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XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 2 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA CADERNO abea 39 XXXIII ENSEA Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo XXXVI COSU Reunião do Conselho Superior da ABEA O Ensino de Arquitetura e Urbanismo: Teoria e Prática 29 a 31 de outubro 2014 Universidade do Vale do Itajaí ‐ UNIVALI XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 3 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA DIRETORIA ABEA BIÊNIO 2014/2015 DIRETORIA EXECUTIVA Presidente FERNANDO J. DE MEDEIROS COSTA UFRN/RN Vice‐Presidente GOGLIARDO VIEIRA MARAGNO UFMS/MS Secretário DÉBORA PINHEIRO FRAZATTO PUC‐Campinas/SP Sub‐Secretário ANA PAULA REBELLO LYRA UVV/ES Secretário de Finanças JOSÉ ROBERTO GERALDINE JR. Barão de Mauá/SP Sub‐Secret. de Finanças ANDREA LÚCIA VILELLA ARRUDA FASA/MG DIRETORIA Ana Maria Reis Goes Monteiro UNICAMP/SP Carlos Eduardo Nunes Ferreira UNESA/RJ Fábio Mariz Gonçalves USP/SP Wilson Ribeiro dos Santos Jr. PUC‐ Campinas/SP Yone Yara Pereira FURB/SC Wanda Vilhena Freire UFRJ/RJ Dirceu Lima da Trindade PUC/GO Fernando Moreira Diniz UFPE Enio Moro Junior BELAS ARTES Frederico Lopes Meira Barboza UCB/DF CONSELHO FISCAL Titulares Jose Antonio Lanchoti MOURA LACERDA/SP João Carlos Correa SOCIESC/SC Esther j. B. Gutierrez UFPel/RS Suplentes Márcio Cotrin Cunha UFPB/PB Roberto Py Gomes da Silveira UFRGS/RS Itamar Costa Kalil UFBA/BA Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial de Arquitetura Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo (32. : 2014: Camboriú/SC). Anais: XXXIII ENSEA/ XXXVI COSU: O Ensino de Arquitetura e Urbanismo: Teoria e Prática./ XXXIII Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo, XXXVI Reunião do Conselho Superior da ABEA. Camboriú/SC – Brasil, 29 a 31 de outubro 2014, Universidade do Vale do Itajaí ‐ UNIVALI; Comissão organizadora Fernando José de Medeiros Costa ... et al... – Camboriú: ABEA, 2014. 679 p.: il. – (Caderno; 39) 1. Arquitetura. – Ensino. 2. Arquitetura – Congresso. 3. Urbanismo. 4. Prática pedagógica. I. Costa, Fernando José de Medeiros. II. 17.. III. 2014. IV. Camboriú/SC. V. Título. VI. Caderno. RN/UF/BSE‐ARQ CDU 72 XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 4 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA APRESENTAÇÃO A teoria sem a prática vira “verbalismo”, assim como a prática sem teoria, vira ativismo. No entanto, quando se une a prática com a teoria tem‐se a práxis, a ação criadora e modificadora da realidade. (Paulo Freire). Em seus mais de quarenta anos de atividade a Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo ‐ ABEA tem buscado centrar suas ações no aprimoramento da qualidade do ensino para que no futuro a sociedade possa usufruir de profissionais de alta qualidade e capacitação. A dicotomia entre teoria e prática, em que pese haver existido em quase todos os momentos da história da profissão, desperta críticas e vem sendo um dos principais focos dos questionamentos efetuados sobre os profissionais do mercado e principalmente sobre o ensino de arquitetura e urbanismo. A ABEA reconhece que a universidade brasileira tem múltiplos papéis e eles abarcam tanto o vínculo desejável do ensino com a vida cotidiana, ou seja, com a prática profissional, buscando proporcionar mão de obra qualificada em atendimento ao mercado de trabalho, quanto à geração de novos conhecimentos teóricos que no futuro deverão ser incorporados pela sociedade. A grande dificuldade tem sido adequar a dosagem das duas abordagens na formação dos futuros profissionais. Assim, buscando reconhecer estudos, metodologias e aplicações, e a partir de demandas apontadas nos eventos anteriores a ABEA convidou docentes e discentes de Cursos de Graduação e de Pós‐Graduação em Arquitetura e Urbanismo para expor e discutir experiências pedagógicas de interação da teoria e da prática nos projetos pedagógicos dos cursos. A discussão foi proposta em eixos temáticos assim distribuídos 1. Na Graduação: estágio supervisionado; assistência técnica; canteiros experimentais; aplicação das práticas pedagógicas; extensão em Arquitetura e Urbanismo. 2. Na Educação Continuada: Latu sensu; strictu sensu; residência técnica; aperfeiçoamento; capacitação. Com esse evento a ABEA espera estar contribuindo para a socialização das experiências e estimulando a discussão sobre o tema, sempre na busca da melhoria da qualidade do ensino de Arquitetura e Urbanismo. XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 5 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA PROGRAMAÇÃO Dia 29 de outubro de 2014 (quarta feira) M AN H Ã 8:30 – 12:00 Livre Almoço TA RD E 14:00 – 18:00 Credenciamento Intervalo N O IT E 20:00 Abertura solene do Evento – Mesa de abertura com autoridades e convidados 20:20 Palestra: "O Ensino de Arquitetura na Europa" Prof. Constantin Spiridonidis, de Tessalonica na Grécia, coordenador do ENHSA ‐ European Network of Heads of Schools of Architecture 21:00 Coquetel Dia 30 de outubro de 2014 (quinta feira) M AN HÃ 9:00 – 12:00 ENSEA – Mesas de Comunicações Almoço TA RD E COSU da ABEA 14:00 – 15:45 Instalação do COSU da ABEA, informes e pauta de discussão 16:00 – 18:00 Palestra “Matriz da Mobilidade e do Exercício Profissional dos Arquitetos e Urbanistas”. Arquiteta Mirna Cortopassi Lobo, assessora do CAU/BR Mesa com a Comissão de Ensino e Formação do CAU/BR Palestra sobre o Sistema Nacional de Acreditação de Cursos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados Unidos – NAAB ‐ Andrea S. Rutledge, CAE, Hon. AIA ‐ Executive Director ‐ The National Architectural Accrediting Board Intervalo N O IT E ENSEA ‐ COSU 19:00 – 21:00 Palestras: Un arquitecto en “El Paraíso” Arq. Simon Hosie Samper, da Colômbia Dia 31 de outubro de 2014 (sexta feira) M AN H Ã 9:00 – 12:00 ENSEA – Mesas de Comunicações Almoço TA RD E CONABEA 14:00 – 18:00 PLENÁRIA DO COSU – Deliberações e encaminhamentos; XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 6 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA SUMÁRIO Ata conjunta do XXXII ENSEA e XVII CONABEA 11 SESSÕES DE COMUNICAÇÕES 43 Aprender na Obra Risale NEVES 44 Contributos da Extensão Universitária na aprendizagem dos acadêmicos no curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIVATES Merlin Janina DIEMER; Jamile Maria da Silva WEIZENMANN; Viviane Maria Theves ECKHARDT 57 Escritório modelo como estágio profissional na formação dos acadêmicos. Caso da comunidade PC3 – Florianópolis. SC Fernanda Maria MENEZES; Silas Matias AZEVEDO 71 As atividades de extensão do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Brasília: o Acordo de Cooperação Técnica com o Governo do Distrito Federal e o Programa de Melhorias Habitacionais do Governo Federal Frederico Lopes Meira BARBOZA JR; Tatiana Mamede Salum CHAER; Aline Stefânia ZIM 84 Um relato do CAU/RS sobre a Prática Profissional Assistida nas escolas de Arquitetura e Urbanismo no Rio Grande do Sul Nirce Saffer MEDVEDOVSKI; Carlos Eduardo PEDONE; Marindia GIRARDELLO; Luiz Antônio VERÍSSIMO 100 O ensino em projeto de Arquitetura frente às inovações tecnológicas – um processo reflexivo Marcel Alessandro CLARO; Larissa Caroline Silva JORDÃO 117 Divergências e convergências. Design Thinking e problematização no ensino de projeto arquitetônico Ivo R. GIROTO 128 Como deve ser o ensino de sustentabilidade nas Faculdades de Arquitetura e Urbanismo? Reflexõessobre uma experiência docente Joel OUTTES 143 As atividades experimentais no contexto acadêmico: o confronto entre o projeto e a materialidade Albenise LAVERDE; Cláudia Terezinha de Andrade OLIVEIRA 156 Biomimética aplicada ao ensino de projeto em arquitetura: o método BioTRIZ Ronnie Elder da CUNHA; Carlos Alejandro NOME 167 O projeto e a integração com o conteúdo tecnológico no ensino de Arquitetura e Urbanismo no Brasil. Renato de MEDEIROS, Camila Cavalcanti RESENDE 185 Representação e apresentação do projeto urbano em “Ateliê Integrado 2” do quarto ano da FAU‐UFRJ Fabiana IZAGA; Solange CARVALHO; Alexandre PESSOA 196 Conceito, instrumento, integração: postulados pedagógicos do CAU/UFPE Luiz AMORIM; Maria de Jesus LEITE; Gilson GONÇALVES; Patrícia Porto CARREIRO 210 XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 7 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA Novas práticas pedagógicas da matéria de informática aplicada à Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo: experimentações dentro do novo currículo do curso de Arquitetura e Urbanismo/UFPE Patrícia Porto CARREIRO; Rejane de Moraes RÊGO 224 O ensino de Teoria e História da Arquitetura e das Cidades: desafios e estratégias Taise Costa de FARIAS 243 Desenho Técnico Geométrico e Geometria Descritiva – novas metodologias Erika Pereira MACHADO; Layla Christine Alves TALIN 252 Fabricação digital em ateliê vertical: uma experiência didática no ensino de Arquitetura e Urbanismo Juliano Miotto; Katiane Laura Balzan; Paula Batistello; Vivian Delatorre 267 A história presente: um exercício com maquetes Ana Carolina CARMONA 277 Ensino e aprendizagem do comportamento estrutural por meio de modelos físicos Marina M. Duarte; Károla A. Stach 286 Sociologia Urbana: conversas com futuros arquitetos e urbanistas Ivany Câmara NEIVA 296 Importância da área da Paisagem para o Projeto Pedagógico da Universidade de Uberaba ‐ UNIUBE Carmem Silvia MALUF; Veronica