “u”.
 R: resistência elétrica.
 i: corrente elétrica.
 A diferença de potencial elétrico entre dois pontos de um circuito indica a existência 
de resistência elétrica, como mostra a figura:
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Figura 8 - Representação da 1ª Lei de Ohm
 
Fonte: (BORGES, 2020)
 Quando a corrente elétrica passa pelo elemento resistivo R há uma queda de potencial 
elétrico.
 Essa diferença de potencial decorre do consumo da energia dos elétrons, uma vez 
que essas partículas transferem parte de sua energia aos átomos da rede quando 
conduzidos por meios que apresentem resistência à sua condução. O fenômeno que 
explica tal dissipação de energia é chamado de efeito Joule.
 Quando a corrente elétrica é conduzida em um corpo com resistência elétrica parte 
de sua energia é dissipada. A corrente elétrica, portanto, é capaz de medir o fluxo de 
carga pelos corpos e é inversamente proporcional à resistência, ou seja, quanto maior 
a resistência de um corpo, menor será a corrente elétrica que irá atravessá-lo.
2.1.2 2ª Lei de Ohm
‘ Pela 2ª lei de Ohm define-se que resistência elétrica é uma propriedade do corpo 
que é percorrido pela corrente elétrica, ou seja, varia de acordo com características 
geométrica, de comprimento e de área transversal e também depende do valor de 
resistividade. 
 A resistividade varia de acordo com o material e sua relação é definida pela 2ª Lei 
de Ohm, como sendo:
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
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 Em que:
 R: resistência elétrica (Ω).
 ρ: resistividade (Ω . m).
 L: comprimento (m).
 A: área transversal (m²).
 
 Portanto, todo corpo capaz de apresentar resistência elétrica constante para um 
determinado intervalo de tensão é chamado de resistor ôhmico.
 Dessa forma, o gráfico de tensão em função da corrente elétrica para os resistores 
ôhmicos é linear, como mostra a figura a seguir.
 
Figura 9 - Gráficos para resistores ôhmicos e não ôhmicos 
Fonte: (CURSINHO POPULAR CAROLINA DE JESUS, 2020)
 Tomando-se o segmento reto do gráfico, sabe-se que o potencial elétrico entre os 
terminais de um resistor sofrerá uma variação em seu potencial elétrico que é sempre 
proporcional à corrente elétrica que o percorre, como mostra a figura a seguir.
 
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
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Figura 10 - Proporção entre tensão e corrente elétrica 
Fonte: (BRASIL ESCOLA, 2020)
 A resistência elétrica pode ser entendida como a inclinação da reta, dada pela 
tangente do ângulo θ. 
 A tangente é definida como a razão entre os catetos oposto e adjacente e, portanto, 
pode ser calculada com a equação:
2.1.3 Cálculo da Potência Elétrica pela Lei de Ohm
 Por meio da lei de Ohm é possível determinar a potência elétrica que é dissipada 
por um resistor. Tal dissipação de energia ocorre em razão do efeito Joule, por isso, 
calculando-se a potência dissipada, se determina a quantidade de energia elétrica que 
um resistor é capaz de converter em calor a cada segundo.
 Existem algumas equações que podem ser usadas para calcular a potência elétrica, 
como:
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 Em que:
 P: potência elétrica (W).
 E: energia (J).
 Δt: Intervalo de tempo (s)
 R: Resistência (Ω)
 i: Corrente elétrica (A)
 U: Potencial elétrico (V)
2.2 Leis das Tensões de Kirchhoff
 As Leis de Kirchhoff são utilizadas para determinar as intensidades das correntes 
em circuitos elétricos que não podem ser reduzidos a circuitos simples.
 São compostas por duas Leis criadas em 1845 pelo físico alemão Gustav Robert 
Kirchhoff (1824-1887).
 A 1ª Lei de Kirchhoff é chamada de Lei dos Nós que se aplica aos pontos do circuito 
onde a corrente elétrica se divide. Ou seja, nos pontos de conexão entre três ou mais 
condutores (nós).
 Já a 2ª Lei é chamada de Lei das Malhas, sendo aplicada aos caminhos fechados 
de um circuito, os quais são chamados de malhas.
 
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
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Figura 11 - Malhas e nós em circuitos elétricos 
Fonte: (GOUVEIA, 2020)
2.2.1 1ª Lei de Kirchhoff ou Lei dos Nós
 A 1ª Lei de Kirchhoff indica que a soma das correntes que chegam em um nó é igual 
a soma das correntes que saem desse nó. Essa lei é consequência da conservação 
da carga elétrica, cuja soma algébrica das cargas existentes em um sistema fechado 
permanece constante.
 Exemplo: na figura a seguir, representa-se um trecho de um circuito percorrido pelas 
correntes i1, i2, i3 e i4.
 
Figura 12 - Primeira Lei de Kirchhoff 
Fonte: (GOUVEIA, 2020)
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 Neste exemplo, considerando que as correntes i1 e i2 estão chegando ao nó e as 
correntes i3 e i4 estão saindo, tem-se que:
i1 + i2 = i3 + i4
 Em um circuito, o número de vezes que devemos aplicar a Lei dos Nós é igual ao 
número de nós do circuito menos 1. Por exemplo, se no circuito existir 4 nós, vamos 
usar a lei 3 vezes (4 - 1).
2.2.2 2ª Lei de Kirchhoff ou Lei das Malhas
 A Lei das Malhas é uma consequência da conservação da energia. 
 Ela indica que quando percorremos uma malha em um dado sentido, a soma 
algébrica das diferenças de potencial (ddp ou tensão) é igual a zero.
Para aplicar a Lei das Malhas, deve-se convencionar o sentido que será percorrido o 
circuito.
 A tensão poderá ser positiva ou negativa, de acordo com o sentido que for arbitrado 
para a corrente e para percorrer o circuito.
 Para isso, vamos considerar que o valor da ddp em um resistor é dado por R.i, sendo 
positivo se o sentido da corrente for o mesmo do sentido do percurso e negativo se 
for no sentido contrário.
 Para o gerador (fem) e receptor (fcem) utiliza-se o sinal de entrada no sentido que 
adotou-se para a malha.
 Como exemplo, considere a malha indicada na figura abaixo:
 
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Figura 13 - Segunda Lei de Kirchhoff 
Fonte: (GOUVEIA, 2020)
 Aplicando-se a lei das malhas para esse trecho do circuito, tem-se:
UAB + UBE + UEF + UFA = 0
 Para substituir os valores de cada trecho, deve-se analisar os sinais das tensões:
 - ε1: positivo, pois ao percorrer o circuito no sentido horário (sentido que se escolheu) 
chega-se pelo polo positivo.
 - R1.i1: positivo, pois se está percorrendo o circuito no mesmo sentido que foi 
definido o sentido de i1.
 - R2.i2: negativo, pois se está percorrendo o circuito no sentido contrário que se 
definiu para o sentido de i2.
 - ε2: negativo, pois ao percorrer o circuito no sentido horário (sentido que se escolheu), 
chega-se pelo polo negativo.
 - R3.i1: positivo, pois se está percorrendo o circuito no mesmo sentido que foi 
definido o sentido de i1.
 - R4.i1: positivo, pois se está percorrendo o circuito no mesmo sentido que foi 
definido o sentido de i1.
 Considerando o sinal da tensão em cada componente, pode-se escrever a equação 
desta malha como:
ε1 + R1.i1 - R2.i2 - ε2 + R3.i1 + R4.i1 = 0
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Anote isso
Para aplicar as Leis de Kirchhoff deve-se seguir os seguintes passos:
1º Passo: Definir o sentido da corrente em cada ramo e escolher o sentido 
em que se irá percorrer as malhas do circuito. Essas definições são arbitrárias, 
contudo, deve-se analisar o circuito para escolher de forma coerente esses 
sentidos.
2º Passo: Escrever as equações relativas a Lei dos Nós e Lei das Malhas.
3º Passo: Juntar as equações obtidas pela Lei dos Nós e das Malhas em um 
sistema de equações e calcular os valores desconhecidos. O número de equações 
do sistema deve ser igual ao número de incógnitas.
Ao resolver o sistema serão encontradas todas as correntes que percorrem os 
diferentes ramos do circuito. Se algum dosvalores encontrados for negativo, 
significa que o sentido da corrente para o ramo tem, na verdade, sentido contrário.
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AULA 3
CIRCUITOS ALGÉBRICOS
 Todo circuito algébrico é aquele que pode ser definido por meio de equações 
algébricas.
3.1 Resistências em Série e Paralelo
 A associação de resistores é um circuito que apresenta dois ou mais resistores. 
 Há três tipos de associação: em paralelo, em série e mista.
 Ao analisar um circuito, pode-se encontrar o valor do resistor equivalente, ou seja, 
o valor da resistência que sozinha poderia substituir todas as outras sem alterar os 
valores das demais grandezas associadas ao circuito.
 Para calcular a tensão que os terminais de cada resistor está submetido aplica-se 
a Primeira Lei de Ohm:
U = R . i
3.1.1 Resistências em Série
 Na associação de resistores em série, os mesmos são ligados em sequência, fazendo 
com que a corrente elétrica seja mantida ao longo de todo o circuito, enquanto a 
tensão elétrica varia.
 Assim, a resistência equivalente (Req) de um circuito corresponde à soma das 
resistências de cada resistor presente no circuito, conforme apresentado pela equação 
a seguir:
Req = R1 + R2 + R3 +...+ Rn
ieq = i1 = i2 = i3 = … = in
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
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Figura 14 - Exemplo de circuito com resistores em série 
Fonte: (GOUVEIA, 2020).
3.1.2 Resistências em Paralelo
 No caso de resistores em paralelo, todos os resistores estão submetidos a uma 
mesma diferença potencial e a corrente elétrica é dividida pelos ramos do circuito.
 Dessa forma, calcula-se a resistência equivalente como sendo:
 E a corrente elétrica é dada por:
- i + i1 + i2 + i3 = 0
 Em circuitos em paralelo, se os valores das resistências são iguais, pode-se simplificar 
da seguinte forma:
 
