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O Ensino de Arquitetura e Urbanismo Teoria e Prática

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XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo  2   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
 
 
CADERNO abea 39 
 
 
 
XXXIII ENSEA 
Encontro Nacional sobre Ensino de 
Arquitetura e Urbanismo 
 
XXXVI COSU 
Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
 
 
 
O Ensino de Arquitetura e Urbanismo: 
Teoria e Prática 
 
 
 
 
29 a 31 de outubro 2014 
Universidade do Vale do Itajaí ‐ UNIVALI 
   
  XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 3   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
DIRETORIA ABEA BIÊNIO 2014/2015 
DIRETORIA EXECUTIVA 
Presidente      FERNANDO J. DE MEDEIROS COSTA  UFRN/RN 
Vice‐Presidente    GOGLIARDO VIEIRA MARAGNO  UFMS/MS 
Secretário      DÉBORA PINHEIRO FRAZATTO  PUC‐Campinas/SP 
Sub‐Secretário    ANA PAULA REBELLO LYRA    UVV/ES 
Secretário de Finanças  JOSÉ ROBERTO GERALDINE JR.  Barão de Mauá/SP 
Sub‐Secret. de Finanças  ANDREA LÚCIA VILELLA ARRUDA  FASA/MG 
 
DIRETORIA 
Ana Maria Reis Goes Monteiro  UNICAMP/SP 
Carlos Eduardo Nunes Ferreira  UNESA/RJ 
Fábio Mariz Gonçalves  USP/SP 
Wilson Ribeiro dos Santos Jr.  PUC‐
Campinas/SP 
Yone Yara Pereira  FURB/SC 
Wanda Vilhena Freire  UFRJ/RJ 
Dirceu Lima da Trindade  PUC/GO 
Fernando Moreira Diniz  UFPE 
Enio Moro Junior  BELAS ARTES 
Frederico Lopes Meira Barboza  UCB/DF 
 
CONSELHO FISCAL 
Titulares 
Jose Antonio Lanchoti  MOURA LACERDA/SP 
João Carlos Correa  SOCIESC/SC 
Esther j. B. Gutierrez  UFPel/RS 
Suplentes 
Márcio Cotrin Cunha  UFPB/PB 
Roberto Py Gomes da Silveira  UFRGS/RS 
Itamar Costa Kalil  UFBA/BA 
 
 
Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial de Arquitetura 
 
 
Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo (32. : 2014: 
Camboriú/SC). 
Anais: XXXIII ENSEA/ XXXVI COSU: O Ensino de Arquitetura e Urbanismo: 
Teoria e Prática./ XXXIII Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e 
Urbanismo, XXXVI Reunião do Conselho Superior da ABEA. Camboriú/SC 
– Brasil, 29 a 31 de outubro 2014, Universidade do Vale do Itajaí ‐ 
UNIVALI; Comissão organizadora Fernando José de Medeiros Costa ... et 
al... – Camboriú: ABEA, 2014. 
679 p.: il. – (Caderno; 39) 
 
     1. Arquitetura. – Ensino. 2. Arquitetura – Congresso.  3. Urbanismo. 4. 
Prática pedagógica. I. Costa, Fernando José de Medeiros. II. 17.. III. 2014.  
IV. Camboriú/SC. V. Título. VI. Caderno. 
 
RN/UF/BSE‐ARQ                                                  CDU 72 
 
 
   
  XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo  4   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
A  teoria  sem  a  prática  vira  “verbalismo”, 
assim  como  a  prática  sem  teoria,  vira 
ativismo. No entanto, quando se une a prática 
com a teoria tem‐se a práxis, a ação criadora e 
modificadora da realidade. (Paulo Freire). 
 
Em seus mais de quarenta anos de atividade a Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura 
e Urbanismo  ‐ ABEA  tem buscado  centrar  suas ações no aprimoramento da qualidade do 
ensino para que no  futuro a  sociedade possa usufruir de profissionais de alta qualidade e 
capacitação. A dicotomia entre teoria e prática, em que pese haver existido em quase todos 
os momentos da história da profissão, desperta críticas e vem sendo um dos principais focos 
dos questionamentos efetuados sobre os profissionais do mercado e principalmente sobre o 
ensino de arquitetura e urbanismo. 
A ABEA reconhece que a universidade brasileira tem múltiplos papéis e eles abarcam tanto o 
vínculo  desejável  do  ensino  com  a  vida  cotidiana,  ou  seja,  com  a  prática  profissional, 
buscando proporcionar mão de obra qualificada em atendimento ao mercado de trabalho, 
quanto à geração de novos conhecimentos teóricos que no futuro deverão ser incorporados 
pela sociedade. A grande dificuldade tem sido adequar a dosagem das duas abordagens na 
formação dos futuros profissionais. 
Assim, buscando  reconhecer estudos, metodologias  e  aplicações, e  a partir de demandas 
apontadas  nos  eventos  anteriores  a  ABEA  convidou  docentes  e  discentes  de  Cursos  de 
Graduação  e  de  Pós‐Graduação  em  Arquitetura  e  Urbanismo  para  expor  e  discutir 
experiências pedagógicas de  interação da teoria e da prática nos projetos pedagógicos dos 
cursos. 
A discussão foi proposta em eixos temáticos assim distribuídos 
1.  Na  Graduação:  estágio  supervisionado;  assistência  técnica;  canteiros  experimentais; 
aplicação das práticas pedagógicas; extensão em Arquitetura e Urbanismo. 
2. Na Educação Continuada: Latu sensu; strictu sensu; residência técnica; aperfeiçoamento; 
capacitação. 
Com esse evento a ABEA espera estar  contribuindo para a  socialização das experiências e 
estimulando a discussão sobre o tema, sempre na busca da melhoria da qualidade do ensino 
de Arquitetura e Urbanismo. 
 
  XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 5   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
PROGRAMAÇÃO 
   
Dia 29 de outubro de 2014 (quarta feira) 
M
AN
H
à
8:30 – 12:00  Livre 
Almoço 
TA
RD
E 
14:00 – 18:00  Credenciamento 
Intervalo 
N
O
IT
E 
20:00  Abertura solene do Evento – Mesa de abertura com autoridades e convidados 
20:20 
 Palestra: "O Ensino de Arquitetura na Europa" Prof. Constantin Spiridonidis, 
de Tessalonica na Grécia, coordenador do ENHSA ‐ European Network of 
Heads of Schools of Architecture 
21:00  Coquetel 
Dia 30 de outubro de 2014 (quinta feira) 
M
AN
HÃ
 
