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Gestão ambiental U N O PA R G ESTÃ O A M B IEN TA L ISBN 978-85-68075-53-1 9788568075531_UNOPAR_gestao_ambiental.indd 1 24/06/2014 15:31:45 Gestão ambiental Book_Gestao_ambiental.indb 1 6/25/14 5:09 PM Book_Gestao_ambiental.indb 2 6/25/14 5:09 PM Gestão ambiental Fernanda Caroline Jaques Luciana Borba Benetti Regiane Alice Brignoli Moraes Tathyane Lucas Simão Vânia de Almeida Silva Machado Book_Gestao_ambiental.indb 3 6/25/14 5:09 PM © 2014 by Editora e Distribuidora Educacional S.A. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora e Distribuidora Educacional S.A. Diretor editorial e de conteúdo: Roger Trimer Gerente de produção editorial: Kelly Tavares Supervisora de produção editorial: Silvana Afonso Coordenador de produção editorial: Sérgio Nascimento Editor: Casa de Ideias Editor assistente: Marcos Guimarães Revisão: Luciane Gomide Capa: Bruno Portezan Jorge e Sheila Ueda Piacentini Barison Diagramação: Casa de Ideias Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Jaques, Fernanda Caroline J36g Gestão ambiental / Fernanda Caroline Jaques, Regiane Alice Brignoli Moraes, Vânia de Almeida Silva Machado, Tathyane Lucas Simão, Luciana Borba Benetti. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014. 192 p. ISBN 978-85-68075-53-1 1. Gerenciamento. 2. Recursos Hídricos. I. Moraes, Regiane Alice Brignoli. II. Machado, Vânia de Almeida Silva. III. Simão, Tathyane Lucas. IV. Benetti, Luciana Borba. V. Título. CDD 628.4 Book_Gestao_ambiental.indb 4 6/25/14 5:09 PM Unidade 1 — Gerenciamento ambiental ........................1 Seção 1 Gerenciamento ambiental ....................................................3 1.1 Gerenciamento ambiental ....................................................................4 1.2 Fundamentos e conceitos .....................................................................9 1.3 Gerenciamento ambiental ..................................................................12 Seção 2 Legislação ambiental ..........................................................21 2.1 Legislação ambiental .........................................................................21 Seção 3 Saneamento ambiental .......................................................32 3.1 Revisão histórica do saneamento ambiental no Brasil ........................32 3.2 Definição ...........................................................................................34 3.3 Doenças da carência de saneamento ................................................34 Seção 4 Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho ..39 4.1 Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho ..................39 Unidade 2 — Recursos hídricos ...................................47 Seção 1 Conceito .............................................................................50 1.1 Aumento da população ......................................................................57 1.2 Urbanização ......................................................................................58 1.3 Diminuição das águas com qualidade ...............................................59 Seção 2 Efluentes – classificação ......................................................66 2.1 Caracterização dos efluentes ..............................................................68 2.2 Formas de os efluentes atingirem o corpo receptor .............................77 Seção 3 Tratamento de efluentes .....................................................80 3.1 Tratamento de efluentes gasosos ........................................................80 3.2 Tratamento de efluentes líquidos ........................................................83 Seção 4 Efluentes industriais – como reduzi-los? .............................90 Sumário Book_Gestao_ambiental.indb 5 6/25/14 5:09 PM vi G E S T Ã O A M B I E N T A L Unidade 3 — Resíduos .................................................97 Seção 1 Resíduos sólidos urbanos e industriais ................................99 1.1 Resíduos sólidos urbanos e industriais .............................................100 Seção 2 Gestão e gerenciamento de resíduos ................................105 2.1 Gestão e gerenciamento de resíduos ................................................105 2.2 Gerenciamento integrado dos resíduos sólidos ................................109 2.3 Classificação dos resíduos ................................................................115 Seção 3 Formas de minimização de geração e segregação .............123 3.1 Formas de minimização de geração e segregação ............................123 Seção 4 Acondicionamento seguro ................................................128 4.1 Acondicionamento seguro ...............................................................128 Unidade 4 — Cuidados finais .....................................139 Seção 1 Cuidados no transporte interno e externo ........................141 1.1 Transporte interno e externo.............................................................141 Seção 2 Técnicas de disposição final ambiental correta .................146 2.1 Métodos de tratamento e disposição final ........................................146 2.2 Disposição final dos resíduos sólidos ...............................................154 Seção 3 Gestão de sustentabilidade ..............................................165 3.1 Concepções e conceitos ..................................................................167 3.2 As dimensões da sustentabilidade ....................................................169 3.3 A sustentabilidade e seus desafios ....................................................171 3.4 Indicadores de sustentabilidade .......................................................173 Book_Gestao_ambiental.indb 6 6/25/14 5:09 PM Caro(a) acadêmico(a), Na primeira unidade você será instigado a compreender sobre gestão ambiental, sendo que algumas ações, por pequeninas que sejam, podem contribuir e muito na preservação de nosso planeta Terra. A importância de utilizarmos de forma eficiente os recursos e com menor desperdício possível. Principalmente em se tratando de materiais não renováveis, os quais são esgo- táveis. Além, claro, de que uma boa gestão representa economia e dinheiro. Na segunda unidade serão apresentados os conceitos sobre recursos hí- dricos e como o homem interage com esse bem precioso e vital que detém. Quais os cuidados que dispensamos aos efluentes industriais, seus males e como minimizá-los ou até eliminarmos, o que seria o ideal. Tratar de água é sem sombra de dúvida estarmos dispensando cuidados com a própria vida do homem e os demais seres que dependem desse líquido universal. Mais que a metade da Terra é ocupada por água, no entanto a preocupação deve ser em preservar água em estado potável para consumo. Na terceira unidade falaremos sobre a problemática dos resíduos sólidos, e a necessidade que se tem de gerenciamento desses resíduos, o conhecimento de suas características, bem como formas de amenizar os impactos ambientais causados pela sua geração e disposição. A geração de resíduos, embora seja inevitável, uma vez que toda atividade resulta em alguns resíduos. Um dos mecanismos para sanar, em parte, trata-se da reciclagem, aproveitamento pela segunda vez ou mais, dependendo do material em questão. Na quarta unidade abordaremos os cuidados que devemos ter uma atenção especial com a destinação final de nossos resíduos. Abordar alguns métodos de pré-tratamento para, na maioria dos casos, facilitar a destinação final. Não podemos falar de destinação final sem apresentar alguns cuidados que devem sertomados como no transporte desses resíduos, uma vez que Apresentação Book_Gestao_ambiental.indb 7 6/25/14 5:09 PM viii G E S T Ã O A M B I E N T A L vários tipos podem ser tóxicos. A sustentabilidade passa pelo controle eficiente eficaz dos resíduos. Visando obter economia dos recursos naturais tanto finitos quanto renováveis. Utilizarmos de forma consciente os recursos nos remete a um futuro mais tranquilo do ponto de vista da sobrevivência das espécies. “Está em nossas mãos o futuro do planeta.’’ Excelentes estudos! Book_Gestao_ambiental.indb 8 6/25/14 5:09 PM Gerenciamento ambiental Unidade 1 Regiane Alice Brignoli Moraes Objetivos de aprendizagem: Nesta unidade você será levado a compreender sobre gestão ambiental, verificará que pequenas ações rotineiras podem proteger o meio ambiente, comparará o impacto causado por uma indústria, e conhecerá os mecanismos de uso da gestão ambiental a fim de minimizar os danos trazidos pelo produto desenvolvido por ela. Seção 1: Gerenciamento ambiental O que é gerenciamento ambiental? Esta é uma per- gunta talvez não muito simples de responder, pois refere-se a um assunto muito polêmico que envolve atividade econômica, meio ambiente e seres humanos. Hoje as empresas têm como obrigação desenvolver suas atividades de modo sustentável, e foi a partir dessa necessidade e obrigatoriedade que surgiram os gestores ambientais. Seção 2: Legislação ambiental Para que o meio ambiente seja protegido as autori- dades criaram através de leis meios de protegê-lo. O meio ambiente é constituído por recursos naturais em geral e sem a imposição legislativa o homem o degra- dava sem qualquer responsabilidade. Nos dias atuais as empresas que exploram o meio ambiente devem encontrar meios de usar a natureza sem prejudicá-la. Book_Gestao_ambiental.indb 1 6/25/14 5:09 PM Seção 3: Saneamento ambiental Esse assunto refere-se ao tratamento de água po- tável, ações socioeconômicas que buscam atingir a salubridade ambiental. Para atingir esse objetivo não basta atender à necessidade de água