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
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Figura 15 - Exemplo de circuito com resistores em paralelo
Fonte: (GOUVEIA, 2020).
3.1.3 Resistências Mistas
 No caso de associação de resistores mista, os mesmos podem ser ligados em série 
e em paralelo. No cálculo, deve-se encontrar inicialmente o valor da associação em 
paralelo para, depois, encontrar os valores da associação em série, ou então deve-se 
analisar as possíveis situações de ocorrência.
 
Figura 16 - Exemplo de circuito com resistores mistos 
Fonte: (GOUVEIA, 2020).
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3.2 Fontes Ideais
 Fontes de tensão e de corrente ideais são fontes que fornecem os valores 
determinados de tensão ou de corrente independentemente da carga à qual forem 
ligadas. 
 É possível construir sistemas retroalimentados que percebam mudanças na carga 
e modifiquem os parâmetros físicos da fonte de forma a manter sua saída constante, 
embora tais sistemas tenham uma limitação no que diz respeito à velocidade das 
mudanças às quais ele pode responder.
 Considerando um circuito composto por bateria e resistor. Nesse caso a tensão 
aplicada pela fonte U é igual à tensão sobre o resistor UR e a corrente gerada I é a 
corrente que atravessa o resistor IR. Ou seja, U/I = R. 
 Para que haja alteração da resistência pelo menos uma das grandezas tem de 
mudar. Em geral, num caso real, ambas as grandezas mudam. Há dois casos ideais, 
extremos, nos quais apenas uma das grandezas muda, que muitas vezes podem 
representar bem uma fonte real.
 
Figura 17 - Fonte Ideal de Tensão, UR = cte, iR = U/R
Fonte: (E-FÍSICA, 2007)
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
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Figura 18 - Fonte Ideal de Corrente, iR = cte, UR = R . i 
Fonte (E-FÍSICA, 2007)
3.3 Fontes Reais
 Uma fonte física real pode ser representada através de uma fonte independente 
de tensão em série com uma resistência, ou através de uma fonte independente de 
corrente em paralelo ou com uma resistência.
 A forma mais simples de descrever o comportamento de uma fonte de tensão 
real é representá-la por uma fonte de tensão ideal em série com uma resistência, o 
que permite caracterizá-la por apenas dois parâmetros: a força eletromotriz (FEM) e 
a resistência interna da fonte.
 A FEM é uma característica do processo interno da fonte que dirige as cargas 
elétricas contra a diferença de potencial e converte energia de uma forma em outra.
A resistência interna representa todos os processos dissipativos que ocorrem dentro 
da fonte e, portanto, não pode ser nula num sistema real.
 Uma fonte de corrente real poderá ser representada, na forma mais simples 
possível, por uma fonte de corrente ideal em paralelo com uma resistência. Essa é 
a representação mais próxima da realidade física de uma fonte de energia elétrica 
como um gerador fotovoltaico. 
 Tanto uma fonte de tensão como uma de corrente podem ser representadas pelo 
diagrama da figura a seguir: uma fonte de tensão ideal (uma fonte cuja tensão fornecida 
não varia), que fornece a tensão ε, em série com uma resistência R. 
 Entre os terminais da fonte se pode ligar um resistor de carga com resistência R 
fazendo com que flua uma corrente i no circuito.
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Figura 19 - Fonte Real Representada por Fonte Ideal 
Fonte: (E-FÍSICA, 2007).
3.4 Fontes Equivalentes
 Considerando as equações de fontes reais:
U = R .i + R .is
U = R .i +ε
 Pode-se considerar que:
ε = R .is
 Assim, uma fonte de corrente em paralelo com uma resistência é equivalente a 
uma fonte de tensão em série com uma resistência de mesmo valor, desde que esta 
fonte de tensão tenha valor igual ao da fonte de corrente multiplicada pela resistência.
3.5 Divisor de Tensão
 Um divisor de tensão corresponde a uma fonte de tensão aplicada sobre uma 
associação de resistores em série, como apresentado no circuito a seguir.
 
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Figura 20 - Divisor de Tensão 
Fonte: (EQUIPE EMBARCADOS, 2016).
 A tensão nos terminais de R2 é uma fração de tensão aplicada ao divisor 
correspondendo à mesma fração Req.
Req=R1+R2
v=Req .i
1i = __________ . v
(R1+R2)
v2 = R2 .i
 R2v2 = ________.v
 R1+R2
3.6 Divisor de Corrente
 O circuito a seguir é considerado como um divisor de corrente.
 
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Figura 21 - Divisor de Corrente
Fonte: (FÁBIO, 2017)
1 1 1_____ = _____ + _____
Req R1 R2
v = R .i 
1_____
R1
i1 = _______________ .i
1 1___ + ___
R1 R2
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AULA 4
CIRCUITOS DE CORRENTE 
ALTERNADA
 Nos circuitos de corrente contínua, a resistência elétrica é a única grandeza que 
expressa o impedimento à passagem da corrente elétrica. 
 Em corrente alternada, existem outros efeitos além do resistivo que influenciam 
a passagem de corrente no circuito, como a indutância quando o circuito contém 
bobinas, ou a capacitância quando o circuito contém capacitores. 
 Deste modo, a razão tensão/corrente em um circuito de corrente alternada não 
depende apenas das resistências elétricas do mesmo. 
 A razão entre tensão e corrente em um circuito de corrente alternada recebe outro 
nome: impedância, um termo que foi proposto por Oliver Heaviside em 1886. 
 Heaviside deu grandes contribuições à teoria eletromagnética, tendo reformulado 
as equações de Maxwell na notação vetorial moderna. 
 As contribuições de Heaviside também incluem o cálculo vetorial, métodos de 
resolução de equações diferenciais e teoria de circuitos elétricos e linhas de transmissão, 
além de ter introduzido outros termos como indutância, condutância e eletretos. 
 A impedância de um circuito é composta de três componentes:
 - ZR: componente resistivada impedância ou simplesmente resistência.
 - ZC: componente capacitiva da impedância ou reatância capacitiva.
 - ZL: componente indutiva da impedância ou reatância indutiva.
 Outra grandeza importante na descrição de circuitos de corrente alterna é a frequência 
das tensões e correntes do circuito. 
 A frequência linear é medida em Hertz (Hz) e é igual ao número de ciclos por 
segundo, sendo seu símbolo f. 
 A frequência angular é medida em rad / s e é igual a taxa de variação da fase da 
corrente, seu símbolo é normalmente ω. 
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 A relação entre as duas é: 
ω=2.π.f
4.1 Circuitos Resistivos, Capacitivos ou Indutivos
 Na prática é impossível obter circuitos de corrente alternada com características 
puramente resistivas, indutivas ou capacitivas. 
 Mesmo assim é didático tratar esses casos ideais, conhecer seu comportamento. 
 Neste caso, o tratamento pode ser feito através de equações diferenciais simples. 
As características previstas individualmente são mantidas quando se trata de circuitos 
que contenham combinações desses elementos. 
4.1.1 Circuito Resistivo
 A tensão nos terminais de um resistor com resistência R é diretamente proporcional 
à corrente que o atravessa. A constante de proporcionalidade é a resistência do resistor. 
 
Figura 22 - Circuito Resistivo
Fonte: (UNESP, 2020)
 
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Figura 23 - Representação Gráfica do Circuito Resistivo 
Fonte: (UNESP, 2020)
 Pode-se observar que o ângulo entre a tensão e a corrente é nulo, ou seja, elas 
“andam” sempre juntas. 
 Então, pode-se dizer que para um circuito resistivo, a tensão e a corrente estão 
em fase. Mas, nem sempre as relações entre a tensão e a corrente em circuitos de 
corrente alternada ficam completamente determinadas pela resistência do circuito, 
elas podem também sofrer influência de elementos que tendem a se opor a qualquer 
variação da intensidade da corrente ou da tensão. Esta oposição reativa é devida 
aos elementos capacitivos e indutivos, que podem alterar as relações entre tensão e 
corrente. 
4.1.2 Circuito Capacitivo
 Quando se aplica uma tensão alternada a um capacitor com capacitância C, a carga 
das placas varia com a variação da tensão, formando assim uma corrente alternada 
no circuito. 
 