9:00 – 12:00  ENSEA – Mesas de Comunicações 
Almoço 
TA
RD
E 
COSU da ABEA 
14:00 – 15:45  Instalação do COSU da ABEA, informes e pauta de discussão 
16:00 – 18:00 
 Palestra “Matriz da Mobilidade e do Exercício Profissional dos Arquitetos e 
Urbanistas”. Arquiteta Mirna Cortopassi Lobo, assessora do CAU/BR 
 Mesa com a Comissão de Ensino e Formação do CAU/BR 
 Palestra sobre o Sistema Nacional de Acreditação de Cursos de Arquitetura e 
Urbanismo dos Estados Unidos – NAAB  ‐ Andrea S. Rutledge, CAE, Hon. AIA ‐ 
Executive Director ‐ The National Architectural Accrediting Board 
Intervalo 
N
O
IT
E  ENSEA ‐ COSU 
19:00 – 21:00   Palestras: Un arquitecto en “El Paraíso” 
Arq. Simon Hosie Samper, da Colômbia 
Dia 31 de outubro de 2014 (sexta feira) 
M
AN
H
à
9:00 – 12:00  ENSEA – Mesas de Comunicações  
Almoço 
TA
RD
E 
CONABEA 
14:00 – 18:00  PLENÁRIA DO COSU – Deliberações e encaminhamentos; 
  XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo  6   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
SUMÁRIO 
Ata conjunta do XXXII ENSEA e XVII CONABEA   11 
SESSÕES DE COMUNICAÇÕES  43 
Aprender na Obra  Risale NEVES  44 
Contributos da Extensão Universitária na 
aprendizagem dos acadêmicos no curso de 
Arquitetura e Urbanismo da UNIVATES 
Merlin Janina DIEMER; Jamile Maria 
da Silva WEIZENMANN; Viviane 
Maria Theves ECKHARDT 
57 
Escritório modelo como estágio profissional na 
formação dos acadêmicos. Caso da comunidade 
PC3 – Florianópolis. SC 
Fernanda Maria MENEZES; Silas 
Matias AZEVEDO  71 
As atividades de extensão do Curso de 
Arquitetura e Urbanismo da Universidade 
Católica de Brasília: o Acordo de Cooperação 
Técnica com o Governo do Distrito Federal e o 
Programa de Melhorias Habitacionais do 
Governo Federal 
Frederico Lopes Meira BARBOZA JR; 
Tatiana Mamede Salum CHAER; 
Aline Stefânia ZIM 
84 
Um relato do CAU/RS sobre a Prática 
Profissional Assistida nas escolas de Arquitetura 
e Urbanismo no Rio Grande do Sul 
Nirce Saffer MEDVEDOVSKI; Carlos 
Eduardo PEDONE; Marindia 
GIRARDELLO; Luiz Antônio 
VERÍSSIMO 
100 
O ensino em projeto de Arquitetura frente às 
inovações tecnológicas – um processo reflexivo 
Marcel Alessandro CLARO; Larissa 
Caroline Silva JORDÃO  117 
Divergências e convergências. 
Design Thinking e problematização no ensino 
de projeto arquitetônico 
Ivo R. GIROTO  128 
Como deve ser o ensino de sustentabilidade nas 
Faculdades de Arquitetura e Urbanismo? 
Reflexõessobre uma experiência docente 
Joel OUTTES  143 
As atividades experimentais no contexto 
acadêmico: o confronto entre o projeto e a 
materialidade 
Albenise LAVERDE; Cláudia 
Terezinha de Andrade OLIVEIRA  156 
Biomimética aplicada ao ensino de projeto em 
arquitetura: o método BioTRIZ 
Ronnie Elder da CUNHA; Carlos 
Alejandro NOME  167 
O projeto e a integração com o conteúdo 
tecnológico no ensino de Arquitetura e 
Urbanismo no Brasil. 
Renato de MEDEIROS, Camila 
Cavalcanti RESENDE  185 
Representação e apresentação do projeto 
urbano em “Ateliê Integrado 2” do quarto ano 
da FAU‐UFRJ 
Fabiana IZAGA; Solange CARVALHO; 
Alexandre PESSOA  196 
Conceito, instrumento, integração: postulados 
pedagógicos do CAU/UFPE 
Luiz AMORIM; Maria de Jesus LEITE; 
Gilson GONÇALVES; Patrícia Porto 
CARREIRO 
210 
  XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 7   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
Novas práticas pedagógicas da matéria de 
informática aplicada à Arquitetura, Urbanismo 
e Paisagismo: experimentações dentro do novo 
currículo do curso de Arquitetura e 
Urbanismo/UFPE 
Patrícia Porto CARREIRO; Rejane de 
Moraes RÊGO  224
O ensino de Teoria e História da Arquitetura e 
das Cidades: desafios e estratégias  Taise Costa de FARIAS  243
Desenho Técnico Geométrico e Geometria 
Descritiva – novas metodologias 
Erika Pereira MACHADO; Layla 
Christine Alves TALIN  252
Fabricação digital em ateliê vertical: uma 
experiência didática no ensino de Arquitetura e 
Urbanismo 
Juliano Miotto; Katiane Laura 
Balzan; Paula Batistello; Vivian 
Delatorre 
267
A história presente: um exercício com maquetes  Ana Carolina CARMONA  277
Ensino e aprendizagem do comportamento 
estrutural por  
meio de modelos físicos 
Marina M. Duarte; Károla A. Stach  286
Sociologia Urbana: conversas com futuros 
arquitetos e urbanistas  Ivany Câmara NEIVA  296
Importância da área da Paisagem para o Projeto 
Pedagógico da Universidade de Uberaba ‐ 
UNIUBE 
Carmem Silvia MALUF; Veronica 
Garcia DONOSO  308
Exercício relâmpago no ensino de paisagismo: 
uma oportunidade! 
Carmem Silvia Maluf; Juliano Carlos 
Cecílio Batista Oliveira  321
A Contribuição do Programa de Extensão do 
Núcleo de Estudos Urbanos e Regionais da 
FURB no planejamento de cidades da Região do 
Vale do Itajaí/SC 
Luiz Alberto SOUZA  325
A extensão universitária integrando a 
graduação em Arquitetura e Urbanismo ao 
Ensino Médio no Vale Do Taquari/RS 
Sabrina Assmann LÜCKE; Laura 
COSTA; Luciana Regina Fauri 
CAETANO 
339
Teoria e prática, razão e sensibilidade: 
difundindo a temática hospitalar na graduação 
em Arquitetura e Urbanismo 
Bianca Breyer CARDOSO  349
A formação e os interesses profissionais dos 
estudantes de arquitetura e urbanismo da FAU‐
UnB frente aos objetivos da Lei de Assistência 
Técnica para a população de baixa renda 
Maria do Carmo de L. Bezerra; Erick 
Welson B. Mendonça  359
Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFSJ: 
uma experiência com a flexibilidade e a 
autonomia 
Rafael Silva BRANDÃO; Flávia Nacif 
da COSTA  374
Uma experiência de Planejamento Participativo 
aplicado à elaboração do Projeto Político 
Pedagógico do curso de Arquitetura e 
Urbanismo da Universidade de Taubaté, SP 
Flavio Jose Nery Conde MALTA  388
  XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo  8   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
Praticar o que se aprende ou aprender o que se 
pratica: nexos e dicotomias entre a qualidade 
do ensino ea prática de arquitetura e 
urbanismo 
Gogliardo Vieira MARAGNO  399 
Um Exercício na Praia: O Homem, a Terra e a 
Luta 
Anália Maria Marinho de Carvalho 
AMORIM  418 
Redes Sociais e Ambientes Virtuais de 
Aprendizagem: Facebook como uma 
ferramenta de integração no ensino de teoria 
da arquitetura. 
André Luis Carrilho; Luiz Salomão 
Ribas Gomez; Alice Theresinha 
Cybis 
432 
Vivências Espaciais em Arquitetura e 
Urbanismo: desenvolvendo uma compreensão 
mais sensível do espaço 
Ursula Gonçalves D’ALMEIDA; 
Rosane Fidalma Leocadio DIAS  445 
Perspectivas para o ensino de história nos 
cursos de arquitetura 
Pedro Henrique de Carvalho 
RODRIGUES  454 
O capital, a arquitetura e o ensino: o problema 
social no canteiro de obras 
Gelson de Almeida Pinto; Larissa 
Cardillo Acconcia Dias  464 
O ensino da ética e da prática profissional nas 
escolas de arquitetura  Ana Luisa Dantas C. PEREZ  478 
Atividades práticas e experimentos didáticos 
aplicadas no ensino de disciplinas que 
envolvem Conforto Térmico 
Marcelo GALAFASSI; Carolina Rocha 
CARVALHO; Rafael Prado CARTANA; 
João Luiz PACHECO 
495 
O Ateliê de Projeto e o Patrimônio Cultural nas 
Estruturas Curriculares dos Cursos de 
Arquitetura e Urbanismo no Brasil 
Heitor de Andrade SILVA  510 
Utilização de Mapas Conceituais para o Ensino 
da Disciplina de Desenho Técnico I 
Emanuela Cristina M. DA SILVA; 
Roberta Vilhena Vieira LOPES; Fábio 
Paraguaçu Duarte da COSTA 
520 
Metodologia ativa e interdisciplinaridade: 
práticas pedagógicas no ensino de projeto de 
arquitetura na UNIVATES para a aprendizagem 
de competências 
Jamile Maria da Silva 
WEIZENMANN; Glauco Assumpção 
PACHALSKI; Merlin Janina DIEMER 
530 
O redesenho como estratégia didática no 
processo de ensino‐Aprendizagem da História e 
da Teoria da Arquitetura 
Maria Marta dos Santos 
CAMISASSA; Josélia Godoy 
PORTUGAL; Maristela SIOLARI 
546 
Deriva fotográfica do bem: cidade, encontro, 
memória e fotografia  Bráulio Vinícius FERREIRA  557 
O concurso Opera Prima e a formação do 
arquiteto e urbanista  Bráulio Vinícius FERREIRA  570 
Experiência pedagógica do curso de Arquitetura 
e Urbanismo da UTFPR: atividades extraclasse 
como recurso para a formação integral do 
estudante 
Isabel Maria de MELO BORBA; 
Marcia Keiko ONO ADRIAZOLA; 
Armando Luis Yoshio ITO 
588 
  XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 9   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
A teoria e a prática do “sentimento estrutural”  
no processo de ensino‐aprendizagem do 
projeto arquitetônico 
Renato de MEDEIROS; Camila 
Cavalcanti RESENDE  605
Abordagens sobre ensino de sustentabilidade 
na construção civil: enlaces em arquitetura e 
engenharia civil 
Daniele Ornaghi Sant´Anna; Sasquia 
Hizuru Obata  616
Estudo das etapas de elaboração do projeto 
arquitetônico, visando à construção de uma 
metodologia aplicável às disciplinas de projeto 
de arquitetura 
Zamara Ritter BALESTRIN; 
Alessandra Gobbi SANTOS  628
Revisão de Projeto Pedagógico, uma 
oportunidade para a reflexão sobre o ensino de 
arquitetura e urbanismo 
Luiz Antonio de Paula NUNES; 
Rebeca Cavalcante Albuquerque da 
SILVA 
642
O ensino de projeto arquitetônico com ênfase 
em sistemas estruturais: relato de práticas 
didático‐pedagógicas da UFFS 
Edison K. TSUTSUMI; Marcela A. 
MACIEL; Nébora L. MODLER  659
Indice Remissivo – AUTORES    676
 
   
  XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo  10   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
 
 
Solenidade de Abertura do XXXIII ENSEA e XXXVI COSU 
  
 
Solenidade de Abertura do XXXIII ENSEA e XXXVI COSU 
 
 
   
  XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 11   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
 
 
 
 
 
ATA CONJUNTA 
 
 
 
 
 