potá- vel, abrangendo também tratamento nas coletas e disposição sanitária de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, ações as quais resultam no controle de doenças transmissíveis. Seção 4: Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho Nessa seção estudaremos a NR-24, norma pouco divulgada. Muito se fala sobre normas de proteção, mas pouco se divulga sobre condições do ambiente de trabalho. Faremos comparativos com a atual si- tuação de muitos trabalhadores com as observações apresentadas na NR. Book_Gestao_ambiental.indb 2 6/25/14 5:09 PM G e r e n c i a m e n t o a m b i e n t a l 3 Introdução ao estudo Caro aluno, O estudo aqui abordado procura demonstrar os impactos ambientais trazi- dos pelas empresas, e, de forma a não trazer tão grandes danos a essa riqueza dada a nós de forma gratuita, apresentamos o sistema de gestão ambiental. Esse sistema foi criado porque a própria sociedade passou a preocupar-se com a qualidade do ambiente; a preservação ao meio ambiente não acontece so- mente na diminuição de cortes de árvores, pois os ataques estão no destino dos lixos, cuidados com rios e marés, fauna e flora. Para que possa haver harmonia em todos os aspectos ecológicos foram criadas leis ambientais que obrigam as organizações a encontrar meios de não emitirem poluentes diretamente na natureza e sim passarem por processo de minimização do impacto. Isso também acontece para os resíduos sólidos, cuja destinação precisa ser feita de forma consciente, inclui o uso responsável de recursos naturais — a extração do re- curso impõe à organização o novo plantio para não haver extinção da espécie. Toda essa exigência parte de um mercado em constante crescimento; para esse crescimento não trazer destruição ao ar que respiramos, à água que be- bemos e até aos alimentos que comemos, há ambientalistas e ecologistas em luta constante pela conscientização do uso desses recursos. O meio ambiente obteve grande vitória e as legislações impostas às em- presas não vieram sozinhas, junto com elas surgiram selos verdes, normas de preservação e a série ISO 14001, mecanismos usados pelas empresas a fim de atender às exigências legislativas bem como construir uma imagem ambienta- lista perante a sociedade. A implantação dos sistemas de gestão ambiental tem sido a ação tomada pelas entidades para responder ao conjunto de pressões impostas pela empresas. A gestão é composta por ações tecnológicas e produção dos “produtos verdes”. Seção 1 Gerenciamento ambiental Este é um assunto sobre o qual ouvimos muitas discussões. Na década de 1960 pouco se falava dos problemas ambientais, não se criava nas pessoas cons- cientização de preservação, que era um tema restrito, somente debatido entre um pequeno grupo de ecologistas, exatamente porque trazer esse problema à Book_Gestao_ambiental.indb 3 6/25/14 5:09 PM 4 G E S T Ã O A M B I E N T A L sociedade era irrelevante; os problemas sociais da época eram maiores e ne- cessitavam de resoluções rápidas, e dar atenção a um assunto pouco divulgado não criaria ações concretas. A evolução tecnológica e industrial trouxe problemas ambientais caracte- rísticos de determinadas atividades. Citamos um exemplo: detectaram polui- ção nos rios através de lixos sólidos descarregados pelas indústrias, naquele momento não se media o impacto que essa ação poderia trazer. Com estudos avançados hoje é possível prever os problemas ambientais, caso providências de preservação não sejam tomadas. Conforme a percepção e constante busca por conscientização da humanidade, por parte dos ambientalistas e ecolo- gistas, o reconhecimento da gravidade da crise ambiental hoje se eleva em nível planetário, o tema tornou-se muito importante e as indústrias/empresas precisam adequar suas atividades de modo a não afetarem o meio ambiente; para conseguirem essa adequação elas seguem modelos de gestão ambiental. 1.1 Gerenciamento ambiental Por que gestão ambiental? Temas como aquecimento global, recursos naturais limitados e o acúmulo de lixo são exemplos de problemas que deixaram de ser apenas previsões futuras e passaram a fazer parte da realidade mundial, com presença certa e constante em nossa vida, independentemente do lugar onde moramos, conforme pode ser observado nas Figuras 1.1 e 1.2, que mostram uma disposição inadequada do lixo e a degradação do recurso natural solo, respectivamente. Tais questões chamam a atenção para a necessidade de gerir de forma sustentável os proces- sos de produção e demais atividades cotidianas praticadas pela humanidade. Book_Gestao_ambiental.indb 4 6/25/14 5:09 PM G e r e n c i a m e n t o a m b i e n t a l 5 Figura 1.1 Disposição de resíduos sólidos urbanos em um “lixão” Fonte: Dos autores (2003). Figura 1.2 Erosão do solo em lavoura de tomate — Londrina — PR Fonte: Dos autores (2003). Book_Gestao_ambiental.indb 5 6/25/14 5:09 PM 6 G E S T Ã O A M B I E N T A L 1.1.1 O que é gestão ambiental? O que você pensa sobre a gestão ambiental? Será que é apenas uma atitude politicamente correta? Ela é capaz de oferecer vantagens competitivas para as organizações nas quais for implantada? E onde ela pode ser utilizada, será que existem limitações para sua aplicação? Por exemplo, pode ser aplicada apenas em empreendimentos urbanos e/ou industriais? A gestão do ambiente é capaz de assegurar o uso racional dos recursos naturais? O que é gestão ambiental, afinal? Vamos tentar responder a essa pergunta? A gestão ambiental pode ser entendida como um processo responsável pela ad- ministração do exercício de atividades econômicas e sociais, de forma a utilizar de maneira racional os recursos naturais. Esse processo, segundo Seiffert (2010, p. 23), Surgiu como uma alternativa para buscar a sustentabili- dade dos ecossistemas antrópicos (aqueles onde há in- terferência humana), harmonizando suas interações com os ecossistemasnaturais, nos quais a sustentabilidade é a regra. Também dá para dizer que a gestão ambiental envolve agentes com in- teresses conflitantes, muitas vezes, em relação à forma de utilização de um determinado bem ou recurso ambiental. Para isso, ao longo dos anos, foram criados vários instrumentos de gestão do ambiente, para mediar essa relação tão complexa, homem versus meio ambiente. A gestão ambiental não é um conceito novo, nem uma necessidade nova, conforme nos relata Seiffert (2010), mas algo que foi amadurecendo ao longo dos anos como consequência natural da evolução do pensamento da humani- dade em relação à utilização dos recursos naturais, a partir das contribuições de várias áreas de conhecimento, com destaque para as engenharias, a geografia, a geologia, as ciências biológicas e a administração. A gestão ambiental evoluiu das necessidades relacionadas com o sistema de saneamento básico, em decor- rência da concentração urbana, para um enfoque próprio de gestão, induzido pela engenharia de produção e pela administração. Também é uma questão de princípio, que emana do desenvolvimento sustentável e que deve considerar uma escala de valores não tangíveis (como a ética e a cultura, por exemplo), valores ecológicos e valores econômicos. Isso porque a gestão ambiental lida com situações complexas em uma realidade inadequada e problemática, cujas condições precisam ser melhoradas com mudanças desafiadoras, tais como a reestruturação da matriz energética, o controle da natalidade via planejamento familiar, a distribuição de renda, a construção de um sistema educacional de Book_Gestao_ambiental.indb 6 6/25/14 5:09 PM G e r e n c i a m e n t o a m b i e n t a l 7 melhor qualidade, uma fiscalização ambiental eficaz e isenta de corrupção, ainda de acordo com Seiffert (2010). Cada um desses exemplos é um desafio num país de dimensões continentais como o Brasil, que luta diariamente contra os desmandos herdados de uma longa história de dominação colonial. Você pode citar um exemplo prático de gestão ambiental? É interessante lembrar que contempla desde pequenas atitudes, realizadas em âmbito indi- vidual, até ações complexas, implantadas pelo poder público e pela iniciativa privada, na forma de pessoas jurídicas (empresas). Quer alguns exemplos? Reduzir o tempo gasto no banho é uma decisão de cada pessoa que pode ser entendida como uma prática de gestão ambiental, dentro de um processo de gestão ambiental de sua residência, e não depende de nenhuma lei para ser implantada, só da vontade e decisão individuais. Já a destinação de resíduos sólidos depende de uma ação conjunta entre poder público e sociedade, norteada pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei n. 12.305/2010 (BRASIL, 2010). Também pode ser citada a proteção de nascentes de água, cuja legislação pertinente (o Código Florestal, em processo de alte- ração), por si só, não garante a prática, que depende de uma ação individual de quem detém a posse de uma determinada área de terra onde existam uma ou mais nascentes de água (Figura 1.3). Figura 1.3 Nascente de água protegida à base de solo-cimento — Londrina — PR Fonte: Dos autores (2011). Book_Gestao_ambiental.indb 7 6/25/14 5:09 PM 8 G E S T Ã O A M B I E N T A L Você conhece alguma nascente de água protegida? Que tipo de prote- ção é utilizado? Essa proteção está de acordo com o Código Florestal para a sua região? Questões para reflexão Observe a complexidade da gestão ambiental, nas palavras de Seiffert (2010, p. 46): A gestão ecológica, base do processo de gestão ambien- tal, não questiona a ideologia do crescimento econô- mico, que é a principal força motriz das atuais políticas econômicas e, tragicamente, da destruição do ambiente global. Mas implica rejeitar a busca cega do crescimento econômico irrestrito, entendido em termos puramente quantitativos, como