Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Direito Penal Direito Penal Concursos em Geral Direito Penal Tópico: Classificação dos Crimes Inclui: • Gráficos Estatísticos: 1. Disciplinas + cobradas 2. Tópicos + cobrados 3. Subtópicos + cobrados 4. Bancas • Edital Bizurado • Conteúdos Esquematizados • QR Code (áudio e vídeo) • Questões Comentadas Direito Penal Direito Penal Grande concurseiro(a), seja bem-vindo(a)! Inicialmente, gostaríamos de apresentar um novo conceito de estudos para você que irá começar do zero ou já estuda, mas ainda não foi aprovado(a) no concurso dos seus sonhos e/ou no exame da OAB. Nossa equipe é composta de professores(as) que também são concurseiros(as), profissionais super atualizados e comprometidos em compartilhar experiência e conteúdos diferenciados. Nossa missão será fornecer o melhor conjunto a você, trabalhando dentro da sua realidade, levando-se em consideração o pouco tempo que a maioria dos concurseiros(as) possuem para sentar e estudar. Por este motivo, iremos compartilhar conteúdo direcionado, com abordagem dos assuntos relevantes para sua prova, em conjunto com a estratégia mais avançada para memorização da atualidade, na medida certa e suficiente. Assim, logo no primeiro contato com nosso PDF Fire você irá perceber um aumento considerável do rendimento. Isso fará com que o aproveitamento do seu tempo estudado e a fixação do conteúdo faça com que você tenha alta performance, fazendo você se aproximar mais rápido de sua aprovação. Direito Penal Direito Penal DIREITO PENAL SUMÁRIO 1. Direito Penal – parte geral: tópicos mais cobrados ...................................................................................................... 5 2. Classificação dos crimes: subtópicos mais cobrados .................................................................................................... 6 3. Classificação dos crimes: cobrança por banca .............................................................................................................. 7 4. Classificação dos Crimes .............................................................................................................................................. 13 4.1) Outras Classificações ................................................................................................................................................ 13 4.2) Crimes Comuns, Próprios e de Mão Própria ............................................................................................................ 17 4.3) Crimes Materiais, Formais e de Mera Conduta ....................................................................................................... 20 4.4) Crimes Instantâneos e Permanentes ....................................................................................................................... 24 4.5) Crimes de Dano e Crimes de Perigo ......................................................................................................................... 27 4.6) Crimes Plurissubsistentes e Unissubsistentes ......................................................................................................... 31 4.7) Crimes Plurissubjetivos e Monossubjetivos ............................................................................................................. 33 Direito Penal Direito Penal Concurseiro(a), o PDF Fire foi formulado com base em nossa experiência de candidato(as) aprovados(as), bem como em anos de dedicação com análise e pesquisas de provas anteriores. Guerreiro(a), neste gráfico indicaremos como as disciplinas são cobradas para as provas de Concursos. No total, analisamos 82.746 questões. Vamos às disciplinas de direito mais cobradas para Concursos: Concurseiro(a), repare que a disciplina Direito Administrativo é a mais cobrada na maioria dos concursos. Seguida pela disciplina de Direito Constitucional. Somadas ambas ultrapassam 50% das cobranças em certames. Daí a importância de dar ênfase ao que será abordado na sua prova e com isso garantir sua aprovação! A representação gráfica objetiva evidenciar o que deve ser estudado com maior relevância. Mas isso não quer dizer deixar de estudar as demais disciplinas. Apenas aplicar atenção proporcionalmente à importância do assunto no contexto geral. Temos na ilustração grande parte das disciplinas com relevância mediana, mas que no somatório final representam metade do conteúdo cobrado em provas. Veja que a fatia “outros” do gráfico compõe 5% das questões de concursos. Quando você já tiver estudado e revisado os assuntos mais recorrentes, estude também Direitos Humanos, Empresarial e Internacional Público e Privado. 31% 22%8% 8% 7% 7% 5% 4%3% 5% Concursos no Geral (todas as carreiras): Disciplinas mais cobradas Direito Administrativo Direito Constitucional Direito Civil Direito Penal Legislação Extravagante Direito Tributário Direito Processual Penal Direito Ambiental Direito Processual Civil Outros (Humanos, Empresarial, Internacional). Direito Penal Direito Penal 1. Direito Penal – parte geral: tópicos mais cobrados Guerreiro(a), o PDF Fire foi formulado com base em nossa experiência de concurseiros(as) aprovados(as), bem como em anos de dedicação com análise e pesquisas de provas anteriores. Nossa meta é abordar, de forma estratégica, os pontos mais incidentes nas provas, destacando o que você precisa realmente estudar para obter sua aprovação. Inicialmente, focaremos na disciplina de Direito Penal – parte geral, conferindo os tópicos que mais caem. Não é segredo que esta disciplina é cobrada em toda prova. No total, analisamos 5.827 questões: Guerreiro(a), repare que o tópico Tipicidade é o que mais cai. Além disso, veja que a fatia “outros” do gráfico compõe 16% das questões de concursos. Quando você já tiver estudado e revisado os assuntos mais recorrentes, estude também Antijuridicidade, Concurso de crimes, bem como Teoria Geral do Delito. 24% 19% 12% 11% 10% 8% 16% Direito Penal - parte geral: Tópicos mais cobrados Tipicidade Noções fundamentais Causas de extinção da punibilidade Culpabilidade Penas privativas de liberdade Concurso de Pessoas Outros (Antijuridicidade, Concurso de Crimes, Teoria Geral do Delito, classificação dos crimes) Direito Penal Direito Penal 2. Classificação dos crimes: subtópicos mais cobrados Guerreiro(a), neste gráfico indicaremos os principais subtópicos dentro do tópico Classificação dos crimes. Os subtópicos Outras classificações e Crimes comuns, próprios e de mão própria abarcam, sozinhos, exatamente 52% das questões. Veja como seu estudo precisa ser estratégico! Não perca tempo estudando de forma passiva e catedrática, mas otimize ao aprofundar e revisar aquilo que mais cai! Neste material já mastigamos tudo para você! Todos os subtópicos mais cobrados são exaustivamente debatidos pela doutrina e compõem este material. Estudando por nossos quadros esquemáticos, bizus e questões selecionadas você vai arrematar esses temas “clássicos”, que não possuem muitas surpresas. Solidifique seu conhecimento e garanta pontos nessas questões que são basilares! Concurseiro(a), repare que a fatia “outros” do gráfico compõe 12% das questões de concursos. Quando você já tiver estudado e revisado os assuntos mais recorrentes, não deixe de estudar Conduta (açãoe omissão), bem como Nexo de Causalidade. 26% 26%15% 13% 9% 6% 5% Classificação dos crimes: Subtópicos mais cobrados Outras classificações Crimes comuns, próprios e de mão própria Crimes materiais, formais e de mera conduta Crimes instantâneos e permanentes Crimes de dano e crimes de perigo Crimes plurissubsistentes e unissubsistentes Crimes plurissubjetivos e monossubjetivos Direito Penal Direito Penal 3. Classificação dos crimes: cobrança por banca Concurseiro(a), para montar este material sobre Classificação dos crimes, analisamos 186 provas de concursos e 154 questões. Boa parte dos estudantes, 76,8%, acertam questões sobre o tema, enquanto 23,2% erram. A CESPE/CEBRASPE é a banca que mais aborda o tema, seguida pela FCC, VUNESP, FUNCAB FGV e FGV. Na próxima página, já faremos uma breve explicitação dos pontos expostos no gráfico acima no EDITAL BIZURADO. Como assim? Então, analisando centenas de editais e de provas, descobrimos que os editais dos concursos são extensos propositalmente. Isso mesmo! Observe que os editais são gigantes, cheio de informações de conteúdos ligados às respectivas disciplinas, mas, na verdade, as bancas de concurso concentram as cobranças nas provas em pontos específicos. Destarte, fica claro que é um artifício para confundir os(as) candidatos(as), para fazer com que ele sinta a necessidade de estudar tudo de tudo. Por este motivo, passamos a “bizurar o edital” para os(as) concurseiros(as), mapeando o que realmente será cobrado na prova, ajudando e direcionando seus estudos para que possa aprofundar e dominar os assuntos que sejam necessários e suficientes na sua aprovação. 