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Guia de Ética II

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REPRESENTAÇÃO POR INAPTIDÃO TÉCNICA
Art. 28. Consideram-se imperativos de uma correta atuação profissional o emprego de 
linguagem escorreita e polida, bem como a observância da boa técnica jurídica. 
Art. 2º O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado 
Democrático de Direito, dos direitos humanos e garantias fundamentais, da cidadania, da 
moralidade, da Justiça e da paz social, cumprindo-lhe exercer o seu ministério em 
consonância com a sua elevada função pública e com os valores que lhe são inerentes.
Parágrafo único. São deveres do advogado:
IV - empenhar-se, permanentemente, no aperfeiçoamento pessoal e profissional;
Não bastando a previsão ética, a incidência em reiterados erros que deixem evidenciar 
inépcia profissional. É o que prescreve o art. 34, Inciso XXIV:
Art. 34. Constitui infração disciplinar:
[...]
XXIV - incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional;
Os “erros reiterados” são passíveis de sanção:
Art. 37. A suspensão é aplicável nos casos de:
I - infrações definidas nos incisos XVII a XXV do art. 34;
ART. 37: § 3º Na hipótese do inciso XXIV do art. 34, a suspensão perdura até que preste 
novas provas de habilitação.
Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que:
II - sofrer penalidade de exclusão;
§ 1º Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e IV, o cancelamento deve ser 
promovido, de ofício, pelo conselho competente ou em virtude de comunicação por 
qualquer pessoa.
§ 2º Na hipótese de novo pedido de inscrição - que não restaura o número de inscrição 
anterior - deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V, VI e VII do art. 8º.
§ 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido de inscrição também deve ser 
acompanhado de provas de reabilitação.
Art. 70. O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete exclusivamente 
ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta 
for cometida perante o Conselho Federal.
EXAME DA ORDEM SOBRE O ASSUNTO
Questão: 002 Prova: XV DIREITOS DO ADVOGADO
Fred, jovem advogado, é contratado para prestar serviços na empresa BBO Ltda., que 
possui uma assessoria jurídica composta por cinco profissionais do Direito, orientados 
por uma gerência jurídica. Após cinco meses de intensa atividade, é concitado a formular 
parecer sobre determinado tema jurídico de interesse da empresa, tarefa que realiza, 
sendo seu entendimento subscrito pela gerência.
Após dez meses do referido evento, o tema é reapresentado por um dos diretores da 
empresa, que, em viagem realizada para outro estado, havia consultado um outro 
advogado. Diante dos novos argumentos, o gerente determina que Fred, o advogado 
parecerista, mesmo sem ter mudado de opinião, apresente petição inicial em confronto 
com o entendimento anteriormente preconizado.
No caso, nos termos do Código de Ética da Advocacia, o advogado
ALTERNATIVAS
A - deve submeter-se à determinação da gerência jurídica.
B - deve apresentar seu parecer ao conjunto de advogados para decisão.
C - pode recusar-se a propor a ação diante do parecer anterior.
D - pode opor-se e postular assessoria da OAB.
ALTERNATIVA CORRETA
C - pode recusar-se a propor a ação diante do parecer anterior.
Comentário: Fred não é obrigado a atuar contra o seu entendimento já formulado em 
parecer anterior, conforme previsto no parágrafo único do artigo 4º do CED
4ª aula
Art. 7º - LEI 8906/94
DOS DIREITOS DO ADVOGADO - CONTINUAÇÃO
Ordenamento jurídico brasileiro escrito
Porque o advogado é obrigado a obedecer o Código de Ética e disciplina?
Lei 8.906/94
- Art. 33. O advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os deveres consignados no 
Código de Ética e Disciplina.
Parágrafo único. O Código de Ética e Disciplina regula os deveres do advogado para com 
a comunidade, o cliente, o outro profissional e, ainda, a publicidade, a recusa do 
patrocínio, o dever de assistência jurídica, o dever geral de urbanidade e os respectivos 
procedimentos disciplinares.
O Código de Ética e Disciplina regula os deveres do advogado para com:
 a comunidade
o cliente
o outro profissional
a publicidade
a recusa do patrocínio
o dever de assistência jurídica
o dever geral de urbanidade
os respectivos procedimentos disciplinares.