maximização dos lucros ou do Pro- duto Nacional Bruto (PNB). A gestão ecológica implica reconhecimento de que o crescimento econômico ilimitado em um planeta finito não pode levar a um desastre. Dessa forma, faz-se uma restrição ao conceito de crescimento, introduzindo-se a sustentabilidade ecológica como critério fundamental de todas as atividades de negócios. Concordamos com a afirmação de Seiffert (2010) de que a gestão ambiental busca a condução harmoniosa dos processos dinâmicos e interativos que ocorrem entre os diversos componentes do ambiente natural e antrópico, de- terminados pelo padrão de desenvolvimento almejado pela sociedade. Requer, assim, conhecimento das dinâmicas que envolvem ambos os ecossistemas, pois processos humanos (que abrangem os aspectos sociais, econômicos e culturais de uma determinada região) estão em constante interação com os processos naturais. Quer um exemplo dessa interação? A produção de alimentos (arroz, feijão, frutas, verduras, carnes). É correto definir gestão ambiental como um sistema ou como um processo de transformação? Questões para reflexão Book_Gestao_ambiental.indb 8 6/25/14 5:09 PM G e r e n c i a m e n t o a m b i e n t a l 9 1. Assinale a alternativa incorreta: a) A gestão ambiental implica reconhecer que o crescimento desen- freado das indústrias tendem a ser uma catástrofe ecológica. b) A gestão ambiental somente é aplicada às gestões públicas. c) Podemos dizer que a gestão ambiental tem como característica a responsabilidade social. Atividades de aprendizagem 1.2 Fundamentos e conceitos O homem é o principal agente transformador do ambiente natural, pro- movendo nele alterações para adequá-lo às suas necessidades individuais ou coletivas, produzindo, assim, o ambiente urbano, transformado nas mais diversas conformações e escalas. Para Philippi Junior e Silveira (2004), o am- biente urbano é resultado de aglomerações localizadas em ambientes naturais transformados que necessitam, para a sua sobrevivência, dos recursos existentes no ambiente natural, e aqui tem início o processo de gestão ambiental. O modo como o homem administra, gerencia ou gere esses recursos é o fator que determina o aumento ou a diminuição dos impactos. Esse processo de gestão, segundo os autores, está baseado em três variáveis: 1) a diversidade dos recursos extraídos do ambiente natural; 2) a velocidade de extração desses recursos (que permite ou não a sua reposição) e 3) a forma de disposição e tratamento dos resíduos e efluentes. A somatória dessas variáveis e a forma de geri-las definem a intensidade do impacto do ambiente urbano (artificial) sobre o ambiente natural. Você sabe qual fato agravou o processo de alteração do ambiente natural, comentado anteriormente? Se você pensou na aglomeração de pessoas nos ambientes urbanos, acertou! Quanto maior for essa aglomeração, maiores serão as adaptações e transformações do ambiente natural, e maiores serão a diversidade e a velocidade de recursos extraídos, maiores serão a quantidade e a diversidade de resíduos gerados e menor será a velocidade de reposição desses recursos (PHILIPPI JUNIOR; SILVEIRA, 2004). Vamos ver o exemplo do Brasil? Em 1950, 64% da população brasileira vivia no ambiente rural e 36% no urbano. Em 1970, essa proporção começou a se inverter, com 44% da po- Book_Gestao_ambiental.indb 9 6/25/14 5:09 PM 10 G E S T Ã O A M B I E N T A L pulação rural e 56% urbana. No Censo 2006, o Brasil tinha apenas 19% de sua população rural e 81% urbana. Alguns anos depois, dos 190.755.799 brasileiros contados pelo Censo 2010, 84,36% (160.925.792) estavam residindo no meio urbano, com uma densidade demográfica média de 22,43 habitantes/km2, variando de 2,01, em Roraima, a 444,07 habitantes/km2, no Distrito Federal. No município de Londrina, de onde escrevo este texto que você lê agora, o Censo 2010 registrou apenas 2,6% dos londrinenses residindo no meio rural, equi- valente a 13.181 pessoas, contra 493.520 residentes no meio urbano (IBGE, 2010). Quantos habitantes há no estado e no município ondevocê mora? Qual a proporção entre população urbana e população rural? E qual a densidade demográfica? Questões para reflexão Bem, se hoje a realidade é urbana, existe perspectiva de alterá-la e voltarmos a viver maciçamente no meio rural? Parece que essa perspectiva é quase nula, pois o homem que habita a Terra, atualmente, demonstra preferir viver em aglo- merações urbanas cada vez maiores, demandando quantidades gigantescas de recursos e gerando resíduos na mesma proporção em que consome os recursos naturais. Como viver, então, nesses ambientes urbanos? Como continuar utili- zando sem esgotar os recursos naturais disponíveis? Cabe à gestão ambiental ordenar esse processo, mas de que forma? Uma primeira forma de abordagem organizada é a gestão ambiental urbana consciente. A tomada de consciência é o ato de conhecer todas as questões que envolvem esta tão estreita trama de variáveis que compõem a realidade das cidades e parte da solução do problema. Isso signi- fica dizer que o conhecer precede o agir. As cidades ou aglomerações urbanas, que incluem os setores indus- trial, residencial, comercial, de serviços públicos e de transporte, são organismos vivos e pulsantes e, como os próprios organismos humanos, necessitam de alimentos, água e oxigênio, emitindo no processo o gás carbônico, entre outros, e produzindo resíduos. Por sua vez, absor- vem matérias-primas e as transformam em produtos indus- trializados, gerando excedentes residuais. O transporte desses materiais, brutos ou acabados, in natura ou prontos Book_Gestao_ambiental.indb 10 6/25/14 5:09 PM G e r e n c i a m e n t o a m b i e n t a l 11 para o consumo, e o transporte diário das populações envolvidas nesses processos demandam quantidades di- versificadas de energia e insumos e geram quantidades e intensidades diversificadas de impactos. Vale ressaltar aqui que as populações rurais também utilizam a cidade para a aquisição de bens manufaturados e para as ativida- des de comércio e serviços, na utilização do seu sistema viário e de laboratórios, que geram suporte tecnológico para a melhoria da própria atividade do campo (PHILIPPI JUNIOR; SILVEIRA, 2004, p. 4). Conhecidos o problema e as variáveis ambientais afetadas pelo ambiente urbano e pelos seus processos de expansão, o próximo aspecto a considerar é como enfrentar os impactos produzidos, de forma multidisciplinar, como já se discutiu anteriormente. Se os problemas são complexos, não dá para resolvê-los de forma isolada, nem abordá-los com um único tipo de conhecimento, detido por algum profissional de formação específica ou que atue em todas as áreas de todas as ciências envolvidas no processo. Assim, para gerir o ambiente é necessária a formação de uma equipe multidisciplinar, direcionada à atuação interdisciplinar com contínuo e progressivo diálogo de saberes, priorizando aná- lises e decisões que contemplem a inter-relação entre as disciplinas envolvidas no processo, na busca de soluções exequíveis para uma gestão ambiental eficaz. Tudo bem até aqui? Vamos continuar, então. Você percebeu que em vários momentos usamos a palavra processo, para designar a gestão ambiental e as relações do homem que transformam o am- biente natural em um ambiente urbano? Mas o que é um processo? Ferreira (2004) fornece diferentes significados: 1) ato de proceder, de ir por diante; 2) sucessão de estados ou de mudanças e 3) modo por que se realiza ou exe- cuta uma coisa; método, técnica. E ainda tem o significado jurídico, em que processo é igual à demanda. Juntando os termos, um processo de gestão ambiental pode ser entendido como o modo através do qual se realiza ou executa a gestão de um determinado ambiente. Uma cidade, uma empresa, uma propriedade rural, por exemplo. Em termos gerais, a gestão ambiental visa ordenar as ações humanas para que causem o menor impacto possível sobre o meio onde são realizadas. Esse processo ordenado ou organizado vai desde a escolha das melhores técnicas até o cumprimento da legislação e destinação correta de recursos humanos e financeiros. A gestão ambiental também pode ser entendida como o ato de gerir Book_Gestao_ambiental.indb 11 6/25/14 5:09 PM 12 G E S T Ã O A M B I E N T A L as ações decorrentes do processo de geração de bens de consumo, de modo a minimizar seus impactos no ambiente, seja no âmbito local, regional, nacional ou no ambiente mundial, fruto da globalização a que o planeta foi submetido nos últimos anos. Também é importante entender o termo gerir, que, junto com seu sinônimo gerenciar, significa saber manejar as ferramentas existentes e não necessariamente desenvolver a técnica ou a pesquisa ambiental em si. 1.3 Gerenciamento ambiental A realidade das organizações hoje é uma alta cobrança pelo comprome- timento com responsabilidade social e meio ambiente, destacamos nesse contexto a exigência que as empresas são obrigadas a cumprir para proteção ao meio ambiente. Nos dias atuais esse assunto tem grande impacto, o sistema de preservação aborda um arcabouço de itens, influências na ciência, política e legislação específica a cada situação ou atividade, não podemos nos esquecer de comen- tar os investimentos obrigatórios das empresas em elaborar formas de gestão vinculada a um planejamento, para atender o cumprimento com órgãos regu- ladores e fiscalizadores. A pressão governamental sobre as empresas é grande, porém não é a única, pois a sociedade também exige que as entidades se comprometam em desen- volver seus produtos/serviços sem causar danos ao meio ambiente. Alguns prejuízos trazidos pelas indústrias podem ser vistos a olho nu, por exemplo, as emissões de gases poluentes: a fumaça jogada no