Garcia DONOSO 308 Exercício relâmpago no ensino de paisagismo: uma oportunidade! Carmem Silvia Maluf; Juliano Carlos Cecílio Batista Oliveira 321 A Contribuição do Programa de Extensão do Núcleo de Estudos Urbanos e Regionais da FURB no planejamento de cidades da Região do Vale do Itajaí/SC Luiz Alberto SOUZA 325 A extensão universitária integrando a graduação em Arquitetura e Urbanismo ao Ensino Médio no Vale Do Taquari/RS Sabrina Assmann LÜCKE; Laura COSTA; Luciana Regina Fauri CAETANO 339 Teoria e prática, razão e sensibilidade: difundindo a temática hospitalar na graduação em Arquitetura e Urbanismo Bianca Breyer CARDOSO 349 A formação e os interesses profissionais dos estudantes de arquitetura e urbanismo da FAU‐ UnB frente aos objetivos da Lei de Assistência Técnica para a população de baixa renda Maria do Carmo de L. Bezerra; Erick Welson B. Mendonça 359 Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFSJ: uma experiência com a flexibilidade e a autonomia Rafael Silva BRANDÃO; Flávia Nacif da COSTA 374 Uma experiência de Planejamento Participativo aplicado à elaboração do Projeto Político Pedagógico do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Taubaté, SP Flavio Jose Nery Conde MALTA 388 XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 8 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA Praticar o que se aprende ou aprender o que se pratica: nexos e dicotomias entre a qualidade do ensino ea prática de arquitetura e urbanismo Gogliardo Vieira MARAGNO 399 Um Exercício na Praia: O Homem, a Terra e a Luta Anália Maria Marinho de Carvalho AMORIM 418 Redes Sociais e Ambientes Virtuais de Aprendizagem: Facebook como uma ferramenta de integração no ensino de teoria da arquitetura. André Luis Carrilho; Luiz Salomão Ribas Gomez; Alice Theresinha Cybis 432 Vivências Espaciais em Arquitetura e Urbanismo: desenvolvendo uma compreensão mais sensível do espaço Ursula Gonçalves D’ALMEIDA; Rosane Fidalma Leocadio DIAS 445 Perspectivas para o ensino de história nos cursos de arquitetura Pedro Henrique de Carvalho RODRIGUES 454 O capital, a arquitetura e o ensino: o problema social no canteiro de obras Gelson de Almeida Pinto; Larissa Cardillo Acconcia Dias 464 O ensino da ética e da prática profissional nas escolas de arquitetura Ana Luisa Dantas C. PEREZ 478 Atividades práticas e experimentos didáticos aplicadas no ensino de disciplinas que envolvem Conforto Térmico Marcelo GALAFASSI; Carolina Rocha CARVALHO; Rafael Prado CARTANA; João Luiz PACHECO 495 O Ateliê de Projeto e o Patrimônio Cultural nas Estruturas Curriculares dos Cursos de Arquitetura e Urbanismo no Brasil Heitor de Andrade SILVA 510 Utilização de Mapas Conceituais para o Ensino da Disciplina de Desenho Técnico I Emanuela Cristina M. DA SILVA; Roberta Vilhena Vieira LOPES; Fábio Paraguaçu Duarte da COSTA 520 Metodologia ativa e interdisciplinaridade: práticas pedagógicas no ensino de projeto de arquitetura na UNIVATES para a aprendizagem de competências Jamile Maria da Silva WEIZENMANN; Glauco Assumpção PACHALSKI; Merlin Janina DIEMER 530 O redesenho como estratégia didática no processo de ensino‐Aprendizagem da História e da Teoria da Arquitetura Maria Marta dos Santos CAMISASSA; Josélia Godoy PORTUGAL; Maristela SIOLARI 546 Deriva fotográfica do bem: cidade, encontro, memória e fotografia Bráulio Vinícius FERREIRA 557 O concurso Opera Prima e a formação do arquiteto e urbanista Bráulio Vinícius FERREIRA 570 Experiência pedagógica do curso de Arquitetura e Urbanismo da UTFPR: atividades extraclasse como recurso para a formação integral do estudante Isabel Maria de MELO BORBA; Marcia Keiko ONO ADRIAZOLA; Armando Luis Yoshio ITO 588 XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 9 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA A teoria e a prática do “sentimento estrutural” no processo de ensino‐aprendizagem do projeto arquitetônico Renato de MEDEIROS; Camila Cavalcanti RESENDE 605 Abordagens sobre ensino de sustentabilidade na construção civil: enlaces em arquitetura e engenharia civil Daniele Ornaghi Sant´Anna; Sasquia Hizuru Obata 616 Estudo das etapas de elaboração do projeto arquitetônico, visando à construção de uma metodologia aplicável às disciplinas de projeto de arquitetura Zamara Ritter BALESTRIN; Alessandra Gobbi SANTOS 628 Revisão de Projeto Pedagógico, uma oportunidade para a reflexão sobre o ensino de arquitetura e urbanismo Luiz Antonio de Paula NUNES; Rebeca Cavalcante Albuquerque da SILVA 642 O ensino de projeto arquitetônico com ênfase em sistemas estruturais: relato de práticas didático‐pedagógicas da UFFS Edison K. TSUTSUMI; Marcela A. MACIEL; Nébora L. MODLER 659 Indice Remissivo – AUTORES 676 XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 10 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA Solenidade de Abertura do XXXIII ENSEA e XXXVI COSU Solenidade de Abertura do XXXIII ENSEA e XXXVI COSU XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 11 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA ATA CONJUNTA XXXIII ENSEA Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo XXXVI COSU Reunião do Conselho Superior da ABEA XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 12 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA Ata conjunta do XXXIII ENSEA ‐ Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo e XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA Realizados na Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI/SC, em Balneário Camboriú no período de 29 a 31 de outubro de 2014 Às vinte horas do dia vinte e nove do mês de outubro de dois mil e quatorze,foram iniciadas as atividades do XXXIII Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ENSEA) e do XXXVI Reunião do Conselho Superior da ABEA (COSU). O evento contou com cento e dezoito participantes inscritos, representantes das seguintes Instituições: 1. Associação Escola da Cidade Escola da Cidade/SP 2. Centro Universitário Barão de Mauá CBM 3. Centro Universitário Belas Artes de São Paulo FEBASP 4. Centro Universitário CESMAC CESMAC/AL 5. Centro Universitário Filadélfia UNIFIL/PR 6. Centro Universitário da Fun. de Ens. Octávio Bastos UNIFEOB/SP 7. Centro Universitário Ritter dos Reis UNIRITTER/RS 8. Faculdade Avantis de Balneário Camboriú AVANTIS/SC 9. Faculdade Max Planck MAX PLANC/SP 10. Faculdade Paraíso do Ceará FAP/CE 11. Faculdades Santo Agostinho FASA/MG 12. Instituto Federal Fluminense IFF/RJ 13. Instituto Federal da Paraíba IFPB/PB 14. Instituto Federal de São Paulo IFSP/SP 15. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais PUC‐MINAS 16. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUC‐RS 17. Pontifícia Universidade Católica de Campinas PUC‐Campinas/SP 18. Universidade de Brasília UNB 19. Universidade Católica de Petrópolis UCP/RJ 20. Universidade Comunitária da Região de Chapecó UNOCHAPECÓ/SC 21. Universidade de Cruz Alta UNICRUZ/RS 22. Universidade Estácio de Sá UNESA/RJ 23. Universidade Estadual de Campinas UNICAMP 24. Universidade do Extremo Sul Catarinense UNESC/SC 25. Universidade Federal do Amapá UNIFAP/AP 26. Universidade Federal de Campina Grande UFCG/PB 27. Universidade Federal de Goiás UFG/GO 28. Universidade Federal de Itajubá UNIFEI/MG 29. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul UFMS/MS 30. Universidade Federal da Paraíba UFPB/PB 31. Universidade Federal de Pernambuco UFPE/PS 32. Universidade Federal de Pelotas UFPEL/RS 33. Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS/RS 34. Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ/RJ 35. Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN/RN 36. Universidade Federal de Sergipe UFS/SE XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 13 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 37. Universidade Federal de Santa Catarina UFSC/SC 38. Universidade Federal de São João Del Rei UFSJ/MG 39. Universidade Federal de Viçosa UFV/MG 40. Universidade Luterana do Brasil ULBRA Torres/RS 41. Universidade Nove de Julho UNINOVE/SP 42. Universidade Presbiteriana Mackenzie MACKENZIE/SP 43. Universidade Regional de Blumenau FURB/SC 44. Universidade do Sul de Santa Catarina UNISUL‐Tubarão/SC 45. Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS 46. Universidade de Taubaté UNITAU/SP 47. Universidade de Uberaba UNIUBE/MG 48. Universidade do Oeste de Santa Catarina UNOESC/SC 49. Universidade Reg. Integ. do Alto Uruguai e das Missões ‐ Westphalen URI/RS 50. Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI/SC 51. Universidade do Vale do Taquari UNIVATES/RS 52. Universidade de São Paulo USP 53. Universidade Tecnológica Federal do Paraná UTFPR 54. Universidade Vila Velha UVV 55. Conselho de Arq. e Urb. do Rio Grande do Norte CAU/RN 56. Conselho de Arq. e Urb. do Rio Grande do Sul CAU/RS 57. Conselho de Arq. e Urb. do Tocantins CAU/TO 58. Conselho de Arq. e Urb. de Santa Catarina CAU/SC 59. Conselho de Arq. e Urb. da Bahia CAU/BA As seções de comunicações de artigos do XXXIII ENSEA se desenvolveram em dois turnos de trabalhos, o primeiro na manhã do dia trinta (quarta feira) e o segundo na manhã do dia trinta e um (quinta feira) e seções de palestra na noite do vinte e nove (quarta feira) e na tarde e noite do dia 30 (quinta feira). Dos artigos enviados por pesquisadores, quarenta e cinco foram aprovados pelo Comitê Científico do evento para apresentação. As apresentações foram distribuídas para ocorrerem em salas simultâneas. O XXXVI COSU foi realizado em duas seções sendo a primeira na tarde do dia trinta e a segunda na tarde do dia trinta e um de outubro de dois mil e quatorze. ABERTURA SOLENE DO EVENTO: Às vinte horas do dia vinte e nove de outubro de 2014, no auditório central da UNIVALI, deu‐se início à solenidade de abertura do XXXIII Encontro Nacional Sobre Ensino de Arquitetura – ENSEA e XXXVI Reunião do Conselho Superior da ABEA – COSU. Para compor a mesa foram convidadas as seguintes autoridades: o Diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas ‐ Comunicação, Turismo e Lazer ‐ CECIESA.CTL da UNIVALI, Prof. Renato Bîchele Rodrigues, representando o reitor da UNIVALI, Prof. Dr. Mário César dos Santos; o Presidente da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo ‐ ABEA, Professor Arquiteto e Urbanista Fernando Costa; o Coordenador do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIVALI ‐ Balneário Camboriú, Professor Arquiteto e Urbanista Carlos Alberto Barbosa de Souza; Presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR, Arquiteto e Urbanista Haroldo Pinheiro; Presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Estado de Santa Catarina – CAU/SC, Arquiteto e Urbanista Ronaldo DE Lima; o Presidente da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas ‐ FNA, o Arquiteto Urbanista Jeferson Salazar; a Presidente da Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas ‐ ABAP, Arquiteta e Urbanista Letícia Peret Antunes Hardt; a XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 14 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA Representante do Ministério das Cidades, Arquiteta e Urbanista Luciana Barbosa. Registrou‐ se ainda a presença das seguintes autoridades: Fabiana Izaga ‐ Secretária Geral do IAB/DN, Representando o Presidente Sérgio MAGALHÃES; Constantin Spiridonidis, Simon Hosie e Andrea Rutledge, convidados internacionais que estarão palestrando durante o evento; o Presidente do CAU Rio Grande do Norte, Raquelson Lins; o Presidente do CAU Bahia, Guivaldo D'Alexandria; o Presidente do Cau Tocantins, Lucas Rodrigues Dantas; representando o presidente do CAU/PR, o conselheiro Carlos Hardt; representando o presidente do CAU/MG, a Conselheira Andrea Vilella. Após as falas de boas vindas proferidas pelos membros da mesa, o evento foi declarado aberto pelo Professor Fernando Costa. A mesa foi desfeita e deu‐se início à palestra proferida pelo Professor Constantin Spiridonidis da Universidade de Thessaloniki, na Grécia. Os arquitetos e urbanistas José Antônio Lanchoti Diretor da ABEA e Luciana Barbosa do Ministério das Cidades fizeram a apresentação do Convênio que a ABEA realiza com o Ministério das Cidades e que conta com o patrocínio do CAU/SP. Foram relatados os detalhes do convênio que tem dois produtos principais: 1. o CADERNO ABEA ESPECIAL ‐ Normativos Legais sobre a Acessibilidade na Arquitetura e Urbanismo no Brasil, edição bilíngue que foi lançado no evento; e o Curso de Acessibilidade em Projetos e Obras de Arquitetura e Urbanismo ‐ modalidade ensino à distância (EAD), que também foi anunciado. Os dois produtos foram oficialmente lançados para conhecimento da comunidade acadêmica com distribuição do livro através do Correio e inscrições no Curso EAD através do site do Ministério das Cidades, do site da ABEA e do site do CAU/SP ainda em dezembro de 2014. Na sequencia todos foram convidados a participar de um coquetel oferecido pela UNIVALI de Balneário Camboriú, SC. XXXIII ENSEA – As comunicações foram agrupadas em nove seções de apresentação e distribuídas em dois turnos. Na manhã do dia 30 de outubro foram instaladas quatro seções. 1ª SEÇÃO: Coordenação da professora Yone Yara Pereira e relatoria da professora Ana Paula Rabello Lyra. Foram apresentados cinco trabalhos sobre experiências e práticas de extensão. O Primeiro trabalho apresentado pela ProfessoraRisale Neves da Universidade Federal de Pernambuco com o título “Aprender na Obra” expôs a proposta da professora na oferta de uma disciplina que contempla a prática em obra associada ao ensino. Proposta que surgiu a partir da inquietação da professora nos questionamentos feitos por colegas da ADEMI de PE de que “arquitetos não entendem nada de tecnologia da construção”. A partir desta provocação a professora que fazia parte da assessoria técnica da própria ADEMI elaborou um projeto para criação de um convênio que possibilitasse a alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo a vivência de uma prática profissional em obras de empresas construtoras associadas à ADEMI‐PE. O convênio abre vagas e os alunos inscritos e selecionados são instruídos sobre o processo de contratação que inicia no âmbito do Curso e envolve: termo de compromisso, regras de aferição, ficha cadastral, um manual do projeto e o encaminhamento do aluno para uma das empresas contratantes. A disciplina consiste em encontros semanais onde são debatidas as questões relacionadas às experiências vivenciadas pelos alunos nas obras para promover uma reflexão e crítica sobre a teoria aprendida em sala e a realidade da prática identificada pelos alunos nas construções. O segundo trabalho foi apresentado pelas professoras Merlin Diemer e Jamile Weizenmann da UNIVATES do RS com o título “Contributos da Extensão Universitária na aprendizagem dos acadêmicos no curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIVATES”. O trabalho foi estimulado pela divulgação do novo Plano Nacional de Educação – PNE de 2014 que instituiu a meta das Instituições assegurarem, um mínimo, de 10% do total de créditos curriculares exigidos para XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 15 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA a graduação em programas e projetos de extensão universitária, orientando sua ação, prioritariamente, para áreas de grande pertinência social. As professoras iniciaram o trabalho com uma pesquisa sobre a definição do significado de Extensão Universitária, apresentaram um breve histórico das legislações de ensino com foco na abordagem da extensão. Deste contexto destacaram a concepção de extensão do Fórum Nacional de Pró Reitores das Universidades Públicas Brasileiras – FORPROEX de 1987 em que enfatizava do processo dialético entre teoria e prática o aprendizado que docentes e discentes traziam para as Instituições a partir das experiências de ação com comunidades encontrando assim na “sociedade, a oportunidade de elaboração da práxis de um conhecimento acadêmico”. Ao citarem RABEL (2012) deixam claro que para caracterizar a extensão, é imprescindível a articulação de três sujeitos, que são: professores, acadêmicos e comunidade externa. Ilustram em seguida dois projetos de extensão do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIVATES: o “arquitetando” que consiste em atividades nas áreas de Artes, Matemática e História com alunos do ensino médio, e o “sustentec” que consiste em atividades que vinculam temas de sustentabilidade e tecnologia com alunos do ensino médio. Os alunos bolsistas que participaram destes projetos consideraram que ao lidar com este público diferente e diversificado permitiu um aprimoramento pessoal, pois aprenderam a conviver com pessoas a se portar em público, a desenvolverem experimentos diferentes da sala de aula no formato de pesquisa ação. Concluem que a extensão deve ser vista como um processo “aprendente” para o estudante, uma fonte de aprendizagem que expõem os acadêmicos a novos desafios e preparando‐os para a vida profissional. Encerram informando que ainda estão estudando a melhor forma de viabilizar os 10% dos créditos curriculares em programas e projetos de extensão promovidos pela Instituição. A terceira apresentação foi a do Professor Silas Azevedo da UNISUL com o título “Escritório modelo como estágio profissional na formação dos acadêmicos. Caso da comunidade PC3 – Florianópolis. SC.” O Professor Silas informa que o Escritório Modelo funciona há 14 anos sob a gestão de alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo e supervisão de professores do curso. Apresenta o projeto desenvolvido para a comunidade PC3 no município de Florianópolis que consistia em uma proposta de relocação em um assentamento que envolvia um terreno menor e acidentado. O Projeto envolvia uma parceria entre Secretaria municipal de Florianópolis, Procuradoria, Ministério Público de Santa Catarina, União das Entidades Comunitárias e a Comunidade da área de estudos. As etapas contemplaram reuniões públicas com a comunidade e a equipe deveria conciliar questões de insolação e aproveitamento do terreno com o desafio de adequar a comunidade a um novo modelo de convívio que consistia a concepção de habitações coletivas multifamiliares, tendo em vista o tamanho limitado do terreno e o número de famílias existente. Promoveram discussões com a comunidade onde a maquete serviu para os leigos como uma estratégia didática de apropriação do conhecimento. Definiram junto à comunidade o programa de necessidades quando incentivaram os moradores a aceitarem a proposta de morarem em habitações híbridas conjugadas. Tiveram que trabalhar com a comunidade de forma que as mesmas passassem a entender que morar em uma habitação coletiva poderia favorecer e beneficiar áreas de convívio comuns para o lazer e uso público, com horta comunitária, parque infantil, associação moradores, estacionamento, circulação vertical e horizontal