ART. 6º DA LEI 8906/94 
O STF nos autos de extradição nº 633 de 25.6.96, Rel Ministro Celso de Melo – O 
estrangeiro tem direito a falar com o advogado, em conjunto com tradutor
CF Art. 5º LV – O poder Público não pode interferir ou dificultar
o direito do preso ao contraditorio e a ampla defesa
Art. 2º O advogado é indispensável à administração da justiça.
§ 1º No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social.
§ 2º No processo judicial, o advogado contribui, na postulação de decisão favorável ao 
seu constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem múnus público.
§ 3º No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos 
limites desta lei.
INDISPENSABILIDADE DO ADVOGADO
Art. 2º O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado 
Democrático de Direito, dos direitos humanos e garantias fundamentais, da cidadania, da 
moralidade, da Justiça e da paz social, cumprindo-lhe exercer o seu ministério em 
consonância com a sua elevada função pública e com os valores que lhe são inerentes. 
Art. 7º São direitos do advogado:
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, 
quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou 
militares, ainda que considerados incomunicáveis;
- VI - ingressar livremente:
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte 
reservada aos magistrados;
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, 
serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora 
de expediente e independentemente da presença de seus titulares;
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço 
público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício 
da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se 
ache presente qualquer servidor ou empregado;
d) em qualquer assembléia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, 
ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais;
VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso 
anterior, independentemente de licença;
VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, 
independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a 
ordem de chegada;
PRISÃO DO ADVOGADO - DIREITO DE SER ACOMPANHADO 
Art. 7º EAOAB –
IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado 
ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos 
demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB;
DIREITO A CELA ESPECIAL
7º - V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala 
de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela 
OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar
STF Reclamação 4535-8 de 7/5/2007 – Sala com instalações condignas e sem grades.
CAPÍTULO VI – CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA
DAS RELAÇÕES COM OS COLEGAS, AGENTES POLÍTICOS, AUTORIDADES, 
SERVIDORES PÚBLICO E TERCEIROS
Art. 27. O advogado observará, nas suas relações com os colegas de profissão, Agentes 
políticos, autoridades, servidores públicos e terceiros em geral, o dever de urbanidade, 
tratando a todos com respeito e consideração, ao mesmo tempo em que preservará seus 
direitos e prerrogativas, devendo exigir igual tratamento de todos com quem se relacione.
§ 1º O dever de urbanidade há de ser observado, da mesma forma, nos atos e 
manifestaçõesrelacionados aos pleitos eleitorais no âmbito da Ordem dos Advogados do 
Brasil.
§ 2º No caso de ofensa à honra do advogado ou à imagem da instituição, adotar-se-ão as 
medidas cabíveis, instaurando-se processo ético-disciplinar e dando-se ciência às 
autoridades competentes para apuração de eventual ilícito penal.
ESCLARECER EQUÍVOCOS OU DÚVIDAS
REPLICAR OFENSAS OU CENSURAS
ÓRGÃO SUPERIOR PARA RECLAMAÇÃO:
CNJ – CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, 
contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento;
NA SUSTENTAÇÃO ORAL 
XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da 
Administração Pública ou do Poder Legislativo;
DISPONIBILIDADE DO ADVOGADO
XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após 
trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade 
que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo.
DIREITO – MESMO SEM PROCURAÇÃO
EXCECÕES:
1 – SIGILO
2 – SEGREDO DE JUSTIÇA 
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da 
Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo 
sem procuração, quando não estiverem sujeitos a sigilo ou segredo de justiça, 
assegurada a obtenção de cópias, com possibilidade de tomar apontamentos;
LEGITIMIDADE PARA ACOMPANHAR NA DP
XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo 
sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em 
andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar 
apontamentos, em meio físico ou digital; 
XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório 
ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais;
LEGITIMIDADE PARA ACOMPANHAR NA DP
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de 
nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de 
todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou 
indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração:
USO DO BRASÃO E DO SIMBOLO DA OAB
XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de advogado;
CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA
DO SIGILO PROFISSIONAL
CAPÍTULO VII
Art. 37. O sigilo profissional cederá em face das circunstancias excepcionais que 
configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito a vida e a honra ou 
que envolvam defesa própria.
CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA
Art. 38. O Advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, 
administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional. 
CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA
Art. 36. O sigilo profissional é de ordem pública, independendo de solicitação de reserva 
que lhe seja feito pelo cliente
§ 1º - Presumem-se confidenciais as comunicações de qualquer natureza entre advogado 
e cliente.