ar por uma indústria traz problemas à saúde das pessoas, por isso os consumidores estão mais atentos a esse quesito. Assim, somente ofertar um produto de qualidade no mercado não basta para ganhar o cliente, as organizações devem incluir em sua gestão formas de preservação a esse bem tão precioso que é natureza. Vários estudos apontaram o grande erro que o ser humano vinha come- tendo há anos: o homem desmatava sem limites, o crescimento da civilização fazia-se necessário e para dar lugar às indústrias e fazer crescer a economia construções eram levantadas sem pensar nos males que trariam ao homem quando ele destruía algo tão rico. Demorou um pouco, mas com dados levan- tados por ecologistas foi possível levar até as autoridades os graves problemas de desmatamento e saneamento, e demonstrar o efeito da poluição na vida do ser humano. Com a consciência das autoridades, criaram-se leis e uma política da preservação que obrigaram as empresas a implantarem uma ges- Book_Gestao_ambiental.indb 12 6/25/14 5:09 PM G e r e n c i a m e n t o a m b i e n t a l 13 tão ambiental, exatamente por terem sido julgadas “culpadas” pelos efeitos destruidores causados à natureza. Com a obrigação de serem entidades sustentáveis as empresas passam a ter não somente uma gestão econômica e também uma gestão ambiental. Vamos entender a que isso se refere. A gestão ambiental dentro de uma empresa parte de uma ação em identifica- ção, criar monitorações de controle e avaliações nas quais resultam em redução dos impactos ambientais. A implantação dessa gestão tem como ferramenta a norma ISO (1996) que define: Impacto ambiental como qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, das atividades, produtos ou serviços de uma organização. A norma responsabiliza a entidade por qualquer impacto ambiental e dentre suas definições apresenta que empresas que desenvolvam produtos ou serviços precisam conjugar com o meio ambiente, caso o tratamento correto não venha ser importante para ela, o elemento (produto) desenvolvido é definido como o “causador” do impacto. Ressaltamos um risco comum, as instalações industriais: ao pensarmos em uma instalação industrial, lembremo-nos dos envolventes (comunidade e meio ambienteexternos). O dano causado por essa atividade econômica no meio ambiente leva bons anos de recuperação, e o mesmo ocorre com a comuni- dade: o uso de substâncias químicas liberadas pode trazer às pessoas que vivem naquela região graves problemas de saúde, por isso os impactos precisam ser identificados na gestão ambiental. Para melhor explicar os efeitos sofridos pela natureza, apresentamos uma tabela classificando-os por tema, aspecto e impacto (Tabela 1.1). Book_Gestao_ambiental.indb 13 6/25/14 5:09 PM 14 G E S T Ã O A M B I E N T A L Tabela 1.1 Principais impactos ambientais Tema Aspecto ambiental Impacto ambiental primário (*) Ar Emissão atmosférica Poluição do ar Contribuição à chuva ácida Redução da camada de ozônio Contribuição ao efeito estufa Formação de “smog” fotoquímico Ruído Incômodo à comunidade Radiação Contaminação radioativa Solo Movimentação da Terra Erosão Resíduos sólidos Poluição do solo Água Efluentes líquidos Poluição da água Acidificação Eutrofização Flora Desmatamento Supressão da vegetação Fauna Movimentação de equipamentos Perturbação/evasão de fauna Efluente líquido Ecotoxicidade Sociedade Atividades do empreendimento Geração de empregos Geração de tributos Dinamização da economia regional Uso do solo Recursos naturais Extração dos recursos naturais Exaustão dos recursos naturais (*) o primeiro de uma cadeia de impactos subsequentes Fonte: Epelbaum (2004). Conforme puderam observar, os danos abrangem toda a cadeia do meio ambiente. Na Tabela 1.1 definimos as categorias dos impactos por temas (ar, solo, água, flora, fauna, sociedade, recursos naturais) e para melhor explicar objetivamos os temas nas ações produzidas, especificando cada ação sofrida. Em simplificação na tabela relacionamos os impactos ambientais causados. Há empresas com maiores riscos de acidente ambiental, como exemplo as petrolíferas: em qualquer acidente ocorrido nessa atividade o prejuízo pode ser Book_Gestao_ambiental.indb 14 6/25/14 5:09 PM G e r e n c i a m e n t o a m b i e n t a l 15 todos os impactos demonstrados na tabela. É por causa de tão grandes danos ocor- ridos no meio ambiente que as organizações precisam estar atentas e incluir em seu planejamento ações de prevenção, realizando um gerenciamento ambiental. Gerenciamento ambiental tem como característica um sistema que dê apoio aos gestores para a empresa realizar sua produção sem afetar o meio ambiente, e como grande auxiliador a Série ISO 14000, modelo de sistema de gestão bastante conhecido, ferramenta cuja implantação nas empresas tem dado muito resultado positivo. Essa ferramenta visa à obtenção de uma certificação. No Brasil os sistemas de gestão ambiental utilizados são: NBR Série ISO 14001; Programa de Ação Responsável. A NBR Série ISO 14001 (1996) cita: As normas de gestão ambiental têm por objetivo prover às organizações os elementos de um sistema ambiental eficaz, passível de integração com outros elementos de gestão, de forma a auxiliá-las a alcançar os seus objetivos ambientais e econômicos Esta é uma norma bastante completa, pois atende ao sistema de gestão ge- rencial incluindo o sistema de gestão ambiental. Para dar eficácia ao trabalho ela abrange a auditoria ambiental, inspeções ambientais, rotulagem dos produtos, produtividade da empresa bem como sua avaliação de desempenho ambien- tal. Toda atividade do sistema trabalha com os objetivos da organização não deixando de cuidar da preservação do meio ambiente; a ISO busca trabalhar, de forma unificada, meio ambiente e objetivo econômico. O trabalho do Sistema Gestão diante da Série ISO 14001 é composto pelos elementos-chave: 1. Política ambiental. 2. Planejamento. 3. Implementação e operação. 4. Verificação e ação corretiva. 5. Análise crítica. 1.3.1 Política ambiental Segundo a norma NBR Série ISO 14000 (1996), política ambiental é: Book_Gestao_ambiental.indb 15 6/25/14 5:09 PM 16 G E S T Ã O A M B I E N T A L […] a declaração da organização, expondo suas intenções e princípios em relação ao seu desempenho ambiental global, que provê uma estrutura para a ação e definição de seus objetivos e metas ambientais. Conceituamos como uma forma de estabelecer orientações fixas dos prin- cípios norteadores de ações da organização constituir uma política, parte da elaboração de um documento formal, o qual leva o nome de carta de com- promisso, cujo conteúdo vem dos valores da organização e o reconhecimento do produto mediante o meio ambiente, incluirá também os requisitos para o atendimento da política, sendo estes os objetivos, metas e programas ambientais. Reis e Queiroz (2002 p. 14) consideram: […] a política ambiental como a grande declaração de comprometimento empresarial, relativo ao meio ambiente, constituindo a fundação ou base do sistema de gestão. O autor defende a ideia de que a política ambiental contém as diretrizes básicas na qual define e revê os objetivos e metas ambientais da empresa; percebam que a norma orienta uma ação gerencial dentro da organização. É mais comum vermos a implantação da política ambiental dentro de gran- des empresas. Isso acontece porque, se fizermos uma comparação entre uma indústria de revenda de doces caseiros e uma pequena empresa que revende o mesmo produto, avaliamos a indústria e toda a sua produção, e ela não conse- guirá seguir suas obrigatoriedades se não houver um sistema de gerenciamento indicando como agir quando um determinado lote de produtos não sair com a qualidade exigida. No sistema de gestão ambiental, quando tal situação acontecer, este informará qual será a destinação correta do produto; já no caso de uma pequena empresa, ela poderá dar o destino correto de forma manual. A ISO também é buscada pelas maiores empresas para qualificação de seus produtos pelo certificado de qualidade ISO. Ressaltamos a implementação da série nas organizações e destacamos que ela deve assegurar em sua política ambiental: escala e os impactos ambientais pertinentes às atividades; e incluir na política ambiental o compromisso de melhoria contínua minimização de elementos de poluição; cumprimento com a legislação e normas ambientais; a política ambiental deve estar disponível para o público. Book_Gestao_ambiental.indb 16 6/25/14 5:09 PM G e r e n c i a m e n t o a m b i e n t a l 17 1.3.2 Planejamento Assim como qualquer organização necessita de um planejamento para atingir seus objetivos e metas econômicas, o gerenciamento ambiental segue o mesmo sistema e recomenda uma formulação de um plano a ser cumprido através da política ambiental. O plano deve estar composto por: Aspectos ambientais. Requisitos legais. Objetivos e metas. Programas de gestão ambiental. 1. Aspectos ambientais. Têm como objetivo identificar todos os impactos ambientais significativos, por exemplo: derramamento de óleo nos rios ou lagos, a organização se responsabilizará por cada aspecto identificado. A norma esclarece o aspecto como os efeitos ambientais classificando como adversos ou benéficos. 2. Requisitos legais. Caracterizam-se pelo atendimento à legislação, normas ambientais aplicáveis. Nesta etapa, seguem os critérios para o cadastra- mento e a divulgação da legislação ambiental, cada organização deve desenvolver os códigos de conduta aplicáveis vinculando as situações específicas da empresa, incluindo os compromissos ambientais. 3. Objetivos e metas. A política ambiental segue o mesmo padrão de ob- jetivo e meta das demais políticas empresariais, o diferencial está em alcançar objetivos em um determinado período de tempo, sempre vol- tados a atender os objetivos ambientais com responsabilização definida. 