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Figura 24 - Circuito Capacitivo 
Fonte: (UNESP, 2020)
 
Figura 25 - Representação Gráfica do Circuito Capacitivo
Fonte: (UNESP, 2020)
4.1.3 Circuito Indutivo
 Um indutor é um elemento de circuito constituído por um arranjo de espirais.
 Quando passa uma corrente por uma espiral esta corrente dará origem a um campo 
magnético no interior desta espiral, ocorrendo de forma perpendicular à corrente. 
 Se se arranjar várias espirais para formar um “tubo”, ou seja, um solenoide, o campo 
magnético estará no interior deste solenoide.
 
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Figura 26 - Campo Magnético em Solenoide 
Fonte: (UNESP, 2020)
 O fluxo magnético no interior do solenoide é dado pela variação da quantidade desse 
campo magnético por unidade de área. Essa relação provém do magnetismo e dá 
origem a uma força eletromotriz no próprio elemento que se opõe à força eletromotriz 
aplicado quando a corrente aumenta, e se soma quando a corrente reduz.
 Essa proporcionalidade da força eletromotriz à variação da corrente com o tempo 
é chamada de indutância do indutor.
 
Figura 27 - Circuito Indutivo 
Fonte: (UNESP, 2020)
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 Figura 28 - Representação Gráfica do Circuito Indutivo
Fonte: (UNESP, 2020)
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AULA 5
INTRODUÇÃO ÀS INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS
 As instalações elétricas de baixa tensão são regulamentadas pela Norma NBR 
5410 / 2004. Considera-se baixa tensão de corrente alternadas de 1000 V e tensões 
de corrente contínua de 1500 V.
 Um sistema elétrico corresponde aos seguintes componentes:
 - Produção.
 - Transmissão (subestação elevadora e subestação abaixadora).
 - Distribuição.
 
Figura 29 - Diagrama de um sistema elétrico 
Fonte: (VANDERSON, 2020).
5.1 Produção de Energia Elétrica
 A produção industrial de energia elétrica pode ser realizada por meio da energia 
potencial da água (caso das hidrelétricas), energia potencial de combustíveis 
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(termoelétricas), energia solar, energia eólica, energia maremotriz, energia através de 
gases de biodigestores. 
 No Brasil, cerca de 90% da energia é produzida através de usinas hidrelétricas, tendo 
em vista a grande quantidade de cursos de água possíveis de serem represados. Esse 
potencial hidráulico é estimado em 150 milhões de kW (VANDERSON, 2020).
 As termelétricas, de modo geral, utilizam combustíveis para geração de energia, 
sendo as existentes no país movidas à madeira, bagaço de cana, carvão mineral, 
petróleo, urânio (em usinas nucleares).
 
Figura 30 - Funcionamento de usina hidrelétrica 
Fonte: (PEREIRA, 2016)
 Os geradores de eletricidade necessitam de uma fonte primária de energia. Essa 
fonte é mecânica (cinética) que é capaz de girar o rotor da turbina que é acoplado ao 
eixo do gerador. 
 A tensão gerada é alternada de 13,8 kV. Na geração existem transformadores que 
elevam a tensão para que seja transmitida
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5.2 Transmissão
 Na transmissão ocorre o transporte de energia elétrica dos centros geradores para 
os consumidores.
 Para que haja viabilidade econômica, evitando a perda dessa energia durante 
o transporte, a tensão deve ser elevada. As tensões mais utilizadas em correntes 
alternadas são 69, 138, 230, 400 e 500 kV (VANDERSON, 2020).
 O objetivo final da transmissão em tensão contínua é de redução das perdas por 
ionização do ar ao redor dos condutores, conhecido como efeito corona.
5.3 Distribuição
 A distribuição já ocorre dentro dos centros de utilização começando na subestação 
abaixadora, de modo a abaixar a tensão da linha de transmissão para valores 
padronizados nas redes de distribuição primárias (11 kV, 13,8 kV, 15 kV, 34,5 kV). 
Essas redes podem ser de forma radial, em anel ou radial seletivo.
 Das subestações de distribuição primária partem as redes de distribuição secundárias, 
ou de baixa de tensão chegando ao final em uma subestação abaixadora para baixa 
tensão, ou tensão de utilização (338/220 V - sistema trifásico, 220/127V - sistema 
bifásico).
 Essas redes de distribuição dentro dos centros urbanos podem ser feitos de forma 
aérea ou subterrânea. Nas redes aéreas, os transformadores são locados em postes. 
Já na rede subterrânea, os transformadores são montados em câmaras subterrâneas. 
Esses transformadores podem ser monofásico, bifásico ou trifásico (VANDERSON, 
2020). 
 De modo geral, as redes de distribuição primária e secundária são trifásicas enquanto 
que as ligações aos consumidores podem ser monofásicas, bifásicas e trifásicas, 
variando de acordo com a carga solicitada.
 
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Figura 31 - Ramais monofásico, bifásico e trifásic
Fonte: (VANDERSON, 2020) 
Figura 32 - Rede pública de baixa tensão 
Fonte: (VANDERSON, 2020) 
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Figura 33 - Sistema de energia elétrica
Fonte: (OLIVEIRA, 2013)
 No projeto de instalações elétricas toda a rede deve ter seu detalhamento feito, a 
localização dos pontos de utilização de energia elétrica deve estar indicada. De modo 
geral, no projeto deve constar:
 - Quantificação,determinação e localização dos pontos de utilização de energia 
elétrica.
 - Dimensionamento e posicionamento de condutores e condutos.
 - Dimensionamento dos dispositivos de proteção.
 Dessa forma, os projetos devem atender às necessidades de seus consumidores, 
se residencial, comercial, industrial ou rural.
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AULA 6
FUNDAMENTOS DAS 
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 Os equipamentos elétricos normalmente são diferenciados pelas potências que 
geram (geradores) ou que consomem (motores, lâmpadas), ou seja, quantidade de 
energia que é modificada em um determinado espaço de tempo.
 Em circuitos de corrente alternada encontramos, além da potência ativa, as potências 
reativa e aparente. Estes dois últimos campos são criados pela corrente alternada.
6.1 Potência Ativa (P)
 É a potência consumida por aparelhos que trabalham com resistores como chuveiros, 
lâmpadas, aquecedores, fornos elétricos. É aquela potência pela qual se paga. A unidade 
é Watts (W = J / s).
6.2 Potência Reativa (Q)
 Alguns aparelhos, além de consumirem uma potência ativa, necessitam de potência 
reativa para funcionarem.
 Esta potência está associada aos campos magnéticos dos motores e reatores 
(transformadores) e aos campos elétricos de capacitores. Este tipo de potência está 
defasada de 90º da potência ativa. 
 Pode-se dividir a potência reativa em duas classes de acordo com suas características 
em indutiva e capacitiva.
6.2.1 Potência Reativa Indutiva
 Presente em aparelhos como motores, indutores, reatores (que utilizam enrolamentos). 
Está defasado de 90º da potência ativa e é considerada positiva.
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6.2.2 Potência Reativa Capacitiva
 Aparece quando se trabalha com capacitores. Está defasado de 90º da potência 
ativa e é considerada negativa.
 A unidade é Volt-Ampere Reativo (VAr).
6.3 Potência Aparente (A)
 É a soma das potências ativa e reativa. Esta soma, devido à defasagem, deve ser 
vetorial, ou seja, fatorial.
 A unidade é Volt-Ampere (VA).
6.4 Fator de Potência (FP)
 Os aparelhos elétricos fornecem apenas um valor de potência e o respectivo fator 
de potência, que por definição é o cosseno do ângulo formado entre a potência ativa 
e a potência reativa.
 
Figura 34 - Fator de potência 
Fonte: (SKZ ENGENHARIA, 2020).
 