55% 20% 9% 9% 7% Classificação dos crimes: Cobrança por banca CESPE/CEBRASPE FCC VUNESP FUNCAB FGV Direito Penal Direito Penal 8 DISCIPLINA: DIREITO PENAL TÓPICO (assunto + cobrado) CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES SUBTÓPICOS (pontos + cobrados do assunto) Outras Classificações Crimes Comuns, Próprios e de Mão Própria Crimes Materiais, Formais e de Mera Conduta Crimes Instantâneos e Permanentes Crimes de Dano e Crimes de Perigo Crimes Plurissubsistentes e Unissubsistentes Crimes Plurissubjetivos e Monossubjetivos CONCEITOS Outras Classificações Candidato(a), a classificação doutrinária dos crimes é imensa em nossa doutrina (alguns autores trazem mais de vinte distinções). Para facilitar sua preparação, abordaremos abaixo aquelas que são as mais cobradas em concursos (com exceção das abordadas nos próximos subtópicos). No entanto, recomendamos que você procure conhecer todas. Qual a diferença entre crime doloso e culposo? Concurseiro(a), no crime doloso, o agente quer o resultado ou assume o risco de produzi-lo. Exemplo: homicídio doloso. No crime culposo, o agente dá causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. Exemplo: homicídio culposo no trânsito provocado por distração ao celular. O que é crime preterdoloso? Combatente, segundo Cezar Roberto Bitencourt1, preterdoloso ou preterintencional é o crime cujo resultado é mais grave do que o pretendido pelo agente, havendo uma conjugação de dolo (na conduta antecedente) e culpa (na subsequente). Qual a diferença entre crimes omissivos próprios e impróprios? Candidato(a), crimes omissivos próprios possuem um tipo penal específico e se consumam com a simples conduta negativa do sujeito, independentemente da produção de qualquer consequência posterior. A obrigação do agente é de agir e não de evitar o resultado, tratando-se de crime de mera conduta; assim, o resultado que eventualmente surgir dessa omissão será irrelevante para a consumação do crime, podendo configurar uma majorante ou uma qualificadora. Exemplo: omissão de socorro. Já no crime omissivo impróprio, concurseiro(a), também chamado de comissivo por omissão, o tipo penal descreve uma conduta ativa, ou seja, o verbo nuclear do tipo descreve uma ação. Nesse caso, o agente não tem simplesmente a obrigação de agir, mas a obrigação de agir para evitar um resultado, sendo chamado, portanto, de agente garantidor. Trata-se de um crime material. 1 BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal - Parte geral. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. Direito Penal Direito Penal 9 Ressalta-se, no entanto, que somente será atribuída ao agente a responsabilidade por sua conduta omissiva se, nas circunstâncias, era possível agir para evitar o resultado. O que é agente garantidor? Combatente, agente garantidor é a pessoa que assume o dever de agir para evitar o resultado, cujas hipóteses estão previstas no art. 13, § 2º, do CP: 1) Obrigação por lei: o agente está obrigado a agir para evitar o resultado por expressa imposição da lei. Assim, se o agente se omitir quando lhe era possível agir, responderá pelo resultado gerado. Exemplo: pais que deixam de alimentar o filho, falecendo a criança de inanição. Os pais respondem por homicídio culposo. 2) Assunção da responsabilidade: nesse caso, a obrigação de agir para evitar o resultado não decorre de lei, mas do fato de ter o agente assumido a responsabilidade de impedi-lo. Exemplo: salva-vidas que, por distração durante o trabalho, não observa um banhista se afogando, que vem a falecer. Trata-se de homicídio culposo. 3) Criação do risco: o agente, com seu comportamento anterior, cria situação de perigo para a vítima, ficando obrigado a evitar que ocorra dano ou lesão. Exemplo: um aluno veterano, durante um trote acadêmico, sabendo que o calouro não sabe nadar, joga-o na piscina. Ele terá o dever de agir para evitar o resultado. Qual a classificação dos crimes quanto à intenção do agente? Combatente, no crime de tendência interna transcendente de resultado cortado (separado), o agente espera que ocorra um resultado externo ao tipo penal, sem uma conduta adicional sua. Exemplo: extorsão mediante sequestro (o pagamento do resgate não precisa ocorrer, mas, caso ocorra, será por ato de outrem). Por sua vez, no crime de tendência interna transcendente mutilado (atrofiado) de dois atos, o agente quer alcançar, após ter praticado o tipo penal, um resultado externo e que depende de um ato seu. Exemplo: moeda falsa (após falsificar a moeda, o agente espera, ele próprio, colocá-la no mercado para auferir vantagens). Qual a diferença entre crime de fato permanente e crime de fato transeunte? Candidato(a), o crime de fato permanente deixa vestígios, tornando necessária a realização do exame de corpo de delito. Exemplo: lesão corporal. O crime de fato transeunte não deixa vestígios, tornando desnecessária a realização do exame de corpo de delito. Exemplo: injúria. Crimes Comuns, Próprios e de Mão Própria O que são crimes comuns? Candidato(a), crimes comuns são aqueles que podem ser praticados por qualquer pessoa. Não se exige uma qualidade especial do sujeito ativo. Exemplos: homicídio, furto e roubo. O que são crimes próprios? Concurseiro(a), crimes próprios são delitos que exigem uma capacidade especial do sujeito ativo, não podendo ser praticados por qualquer pessoa. Direito Penal Direito Penal 10 O tipo penal limita o círculo do autor. Exemplos: peculato (art. 312 do CP: exige a condição de funcionário público); omissão de notificação de doença (art. 269 do CP: exige a condição de médico); e infanticídio (art. 123 do CP: exige a condição de ser mãe da vítima). O que são crimes de mão própria? Candidato(a), os crimes de mão própria são ainda mais restritivos que os crimes próprios, visto que o sujeito ativo não pode praticá-los por intermédio de outrem. Exemplos:falsidade de atestado médico (art. 302 do CP) e falso testemunho ou falsa perícia (art. 342 do CP). Qual a diferença entre crimes próprios e crimes de mão própria? Combatente, a distinção entre crime próprio e crime de mão própria é a seguinte2: Nos crimes próprios, o agente pode valer-se de outras pessoas para executá- los. Já nos crimes de mão própria, embora passíveis de serem cometidos por qualquer pessoa, ninguém os pratica por intermédio de outrem. Crimes Materiais, Formais e de Mera Conduta O que são crimes materiais? Combatente, crime material é aquele em que o tipo penal descreve a conduta cujo resultado integra o próprio tipo penal; por isso, para a sua consumação é indispensável a produção de um resultado naturalístico. Exemplo: homicídio, que se consuma com o resultado morte. O resultado material que integra a descrição típica pode ser tanto de dano como de perigo concreto para o bem jurídico protegido. Além disso, a não ocorrência do resultado caracteriza a tentativa3. Nos crimes materiais, a conduta e o resultado são cronologicamente separados. O que são crimes formais? Candidato(a), o crime formal também descreve um resultado, porém, este não precisa ocorrer para que haja a consumação. Basta a ação do agente e a vontade de concretizá-lo. São chamados de crimes de consumação antecipada, pois o legislador se satisfaz com a simples atividade do agente. Exemplo: corrupção passiva, que se consuma com a prática de solicitar, receber ou aceitar a promessa de vantagem indevida. O que são crimes de mera conduta? Concurseiro(a), no crime de mera conduta não há previsão de um resultado, consumando-se o delito com a simples ação ou omissão do agente. Há uma ofensa presumida a bem jurídico. Exemplo: violação de domicílio. Como ficam os crimes omissivos? Candidato(a), os crimes omissivos impróprios são aqueles nos quais o agente devia e podia agir para evitar o resultado, mas não o fez. Assim, o agente responderá pelo crime que deveria ter evitado (quando ocorrer o resultado). Por isso, são crimes materiais. Exemplo: salva-vidas que deixa a vítima falecer por afogamento (caso em que 2 MIRABETE, Júlio Fabbrini. Manual de direito penal. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1994. v. 1. p. 129. 3 BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal - Parte geral. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. Direito Penal Direito Penal 11 o crime se consumará quando ocorrer o resultado – a morte da vítima). Já nos crimes omissivos próprios, há somente a omissão de um dever de agir, imposto normativamente, dispensando, em regra, a investigação sobre a relação de causalidade naturalística. São delitos de mera conduta. Exemplo: omissão de socorro. Crimes Instantâneos e Permanentes O que são crimes instantâneos? Campeão(ã), crime instantâneo é aquele que se esgota com a consumação, com a ocorrência do resultado. Não necessariamente a ação será rápida, mas a consumação ocorre em determinado momento e não prossegue. Exemplo: furto, em que a consumação se dá com a subtração. O que são crimes permanentes? Candidato(a), no crime permanente, a consumação se alastra no tempo, dependendo da ação do agente. Exemplo: extorsão mediante sequestro, que perdura durante todo o tempo em que a vítima fica privada de sua liberdade. O que são crimes instantâneos de efeitos permanentes? Concurseiro(a), crime instantâneo de efeitos permanentes é aquele que se consuma em determinado momento, porém os efeitos permanecem. Exemplo: bigamia (não é possível desfazer o segundo casamento). O que é crime de fato permanente? Combatente, crime de fato permanente, por sua vez, é aquele que deixa vestígios, tornando necessária a realização do exame de corpo de delito. Exemplo: homicídio. Não confunda crime permanente com crime de fato permanente! Crimes de Dano e Crimes de Perigo Candidato(a), quanto ao resultado, os crimes podem ser classificados em crimes de dano e crimes de perigo. O que são crimes de dano? Combatente, crimes de dano são aqueles que só se consumam quando houver lesão ao bem jurídico tutelado. Exemplos: homicídio (lesão à vida), roubo (lesão ao patrimônio), injúria (lesão à honra). O que são crimes de perigo? Concurseiro(a), nos crimes de perigo, o delito se consuma com a simples criação de um perigo para o bem jurídico tutelado. Exemplo: omissão de socorro (art. 135 do CP). Qual a diferença entre perigo individual e perigo coletivo? Guerreiro(a), o perigo pode ser individual ou coletivo (comum). Será perigo individual quando oferecer risco a uma só pessoa ou a um número determinado de pessoas. Exemplo: perigo de contágio venéreo (art. 130 do CP). Por sua vez, será perigo coletivo (comum) quando expuser ao risco um número indeterminado de pessoas. Exemplo: incêndio (art. 250 do CP). Qual a diferença entre perigo concreto e perigo abstrato? Direito Penal Direito Penal 12 Candidato(a), o perigo também pode ser concreto ou abstrato. Perigo concreto é aquele que necessita ser comprovado. Exemplo: dirigir veículo automotor, em via pública, sem possuir CNH, gerando perigo de dano (art. 309 do CTB). É necessário que haja perigo de dano para a consumação do crime; não havendo, o fato será atípico. Por outro lado, perigo abstrato é aquele que é presumido pela norma, dispensando-se um perigo real. Exemplo: entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada (art. 310 do CTB). O agente que entrega a direção pratica crime ainda que o condutor não habilitado não gere perigo de dano. Crimes Plurissubsistentes e Unissubsistentes O que são crimes unissubsistentes? Candidato(a), crimes unissubsistentes são aqueles que se realizam com apenas um ato: há uma conduta una e indivisível. Esses crimes não permitem o fracionamento da conduta. Além disso, não se admite a tentativa. Exemplos: injúria, ameaça oral e uso de documento falso. O que são crimes plurissubsistentes? Concurseiro(a), crimes plurissubsistentes, por sua vez, são compostos de vários atos que integram a conduta, ou seja, existem fases que podem ser separadas, fracionando-se o crime4. Admite-se a tentativa e constituem a maioria dos delitos. Exemplos: homicídio, furto e roubo. Crimes Plurissubjetivos e Monossubjetivos O que são crimes monossubjetivos? Candidato(a), crimes monossubjetivos (ou unissubjetivos) são aqueles que podem ser praticados por uma só pessoa, embora nada impeça a coautoria ou participação. Exemplos: roubo, estelionato e homicídio. Em sendo o crime praticado por duas ou mais pessoas, haverá concurso de pessoas. O que são crimes plurissubjetivos? Concurseiro(a), crimes plurissubjetivos, conforme Bitencourt5, são crimes de concurso necessário, isto é, aquele cuja estrutura típica exige o concurso de dois ou mais agentes. A conduta dos participantes pode ser paralela, na qual todos os criminosos possuem o mesmo objetivo. Exemplo: associação criminosa. Outrossim, a conduta dos participantes pode ser convergente, caso em que uma das condutas pode não ser culpável. Exemplo: bigamia. Por fim, a conduta dos agentes pode ser divergente, em que esses voltam suas ações uns contra os outros. Exemplo: rixa. 4 MIRABETE, Júlio Fabbrini. Manual de direito penal. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1994. v. 1. p. 128. 5 BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal - Parte geral. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. Direito Penal Direito Penal 13 4. Classificação dos Crimes 4.1) Outras Classificações Concurseiro(a), crime omissivo impróprio é o mesmo que comissivo por omissão. Fique atento(a)! Guerreiro, Cezar Roberto Bitencourt6 leciona que, no crime omissivo impróprio ou comissivo por omissão, a omissãoé o meio através do qual o agente produz um resultado. Nestes crimes, o agente responde não pela omissão simplesmente, mas pelo resultado decorrente desta, a que estava, juridicamente, obrigado a impedir. Quais são as infrações penais que não admitem tentativa? Concurseiro(a), não admitem tentativa as seguintes infrações penais: 1) Contravenções penais: a tentativa não é punível por previsão expressa do art. 4º do Decreto-Lei 3.688/1941. 2) Crimes culposos: nos crimes culposos, o resultado é involuntário; logo, não há como admitir-se a tentativa. 3) Crimes omissivos próprios: não admitem a tentativa pois não exigem um resultado naturalístico produzido pela omissão, consumando-se com a simples omissão. 4) Crimes unissubsistentes: são crimes em que é impossível o fracionamento dos atos de execução (injúria verbal); logo, é impossível a tentativa. 5) Crimes habituais: há uma prática reiterada de certos atos que, isoladamente, constituem um indiferente penal, como charlatanismo e curandeirismo. 6) Crimes preterdolosos: considerando que o resultado agravador é causado culposamente, é impossível imaginar a tentativa de um resultado não desejado. 7) Crimes de atentado: não se pode imaginar tentativa de tentativa. 6 BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal - Parte geral. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. Direito Penal Direito Penal 14 Concurseiro(a), vamos revisar os principais aspectos desse conteúdo para fixá-lo bem: OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DOS CRIMES QUANTO À NATUREZA DO ELEMENTO VOLITIVO DOLOSO CULPOSO PRETERDOLOSO O agente quer o resultado ou assume o risco de produzi-lo. Resulta de imprudência, negligência ou imperícia. Resultado mais grave do que o pretendido: há dolo na conduta antecedente e culpa na subsequente. Exemplo: roubo. Exemplo: incêndio culposo. Exemplo: lesão corporal seguida de morte. QUANTO À CONDUTA DO SUJEITO ATIVO: CRIME COMISSIVO PRÓPRIO IMPRÓPRIO Há tipo penal específico. Não há norma específica descrevendo a omissão. Crime de mera conduta. Crime material. O agente tem o dever de agir, não de impedir o resultado. O agente tem o dever de agir e de impedir o resultado. Não responde pelo resultado (pode configurar majorante ou qualificadora). Responde pelo resultado gerado. Exemplo: pessoa que presencia uma criança abandonada, em situação de risco, e não toma nenhuma providência para auxiliá-la, nem mesmo aciona as autoridades. Exemplos: omissão dos pais em relação aos filhos (obrigação por lei); omissão do salva-vidas (assumiu o risco); trote acadêmico (criação do risco). QUANTO AOS VESTÍGIOS DE FATO PERMANENTE DE FATO TRANSEUNTE Deixa vestígios. Não deixa vestígios. Necessário o exame de corpo de delito. Desnecessário o exame de corpo de delito. Exemplo: lesão corporal. Exemplo: injúria. QUANTO À INTENÇÃO SEPARADO ATROFIADO DE DOIS ATOS Crime de tendência interna transcendente de resultado cortado (separado). Crime de tendência interna transcendente mutilado (atrofiado) de dois atos. O agente espera alcançar um resultado externo ao tipo penal, sem sua intervenção. O agente quer alcançar um resultado externo e que depende de um ato seu. Exemplo: extorsão mediante sequestro (o pagamento do resgate não precisa ocorrer, mas, caso ocorra, será por ato de outrem). Exemplo: moeda falsa (após falsificar a moeda, o agente espera, ele próprio, colocá-la no mercado para auferir vantagens). Direito Penal Direito Penal 15 Candidato(a), para gabaritar, veja com atenção o resumo a seguir: Infrações penais que não admitem tentativa: CCHOUPA Contravenções penais Culposos Habituais Omissivos próprios Unissubsistentes Preterdolosos Atentado Código Penal Art. 13, § 2º. A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a. tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b. de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c. com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. (…) Art. 135. Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena: detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. 