OFENSA AO DIREITOS E PRERROGATIVAS DO ADVOGADO 
INSTAURAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE DESAGRAVO
CAPÍTULO II
Dos Direitos do Advogado
Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do 
Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos
Parágrafo único. As autoridades, os servidores públicos e os serventuários da justiça 
devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a 
dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho.
“ A OAB intervêm, na defesa do advogado, quando lhe é negada a prerrogativa. A 
Intervenção independe da vontade do advogado aviltado- o objetivo da reação da OAB é a 
defesa das prerrogativas. A parcela preponderante dos atentados perpetrados contra os 
direitos e prerrogativas dos advogados, e que lhes converteram em processos criminais, 
provieram de determinações emocionais de promotores, delegados e juízes. Depois, 
quase sempre, os Tribunais relevam a causa, inocentam o acusado e arquivam o 
processo. Ficam, porém, as machucaduras e as cicatrizes do autoritarismo e da 
prepotência. A severidade da disposição do art. 6º do EOAB – de que “não há hierarquia 
nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, 
devendo todos tratar-se com consideração e respeito”, tem sido desrespeitada com 
frequência. 
A OAB mantém uma lista de autoridades que, ainda na excitação do poder do cargo, 
pisoteavam direitos e prerrogativas de advogados. A listagem mantém os escolhidos num 
“purgatório”, para que depois, ao buscarem a inscrição na OAB, serem submetidos ao 
“juízo final”.
FARAH, Elias. Valorização da advocacia: direitos e prerrogativas do advogado. Revista do 
Instituto dos Advogados de São Paulo, São Paulo, ano 11, n. 21, p. 103, Jan./Jun. 2008.
Lei 8.906/94 
- Art. 7º São direitos do advogado:
XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em 
razão dela
§ 5º No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão ou de cargo ou função 
de órgão da OAB, o conselho competente deve promover o desagravo público do 
ofendido, sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator.
APLICÁVEL AS OFENSAS:
1 - exercício da profissão
2 - de cargo ou função de órgão da OAB
- COMPETÊNCIA:
Do conselho competente
- 0BS: sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator.
RECAPITULANDO
ARTIGO 7º
DOS DIREITOS DO ADVOGADO
Art. 7º São direitos do advogado:
I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional;
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus 
instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e 
telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia;
Art. 7º São direitos do advogado:
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, 
quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou 
militares, ainda que considerados incomunicáveis;
IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo 
ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade 
e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB
Art. 7º São direitos do advogado:
V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de 
Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, 
e, na sua falta, em prisão domiciliar; (Vide ADIN 1.127-8)
VI - ingressar livremente:
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte 
reservada aos magistrados;
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, 
serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora 
de expediente e independentemente da presença de seus titular.
Art. 7º São direitos do advogado:
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço 
público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício 
da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se 
ache presente qualquer servidor ou empregado;
d) em qualquer assembléia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, 
ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais
Art. 7º São direitos do advogado:
VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso 
anterior, independentemente de licença;
VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, 
independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a 
ordem de chegada;
NORMA DE DIREITO PUBLICO
VIÉS PROCESSUAL – PELA ORDEM
X - usar da palavra, pela ordem, emqualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção 
sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou 
afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que 
lhe forem feitas;
USO DA PALAVRA – PELA ORDEM
ATRAVÉS DE INTERVENÇÃO SUMÁRIA
§ 2º - O advogado, quando no exercício das funções de mediador, conciliador e arbitro, se 
submete às regras do sigilo profissional.
 
Com relação ao segredo profissional contido no Art. 7ª, II do EAOAB, Fernando da Costa 
Tourinho em sua obra Código do Processo Penal comentado, São Paulo: Saraiva, 1998. P. 
411.
“ A proteção ao segredo profissional, segundo Tomaghi, decorre do interesse de todos, da 
necessidade que cada um tem de confiar e de estar seguro de que seu segredo não será 
revelado, e sua revelação poderá até constituir crime, nos termos do art. 154 do CP. A lei 
proíbe o depoimento de pessoas que em razão de função, ministério, ofício ou profissão 
devam guardar segredo”.
O advogado intimado para testemunhar fato na órbita do patrocínio não deve sequer 
comparecer no dia aprazado, comunicando o juízo, por petição, o impedimento, conforme 
já consagrou a jurisprudência: 
“ Pode e deve o advogado recursar-se a comparecer e a depor como testemunha, em 
investigação relacionada com alegada falsidade de documentos, provenientes de seu 
constituinte, que juntou em autos judiciais” ( RT531/401).