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 Conhecidos uma das potências e o fator de potência pode-se montar o triângulo 
gráfico, tendo em vista que:
 As concessionárias recomendam que o fator de potência para indústrias deve ser 
próximo a 1,0 e nunca inferior a 0,92.
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AULA 7
FORNECIMENTO DE ENERGIA 
ELÉTRICA
 Os critérios para o fornecimento de energia elétrica podem variar seguindo as 
normas de cada concessionária que estabelece limites variados para cada tipo de 
fornecimento.
 Fornecimento de Energia em Alta Tensão (> 75 kW, FP = 0,92)
 Caracterizada por tensões da ordem de 11900 a 13800 V.
 Este tipo de fornecimento é o indicado para: indústrias e edifícios devido a grande 
potência instalada e propriedades rurais, devido a distância a ser percorrida pela linha.
 Fornecimento de Energia Elétrica em Baixa Tensão
 Este tipo de fornecimento é feito com tensões da ordem de 220 / 127 / 110 V e em 
algumas cidades 350 / 220 V. É o modelo que serve a residência, pequenas indústrias 
e casas comerciais. Pode ser subdividido em:
TRIFÁSICO
 4 fios: 3 fases e 1 neutro.
 20 a 75 kW (melhor opção).
 24 a 90 kVA.
BIFÁSICO
 3 fios: 2 fases e 1 neutro.
 10 a 20 kW.
 12 a 24 kVA.
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MONOFÁSICO
 2 fios: 1 fase e 1 neutro.
 0 a 10 kW (instalação de baixa renda).
 Até 12 kVA.
 Para cada tipo de instalação existe um medidor adequado que deverá ser instalado 
segundo as normas das concessionárias em uma caixa de medição que também 
deverá possuir dispositivos de proteção de circuito.
7.1 Condutores Elétricos
 A empresa de distribuição utiliza em suas linhas de alta e baixa tensão, condutores 
de alumínio, devido ser mais barato. Uma opção melhor para condutores são os fios 
de cobre.
 Para uso industrial e residencial, os condutores são de cobre isolados em PVC.
 Até 1982 os condutores seguiam as especificações AWG para a determinação de 
sua secção reta (área da seção). A partir dessa data, a ABNT passou a determinar que 
os condutores devem seguir o sistema internacional de unidades. Assim, os condutores 
são especificados pela sua área em mm².
 Exemplo:
 1,5 mm²: 14.
 2,5 mm²: 12.
 4,0 mm²: 10.
 6,0 mm²: 8.
 10 mm²: 6.
 Existem também condutores com isolamento em PVC especial que suportam 
tensões de classe 15 kV.
7.2 Seções Mínimas de Condutores Residenciais
 Para instalações residenciais, a NBR 5410 estabelece os seguintes valores mínimos 
para os condutores elétricos:
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ILUMINAÇÃO:
 1,5 mm².
TOMADA DE CORRENTE EM QUARTOS E SALAS:
 1,5 mm².
TOMADA DE CORRENTE EM COZINHAS, ÁREAS DE SERVIÇO, GARAGEM E SIMILARES:
 2,5 mm².
AQUECEDORES DE ÁGUA EM GERAL E APARELHOS DE AR CONDICIONADO:
 2,5 mm².
FOGÕES ELÉTRICOS:
 6,0 mm².
7.3 Capacidade de Condução de Corrente
 A tabela a seguir estabelece relações entre as seções dos condutores e a capacidade 
máxima de corrente admissível para até três condutores colocados no mesmo conduto.
Tabela 1 - Seção de condutor e máxima capacidade de corrente
Fonte: do próprio autor
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 Os limites definidos acima diminuem com o aumento da temperatura ambiente e com 
o número de condutores em um mesmo eletroduto como também a sua disposição.
 
Figura 35 - Simbologia para Instalação Elétrica 
Fonte: (GONÇALVES, 2012)
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AULA 8
ASPECTOS DE PROJETO
 Para a execução do projeto elétrico é necessário um conhecimento rigoroso das 
características e detalhes dos ambientes. Estas informações são obtidas através das 
plantas civis da obra. 
 Terminada a análise inicial, o projeto elétrico deverá ser feito em planta (escala 
1:50), onde serão representadas somente o contorno das paredes, vão das portas e a 
posição das janelas e armários. Não deverão ser indicados os móveis, peças sanitárias 
e hidráulicas e elementos de decoração.
8.1 Aspectos Relevantes
1. Colocar os pontos de luz no teto, de forma que eles ocupem o centro geométrico 
de cada setor. Excepcionalmente desloca-se os pontos de luz para posições não 
convencionais. Para cada quatro metros de parede (fração), pensar em um ponto de luz.
2. Colocar pontos de luz nas paredes em condições muito específicas (escada, banheiro).
3. Colocar tomadas que atenderão as necessidades de acordo com o padrão da 
residência. Estas tomadas podem ser:
 - Tomadas de uso geral (TUG): são tomadas que atendem a aparelhos variados 
como ventiladores, abajures, aspiradores de ar.
 - Tomadas de uso específico (TUE): destinadas a ligação de aparelhos fixos ou 
estacionários como chuveiro, condicionadores de ar, máquina de lavar roupa.
4. Em qualquer caixa de teto, parede ou piso, chegar no máximo quatro eletrodutos. 
Cada eletroduto possui de 7 a 9 fios, a caixa é muito pequena para tanto fio.
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5. Colocar quadros de distribuição no centro geométrico das cargas. Todos os circuitos 
nascerão destes quadros. Evitar por quadro no banheiro e cozinha, devido ser áreas 
laváveis.
6. Formar circuitos independentes, protegidos por fusíveis ou disjuntores, que alimentam 
cargas ou grupo de cargas.
7. Chuveiros, condicionadores de ar,aquecedores, fornos e fogões elétricos são cargas 
especiais, possuindo circuitos individuais (> 1500 VA).
8.2 Tipos de Circuitos
 Nas instalações elétricas, há três tipos de circuitos.
 CIRCUITO DE ILUMINAÇÃO E LIMPEZA
 Normalmente, empregados em residências, apartamento e prédios comerciais. Servem 
lâmpadas de pequena potência, tomadas para aspiradores, enceradeiras, aparelhos 
de áudio e vídeo e pequenos eletrodomésticos, com exceção dos eletrodomésticos 
de cozinha.
 Poderão conter até 12 pontos de retirada de energia ou 1200 VA de potência total. 
Cada tomada deste circuito conta com 100 VA.
 CIRCUITO DE SERVIÇO
 Empregados para servir as tomadas de cozinha, áreas de serviço, lavanderia, 
pequenas máquinas de escritório.
 Não poderão conter pontos de luz.
 A potência do circuito é avaliada de acordo com a seguinte regra (NBR 5410): “As três 
primeiras tomadas, em qualquer ordem serão 600 VA cada. As demais serão contadas 
como 100 VA, totalizando no máximo 2200 VA. A bitola mais fina de condutores para 
este tipo de circuito é 2,5 mm²”.
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 CIRCUITOS ESPECIAIS
 Dentro desta classe encontram-se cargas como de chuveiro, condicionadores de 
ar, aquecedores.
 Cada circuito serve a uma carga em particular.
Tabela 2 - Potência e condutor para cada tipo de carga
Fonte: do próprio autor 
8.3 Eletroduto
 Em instalações residenciais recomenda-se utilizar eletrodutos de ¾” (25 mm).
 Por esses eletrodutos circularão os condutores da instalação. Deve-se tomar cuidado 
de não passar uma quantidade exagerada de condutores por um mesmo duto, para 
evitar problemas de aquecimento e problemas na execução da instalação.
 O número máximo de condutores carregados (fase e neutro) que passarão por 
esses eletrodutos será de 9 (nove), considerando os condutores de 1,5 mm², 2,5 mm² 
e 4,0 mm².
 Para fios com bitola de 6,0 mm² deverá haver circuito especial pelo piso.
 
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Figura 36 - Diagramas Unifilar e Multifilar 
Fonte: (SABER ELÉTRICA, 2020).
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AULA 9
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS 
EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 Os principais requisitos para as instalações elétricas são:
 - Viabilidade: técnica, econômica, executiva.
 - Eficiência: baixas perdas, atendimento aos requisitos de carga.
 - Segurança: pessoal, patrimonial, ambiental.
 Esses requisitos estão diretamente ligados às variáveis:
 - Porte físico da instalação.
 - Tipo de carga presente.
 - Aspectos ambientais.
 - Confiabilidade exigida.
 - Público atendido.
 - Flexibilidade desejada.
9.1 Classificação das Instalações Elétricas
 As instalações elétricas podem ser classificadas quanto à faixa de tensão, à forma 
da instalação, o grau de proteção e a utilização.
 FAIXA DE TENSÃO
 - Alta tensão (AT): 
 Un > 1000 VCA ou 
 Un > 1500 VCC.
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 - Baixa tensão (BT): mais comum.
 50 VAC < Un < 1000 VCA
 120 VCC < Un < 1500 VCC
 - Extra baixa tensão (EBT): ambientes em água (piscinas), instalações mais seguras.
 Un < 50 VAC ou
 Un < 120 VCC
 *CA: corrente alternada e CC: corrente contínua.
 FORMA DA INSTALAÇÃO
 - Embutida.
 - Aparente (uso industrial, comercial, para permitir alterações).
 GRAU DE PROTEÇÃO
 - Eletricamente exposta (condutores não protegidos, distribuição urbana).
 - Protegida (capa por cima do fio, distribuição urbana, cabo não é isolante).
 - Isolada.
 - A prova de respingos.
 - A prova de água.
 - Submersível.
 - A prova de explosões (evita que o equipamento elétrico gere explosão, postos de 
gasolina).
 UTILIZAÇÃO
 - Residencial.
 - Comercial.
 - Industrial.
 - Uso misto.
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9.2 Categorias dos Materiais Elétricos
 Os materiais elétricos podem ser condutores, condutos, dispositivos de manobra, 
dispositivos de proteção e dispositivos de conexão.
 CONDUTORES
 São responsáveis por conduzir a corrente elétrica.
 Materiais usuais: cobre, alumínio, aço cobreado.
 Tipos:
 Fios: condutor único. 
 Cabo: vários fios encordoados.
 Quanto ao tipo de isolamento dos condutores, eles podem ser:
 - Condutor nu: sem capa ou proteção.
 - Condutor protegido: capa oferece proteção sem garantir isolamento.
 - Condutor isolado: capa oferece total proteção contra contatos, sendo o potencial 
externo ao condutor nulo.
 MATERIAL DE ISOLAMENTO
 Recobre o condutor quando exposto à temperatura elevada.
 O tipo de material empregado determina a temperatura de operação.
 Materiais usuais: PVC (70ºC), EPR (90ºC), XLPE (90ºC).
 Para altas temperaturas alguns materiais são mais indicados:
 - Silicone: 200 ºC.
 - Mica: > 200 ºC.
 - Amianto: 200 ºC.
 - Anilhas de Porcelana: > 200 ºC.
 - Condutor Nu: > 300 ºC.
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 CONDUTOS
 Abrigam e encaminham os condutores. As principais funções são direcionamento, 
sustentação e proteção mecânica.
 Os tipos mais comuns são os eletrodutos, eletrocalhas, leitos e escadas.
 Eletroduto: seção circular, composto por materiais tipo aço, PVC, alumínio, PEAD, 
PEDB. Podem ser instalados aparente ou embutido.
 