confortáveis. Aproveitaram o declive da área para dar acesso no nível de pelos menos três distintos planos onde foram desenvolvidas as circulações horizontais. Foi um processo construído junto à população e ainda existia algumas condições como a própria demanda do minha casa minha XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 16 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA vida, como o acesso a pessoas com deficiência e modalidades reduzidas e também a previsão de implantação de elevadores. Desenvolveram propostas de dois e três quartos para atender assim a diferentes composições familiares da comunidade. Processo que envolveu os acadêmicos e graduandos com a realidade da comunidade no que diz respeito a adequar a linguagem arquitetônica nas interlocuções com a comunidade, vivenciaram discussões acirradas, trataram da assistência técnica tendo a oportunidade de colocá‐la em prática. Destacaram como aspecto positivo a possibilidade interdisciplinar no convívio de alunos de diferentes períodos e a participação da IES em uma ação que visava o benefício de uma Comunidade de Interesse Social. A quarta apresentação do professor Frederico Barboza com o título “As atividades de extensão do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Brasília: o Acordo de Cooperação Técnica com o Governo do Distrito Federal e o Programa de Melhorias Habitacionais do Governo Federal” ilustrou uma das experiências das atividades de extensão vinculadas à disciplina ofertada na matriz curricular do curso de Arquitetura e Urbanismo da Instituição. A disciplina “Projeto e Atendimento Comunitário – PAC” foi inserida como proposta para o sétimo período do curso, o objetivo era o desenvolvimento de um exercício da prática do atendimento à comunidade, sob a orientação docente associada ao Núcleo de Arquitetura e Urbanismo. O Núcleo tinha funções de atender a cinco frentes de trabalho com ação intrainstituicional, extra institucional, açãocomunitária, ação por demanda, ação de treinamento comunitário. O Projeto se inspirou na Lei Federal 11.888/2008 de Assistência Técnica e foi financiado com recursos repassados pelo Programa de Aceleração do Crescimento – PAC através da Caixa Econômica Federal que incorporou demandas do Subprograma Melhorias Habitacional do Governo compondo assim a minuta do acordo do Plano de Trabalho com uma estratégia de extensão do curso. Trabalharam com uma área de Interesse Social localizada na quadra QNL iniciando com uma atividade de campo para levantamento de dados e atividades de Ateliê para produção de desenhos, relatórios e diagnóstico. Conclui informando os objetivos alcançados com o trabalho na capacitação do aluno com o trabalho de campo e envolvimento nos diálogos com a comunidade da área de estudos, na aplicação dos conteúdos teóricos das disciplinas e a interlocução com os agentes locais e da administração pública no processo de elaboração do diagnóstico. Conseguiram assim envolver os graduandos nas Atividades administrativas e finalísticas da administração pública. A quinta e última apresentação proferida pela professora Nirce Medvedovski, coordenadora da CEF do CAU/RS, com o título “Um relato do CAU/RS sobre a Prática Profissional Assistida nas escolas de Arquitetura e Urbanismo no Rio Grande do Sul” foi resultado do debate da Comissão de Ensino e Formação do CAU/RS sobre suas reais competências e contribuições. A professora ilustrou as possibilidades do novo sistema IGEO do SICCAU como estratégia para atender ao objetivo de melhoria do exercício profissional a partir da origem da formação profissional. A reflexão demandou um trabalho conjunto da CEF e da CEP sobre quais informações poderiam contribuir para o desenvolvimento de um melhor ensino e a questão da teoria e prática da profissão. O Método adotado contemplou pesquisas exploratórias qualitativas e quantitativas nas busca de informações diretas através de entrevistas abertas e de questionários específicos realizados junto as coordenações das IES e de seus respectivos escritórios modelos. Aspectos legais sobre o tema da prestação de serviço também foi avaliado inclusive de como o PPC abordava esta relação nas práticas assistidas de extensão de seus respectivos cursos. Dividiram o Estado em regiões de planejamento e fizeram mapas temáticos. Analisaram os tipos de escolas, o número de vagas e de profissionais ativos no XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 17 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA estado e a distribuição espacial destes no contexto Estadual. Constataram a existência atual de três oportunidades de vagas de estágio por egressos, alertando porém para a demanda crescente tendo em vista as novas IES com cursos de Arq Urb no Estado que ainda não possuem alunos nos períodos do estágio supervisionado obrigatório. Destacou dentre os aspectos positivos do estágio supervisionado nas IES o ganho acadêmico – esta deve ser uma prática garantida da integração da teoria à prática, que demanda estratégias preventivas diante o resultado da pesquisa para atender a demanda real da comunidade. Acrescenta que cada projeto de extensão possibilita a abertura também de campo de trabalho do futuro egresso, pois a comunidade passa a conhecer aspectos que são da profissão reconhecendo o valor do profissional de arquitetura e urbanismo. Dentre os aspectos negativos destacou a dispensa de licitação que vem sendo aproveitada pelas IES que utilizam toda infraestrutura da Instituição, no caso das públicas com o uso da máquina pública para concorrer com o mercado, gerando uma discussão ética relacionada a questão da concorrência. Encerra informando que os 10% de alunos envolvidos em projetos de extensão conforme definido no recente Plano Nacional de Educação ainda é uma realidade distante tendo em vista o problema da limitada participação dos alunos nestes projetos. As contribuições do debate que ocorreu após as apresentações destacaram a necessidade de se incluir a questão de como estruturar a Extensão e fazer com que os acadêmicos e a gestão entendam a definição da mesma, no próximo evento da ABEA. 2ª SEÇÃO: Nessa seção coordenada pela professora Wanda Vilhena e relatoria do professor Gogliardo Vieira Maragno, dois autores não compareceram para apresentar seus trabalhos. foram apresentados trabalhos a seguir. 1‐ “O ensino de Projeto de Arquitetura frente as inovações tecnológicas – um processo reflexivo” de autoria de MarcelAlessandro Claro, Larissa Caroline Silva Jordão (apresentado por Carmem Maluf). Contexto: Houve mudança curricular na UNIUBE quando se inseriu tecnologia e explicou‐se sua reestruturação e a inclusão da tecnologia em paralelo às disciplinas de projeto. Com necessidade de redução da carga horária, foram retiradas ou reduzidas as disciplinas que fossem apenas instrumentação. A informática reduziu‐se a um único ano. A utilização de plataformas ficou para ser obtida externa ao curso/instituição. Foi observado que alguns alunos não conseguiram buscar externamente. Agora, após 5 anos, está se revendo como recuperar este conteúdo. Esse é o foco do trabalho, reflexão sobre os processos de projeto no atelier com a inserção de novas tecnologias. O uso das TICs – tecnologia de informação e comunicação no ensino de arquitetura. Que as TICs não sejam meramente uma prancheta eletrônica, e sim um facilitador do ato projetual e de interação entre professor e aluno. Como estarão portanto inseridas no projeto? Quais as mediações entre professor e aluno? Como será o novo atelier de projeto. Como evitar a dispersão pelo uso das redes sociais e reverter para o aprendizado? Instâncias de importância da pesquisa: científica, social e pessoal. O projeto como construção coletiva com a participação do professor. Como focar o processo de aprendizado para que seja crítico e reflexivo, mais que seja mero instrumento. A postura do professor é essencial para essa mudança de enfoque. 2‐ “Divergências e convergências. Design Thinking e problematização no ensino de projeto arquitetônico” de Ivo R. Giroto, Universidade Estácio de Sá, RJ. Experiência de 2 anos de uma disciplina de projeto arquitetônico: Atelier 4, 7º período. Falar de projeto é falar de processo criativo. A experiência parte de uma busca de uma prática pedagógica aplicada que incluísse a autonomia do aluno e também a condução para atingir melhores resultados através do que chama de problematização. A abordagem que o Design Thinking proporciona baseado de um XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 18 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA processo de abertura, divergência baseado em empatia, colaboração, tangibilização entre outros. A empatia baseia‐se em olhar o contexto no papel de quem vivencia foco no ser humano. Colaboração entre os estudantes e entre eles e os usuários finais, permitindo conexão entre diferentes áreas de conexão e experiências. A tangibilização é transformar as ideias em projeto, fazendo, errando e fazendo novamente. Testar ideias e saber quando é necessário abandoná‐las. O Design Thinking dá um valor maior ao processo que ao resultado final. “Os arquitetos aprendem com uma serie de estudos de projetos e recebem críticas as soluções e não aos métodos”. Convergência e problematização através do lançamento de um enunciado e desenvolvimento de suas condicionantes. A restrição de alternativas para a solução seja apelo terreno ou pela definição programática, conduz ao aperfeiçoamento das definições forais e construtivas (Corona Martinez). Começar com propostas que vão sendodesenvolvidas através de pesquisa direcionada e com soluções maduras evitando a divisão entre prática e teoria. Aplicação em um projeto: Mercado Popular da Uruguaiana: procurar um tema onde a capacidade empática dos alunos pudesse ser testada em grande medida. Alunos da Barra da Tijuca pudessem ter contato com um problema real, com usuários reais, distante do seu meio. Condicionantes baseada na fora do terreno, fluxos e edifício vertical encravado na esquina do terreno. Etapa de interpretação a partir da análise do usuário‐ arquétipo. Dinâmica da experimentação: 10 projetos em uma hora. Validação posterior levando os estudos até as pessoas reais, retornando ao atelier. Organização espacial a partir dos Fluxos, existentes ou propostos, referencias locais (edifício da esquina coo ponto focal, por exemplo) e forma do terreno. 