IX - sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de 
julgamento, após o voto do relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo de 
quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido; 
(Vide ADIN 1.127-8) (Vide ADIN 1.105-7)
Declaração de inconstitucionalidade pelo STF a impossibilidade da sustentação oral após 
o voto do relator.
NO COLÉGIO RECURSAL
Segundo Gisela Gondin Ramos :
Não há violação ao princípio constitucional do devido processo legal com a inversão da 
estrutura lógica do processo, onde a defesa deve ser apresentada após a decisão final.
Isso porque, o voto do relator é monocrático, de quem estudou o processo, submetendo 
aos demais membros do colegiado que irão julga-la. As ponderações do advogado pode 
mudar os votos ou reconsideração do próprio relatar.
QUE VENHA A OAB!!!
Isabella, advogada atuante na área pública, é procurada por cliente que deseja contratá-la 
e que informa a existência de processo já terminado, no qual foram debatidos fatos que 
poderiam interessar à nova causa. Antes de realizar o contrato de prestação de serviços, 
dirige-se ao Juízo competente e requer vista dos autos findos, não anexando instrumento 
de mandato. 
Nesse caso, consoante o Estatuto da Advocacia, a advogada pode 
ter vista dos autos somente no balcão do cartório. 
ter vista dos autos no local onde se arquivam os autos. 
retirar os autos de cartório por dez dias. 
retirar os autos, se anexar instrumento de mandato
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado 
XXXII - Primeira Fase
O advogado Júnior foi procurado pela família de João, preso em razão da decretação de 
prisão temporária em certo estabelecimento prisional. Dirigindo-se ao local, Júnior foi 
informado que João é considerado um preso de alta periculosidade pelo sistema 
prisional, tendo em vista o cometimento de diversos crimes violentos, inclusive contra um 
advogado, integração a organização criminosa e descobrimento de um plano de fuga a ser 
executado pelo mesmo grupo.
Diante de tais circunstâncias, o diretor do estabelecimento conduziu Júnior a uma sala 
especial, onde poderia conversar com João na presença de um agente prisional destinado 
a garantir a segurança do próprio Júnior e dos demais. Além disso, foi exigida a 
apresentação de procuração pelo advogado antes de deixar o estabelecimento prisional.
Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
A - É exigível a apresentação de procuração. Quanto às condições exigidas para a 
realização da entrevista, por serem devidamente justificadas, não indicam violação de 
direitos.
B - Não é exigível a apresentação de procuração. Já as condições exigidas para a 
realização da entrevista violam direitos e implicam o cometimento de fato penalmente 
típico pelo diretor do estabelecimento.
C - É exigível a apresentação de procuração. Já as condições exigidas para a realização 
da entrevista indicam violação de direitos, devendo ser combatidas por meio das medidas 
judiciais cabíveis, tais como a impetração de habeas corpus.
D - Não é exigível a apresentação de procuração. Já as condições exigidas para a 
realização da entrevista indicam violação de direitos, devendo ser combatidas por meio 
das medidas judiciais cabíveis, tais como a impetração de habeas corpus, não se tratando 
de fato tipificado penalmente.
Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado 
XXIX - Primeira Fase
O advogado João, conselheiro em certo Conselho Seccional da OAB, foi condenado, pelo 
cometimento de crime de tráfico de influência, a uma pena privativa de liberdade. João 
respondeu ao processo todo em liberdade, apenas tendo sido decretada a prisão após o 
trânsito em julgado da sentença condenatória.
Quanto aos direitos de João, considerando o disposto no Estatuto da Advocacia e da 
OAB, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
A - João tem direito à prisão domiliciar em razão de suas atividades profissionais, ou à 
prisão em sala de Estado Maior, durante todo o cumprimento da pena que se inicia, a 
critério do juiz competente.
B - João tem direito a ser preso em sala de Estado Maior durante o cumprimento integral 
da pena que se inicia. Apenas na falta desta, em razão de suas atividades profissionais, 
terá direito à prisão domiciliar.
C - João não tem direito a ser preso em sala de Estado Maior em nenhum momento do 
cumprimento da pena que se inicia, nem terá direito, em decorrência de suas atividades 
profissionais, à prisão domiliciar.
