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Termos Técnicos no Comércio Exterior

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14/09/2022 09:52 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/16
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERMOS TÉCNICOS NO
COMÉRCIO EXTERIOR
AULA 6
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Profª Luciana Mazzutti Leal
CONVERSA INICIAL
Nesta aula, aprenderemos sobre os termos técnicos envolvidos no despacho aduaneiro e todo o
universo que envolve a documentação e a operação mais burocrática do comércio exterior no Brasil.
Os principais temas abordados serão os seguintes: termos básicos do desembaraço aduaneiro;
impostos, taxas e contribuições; termos utilizados no SISCOMEX e regimes aduaneiros especiais.
É nessa etapa que aprenderemos como funcionam os processos de nacionalização de carga e de
despacho para exportação, naquilo que compete à nossa Receita Federal e anuentes; o passo a passo
do processo de importação e os pontos de atenção da exportação.
Nesse contexto é que se encontra esta aula, no intuito de facilitar o entendimento dessas
dinâmicas do nosso comércio exterior e tentar criar no aluno pensamento crítico e postura proativa
com relação aos assuntos que interferem em nossas atividades diárias.
CONTEXTUALIZANDO
É de conhecimento dos profissionais que atuam no comércio exterior brasileiro a complexidade
dos processos de importação e exportação e, embora muito já tenha sido feito para atualizá-los e
otimizá-los, ainda há um longo caminho a ser percorrido.
Em 2018, começou a vigorar um novo sistema eletrônico que, a princípio, foi aberto apenas para
a exportação, mas que agora já começa a tratar também das importações (em teste, DU-IMP,
Declaração Única de Importação). Mais do que torná-los eletrônicos, a remodelação burocrática visa
tornar esses processos mais ágeis; além de facilitar o acesso às informações, diminui o retrabalho e
permite mais transparência para todos os envolvidos.
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O excesso de burocracia e a morosidade não são os únicos obstáculos enfrentados pela nossa
indústria no comércio exterior, como já estudamos em outra oportunidade. A logística apresenta
também grande responsabilidade na pouca competitividade do país nesse setor. Nesse sentido,
precisamos entender e disseminar o conhecimento sobre os mecanismos disponíveis para
importadores e exportadores melhorarem seus negócios. É aqui que entramos no assunto dos
Regimes Aduaneiros Especiais, que estão disponíveis à maioria das empresas.
TEMA 1 – TERMINOLOGIA BÁSICA DE DESEMBARAÇO ADUANEIRO
Primeiro, vamos esclarecer o que se entende por desembaraço, que também pode ser chamado
de despacho aduaneiro (daí o nome da função despachante). Embora alguns separem com
desembaraço o processo de importação e despacho o de exportação, na prática não existe distinção
dos termos.
Você já deve ter ouvido a expressão “exportar é fácil, importar é que dá dor de cabeça”, mas esta
é uma afirmação que passa longe da realidade na prática. Qualquer um dos processos tem trâmites
que devem ser cumpridos e para os quais se exige conhecimento legal, contábil, entre outros, e,
apesar de a legislação brasileira não exigir a figura do despachante aduaneiro em um processo, é
sabido que esses profissionais são os mais qualificados no momento em que a empresa pensa em
importar ou exportar, pois estão constantemente em contato com as atualizações que a área exige.
