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DIREITO TRIBUTÁRIO EMPRESARIAL
CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS
tributo é: “toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada” (BRASIL, 2018b).
A competência tributária “é uma das parcelas entre as prerrogativas legiferantes de que são portadoras as pessoas políticas em consubstância na possibilidade de legislar para a produção de normas jurídicas” (CARVALHO, 2012, p. 269).
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA E LIMITES AO PODER DE TRIBUTAR
A competência tributária “é uma das parcelas entre as prerrogativas legiferantes de que são portadoras as pessoas políticas em consubstância na possibilidade de legislar para a produção de normas jurídicas” (CARVALHO, 2012, p. 269).
A competência tributária, por estar prevista constitucionalmente, caracteriza-se por ser indelegável, intransferível, inalterável e irrenunciável, nos moldes dos arts. 7º e 8º do Código Tributário Nacional.
CLASSIFICAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS
A doutrina jurídica classifica a competência tributária em: 
a) privativa; 
b) comum; 
c) cumulativa; 
d) residual; e 
e) extraordinária.
COMPETÊNCIA PRIVATIVA
A ideia de competência privativa, como o próprio nome já sugere, refere-se à competência que a Constituição Federal atribuiu a cada ente federado para instituir determinado tributo e que só pode ser exercida por aquele mesmo ente.
COMPETÊNCIA COMUM/CONCORRENTE
A competência comum, nas palavras de Ricardo Lobo Torres, é aquela “competência comum atribuída a cada ente político para impor os mesmos tributos, guardado, entretanto, o vínculo entre o tributo e o serviço prestado ou a atividade exercida” (TORRES,2005, p. 363).
Por exemplo, o contribuinte paga uma taxa de bombeiro, que é de âmbito estadual, e uma taxa de licenciamento ambiental para o IBAMA, de âmbito federal.
COMPETÊNCIA CUMULATIVA
Essa modalidade de competência aplica-se ao Distrito Federal que, de forma cumulativa, pode instituir tributos de competência estadual e municipal.
Deste modo, o Distrito Federal pode, como de fato faz, instituir IPTU, ISS, ITBI, impostos de âmbito municipal, como ICMS, IPVA, ITCMD, que são impostos de âmbito estadual.
COMPETÊNCIA RESIDUAL
Amparada no que dispõe os art. 154, I e 195, 4º§ da Constituição Federal.
A ideia do termo residual é justamente aquela gramatical, ou seja, daquilo que sobra. Assim, a União pode instituir novos impostos ou contribuições destinadas à seguridade social, além daquelas já autorizadas pela constituição Federal.
COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA
É destinada à União e está prevista no art. 154, II da Constituição Federal. “Art. 154. A União poderá instituir: 
II – na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação” (BRASIL, 2018c).
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
A imunidade é “uma forma qualificada ou especial de não incidência, por supressão, na Constituição, da competência impositiva ou do poder de tributar, quando se configuram certos pressupostos, situações ou circunstâncias previstas pelo estatuto supremo” (FALCÃO, 2002, p. 64).
RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA
ELEMENTOS DA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA
A relação jurídica tributária se mostra como um liame entre dois sujeitos, de um lado o contribuinte (sujeito passivo) e de outro o ente tributante (sujeito ativo), em que o primeiro, após realizar o fato tributável (fato gerador), previsto em abstrato na norma (hipótese de incidência), fica obrigado (obrigação tributária) a realizar o pagamento do tributo (crédito tributário) ao ente tributante, após a sua constituição (lançamento tributário). 
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
REGIMES DE TRIBUTAÇÃO
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
De acordo com Sillos (2005, p. 10), o planejamento refere-se ao “conjunto 
de procedimentos adotados pelo 
contribuinte com o objetivo de 
eliminar, reduzir ou diferir para 
momento mais oportuno a 
incidência de tributos”.
De forma prática, Chaves (2010,epub) relaciona cinco etapas para a realizar um planejamento tributário adequado:
1) fazer um levantamento histórico da empresa, identificando a origem de todas as transações efetuadas, e escolher a ação menos onerosa para os fatos futuros;
2) verificar a ocorrência de todos os fatos geradores dos tributos pagos e analisar se houve cobrança indevida ou recolhimento a maior;
3) verificar se houve ação fiscal sobre fatos geradores decaídos, pois os créditos constituídos após cinco anos são indevidos;
4) analisar, anualmente, qual a melhor forma de tributação do Imposto de Renda e da contribuição sobre o lucro, calculando de que forma (real ou presumida) a empresa pagará menos tributos;
5) levantar o montante dos tributos 
pagos nos últimos cinco anos, para 
identificar se existem créditos fiscais 
não aproveitados pela empresa.
Assim, o planejamento tributário é uma ferramenta que exige variedade de conhecimentos, e que exige a participação de profissionais de áreas diversas, especialmente, administradores, contabilistas e advogados, que unindo esses conhecimentos devem almejar a melhor condição tributária para as empresas, diminuindo o risco de passivos tributários e aumentando o percentual de redução dos custos tributários.

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