 
XXXIII ENSEA 
Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 
 
XXXVI COSU 
Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
   
  XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo  12   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
Ata conjunta do XXXIII ENSEA ‐ Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e 
Urbanismo e XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
Realizados na Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI/SC, em Balneário Camboriú no 
período de 29 a 31 de outubro de 2014 
Às vinte horas do dia vinte e nove do mês de outubro de dois mil e quatorze,foram iniciadas 
as atividades do XXXIII Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ENSEA) 
e do XXXVI Reunião do Conselho Superior da ABEA  (COSU). O evento contou com cento e 
dezoito participantes inscritos, representantes das seguintes Instituições: 
1. Associação Escola da Cidade   Escola da Cidade/SP 
2. Centro Universitário Barão de Mauá  CBM 
3. Centro Universitário Belas Artes de São Paulo  FEBASP 
4. Centro Universitário CESMAC   CESMAC/AL 
5. Centro Universitário Filadélfia  UNIFIL/PR 
6. Centro Universitário da Fun. de Ens. Octávio Bastos  UNIFEOB/SP 
7. Centro Universitário Ritter dos Reis  UNIRITTER/RS 
8. Faculdade Avantis de Balneário Camboriú  AVANTIS/SC 
9. Faculdade Max Planck   MAX PLANC/SP 
10. Faculdade Paraíso do Ceará  FAP/CE 
11. Faculdades Santo Agostinho   FASA/MG 
12. Instituto Federal Fluminense  IFF/RJ 
13. Instituto Federal da Paraíba   IFPB/PB 
14. Instituto Federal de São Paulo  IFSP/SP 
15. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais  PUC‐MINAS 
16. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul  PUC‐RS 
17. Pontifícia Universidade Católica de Campinas  PUC‐Campinas/SP 
18. Universidade de Brasília  UNB 
19. Universidade Católica de Petrópolis  UCP/RJ 
20. Universidade Comunitária da Região de Chapecó  UNOCHAPECÓ/SC 
21. Universidade de Cruz Alta   UNICRUZ/RS 
22. Universidade Estácio de Sá  UNESA/RJ 
23. Universidade Estadual de Campinas  UNICAMP 
24. Universidade do Extremo Sul Catarinense   UNESC/SC 
25. Universidade Federal do Amapá   UNIFAP/AP 
26. Universidade Federal de Campina Grande  UFCG/PB 
27. Universidade Federal de Goiás  UFG/GO 
28. Universidade Federal de Itajubá   UNIFEI/MG 
29. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul  UFMS/MS 
30. Universidade Federal da Paraíba  UFPB/PB 
31. Universidade Federal de Pernambuco  UFPE/PS 
32. Universidade Federal de Pelotas  UFPEL/RS 
33. Universidade Federal do Rio Grande do Sul  UFRGS/RS 
34. Universidade Federal do Rio de Janeiro   UFRJ/RJ 
35. Universidade Federal do Rio Grande do Norte  UFRN/RN 
36. Universidade Federal de Sergipe  UFS/SE 
  XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 13   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
37. Universidade Federal de Santa Catarina  UFSC/SC 
38. Universidade Federal de São João Del Rei  UFSJ/MG 
39. Universidade Federal de Viçosa  UFV/MG 
40. Universidade Luterana do Brasil  ULBRA Torres/RS 
41. Universidade Nove de Julho  UNINOVE/SP 
42. Universidade Presbiteriana Mackenzie  MACKENZIE/SP 
43. Universidade Regional de Blumenau  FURB/SC 
44. Universidade do Sul de Santa Catarina  UNISUL‐Tubarão/SC 
45. Universidade do Vale do Rio dos Sinos  UNISINOS 
46. Universidade de Taubaté  UNITAU/SP 
47. Universidade de Uberaba  UNIUBE/MG 
48. Universidade do Oeste de Santa Catarina  UNOESC/SC 
49. Universidade Reg. Integ. do Alto Uruguai e das Missões ‐ Westphalen URI/RS 
50. Universidade do Vale do Itajaí  UNIVALI/SC 
51. Universidade do Vale do Taquari  UNIVATES/RS 
52. Universidade de São Paulo  USP 
53. Universidade Tecnológica Federal do Paraná  UTFPR 
54. Universidade Vila Velha  UVV 
55. Conselho de Arq. e Urb. do Rio Grande do Norte  CAU/RN 
56. Conselho de Arq. e Urb.  do Rio Grande do Sul  CAU/RS 
57. Conselho de Arq. e Urb.  do Tocantins  CAU/TO 
58. Conselho de Arq. e Urb.  de Santa Catarina  CAU/SC 
59. Conselho de Arq. e Urb.  da Bahia  CAU/BA 
As seções de comunicações de artigos do XXXIII ENSEA se desenvolveram em dois turnos de 
trabalhos, o primeiro na manhã do dia  trinta  (quarta  feira) e o  segundo na manhã do dia 
trinta e um  (quinta  feira) e seções de palestra na noite do vinte e nove  (quarta  feira) e na 
tarde e noite do dia 30  (quinta  feira). Dos artigos enviados por pesquisadores, quarenta e 
cinco  foram  aprovados  pelo  Comitê  Científico  do  evento  para  apresentação.  As 
apresentações  foram distribuídas para ocorrerem em salas simultâneas. O XXXVI COSU  foi 
realizado em duas seções sendo a primeira na tarde do dia trinta e a segunda na tarde do dia 
trinta e um de outubro de dois mil e quatorze. 
ABERTURA SOLENE DO EVENTO: Às vinte horas do dia vinte e nove de outubro de 2014, no 
auditório  central  da  UNIVALI,  deu‐se  início  à  solenidade  de  abertura  do  XXXIII  Encontro 
Nacional  Sobre  Ensino de Arquitetura – ENSEA e XXXVI Reunião do Conselho  Superior da 
ABEA – COSU. Para compor a mesa foram convidadas as seguintes autoridades: o Diretor do 
Centro  de  Ciências  Sociais  Aplicadas  ‐  Comunicação,  Turismo  e  Lazer  ‐  CECIESA.CTL  da 
UNIVALI, Prof. Renato Bîchele Rodrigues, representando o reitor da UNIVALI, Prof. Dr. Mário 
César  dos  Santos;  o  Presidente  da  Associação  Brasileira  de  Ensino  de  Arquitetura  e 
Urbanismo  ‐  ABEA,  Professor  Arquiteto  e  Urbanista  Fernando  Costa;  o  Coordenador  do 
Curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIVALI  ‐ Balneário Camboriú, Professor Arquiteto e 
Urbanista  Carlos  Alberto  Barbosa  de  Souza;  Presidente  do  Conselho  de  Arquitetura  e 
Urbanismo  do  Brasil  –  CAU/BR,  Arquiteto  e  Urbanista  Haroldo  Pinheiro;  Presidente  do 
Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Estado de Santa Catarina – CAU/SC, Arquiteto e 
Urbanista Ronaldo DE Lima; o Presidente da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas 
‐  FNA,  o  Arquiteto  Urbanista  Jeferson  Salazar;  a  Presidente  da  Associação  Brasileira  de 
Arquitetos  Paisagistas  ‐  ABAP,  Arquiteta  e  Urbanista  Letícia  Peret  Antunes  Hardt;  a 
  XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo  14   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
Representante do Ministério das Cidades, Arquiteta e Urbanista Luciana Barbosa. Registrou‐
se ainda a presença das seguintes autoridades: Fabiana  Izaga ‐ Secretária Geral do  IAB/DN, 
Representando  o  Presidente  Sérgio MAGALHÃES;  Constantin  Spiridonidis,  Simon  Hosie  e 
Andrea Rutledge,  convidados  internacionais que estarão palestrando durante o evento; o 
Presidente  do  CAU  Rio  Grande  do  Norte,  Raquelson  Lins;  o  Presidente  do  CAU  Bahia, 
Guivaldo  D'Alexandria;  o  Presidente  do  Cau  Tocantins,  Lucas  Rodrigues  Dantas; 
representando  o  presidente  do  CAU/PR,  o  conselheiro  Carlos  Hardt;  representando  o 
presidente do CAU/MG, a Conselheira Andrea Vilella. Após as falas de boas vindas proferidas 
pelos membros da mesa, o evento  foi declarado aberto pelo Professor Fernando Costa. A 
mesa foi desfeita e deu‐se  início à palestra proferida pelo Professor Constantin Spiridonidis 
da Universidade de Thessaloniki, na Grécia. Os arquitetos e urbanistas José Antônio Lanchoti 
Diretor da ABEA  e  Luciana Barbosa do Ministério das Cidades  fizeram  a  apresentação do 
Convênio que a ABEA realiza com o Ministério das Cidades e que conta com o patrocínio do 
CAU/SP.  Foram  relatados os detalhes do  convênio que  tem dois produtos principais: 1. o 
CADERNO  ABEA  ESPECIAL  ‐  Normativos  Legais  sobre  a  Acessibilidade  na  Arquitetura  e 
Urbanismo no Brasil, edição bilíngue que foi lançado no evento; e o Curso de Acessibilidade 
em Projetos e Obras de Arquitetura e Urbanismo ‐ modalidade ensino à distância (EAD), que 
também foi anunciado. Os dois produtos foram oficialmente lançados para conhecimento da 
comunidade acadêmica com distribuição do  livro através do Correio e  inscrições no Curso 
EAD através do site do Ministério das Cidades, do site da ABEA e do site do CAU/SP ainda em 
dezembro  de  2014.  Na  sequencia  todos  foram  convidados  a  participar  de  um  coquetel 
oferecido pela UNIVALI de Balneário Camboriú, SC. 
XXXIII  ENSEA  –  As  comunicações  foram  agrupadas  em  nove  seções  de  apresentação  e 
distribuídas em dois turnos. Na manhã do dia 30 de outubro foram instaladas quatro seções.  
1ª SEÇÃO: Coordenação da professora Yone Yara Pereira e relatoria da professora Ana Paula 
Rabello Lyra. Foram apresentados cinco trabalhos sobre experiências e práticas de extensão. 
O Primeiro  trabalho apresentado pela ProfessoraRisale Neves da Universidade Federal de 
Pernambuco com o título “Aprender na Obra” expôs a proposta da professora na oferta de 
uma disciplina que contempla a prática em obra associada ao ensino. Proposta que surgiu a 
partir da inquietação da professora nos questionamentos feitos por colegas da ADEMI de PE 
de  que  “arquitetos  não  entendem  nada  de  tecnologia  da  construção”.  A  partir  desta 
provocação a professora que  fazia parte da assessoria  técnica da própria ADEMI elaborou 
um projeto para criação de um convênio que possibilitasse a alunos do curso de Arquitetura 
e  Urbanismo  a  vivência  de  uma  prática  profissional  em  obras  de  empresas  construtoras 
associadas  à  ADEMI‐PE. O  convênio  abre  vagas  e  os  alunos  inscritos  e  selecionados  são 
instruídos sobre o processo de contratação que inicia no âmbito do Curso e envolve: termo 
de  compromisso,  regras  de  aferição,  ficha  cadastral,  um  manual  do  projeto  e  o 
encaminhamento do aluno para uma das empresas  contratantes. A disciplina  consiste em 
encontros  semanais  onde  são  debatidas  as  questões  relacionadas  às  experiências 
vivenciadas  pelos  alunos  nas  obras  para  promover  uma  reflexão  e  crítica  sobre  a  teoria 
aprendida  em  sala  e  a  realidade  da  prática  identificada  pelos  alunos  nas  construções. O 
segundo trabalho foi apresentado pelas professoras Merlin Diemer e Jamile Weizenmann da 
UNIVATES do RS com o título “Contributos da Extensão Universitária na aprendizagem dos 
acadêmicos no curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIVATES”. O trabalho foi estimulado 
pela divulgação do novo Plano Nacional de Educação – PNE de 2014 que instituiu a meta das 
Instituições assegurarem, um mínimo, de 10% do total de créditos curriculares exigidos para 
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a  graduação  em  programas  e  projetos  de  extensão  universitária,  orientando  sua  ação, 
prioritariamente,  para  áreas  de  grande  pertinência  social.  As  professoras  iniciaram  o 
trabalho  com  uma  pesquisa  sobre  a  definição  do  significado  de  Extensão  Universitária, 
apresentaram  um  breve  histórico  das  legislações  de  ensino  com  foco  na  abordagem  da 
extensão. Deste contexto destacaram a concepção de extensão do Fórum Nacional de Pró 
Reitores das Universidades Públicas Brasileiras – FORPROEX de 1987 em que enfatizava do 
processo dialético  entre  teoria e prática o  aprendizado que docentes e discentes  traziam 
para as Instituições a partir das experiências de ação com comunidades encontrando assim 
na “sociedade, a oportunidade de elaboração da práxis de um conhecimento acadêmico”. 
Ao citarem RABEL (2012) deixam claro que para caracterizar a extensão, é  imprescindível a 
articulação  de  três  sujeitos,  que  são:  professores,  acadêmicos  e  comunidade  externa. 
Ilustram  em  seguida  dois  projetos  de  extensão  do  curso  de  Arquitetura  e Urbanismo  da 
UNIVATES: o “arquitetando” que consiste em atividades nas áreas de Artes, Matemática e 
História  com  alunos  do  ensino médio,  e  o  “sustentec”  que  consiste  em  atividades  que 
vinculam  temas de  sustentabilidade e  tecnologia  com alunos do ensino médio. Os alunos 
bolsistas  que  participaram  destes  projetos  consideraram  que  ao  lidar  com  este  público 
diferente e diversificado permitiu um aprimoramento pessoal, pois aprenderam a conviver 
com pessoas a se portar em público, a desenvolverem experimentos diferentes da sala de 
aula  no  formato  de  pesquisa  ação.  Concluem  que  a  extensão  deve  ser  vista  como  um 
processo  “aprendente”  para  o  estudante,  uma  fonte  de  aprendizagem  que  expõem  os 
acadêmicos a novos desafios e preparando‐os para a vida profissional. Encerram informando 