Veremos a seguir alguns entes desses processos e os termos mais utilizados:
1. Despachante aduaneiro: é representante legal, autorizado por sócio da empresa, para
atuar em todas as questões relacionadas à importação ou exportação. Ele é a voz da empresa
junto à Receita Federal e órgãos reguladores falando em nome do importador, podendo assinar
documentos pertinentes ao processo. Não é o responsável último pelo processo, mas responde
solidariamente em caso de qualquer descumprimento legal. É ele quem geralmente acompanha
vistoria de carga, quem apresenta documentação à Receita Federal, quem confere e lança os
dados da importação ou exportação nos sistemas;
2. Importador: podendo ser o real destinatário da carga ou mesmo uma empresa
intermediária (comercial importadora ou exportadora), nos documentos aparecerá também
como consignatário de carga (consignee). É a empresa que conduz a negociação internacional e
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é o adquirente da mercadoria, ainda que seja intermediário. O processo de importação é feito
em nome dessa empresa (por conta e ordem). A empresa precisa ter registro no sistema
chamado Radar, que a habilite a importar, ainda que utilize uma comercial importadora;
3. Exportador: empresa que atua na negociação internacional de venda de mercadoria,
podendo fazer por conta própria ou por meio de empresa terceira (comercial exportadora), não
necessita ser habilitada no sistema Radar para poder exportar por meio de terceiros;
4. Embarcador (ou shipper): empresa que, em nome do exportador, é responsável por
entregar a carga para embarque, isto é, proceder com os trâmites logísticos da exportação,
podendo ser o real exportador
5. Commercial invoice: documento que atesta a venda/compra da mercadoria. É o
documento base para confecção de todos os outros. Nela constam informações da mercadoria,
da negociação, dos valores, dos prazos de entrega e condições de venda, além de origem e
destino, entre outros;
6. Packing list: também conhecido como romaneio de carga, é o documento que descreve
fisicamente as embalagens e serve principalmente para fiscalização aduaneira. É nele que
constam números de caixas, paletes, tamanhos, dimensões, pesos etc. O romaneio faz parte do
conjunto de documentos que deve ser apresentado para a Receita Federal, porém, não
necessariamente seus dados são lançados no sistema de desembaraço. Estando a commercial
invoice completa, o romaneio serve mais para conferência física, seja pela fiscalização da
aduana, seja na fábrica, ou mesmo ao longo do transporte internacional;
7. DU-E: a Declaração Única de Exportação entrou em vigor em 2018 como forma de
agilizar o processo de exportação, que agora é feito de forma eletrônica. Entre outras
facilidades, a DU-E substitui o conjunto RE/DE (Registro de Exportação e Declaração de
Exportação) e extrai os dados diretamente da Nota Fiscal eletrônica;
8. DU-Imp: a Declaração Única de Importação tem por objetivo simplificar os processos de
importação, com meta de redução significativa dos prazos. Substituirá a DI, Declaração de
Importação. Atualmente a DU-Imp está disponível para empresas registradas como OEA
(Operador Econômico Autônomo) e para alguns produtos que não exijam licença de
importação prévia ao embarque;
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9. Classificação fiscal de mercadoria: pode ser chamado NCM, Nomenclatura do Mercosul
ou SH, Sistema Harmonizado. Como já vimos anteriormente, é um código de números que
serve basicamente para descrever em detalhes a composição e a utilidade de determinada
mercadoria;
10. LI: Licença de Importação, toda mercadoria importada necessita de LI, podendo ela ser
automática, já previamente deferida pelo órgão responsável ou, não automática, aquela em que
é necessário entrar com pedido prévio ao anuente. Para licenças não automáticas, o
deferimento deve acontecer antes do embarque, caso contrário a empresa pode ser multada e
ter a carga impossibilitada de entrar no país.
Veremos a seguir, de forma simples, como funciona um processo de importação e um de
exportação.
1.1 DESEMBARAÇO NA IMPORTAÇÃO
Segundo consta no Regulamento Aduaneiro, art. 542,
Despacho de importação é o procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos dados
declarados pelo importador em relação à mercadoria importada, aos documentos apresentados e à
legislação específica, com vistas ao seu desembaraço aduaneiro. (Brasil, 2009)
Antes de proceder a qualquer importação, a empresadeve estar habilitada junto à Receita
Federal e isso se dá pelo seu cadastramento no sistema Radar, como já vimos anteriormente. Um
ponto importante: toda carga vinda do exterior deve passar por procedimento de conferência
aduaneira, mesmo as bagagens.
Considerado um processo de simples importação, as etapas do desembaraço se dão em três
passos:
1. Dar entrada dos dados pertinentes à importação no sistema DU-Imp, dentro do
Siscomex. Além dos dados do importador, são obrigatórias as informações sobre a carga (cada
um dos itens), sobre os valores da mercadoria e a forma de pagamento, os valores de frete e
Incoterm, a moeda da negociação, o câmbio do dia, o país de procedência e de origem da
carga etc. O próprio sistema fará o cálculo do chamado valor aduaneiro da mercadoria para
posterior indicação dos tributos a serem recolhidos.
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2. Após o recolhimento dos tributos e pagamento de todos os impostos, a DU-Imp entrará
em processo de análise, o que não ocorre imediatamente. A carga então entrará em etapa de
conferência pelo sistema, isto é, será parametrizada. Depois de parametrizada, seja pelo canal
que for, a carga é definitivamente liberada e poderá seguir até seu destino final.