4. Programas de gestão ambiental. É composto por objetivos e metas traba- lhados com um cronograma de execução, o qual permitirá comparação entre o realizado e o previsto, dar atenção aos recursos financeiros dis- poníveis e os recursos alocados às atividades. 1.3.3 Implementaçãoe operação O desenvolvimento de mecanismo de apoio para atender aos objetivos e às metas ambientais divide-se em: 1. Estrutura organizacional e responsabilidade. Definir funções, as respon- sabilidades e as autoridades, fornecer material humano, financeiros, tec- Book_Gestao_ambiental.indb 17 6/25/14 5:09 PM 18 G E S T Ã O A M B I E N T A L nológicos e logísticos, estruturas necessárias à implantação e ao controle do sistema de gestão ambiental. 2. Treinamento, conscientização e competência. A organização deve incluir em sua política ambiental treinamento no qual incluam a conscientização dos colaboradores diante da importância e da responsabilidade quanto ao objetivo e às metas determinados na política ambiental, devendo o treinamento incluir ações de preservação quando a atividade provocar impactos ambientais significativos. 3. Comunicação. Comunicação interna e externa diante dos aspectos ambientais e do sistema de gestão ambiental. Dessa forma, a empresa selecionará canais favoráveis à comunicação clara. 4. Documentação do sistema de gestão ambiental. A empresa define os tipos de documentos, que podem ser de forma física ou eletrônica, contendo os procedimentos específicos ao sistema bem como controle de usuários externos, tais como fornecedores, os documentos precisam prescindir-se de atualizações e exposições aos interessados. 5. Controle de documentos. Os documentos exigidos pela Série ISO 14001 devem obedecer a procedimentos para o seu controle; o controle aqui apresentado comporta em organização de localização, referindo as leis, regulamentos e critérios ambientais com revisão periodicamente. 6. Controle operacional. O controle operacional identificará as operações e atividades potencialmente poluidoras. 7. Preparação e atendimento a emergências. Estabelecer mecanismos de atendimento emergenciais para impactos ambientais não esperados. 1.3.4 Verificação e ação corretiva A norma complementa, em verificações e ações corretivas, averiguar se a operação da empresa está em acordo com o programa de gestão ambiental, tratando também de medidas preventivas. A verificação e ação corretiva são etapas divididas em quatro etapas básicas: Monitoramento e medição. Não conformidades e ações corretivas e preventivas. Registros. Auditoria do SGA. Book_Gestao_ambiental.indb 18 6/25/14 5:09 PM G e r e n c i a m e n t o a m b i e n t a l 19 1.3.5 Análise crítica Após a auditoria, a qual detecta possíveis mudanças nos cenários internos e externos, a análise vem com as pressões de mercado e tendências influentes no ambiente externo da empresa, compreendendo também o compromisso de melhoria contínua requerido pela SGA. Diante de todo o contexto comentado sobre sistema de gestão ambiental é possível afirmar que ele deve atender a, no mínimo, cinco requisitos: a po- lítica ambiental, sendo esta o documento que formalize o comprometimento da empresa com o meio ambiente, a composição resume as etapas de me- lhorias no desempenho ambiental; a identificação dos impactos ambientais trazidos pela atividade; exames, avaliações, testes, junto à política ambiental, ações de minimização desse dano; objetivos e metas definidos para eliminar o problema sendo esta a definição de um cronograma de ações incluindo recursos necessários; um programa de gerenciamento, o qual vem destacar o acompanhamento das ações preventivas, realizando monitoramento e auditoria assegurando o correto funcionamento do sistema para que seja trabalhado de forma eficaz e eficiente. O desempenho ambiental muitas vezes é medido mediante análises ou auditorias. Ocorre que essas duas ferramentas não são suficientes, pois o objetivo de um desempenho ambiental inclui atender à política ambiental e para a obtenção de toda informação é preciso estruturar um sistema de gestão que inclua a atividade da organização com o sistema de gestão ambiental. Para um estudo mais aprofundado sobre sistema de gestão ambiental, acesse: <http://www.abnt.org.br/imagens/ApresentacoesRio20/17_06/17_06_Haroldo%20Mattos%20 de%20Lemos.pdf>. Para saber mais Qual é o procedimento correto para realizar uma auditoria no sistema de gestão ambiental segundo a ISO 14001? Questões para reflexão Book_Gestao_ambiental.indb 19 6/25/14 5:09 PM 20 G E S T Ã O A M B I E N T A L 1. Assinale F (falso) ou V (verdadeiro) ( ) A ISO 14001 é um processo que contempla elementos importan- tes na gestão de uma organização no intuito de identificar aspectos qualitativos e quantitativos relativos ao meio ambiente possíveis de ser controlados pela empresa. ( ) O surgimento da ISO foi em 1972 em Estocolmo (Suécia). ( ) A ISO 14001 auxilia gestores no controle de poluição e de outros impactos ambientais de forma sistêmica tendo também como prioridade dar qualidade e segurança às atividades desenvolvidas pelos colaboradores da empresa. 2. Comente sobre o impacto econômico que a ISO 14001 traz a um empreendimento. Atividades de aprendizagem Book_Gestao_ambiental.indb 20 6/25/14 5:09 PM G e r e n c i a m e n t o a m b i e n t a l 21 Seção 2 Legislação ambiental Muitas catástrofes ambientais foram sofridas pelo planeta por causa dos efeitos colaterais causados pelo crescimento econômico mundial, o desenvol- vimento em tecnologias, máquinas, indústrias entre outros, trouxe grandes con- quistas e, em consequência, trouxe grandes impactos ambientais. O homem não media suas ações e para criar devastava, poluía, destruía recursos ambientais sem pensar nos problemas que causava para si e suas futuras gerações. A natureza aos poucos vai sumindo e conseguimos ver as causas dessas atitudes descon- troladas do homem ao querer produzir sem medir o impacto por ele motivado. Apesar de toda atitude do homem em avançar na ciência, ambientalistas manifestaram-se a favor da preservação, que veio a ser um dos temas mais presentes em nossa atualidade. Visto que essa preservação veio de uma necessidade, os governos foram a favor e reuniram-se com entes econômicos e sociedade civil a fim de lidar com a situação e buscar meios de preservação eficaz; realizaram constantes pesquisas e uniram muitos esforços com entidades ambientais para determinar caminhos de utilização dos recursos de forma consciente e com reposição da exploração realizada. O Brasil possui a legislação ambiental mais completa do mundo no qual tem como conceito criar estado socioambiental de modo a conjugar desenvol- vimento econômico com o desenvolvimento sustentável. 2.1 Legislação ambiental A base legislativa inicial está em nossa Constituição Federal/88 art. 225: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. § 1o Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: I — preservar e restaurar os processos ecológicos essen- ciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecos- sistemas (BRASIL, 2014a). Book_Gestao_ambiental.indb 21 6/25/14 5:09 PM 22 G E S T Ã O A M B I E N T A L Já na Constituição Federal havia a preocupação com o meio ambiente; per- ceba que a atenção existia por força de lei, o grande detalhe é que muitas leis existem e não são cumpridas, essa desobediência ocorre exatamente porque não tem divulgação. O mais comum é ouvir muito sobre os artigos da constituição federal que tratam da cidadania e direitos humanos, leis específicas como o meio ambiente se- quer eram mencionadas, não havendo então qualquer manifesto, o fato é, há uma lei de preservação, e para impor seu cumprimento era necessária readequação. É importante ressaltarmos que o desmatamento em nosso país vem desde 1500, com a chegada dos portugueses em busca do pau-brasil. O agravamento veio com grandes desmatamentos realizados por empresas que exploravam a natureza sem limites, e a partir do século XXI osambientalistas passaram a ter espaço e a legislação adequou-se às necessidades atuais, vinculando não somente o meio ecológico como também o crescimento econômico. O grande impasse das organizações ainda é adequar a atividade econômica de modo a atender à preservação; essa ação resulta em investimentos por parte dos gestores. Em certas situações se faz necessário adequar até a elaboração do produto de modo a não prejudicar a natureza. Vejamos conceitos e princípios, para melhor compreensão das leis referentes a esse assunto: O conceito do meio ambiente é representado pelos recursos naturais, espaços urbanos e meios culturais. Recursos naturais são: recursos hídricos, fauna, flora. Espaços urbanos são: edificações, equipamentos públicos. Meio cultural define-se como: histórico, artístico, turístico, paisagístico e arqueológico. Diante da representatividade comentada anteriormente, a proteção ao meio segue através de princípios: a) Princípio da defesa do meio ambiente. Segundo Derani (1997 p. 71), Este conceito de meio ambiente não se reduz a ar, água, terra, mas deve ser definido como o conjunto das con- dições de existência humana, que integra e influencia o relacionamento entre os homens, sua saúde e seu de- senvolvimento. O conceito de meio ambiente deriva do movimento da natureza dentro da sociedade moderna: como recurso-elemento e como recurso-local. Book_Gestao_ambiental.indb 22 6/25/14 5:09 PM G e r e n c i a m e n t o a m b i e n t a l 23 b) Princípio do dever do Estado com o ambiente. Ressaltamos que é dever do Estado proteger o meio ambiente, pois terras e matas, florestas entre outros são muitas