1. (FGV – 2018 – AL-RO – Advogado – Adaptada) Os crimes previstos no Código Penal e na legislação extravagante podem ser classificados levando-se em consideração diversos fatores, como conduta, resultado, sujeito ativo, dentre outros. Sobre o tema em questão, de acordo com a jurisprudência majoritária dos Tribunais Superiores, julgue o item a seguir. Os crimes classificados como não transeuntes são aqueles que deixam vestígios. Certo ou Errado 2. (CESPE/CEBRASPE – 2018 – PC-MA – Delegado de Polícia Civil – Adaptada) No que se refere à classificação dos crimes, julgue o item seguinte. Os crimes omissivos impróprios se perfazem com a mera abstenção da realização de um ato, independentemente de um resultado posterior. Certo ou Errado Direito Penal Direito Penal 16 3. (CESPE/CEBRASPE – 2016 – Polícia Científica/PE – Perito Papiloscopista e Auxiliar – Adaptada) No que tange à classificação dos crimes, julgue o item a seguir. Admite-se a tentativa nos crimes omissivos próprios. Certo ou Errado 4. (CESPE/CEBRASPE – 2010 – MPE-RO – Promotor de Justiça – Adaptada) Com relação ao direito penal, julgue o item a seguir. No tocante aos delitos de intenção, assim conceituados por parte da doutrina, há as intenções especiais, que dão lugar aos atos denominados delitos de resultado cortado, tais como o crime de extorsão mediante sequestro, e os atos denominados delitos mutilados de dois atos, tais como o crime de moeda falsa. Certo ou Errado 1. COMENTÁRIO: concurseiro(a), essa interessante questão da FGV, baseada na Doutrina, aborda o reconhecimento dos crimes de fato transeunte. Vamos ao conteúdo da questão: combatente, conforme estudamos, crime não transeunte (permanente) é aquele que deixa vestígio material. O item está certo. 2. COMENTÁRIO: candidato(a), essa questão, baseada na Doutrina, exige conhecimento sobre a identificação dos crimes omissivos impróprios. Vamos ao conteúdo da questão: cuidado, concurseiro(a)! Crime omissivo impróprio (comissivo por omissão) é aquele em que o agente deixa de evitar o resultado quando podia e devia agir. Sua consumação se dá no momento em que ocorre o resultado naturalístico. Portanto, não se perfazem com a mera abstenção da realização de um ato, pois dependem de um resultado posterior. O item está errado. 3. COMENTÁRIO: concurseiro(a), essa questão, baseada na Doutrina, aborda a inadmissibilidade da tentativa nos crimes omissivos próprios. Vamos ao conteúdo da questão: combatente, os crimes omissivos próprios não admitem a tentativa pois não exigem um resultado naturalístico produzido pela omissão, consumando-se com a simples omissão. O item está errado. 4. COMENTÁRIOS: combatente, a questão, baseada na Doutrina, exige do(a) candidato(a) conhecimento sobre os crimes de intenção. Vamos ao conteúdo da questão: candidato(a), no crime de intenção, o sujeito ativo quer um resultado dispensável para a consumação. Pode ser de duas espécies: 1) Crime de resultado cortado: o resultado (dispensável) visado dependerá de ato de terceiro e não do próprio sujeitoativo. Exemplo: extorsão mediante sequestro. 2) Crime mutilado de dois atos: a ocorrência do resultado (dispensável) está na esfera de decisão e atuação do próprio agente. Exemplo: moeda falsa. O item está certo. Direito Penal Direito Penal 17 4.2) Crimes Comuns, Próprios e de Mão Própria Guerreiro(a), nos crimes de mão própria, não se admite coautoria, apenas participação, tendo em vista que só podem ser cometidos diretamente pela pessoa. Guerreiro(a), o Superior Tribunal de Justiça (HC 30.858/RS7) já firmou compreensão no sentido de que, apesar de o crime de falso testemunho ser de mão própria, pode haver a participação do advogado no seu cometimento. Guerreiro(a), vamos diferenciar para não confundir: CRIMES COMUNS PRÓPRIOS DE MÃO PRÓPRIA Podem ser praticados por qualquer pessoa. Não podem ser praticados por qualquer pessoa. Podem ser praticados por qualquer pessoa. Não exigem uma qualidade especial do sujeito ativo. Exigem uma qualidade especial do sujeito ativo. Só pode ser praticado pelo agente pessoalmente. O agente pode valer-se de terceiros para praticar o crime. O agente pode valer-se de terceiros para praticar o crime. O agente não pode valer-se de terceiros para praticar o crime. Exemplo: homicídio. Exemplo: peculato. Exemplo: falso testemunho. Candidato(a), para gabaritar, confira o conteúdo a seguir: 1) Crime comum: 1.1) Pode ser praticado por qualquer pessoa. 1.2) Admite coautoria e participação. 2) Crime próprio: 2.1) O tipo penal exige qualidade ou condição especial do agente. 2.2) Admite coautoria e participação. 3) Crime de mão própria: 3.1) O tipo penal exige qualidade ou condição especial do agente. 3.2) Só admite participação. 3.3) Só pode ser praticado pelo próprio agente. 7 STJ, HC 30.858/RS, Sexta Turma, julgado em 12/06/2006, rel. Min. Paulo Gallotti. Direito Penal Direito Penal 18 Código Penal Art. 123. Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: Pena: detenção, de dois a seis anos. (…) Art. 269. Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória: Pena: detenção, de seis meses a dois anos, e multa. (…) Art. 301. Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem: Pena: detenção, de dois meses a um ano. (…) Art. 302. Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso: Pena: detenção, de um mês a um ano. (…) Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena: reclusão, de dois a doze anos, e multa. (…) Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: Pena: reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 1. (VUNESP – 2019 – TJ-RS – Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento) É crime próprio quanto ao sujeito: a) adulteração de peça filatélica (CP, art. 303). b) falsidade material de atestado ou certidão (CP, art. 301, § 1º). c) falsidade ideológica (CP, art. 299). d) falsificação de sinal público (CP, art. 296, I). e) atestado ideologicamente falso (CP, art. 301). 2. (NC-UFPR – 2017 – UFPR – Administrador) Em relação aos crimes contra a Administração Pública, julgue o item seguinte. São crimes próprios quanto ao sujeito ativo peculato, corrupção passiva e concussão. Certo ou Errado 3. (CESGRANRIO – 2018 – Transpetro – Advogado Júnior) O crime de falso reconhecimento de firma ou letra, inscrito no Código Penal, em relação ao sujeito ativo, é considerado crime a) comum b) simples Direito Penal Direito Penal 19 c) próprio d) adequado e) continuado 4. (FUNCAB – 2013 – PC-ES – Perito Criminal) Em relação à classificação dos crimes, julgue o item a seguir. São classificados como crimes comum, próprio e de mão própria, respectivamente, estelionato, infanticídio e falso testemunho. Certo ou Errado 1. COMENTÁRIOS: concurseiro(a), essa questão, baseada na Legislação e na Doutrina, aborda a identificação de crime próprio. Vamos analisar a questão! Combatente, o art. 301 do CP dispõe: atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem. Assim, podemos perceber que se trata de crime próprio, ou seja, não é qualquer pessoa que pode cometê-lo. Exige-se uma qualidade especial do sujeito ativo, que, nesse caso, é ser funcionário público no exercício das suas funções. Alternativa correta: letra “e”. A alternativa “a” está errada. Candidato(a), o delito de adulteração de peça filatélica (art. 303 do CP) é crime comum, visto que não exige uma qualidade especial do sujeito ativo. A alternativa “b” está errada. Concurseiro(a), o crime de falsidade material de atestado ou certidão (art. 301, § 1º, do CP) é comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa. A alternativa “c” está errada. Combatente, visto que não exige uma qualidade especial do sujeito ativo, o delito de falsidade ideológica (art. 299 do CP) é crime comum. A alternativa “d” está errada. Candidato(a), o delito de falsificação de sinal público (art. 296, I, do CP) é crime comum. 2. COMENTÁRIO: combatente, a questão, baseada na Legislação e na Doutrina, exige do(a) candidato(a) conhecimento a respeito dos crimes próprios. Vamos ao conteúdo da questão: candidato(a), todos os delitos mencionados no item (peculato, corrupção passiva e concussão) são crimes próprios, visto que exigem que o sujeito ativo seja detentor de uma condição especial para que ocorra o crime, ou seja, ser funcionário público. O item está certo. 