Figura 37 - Eletrodutos de PVC corrugado 
Fonte: (CASSOL CENTERLAR, 2020)
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 Eletrocalha: seção retangular ou quadrado, do tipo fechado ou ventilado, com 
instalação aparente e com boa proteção mecânica.
 
Figura 38 - Eletrocalha 
Fonte: (ELECON, 2020)
 Leitos e Calhas: servem de suporte para condutores, possuindo alta resistência 
mecânica. De modo geral, são abertos não oferecendo proteção mecânica.
 
Figura 39 - Calha para condutores 
Fonte: (CALHAS KENNEDY, 2020)
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AULA 10: Dimensionamento de Condutores
 Para instalações elétricas em baixa tensão, a Norma NBR 5410 / 2004 define os 
seguintes critérios para o dimensionamento dos condutores.
10.1 Critério de Seção Mínima
 Define a mínima seção transversal dos condutores conforme a utilização do circuito, 
independente da corrente.
Tabela 3 - Seção mínima de condutores.
TIPO DE CIRCUITO SEÇÃO MÍNIMA
Iluminação 1,5 mm²
Tomadas de uso geral 2,5 mm²
Tomadas de uso específico 2,5 mm²
Uso misto 2,5 mm²
Circuitos de comando 1,0 mm²
 Fonte: do próprio autor
10.2 Critério de Capacidade de Condução de Corrente
 Define a seção transversal mínima capaz de atender a corrente do circuito, levando 
em conta fatores de depreciação conforme temperatura ambiente, agrupamento e 
fatores locais, além do próprio material que compõe o isolamento do condutor.
10.3 Critério da Queda de Tensão
 Delimita a máxima queda de tensão introduzida ao circuito em função da impedância 
do condutor empregado.
 Pode alternar a seção determinada pelos critérios anteriores, em função do 
comprimento do circuito, corrente de carga e requisitos específicos da fonte e da 
carga acionada.
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10.4 Critério de Sobrecarga
 Verifica a elevação de temperatura ocorrida no condutor em condição de sobrecarga 
e determina a proteção adequada à manutenção das características do condutor.
10.5 Critério de Curto-Circuito
 Permite o dimensionamento de proteção adequado às características de sobrevida 
térmica do condutor utilizado.
10.6 Roteiro para o Dimensionamento de Condutores em 
Instalações Elétricas
 Para o correto dimensionamento é necessário que já estejam definidos previamente 
os seguinte fatores:
 1. Distribuição das cargas ou dos pontos de carga no layout da instalação.
 2. Quantificação da carga instalada.
 3. Determinação demétodo de acionamento das cargas, especialmente motores 
elétricos.
 4. Localização dos quadros de proteção e distribuição.
 5. Localização do ponto de conexão à rede ou subestação particular.
 6. Definição da forma de instalação de cada parte do sistema elétrico.
 7. Determinação do material a ser adotado no isolamento dos condutores 
(normalmente adota-se o critério econômico e utiliza-se PVC).
 8. Determinação da tensão dos circuitos de baixa tensão.
 A partir das informações obtidas, passa-se ao dimensionamento que praticamente 
define o projeto de instalação elétrica.
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 ETAPAS DE DIMENSIONAMENTO
Etapa 1.
 Divide-se a carga em circuitos agrupando cargas de mesma natureza (iluminação, 
tomadas do cômodo). 
 Nesta fase, é necessário limitar a potência de cada circuito caso se deseje utilizar 
os condutores de seção mínima. 
 Em instalações residenciais ou comerciais, por exemplo, alimentadas em 127 V, 
limita-se a potência de circuitos de iluminação a 1200 W, aproximadamente, e circuito 
de tomadas a 2000 W.
 Tomadas de uso específico não são limitadas, porém evita-se agrupamentos de 
mais de uma TUE no mesmo circuito.
Etapa 2.
 Determina-se o encaminhamento dos circuitos na instalação. Deve-se tomar cuidado 
com agrupamento de número excessivo de circuitos para que a depreciação resultante 
do agrupamento não inviabilize a instalação.
 O encaminhamento deve:
 - Se o mais curto possível.
 - Minimizar mudanças de trajetória.
 - Não criar interferências com outros sistemas da edificação.
 - Evitar áreas que possam causar danos aos condutores.
Etapa 3.
 Agrupados e numerados os circuitos, proceder ao cálculo de corrente de projeto 
(IB) do circuito.
Etapa 4.
 Determinar, para cada circuito, os fatores de correção de temperatura, de grupamento 
e fator de correção local (dados de tabela Norma).
Etapa 5.
Determinar a corrente fictícia de projeto (I’B).
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Etapa 6.
 Dimensionar o condutor por capacidade de condução de corrente (tabela, conforme 
material e modo de instalação).
Etapa 7.
 Calcular a impedância do circuito com base na seção transversal adotada e no 
comprimento total do circuito.
Etapa 8.
 Calcular a queda de tensão no circuito, usando sua impedância, corrente de carga e 
fator de potência. Comparar com o limite estabelecido para o trecho e, caso necessário, 
redimensionar o condutor.
Etapa 9.
 Estabeleça o tipo e dimensionamento da proteção em função da seção transversal 
adotada (ou limite de corrente desejado).
Etapa 10.
 Verifique o critério de dimensionamento por sobrecarga. Se necessário, adequar a 
proteção ou a seção transversal do condutor.
Etapa 11.
 Verificar o critério de curto-circuito. Caso necessário, aplicar limitadores de corrente 
ou redimensionar os condutores.
Etapa 12.
Montar o quadro de cargas da instalação, incluindo as seções dos condutores e as 
respectivas proteções. 
Etapa 13.
 Elaborar o diagrama unifilar da instalação, incluindo principais detalhes do sistema.
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AULA 11
EXEMPLO DE 
DIMENSIONAMENTO DE 
CONDUTORES
 Após se determinar a corrente de projeto de um circuito e sabendo-se a forma de 
instalação deste, procede-se ao dimensionamento do condutor.
 No exemplo, será determinada a seção transversal dos condutores para o seguinte 
circuito:
 - Corrente de projeto: 125 A.
 - Comprimento do circuito: 85 m.
 - Queda de tensão admitida: 3%.
 - Forma de instalação: eletroduto aparente.
 - Temperatura ambiente: 40 ºC.
 - Número de circuitos agrupados no mesmo eletroduto: 3.
 