que ainda estão estudando a melhor forma de viabilizar os 10% dos créditos curriculares em 
programas e projetos de extensão promovidos pela Instituição. A terceira apresentação foi a 
do  Professor  Silas  Azevedo  da  UNISUL  com  o  título  “Escritório  modelo  como  estágio 
profissional na  formação dos acadêmicos. Caso da comunidade PC3 – Florianópolis. SC.” O 
Professor Silas informa que o Escritório Modelo funciona há 14 anos sob a gestão de alunos 
do  curso de Arquitetura  e Urbanismo  e  supervisão de professores do  curso. Apresenta o 
projeto desenvolvido para a comunidade PC3 no município de Florianópolis que consistia em 
uma  proposta  de  relocação  em  um  assentamento  que  envolvia  um  terreno  menor  e 
acidentado. O  Projeto  envolvia  uma  parceria  entre  Secretaria municipal  de  Florianópolis, 
Procuradoria, Ministério Público de Santa Catarina, União das Entidades Comunitárias e a 
Comunidade  da  área  de  estudos.  As  etapas  contemplaram  reuniões  públicas  com  a 
comunidade e a equipe deveria conciliar questões de insolação e aproveitamento do terreno 
com  o desafio  de  adequar  a  comunidade  a  um novo modelo de  convívio que  consistia  a 
concepção de habitações  coletivas multifamiliares,  tendo em vista o  tamanho  limitado do 
terreno e o número de famílias existente. Promoveram discussões com a comunidade onde 
a  maquete  serviu  para  os  leigos  como  uma  estratégia  didática  de  apropriação  do 
conhecimento.  Definiram  junto  à  comunidade  o  programa  de  necessidades  quando 
incentivaram  os moradores  a  aceitarem  a  proposta  de morarem  em  habitações  híbridas 
conjugadas. Tiveram que trabalhar com a comunidade de forma que as mesmas passassem a 
entender  que morar  em  uma  habitação  coletiva  poderia  favorecer  e  beneficiar  áreas  de 
convívio  comuns  para  o  lazer  e  uso  público,  com  horta  comunitária,  parque  infantil, 
associação  moradores,  estacionamento,  circulação  vertical  e  horizontal  confortáveis. 
Aproveitaram o declive da área para dar acesso no nível de pelos menos três distintos planos 
onde  foram  desenvolvidas  as  circulações  horizontais.  Foi  um  processo  construído  junto  à 
população e ainda existia algumas condições como a própria demanda do minha casa minha 
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vida,  como  o  acesso  a  pessoas  com  deficiência  e  modalidades  reduzidas  e  também  a 
previsão  de  implantação  de  elevadores. Desenvolveram  propostas  de  dois  e  três  quartos 
para  atender  assim  a  diferentes  composições  familiares  da  comunidade.  Processo  que 
envolveu os acadêmicos e graduandos com a realidade da comunidade no que diz respeito a 
adequar  a  linguagem  arquitetônica  nas  interlocuções  com  a  comunidade,  vivenciaram 
discussões acirradas, trataram da assistência técnica tendo a oportunidade de colocá‐la em 
prática. Destacaram  como  aspecto  positivo  a  possibilidade  interdisciplinar  no  convívio  de 
alunos de diferentes períodos e a participação da IES em uma ação que visava o benefício de 
uma Comunidade de Interesse Social. A quarta apresentação do professor Frederico Barboza 
com  o  título  “As  atividades  de  extensão  do  Curso  de  Arquitetura  e  Urbanismo  da 
Universidade  Católica  de  Brasília:  o  Acordo  de  Cooperação  Técnica  com  o  Governo  do 
Distrito Federal e o Programa de Melhorias Habitacionais do Governo Federal” ilustrou uma 
das  experiências  das  atividades  de  extensão  vinculadas  à  disciplina  ofertada  na  matriz 
curricular  do  curso  de  Arquitetura  e  Urbanismo  da  Instituição.  A  disciplina  “Projeto  e 
Atendimento  Comunitário  –  PAC”  foi  inserida  como  proposta  para  o  sétimo  período  do 
curso,  o  objetivo  era  o  desenvolvimento  de  um  exercício  da  prática  do  atendimento  à 
comunidade, sob a orientação docente associada ao Núcleo de Arquitetura e Urbanismo. O 
Núcleo  tinha  funções de atender a  cinco  frentes de  trabalho  com ação  intrainstituicional, 
extra institucional, açãocomunitária, ação por demanda, ação de treinamento comunitário. 
O Projeto se inspirou na Lei Federal 11.888/2008 de Assistência Técnica e foi financiado com 
recursos  repassados pelo Programa de Aceleração do Crescimento – PAC através da Caixa 
Econômica  Federal que  incorporou demandas do  Subprograma Melhorias Habitacional do 
Governo compondo assim a minuta do acordo do Plano de Trabalho com uma estratégia de 
extensão do curso. Trabalharam com uma área de Interesse Social localizada na quadra QNL 
iniciando com uma atividade de campo para  levantamento de dados e atividades de Ateliê 
para  produção  de  desenhos,  relatórios  e  diagnóstico.  Conclui  informando  os  objetivos 
alcançados  com  o  trabalho  na  capacitação  do  aluno  com  o  trabalho  de  campo  e 
envolvimento  nos  diálogos  com  a  comunidade  da  área  de  estudos,  na  aplicação  dos 
conteúdos teóricos das disciplinas e a interlocução com os agentes locais e da administração 
pública  no  processo  de  elaboração  do  diagnóstico.  Conseguiram  assim  envolver  os 
graduandos nas Atividades administrativas e finalísticas da administração pública. A quinta e 
última apresentação proferida pela professora Nirce Medvedovski, coordenadora da CEF do 
CAU/RS, com o título “Um relato do CAU/RS sobre a Prática Profissional Assistida nas escolas 
de Arquitetura e Urbanismo no Rio Grande do Sul” foi resultado do debate da Comissão de 
Ensino e Formação do CAU/RS sobre suas reais competências e contribuições. A professora 
ilustrou as possibilidades do novo sistema IGEO do SICCAU como estratégia para atender ao 
objetivo de melhoria do exercício profissional a partir da origem da formação profissional. A 
reflexão  demandou  um  trabalho  conjunto  da  CEF  e  da  CEP  sobre  quais  informações 
poderiam contribuir para o desenvolvimento de um melhor ensino e a questão da teoria e 
prática da profissão. O Método adotado contemplou pesquisas exploratórias qualitativas e 
quantitativas  nas  busca  de  informações  diretas  através  de  entrevistas  abertas  e  de 
questionários  específicos  realizados  junto  as  coordenações  das  IES  e  de  seus  respectivos 
escritórios modelos.  Aspectos  legais  sobre  o  tema  da  prestação  de  serviço  também  foi 
avaliado  inclusive de como o PPC abordava esta relação nas práticas assistidas de extensão 
de seus respectivos cursos. Dividiram o Estado em regiões de planejamento e fizeram mapas 
temáticos. Analisaram os  tipos de escolas, o número de vagas e de profissionais ativos no 
  XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 17   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
estado e a distribuição espacial destes no contexto Estadual. Constataram a existência atual 
de três oportunidades de vagas de estágio por egressos, alertando porém para a demanda 
crescente  tendo  em  vista  as  novas  IES  com  cursos  de Arq Urb  no  Estado  que  ainda  não 
possuem  alunos  nos  períodos  do  estágio  supervisionado  obrigatório. Destacou  dentre  os 
aspectos positivos do estágio supervisionado nas IES o ganho acadêmico – esta deve ser uma 
prática  garantida da  integração da  teoria  à prática, que demanda  estratégias  preventivas 
diante o resultado da pesquisa para atender a demanda real da comunidade. Acrescenta que 
cada projeto de extensão possibilita a abertura  também de  campo de  trabalho do  futuro 
egresso, pois a comunidade passa a conhecer aspectos que são da profissão reconhecendo o 
valor do profissional de arquitetura e urbanismo. Dentre os aspectos negativos destacou a 
dispensa de  licitação que vem sendo aproveitada pelas  IES que utilizam toda  infraestrutura 
da  Instituição, no  caso das públicas  com o uso da máquina pública para  concorrer  com o 
mercado,  gerando  uma  discussão  ética  relacionada  a  questão  da  concorrência.  Encerra 
informando que os 10% de alunos envolvidos em projetos de extensão conforme definido no 
recente  Plano  Nacional  de  Educação  ainda  é  uma  realidade  distante  tendo  em  vista  o 
problema da  limitada participação dos alunos nestes projetos. As contribuições do debate 
que ocorreu  após  as  apresentações destacaram  a necessidade de  se  incluir  a questão de 
como estruturar a Extensão e fazer com que os acadêmicos e a gestão entendam a definição 
da mesma, no próximo evento da ABEA.  
2ª SEÇÃO: Nessa seção coordenada pela professora Wanda Vilhena e relatoria do professor  
Gogliardo Vieira Maragno, dois autores não compareceram para apresentar seus trabalhos. 
foram  apresentados  trabalhos  a  seguir.  1‐  “O  ensino  de  Projeto  de Arquitetura  frente  as 
inovações  tecnológicas  –  um  processo  reflexivo”  de  autoria  de MarcelAlessandro  Claro, 
Larissa Caroline Silva  Jordão  (apresentado por Carmem Maluf). Contexto: Houve mudança 
curricular  na  UNIUBE  quando  se  inseriu  tecnologia  e  explicou‐se  sua  reestruturação  e  a 
inclusão da tecnologia em paralelo às disciplinas de projeto. Com necessidade de redução da 
carga  horária,  foram  retiradas  ou  reduzidas  as  disciplinas  que  fossem  apenas 
instrumentação. A informática reduziu‐se a um único ano. A utilização de plataformas ficou 
para  ser  obtida  externa  ao  curso/instituição.  Foi  observado  que  alguns  alunos  não 
conseguiram  buscar  externamente.  Agora,  após  5  anos,  está  se  revendo  como  recuperar 
este conteúdo. Esse é o foco do trabalho, reflexão sobre os processos de projeto no atelier 
com  a  inserção  de  novas  tecnologias.  O  uso  das  TICs  –  tecnologia  de  informação  e 
comunicação no ensino de arquitetura. Que as TICs não sejam meramente uma prancheta 
eletrônica,  e  sim  um  facilitador  do  ato  projetual  e  de  interação  entre  professor  e  aluno. 
Como estarão portanto  inseridas no projeto? Quais as mediações entre professor e aluno? 
Como será o novo atelier de projeto. Como evitar a dispersão pelo uso das redes sociais e 
reverter  para  o  aprendizado?  Instâncias  de  importância  da  pesquisa:  científica,  social  e 
pessoal. O projeto como construção coletiva com a participação do professor. Como focar o 
processo de aprendizado para que seja crítico e reflexivo, mais que seja mero instrumento. A 
postura  do  professor  é  essencial  para  essa  mudança  de  enfoque.  2‐  “Divergências  e 
convergências. Design Thinking e problematização no ensino de projeto arquitetônico” de 
Ivo R. Giroto, Universidade  Estácio de  Sá, RJ. Experiência de  2  anos de uma disciplina de 
projeto arquitetônico: Atelier 4, 7º período. Falar de projeto é falar de processo criativo. A 
experiência  parte  de  uma  busca  de  uma  prática  pedagógica  aplicada  que  incluísse  a 
autonomia do aluno e também a condução para atingir melhores resultados através do que 
chama de problematização. A abordagem que o Design Thinking proporciona baseado de um 
  XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo  18   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
processo de  abertura, divergência baseado  em empatia,  colaboração,  tangibilização entre 
outros. A empatia baseia‐se em olhar o  contexto no papel de quem  vivencia  foco no  ser 
humano.  Colaboração  entre  os  estudantes  e  entre  eles  e  os  usuários  finais,  permitindo 
conexão entre diferentes áreas de conexão e experiências. A tangibilização é transformar as 
ideias em projeto,  fazendo, errando e  fazendo novamente. Testar  ideias e saber quando é 
necessário abandoná‐las. O Design Thinking dá um valor maior ao processo que ao resultado 
final. “Os arquitetos aprendem com uma serie de estudos de projetos e recebem críticas as 
soluções e não aos métodos”. Convergência e problematização através do  lançamento de 
um enunciado e desenvolvimento de suas condicionantes. A restrição de alternativas para a 
solução seja apelo terreno ou pela definição programática, conduz ao aperfeiçoamento das 
definições  forais e construtivas  (Corona Martinez). Começar com propostas que vão sendodesenvolvidas através de pesquisa direcionada e com soluções maduras evitando a divisão 
entre prática e teoria. Aplicação em um projeto: Mercado Popular da Uruguaiana: procurar 
um tema onde a capacidade empática dos alunos pudesse ser testada em grande medida. 
Alunos da Barra da Tijuca pudessem ter contato com um problema real, com usuários reais, 
distante do seu meio. Condicionantes baseada na  fora do terreno,  fluxos e edifício vertical 