vezes de propriedade governamental, ficando-lhe, então, a responsabilidade de realizar atividades de preservação. Como a própria CF trata, “qualidade ambiental é de uso comum”, sendo um uso para todos os cidadãos, compete ao Estado as ações de preservação, haja vista que a atitude tomada pelo Poder Público segue as regras e os contornos previstos na Constituição e nas leis. c) Princípio do poluidor-pagador ou da responsabilidade pelo dano ambiental. Derani (1997, p. 159) afirma que: A objetivação deste princípio pelo direito ocorre ao dispor ele de normas do que se pode e do que não se pode fazer, bem como regras flexíveis, tratando de compensações, dispondo, inclusive, de taxas a serem pagas para a utili- zação de um determinado recurso natural. Entendamos esse princípio como uma ferramenta econômica e também ambiental. Ele cobra do poluidor (autor identificado pelo dano) custear todas as medidas preventivas dos danos ambientais causado por ele, seja o causador pessoa física ou jurídica. Os princípios partem da preservação em toda sua esfera ambiental, junto a este a própria Constituição Federal (BRASIL, 2014a), em seus artigos 23, 24 e 225, reafirma a responsabilidade por parte do poder público: É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: VI — proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII — preservar as florestas, a fauna e a flora. A competência tratada no Art. 24 da CF (BRASIL, 2014a) refere-se ao direito de legislar da União, dos Estados e Distrito Federal em ações e medidas de preservação conforme apresenta o presente inciso: VI — florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natu- reza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII — proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; VIII — responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; Book_Gestao_ambiental.indb 23 6/25/14 5:09 PM 24 G E S T Ã O A M B I E N T A L Em compreensão aos artigos da Constituição aqui apresentados, podemos perceber que havia interesse no cuidado com nossa riqueza gratuita, porém o desenvolvimento tecnológico veio ganhando espaço e a atenção dos governantes passou a ser o crescimento econômico, exatamente porque o país com cres- centes indústrias chamava a atenção dos investidores e a economia tornava-se segura. Esse avanço desenfreado trouxe consequência ao meio ambiente físico que compreende os recursos naturais, pois a natureza até então estava ali para servir ao homem. Essa ideia mantida pelo ser humano, de usar os recursos sem o devido cuidado e controle, fez com que espécies entrassem em extinção, o desmatamento criou um grande buraco na camada de ozônio, utilização da água com consumo moderado, entre tantos outros danos realizados pelo pró- prio homem. Foi somente no início do século XXI que esse assunto começou a ganhar destaque, porém o legislativo já havia se manifestado e constituído em 1981 a Lei n. 6.938/81 que trata da Política Nacional do Meio Ambiente. Segundo o artigo 3o da Lei n. 6.938/1981: I — meio ambiente: o conjunto de condições, leis, influ- ências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas (BRASIL, 2014c). Essa lei veio para organizar as atitudes tomadas pelas empresas de atacar o meio ambiente sem se importar com os seres viventes em meio à natureza. A imposição aplicada por essa política buscou melhorar e recuperar a quali- dade ambiental sem deixar de atender ao desenvolvimento socioeconômico, demonstrando que o cuidado com o meio resultava em qualidade de vida a toda uma população, e seu cumprimento incluía atender aos interesses da segurança nacional. A imposição do poder público para uma coletividade de defesas em preser- vação da natureza e de seus recursos consegue que todos tenham uma sadia qualidade de vida no presente e nas gerações futuras. Ressaltamos o que menciona o Inciso 3 do artigo 225 § 3 — As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, inde- pendentemente da obrigação de reparar danos causados (BRASIL, 2014a). Book_Gestao_ambiental.indb 24 6/25/14 5:09 PM G e r e n c i a m e n t o a m b i e n t a l 25 A lei foi composta por atos de preservação e o não cumprimento acarreta multa e processos, visto que a preocupação está não somente em proteção ao meio ambiente mas também em responsabilizar o agressor para que repare a natureza e os danos causados. É fato que a aplicação de multas e processos administrativos não supriria a necessidade da reparação, haja vista que certas lesões provocadas pelo homem são irreparáveis. A promulgação da lei tem como caracterização punir o poluidor e conferir ao Ministério Público a função de agente defensor do meio ambiente. A lei teve sua divulgação e as atividades econômicas foram obrigadas a readequar seus sistemas de gestão de modo a atender às exigências por ela trazidas. 2.1.1 Objetivos da PNMA O objetivo na criação da lei está em unir o desenvolvimento econômico social com o meio ambiente de modo que se mantenha o equilíbrio ecológico por meio de qualidade de vida e preservação ao meio ambiente. Ocorre que para atingir tal objetivo União, Estados e o Distrito Federal priorizaram ações re- lativas a esse equilíbrio, tendo como significado que implantações de atividades econômicas explorando o meio ambiente submetem-se a regras e normas que limitaram o uso dos recursos e ações preservação; está incluído neste objetivo o desenvolvimento de pesquisas tecnológicas, e mesmo para atividades que envolvem pesquisa o uso é restrito. Tem como finalidade também divulgar as informações sobre a necessidade de preservação ambiental, exatamente para que todos venham a ter o equilíbrio ecológico para a correta utilização racional dos recursos obtendo-o sempre com disponibilidade permanente. A Política Nacional do Meio Ambiente frisa que toda sua exigência tem como objetivo final manter qualidade de vida para todo cidadão. 2.1.2 Princípios da PNMA A instituição da lei acontece pela necessidadede uma nação, uma norma imposta para que o cidadão obtenha sua defesa mediante um amparo jurídico, o mesmo aconteceu com a Lei n. 6.938/81 (BRASIL 2014c): os parlamentares estabeleceram normas de procedimento para entidades e pessoas físicas no intuito de assegurar respeito ao meio ambiente e um uso consciente. Toda a elaboração da lei parte de princípios e objetivos; no tópico anterior informamos os objetivos, percorramos então os princípios. Book_Gestao_ambiental.indb 25 6/25/14 5:09 PM 26 G E S T Ã O A M B I E N T A L Os princípios por ela definidos têm como base a preservação do meio am- biente físico, urbano e cultural. I — Comprometimento de ações governamentais em manter o equilíbrio ecológico, por meio de recursos e mão de obra física, dar a manutenção do pa- trimônio público a fim de assegurar e proteger, lembrando que é de uso coletivo. II — Uso moderado do solo e subsolo, da água e do ar. III — Cobrar planejamentos, fiscalizações periódicas nas empresas as quais utilizam os recursos ambientais. VI — Dar incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias, de forma que as mesmas tragam atitude de preservação e proteção ao meio ambiente. VII — Realizar por meio de profissionais um acompanhamento do estado da qualidade ambiental. VIII — Áreas as quais foram agravadas pelo não cuidado ante esta política necessitam de recuperação. IX — Uma vez recuperada, a área precisa ser protegida. X — Educação ambiental a todos os níveis do ensino, nossas crianças pre- cisam ser educadas de forma a compreender o bem que a natureza traz ao ser humano. 2.1.3 Instrumento PNMA Em um conjunto de elaboração de uma legislação estão necessidade, fina- lidade, princípios e determinar meios para alcançar os objetivos propostos pela Lei n. 6.938, estes são os instrumentos usados pelos entes federativos para que possam efetivar a cidadania na esfera administrativa. De uma forma resumida, atentemo-nos a estes instrumentos: O primeiro instrumento da Lei n 6.938/81 trata: “I — o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental” (BRASIL, 2014c). Para padronizar os estabelecimentos e obter a qualidade ambiental necessá- ria à sua preservação e ao controle do ente federativo, criou-se por força de lei um sistema de informações sobre o meio ambiente no qual se padronizaram as ações das atividades econômicas diante dos recursos naturais, a padronização teve como norma as resoluções determinadas no Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), as quais vieram impactar sobre os envios de poluentes na atmosfera, definindo medidas preventivas para minimização desse agente. Há o instrumento zoneamento ambiental, “II — o zoneamento ambiental”. Book_Gestao_ambiental.indb 26 6/25/14 5:09 PM G e r e n c i a m e n t o a m b i e n t a l 27 Esse instrumento acontece normalmente através do Plano Diretor do municí- pio, tendo como objetivo definir limitações de zonas com características comuns em um espaço territorial, em conjunto com planejamento de crescimento do município visando sempre desenvolver com um futuro mais sustentável. Em ações práticas da Lei temos um importante instrumento: “III — a ava- liação de impactos ambientais”. Este resulta em um estudo com base em relatórios de impactos ambientais; com esses documentos o Conama ou órgão fiscalizador conseguirá delimitar os impactos trazidos pela operação do empreendimento. A Resolução Conama n. 001, de 23 de janeiro de 1986, no art. 1 define impacto ambiental como: Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais (BRASIL, 2014g). Outro instrumento que auxilia a avaliação de impacto é o licenciamento, o trabalho da avaliação acontece em conjunto com o licenciamento. Segundo a Resolução n. 237, de 19 de dezembro de 1997, art. 1 o licen- ciamento