3‐ “Biomimetica aplicada ao ensino de projeto de arquitetura: o método biotriz” de autoria de Ronnie Cunha , IFPB (design) mestrando da UFPB. Biomimética é nova ciência que estuda os modelos da natureza, originada da biônica. É a abstração do bom projeto da natureza (Vicent). Dois tipos de abordagens: top down, abordagem baseada no problema e bottom up, abordagem baseada na solução. Métodos não são claramente definidos. São necessários domínios tanto da Biologia quanto da Arquitetura. O BioTRIZ é um sistema que permite utilizar soluções abstraídas de projetos de sistemas biológicos, já traz embutido um banco de dados que diminui a necessidade de conhecimento biológico. Desenvolvido por Julian Vicent baseado na análise de 500 fenômenos biológicos e cerca de 2500 conflitos. Utiliza 6 campos de operação: estrutura, substância, espaço, tempo energia e informação. Estudo de caso com alunos de arq e urb da UFPB na disciplina de Plástica. Verificar se o BioTRIZ seria um método adequado ao ensino de arquitetura. Experiência inicial com modelos de baixa complexidade. Mapa conceitual para avaliar os resultados. Grande dificuldade com o emprego foram condicionamento de projeto, interferência na aplicação e limitações do conhecimento. Alunos desejavam conhecer o doador da forma, o que no biotriz não mais havia, pois o sistema já trazia a abstração. Dificuldade de abstração dificultou a aplicação do método. Preferencia pelo método intuitivo. Entenderam e conseguiram aplicar o método, mas preferem o método da tentativa e erro, o que gerou uma barreira na aplicação. Durante o debate após a apresentação, houve muita discussão sobre as interações entre ensino de projeto, tecnologia, domínios de tecnologia da informação, etc. 3ª SEÇÃO: Nessa seção que contou com a coordenação da professora Andrea Lúcia Vilella Arruda e relatoria d professor Enio Moro foram apresentados quatro trabalhos. “O projeto e a integração com o conteúdo tecnológico no ensino de Arquitetura e Urbanismo no Brasil” de Renato de Medeiros e Camila Cavalcanti Resende. O trabalho discorreu sobre os desafios para integração das questões tecnológicas nos cursos de Arquitetura e Urbanismo, XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 19 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA debatendo a integração necessária entre ensino de projeto e tecnologia; discorreu ainda sobre o pensamento necessário e integrado entre essas questões e a necessidade de revigoramento do ensino por meio do olhar sobre o projeto da obra. “Representação e apresentação do projeto urbano em ‘Ateliê Integrado 2’ do quarto ano da FAU‐UFRJ” de Fabiana Izaga, Solange Carvalho e Alexandre Pessoa. Os autores trazem a discussão sobre os desafios das questões urbanas para o ensino de Arquitetura e Urbanismo tendo como principal foco sua reflexão como embasamento e conseqüência do processo projetivo; discutiu‐se também a importância das experiências do Ateliê integrado e as dificuldades na sensibilização dos departamentos da UFRJ para o exercício integrado de meio e final de curso; nem todas as disciplinas aceitaram mas a experiência foi de extremo sucesso; a experiência ainda trás resultados por meio de integração e fusão de exercícios e conteúdos e associações disciplinares pela disciplina de Projeto, como por exemplo, Representação, Imagens Conceito, Corte Urbano e Maquetes, entre outros. “Conceito, Instrumento, Integração: Postulados Pedagógicos do CAU/UFPE” de Luiz Amorim, Maria de Jesus Leite, Gilson Gonçalves e Patrícia Porto Carreiro. Esta comunicação apresentou as questões pertinentes à construção do novo Projeto Pedagógico do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPE, com enfoque na discussão da estrutura curricular como oportunidade para melhorar o curso; uma das dinâmicas referiu‐se à prática cotidiana de construção e transmissão do conhecimento, da concepção das mudanças (Ordem Expressiva, Ordem Instrumental articulando‐se por meio de Eletivas, Conceituais e Instrumentais), por meio da revisão de conteúdos e práticas integradas. “Novas práticas pedagógicas da matéria de Informática Aplicada à Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo: Experimentações dentro do Novo Currículo do Curso” de Patrícia Porto Carreiro e Rejane de Moraes Rêgo. A exposição tratou da questão da informática aplicada à arquitetura e urbanismo sob o enfoque da interdisciplinaridade, indissociabilidade e aprendizagem baseada em problemas; neste olhar a Informática funciona como o elemento integrador, mesmo com carga horária reduzida, discutindo questões de mapas georreferenciados, BIM, Modelagem e Prototipagem. A Coordenação da mesa resumiu o conteúdo dos trabalhos com os principais aspectos e abriu o debate. O prof. PAULO perguntou aos expositores sobre as relações entre a revisão do Projeto Pedagógico e a estruturação dos novos espaços necessários. Os debates giraram em torno do papel da Coordenação do NDE e dos demais atores em processos reforma pedagógica, a experiência do Ateliê Integrado rompendo com o modelo de ensino por disciplina, sobre a participação dos estudantes nesse processo e ainda sobre o papel dos departamentos e dos pré e co‐requisitos. Foi enfatizado o tema da prototipagem e a importância do papel da geometria gráfica na formação dos arquitetos e urbanistas. Discutiu‐se as especificidades temáticas, a complexidade dos conteúdos, a utilização das multi‐escalas e a estrutura física necessária para os avanços pedagógicos. Sobre o ensino de CAD, cabe à visão crítica de cada curso a pertinência desta ferramenta, seja como meio ou como fim. 4ª SEÇÃO: Coordenação da professora Ana Maria Reis Goes Monteiro e relatoria do professor Carlos Eduardo Ferreira. Nessa seção foram apresentados quatro artigos. “Desenho Técnico Geométrico e Geometria Descritiva – novas metodologias” de Erika Pereira Machado e Layla Christine Alves Talin; “Fabricação digital em ateliê vertical: uma experiência didática no ensino de Arquitetura e Urbanismo” de autoria de Juliano Miotto, Katiane Laura Balzan, Paula Batistello e Vivian Delatorre; “A história presente: um exercício XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 20 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA com maquetes” de Ana Carolina Carmona; “Ensino e aprendizagem do comportamento estrutural por meio de modelos físicos” de Marina M. Duarte e Károla A. Stach. XXXVI COSU. Após o intervalo do almoço, às quatorze horas e vinte minutos do dia trinta de outubro foi dado início à primeira seção da XXXVI Reunião do Conselho Superior da ABEA com a seguinte pauta: 1) Informes; 2) Palestra “Matrizda Mobilidade e do Exercício Profissional dos Arquitetos e Urbanistas”; 3) Mesa com a Comissão de Ensino e Formação do CAU/BR e 4) Palestra sobre o Sistema Nacional de Acreditação de Cursos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados Unidos – NAAB. 1) Informes. O professor Fernando Costa, presidente da ABEA, fez um breve relato sobre as ações da Associação iniciando pelas deliberações do CONABEA realizado em Goiânia em dois mil e treze. Informa que as contribuições referentes à revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN foram reunidas em um documento único entregue pela ABEA ao Conselho Nacional de Educação junto a uma solicitação de revisão da referida DCN de Arquitetura e Urbanismo após o mesmo ter sido encaminhado à Comissão de Ensino e Formação Profissional do CAU/BR. Acrescenta que o documento foi ratificado pela CEF do CAU/BR tendo sido alterados por solicitação do Plenário do CAU somente o artigo referente ao regulamento da Pós graduação na graduação, neste caso retirado do documento, e do artigo referente ao estágio que no entendimento da mesma Plenária do CAU decidiu‐se pela sugestão de que o estágio supervisionado fosse limitado a ser realizado em obras, entendimento este que diferia da proposta da ABEA que entende que o estágio supervisionado deva contemplar as diferentes modalidades do exercício profissional. Completa o ponto de pauta informando que o documento aprovado no CONABEA foi mantido e encaminhado ao CNE e que a ABEA agendou uma reunião para o início do mês de novembro junto a Câmera de Educação Superior para cobrar um retorno em relação a solicitação feita pela ABEA E CAU/BR em maio deste anos. O Professor Geraldine confirma o agendamento da reunião para o dia cinco de novembro por solicitação da própria CNE. 2) Palestra “Matriz da Mobilidade e do Exercício