3. Para retirar a carga do terminal alfandegado (porto, aeroporto, ponto de fronteira), deve-
se quitar as cobranças geradas pela movimentação no terminal e só então agendar transporte.
Certamente a descrição acima está simplificada e bastante resumida, mas a intenção é mostrar
os principais passos de uma importação após a chegada da carga em território nacional.
O processo novo de importação eletrônica (DU-Imp) e o Portal Único facilitam muito o trabalho,
porém a atenção que se deve dedicar à importação vai além de preenchimento de dados em
sistemas. Ela começa muito antes, ainda no momento de escolha do fornecedor, pois, dependendo
do país de onde se pretende importar, o fornecedor deve ser conhecido e registrado, para evitar que
este tenha qualquer tipo de impedimento de comercializar com o Brasil, caso muito comum de
importações da China.
Por isso é tão importante contar com profissionais de comércio exterior. São eles que ajudarão a
empresa importadora com essas questões legais. Entre outras, a classificação correta da mercadoria,
o conhecimento de exigências prévias ao embarque, a orientação na escolha do modal e assim por
diante.
1.2 DESEMBARAÇO NA EXPORTAÇÃO
É condição primeira para proceder com exportação estar habilitado no Radar, assim como
exigido para o processo de importação. O sistema de registro da DU-E, Declaração Única de
Exportação, acontece pelo Portal único também.
Explicando de forma simplificada também em três passos o processo de desembaraço de uma
exportação simples, temos:
1. O início do processo prático da exportação acontece com o preenchimento da Nota
Fiscal eletrônica, ela é a base da DU-E (Declaração Única de Exportação). Indicando o CFOP
(Código Fiscal de Operação e Prestação) com uma das naturezas preexistentes no sistema que
indicam venda ao exterior (a exemplo, CFOP 7.102, “venda ao exterior de mercadoria adquirida
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de terceiros”), a Receita Federal recebe um alerta de que ocorrerá uma exportação e dentro do
prazo previsto a mercadoria deve sair do país. A DU-E, assim como a DU-Imp, exige
preenchimento completo dos dados da venda. Alguns desses dados já estarão preenchidos
automaticamente, pois são resgatados da NF, outros deverão ser informados de acordo com a
commercial invoice;
2. Após o correto preenchimento, a Declaração entra em análise (exportação também
passa por parametrização) e, uma vez estando correta, a carga está desembaraçada, isto é,
liberada para embarcar;
3. A efetivação da exportação ocorre com a informação que é feita pelo transportador
(armador, transportadora rodoviária ou companhia aérea) de que a carga está embarcada e
poderá seguir viagem; é a averbação do processo.
Apenas poucos produtos têm incidência de imposto de exportação, como veremos logo a seguir,
não se fazendo necessário, na maior parte das vezes, o recolhimento de tributos.
TEMA 2 – IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES
De extrema relevância, esse tema nos mostra a importância de se conhecer bem os tratamentos
tributários aplicados às operações de compra e venda internacional. Conhecer os tributos e as
alíquotas aplicáveis, o cálculo e sua base e, principalmente, o fato gerador é fator primordial para que
a empresa não tenha prejuízo ou sofra penalizações na sua operação.
Via de regra, não há incidência de tributos sobre produtos vendidos ao exterior e é possível dizer
que esse tratamento é aplicado pela grande parte dos países por entenderem que não é coerente
exportar tributos, ou seja, desonera-se o produto da tributação interna do país a fim de torná-lo mais
competitivo no mercado externo. Dito isto, precisamos esclarecer que, em alguns casos, o governo
brasileiro aplica alíquota de imposto de exportação, porém atualmente, para uma lista bem reduzida
de produtos: aqueles que se entendem como não essenciais ou mesmo para desincentivo do
consumo, a exemplo do cigarro e papel de cigarro.
Na contramão da exportação, as empresas brasileiras que importam sofrem com os altos
tributos, as diversas regras e a falta de um tratamento tributário mais homogêneo. Cada um dos 26
estados mais o Distrito Federal possui uma regra para o cálculo do imposto que lhes compete, o
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ICMS, dificultando entendimento dos importadores. A falta de clareza pode gerar discrepâncias e
mesmo um passivo tributário caso a empresa tenha uma contabilidade eficaz.