3. COMENTÁRIOS: concurseiro(a), essa questão, baseada na Doutrina, aborda as normas referentes ao crime próprio. Vamos analisar a questão! Combatente, estudamos que crime próprio é aquele que exige uma qualidade ou condição especial do sujeito ativo. O sujeito ativo do crime descrito na questão (falso reconhecimento de firma ou letra) é aquele que está no exercício da função pública. Desse modo, trata-se de crime próprio. Alternativa correta: letra “c”. Direito Penal Direito Penal 20 A alternativa “a” está errada. Candidato(a), crime comum é aquele que pode ser praticado por qualquer pessoa, o que não é o caso do delito em questão. A alternativa “b” está errada. Concurseiro(a), crime simples é aquele que, mediante a análise da figura típica, conseguimos visualizar uma única infração penal, que é justamente aquela por ela própria criada. A alternativa “d” está errada. Combatente, não existe a classificação “crime adequado”. A alternativa “e” está errada. Candidato(a), crime continuado é quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e nas mesmas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes. 4. COMENTÁRIO: combatente, a questão, baseada na Legislação e na Doutrina, trata dos crimes comum, próprio e de mão própria. Vamos ao conteúdo da questão: candidato(a), crime comum é aquele cujo tipo penal não exige qualidade ou condição especial do agente, como estelionato. Crime próprio, por sua vez, é aquele em que o tipopenal exige qualidade ou condição especial do agente, como o infanticídio (ser mãe da vítima). Por fim, crime de mão própria é aquele cujo tipo penal também exige qualidade ou condição especial do agente, porém só pode ser praticado pessoalmente pelo agente, como falso testemunho. O item está certo. 4.3) Crimes Materiais, Formais e de Mera Conduta Quando se dá a consumação dos crimes de concussão e corrupção passiva? Candidato(a), os delitos de concussão e corrupção passiva são crimes formais. Por isso, consumam-se com a prática de exigir, solicitar, receber ou aceitar a promessa de vantagem indevida. Caso o agente não venha a receber a vantagem, o crime ainda assim estará consumado. Guerreiro(a), o autor Julio Mirabete8 leciona que o resultado a ser verificado nos crimes materiais deve ser considerado de acordo com o sentido naturalístico da palavra, e não com relação ao seu conteúdo jurídico, pois todos os crimes provocam lesão ou perigo para o bem jurídico. Combatente, vamos conferir o teor da Súmula 96 do STJ9: “o crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida”. Isso porque o crime de extorsão é um crime formal, que se consuma com o ato de constranger alguém a fazer, tolerar que faça ou deixar de fazer algo, mediante violência ou grave ameaça, no intuito de obter indevida vantagem econômica. Por isso, eventual recebimento da vantagem configura mero exaurimento do delito. 8 MIRABETE, Júlio Fabbrini. Manual de direito penal. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1994. v. 1. p. 128. 9 STJ, Terceira Seção, julgado em 03/03/1994. Direito Penal Direito Penal 21 Além disso, verifique a Súmula 500 do STJ10: “a configuração do crime do art. 244-B do ECA independe da prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal”. Por fim, segundo a Súmula Vinculante 24 do STF11, “não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo”. Ou seja, tal delito somente se consuma após o lançamento definitivo do tributo. Concurseiro(a), vamos revisar o tema estudado: CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES QUANTO AO RESULTADO MATERIAL FORMAL DE MERA CONDUTA Há um resultado naturalístico indispensável à consumação. A lei prevê um resultado, que não precisa ocorrer. A lei não prevê um resultado. O resultado naturalístico é necessário. O resultado naturalístico é possível. Não há resultado naturalístico. Exemplo: homicídio (resultado: morte da vítima). Exemplo: extorsão mediante sequestro (o recebimento da vantagem não é indispensável à consumação). Exemplo: violação de domicílio (consuma-se com a simples ação do agente de entrar em casa alheia de forma clandestina). Candidato(a), para gabaritar, cuide para não confundir: 1) Crime material: Conduta + Resultado necessário (consumação) 2) Crime formal: Conduta (consumação) + Resultado possível 3) Crime de mera conduta: Conduta (apenas): não há previsão de resultado Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la: Pena: reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. § 1º. Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando- se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet. § 2º. As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de um terço no caso de a infração cometida ou induzida estar incluída no rol do art. 1º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990. (…) 10 STJ, Terceira Seção, julgado em 23/10/2013. 11 STF, Plenário, julgado em 02/12/2009. Direito Penal Direito Penal 22 Lei nº 8.137/90 Art. 1°. Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: I. omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias; II. fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal; III. falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável; IV. elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato; V. negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação. Pena: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 1. (FCC – 2015 – TJ/GO – Juiz Substituto) Segundo entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça, os crimes de extorsão e de corrupção de menores são de natureza a) material e de mera conduta, respectivamente. b) formal. c) formal e material, respectivamente. d) material e formal, respectivamente. e) material. 2. (CESPE/CEBRASPE – 2006 – DPE-DF – Procurador - Assistência Judiciária - Segunda Categoria – Adaptada) Acerca da ação penal nos crimes contra os costumes, julgue o item a seguir. A prática de corrupção passiva configura um crime formal. Certo ou Errado 3. (VUNESP – 2014 – Prefeitura de São José do Rio Preto/SP – Auditor Fiscal Tributário Municipal) Não se tipifica ______ contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90 ____. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho. a) crime formal … antes do lançamento definitivo do tributo b) crime formal … sem que haja dolo ou culpa do contribuinte c) crime material … antes do lançamento definitivo do tributo d) crime material … sem que haja dolo ou culpa do contribuinte e) qualquer crime … sem que tenha havido autuação fiscal 4. (CESPE/CEBRASPE – 2018 – SEFAZ-RS – Técnico Tributário da Receita Estadual - Prova 2 – Adaptada) O único tipo de crime que se consuma com a ocorrência do resultado naturalístico é o crime material. Certo ou Errado Direito Penal Direito Penal 23 1. COMENTÁRIOS: concurseiro(a), essa questão, baseada em Súmulas do STJ, exige conhecimento sobre o entendimento da Corte Superior a respeito da classificação de alguns crimes quanto ao resultado. Vamos analisar a questão! Combatente, vimos que o crime de extorsão é formal (Súmula 96 do STJ), assim como o delito de corrupção de menores (Súmula 500 do STJ). Alternativa correta: letra “b”. A alternativa “a” está errada. Candidato(a), material é o crime que depende de um resultado naturalístico, enquanto de mera conduta é o delito que não possui a possibilidade de ocorrência de resultado. A alternativa “c” está errada. Concurseiro(a), cuidado! De fato, o crime de extorsão é formal, porém o delito de corrupção de menores não é material, mas sim formal também (Súmula 500 do STJ). A alternativa “d” está errada. Combatente, conforme vimos, o delito de extorsão é formal, não material. A alternativa “e” está errada. Candidato(a), ambos os delitos (extorsão e corrupção de menores) são de natureza formal. 2. COMENTÁRIO: combatente, a questão, baseada na Doutrina, aborda a classificação, quanto ao resultado, do delito de corrupção passiva. Vamos ao conteúdo da questão: candidato(a), conforme estudamos, o crime de corrupção passiva é formal, pois se consuma com a simples prática da conduta (também chamado de crime de consumação antecipada). O item está certo. 3. COMENTÁRIOS: concurseiro(a), a questão, baseada em Súmula do STF, aborda a caracterização do delito de sonegaçãofiscal. Vamos analisar a questão! Combatente, vejamos a Súmula Vinculante 24 do STF: não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo. Ou seja, os incisos I a IV do art. 1º dessa lei contém crimes materiais. Alternativa correta: letra “c”. A alternativa “a” está errada. Candidato(a), conforme vimos, os delitos previstos nesses dispositivos são materiais. A alternativa “b” está errada. Concurseiro(a), além de esses crimes serem materiais, a Súmula Vinculante 24 do STF prescreve que tais delitos não se tipificam antes do lançamento definitivo do tributo. A alternativa “d” está errada. Combatente, a primeira parte está correta. A pegadinha está na segunda parte: tais delitos não se tipificam antes do lançamento definitivo do tributo. A alternativa “e” está errada. Candidato(a), não se trata de “qualquer crime”, mas sim de crime material, e os delitos não se tipificam antes do lançamento definitivo do tributo. 