Profissional dos Arquitetos e Urbanistas”. Dando prosseguimento o presidente da ABEA convida a Arquiteta Mirna Cortopassi Lobo, assessora do CAU/BR para apresentar a palestra sobre a Matriz de Mobilidade desenvolvida pelo CAU/BR. A Assessora inicia agradecendo o convite e informando se sentir emocionada por estar em contato com profissionais do universo acadêmico, já que ela mesma foi docente por anos. Informa que ainda enquanto docente se deparou com grandes resistências dos colegas da academia sempre que propunha inserir práticas que envolviam a tecnologia e que tem sido defensora destas estratégias de ensino desde a sugestão pela implementação de propostas que envolviam o desenho assistido pelo computador nos cursos de Arquitetura e Urbanismo. Acrescenta que devemos sempre estar atentos a ouvir nossos alunos tendo em vista a facilidade tecnológica dos mesmos. Similar resistência ocorreu no âmbito do próprio CBA e CAU logo no início quando foi sugerido um Sistema de gerenciamento para o novo Conselho que hoje conhecemos pelo SICCAU. Prossegue dizendo que esta Matriz da Mobilidade e do Exercício Profissional dos Arquitetos e Urbanistas tem sido um ideal de consumo desde quando era docente, pois havia uma lacuna referente ao acompanhamento para identificar se o trabalho que procurava fazer junto aos discentes estava tendo o efeito esperado quando os mesmos se inseriam no mercado profissional. A matriz operacional surgiu a partir de indagações semelhantes onde o atual presidente do CAU identificou que precisávamos de um sistema de informação integrado, baseado no raciocínio territorial para produzir informações e dados para assessorar as decisões do XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 21 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA Conselho. Continuou explicando que o Sistema de Inteligência Geográfica do CAU surgiu a partir da resolução número cinco, permitindo hoje uma interoperabilidade de módulos “mobiles” baseado em um Data Center único, com um IRP em um sistema gerencial, corporativo, o SICCAU como sistema de informação e comunicação do CAU. A partir deste, tem‐se a inteligência geográfica, o gerenciador de documentos e a biblioteca que está sendo implantada este mês. O IGEO Server possui uma associação de layers temáticos infinitos com um banco de dados que guarda informações alfanuméricas para armazenagem dos dados, trata‐se de um portal livre para qualquer um acessar a partir da solicitação de uma senha. A assessora alerta que para acessá‐lo é necessária a leitura do manual disponibilizado no sistema. A professora Mirna explica que as CEF dos CAU UFs tem feito um esforço continuo para cadastrar os cursos de Arquitetura e Urbanismo, pois a partir dos dados fornecidos as Instituições poderão obter informações referentes a atuação de seus egressos por região e áreas de atuação, inclusive no exterior, além das informações que contemplam o percentual de egressos que procuram uma pós graduação com os diferentes níveis e titulações especificadas. Informa que dos trezentos e setenta e quatro cursos existentes hoje no país, cento e cinquenta e oito já estão cadastrados no SICCAU. Fala das demandas que surgiram da própria comissão de ensino sobre a distribuição espacial das IES no Brasil, com a classificação das IES em Faculdade, Centros Universitários e Universidades, bem como os regimes, se anual ou semestral e sobre o rebatimento destas informações no território, pois agrega dados sobre a prática profissional a partir do número de IES e seus egressos. Hoje, o IGEO já possui mapeamentos georeferenciados das IES por unidade da Federação com dados do censo de dois mil e dez dos municípios, onde são produzidos mapas com comparação do PIB por IES e análises regionais onde podem ser avaliadas as ofertas de estágio na região de abrangência. A Professora Mirna acrescenta que as doze informações georeferenciadas existentes na base de dados do sistema de inteligência IGEO do SICCAU também facilitará o trabalho de fiscalização dos Conselhos Estaduais, pois a partir da localização das atividades nos eixos das vias e dos sentidos de tráfegos, poderão ser traçadas as rotas para as ações de fiscalização. Outra informação gerada pelos primeiros mapeamentos do IGEO despertou uma preocupação em relação a distribuição espacial dos Arquitetos e Urbanistas no território nacional alertando para municípios sem profissionais habilitados para atuar no planejamento dessas cidades, na monitoração de seus planos diretores, etc. A assessora conclui sua fala lembrando que pela primeira vez na história de nossa existência profissional sabemos quantos somos, o que fazemos e onde estamos, possibilitando uma série de tomadas de decisões para que tenhamos o que almejamos para a arquitetura e o urbanismo retomar o seu espaço com qualidade dentro da sociedade e da realidade Brasileira. Conclui informando que a partir deste novo sistema os pesquisadores contarão com novas possibilidades de produção a partir desta plataforma digital e que as IES interessadas em ter acesso ao IGEO poderão entrar em contato com a CEF do CAU/BR. Lembrando que a Matriz de Mobilidade permite aferir as especificidades do exercício profissional como insumo não só para a matriz curricular, mas para as ações de planejamento e gestão das IES que passarão a verificar o nível de abrangência de seus cursos e de suas atividades a partir de mapas com nível de análises regionais ou interurbanas. As estatísticas aparecerão com o nível de agregação do estrato territorial desejado. Encerrada a fala da professora Mirna, pede a palavra o professor Wilson Ribeiro Junior que elogiou o trabalho e a apresentação declarando‐se maravilhado com as possibilidades deuso e aplicação do sistema. Esclarece que o sistema irá contribuir tanto com as manifestações sobre o reconhecimento e abertura XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 22 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA de cursos de arquitetura e urbanismo a ser feita através do convênio firmado entre MEC e CAU quanto com os relatórios das comissões avaliadoras de curso do MEC e às próprias IES, pois lembra que um dos itens de avaliação do Instrumento de Avaliação do INEP é o acompanhamento de egressos por parte das IES. Encerra dizendo que o sistema irá contribuir ainda para redefinir questões de atuação dos cursos de arquitetura e urbanismo para revisões internas dos seus respectivos Projetos Pedagógicas de Curso ‐ PPC. Em seguida pede a palavra o Professor Gogliardo Vieira Maragno que se intitula fã do referido sistema apresentado lembrando que o IGEO possibilitará que uma IES com interesse de abertura de novo curso identifique dentro do território a demanda pelo caráter regional para elaboração do seu PPC do novo curso. Manifestação positiva seguida do Professor Geraldine Junior que também parabeniza a professora Mirna pela palestra lembrando a mesma que foram várias reuniões com o Ministério de Educação para apresentar este produto. O MEC ficou muito interessado nestas informações e o único Conselho que possui este material é o CAU. Quando apresentamos alguns gráficos e mapas, o MEC viu e pensou no programa dos “mais médicos”, então o Governo vislumbrou um produto que possa desenvolver políticas para oferta de cursos no país. Existe um documento da Procuradoria Jurídica do MEC, e o CAU/BR está para assinar um acordo de cooperação, diferente de simplesmente fazer manifestações técnicas, mas para realizar estudos relacionados a distribuição espacial das IES e dos profissionais no território nacional. Possibilitando a construção de novas políticas para avaliar o nosso projeto pedagógico, já que vamos poder saber o que nossos egressos estão fazendo e onde estão atuando. Em seguida a professora Mirna agradece acrescentando que foi feita uma capacitação nacional de quarenta horas para o aprendizado de todos os Conselhos Estaduais. Todos possuem um software específico dentro do CAU do Estado e informa que aquilo que a IES precisar, existe uma certa capacidade de poder agregar estes dados e de disponibilizá‐los para que sejam associados as feições geográficas. O Presidente da ABEA, professor Fernando Costa encerra agradecendo a palestra da professora Mirna e convocando os conselheiros da Comissão de Ensino e Formação do CAU/BR para compor a mesa e passa a palavra ao Presidente da CEF do CAU/BR. 3) Mesa com a Comissão de Ensino e Formação do CAU/BR. O Professor Fernando Diniz do CAU/RJ, coordenador da CEF do CAU/BR agradece a ABEA, apresenta a comissão e os conselheiros presentes, lembrando que a mesma é renovada a cada três anos. Informa que existe um grande interesse da Comissão em manter uma boa relação com o MEC para evitar problemas como os ocorridos no Conselho anterior. Acrescenta que apesar de apenas três anos a Comissão tem contribuído com a melhoria do ensino criando pontes entre a ABEA, Escolas, Comunidades de ensino, CNPQ e o MEC. Esclarece aos presentes sobre as ações de rotina, de análises de processo de profissionais graduados no Exterior, do cadastramento dos cursos e acrescenta que a palestra da professora Mirna possibilitou uma visão da contribuição que o CAU pode ter para as IES na definição de políticas conforme ilustrada na apresentação da assessora. Informa que o trabalho constante da CEF junto ao MEC gerou convênios tanto das Manifestações Técnicas quanto do novo mencionado pelo Conselheiro Geraldine. Das