Apresentadas essas considerações, veremos a seguir os principais tributos incidentes na
importação:
Imposto de Importação – II: tem como base a TEC, Tarifa Externa Comum, aplicada a todos os
países membros do Mercosul e sua alíquota varia de acordo como produto;
Imposto sobre Produto Industrializado – IPI: tem como base de cálculo o valor aduaneiro da
mercadoria acrescido do montante do II;
Contribuição para o PIS/PASEP e COFINS: a base de cálculo é o valor aduaneiro, acrescido do
ICMS e das próprias contribuições;
Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante – ARFMM: incide apenas nas
importações por modal marítimo, sua base de cálculo é o frete internacional e a alíquota é de
25%;
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços – ICMS: de competência
estadual, não cumulativo, isto é, no momento da compra o importador se credita do valor
recolhido e será debitado do valor devido na venda da mercadoria no mercado interno, isso
acontece por um dispositivo chamado conta gráfica. Cada estado, e o Distrito Federal, possui
legislação específica para o cálculo desse tributo;
Taxa de Utilização do Siscomex: como o nome sugere, é uma taxa que todos os importadores
pagam pela utilização do sistema.
Além dos tributos acima, alguns estados possuem taxas diversas de contribuição como é o caso
do estado de Goiás com recolhimento destinado ao combate da pobreza. Por isso a importância de
se conhecer a fundo o sistema tributário antes de se iniciar qualquer processo de importação.
Embora se destaque atenção à importação e à exportação de produtos, não podemos nos
esquecer dos serviços. A legislação que dá entendimento e trata do tributo na importação de serviço
é matéria complexa e exige atenção caso a caso. Visto ser o ISS, Imposto Sobre Serviços, imposto de
competência municipal, é dado a cada uma destas unidades a liberdade de legislar sobre o tributo.
Os principais direcionamentos aos importadores de serviços estão contidos nos manuais do
Siscoserv.
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TEMA 3 – TERMINOLOGIA UTILIZADA NO SISCOMEX
No intuito de melhorar os processos do comércio exterior brasileiro, diminuir ostempos e os
custos, o governo criou o Portal Único do Comércio Exterior, ou simplesmente Siscomex. Nele estão
reunidas todas as interfaces de sistemas que participam dos processos de importação e exportação.
Dentro do Siscomex, é possível:
Habilitar uma empresa no RADAR, para torná-la apta a importar ou exportar;
Registrar as operações para o desembaraço aduaneiro;
Solicitar licenças, certificados e permissões.
Assim, é dado acesso aos intervenientes do processo de forma muito mais simples e direta,
acabando com o retrabalho de inserir diversas vezes a mesma informação, além de garantir maior
acuidade ao processo. Resumindo, todas as informações relacionadas às operações do comércio
exterior estão contidas no Portal Único do Siscomex.
A seguir, nas figuras a seguir, temos as telas do Siscomex, nas quais se faz o registro das
informações de importação ou exportação.
Figura 1 – Tela inicial do Portal Único do Siscomex (1)
Fonte: Portal Único do Siscomex, [S.d.].
Figura 2 – Tela inicial do Portal Único do Siscomex (2)
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Fonte: Portal Único do Siscomex, [S.d.].
Figura 3 – Tela dos módulos disponíveis para registros
Fonte: Portal Único do Siscomex, [S.d.].
TEMA 4 – REGIMES ADUANEIROS ESPECIAIS
Os Regimes Aduaneiros Especiais existem de forma generalista, para melhorar a competitividade
do produto nacional frente ao mercado internacional.
Conforme informação do próprio Ministério da Economia em seu site,
Os regimes aduaneiros especiais, em suas mais variadas espécies, apresentam como característica
comum a exceção à regra geral de aplicação de impostos exigidos na importação de bens
estrangeiros ou na exportação de bens nacionais (regimes comuns de importação e de exportação),
além da possibilidade de tratamento diferenciado nos controles aduaneiros. (Siscomex, 2019)
São diversos os regimes concedidos para importadores e exportadores. Alguns são mais comuns
e podem ser acessados por empresas com qualquer enquadramento fiscal, enquanto outros exigem
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faturamentos mínimos elevados. Alguns regimes especiais não podem ser acessados por empresas
enquadradas no Simples Nacional ou do MEI (Microempresário Individual).
Veremos aqui os mais comuns:
Admissão temporária: permite a importação de bens que devem permanecer por tempo
determinado no país com a suspensão total dos tributos ou, para o caso de uso comercial; com
suspensão parcial, com pagamento proporcional dos tributos devidos na medida de sua
utilização. A exemplo, a importação de um bem de valor elevado que sofre grande depreciação
no mercado, mas que será utilizado para a produção ou para o serviço de atividade econômica.