encravado  na  esquina  do  terreno.  Etapa  de  interpretação  a  partir  da  análise  do  usuário‐ 
arquétipo.  Dinâmica  da  experimentação:  10  projetos  em  uma  hora.  Validação  posterior 
levando os estudos até as pessoas reais, retornando ao atelier. Organização espacial a partir 
dos Fluxos, existentes ou propostos, referencias  locais (edifício da esquina coo ponto focal, 
por  exemplo)  e  forma  do  terreno.  3‐  “Biomimetica  aplicada  ao  ensino  de  projeto  de 
arquitetura:  o método  biotriz”  de  autoria  de  Ronnie  Cunha  ,  IFPB  (design) mestrando  da 
UFPB. Biomimética é nova ciência que estuda os modelos da natureza, originada da biônica. 
É a abstração do bom projeto da natureza  (Vicent). Dois  tipos de  abordagens:  top down, 
abordagem baseada no problema e bottom up, abordagem baseada na  solução. Métodos 
não  são  claramente  definidos.  São  necessários  domínios  tanto  da  Biologia  quanto  da 
Arquitetura. O BioTRIZ é um sistema que permite utilizar soluções abstraídas de projetos de 
sistemas  biológicos,  já  traz  embutido  um  banco  de  dados  que  diminui  a  necessidade  de 
conhecimento  biológico.  Desenvolvido  por  Julian  Vicent  baseado  na  análise  de  500 
fenômenos biológicos e  cerca de 2500  conflitos. Utiliza 6  campos de operação: estrutura, 
substância, espaço, tempo energia e informação. Estudo de caso com alunos de arq e urb da 
UFPB na disciplina de Plástica. Verificar se o BioTRIZ seria um método adequado ao ensino 
de  arquitetura.  Experiência  inicial  com modelos  de  baixa  complexidade. Mapa  conceitual 
para avaliar os  resultados. Grande dificuldade com o emprego  foram  condicionamento de 
projeto,  interferência  na  aplicação  e  limitações  do  conhecimento.  Alunos  desejavam 
conhecer  o  doador  da  forma,  o que no biotriz não mais havia, pois  o  sistema  já  trazia  a 
abstração.  Dificuldade  de  abstração  dificultou  a  aplicação  do  método.  Preferencia  pelo 
método intuitivo. Entenderam e conseguiram aplicar o método, mas preferem o método da 
tentativa  e  erro,  o  que  gerou  uma  barreira  na  aplicação.  Durante  o  debate  após  a 
apresentação,  houve  muita  discussão  sobre  as  interações  entre  ensino  de  projeto, 
tecnologia, domínios de tecnologia da informação, etc.  
3ª SEÇÃO: Nessa seção que contou com a coordenação da professora Andrea Lúcia Vilella 
Arruda e relatoria d professor Enio Moro foram apresentados quatro trabalhos. “O projeto e 
a  integração com o conteúdo tecnológico no ensino de Arquitetura e Urbanismo no Brasil” 
de Renato de Medeiros e  Camila Cavalcanti Resende. O trabalho discorreu sobre os desafios 
para  integração  das  questões  tecnológicas  nos  cursos  de  Arquitetura  e  Urbanismo, 
  XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 19   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
debatendo  a  integração  necessária  entre  ensino  de  projeto  e  tecnologia;  discorreu  ainda 
sobre  o  pensamento  necessário  e  integrado  entre  essas  questões  e  a  necessidade  de 
revigoramento  do  ensino  por meio  do  olhar  sobre  o  projeto  da  obra.  “Representação  e 
apresentação do projeto urbano  em  ‘Ateliê  Integrado  2’ do quarto  ano da  FAU‐UFRJ”  de 
Fabiana Izaga, Solange Carvalho e Alexandre Pessoa. Os autores trazem a discussão sobre os 
desafios  das  questões  urbanas  para  o  ensino  de  Arquitetura  e  Urbanismo  tendo  como 
principal  foco  sua  reflexão  como  embasamento  e  conseqüência  do  processo  projetivo; 
discutiu‐se também a  importância das experiências do Ateliê  integrado e as dificuldades na 
sensibilização  dos  departamentos  da UFRJ  para  o  exercício  integrado  de meio  e  final  de 
curso;  nem  todas  as  disciplinas  aceitaram mas  a  experiência  foi  de  extremo  sucesso;  a 
experiência ainda trás resultados por meio de integração e fusão de exercícios e conteúdos e 
associações  disciplinares  pela  disciplina  de  Projeto,  como  por  exemplo,  Representação, 
Imagens  Conceito,  Corte  Urbano  e  Maquetes,  entre  outros.  “Conceito,  Instrumento, 
Integração: Postulados Pedagógicos do CAU/UFPE” de Luiz Amorim,   Maria de  Jesus Leite, 
Gilson  Gonçalves  e  Patrícia  Porto  Carreiro.  Esta  comunicação  apresentou  as  questões 
pertinentes à construção do novo Projeto Pedagógico do curso de Arquitetura e Urbanismo 
da  UFPE,  com  enfoque  na  discussão  da  estrutura  curricular  como  oportunidade  para 
melhorar  o  curso;  uma  das  dinâmicas  referiu‐se  à  prática  cotidiana  de  construção  e 
transmissão  do  conhecimento,  da  concepção  das  mudanças  (Ordem  Expressiva,  Ordem 
Instrumental articulando‐se por meio de Eletivas, Conceituais e Instrumentais), por meio da 
revisão  de  conteúdos  e  práticas  integradas.    “Novas  práticas  pedagógicas  da matéria  de 
Informática  Aplicada  à  Arquitetura, Urbanismo  e  Paisagismo:  Experimentações  dentro  do 
Novo Currículo do Curso” de Patrícia Porto Carreiro e Rejane de Moraes Rêgo. A exposição 
tratou  da  questão  da  informática  aplicada  à  arquitetura  e  urbanismo  sob  o  enfoque  da 
interdisciplinaridade, indissociabilidade e aprendizagem baseada em problemas; neste olhar 
a  Informática  funciona  como o elemento  integrador, mesmo  com  carga horária  reduzida, 
discutindo  questões  de  mapas  georreferenciados,  BIM,  Modelagem  e  Prototipagem.  A 
Coordenação da mesa resumiu o conteúdo dos trabalhos com os principais aspectos e abriu 
o debate. O prof. PAULO perguntou aos expositores  sobre as  relações entre a  revisão do 
Projeto Pedagógico e a estruturação dos novos espaços necessários.  Os debates giraram em 
torno  do  papel  da  Coordenação  do  NDE  e  dos  demais  atores  em  processos  reforma 
pedagógica,  a  experiência  do  Ateliê  Integrado  rompendo  com  o  modelo  de  ensino  por 
disciplina,  sobre  a participação dos estudantes nesse processo  e  ainda  sobre o papel dos 
departamentos  e  dos  pré  e  co‐requisitos.  Foi  enfatizado  o  tema  da  prototipagem  e  a 
importância  do  papel  da  geometria  gráfica  na  formação  dos  arquitetos  e  urbanistas. 
Discutiu‐se  as  especificidades  temáticas,  a  complexidade  dos  conteúdos,  a  utilização  das 
multi‐escalas e a estrutura física necessária para os avanços pedagógicos. Sobre o ensino de 
CAD, cabe à visão crítica de cada curso a pertinência desta ferramenta, seja como meio ou 
como fim. 
4ª  SEÇÃO:  Coordenação  da  professora  Ana  Maria  Reis  Goes  Monteiro  e  relatoria  do 
professor  Carlos  Eduardo  Ferreira.  Nessa  seção  foram  apresentados  quatro  artigos. 
“Desenho  Técnico  Geométrico  e  Geometria  Descritiva  –  novas  metodologias”  de  Erika 
Pereira Machado  e  Layla  Christine Alves  Talin;  “Fabricação digital  em  ateliê  vertical:  uma 
experiência didática no ensino de Arquitetura e Urbanismo” de autoria de  Juliano Miotto, 
Katiane Laura Balzan, Paula Batistello e Vivian Delatorre; “A história presente: um exercício 
  XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo  20   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
com maquetes”  de  Ana  Carolina  Carmona;  “Ensino  e  aprendizagem  do  comportamento 
estrutural por meio de modelos físicos” de Marina M. Duarte e Károla A. Stach. 
XXXVI COSU. Após o intervalo do almoço, às quatorze horas e vinte minutos do dia trinta de 
outubro  foi dado  início à primeira seção da XXXVI Reunião do Conselho Superior da ABEA 
com  a  seguinte  pauta:  1)  Informes;  2)  Palestra  “Matrizda  Mobilidade  e  do  Exercício 
Profissional dos Arquitetos e Urbanistas”; 3) Mesa com a Comissão de Ensino e Formação do 
CAU/BR e 4) Palestra sobre o Sistema Nacional de Acreditação de Cursos de Arquitetura e 
Urbanismo dos Estados Unidos – NAAB.  
1) Informes. O professor Fernando Costa, presidente da ABEA, fez um breve relato sobre as 
ações da Associação iniciando pelas deliberações do CONABEA realizado em Goiânia em dois 
mil  e  treze.  Informa  que  as  contribuições  referentes  à  revisão  das Diretrizes  Curriculares 
Nacionais – DCN foram reunidas em um documento único entregue pela ABEA ao Conselho 
Nacional de Educação  junto a uma solicitação de revisão da referida DCN de Arquitetura e 
Urbanismo  após  o  mesmo  ter  sido  encaminhado  à  Comissão  de  Ensino  e  Formação 
Profissional  do  CAU/BR.  Acrescenta  que  o  documento  foi  ratificado  pela  CEF  do  CAU/BR 
tendo  sido  alterados  por  solicitação  do  Plenário  do  CAU  somente  o  artigo  referente  ao 
regulamento da Pós graduação na graduação, neste caso retirado do documento, e do artigo 
referente  ao  estágio  que  no  entendimento  da  mesma  Plenária  do  CAU  decidiu‐se  pela 
sugestão  de  que  o  estágio  supervisionado  fosse  limitado  a  ser  realizado  em  obras, 
entendimento  este  que  diferia  da  proposta  da  ABEA  que  entende  que  o  estágio 
supervisionado  deva  contemplar  as  diferentes  modalidades  do  exercício  profissional. 
Completa  o  ponto  de  pauta  informando  que  o  documento  aprovado  no  CONABEA  foi 
mantido e encaminhado ao CNE e que a ABEA agendou uma reunião para o início do mês de 
novembro  junto  a  Câmera  de  Educação  Superior  para  cobrar  um  retorno  em  relação  a 
solicitação feita pela ABEA E CAU/BR em maio deste anos. O Professor Geraldine confirma o 
agendamento da reunião para o dia cinco de novembro por solicitação da própria CNE.  
2) Palestra “Matriz da Mobilidade e do Exercício Profissional dos Arquitetos e Urbanistas”. 
Dando prosseguimento o presidente da ABEA  convida a Arquiteta Mirna Cortopassi  Lobo, 
assessora do CAU/BR para apresentar a palestra sobre a Matriz de Mobilidade desenvolvida 
pelo CAU/BR. A Assessora  inicia agradecendo o convite e  informando se sentir emocionada 
por  estar  em  contato  com  profissionais  do  universo  acadêmico,  já  que  ela  mesma  foi 
docente  por  anos.  Informa  que  ainda  enquanto  docente  se  deparou  com  grandes 
resistências dos colegas da academia sempre que propunha inserir práticas que envolviam a 
tecnologia  e  que  tem  sido  defensora  destas  estratégias  de  ensino  desde  a  sugestão  pela 
implementação  de  propostas  que  envolviam  o  desenho  assistido  pelo  computador  nos 
cursos de Arquitetura e Urbanismo. Acrescenta que devemos sempre estar atentos a ouvir 
nossos  alunos  tendo  em  vista  a  facilidade  tecnológica  dos  mesmos.  Similar  resistência 
ocorreu no âmbito do próprio CBA e CAU logo no início quando foi sugerido um Sistema de 
gerenciamento para o novo Conselho que hoje conhecemos pelo SICCAU. Prossegue dizendo 
que esta Matriz da Mobilidade e do Exercício Profissional dos Arquitetos e Urbanistas tem 
sido um  ideal de consumo desde quando era docente, pois havia uma  lacuna referente ao 
acompanhamento  para  identificar  se  o  trabalho  que  procurava  fazer  junto  aos  discentes 
estava tendo o efeito esperado quando os mesmos se  inseriam no mercado profissional. A 
matriz operacional  surgiu a partir de  indagações  semelhantes onde o atual presidente do 
CAU  identificou  que  precisávamos  de  um  sistema  de  informação  integrado,  baseado  no 
raciocínio  territorial  para  produzir  informações  e  dados  para  assessorar  as  decisões  do 
  XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 21   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
Conselho. Continuou explicando que o Sistema de  Inteligência Geográfica do CAU surgiu a 
partir  da  resolução  número  cinco,  permitindo  hoje  uma  interoperabilidade  de  módulos 
“mobiles”  baseado  em  um  Data  Center  único,  com  um  IRP  em  um  sistema  gerencial, 
corporativo, o SICCAU como sistema de  informação e comunicação do CAU. A partir deste, 
tem‐se a inteligência geográfica, o gerenciador de documentos e a biblioteca que está sendo 
implantada este mês. O IGEO Server possui uma associação de layers temáticos infinitos com 
um banco de dados que guarda  informações alfanuméricas para armazenagem dos dados, 
trata‐se de um portal livre para qualquer um acessar a partir da solicitação de uma senha. A 
assessora  alerta  que  para  acessá‐lo  é  necessária  a  leitura  do manual  disponibilizado  no 
sistema. A professora Mirna explica que as CEF dos CAU UFs tem feito um esforço continuo 
para cadastrar os cursos de Arquitetura e Urbanismo, pois a partir dos dados fornecidos as 
Instituições poderão obter  informações referentes a atuação de seus egressos por região e 