D - João tem direito a ser preso em sala de Estado Maior apenas durante o transcurso de 
seu mandato como conselheiro, mas não terá direito, em decorrência de suas atividades 
profissionais, à prisão domiciliar
\5ª aula
Art. 8º ao 14º - LEI 8906/94
CAPÍTULO III – DA INSCRIÇÃO
CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA
Instituído pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil
Em 13 de fevereiro de 1995
Com base nas atribuições conferidas pelos Artigos 33 e 54, V da Lei 8906/94.
CAPÍTULO III – DA INSCRIÇÃO
Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário:
I - capacidade civil;
II - diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino 
oficialmente autorizada e credenciada;
III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
IV - aprovação em Exame de Ordem;
V - não exercer atividade incompatível com a advocacia;
VI - idoneidade moral;
VII - prestar compromisso perante o conselho.
Perante os Conselhos Seccionais o Bacharel tem que comprovar:
Capacidade Civil: Documento de identidade, certidão de nascimento e casamento 
atualizada.
Em conformidade ao Art. 5º, § único, IV do CC
Obs: É impossível a emancipação. 
Prova da graduação em direito:
Por meio de diploma ou certidão de graduação credenciados pelo MEC
Na falta, certidão da colação de grau e histórico escolar
Fundamento: Art. 23 do Regulamento da Advocacia
Regularidade militar e eleitoral
Titulo de eleitor e reservista (para o homem)
Comprovação do Exame de Ordem
Quem obtiver no mínimo nota 6, vedado o arredondamento
Profissionais elencados no §1º do Art. 3º do EAOAB não necessitam de inscrição
Prov. 144/ 2011 – Oriundos do MP e da Magistratura estão dispensados do Exame da 
Ordem
§ 1º Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao regime desta lei, além do regime 
próprio a que se subordinem:
1 - Advocacia-Geral da União
2 – A Procuradoria da Fazenda Nacional
3 - A Defensoria Pública
4 – As Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e das respectivas entidades de administraçãoindireta e fundacional
PROVIMENTO OAB 144/2011
CAPÍTULO IV
DOS EXAMINANDOS
Art. 6º A aprovação no Exame de Ordem é requisito necessário para a inscrição nos 
quadros da OAB como advogado, nos termos do art. 8º, IV, da Lei n.º 8.906/1994.
§ 1º Ficam dispensados do Exame de Ordem os postulantes oriundos da Magistratura e 
do Ministério Público e os bacharéis alcançados pelo art. 7º da Resolução n. 02/1994, da 
Diretoria do CFOAB. (NR. Ver Provimento n. 167/2015)
PROVIMENTO OAB 144/2011
CAPÍTULO IV - DOS EXAMINANDOS
§ 2º Ficam dispensados do Exame de Ordem, igualmente, os advogados públicos 
aprovados em concurso público de provas e títulos realizado com a efetiva participação 
da OAB até a data da publicação do Provimento n. 174/2016-CFOAB. (NR. Ver Provimento 
n. 174/2016)
§ 3º Os advogados enquadrados no § 2º do presente artigo terão o prazo de 06 (seis) 
meses, contados a partir da data da publicação do Provimento n. 174/2016-CFOAB, para 
regularização de suas inscrições perante a Ordem dos Advogados do Brasil. (NR. Ver 
Provimento n. 174/2016)
PROVIMENTO 144 – 2011 - AUTORIZADOS AOS EXAME
Art. 7º O Exame de Ordem é prestado por bacharel em Direito, ainda que pendente sua 
colação de grau, formado em instituição regularmente credenciada.
§ 1º É facultado ao bacharel em Direito que detenha cargo ou exerça função incompatível 
com a advocacia prestar o Exame de Ordem, ainda que vedada a sua inscrição na OAB.
§ 2º Poderá prestar o Exame de Ordem o portador de diploma estrangeiro que tenha sido 
revalidado na forma prevista no art. 48, § 2º, da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
§ 3º Poderão prestar o Exame de Ordem os estudantes de Direito dos últimos dois 
semestres ou do último ano do curso. (NR. Ver Provimento n. 156/2013)
Ausência da incompatibilidade 
Constantes dos Artigos 27, 28 à 30
Idoneidade Moral
Crimes passionais são irrelevantes
Crimes hediondos são relevantes
Decisão por 2/3 do Conselho Seccional
Após processo administrativo com contraditório e ampla defesa
Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes 
atividades:
I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos 
legais;
II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e 
conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem 
como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva 
da administração pública direta e indireta; (Vide ADIN 1.127-8)
III - ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública 
direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou 
concessionárias de serviço público;
IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão 
do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro;
V - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial 
de qualquer natureza;
VI - militares de qualquer natureza, na ativa;
VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, 
arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais;
VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive 
privadas.