Esse Regime é também muito comum para os casos de bens que entrem no país para participar
de exposição.
Exportação temporária: permite a saída da mercadoria do país com a suspensão do imposto de
exportação (caso incida), porém, condiciona o retorno em prazo determinado ao país e na
mesma forma O mesmo estado de sua saída. Há a hipótese de sair para que sofra
beneficiamento/aperfeiçoamento e, nesse caso, os tributos devidos no seu retorno são
calculados apenas sobre o valor agregado.
Trânsito aduaneiro: regime que permite o transporte em território nacional, de mercadoria sob
controle aduaneiro com suspensão do pagamento de tributos. É comum que aconteça de uma
zona primária (aeroporto, por exemplo) para uma zona secundária (terminal alfandegado,
REDEX).
Entreposto aduaneiro: regime que permite que a mercadoria a ser exportada tenha a suspensão
dos impostos federais ou ainda, permite a utilização dos benefícios fiscais da exportação
mesmo antes da saída efetiva da mercadoria. Nesse último caso, chama-se extraordinário e é
concedido apenas às comerciais exportadoras.
Depósito alfandegado certificado: permite considerar exportada, para todos os efeitos fiscais,
creditícios e cambiais, mercadoria nacional depositada em recinto alfandegado e que seja
vendida a pessoa sediada no exterior, mediante contrato de entrega em território nacional à
ordem do adquirente. A responsabilidade do exportador se encerra com a emissão, feita pelo
depositário (recinto alfandegado), do Certificado de Depósito Alfandegado (CDA), que ocorre
no momento em que aquele entrega a mercadoria no recinto alfandegado. Para efeitos fiscais e
demais efeitos, entende-se a data do CDA como a data de embarque ou de transposição de
fronteira. Diferente do Entreposto Aduaneiro, esse regime pode ser pleiteado por qualquer
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empresa exportadora e não apenas Comerciais Exportadoras, que respondem por classificação
específica.
Drawback: permite a suspensão ou eliminação dos tributos incidentes sobre produtos
importados ou mesmo adquiridos no mercado interno e que serão utilizados para composição,
beneficiamento, embalagem, entre outros, de mercadoria a ser exportada.
O Drawback é um dos principais regimes de incentivo à exportação e seus benefícios,
resumidamente podem ser destacados como:
Importação ou compra no mercado interno de insumos com suspensão dos tributos: II, IPI,
PIS/Pasep, Cofins e AFRMM (Marinha Mercante);
Importação de insumos com suspensão do ICMS;
Isenção do pagamento dos tributos suspensos na exportação.
TEMA 5 – OUTROS TERMOS
O despacho aduaneiro, como bem vimos, é uma parte relevante do processo de comércio
exterior, porém, ela é apenas uma etapa e para que ocorra de forma correta, sem percalços ou custos
extras, é de extrema importância que a documentação pertinente ao processo esteja correta e
completa.
A compra ou a venda de uma mercadoria no mercado internacional começa antes mesmo da
negociação. Ela começa na análise do produto e do mercado com o qual se pretende negociar, entre
tantos outros.
E o que é preciso saber antes de sentar para negociar? Apresentamos a seguir uma lista
simplificada dos pontos importantes de atenção:
Na importação:
A classificação fiscal do produto (NCM/ SH). É o ponto de início de análise, uma vez que a
classificação é que norteará o importador quanto à tributação aplicável, a necessidade de
licenças prévias etc. O importador deve sempre conferir com o agente aduaneiro local a
classificação informada pelo exportador, que, em última instância, é o responsável pela correta
informação.
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A origem do produto. Alguns países são parceiros comerciais do Brasil e a entrada de
mercadoria proveniente desses países pode ter benefícios de redução no Imposto de
Importação. Ao contrário, países que têm algum tipo de subsídio de governo para a produção
sofrem na importação o que é conhecido como barreira fiscal, ou antidumping.
Dados do fabricante e do fornecedor, caso não sejam a mesma empresa. Saber quem é a
empresa, lista de referências de clientes, saber se possui alguma política de compliance –
conjunto de normas estabelecidas pelas empresas, que seguem preceitos legais internacionais
de conduta ética e moral, por exemplo, a não utilização de mão de obra escrava e de boas
práticas, buscar informação da sua idoneidade etc. Assim como se faz com fornecedores no
mercado interno, buscar informações detalhadas de quem se busca parceria no mercado
internacional é de extrema relevância. Não são poucos os casos em que empresas importadoras
são acusadas de alguma prática ilegal de condições de trabalho, por exemplo, por ter
negociação com empresa estrangeira que não cumpre certos tratados internacionais, como da
ONU.