Figura 40 - Simbologia nos circuitos 
Fonte: (ROSSI, 2020)
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 Da fonte até a carga são 3 os circuitos, calculando somente o circuito AL-1, tem-se:
 AL-1: trifásico, composto por 3 condutores fase, 1 condutor neutro e 1 condutor 
de proteção. A corrente de fase é igual a 125 A. Os fatores de depreciação serão os 
seguintes, conforme a tabela apresentada a seguir.
 - Fator de agrupamento: 0,70.
 - Fator de correção de temperaturas: 0,87 para PVC ou 0,91 para EPR/XLPE.
 - Fator local: 1,0 (não há deprecação por fator local).
Tabela 4 - Fatores de correção para agrupamento de circuitos
Fonte: (IPCE, 2020)
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Tabela 5 - Fatores de correção para temperatura ambientes 
diferentes de 30ºC.
Fonte: (QCONCURSOS, 2020)
 Portanto, o fator de correção global será:
fc=fct .fca .fcl
 Se for adotado o condutor isolado em PVC:
fc=0,87 .0,70 .1,0
fc=0,609
 A corrente fictícia de projeto será:
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 O modo de instalação é classificado como B1, conforme apresentado na tabela a 
seguir.
Tabela 6 - Métodos de instalação
Fonte: (PRYSMIAN, 2020)
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 Deste modo, utiliza-se a tabela a seguir para seleção da seção transversal dos 
condutores fase (neste caso, considera-se 3 condutores carregado).
Tabela 7 - Capacidade de condução de corrente para os 
métodos de referência
Fonte: (PRYSMIAN, 2020) 
 Para a corrente de 205,25 A, seção de 95 mm² (corrente nominal de 207 A).
 CÁLCULO DA QUEDA DE TENSÃO
 A queda de tensão em um condutor é função não apenas de sua seção transversal. 
Depende também da forma de agrupamento dos condutores (que definem sua 
indutância) e das características da carga, que definem a potência ativa e reativa da 
mesma.
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 Deste modo, as tabelas de dimensionamento adotam, para o cálculo de queda de 
tensão, valores de fator de potência de carga comuns em instalações.
 Utiliza-se uma tabela que fornece uma constante de queda de tensão que é função 
de:
 - Seção transversal do condutor.
 - Tipo de instalação.
 - Material do conduto (calha, tubo).
 - Fator de potência da carga.
 Nesse exemplo, será considerada a carga com fator de potência igual a 0,80 e o 
eletroduto de aço carbono (material magnético).
 A tabela a seguir fornece a constante de queda de tensão para condutores isolados 
em PVC em eletrodutos magnéticos, com seção de 95 mm² e carga com fator de 
potência igual a 0,80, com o valor de:
 VΔV=0,50. ________
 (A .Km)
Tabela 8 - Queda de tensão em V/A.km
Fonte: (PRYSMIAN, 2020)
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ΔV=0,50 .125 .0,085
ΔV=5,31 V
 Notar que a corrente utilizada é a corrente de projeto (IB) e a extensão do circuito 
deve ser convertida em km.
 A queda de tensão percentual seria dada por:
ΔVΔV%=______ .100%
VFN
 Em que VFN é a tensão entre fase e neutro do circuito considerado.
 No exemplo, a tensão VFN é de 127 V. Deste modo, a queda de tensão será:
5,31ΔV%= ______ .100%
127
ΔV%=4,183%
 Que é superior ao limite estabelecido. Deve-se, neste caso, substituir o condutor 
por um de seção tal que a queda de tensão seja inferior ao limite de 3% indicado.
 Pode-se fazer isto por tentativa ou através de determinação do maior valor de 
constantes de ΔVaceitável.
 
ΔV=127 .0,03 = 3,81 V
 ΔV 3,81 Kmax=_____ =__________ = 0,358 V/A.km
 (IB .l) 125 .0,085
 Na tabela 5, condutor que atende a este critério tem seção transversal igual a 185 
mm² (k = 0,32).
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AULA 12
CIRCUITO PARA ACIONAMENTO 
DE MOTORES ELÉTRICOS
 O dimensionamento dos circuitos exclusivos de motores elétricos considera que 
este tipo de carga apresentaum comportamento durante o processo de partida que 
é diferente do comportamento em regime.
 Os motores de indução, que correspondem a mais de 80% de toda força motriz 
industrial, absorvem durante sua partida correntes entre 3 e 10 vezes o valor nominal 
da sua corrente de trabalho. O conjugado (torque) produzido por estes motores varia 
com o quadrado da variação da tensão de alimentação e, deste modo, os alimentadores 
devem ser dimensionados para que a queda de tensão na partida não inviabilize o 
acionamento da carga mecânica.
 Por Norma, limita-se a queda de tensão destes circuitos a 10% durante a partida 
e 5% em condições de regime.
 Cabe notar que mesmo atendendo à Norma, o motor apresentará a seguinte redução 
de conjugado:
 - Tensão de alimentação: 100%, conjugado = 100%.
 - Tensão de alimentação: 90%, conjugado = 0,9² = 0,81 = 81%.
 A relação entre a corrente de partida e a corrente nominal de um motor é dado de 
placa do equipamento e recebe a notação Ip/In. Assim, durante a partida absorverá 
x.Ip/In.A.
 O fator de potência dos motores durante a partida também sofre significativa redução, 
devendo ser considerado para efeito de cálculo FP = 0,3.
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12.1 Proteção de Alimentadores de Motores
 Durante o processo de partida, a elevada corrente não deve produzir a atuação dos 
elementos de proteção (fusíveis, disjuntores). Por essa razão, deve-se verificar a curva 
de atuação das proteções adotadas. 
Anote isso
RESUMO: Dimensionamento
Corrente nominal: In = IB
Corrente de partida: In . Ip/In
 
 Pelo critério da capacidade de condução de corrente, determina-se I’B.
 Pelo critério da queda de tensão calcula-se para Ip um limite de 10% (FP = 0,3) e 
para In um limite adotado em projeto (Norma = 5%).
12.2 Partida de Motores com Tensão Reduzida
 Em determinados casos, há limitações na capacidade de fornecimento de corrente 
por parte da fonte, fazendo com que não se consiga a partida do motor com tensão 
plena. Para estas situações, e não havendo limitação por parte da carga mecânica, 
adotam-se métodos de partida com tensão reduzida.
 A aplicação de tensões inferiores à nominal produz dois efeitos no motor:
 - Redução do conjugado à razão de quadrado de tensão.
 - Redução da corrente à razão do quadrado da variação de tensão.
 
 
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Figura 41 - Conjugado de um motor em função da velocidade 
de seu eixo e o efeito da alimentação reduzida
Fonte: (WEG, 2009)
 A tabela a seguir mostra os efeitos dos diversos métodos de partida adotados para 
motores de indução trifásica:
Tabela 9 - Efeitos dos métodos de partida em motores
PARTIDA TENSÃO NO 
MOTOR
CORRENTE DE 
PARTIDA
CONJUGADO DE 
PARTIDA
Direta 100% VN 100% IP 100% Cp
Estrela-triângulo VN / √3 IP / 3 Cp / 3
Compensadora VN . TAP IP . TAP² Cp . TAPA²
Série-paralelo VN / 2 IP / 4 Cp / 4
Soft-starter Ajustável IP . ajuste² Cp . ajuste²
Fonte: do próprio autor
 
 Notar que a partida só ocorrerá de forma normal se o conjugado resistente (carga 
mecânica) for inferior ao conjugado motor, durante todo o processo de aceleração.
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 A chave soft-starter, moderno sistema de partida de motores, oferece flexibilidade 
de aplicação, pois permite o ajuste da tensão de partida, rampa de tensão e limitação 
de corrente, além de incorporar diversas proteções ao motor.
 A chave de partida compensadora aplica, no instante de partida do motor, uma 
tensão reduzida à proporção do TAP (ponto de conexão adotado).
 Os valores típicos para os TAPs são 80%, 65% e 50%, que correspondem à 80% de 
VN, 65% de VN e 50% de VN.
 Ao término do processo de partida, controlado por elemento temporizador, todos 
os sistemas aplicarão tensão nominal ao motor, que passa a operar conforme sua 
curva natural.
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AULA 13
EXEMPLO PARA CIRCUITO DE 
MOTORES ELÉTRICOS
 O exemplo consta em dimensionar um circuito para acionamento de um motor 
trifásico.
DADOS:
 Temperatura: 40 ºC.
 Comprimento: 30 m.
 Material do eletroduto: PVC.
 Motor: 
 7,5 cv.
 Ip / In = 7,0.
 In = 20 A.
 FP = 0,80.
RESOLUÇÃO:
 No motor:
IB = In = 20 A
FP = 0,80
 A corrente de partida direta será:
Ip = In . Ip/In = 20 . 7 
Ip = 140 A
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Fatores de Correção
 Agrupamento = 1,0 (circuito único).
 Temperatura = 0,87 (40 ºC).
 Local = 1,0 (não há fator local).
fc = fca . fct . fcl
fc = 1,0 . 0,87 . 1,0 = 0,867
 Assim:
 I’B 20IB = _____ =_____ = 22,98 A
 fc 0,87
 Pela capacidade de condução de corrente: condutor em eletroduto, isolamento em 
PVC, 3 condutores carregados - seção de 4 mm².
Para a Queda de Tensão
 Em regime não há especificação do limite, portanto adota-se a prescrição do limite 
da Norma, com ΔV = 5%.
 O motor será alimentado por tensão de linha (entre fases) de 220 V. Na queda de 
tensão, aplica-se o limite na tensão de fase (entre fase e neutro), que é igual a Vlinha 
/√3, e que, neste caso, corresponde a 127 V.
 Deste modo, a queda no trecho deverá ser inferior a:
ΔVmáx =127 .0,05 = 6,35 V
 Para a seção adotada, a constante de queda de tensão para FP = 0,80 e eletroduto 
não metálico é igual a 7,79 V/A.km.
 Assim:
ΔV=7,79 .20 .0,03 = 4,67 V
 