é: I — O procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, consideradas efe- tiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. O procedimento administrativo aqui apresentado comporta-se em três etapas: Licença Prévia (LP) — Esta licença é solicitada sempre que o empreendi- mento estiver em fase de planejamento da implantação, alteração ou am- pliação. Em estudo a viabilidade ambiental da empresa não autoriza para iniciar o projeto de implantação de início das obras. Book_Gestao_ambiental.indb 27 6/25/14 5:09 PM 28 G E S T Ã O A M B I E N T A L Licença Instalação (LI) — Resulta em aprovação dos projetos. Ela permite o início da obra, implantação de uma indústria e somente é obtida após atender a todas as condições exigidas na Licença Prévia. Licença de Operação (LO) — Quando o empreendimento obtém a Li- cença Prévia, a Licença de Operação também é concedida, e nessa etapa é autorizado o início do funcionamento do empreendimento/obra. A Lei n. 6.938, em seu inciso estabelece: XIII — instrumentos econômicos,como concessão florestal,servidão ambiental, seguro ambiental (BRASIL, 2014c). Nesse momento, ela vem dar ao Poder Público a possibilidade de criar, em níveis federal, estadual e municipal, reservas ecológicas, áreas de proteção ambiental bem como espaços territoriais protegidos. Assim como trouxemos o Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), que tem o objetivo de padronizar ações para minimizar o impacto ambiental, informamos também que ele não atua sozinho; de modo a compartilhar o instrumento de gestão temos o Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente, responsável por organizar, realizar interações, compartilhar todos os acessos e disponibilizações de informação ambientais em todo o Brasil. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o Sinima possui três eixos estruturantes: VII — o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente; O desenvolvimento de ferramentas de acesso à infor- mação baseadas em programas computacionais livres; a sistematização de estatísticas e elaboração de indicadores ambientais; a integração e interoperabilidade de sistemas de informação de acordo com uma Arquitetura Orientada a Serviços — SOA (BRASIL, 2014g). Compondo a lista de instrumentos da PNMA citamos o inciso X da Lei: X — a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Am- biente, a ser divulgado anualmente IBAMA a instituição e divulgação anual do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente (BRASIL, 2014g). IBAMA é a sigla para Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Na- turais Renováveis, que é uma autarquia federal, criada pela Lei n. 7.735/1989: Book_Gestao_ambiental.indb 28 6/25/14 5:09 PM G e r e n c i a m e n t o a m b i e n t a l 29 instrumento de informação ambiental que tem como obje- tivo informar a sociedade brasileira o status da qualidade ambiental dos diversos ecossistemas brasileiros ou mais intrinsecamente dos seus compartimentos ambientais (BRASIL, 2014b). Inclui também como responsabilidade o inciso VIII dos instrumentos da PNMA: VIII — o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instru- mento de Defesa Ambiental (BRASIL, 2014c). Atividades definidas pelo Instituto como “um registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam às atividades potencialmente poluidoras ou à extração, produção, transporte e comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de produtos e subprodutos da fauna e flora” (BRASIL, 1989). Em resumo ao conteúdo aqui abordado, tivemos como enfoque o estudo inicialem proteção ambiental com base em nossa constituição. A Constituição Federal foi criada em 1988 e naquela época já se falava em proteção ao meio ambiente, conforme apresentamos no contexto desta seção o desejo avassalador de crescimento econômico falou mais alto. Apesar dessa visão de economia, é importante ressaltarmos que naquele período já se previa o prejuízo ambiental exatamente porque a PNMA (Política Nacional do Meio Ambiente) foi criada em 1981, e nossa Constituição Federal (CF) veio ter sua última edição em 1988, lembrando que antes desse ano o Brasil estava na sétima versão da CF, sendo esta a da redemocratização após o período militar. O desenvolvimento econômico trouxe tecnologias e ferramentas usadas também para avaliar os impactos ambientais causados pelo homem; em uma visão mais moderna foi possível iniciar uma conscientização no uso de nossos recursos e também foi graças às ferramentas e tecnologias que obtivemos um conhecimento maior sobre o assunto, o que readequou a legislação ambiental e ações de preservação. Tratar sobre meio ambiente traz uma série de fatores, não basta falarmos sobre preservação a ações preventivas vindo de organizações através de um gerenciamento de gestão. Faz-se necessário abordarmos assuntos como sanea- mento básico, em conjunto com informações ambientais; veremos na próxima seção conceitos e a importância do saneamento básico. Book_Gestao_ambiental.indb 29 6/25/14 5:09 PM 30 G E S T Ã O A M B I E N T A L Na leitura desta seção foi possível obter informações importantes so- bre a Política Nacional do Meio Ambiente. Em sua opinião, a política adotada tem falhas? É possível melhorá-la? Questões para reflexão No contexto buscamos trazer assuntos em destaque sobre a legislação ambiental, é sabido que as legislações sofrem constantes alterações, que ocorrem para adequar-se à necessidade do momento. Para um estudo mais informativo, acessem os links a seguir, que se referem a duas legislações em uso; também não deixem de ler na íntegra a Lei n. 6.938/1981. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm> e <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm>. Para saber mais Book_Gestao_ambiental.indb 30 6/25/14 5:09 PM G e r e n c i a m e n t o a m b i e n t a l 31 1. Assinale a alternativa correta: a) Licenciamento ambiental é um ato administrativo autorizado por um órgão judiciário competente no qual se licenciam empreen- dimentos que venham a causar deterioração ambiental. b) Licenciamento ambiental é um procedimento judicial manifestado pelo Ministério Público para dar competência ao licenciamento do empreendimento o qual possa causar degradação ambiental. c) Licenciamento ambiental é um procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental autoriza através de uma licença de insta- lações, alterações de empreendimentos que causam degradação ambiental. d) Licenciamento ambiental é um ato administrativo pelo qual o ente federativo ambiental competente licencia empreendimentos que causam deterioração ambiental. e) Licenciamento ambiental é um ato administrativo de instalações ambientais autorizadas pelo IBAMA. 2. A divisão das etapas do licenciamento são: a) Uma etapa. b) Nenhuma etapa, ele é um ato administrativo único. c) Duas etapas. d) Três etapas. e) Três etapas, sendo que a última permite ao empreendimento ex- plorar os recursos naturais. Atividades de aprendizagem Book_Gestao_ambiental.indb 31 6/25/14 5:09 PM 32 G E S T Ã O A M B I E N T A L Seção 3 Saneamento ambiental O saneamento básico, ou ambiental, é fator determinante na qualidade de vida da população. São poucas pessoas que conseguem viver expostas a lixos e esgotos, por isso a implementação do saneamento é de responsabilidade pública, e se refere a um comprometimento com a saúde pública, o bem-estar social e a preservação do meio ambiente, compromissos esses que têm como base legislativa a Constituição Federal. Não há como buscar uma qualidade de vida sem se referir ao meio ambiente, pois essas ações estão inter-relacionadas. A preservação do meio ambiente é um fato necessário e determinado em legislação para que o cumprimento aconteça, incluindo a implementação de saneamento ambiental nos municípios. 3.1 Revisão histórica do saneamento ambiental no Brasil Vamos iniciar a nossa revisão histórica pela década de 1970. Naquela época não se dava a devida atenção aos serviços de saneamento básico e não havia um órgão específico para execução do serviço, que era realizado por diver- sos órgãos. As entidades que realizavam esse trabalho eram contratadas pelo município, porque a responsabilidade da atividade cabia a ele. As políticas de saneamento eram elaboradas pelos órgãos federais, estaduais, municipais junto com a Fundação Sesp — Fundação Serviços de Saúde Pública, uma entidade supervisionada pelo Ministério da Saúde. A supervisão maior sempre acontecia sobre os estados e municípios com maiores receitas e os serviços prestados eram: abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto. A contratação dessas entidades para a execução do trabalho se dava por meio de autarquias e pelos órgãos públicos. No ano de 1971, criou-se o Planasa (Plano Nacional de Saneamento), que tinha por finalidade determinar fontes de financiamento e criar formas de me- lhorias para a situação do saneamento no país. A ação do plano se dava basicamente no abastecimento de água e esgota- mento sanitário, usando os recursos do FGTS gerados pelo BNH (Banco Nacional da Habitação). Criações de companhias estaduais de saneamento (água e esgoto) eram de responsabilidade do BNH, controladas por empresas públicas. Book_Gestao_ambiental.indb 32 6/25/14 5:09 PM G e r e n c i a m e n t o a m b i e n t a l 33 A Planasa tinha como atributo defender a ideia de que o sistema de sanea- mento deveria gerar recursos, por meio de tarifas, uma forma de autofinanciar e também ressarcir os investimentos realizados. No primeiro momento o atrativo do Planasa estava no retorno financeiro trazido por ele e não na qualidade da saúde da população. A economia no Brasil entrou em crise nas décadas de 1980 e 1990, quando os estados trabalham de