ações realizadas lembra que organizaram junto a ABEA seminários para a discussão de propostas de revisão da DCN, confirmando que as duas propostas estão no CNE e que esperam que seja colocada em votação para ser aprovada a partir do próximo ano. Fala sobre os projetos que estão ainda na fase inicial, como a questão de acreditação dos cursos, para isto viabilizaram a participação da Sra Andrea Rutledge, Diretora Executiva da Agencia de Acreditação de Cursos de Arquitetura dos Estados Unidos para apresentar a XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 23 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA experiência deles que utilizam o sistema de acreditação para garantir a qualidade nos cursos de arquitetura do país. O Conselheiro Diniz esclarece que outras experiências serão consultadas para refletir e avaliar se estas estratégias internacionais podem servir de referência para futuras ações da CEF do CAU/BR. Informa que também foi feito um acordo com o RIBA com a mesma finalidade e que a CEF pretende estudar sobre o processo destes conselhos internacionais em relação as IES e como podemos nos beneficiar destas experiências. Sugere que após a apresentação da Sra Rutledge sejam abertos dois blocos de questionamento, o primeiro sobre a palestra e o segundo, para ouvir da plateia as manifestações em relação ao posicionamento em relação a esta questão da acreditação no Brasil. O Conselheiro Diniz passa a palavra para o Conselheiro Fernando Costa que acrescenta que a CEF tem procurado estar presente nos CAU Estaduais para participar de eventos relacionados ao Ensino, tentando enfatizar esta preocupação sobre o registro de profissionais formados no Exterior. Informa ainda que existe uma dificuldade grande, pois algumas Instituições estão avaliando sem atender os critérios de comprovação deste conhecimento para a revalidação deste registro. Precisamos estabelecer um diálogo para verificar um ponto comum para que este processo de revalidação siga os mesmos critérios em todo o Brasil. O Conselheiro Geraldine da CEF do CAU/BR segue na sequência apresentando a assessora de Comissão de Ensino e Formação do CAU/BR Arquiteta e Urbanista Ana Laterza que faz parte da equipe juntamente com o Arquiteto e Urbanista Guilherme. Explica que diferente de outros Conselhos, o CAU, solicita o registro das Instituições no SICCAU, pois este procedimento traz economia ao Conselho que possui uma equipe enxuta, eliminando ainda o problema de identificação de diplomas falsos e agilizando o processo de registro dos egressos que podem ter o seu registro iniciado e passar a dialogar com o CAU para exercer suas atividades assim que obtêm o seu diploma. Este sistema contribui ainda para que as informações do SICCAU sejam mais atualizadas que as do MEC que só possui a informação se um novo curso existe quando este solicita o reconhecimento após três anos de funcionamento do mesmo, pois os Centros Universitários e as Universidades possuem autonomia para abertura de novos cursos. Acrescenta ainda que outra frente é a da Acreditação, a União Internacional dos Arquitetos implantou este sistema, foram feitos vários pilotos, algumas IES brasileiras se inscreveram, mas nunca efetivamente chegaram a passar por este processo, implantado pelo RIBA, Instituição Britânica de Acreditação, ocasião em que convidaram vários conselhos para identificar o melhor sistema de acreditação tendo assumido por indicação do CONAES, os professores Fernando Costa, Lanchotti e Debora Frazatto das discussões. Explica que a ideia de se buscar um sistema de acreditação de cursos para contribuir com a qualidade do ensino de Arquitetura e Urbanismo em nosso país surgiu a partir da lacuna deixada pelo INEP que substituiu o antigo instrumento de avaliação de cursos que possuía algumas especificidadesdemandas pelos cursos de Arquitetura e Urbanismo por um Instrumento generalista aplicada para todos os cursos superiores. A partir desta realidade surgiu o interesse pela proposição da comunidade internacional e um movimento da associação de ensino do CAU para refletirmos se este seria o caminho que desejamos ou não para avaliação da qualidade do ensino em nosso país. Sobre a questão do registro dos estrangeiros, acrescenta o Conselheiro Geraldine ser também um assunto que tem ocupado boa parte dos trabalhos do Conselho, pois existe a preocupação se o profissional teve a formação plena, já que não existe um interesse de emissão de registros com restrições. Perceberam que na análise das IES públicas existem critérios distintos e ao perceber o problema a CEF iniciou um diálogo XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 24 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA com algumas das Instituições para que, respeitadas obviamente a autonomia das IES Públicas, conseguissem homogeneizar os procedimentos de análise passando a adotar o formulário único criado pelo CAU. Concluídas as falas o presidente da ABEA, professor Fernando Costa retoma a coordenação da mesa e convida a Diretora Executiva da NAAB, Andrea Rutledge que cuida das acreditações dos cursos para explicar o papel das principais IES que se autorregulam e da NAAB, criada em 1940 como um sistema de acreditação de escolas nos USA. Explica que dos 50 estados Americanos, os Arquitetos só podem se candidatar ao título para exercer a profissão se tiverem estudado em uma IES credenciada pela NAAB. Lembra que o CAU realizou em 2012 um encontro nacional que trouxe profissionais de várias IES e que agora trazem a experiência específica de acreditação da NAAP. 4) Palestra sobre o Sistema Nacional de Acreditação de Cursos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados Unidos – NAAB. A Diretora inicia agradecendo o convite da CEF e da ABEA e explicando que não é arquiteta nem professora, mas que tem sido a diretora da NAAB há mais de dez anos, que já trabalhou antes no Instituto de Arquitetura Americano – AIA e na Casa Branca. Iniciou lembrando a palestra de abertura ministrada pelo Professor Constantin sobre a questão do presente de ensinar, de planejar ao reverso e da palestra da Mirna sobre o uso de dados na formulação de políticas de gestão acadêmica e do próprio conselho e destacou que a sua palestra teria a função de apresentar alguns meios para avaliar a qualidade dos cursos nas IES. Informa que disponibilizou a versão em PDF da apresentação para a CEF do CAU/BR. Explicou que existem vários sistemas de acreditação cujo princípio fundamental é o processo voluntário para assegurar a qualidade da avaliação. Neste processo são avaliados os serviços, a infraestrutura e as atividades das IES através de instrumentos específicos de aferição. A Acreditação é realizada por empresa particular, requer um nível alto que contempla um relatório sobre os critérios de auto avaliação da IES, várias visitas in loco durante as diferentes etapas do processo de avaliação, recomendações de avaliação e treinamento. Informa que os avaliadores precisam ser totalmente imparciais sem qualquer vínculo com a IES, não podem ter familiares, não podem sequer ter sido estudante ou ter feito vestibular naquela IES mesmo que morem em outro Estado. Informa que as Instituições americanas possuem autonomia para criação de seus cursos que são estruturados em créditos, onde existem Estados com ofertas de graduação e outros somente com ofertas de pós‐graduação como em Harvard, por exemplo, lá não existe a graduação e sim a pós‐graduação em arquitetura, em que os alunos devem possuir uma graduação em qualquer área antes de se candidatarem a pós‐graduação em Arquitetura. Explica que o tempo de integralização vai variar de acordo com a formação preliminar do aluno, ou seja, aquele com graduação em arquitetura deverá cursar menos créditos no mestrado que um aluno que tenha se graduado em alguma outra área. Acrescenta que para exercer a profissão como profissionais autônomos com registro de Arquiteto, o egresso precisa ainda passar por um período de residência de cinco mil e setecentas horas em escritórios de Arquitetos licenciados para obterem experiência prática nas diferentes áreas de atuação da profissão, ser aprovado no exame da ordem e terem o diploma de instituição acreditada pela NAAB. Alerta que uma vez conquistado o registro em um Estado, o Arquiteto só poderá atuar naquele Estado, e que para atuarem em outro Estado é preciso requerer um novo registro. Explica que em arquitetura, a acreditação é o principal meio em que as IES possuem para demonstrarem qualidade aos estudantes e a sociedade e se estas atendem aos pré‐requisitos de infraestrutura, serviços de apoio ao estudante, currículo, ou seja, se os XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 25 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA programas formam profissionais que tem competência para atuarem. A Acreditação dos Estados Unidos é única e avaliam dentre outros quesitos se os programas demonstram através da apresentação da evolução dos trabalhos desenvolvidos por seus estudantes que seus futuros egressos possuem o conhecimento e as habilidades definidos como mínimos nos critérios de avaliação do desempenho na evolução da produção destes enquanto estudantes. As Condições exigidas para acreditação da NAAB são estruturadas em duas partes, a primeira com critérios que avalia o Suporte Institucional e o Compromisso por um aperfeiçoamento contínuo, e a segunda com critérios que avalia