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 4,67ΔV= ______ .100 = 3,68%
 127
 Na partida (Ip = 140 A), o limite será de 10% da tensão de fase, que corresponde 
a 12,7 V.
ΔV=7,79 .140 .0,03 =32,718 V 
 Adotando s = 10 mm², tem-se K = 3,17 V/A.km:
ΔV=3,17 .140 .0,03 =13,314 V
 Para s = 16 mm², K = 2,03 V/A.km:
ΔV=2,03 .140 .0,03 =8,526 V
 Adotando um método de partida com tensão reduzida, obtém-se correntes de partida 
menores que possibilita o emprego de condutores de menor seção transversal.
 Se neste exemplo fosse utilizada partida através de chave compensadora, as horas 
correntes de partida (conforme TAP escolhido) seriam:
Tabela 10 - Correntes de partida reduzidas
TAP % Ip Ip
80% 64% 89,6 A
65% 42,25% 59,15 A
50% 25% 25 A
 
Fonte: do próprio autor
 Deve-se verificar qual é a necessidade mecânica da carga acionada (conjugado 
resistente) durante a partida.
 Supondo que o conjugado resistente da carga no instante de partida corresponde 
a 50% de partida do motor. Neste caso, a partida compensadora com TAP = 80% 
disponibilizará no eixo de um conjugado igual a 64% do conjugado de partida natural 
do motor que é suficiente para acelerar a carga.
 Nesta condição, a corrente de partida a ser considerada é de 89,6 A. Refazendo os 
cálculos de queda de tensão, para s = 10 mm², há:
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ΔV=3,17 .89,6 .0,03 =8,52 V
 Que atende ao critério de queda de tensão na partida.
 Pode-se, inclusive, verificar se para a seção imediatamente inferior o critério será 
atendido.
 Para s = 6 mm², a constante K = 5,25 V/A.km:
ΔV=5,25 .89,6 .0,03 =14,11 V
 Nota-se que não atende ao critério, mas está próximo ao limite.
 Se a carga permitir o acionamento com conjugado de partida reduzido, deve-se 
lançar mão deste recurso, pois além de reduzir a solicitação da fonte, permite otimizar 
o dimensionamento dos condutores da instalação.
ANEXO: TABELAS UTILIZADAS
Tabela 11 - Fatores de correção para temperatura ambientes 
diferentes de 30ºC
 Fonte: (QCONCURSOS, 2020)
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Tabela12 - Queda de tensão em V/A.km.
Fonte: (PRYSMIAN, 2020)
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AULA 14
SISTEMAS PREDIAIS 
ADICIONAIS
 Outros sistemas são empregados em edifícios, como redes de telefonia, TV, CFTV 
e o próprio cabeamento estruturado ligado às redes inteligentes. Iniciando o capítulo, 
será falado sobre a importância da luminotécnica.
14.1 Luminotécnica
 O espectro eletromagnético visível está limitado pelas radiações infravermelhas (de 
maior comprimento de onda) e pelas radiações ultravioletas (de menor comprimento 
de onda).
 
Figura 42 - Espectro eletromagnético
Fonte: (CARVALHO, 2020)
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 As radiações infravermelhas são radiações invisíveis ao olho humano e seu 
comprimento de onda se situa entre 760 nm a 10.000 nm. Caracterizam-se por seu 
forte efeito calorífico e são radiações produzidas normalmente através de resistores 
aquecidos ou por lâmpadas incandescentes especiais cujo filamento trabalha em 
temperatura mais reduzida (lâmpadas infravermelhas). 
 As radiações ultravioletas são caracterizadas por sua elevada ação química e pela 
excitação da fluorescência de diversas substâncias. Normalmente dividem-se em 3 
grupos: UV-A, UV-B e UV-C (DA LUZ, 2020).
 Nesse intervalo, ocorre o espectro de luz visível, que é de fato o que pode ser visto 
a olho nu.
 A luminotécnica é o estudo da aplicação da iluminação artificial em ambientes 
internos e externos, que depende do tipo de ambiente, tempo de permanência no 
ambiente, composição da luz artificial e natural, custo.
 A luz em si é invisível, o que vemos é o objeto iluminado e é exatamente por isso que 
a luz está diretamente relacionada à cor e à textura que este objeto possui (VOITILLE, 
2012).
TEMPERATURA DA COR
 Toda lâmpada possui uma determinada temperatura de cor, ou seja, cada modelo 
de lâmpada emite uma luz com determinada cor. A classificação destas cores se 
baseia nas cores emitidas pelo sol (luz natural): a luz de tonalidade branca é vista ao 
meio dia, enquanto que as luzes de tonalidade amarelada e alaranjada são vistas ao 
entardecer (VOITILLE, 2012).
 A temperatura de cor é medida através da unidade Kelvin, que pode variar de 2.000 
a 6.100 Kelvin. Sendo:
 - Luz Amarela: “Luz Quente”.
 - Temperatura de cor: menor ou igual a 3.000 Kelvin.
 - Luz Branca: “Luz Branca Natural”.
 - Temperatura de cor: maior que 3.000 e menor que 6.000 Kelvin - (5.800 Kelvin é 
a temperatura de cor da luz obtida com sol ao meio dia em céu aberto).
 - Luz Azul-Violeta: “Luz Fria”.
 - Temperatura de cor: igual ou superior a 6.000 Kelvin.
 
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FLUXO LUMINOSO
 É a radiação total emitida em todas as direções por uma fonte luminosa ou fonte 
de luz que pode produzir estímulo visual. O fluxo é medido em Lúmensque define a 
quantidade de energia radiante produzida e emitida por uma fonte luminosa.
INTENSIDADE LUMINOSA
 É a potência da radiação luminosa numa dada direção. A intensidade luminosa é a 
grandeza de base do sistema internacional para iluminação e a unidade é a candela 
(cd).
ILUMINÂNCIA E LUMINÂNCIA
 A iluminância indica a quantidade de luz (fluxo luminoso) que incide sobre uma 
superfície e a luminância indica a quantidade de luz (fluxo luminoso) que é refletida 
por uma superfície. A quantidade de iluminância tem como unidade de medida o Lux, 
que representa 1 (um) Lúmen por metro quadrado.
 
Figura 43 - Desenhos esquemáticos explicam a diferença entre 
iluminância e luminância 
Fonte: (VOITILLE, 2012)
 
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Isto está na rede
Os principais tipos de lâmpadas existentes são apresentados neste trabalho:
https://hosting.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Livros/Luminotecnica.pdf
https://hosting.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/L%E2mpadas/Fontes_Lumin.pdf
Vale a pena conferir!!
14.2 Sistema de Telefonia, TV e CFTV
 Um projeto de instalação telefônica tem por objetivo obter o dimensionamento dos 
cabos, bem como das caixas de distribuição associadas ao distribuidor geral.
 É baseado nas normas Telebrás e NBR 13300 onde são definidas as quantidades 
de pontos de acordo com o fim a que se destina: se predial, comercial ou industrial
 Segundo Gonçalves (2012), um projeto telefônico é formado por:
 - ART (Anotação de Responsabilidade Técnica).
 - Carta de solicitação de aprovação à concessionária.
 - Memorial descritivo.
 - Plantas: de situação, dos pavimentos.
 - Esquemas verticais (Prumadas).
 - Tubulação.
 - Redes internas.
 - Tabelas de distribuição secundária
 
 As tubulações telefônicas estão divididas em três partes: 
 Tubulação de Entrada: parte da tubulação que dá entrada ao cabo da rede 
externa da Concessionária, compreendida entre a caixa de distribuição geral e o 
ponto terminal de rede. 
 Tubulação Primária: parte da tubulação que compreende a caixa de distribuição 
geral, as caixas de distribuição e as tubulações que as interligam. 
https://hosting.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Livros/Luminotecnica.pdf
https://hosting.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/L%E2mpadas/Fontes_Lumin.pdf
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 Tubulação Secundária: parte da tubulação que abrange as caixas de saída e as 
tubulações que as interligam as caixas de distribuição.
 As tubulações telefônicas são dimensionadas em função do número de pontos 
telefônicos previstos para o edifício.
 Cada ponto telefônico corresponde à demanda de um telefone principal ou 
qualquer outro serviço que utilize pares físicos e que deva ser conectado à 
rede pública, não estando incluídas nessa previsão as extensões dos telefones ou 
serviços principais. Os critérios para a previsão do número de pontos telefônicos são 
fixados em função do tipo de edificação e do uso a que se destinam (DRB, 2020).
Tabela 15 - Dimensionamento das tubulações primárias e 
secundárias
Fonte: (DRB, 2020)
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Tabela 16 - Dimensionamento de caixas internas 
Fonte: (DRB, 2020)
Tabela 17 - Dimensões padronizadas para as caixas internas 
Fonte: (DRB, 2020)
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Tabela 18 - Dimensionamento de tubulação subterrânea de 
entrada
Fonte: (DRB, 2020)
Tabela 19 - Alturas mínimas para a entrada de cabos aéreo
Fonte: (DRB, 2020)
 Além das instalações elétricas e de telefonia, uma edificação necessita de sistemas 
adicionais como: antena coletiva, TV por assinatura, interfone, alarme patrimonial, 
circuito fechado de televisão (CFTV), alarme de incêndio e sonorização (UTFPR, 2019).
 O sistema de interfone tem por função estabelecer a comunicação entre a portaria 
do prédio e as unidades permitindo que seja feito o acesso à edificação de forma 
automática, dessa forma, o projeto deve prever uma portaria e a comunicação entre 
o visitante e o morador.
 Para o sistema de TV há duas possibilidade:
 - Utilizar apenas o tradicional sistema de antena coletiva.
 - Utilização do sistema de TV a cabo por assinatura.
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 Independente do projeto prever apenas a antena coletiva ou já contemplar TV a 
cabo, devem ser previstos no mínimo os pontos de antena conforme descrito na 
tabela. 
Tabela 20 - Número mínimo de pontos de antena.
 