forma seletiva, a solicitação pelo serviço, apesar da crise, encontrava-se em um bom momento e crescia continuamente. Naquela época houve um grande deslocamento de pessoas que viviam nos campos e buscavam nas cidades condições melhores de moradias. Foi então que a Planasa definiu metas de atendimento, e 90% da meta de abastecimento de água foi alcançada, para os serviços de esgoto sanitário, foi estipulada a meta de 60%; mas não foi atendida. Na década de 1990, constatou-se o fracasso e foi extinta a Planasa; então, na época do governo de Fernando Henrique Cardoso, fomentou-se campanha para a privatização do setor, o argumento dado pela privatização era a melhoria dos serviços e custo baixo, vantagens competitivas nas quais quem ganhava eram os cidadãos brasileiros, uma máscara usada pelos parlamentares para justificar o investimento não realizado para melhoria dos serviços; o governo também alegava ausência de recursos. Os brasileiros brigaram para que essa privatização não acontecesse e, por causa da pressão causada por manifestantes, o plano de privatização não avançou. Contudo, em 1997, foi constado que 22,3% de moradias não tinham abastecimento de água e 57,1% de todas as moradias do país não estavam ligadas à rede de esgoto. Foi em 2003, no governo Lula, que os investimentos em serviços de sa- neamentos foram retomados, e os recursos disponibilizados para as empresas públicas e prefeituras municipais. O governo importou-se com saneamento a tal modo que criou a Secretaria de Saneamento Ambiental, responsável por formular e articular políticas de saneamento para estados e municípios em conjunto com o governo federal. Salientamos a importância na nova lei da Política Nacional de Saneamento, que tem como conceito de saneamento básicoos chamados saneamentos am- bientais, incluindo em sua política águas pluviais, resíduos sólidos e controle de vetores. Book_Gestao_ambiental.indb 33 6/25/14 5:09 PM 34 G E S T Ã O A M B I E N T A L 3.2 Definição Segundo definição do Ministério das Cidades (BRASIL, 2014e). Saneamento ambiental é também conhecido como sanea- mento básico, no qual envolve conjunto de ações técnicas e socioeconômicas, entendidas fundamentalmente como de saúde pública, tendo por objetivo alcançar níveis cres- centes de salubridade ambiental, e tendo por finalidade promover e melhorar as condições de vida urbana e rural. O saneamento ambiental é executado através de ações, vejamos: Abastecimento de água: não requer somente abastecer os reservatórios, é preciso acompanhar a quantidade disponível e potencializar os serviços, tais como captação, tratamento, adução, reserva e distribuição. Evitar doença para a população e agressão ao meio ambiente por meio de coleta, tratamento e disposição final. Realização de limpeza urbana e destinação correta dos resíduos sólidos. Tratamento de água das chuvas por meio de sistema composto por estru- tura de engenharias. Controle ambiental de vetores e reservatórios de doenças. Controle ambiental de exploração e uso do solo. Prevenção e controle de excesso de ruídos e poluições. Conforme tratamos, esse serviço prestado à população tem caráter público (municipal), por isso todas as ações de saneamento ambiental são de respon- sabilidade das ações públicas as quais têm como objetivo promover a saúde pública, a ação para prevenção e obtenção da saúde da população pelo controle de vetores transmissores de doenças prejudiciais ao homem. Quando o próprio município não realiza o serviço, ele se associa a outros municípios, adere a uma empresa prestadora e faz com ela uma autarquia municipal. 3.3 Doenças da carência de saneamento Parece estranho falarmos em doenças causadas por falta de saneamento básico em pleno século XXI, mas infelizmente elas ainda existem e, para con- siderarmos esse contexto, abordaremos neste tópico algumas doenças causadas pela não prestação do serviço de saneamento básico. As doenças causadas na população procedentes de ausência de saneamento decorrem de: Book_Gestao_ambiental.indb 34 6/25/14 5:09 PM G e r e n c i a m e n t o a m b i e n t a l 35 Qualidade e quantidade das águas de abastecimento. Destinação inadequada dos esgotos sanitários. Destinação dos resíduos sólidos. Ausência de drenagem adequada para as águas pluviais. Falta de educação sanitária. De modo a melhor entender a ações provadas por essas doenças, classifi- camos como doenças infecciosas e relacionamos o modo de transmissão. 3.3.1 Doenças infecciosas relacionadas com a água Toda água a ser consumida precisa ser tratada, pois a saúde do ser humano é o seu bem maior, e o consumo e uso inadequados de água causam sérios problemas à saúde do homem. Pode parecer estranho, porém há situações nas quais encontramos doenças infecciosas trazidas pela água até quando a usamos para higienizar os ambientes, bem como no preparo dos alimentos. São doenças causadas por agentes microbianos e agentes químicos. Pode-se contrair essas doenças na ingestão da água ou por algum alimento já contaminado. As doenças relacionadas com a água são: Cólera. Febre tifoide. Disenteria bacilar. Hepatite infecciosa. Ressaltamos a importância de não se ingerir água de fonte desconhecida. As doenças trazidas pela água não ocorrem somente por ingestão ou contato com alimentos, elas aparecem também quando não há higienização correta. Várias pesquisas foram realizadas em comunidades carentes e foi con- cluído que a quantidade de água tem tanta importância quanto a qualidade, em destaque a importância maior à quantidade. Foi provado que o aumento de volume de água usado pela comunidade reduz a incidência de algumas doenças do trato intestinal; constatou-se também que a falta de água influen- cia diretamente na higiene pessoal e doméstica, provocando doenças como: Diarreias. Infecções de pele e olhos. Infecções causadas por piolhos. Book_Gestao_ambiental.indb 35 6/25/14 5:09 PM 36 G E S T Ã O A M B I E N T A L 3.3.2 Doenças infecciosas relacionadas com excretas (esgotos) São doenças causadas por vírus, bactérias, protozoários e helmintos, os quais existem nas excretas humanas (sistema humano composto pelos rins, bexiga e uretra). A transmissão desses vírus ou bactérias ocorre através de insetos, que se reproduzem em locais altamente poluídos. A medida mais eficaz para evitar a contaminação é a coleta e o tratamento dos esgotos, o fornecimento de água sem restrição a quantidades e com qua- lidade adequada para a população, bem como inspecionar os alimentos, pois eles também são causas de contaminação por bactérias e vírus. 3.3.3 Doenças infecciosas relacionadas com o lixo O lixo é um assunto bastante comentado. O lixo tem como conceito am- biental ser resíduos sólidos e a não disposição destes resíduos atrai moscas, que são as responsáveis pela transmissão de inúmeras doenças. O lixo acumulado traz insetos de todo tipo, bem como ratos, sendo estes agentes transmissores de doenças como: peste bubônica, leptospirose e febres. O lixo também favorece acúmulo de água, o qual pode facilitar a reprodução do mosquito transmissor da dengue. Para evitar o aparecimento de seres tão indesejados é preciso: Haver uma coleta de lixo eficiente. Manter as latas e acondicionamento de lixo sempre tampado. 3.3.4 Doenças infecciosas relacionadas com a habitação Dentre as doenças aqui apresentadas temos também as contraídas por causa da localização da moradia. Há localização de habitações cujos moradores estão sempre próximos a depósitos de lixo e águas estagnadas, essas moradias são um risco para a saúde dos habitantes, expostos a doenças como malária e dengue. É preciso uma intervenção pública e a retirada desses moradores do local de modo a preservar sua saúde. São encontradas doenças infecciosas transmitidas através do ar, por isso as habitações precisam ser construídas de modo a proporcionar adequada ventilação ao morador. Book_Gestao_ambiental.indb 36 6/25/14 5:09 PM G e r e n c i a m e n t o a m b i e n t a l 37 Contudo é preciso compreender que o poder público tem a responsabilidade de ofertar à população serviços de saneamento com qualidade, porém, assim como em qualquer situação, devemos fazer a nossa parte. Com os avanços tecnológicos, são poucas as regiões no país que não possuem saneamento básico. O maior problema enfrentado pelo país é a destinação do lixo, e o governo busca conscientizar a população da necessidade da separação de re- síduos sólidos, o desafio está na destinação, vários noticiários são publicados com informações de acúmulo de lixo reciclável. É claro que para tais resíduos terem o fim correto são necessários investimentos por parte dos municípios e às vezes muitos não possuem. Estima-se que até 2030 o mundo produzirá 1,3 bilhão de toneladas de lixo, e o problema agrava em países de baixa renda, pois não possuem recursos para destinação correta. A ação condizente ao assunto resulta em cada um fazer o melhor para o seu meio ambiente, família e vizinhos, cobrar das autoridades a responsabilidade que é delas: dar à população saneamento básico para uma melhor qualidade de vida. Com a ação da população e o governo cumprindo com o dever, a na- tureza contribui dando-nos o que ela tem de melhor, sua beleza e sua riqueza. Você conhece a tecnologia usada para a realização de um saneamento básico? Você conhece qual o procedimento realizado para reciclar papéis? Questões para reflexão O assunto sobre saneamento é muito rico em informação, conceituá-lo não é dizer o seu signifi- cado, em outros fatores tratamos de responsabilidade, ações e medidas, de modo a conjugar o meio ambiente e sua legislação. No intuito de ter mais enriquecimento profissional sobre o assunto, acesse o
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