a Estrutura Curricular e os Resultados Acadêmicos. Concluiu informando que os critérios possuem um rigoroso processo de revisão periódico onde são revisados os relatórios das avaliações e entrevistadas as organizações da área, escritórios de profissionais, além das próprias IES. Cita o exemplo de que até pouco tempo era exigido certo número de livros nas bibliotecas das IES, mas que na revisão dos critérios verificaram que importante é avaliar o acesso dos estudantes as informações e recursos. Então o que importa da acreditação é como a Escola disponibiliza estas informações aos seus estudantes. Os procedimentos detalham tudo, como são feitas cada etapa, o que precisa ser contemplado, com formulários padronizados para que todo time de avaliação desenvolva o mesmo critério de avaliação para todas as IES do país. Explica que os procedimentos devem ser claramente definidos para evitar conflitos de interesses, de forma transparente e se basear nas melhores praticas para assegurar a qualidade. Encerra explicando o Acordo de Camberra, assinado na Austrália, um sistema que acredita os acreditadores. Foi um acordo multinacional envolvendo sete organizações da Austrália, Canadá, República da China, Inglaterra, República da Coréia do Sul, México e Estados Unidos. Os sistemas dos sete signatários são equivalentes, as condições refletem a carta da UNESCO e surgiu para facilitar a portabilidade de intercâmbio na área de ensino, no qual cada membro precisa passar pela atualização e capacitação a cada seis meses. Às 18 horas do dia 30 de outubro foi suspensa a seção do XXXVI COSU para um intervalo. PALESTRA. Às 19 hora os trabalhos recomeçaram com a palestra Un arquitecto en “El Paraíso” com o Arquiteto. Simon Hosie Samper, da Colômbia. O palestrante iniciou sua palestra relatando sua trajetória profissional na Colômbia e a metodologia que desenvolveu para a realização de projeto com a participaçãoda comunidade. Em seu trabalho utiliza‐se de fundamentos antropológicos e sociológicos relacionando elementos da cultura do lugar com soluções arquitetônicas. Relatou sua experiência com o projetos de bibliotecas, em comunidades no interior da Colômbia. Este projeto agora conhecido como a "Casa del pueblo" nasceu como desenvolvimento do seu final trabalho de graduação e baseia‐se nos valores do lugar e seus habitantes. A Arquitetura de Simon Hosie pode ser descrita como sem precedentes, local e comunitária. XXXIII ENSEA – As seções de comunicações continuaram na manhã do dia 31 de outubro quando foram instaladas cinco seções. 5ª SEÇÃO: Coordenação do professor Carlos Eduardo Ferreira e relatoria da professora Ana Maria Reis Goes Monteiro. Foram apresentados cinco trabalhos. “Sociologia Urbana: conversas com futuros arquitetos e urbanistas” de Ivany Câmara Neiva; “Importância da área da Paisagem para o Projeto Pedagógico da Universidade de Uberaba – UNIUBE” de autoria de Carmem Silvia Maluf e, Veronica Garcia Donoso; “Exercício relâmpago no ensino de paisagismo: uma oportunidade!” de Carmem Silvia Maluf e Juliano Carlos Cecílio Batista Oliveira; “A Contribuição do Programa de Extensão do Núcleo de Estudos Urbanos e Regionais da FURB no Planejamento de Cidades da Região do Vale do Itajaí/SC” de Luiz XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 26 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA Alberto SOUZA; e “A extensão universitária integrando a graduação em Arquitetura e Urbanismo ao Ensino Médio no Vale Do Taquari/RS “ de Sabrina Assmann Lücke, Laura Costa e Luciana Regina Fauri Caetano que, embora não estivesse constando da programação, foi apresentado. 6ª SEÇÃO: A Sessão, que teve como coordenador o Professor Gogliardo Maragno e relatora a Professora Wanda Vilhena, foi aberta às 9:10 pelo com o anúncio da organização da apresentação de todos os trabalhos e ao final, os debates. Foram apresentados cinco trabalhos na ordem a seguir. 1. “A formação e os interesses profissionais dos estudantes de arquitetura e urbanismo da FAU‐UnB frente aos objetivos da Lei de Assistência Técnica para a população de baixa renda” de autoria de Maria do Carmo de L. Bezerra e Erick Welson B. Mendonça. O estudante Erik apresentou uma reflexão sobre a Lei 11.888, sobre a Assistência Técnica. Motivado pela observação que fazia das cidades e das casas da população de baixa renda, apresentou os precedentes históricos e o resultado das más conduções do atendimento a essa população. Mostrou levantamento em que constata que a profissão elitista e que 77% das habitações não foram feitas por arquitetos. O resultado disso é a má qualidade dos projetos e construções de habitações populares. O estudo levanta, baseado no Censo do CAU de 2012, a presença dos arquitetos não só em relação à sua localização mas, principalmente, ao seu interesse: melhores índices no sudeste e sul, piores no norte e nordeste; os clientes são, em sua maior parte, empresas. Com a implementação da lei, há a possibilidade de mudança do senso comum, de que o arquiteto só trabalha para a elite. Apontou no Currículo da UNB a presença das disciplinas relacionadas ao interesse social e o gráfico dos temas dos TFGs. Relatou algumas experiências ocorridas desde década de 70 ATME, no RS. Conclusão: a implementação da lei pode melhorar as condições de atendimento da população de baixa renda e ampliar o campo de atuação do arquiteto. 2. “Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFSJ: uma experiência com a flexibilidade e a autonomia” de Rafael Silva Brandão; Flávia Nacif da Costa. Rafael, um dos autores do PPP atual, relatou que o curso recebe 60 alunos (30+30), tem 3600 horas, e pode ser cursado em 4 anos e meio pois o estágio é desenvolvido em 1 semestre e pode ser acumulado com outras disciplinas. O perfil do egresso é generalista, com ênfases regionais, ênfase na obra civil, planejamento urbano e regional e preservação do patrimônio. O curso tem grande flexibilidade e autonomia, cuidando da integração entre teoria e prática e do estímulo às experiências de trabalhos externos, visando à pratica profissional. As estratégias são formação crítica, com conexão constante entre teoria e prática, com o objetivo de formar arquitetos e urbanistas propositores e não somente projetistas. Apresentou a matriz curricular, organizada em módulos semestrais e bimestrais, trabalhos integrados. Para facilitar a organização do percurso pelo aluno, a oferta de módulos teóricos está divulgada até 2017/2. Dos 14 módulos teóricos, 6 são livres. O controle do percurso e histórico de cada aluno é feito no 6o.período e antes do TFG. O aluno produz, a cada semestre, 3 pranchas‐resumo sobre todas as disciplinas cursadas. A avalição é interna e externa, com critérios gerais e critérios específicos para cada período sobre a representação. O TFG: é disciplina com seminários, 3 orientações quinzenais, avaliação intermediária e troca de orientador obrigatória. 3. “Uma experiência de Planejamento Participativo aplicado à elaboração do Projeto Político Pedagógico do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Taubaté, SP” de Flavio Jose Nery Conde MALTA. O Coordenador do curso, percebe que muitas vezes fica isolado e sem possibilidade de arejar o ambiente de discussão. Apresentou o processo de elaboração do PPP na sua instituição e XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 27 XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA todas as dificuldades que tem encontrado. Vê que o processo vai exigir constantemente a participação dos docentes, alunos e também dos familiares na busca de uma identidade nova para o curso. O Curso tem 30 anos e o PPP começou em 2007 e ainda não está terminado. Esclareceu que é um relato crítico e pretende promover um diálogo construtivo. Constatou a ausência de procedimentos de documentação e sistematização dos processos e a influencia das relações institucionais com efeitos sobre: autonomia sobre conteúdo ; construção de PPP com formatação oficial; ausência de metodologia de avaliação e monitoramento de resultados; descontinuidades na gestão; princípios e valores determinados pela demanda de mercado; concepção especialista do profissional de arquitetura; estruturação da matriz curricular sem resultados permanentes. Apresentou a Matriz em vigência desde 2010 e mostrou preocupação em como implementar e desenvolver os trabalhos integrados. Hoje convivem os regimes anual e semestral (a partir de 2012) com ingresso de 50 alunos por semestre. Relatou que o aumento do número de ingressos não é compatível com o número de docentes. O termo de referencia prevê uma construção pedagógica coletiva PPARQ 2015, com grupos temáticos, alunos, professores e funcionários, para a definição de instâncias decisórias, tendo, no cronograma de execução, a meta de implantação em março de 2015. 4. “Praticar o que se aprende ou aprender o que se pratica: nexos e dicotomias entre a qualidade do ensino e a prática de arquitetura e urbanismo” de Gogliardo Vieira Maragno. Gogliardo apresentou uma reflexão sobre alguns aspectos sobre a teoria e prática nos cursos no Brasil. Apresentou o número de arquitetos atuantes no país (100.000), de formandos ao ano (10.000) e de cursos (360). Questionou: como avaliar a qualidade do arquiteto e urbanista? Como avaliar a qualidade dos cursos? Constatou que há uma ruptura entre o que a sociedade necessita e o que efetivamente
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