áreas de atuação, inclusive no exterior, além das informações que contemplam o percentual 
de  egressos  que  procuram  uma  pós  graduação  com  os  diferentes  níveis  e  titulações 
especificadas. Informa que dos trezentos e setenta e quatro cursos existentes hoje no país, 
cento e cinquenta e oito  já estão cadastrados no SICCAU. Fala das demandas que surgiram 
da  própria  comissão  de  ensino  sobre  a  distribuição  espacial  das  IES  no  Brasil,  com  a 
classificação das  IES  em  Faculdade, Centros Universitários  e Universidades, bem  como  os 
regimes, se anual ou semestral e sobre o rebatimento destas informações no território, pois 
agrega dados sobre a prática profissional a partir do número de IES e seus egressos. Hoje, o 
IGEO já possui mapeamentos georeferenciados das IES por unidade da Federação com dados 
do censo de dois mil e dez dos municípios, onde são produzidos mapas com comparação do 
PIB por IES e análises regionais onde podem ser avaliadas as ofertas de estágio na região de 
abrangência.  A  Professora  Mirna  acrescenta  que  as  doze  informações  georeferenciadas 
existentes na base de dados do sistema de inteligência IGEO do SICCAU também facilitará o 
trabalho de fiscalização dos Conselhos Estaduais, pois a partir da  localização das atividades 
nos eixos das vias e dos sentidos de tráfegos, poderão ser traçadas as rotas para as ações de 
fiscalização.  Outra  informação  gerada  pelos  primeiros mapeamentos  do  IGEO  despertou 
uma  preocupação  em  relação  a  distribuição  espacial  dos  Arquitetos  e  Urbanistas  no 
território  nacional  alertando  para municípios  sem  profissionais  habilitados  para  atuar  no 
planejamento  dessas  cidades,  na monitoração  de  seus  planos  diretores,  etc.  A  assessora 
conclui sua fala lembrando que pela primeira vez na história de nossa existência profissional 
sabemos  quantos  somos,  o  que  fazemos  e  onde  estamos,  possibilitando  uma  série  de 
tomadas de decisões para que tenhamos o que almejamos para a arquitetura e o urbanismo 
retomar o seu espaço com qualidade dentro da sociedade e da realidade Brasileira. Conclui 
informando  que  a  partir  deste  novo  sistema  os  pesquisadores  contarão  com  novas 
possibilidades de produção a partir desta plataforma digital e que as IES interessadas em ter 
acesso ao IGEO poderão entrar em contato com a CEF do CAU/BR. Lembrando que a Matriz 
de Mobilidade permite aferir as especificidades do exercício profissional como  insumo não 
só  para  a  matriz  curricular,  mas  para  as  ações  de  planejamento  e  gestão  das  IES  que 
passarão a verificar o nível de abrangência de seus cursos e de suas atividades a partir de 
mapas  com nível  de  análises  regionais ou  interurbanas. As  estatísticas  aparecerão  com o 
nível  de  agregação  do  estrato  territorial  desejado.  Encerrada  a  fala  da  professora Mirna, 
pede a palavra o professor Wilson Ribeiro  Junior que elogiou o  trabalho e a apresentação 
declarando‐se maravilhado com as possibilidades deuso e aplicação do sistema. Esclarece 
que o sistema irá contribuir tanto com as manifestações sobre o reconhecimento e abertura 
  XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo  22   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
de cursos de arquitetura e urbanismo a ser feita através do convênio firmado entre MEC e 
CAU quanto com os relatórios das comissões avaliadoras de curso do MEC e às próprias IES, 
pois  lembra  que  um  dos  itens  de  avaliação  do  Instrumento  de  Avaliação  do  INEP  é  o 
acompanhamento  de  egressos  por  parte  das  IES.  Encerra  dizendo  que  o  sistema  irá 
contribuir ainda para redefinir questões de atuação dos cursos de arquitetura e urbanismo 
para revisões internas dos seus respectivos Projetos Pedagógicas de Curso ‐ PPC. Em seguida 
pede a palavra o Professor Gogliardo Vieira Maragno que se  intitula fã do referido sistema 
apresentado lembrando que o IGEO possibilitará que uma IES com interesse de abertura de 
novo curso identifique dentro do território a demanda pelo caráter regional para elaboração 
do seu PPC do novo curso. Manifestação positiva seguida do Professor Geraldine Junior que 
também parabeniza a professora Mirna pela palestra lembrando a mesma que foram várias 
reuniões com o Ministério de Educação para apresentar este produto. O MEC  ficou muito 
interessado  nestas  informações  e  o  único  Conselho  que  possui  este material  é  o  CAU. 
Quando apresentamos alguns gráficos e mapas, o MEC viu e pensou no programa dos “mais 
médicos”,  então o Governo  vislumbrou um produto que possa desenvolver políticas para 
oferta de cursos no país. Existe um documento da Procuradoria Jurídica do MEC, e o CAU/BR 
está para assinar um acordo de cooperação, diferente de simplesmente fazer manifestações 
técnicas,  mas  para  realizar  estudos  relacionados  a  distribuição  espacial  das  IES  e  dos 
profissionais  no  território  nacional.  Possibilitando  a  construção  de  novas  políticas  para 
avaliar o nosso projeto pedagógico, já que vamos poder saber o que nossos egressos estão 
fazendo e onde estão atuando. Em seguida a professora Mirna agradece acrescentando que 
foi  feita  uma  capacitação  nacional  de  quarenta  horas  para  o  aprendizado  de  todos  os 
Conselhos  Estaduais.  Todos  possuem um  software  específico dentro do CAU do  Estado  e 
informa que aquilo que a  IES precisar, existe uma certa capacidade de poder agregar estes 
dados e de disponibilizá‐los para que sejam associados as feições geográficas. O Presidente 
da ABEA, professor Fernando Costa encerra agradecendo a palestra da professora Mirna e 
convocando os conselheiros da Comissão de Ensino e Formação do CAU/BR para compor a 
mesa e passa a palavra ao Presidente da CEF do CAU/BR.  
3) Mesa com a Comissão de Ensino e Formação do CAU/BR. O Professor Fernando Diniz do 
CAU/RJ,  coordenador  da  CEF  do  CAU/BR  agradece  a  ABEA,  apresenta  a  comissão  e  os 
conselheiros presentes, lembrando que a mesma é renovada a cada três anos. Informa que 
existe um grande interesse da Comissão em manter uma boa relação com o MEC para evitar 
problemas como os ocorridos no Conselho anterior. Acrescenta que apesar de apenas três 
anos a Comissão tem contribuído com a melhoria do ensino criando pontes entre a ABEA, 
Escolas, Comunidades de ensino, CNPQ e o MEC. Esclarece aos presentes sobre as ações de 
rotina, de  análises de processo de profissionais  graduados no  Exterior, do  cadastramento 
dos  cursos  e  acrescenta  que  a  palestra  da  professora Mirna  possibilitou  uma  visão  da 
contribuição que o CAU pode ter para as IES na definição de políticas conforme ilustrada na 
apresentação da assessora.  Informa que o  trabalho constante da CEF  junto ao MEC gerou 
convênios tanto das Manifestações Técnicas quanto do novo mencionado pelo Conselheiro 
Geraldine. Das  ações  realizadas  lembra  que  organizaram  junto  a ABEA  seminários  para  a 
discussão de propostas de revisão da DCN, confirmando que as duas propostas estão no CNE 
e que esperam que seja colocada em votação para ser aprovada a partir do próximo ano. 
Fala sobre os projetos que estão ainda na  fase  inicial, como a questão de acreditação dos 
cursos, para  isto viabilizaram a participação da Sra Andrea Rutledge, Diretora Executiva da 
Agencia  de  Acreditação  de  Cursos  de  Arquitetura  dos  Estados  Unidos  para  apresentar  a 
  XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 23   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
experiência deles que utilizam o sistema de acreditação para garantir a qualidade nos cursos 
de  arquitetura  do  país.  O  Conselheiro  Diniz  esclarece  que  outras  experiências  serão 
consultadas  para  refletir  e  avaliar  se  estas  estratégias  internacionais  podem  servir  de 
referência para futuras ações da CEF do CAU/BR. Informa que também foi feito um acordo 
com o RIBA com a mesma finalidade e que a CEF pretende estudar sobre o processo destes 
conselhos  internacionais  em  relação  as  IES  e  como  podemos  nos  beneficiar  destas 
experiências. Sugere que após a apresentação da Sra Rutledge sejam abertos dois blocos de 
questionamento,  o  primeiro  sobre  a  palestra  e  o  segundo,  para  ouvir  da  plateia  as 
manifestações em relação ao posicionamento em relação a esta questão da acreditação no 
Brasil.  O  Conselheiro  Diniz  passa  a  palavra  para  o  Conselheiro  Fernando  Costa  que 
acrescenta que a CEF  tem procurado estar presente nos CAU Estaduais para participar de 
eventos  relacionados  ao  Ensino,  tentando enfatizar  esta preocupação  sobre o  registro de 
profissionais  formados no Exterior.  Informa ainda que existe uma dificuldade grande, pois 
algumas  Instituições  estão  avaliando  sem  atender  os  critérios  de  comprovação  deste 
conhecimento para  a  revalidação  deste  registro.  Precisamos  estabelecer  um  diálogo  para 
verificar um ponto comum para que este processo de revalidação siga os mesmos critérios 
em  todo  o  Brasil.  O  Conselheiro  Geraldine  da  CEF  do  CAU/BR  segue  na  sequência 
apresentando  a  assessora  de  Comissão  de  Ensino  e  Formação  do  CAU/BR  Arquiteta  e 
Urbanista  Ana  Laterza  que  faz  parte  da  equipe  juntamente  com  o Arquiteto  e Urbanista 
Guilherme.  Explica  que  diferente  de  outros  Conselhos,  o  CAU,  solicita  o  registro  das 
Instituições no SICCAU, pois este procedimento traz economia ao Conselho que possui uma 
equipe enxuta, eliminando ainda o problema de identificação de diplomas falsos e agilizando 
o processo de registro dos egressos que podem ter o seu registro iniciado e passar a dialogar 
com  o  CAU  para  exercer  suas  atividades  assim  que  obtêm  o  seu  diploma.  Este  sistema 
contribui ainda para que as  informações do SICCAU sejam mais atualizadas que as do MEC 
que só possui a informação se um novo curso existe quando este solicita o reconhecimento 
após  três  anos  de  funcionamento  do  mesmo,  pois  os  Centros  Universitários  e  as 
Universidades  possuem  autonomia  para  abertura  de  novos  cursos.  Acrescenta  ainda  que 
outra  frente  é  a  da  Acreditação,  a  União  Internacional  dos  Arquitetos  implantou  este 
sistema,  foram  feitos  vários  pilotos,  algumas  IES  brasileiras  se  inscreveram,  mas  nunca 
efetivamente  chegaram  a  passar  por  este  processo,  implantado  pelo  RIBA,  Instituição 
Britânica  de  Acreditação,  ocasião  em  que  convidaram  vários  conselhos  para  identificar  o 
melhor  sistema de  acreditação  tendo  assumido por  indicação do CONAES, os professores 
Fernando Costa, Lanchotti e Debora Frazatto das discussões. Explica que a ideia de se buscar 
um  sistema  de  acreditação  de  cursos  para  contribuir  com  a  qualidade  do  ensino  de 
Arquitetura  e Urbanismo  em  nosso  país  surgiu  a  partir  da  lacuna  deixada  pelo  INEP  que 
substituiu o antigo instrumento de avaliação de cursos que possuía algumas especificidadesdemandas  pelos  cursos  de  Arquitetura  e  Urbanismo  por  um  Instrumento  generalista 
aplicada para  todos os  cursos  superiores. A partir desta  realidade  surgiu o  interesse pela 
proposição da comunidade internacional e um movimento da associação de ensino do CAU 
para refletirmos se este seria o caminho que desejamos ou não para avaliação da qualidade 
do  ensino  em  nosso  país.  Sobre  a  questão  do  registro  dos  estrangeiros,  acrescenta  o 
Conselheiro Geraldine ser também um assunto que tem ocupado boa parte dos trabalhos do 
Conselho,  pois  existe  a  preocupação  se  o profissional  teve  a  formação  plena,  já  que  não 
existe um interesse de emissão de registros com restrições. Perceberam que na análise das 
IES públicas existem critérios distintos e ao perceber o problema a CEF  iniciou um diálogo 
  XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo  24   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
com  algumas  das  Instituições  para  que,  respeitadas  obviamente  a  autonomia  das  IES 
Públicas,  conseguissem  homogeneizar  os  procedimentos  de  análise  passando  a  adotar  o 
formulário  único  criado  pelo  CAU.  Concluídas  as  falas  o  presidente  da  ABEA,  professor 
Fernando Costa  retoma a  coordenação da mesa e  convida a Diretora Executiva da NAAB, 
Andrea Rutledge que cuida das acreditações dos cursos para explicar o papel das principais 