Fonte: (UTFPR, 2019)
 O percurso do cabo deve ser o mais curto possível visando manter o baixo valor 
de atenuação.
 A linha principal procedente do amplificador é dividida por meio de um repetidor 
duplo, triplo ou quádruplo, no correspondente número de linhas e a partir daí é feita 
a prumada que atende as tomadas nos apartamentos (UTFPR, 2019).
 
Figura44 - Aspecto do cabo de TV 
Fonte:(UTFPR, 2019)
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 Em relação à TV a cabo, a mesma necessita de infraestrutura adequada, pois possui 
um cabeamento e equipamentos de distribuição e amplificação independentes da 
antena coletiva (UTFPR, 2019).
 O outro sistema possível de ocorrer é o CFTV, utilizado para a segurança patrimonial e 
perimetral, controle operacional de fluxo de clientes e controle de acesso. É considerado 
um sistema fechado, com câmeras conectadas ponto a ponto (P2P), ponto para 
multiponto (P2M), em malha ou wireless. Existem versões mais simples com apenas 
câmera, cabo e monitor.
 Nas instalações de um sistema digital completo de circuito fechado de TV são 
necessários os seguintes itens, segundo a Digicomp (2020):
 - Câmeras: com qualidade de aquisição de imagem de acordo com as necessidades 
de resolução. Proteções mais robustas são necessárias para ambientes externos, 
onde existe risco de vandalismo ou ainda se sofrerão intempéries.
 - Cabeamento estruturado: transporta o sinal da câmera.
 - Sistema de gravação de vídeo: NVR, por exemplo, que é digital e passível de 
integração com sistemas inteligentes.
14.4 Cabeamento Estruturado e Inteligente
 O cabeamento estruturado é um padrão de gerenciamento e utilização para 
conectividade de ambientes corporativos necessários para suportar aplicações, 
sensores, equipamentos Wi-Fi, computação em nuvem (TMS, 2020).
 Cria, ainda, uma infraestrutura de rede inteligente incluindo conectividade universal, 
redes de alta velocidade de modo a suportar tecnologias mais recentes, possibilitando 
redução de custos operacionais de instalação e manutenção.
 Portanto, o cabeamento estruturado pode ser considerado um conjunto de opções 
para projeto e instalação adequada de cabeamento de uma rede ou um conjunto de 
cabos e produtos de conectividade que integra serviços como voz, dados, vídeo e outros 
sistemas de administração de edifício, tais como alarmes, sistemas de segurança, 
sistemas de energia e de controle de ambientes (SILVA, 2020).
 
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Figura 45 - Data center do Google em Council Bluffs, Iowa, EUA
 
 Fonte: (SILVA, 2020) 
 O sistema consta de: entrada de telecomunicações, sala de equipamentos, 
cabeamento vertical, armários de telecomunicações, cabeamento horizontal, área de 
trabalho. 
14.5 Edifícios e Casas Inteligentes
 O termo “inteligent buildings” foi usado primeiramente em uma definição dada pelo 
Intelligent Building Institute (IBI) de Washington, DC.
 Os edifícios ou casas inteligentes integram vários sistemas para administrar de 
forma eficiente os recursos de forma coordenada para maximizar: performance técnica, 
economia de custos operacionais e de investimentos além de possuir flexibilidade 
(DEREK; CLEMENTS-CROOME, 1997). 
 Os primeiros sistemas a receberem recursos automatizados foram os de ar-
condicionado, ventilação e aquecimento com o desenvolvimento de novos chips que 
permitiram o controle de sensores localizados em pontos estratégicos, causando 
alterações e respostas mais dinâmicas às exigências dos ocupantes. Isso fez com 
que se impulsionasse a busca por dotar os edifícios de “inteligência” (SINOPOLI, 2010).
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 A domótica é conhecida como uma ciência moderna em engenharia de instalações 
para edifícios inteligentes e é uma tecnologia que engloba quatro fatores fundamentais: 
eficiência energética, segurança, comunicação e conforto (COELHO; CRUZ, 2017).
 Existem várias denominações que podem ser aplicadas que são: automatização 
residencial, automação residencial, “Home Control”, “Connected Home”. 
 Essa “inteligência” promove uma interconexão de dispositivos oferecendo uma 
interface didática entre o dispositivo e usuário, de modo que o uso possa ser 
universalizado, tendo um sistema digital com manutenção e administração simples, 
como uma conta de usuário universal e um sistema que possui a capacidade de 
entender e armazenar as necessidades particulares de cada indivíduo (BOLZANI, 2004, 
p. 25).
 A infraestrutura utiliza programas, equipamentos pontuais e centrais para promover 
a comunicação entre a estrutura física e os dispositivos conectados. 
 As tecnologias das redes domóticas estão divididas em quatro padrões principais: 
PLC, BUSLINE, wireless e Cabeamento Estruturado. Para o caso de uma nova construção 
com o uso de centrais de automação, os sistemas de cabeamento estruturado são 
os mais indicados (DOMINGUES, 2013).
 O sistema PLC (Power Line Communication) se baseia na utilização da própria 
rede elétrica existente das habitações para fazer a transmissão dos comandos dos 
aparelhos eletrodomésticos e controlar os pontos de potência, não necessita de novo 
cabeamento. As principais tecnologias desenvolvidas são: X-10, Lonworks, Powerline, 
CEBus, Homeplug e Insteon (DOMINGUES, 2013). 
 Os sistemas BUSLINE usam uma arquitetura de comunicação baseada em um 
barramento composto por um cabo de par trançado de 24 volts, em paralelo aos 
cabos da rede elétrica e compartilham a mesma infraestrutura física, o que reduz 
custos de material e mão de obra. Os cabeamentos telefônicos convencionais também 
podem ser utilizados no compartilhamento desses sinais como meios de transmissão, 
principalmente áudio e vídeo, assim é possível a interconexão entre todos os módulos 
ligados ao barramento. Isso faz com que o sistema fique mais confiável, onde há a 
possibilidade de configuração independente de falta de energia na linha principal. As 
principais tecnologias são: BatiBus, EIB, EHS e KNX (DOMINGUES, 2013).
 Os sistemas wireless ou também chamados de “sem fio” são tecnologias totalmente 
baseadas em radiofrequência e sinais infravermelhos são sistemas bastante populares 
e muitos fabricantes estão aderindo a esta tendência. A desvantagem consiste na falta 
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de confiabilidade em função das interferências e quebras de sigilo devido a acessos 
indevidos, o que pode acarretar inclusive em mudanças de comandos. As principais 
tecnologias utilizadas são: Wi-Fi, Bluetooth, ZigBee e Z-wave (DOMINGUES, 2013).
 Um sistema de cabeamento estruturado permite a interconexão entre computadores, 
equipamentos eletrônicos e de telecomunicações em um edifício, tendo como base 
a flexibilidade. Esse sistema permite a instalação de uma rede padronizada, assim 
qualquer serviço pode funcionar bastando apenas mudar o equipamento de tomadas. 
A vantagem sobre os sistemas wireless está na possibilidade de se contar com um 
sistema de alta confiabilidade e custo baixo e ainda possibilita o uso de grandes 
velocidades de transmissão de dados, principalmente áudio e vídeo (DOMINGUES, 
2013).
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AULA 15
DIMENSIONAMENTO DE 
INSTALAÇÃO ELÉTRICA PREDIAL 
- PARTE 1
 Este projeto trata-se do dimensionamento de um sistema elétrico de um teatro na 
cidade de Pederneiras/SP. 
 Todos os valores obtidos foram coletados através de equações referentes a 
cada etapa do dimensionado e os valores tabelados foram extraídos de tabelas de 
Dimensionamento de Instalação de Baixa Tensão – Uso Geral, fornecida pela empresa 
PRYSMIAN – Cables & Systems. 
 Abaixo seguem planilhas fornecidas para o dimensionamento elétrico do teatro.
Tabela 13 – Dados dos condutores de alimentação
Alimentador Tensão Quadro 
Origem
Carga Potência 
(Kw)
FP
AL-0 380/220V QM QDG - -
AL-1 380/220V QDG QD1 18,2 0,8
AL-2 380/220V QDG QD2 - -
AL-3 380/220V QD2 QD3 22 0,8
AL-4 380/220V QD2 QD4 45 0,8
AL-4 380/220V QDG QIC 26 0,95
AC1 380V QDG Motor AC1 Tabela Tabela
AC2 380V

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