Solicitar amostras. Não se pode pensar em compra internacional sem antes ter aprovada uma
amostra do produto. Algumas mercadorias exigem laudo técnico de órgãos intervenientes,
como é o caso de brinquedos, em que, antes de se negociar a compra, amostras do produto
precisarão ser aprovadas pelo INMETRO.
Na exportação:
A classificaçãoda mercadoria também é importante na exportação, pois erros podem causar
atrasos na liberação da mercadoria.
Dados do comprador. Existem empresas que fazem pesquisa internacional do cadastro das
empresas para levantar informações sobre idoneidade também, assim como no mercado
interno. Dependendo do caso, fazer uma venda para empresa não idônea pode causar
problemas à saúde financeira do exportador que muitas vezes pensa em vender, mas não se
preocupa com o recebimento.
Embalagem primária (ou de consumo, se houver) e embalagem de transporte. A falta de
cuidado na embalagem de transporte é causa primeira das avarias na carga. Por isso a
importância de conhecer a logística internacional. Já a embalagem primária errada pode
impossibilitar a entrada do produto no país de destino. Assim como no Brasil, cada país possui
regras para produtos de consumo que devem ser rigorosamente seguidas.
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De forma resumida, esses são alguns dos principais pontos de atenção que devem acontecer
antes da negociação de compra ou de venda.
Uma vez fechado o negócio, a atenção deve estar no jogo de documentos completos,
preenchidos corretamente e a integridade da carga garantida.
TROCANDO IDEIAS
Nos últimos anos, houve significativas mudanças nos processos e melhoria dos sistemas do
comércio exterior brasileiro, principalmente no que diz respeito ao acesso dos intervenientes,
simplificando e tornando os caminhos mais ágeis. Esta é a tendência: desburocratizar.
Analisando essa afirmativa, elabore sua opinião sobre o futuro das profissões no comércio
exterior.
NA PRÁTICA
Orientações para realizar a atividade:
1. Leia o texto da aula;
2. Leia parte da matéria jornalística e a atividade proposta;
3. Realize a tarefa solicitada.
Segundo o ranking do Banco Mundial chamado Doing Business – índice que classifica os países
em maior ou menor grau de abertura comercial, ou seja, a facilidade que se tem em negociar com
empresas desse país –, o Brasil ocupa a posição número 124. Estamos atrás de países como Senegal,
Papua-Nova Guiné, Lesoto, Uganda, só para dar alguns exemplos.
Sabemos que uma das políticas adotadas por anos no Brasil é a de proteger a indústria nacional,
criando barreiras tarifárias e não tarifárias para que ela se desenvolva, porém, isso se mostrou
ineficiente ao longo dos anos, dada a nossa pouca competitividade no mercado internacional.
Muito se discute sobre o melhor caminho, que deverá passar por uma mudança de pensamento
também dos empresários brasileiros, que por muitos anos outorgaram ao Estado a responsabilidade
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por sua sobrevivência.
Após ler esta aula, juntamente com todo o conhecimento até aqui adquirido, analise o exposto
acima e elabore:
1. Como nosso país pode ser mais competitivo?
FINALIZANDO
Nessa aula, aprendemos sobre o que é o processo de desembaraço aduaneiro de uma
mercadoria e todo o conjunto de regras que o envolvem, além da importância do profissional de
comércio exterior qualificado.
Abordamos também o tratamento tributário aplicado às cargas destinadas à exportação e
àquelas vindas do exterior, a importância da correta classificação da mercadoria e a atenção aos
documentos para que não haja prejuízo no negócio.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto n. 6.759, de 5 de fevereiro de 2009. Diário Oficial da União, Poder Legislativo,
Brasília, DF, 6 fev. 2009.
PORTAL ÚNICO DO SISCOMEX. Disponível em: <https://portalunico.siscomex.gov.br/portal/>.
Acesso em: 2 set. 2020.
SISCOMEX. Regimes aduaneiros. Siscomex, 13 ago. 2019. Disponível em: 2 set. 2020.
SEGALIS, G. et. al. Fundamentos de exportação e importação. Rio de Janeiro: Ed. da FGV, 2012.
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