4. COMENTÁRIO: combatente, a questão, baseada na Doutrina, aborda a classificação de crimes quanto ao resultado. Vamos ao conteúdo da questão: candidato(a), crimes materiais são aqueles em que o tipo penal descreve conduta e resultado naturalístico (necessária modificação no mundo exterior), sendo indispensável a sua ocorrência para haver consumação. A conduta e o resultado são cronologicamente separados. O item está certo. Direito Penal Direito Penal 24 4.4) Crimes Instantâneos e Permanentes Concurseiro(a), aspecto fundamental em relação aos crimes permanentes é o flagrante delito. Segundo o art. 303 do CPP, nas infrações permanentes, o agente estará em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. Ou seja, enquanto perdurar a permanência do crime, o agente ficará sujeito a ser preso em flagrante delito. Ademais, a cessação da permanência também configura um termo inicial de prescrição antes de transitar em julgado a sentença (art. 111, III, do CP). Qual lei é aplicada a crime permanente em caso de nova lei penal mais gravosa? Combatente, vamos conferir o teor da Súmula 711 do STF12: “a lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência”. Ou seja, caso o agente pratique um crime permanente, como sequestro, e antes da cessação da permanência entre em vigor nova lei penal mais grave, esta será aplicada. Como se classifica o crime de estelionato previdenciário? Candidato(a), segundo o entendimento firmado diversas vezes pelo STF, a exemplo do HC 101.999/RS13, em tema de estelionato previdenciário, há natureza binária da infração. Isso porque se distingue entre a situação fática daquele que comete uma falsidade para permitir que outrem obtenha a vantagem indevida, daquele que, em interesse próprio, recebe o benefício ilicitamente. O agente que perpetra a fraude pratica crime instantâneo de efeitos permanentes, cuja consumação se dá no pagamento da primeira prestação do benefício indevido. Já o agente beneficiário da fraude pratica crime de natureza permanente, cuja execução se prolonga no tempo, renovando-se a cada parcela percebida. Nesse caso, a consumação ocorre apenas quando cessa o recebimento indevido das prestações. Combatente, vamos revisar para fixar o conteúdo: CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES QUANTO AO TEMPO DE EXECUÇÃO INSTANTÂNEO PERMANENTE Esgota-se com a consumação. A consumação se alastra no tempo. Não necessariamente a ação será rápida, mas a consumação ocorre em um momento e não prossegue. A consumação depende da ação do agente. Exemplo: homicídio (esgota-se o crime com a morte da vítima). Exemplo: sequestro (há crime durante todo o período de privação da liberdade da vítima). 12 STF, Plenário, julgado em 24/09/2003. 13 STF, HC 101.999/RS, Primeira Turma, Relator Ministro Dias Toffoli, julgado em 24/05/2011. Direito Penal Direito Penal 25 Candidato(a), para gabaritar, confira o conteúdo a seguir: Não confunda crime permanente com crime continuado! 1) Crime permanente: criiimmmeee 2) Crime continuado: crime + crime + crime... Código Penal Art. 111. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr: (…) III. nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; (…) Código Processual Penal Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. 1. (FUNCAB – 2013 – PC-ES – Perito Criminal) Assinale a alternativa que corresponde a crime permanente: a) cárcere privado. b) homicídio. c) roubo. d) lesão corporal. e) estelionato. 2. (CESPE/CEBRASPE – 2018 – EMAP – Analista Portuário) A respeito da aplicação da lei penal, julgue o item a seguir. Situação hipotética: João cometeu crime permanente que teve início em fevereiro de 2011 e fim em dezembro desse mesmo ano. Em novembro de 2011, houve alteração legislativa que agravou a pena do crime por ele cometido. Assertiva: Nessa situação, deve ser aplicada a lei que prevê pena mais benéfica em atenção ao princípio da irretroatividade da lei penal mais gravosa. Certo ou Errado 3. (PGR – 2013 – PGR – Procurador da República) J, que nunca gostou muito de trabalhar e contando somente com 15 anos de serviço, resolveu se aposentar. Pediu então a seu amigo K, servidor do INSS encarregado da habilitação de benefícios no posto Pavuna/RJ, que lhe conseguisse a aposentação. K, que já havia habilitado alguns benefícios irregulares antes, resolve ajudar e insere no sistema da previdência social dados falsos de vínculos empregatícios, totalizando os 35 anos necessários à concessão do benefício de aposentadoria de J. Este começou a receber o benefício indevido em 01/09/2009 e continuou a recebê-lo ininterruptamente até junho de 2013, quando a força-tarefa composta de auditores do INSS e membros do MPF, auditando as concessões efetuadas no posto Pavuna/RJ, descobre a fraude e o cancela. Diante disso e considerando a sólida jurisprudência dos tribunais superiores é correto afirmar que: Direito Penal Direito Penal 26 a) As condutas de J e de K configuram crime instantâneo de efeitos permanentes. b) A conduta de J configura crime permanente e a de K crime instantâneo. c) A conduta de J configura crime permanente e a de K crime instantâneo de efeitos permanentes. d) As condutas de J e de K configuram crime permanente. 4. (CESPE/CEBRASPE – 2018 – PC-MA – Delegado de Polícia Civil) No que se refere à classificação dos crimes, julgue o item a seguir. Nos crimes instantâneos de efeitos permanentes, a consumação do crime perdura até quando o sujeito quiser. Certo ou Errado 1. COMENTÁRIOS: concurseiro(a), essa questão, baseada na Doutrina, exige do(a) candidato(a) a identificação de crime permanente. Vamos analisar a questão! Combatente, crime permanente é aquele cujo momento da consumação se prolonga no tempo por vontade do agente, como acontece no crime de sequestro e cárcere privado (art. 148 do CP), que se consuma com a retirada da liberdade da vítima, mas o delito continua consumando-se enquanto a vítima permanecer em poder do agente. Alternativa correta: letra “a”. A alternativa “b” está errada. Candidato(a), conforme vimos, o crime de homicídio é instantâneo, uma vez que a consumação se encerra com a morte da vítima e não se prolonga. A alternativa “c” está errada. Concurseiro(a), o crime de roubo é instantâneo, uma vez que a consumação se encerra com a subtração. A alternativa “d” está errada. Combatente, o crime de lesão corporal é instantâneo, uma vez que a consumação nãose prolonga. A alternativa “e” está errada. Candidato(a), o crime de estelionato é instantâneo, uma vez que a consumação não se prolonga (encerra com a obtenção da vantagem). 2. COMENTÁRIO: candidato(a), a questão, baseada em Súmula do STF, exige conhecimento sobre a aplicação da lei penal em caso de crime permanente. Vamos ao conteúdo da questão: cuidado, concurseiro(a)! Sendo o crime permanente, aplica-se a lei penal mais grave. Não se trata de “retroatividade da lei gravosa”, pois a lei mais grave, nesse caso, não é posterior ao crime (Súmula 711 do STF). O item está errado. 3. COMENTÁRIOS: concurseiro(a), essa interessante questão do Cebraspe, baseada na Jurisprudência, aborda a classificação dos crimes de estelionato previdenciário e inserção de dados falsos em sistema. Vamos analisar a questão! Combatente, conforme estudamos, em tema de estelionato previdenciário, o agente que perpetra a fraude contra a Previdência Social recebe tratamento jurídico-penal diverso daquele que, ciente da fraude, figura como beneficiário das parcelas. É o que a jurisprudência do STF denomina de “natureza binária” da Direito Penal Direito Penal 27 infração (HC 104.880/RS14). O agente que perpetra a fraude (no caso da questão, K) pratica crime instantâneo de efeitos permanentes, cuja consumação se dá no pagamento da primeira prestação do benefício indevido. Já o agente beneficiário da fraude (no caso da questão, J) pratica crime de natureza permanente, cuja execução se prolonga no tempo, renovando-se a cada parcela percebida. Nesse caso, a consumação ocorre apenas quando cessa o recebimento indevido das prestações. Alternativa correta: letra “c”. A alternativa “a” está errada. Candidato(a), conforme vimos, J praticou crime permanente. A alternativa “b” está errada. Combatente, cuidado! K praticou crime instantâneo de efeitos permanentes. A alternativa “d” está errada. Concurseiro(a), vimos acima que K praticou crime instantâneo de efeitos permanentes. 4. COMENTÁRIO: combatente, a questão, baseada na Doutrina, aborda a perpetuação dos crimes instantâneos de efeitos permanentes. Vamos ao conteúdo da questão: candidato(a), no crime instantâneo de efeitos permanentes, a consumação é imediata, mas o resultado se prolonga no tempo independentemente da vontade do agente. O item está errado. 