§ 1º A incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe de 
exercê-lo temporariamente.
Art. 30. São impedidos de exercer a advocacia:
I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública 
que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora;
II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das 
pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, 
fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou 
permissionárias de serviço público.
Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes dos cursos 
jurídicos.
Prestação de compromisso:
“ Prometo exercer a advocacia com dignidade e independência, observar a ética, os 
deveres e prerrogativas profissionais e defender a Constituição, a ordem jurídica do 
Estado Democrático, os direitos humanos, a justiça social, a boa aplicação das leis, a 
rápida administração da justiça e o aperfeiçoamento da cultura e das instituições 
jurídicas”.
ARTIGO 8º
§ 1º O Exame da Ordem é regulamentado em provimento do Conselho Federal da OAB.
§ 2º O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil, deve fazer 
prova do título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente revalidado, 
além de atender aos demais requisitos previstos neste artigo.
§ 3º A inidoneidade moral, suscitada por qualquer pessoa, deve ser declarada mediante 
decisão que obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho 
competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar.
§ 4º Não atende ao requisito de idoneidade moral aquele que tiver sido condenado por 
crime infamante, salvo reabilitação judicial.
Art. 9º Para inscrição como estagiário é necessário:
I - preencher os requisitos mencionados nos incisos I, III, V, VI e VII do art. 8º;
 II - ter sido admitido em estágio profissional de advocacia.
 § 1º O estágio profissional de advocacia, com duração de dois anos, realizado nos 
últimos anos do curso jurídico, pode ser mantido pelas respectivas instituições de ensino 
superior pelos Conselhos da OAB, ou por setores, órgãos jurídicos e escritórios de 
advocacia credenciados pela OAB, sendo obrigatório o estudo deste Estatuto e do Código 
de Ética e Disciplina.
§ 2º A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize 
seu curso jurídico.
§ 3º O aluno de curso jurídico que exerça atividade incompatível com a advocacia pode 
freqüentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para fins de 
aprendizagem, vedada a inscrição na OAB.
§ 4º O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em Direito que queira se 
inscrever na Ordem.
 Art. 10. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo 
território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do regulamento 
geral.
§ 1º Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade de advocacia, 
prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado.
§ 2º Além da principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar nos Conselhos 
Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a profissão considerando-
se habitualidade a intervenção judicial que exceder de cinco causas por ano.
§ 3º No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade federativa, 
deve o advogado requerer a transferência de sua inscrição para o Conselho Seccional 
correspondente.
§ 4º O Conselho Seccional deve suspender o pedido de transferência ou de inscrição 
suplementar, ao verificar a existência de vício ou ilegalidade na inscrição principal, contra 
ela representando ao Conselho Federal.
 Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que:
 I - assim o requerer;
 II - sofrer penalidade de exclusão;
 III - falecer;
 IV - passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia;
 V - perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição.
 § 1º Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e IV, o cancelamento deve ser 
promovido, de ofício, pelo conselho competente ou em virtude de comunicação por 
qualquer pessoa.
§ 2º Na hipótese de novo pedido de inscrição - que não restaura o número de inscrição 
anterior - deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V, VI e VII do art. 8º.
§ 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido de inscrição também deve ser 
acompanhado de provas de reabilitação. 
Art. 12. Licencia-se o profissional que:
 I - assim o requerer, por motivo justificado;
 II - passara exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da 
advocacia;
 III - sofrer doença mental considerada curável.
 Art. 13. O documento de identidade profissional, na forma prevista no regulamento geral, 
é de uso obrigatório no exercício da atividade de advogado ou de estagiário e constitui 
prova de identidade civil para todos os fins legais.
 Art. 14. É obrigatória a indicação do nome e do número de inscrição em todos os 
documentos assinados pelo advogado, no exercício de sua atividade.
 Parágrafo único. É vedado anunciar ou divulgar qualquer atividade relacionada com o 
exercício da advocacia ou o uso da expressão escritório de advocacia, sem indicação 
expressa do nome e do número de inscrição dos advogados que o integrem ou o número 
de registro da sociedade de advogados na OAB.
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