IES que  se autorregulam e da NAAB, criada em 1940 como um  sistema de acreditação de 
escolas  nos  USA.  Explica  que  dos  50  estados  Americanos,  os  Arquitetos  só  podem  se 
candidatar ao título para exercer a profissão se tiverem estudado em uma  IES credenciada 
pela  NAAB.  Lembra  que  o  CAU  realizou  em  2012  um  encontro  nacional  que  trouxe 
profissionais de  várias  IES e que  agora  trazem  a  experiência  específica de  acreditação da 
NAAP.  
4) Palestra sobre o Sistema Nacional de Acreditação de Cursos de Arquitetura e Urbanismo 
dos Estados Unidos – NAAB. A Diretora  inicia agradecendo o  convite da CEF e da ABEA e 
explicando que não é arquiteta nem professora, mas que  tem sido a diretora da NAAB há 
mais de dez anos, que já trabalhou antes no Instituto de Arquitetura Americano – AIA e na 
Casa Branca. Iniciou lembrando a palestra de abertura ministrada pelo Professor Constantin 
sobre a questão do presente de ensinar, de planejar ao reverso e da palestra da Mirna sobre 
o uso de dados na  formulação de políticas de  gestão acadêmica e do próprio  conselho e 
destacou  que  a  sua  palestra  teria  a  função  de  apresentar  alguns  meios  para  avaliar  a 
qualidade dos cursos nas  IES. Informa que disponibilizou a versão em PDF da apresentação 
para a CEF do CAU/BR. Explicou que existem vários sistemas de acreditação cujo princípio 
fundamental  é  o  processo  voluntário  para  assegurar  a  qualidade  da  avaliação.  Neste 
processo  são  avaliados  os  serviços,  a  infraestrutura  e  as  atividades  das  IES  através  de 
instrumentos  específicos  de  aferição.  A  Acreditação  é  realizada  por  empresa  particular, 
requer um nível alto que contempla um relatório sobre os critérios de auto avaliação da IES, 
várias visitas in loco durante as diferentes etapas do processo de avaliação, recomendações 
de avaliação e treinamento. Informa que os avaliadores precisam ser totalmente  imparciais 
sem  qualquer  vínculo  com  a  IES,  não  podem  ter  familiares,  não  podem  sequer  ter  sido 
estudante ou ter feito vestibular naquela IES mesmo que morem em outro Estado. Informa 
que  as  Instituições  americanas  possuem  autonomia  para  criação  de  seus  cursos  que  são 
estruturados  em  créditos,  onde  existem  Estados  com  ofertas  de  graduação  e  outros 
somente  com  ofertas  de  pós‐graduação  como  em Harvard,  por  exemplo,  lá  não  existe  a 
graduação  e  sim  a pós‐graduação  em  arquitetura,  em  que os  alunos  devem  possuir  uma 
graduação  em qualquer  área  antes de  se  candidatarem  a pós‐graduação  em Arquitetura. 
Explica que o  tempo de  integralização vai variar de acordo com a  formação preliminar do 
aluno,  ou  seja,  aquele  com  graduação  em  arquitetura  deverá  cursar menos  créditos  no 
mestrado que um aluno que tenha se graduado em alguma outra área. Acrescenta que para 
exercer  a  profissão  como  profissionais  autônomos  com  registro  de  Arquiteto,  o  egresso 
precisa  ainda  passar  por  um  período  de  residência  de  cinco mil  e  setecentas  horas  em 
escritórios de Arquitetos  licenciados para obterem experiência prática nas diferentes áreas 
de atuação da profissão, ser aprovado no exame da ordem e terem o diploma de instituição 
acreditada pela NAAB. Alerta que uma vez conquistado o registro em um Estado, o Arquiteto 
só poderá atuar naquele Estado, e que para atuarem em outro Estado é preciso requerer um 
novo  registro. Explica que em arquitetura, a acreditação é o principal meio em que as  IES 
possuem para demonstrarem qualidade aos estudantes e a sociedade e se estas atendem 
aos pré‐requisitos de infraestrutura, serviços de apoio ao estudante, currículo, ou seja, se os 
  XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 25   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
programas  formam  profissionais  que  tem  competência  para  atuarem.  A  Acreditação  dos 
Estados  Unidos  é  única  e  avaliam  dentre  outros  quesitos  se  os  programas  demonstram 
através da apresentação da evolução dos trabalhos desenvolvidos por seus estudantes que 
seus  futuros egressos possuem o  conhecimento e as habilidades definidos  como mínimos 
nos  critérios  de  avaliação  do  desempenho  na  evolução  da  produção  destes  enquanto 
estudantes.  As  Condições  exigidas  para  acreditação  da  NAAB  são  estruturadas  em  duas 
partes, a primeira com critérios que avalia o Suporte Institucional e o Compromisso por um 
aperfeiçoamento contínuo, e a segunda com critérios que avalia a Estrutura Curricular e os 
Resultados  Acadêmicos.  Concluiu  informando  que  os  critérios  possuem  um  rigoroso 
processo  de  revisão  periódico  onde  são  revisados  os  relatórios  das  avaliações  e 
entrevistadas  as  organizações da  área,  escritórios  de  profissionais,  além das  próprias  IES. 
Cita o exemplo de que até pouco tempo era exigido certo número de  livros nas bibliotecas 
das IES, mas que na revisão dos critérios verificaram que  importante é avaliar o acesso dos 
estudantes as informações e recursos. Então o que importa da acreditação é como a Escola 
disponibiliza  estas  informações  aos  seus  estudantes.  Os  procedimentos  detalham  tudo, 
como são feitas cada etapa, o que precisa ser contemplado, com formulários padronizados 
para que todo time de avaliação desenvolva o mesmo critério de avaliação para todas as IES 
do país. Explica que os procedimentos devem ser claramente definidos para evitar conflitos 
de  interesses, de  forma  transparente e  se basear nas melhores praticas para  assegurar  a 
qualidade. Encerra explicando o Acordo de Camberra, assinado na Austrália, um sistema que 
acredita  os  acreditadores.  Foi  um  acordo multinacional  envolvendo  sete  organizações  da 
Austrália,  Canadá,  República  da  China,  Inglaterra,  República  da  Coréia  do  Sul, México  e 
Estados Unidos. Os sistemas dos sete signatários são equivalentes, as condições refletem a 
carta da UNESCO e surgiu para facilitar a portabilidade de intercâmbio na área de ensino, no 
qual cada membro precisa passar pela atualização e capacitação a cada  seis meses. Às 18 
horas do dia 30 de outubro foi suspensa a seção do XXXVI COSU para um intervalo.  
PALESTRA.  Às  19  hora  os  trabalhos  recomeçaram  com  a  palestra  Un  arquitecto  en  “El 
Paraíso”  com  o  Arquiteto.  Simon  Hosie  Samper,  da  Colômbia.  O  palestrante  iniciou  sua 
palestra relatando sua trajetória profissional na Colômbia e a metodologia que desenvolveu 
para a realização de projeto com a participaçãoda comunidade. Em seu trabalho utiliza‐se 
de  fundamentos antropológicos e sociológicos  relacionando elementos da cultura do  lugar 
com  soluções  arquitetônicas.  Relatou  sua  experiência  com  o  projetos  de  bibliotecas,  em 
comunidades  no  interior  da  Colômbia.  Este  projeto  agora  conhecido  como  a  "Casa  del 
pueblo" nasceu como desenvolvimento do seu final trabalho de graduação e baseia‐se nos 
valores do  lugar e  seus habitantes. A Arquitetura de Simon Hosie pode  ser descrita como 
sem precedentes, local e comunitária. 
XXXIII ENSEA – As  seções de  comunicações  continuaram na manhã do dia 31 de outubro 
quando foram instaladas cinco seções.  
5ª SEÇÃO: Coordenação do professor Carlos Eduardo Ferreira e relatoria da professora Ana 
Maria  Reis  Goes  Monteiro.  Foram  apresentados  cinco  trabalhos.  “Sociologia  Urbana: 
conversas  com  futuros  arquitetos  e  urbanistas”  de  Ivany  Câmara Neiva;  “Importância  da 
área  da  Paisagem  para  o  Projeto  Pedagógico  da Universidade  de Uberaba  – UNIUBE”  de 
autoria de Carmem Silvia Maluf e, Veronica Garcia Donoso; “Exercício relâmpago no ensino 
de paisagismo: uma oportunidade!” de Carmem Silvia Maluf e Juliano Carlos Cecílio Batista 
Oliveira;  “A  Contribuição  do  Programa  de  Extensão  do  Núcleo  de  Estudos  Urbanos  e 
Regionais  da  FURB  no  Planejamento  de  Cidades  da  Região  do  Vale  do  Itajaí/SC”  de  Luiz 
  XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo  26   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
Alberto  SOUZA;  e  “A  extensão  universitária  integrando  a  graduação  em  Arquitetura  e 
Urbanismo ao Ensino Médio no Vale Do Taquari/RS “ de Sabrina Assmann Lücke, Laura Costa 
e Luciana Regina Fauri Caetano que, embora não estivesse constando da programação,  foi 
apresentado.  
6ª SEÇÃO: A Sessão, que teve como coordenador o Professor Gogliardo Maragno e relatora 
a  Professora Wanda  Vilhena,  foi  aberta  às  9:10  pelo  com  o  anúncio  da  organização  da 
apresentação  de  todos  os  trabalhos  e  ao  final,  os  debates.  Foram  apresentados  cinco 
trabalhos na ordem a seguir. 1. “A formação e os interesses profissionais dos estudantes de 
arquitetura e urbanismo da FAU‐UnB frente aos objetivos da Lei de Assistência Técnica para 
a população de baixa renda” de autoria de Maria do Carmo de L. Bezerra e Erick Welson B. 
Mendonça.  O  estudante  Erik  apresentou  uma  reflexão  sobre  a  Lei  11.888,  sobre  a 
Assistência  Técnica.  Motivado  pela  observação  que  fazia  das  cidades  e  das  casas  da 
população  de  baixa  renda,  apresentou  os  precedentes  históricos  e  o  resultado  das más 
conduções do atendimento a essa população. Mostrou levantamento em que constata que a 
profissão  elitista  e  que  77%  das  habitações  não  foram  feitas  por  arquitetos. O  resultado 
disso  é  a  má  qualidade  dos  projetos  e  construções  de  habitações  populares.  O  estudo 
levanta, baseado no Censo do CAU de 2012, a presença dos arquitetos não só em relação à 
sua  localização mas, principalmente,  ao  seu  interesse: melhores  índices no  sudeste e  sul, 
piores  no  norte  e  nordeste;  os  clientes  são,  em  sua  maior  parte,  empresas.  Com  a 
implementação da lei, há a possibilidade de mudança do senso comum, de que o arquiteto 
só  trabalha  para  a  elite.  Apontou  no  Currículo  da  UNB  a  presença  das  disciplinas 
relacionadas  ao  interesse  social  e  o  gráfico  dos  temas  dos  TFGs.  Relatou  algumas 
experiências ocorridas desde década de 70 ATME, no RS. Conclusão: a implementação da lei 
pode melhorar  as  condições  de  atendimento  da  população  de  baixa  renda  e  ampliar  o 
campo  de  atuação  do  arquiteto.  2.  “Curso  de  Arquitetura  e  Urbanismo  da  UFSJ:  uma 
experiência  com  a  flexibilidade  e  a  autonomia”  de  Rafael  Silva  Brandão;  Flávia  Nacif  da 
Costa. Rafael, um dos autores do PPP atual, relatou que o curso recebe 60 alunos (30+30), 
tem 3600 horas, e pode ser cursado em 4 anos e meio pois o estágio é desenvolvido em 1 
semestre e pode  ser acumulado  com outras disciplinas. O perfil do egresso é  generalista, 
com ênfases regionais, ênfase na obra civil, planejamento urbano e regional e preservação 
do patrimônio. O curso tem grande flexibilidade e autonomia, cuidando da integração entre 
teoria  e  prática  e  do  estímulo  às  experiências  de  trabalhos  externos,  visando  à  pratica 
profissional.  As  estratégias  são  formação  crítica,  com  conexão  constante  entre  teoria  e 
prática,  com  o  objetivo  de  formar  arquitetos  e  urbanistas  propositores  e  não  somente 
projetistas. Apresentou a matriz curricular, organizada em módulos semestrais e bimestrais, 
trabalhos  integrados.  Para  facilitar  a  organização  do  percurso  pelo  aluno,  a  oferta  de 
módulos  teóricos  está  divulgada  até  2017/2.  Dos  14  módulos  teóricos,  6  são  livres.  O 
controle do percurso e histórico de cada aluno é feito no 6o.período e antes do TFG. O aluno 
produz, a cada semestre, 3 pranchas‐resumo sobre todas as disciplinas cursadas. A avalição 
é  interna e externa,  com  critérios  gerais e  critérios específicos para  cada período  sobre a 
representação.  O  TFG:  é  disciplina  com  seminários,  3  orientações  quinzenais,  avaliação 
intermediária  e  troca  de  orientador  obrigatória.  3.  “Uma  experiência  de  Planejamento 
Participativo aplicado à elaboração do Projeto Político Pedagógico do curso de Arquitetura e 
Urbanismo  da  Universidade  de  Taubaté,  SP”  de  Flavio  Jose  Nery  Conde  MALTA.  O 
Coordenador do curso, percebe que muitas vezes fica isolado e sem possibilidade de arejar o 
ambiente de discussão. Apresentou o processo de elaboração do PPP na  sua  instituição e 
  XXXIII ENSEA – Encontro Nacional sobre Ensino de Arquitetura e Urbanismo 27   XXXVI COSU – Reunião do Conselho Superior da ABEA 
 