4.5) Crimes de Dano e Crimes de Perigo Combatente, é importante atentar-se para uma nomenclatura a respeito dos crimes de perigo abstrato, muito cobrados nos concursos. Esses são crimes de perigo potencial, visto que não exigem um perigo efetivo, concreto para sua consumação. Basta a potencialidade de um dano ou lesão. Combatente, vejamos o que diz a Súmula 575 do STJ15:“constitui crime a conduta de permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa que não seja habilitada, ou que se encontre em qualquer das situações previstas no art. 310 do CTB, independentemente da ocorrência de lesão ou de perigo de dano concreto na condução do veículo”. Ademais, o STJ vem entendendo que os crimes ambientais tipificados na Lei nº 9.605/1998 são de perigo abstrato, conforme podemos perceber do julgamento do RHC 89.461/AM16: "(...) O crime previsto no art. 60 da Lei n. 9.605/98 é de perigo abstrato, do qual não se exige prova do dano ambiental, sendo certo que a conduta ilícita se configura com a mera inobservância ou descumprimento da norma, pois o dispositivo em questão pune a conduta do agente que pratica atividades potencialmente poluidoras, sem licença ambiental (...)". 14 STF, HC 101.999/RS, Primeira Turma, Relator Ministro Dias Toffoli, julgado em 24/05/2011. 15 STJ, Terceira Seção, julgado em 22/06/2016. 16 STJ, Recurso em Habeas Corpus 89.461/AM, Quinta Turma, Relator Ministro Felix Fischer, publicado no DJe 25/05/2018. Direito Penal Direito Penal 28 Concurseiro(a), vamos revisar os principais aspectos desse conteúdo para fixá-lo bem: CRIMES DE DANO PERIGO Só se consumam quando houver lesão ao bem jurídico tutelado. Consuma-se com a simples criação de um perigo para o bem jurídico tutelado. É necessária a ocorrência de um dano. Perigo concreto: necessita ser comprovado. Exemplos: homicídio (lesão à vida), roubo (lesão ao patrimônio) e injúria (lesão à honra). Exemplo: dirigir carro em via pública sem possuir CNH, gerando perigo de dano. Perigo abstrato: é presumido pela norma. Exemplo: entregar a direção de um carro a pessoa não habilitada. Candidato(a), para gabaritar, confira o conteúdo a seguir: Crimes de perigo: 1) Abstrato: perigo potencial. 2) Concreto: perigo real. Código Penal Art. 130. Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado: Pena: detenção, de três meses a um ano, ou multa. (…) Art. 135. Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena: detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. (…) Art. 250. Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem: Pena: reclusão, de três a seis anos, e multa. (…) Código de Trânsito Brasileiro Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano: Penas: detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança: Penas: detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Direito Penal Direito Penal 29 1. (CESGRANRIO – 2012 – Caixa Econômica Federal – Advogado) Um comerciante, com exploração de mercearia no município Y, é surpreendido pela fiscalização dos órgãos de proteção ao consumidor, que lograram autuá-lo pela exposição de mercadorias com prazo de validade vencido. Consoante a normativa aplicável ao caso, trata-se de tipo vinculado a crime a) próprio b) material c) omissivo d) de dano e) de perigo 2. (CESPE/CEBRASPE – 2014 – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área XI) No que diz respeito a noções gerais aplicadas no âmbito do direito penal, julgue o próximo item. A jurisprudência dominante admite os crimes de perigo abstrato ou presumido, por considerar lícito ao legislador dispensar o perigo como elementar do tipo, sempre que a experiência cotidiana revelar que a ação incriminada é perigosa, demonstrando-se justificada a construção legal. Certo ou Errado 3. (IBFC – 2013 – PC-RJ – Oficial de Cartório – Adaptada) Considerando a classificação doutrinária dada às infrações penais, analise a assertiva a seguir. Crime de perigo é aquele cuja consumação se caracteriza com a mera probabilidade de lesão ao bem jurídico protegido pela norma penal. 4. (CESPE/CEBRASPE – 2009 – TRF/5ª REGIÃO – Juiz Federal – Adaptada) Considerando a parte geral do direito penal, julgue o seguinte item. Subdividem-se os crimes de perigo em crimes de perigo concreto e crimes de perigo abstrato, diferenciando-se um do outro porque naqueles há a necessidade da demonstração da situação de risco sofrida pelo bem jurídico penal protegido,o que somente pode ser reconhecível por uma valoração subjetiva da probabilidade de superveniência de um dano. Por outro lado, no crime de perigo abstrato, há uma presunção legal do perigo, que, por isso, não precisa ser provado. Certo ou Errado 1. COMENTÁRIOS: concurseiro(a), essa questão, baseada na Doutrina, aborda a classificação dos crimes a partir de uma situação hipotética. Vamos analisar a questão! Combatente, crime de perigo é aquele que se consuma com a mera situação de risco a que fica exposto o bem jurídico tutelado pela norma penal. É o caso da exposição de mercadorias com prazo de validade vencido (crime de perigo abstrato), uma vez que o legislador presume o perigo para o bem jurídico protegido. Alternativa correta: letra “e”. Direito Penal Direito Penal 30 A alternativa “a” está errada. Candidato(a), crimes próprios são aqueles que só podem ser cometidos por determinadas pessoas, tendo em vista que o tipo penal exige certa característica do sujeito ativo. Exemplo: infanticídio, que só pode ser cometido pela mãe, sob influência do estado puerperal. A alternativa “b” está errada. Concurseiro(a), crime material é aquele em que a lei descreve uma ação e um resultado e exige a ocorrência deste para que o delito se consume. Exemplo: homicídio, que o exige o resultado morte. A alternativa “c” está errada. Combatente, crime omissivo é aquele que se configura por um deixar de agir, por um não fazer quando era esperado que algo fosse feito, podendo ser próprio ou impróprio. A alternativa “d” está errada. Candidato(a), crime de dano é aquele que pressupõe a efetiva lesão ao bem jurídico tutelado. Exemplo: furto, em que se lesiona o patrimônio da vítima. 2. COMENTÁRIO: combatente, a questão, baseada na Legislação e na Doutrina, aborda a admissibilidade dos crimes de perigo abstrato. Vamos ao conteúdo da questão: candidato(a), boa parte da doutrina e a jurisprudência amplamente dominante admitem os crimes de perigo abstrato ou presumido. Isso porque, quando a conduta tipificada for perigosa, é dispensável que o perigo seja elementar do tipo. O item está certo. 3. COMENTÁRIO: concurseiro(a), essa questão, baseada na Doutrina, aborda as normas referentes aos crimes de perigo. Vamos analisar a questão! Combatente, estudamos que, nos crimes de perigo, não é necessária a produção de um resultado para consumar-se o crime, visto que a norma descreve a conduta que configura um risco social, podendo ser um risco concreto ou abstrato. O item está certo. 4. COMENTÁRIO: combatente, a questão, baseada na Doutrina, aborda a diferença entre os crimes de perigo concreto e os crimes de perigo abstrato. Vamos ao conteúdo da questão: candidato(a), crimes de perigo são aqueles que se consumam com a mera exposição do bem jurídico penalmente tutelado a uma situação de perigo, ou seja, basta a probabilidade de dano. Subdividem-se em: 1) Crimes de perigo abstrato: consumam-se com prática da conduta, automaticamente, não se exigindo a comprovação da produção da situação de perigo. 2) Crimes de perigo concreto: consumam-se com a efetiva comprovação, no caso concreto, da ocorrência da situação de perigo. O item está certo. Direito Penal Direito Penal 31 4.6) Crimes Plurissubsistentes e Unissubsistentes Concurseiro(a), não confunda os crimes unissubsistentes e plurissubsistentes com os crimes unissubjetivos (ou monossubjetivos) e plurissubjetivos! Qual a diferença? É simples, candidato(a): 1) Unissubsistente: crime de apenas um ato. 2) Plurissubsistente: crime composto de vários atos. 3) Unissubjetivo: pode ser praticado por apenas um agente. 4) Plurissubjetivo: exige a conduta de dois ou mais agentes. Concurseiro, Cezar Roberto Bitencourt17 leciona que os delitos formais (para aqueles que aceitam esta classificação) e de mera conduta, de regra, são unissubsistentes. Por sua vez, segundo o autor, os crimes materiais, em geral, são plurissubsistentes. Concurseiro(a), vamos revisar o tema estudado: CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES UNISSUBSISTENTES PLURISSUBSISTENTES Realizam-se com apenas um ato. Compostos de vários atos. Há uma conduta uma e indivisível. Existem várias fases do delito. Não permitem o fracionamento da conduta. Permitem o fracionamento da conduta. Não admitem a tentativa. Admitem a tentativa. Exemplos: injúria, ameaça oral e uso de documento falso. Exemplos: homicídio, furto e roubo. Candidato(a), para gabaritar, cuide para não confundir: 1) Unissubsistente: singular! 2) Plurissubsistente: plural! 17 BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal - Parte geral. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. Direito Penal Direito Penal 32 1. (FCC – 2019 – TJ/AL – Juiz Substituto – Adaptada) No que toca à classificação doutrinária dos crimes, julgue o item a seguir. Os crimes unissubsistentes são aqueles em que há iter criminis e o comportamento criminoso pode ser cindido. Certo ou Errado 2. (CESPE/CEBRASPE – 2019 – TJ-DFT – Titular de Serviços de Notas e de Registros – Remoção – Adaptada) Acerca de classificação de crimes, julgue o item a seguir. Os crimes unissubsistentes não admitem tentativa, haja vista não ser possível o fracionamento da conduta em atos. Certo ou Errado 3. (ESAF – 2012 – CGU – Analista de Finanças e Controle - prova 3 – Correição – Adaptada) Com relação à classificação dos crimes, julgue o item a seguir. Nos crimes unissubsistentes o processo executivo coincide temporalmente com a consumação, não se admitindo a tentativa. Certo ou Errado 4. (CESPE/CEBRASPE – 2018 – DPE-PE – Defensor Público – Adaptada) Com relação à classificação dos crimes, julgue o item a seguir. Denomina-se crime plurissubsistente o crime cometido por vários agentes. Certo ou Errado 1. COMENTÁRIO: concurseiro(a), essa questão, baseada na Doutrina, exige conhecimento sobre a classificação de crimes e a cisão do resultado. Vamos ao conteúdo da questão: candidato(a), quando o comportamento criminoso pode ser cindido, há crime plurissubsistente. Os crimes unissubsistentes são de conduta única: ou o agente a pratica, ou não há crime; logo, nesse caso o comportamento criminoso não pode ser cindido. O item está errado. 2. COMENTÁRIO: combatente, a questão, baseada na Doutrina, aborda os crimes unissubsistentes e a impossibilidade de tentativa. Vamos ao conteúdo da questão: candidato(a), conforme estudamos, crime unissubsistente é aquele que se realiza com um único ato, como o desacato ou a injúria, ambos praticados verbalmente. Nesses crimes, não se admite a tentativa, visto que não é possível o fracionamento da conduta. O item está certo. Direito Penal Direito Penal 33 3. COMENTÁRIO: concurseiro(a), a questão, baseada na Doutrina, aborda a classificação de crimes e a consumação. Vamos ao conteúdo da questão: candidato(a), os crimes unissubsistentes são aqueles em que não se pode dividi-los em etapas, razão pela qual não há tentativa neles. O item está certo. 4. COMENTÁRIO: combatente, a questão, baseada na Doutrina, tenta confundir o(a) candidato(a) quanto ao conceito do crime plurissubsistente. Vamos ao conteúdo da questão: concurseiro(a), cuidado! Plurissubsistente é o crime constituído por vários atos, que constituem uma única conduta, como o roubo (violência ou constrangimento ilegal + subtração). Quando o crime exige que seja cometido por vários agentes, denomina-se plurissubjetivo. O item está errado. 4.7) Crimes Plurissubjetivos e Monossubjetivos Concurseiro(a), em relaçãoao delito de rixa, previsto no art. 137 do CP, exige-se que haja três ou mais agentes para que a conduta seja crime. Concurseiro, Cezar Roberto Bitencourt18 ressalta que o crime unissubjetivo, que pode ser praticado por uma só pessoa, constitui a regra geral das condutas delituosas previstas no ordenamento jurídico-penal. Combatente, o STJ decidiu, no julgamento do EDcl nos EDcl no AgInt no AREsp 900.606/GO19, que para a configuração do tipo penal "adquirir" no tráfico de drogas, não é necessária a entrega, nem mesmo o pagamento do preço ajustado, por ser o crime formal, comissivo, plurissubsistente e unissubjetivo. 18 BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal - Parte geral. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. 19 STJ, EDcl nos EDcl no AgInt no AREsp 900.606/GO, Quinta Turma, Rel. Ministro Ribeiro Dantas, julgado em 07/11/2019. Direito Penal Direito Penal 34 Concurseiro(a), vamos revisar o tema estudado: CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES QUANTO AO SUJEITO ATIVO MONOSSUBJETIVO (UNISSUBJETIVO) PLURISSUBJETIVO Pode ser praticado por uma só pessoa. Exige dois ou mais agentes. Se praticado por 2 ou mais pessoas: concurso de agentes. Há concurso necessário de agentes. Exemplo: homicídio. Exemplo: associação criminosa. Candidato(a), para gabaritar, veja o conteúdo a seguir: 1) Monossubjetivo: singular! 2) Plurissubjetivo: plural! Código Penal Art. 137. Participar de rixa, salvo para separar os contendores: Pena: detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa. Parágrafo único. Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos. (…) Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: Pena: reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente. Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste Código: Pena: reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos. (…) Lei 12.850/2013 Art. 1º, § 1º. Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. Direito Penal Direito Penal 35 1. (IESES – 2016 – TJ-PA – Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento) No que diz respeito à classificação do crime quanto ao concurso de Pessoas, é correto afirmar: a) O crime de furto (art. 155 do CP) é plurissubjetivo de condutas contrapostas. b) O crime de peculato (art. 312 do CP) é plurissubjetivo de condutas paralelas. c) O crime de bigamia (art. 235 do CP) é plurissubjetivo de condutas convergentes. d) O crime de roubo (art. 157 do CP) é plurissubjetivo de condutas paralelas. 2. (CESPE/CEBRASPE – 2020 – PRF – Policial Rodoviário Federal - Curso de Formação - 3ª Turma - 1ª Prova) No que se refere a aspectos legais relacionados aos procedimentos policiais, julgue o item a seguir. Os participantes de uma rixa são simultaneamente sujeitos ativos e passivos uns em relação aos outros, pois o crime de rixa é plurissubjetivo, devendo ter, pelo menos, três contendores para ser caracterizado. Certo ou Errado 3. (UFMT – 2016 – DPE-MT – Defensor Público) É crime plurissubjetivo: a) Homicídio. b) Infanticídio. c) Rixa. d) Aborto. e) Furto. 4. (MPE-SP – 2013 – MPE-SP – Promotor de Justiça Substituto – Adaptada) Sobre a configuração de alguns dos chamados delitos plurissubjetivos, inclusive com respeito ao número legal de agentes exigidos no tipo, julgue o item a seguir. Milícia privada (“finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste Código" – art. 288-A do CP) – não há previsão da quantidade mínima de integrantes. Certo ou Errado 1. COMENTÁRIOS: concurseiro(a), essa questão, baseada na Doutrina, exige conhecimento sobre a classificação do delito de bigamia quanto ao sujeito ativo. Vamos analisar a questão! Combatente, há crime plurissubjetivo de condutas convergentes quando o tipo pressupõe a atuação de dois agentes cujas condutas são propensas a se encontrar – pois partem de pontos opostos –, a exemplo do que ocorre na bigamia. Alternativa correta: letra “c”. A alternativa “a” está errada. Candidato(a), o crime de furto é monossubjetivo, pois pode ser praticado por uma só pessoa. A alternativa “b” está errada. Concurseiro(a), o crime de peculato é monossubjetivo, pois pode ser praticado por uma só pessoa. A alternativa “d” está errada. Combatente, o crime de roubo é monossubjetivo, pois pode ser praticado por uma só pessoa. Direito Penal Direito Penal 36 2. COMENTÁRIO: combatente, a questão, baseada na Doutrina, aborda a classificação do delito de rixa quanto ao sujeito ativo. Vamos ao conteúdo da questão: candidato(a), conforme estudamos, a rixa é classificada como crime plurissubjetivo ou de concurso necessário, pois o tipo penal reclama a participação efetiva de ao menos 3 (três) pessoas na troca de agressões materiais, bastando um imputável. É, ainda, crime de condutas divergentes, pois os rixosos atuam uns contra os outros. O item está certo. 3. COMENTÁRIOS: concurseiro(a), a questão, baseada na Doutrina, aborda a identificação de crime plurissubjetivo. Vamos analisar a questão! Combatente, crimes plurissubjetivos, plurilaterais ou de concurso necessário são aqueles cujo tipo penal exige a pluralidade de agentes, que podem ser coautores ou partícipes, imputáveis ou não, conhecidos ou desconhecidos, e inclusive pessoas em relação às quais já foi extinta a punibilidade. Conforme vimos, é crime plurissubjetivo a rixa. Alternativa correta: letra “c”. A alternativa “a” está errada. Candidato(a), o crime de homicídio é monossubjetivo, pois pode ser praticado por uma só pessoa. A alternativa “b” está errada. Concurseiro(a), o crime de infanticídio é monossubjetivo, pois pode ser praticado por uma só pessoa. A alternativa “d” está errada. Combatente, o crime de aborto é monossubjetivo, pois pode ser praticado por uma só pessoa. A alternativa “e” está errada. Candidato(a), o crime de furto também é monossubjetivo, pois pode ser praticado por uma só pessoa. 4. COMENTÁRIO: combatente, a questão, baseada na Legislação, aborda o delito de milícia privada e sua caracterização como crime plurissubjetivo. Vamos ao conteúdo da questão: candidato(a), conforme o art. 288-A do CP, não há previsão da quantidade mínima de integrantes para que se configure o delito de milícia privada. O item está certo.
Compartilhar