todas as dificuldades que  tem encontrado. Vê que o processo vai exigir constantemente a 
participação  dos  docentes,  alunos  e  também  dos  familiares  na  busca  de  uma  identidade 
nova  para  o  curso.  O  Curso  tem  30  anos  e  o  PPP  começou  em  2007  e  ainda  não  está 
terminado. Esclareceu que é um relato crítico e pretende promover um diálogo construtivo. 
Constatou a ausência de procedimentos de documentação e sistematização dos processos e 
a  influencia  das  relações  institucionais  com  efeitos  sobre:  autonomia  sobre  conteúdo  ; 
construção  de  PPP  com  formatação  oficial;  ausência  de  metodologia  de  avaliação  e 
monitoramento  de  resultados;  descontinuidades  na  gestão;  princípios  e  valores 
determinados  pela  demanda  de  mercado;  concepção  especialista  do  profissional  de 
arquitetura; estruturação da matriz  curricular  sem  resultados permanentes. Apresentou  a 
Matriz  em  vigência  desde  2010  e  mostrou  preocupação  em  como  implementar  e 
desenvolver os trabalhos  integrados.   Hoje convivem os regimes anual e semestral (a partir 
de 2012) com  ingresso de 50 alunos por semestre. Relatou que o aumento do número de 
ingressos não é compatível com o número de docentes. O termo de referencia prevê uma 
construção pedagógica coletiva PPARQ 2015, com grupos  temáticos, alunos, professores e 
funcionários, para a definição de instâncias decisórias, tendo, no cronograma de execução, a 
meta de implantação em março de 2015. 4. “Praticar o que se aprende ou aprender o que se 
pratica:  nexos  e  dicotomias  entre  a  qualidade  do  ensino  e  a  prática  de  arquitetura  e 
urbanismo” de Gogliardo Vieira Maragno. Gogliardo apresentou uma reflexão sobre alguns 
aspectos sobre a teoria e prática nos cursos no Brasil. Apresentou o número de arquitetos 
atuantes no país  (100.000), de  formandos ao ano  (10.000) e de cursos  (360). Questionou: 
como avaliar a qualidade do arquiteto e urbanista? Como avaliar a qualidade dos  cursos? 
Constatou que há uma ruptura entre o que a sociedade necessita e o que efetivamente

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