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Constitucional.TGC..3.4.poder const.classif.normas.alunos (2022)

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21/10/2022
1
3. Poder Constituinte
Poder Constituinte: poder de elaborar e de modificar uma Constituição. 
- Sieyès (Revolução Francesa) – fundamento – alicerce para a supremacia da 
constituição. 
Ref. 1787 Filadélfia e 1789 França
- Titularidade e exercício
Obs. vide: Constituição DEMOCRATICA VERSUS AUTOCRATICA
Poder Constituinte e Poderes constituídos
- Espécies e Características: 
Originário
Derivado: 
Reformador
Decorrente 
Revisor . 
Difuso 
Supranacional 
___________________________________________
Atenção: VEDAÇÃO DO RETROCESSO 
21/10/2022
2
Constituição Federal de 1988 Estrutura:
- Preâmbulo
- Texto 
- ADCT
Conceitos importantes:
- Recepção e 
- Desconstitucionalização 
PREÂMBULO - Nós, representantes do povo brasileiro,
reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para
instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o
exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e
a justiça como valores supremos de uma sociedade
fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na
harmonia social e comprometida, na ordem interna e
internacional, com a solução pacífica das controvérsias,
promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO
BRASIL.
21/10/2022
3
República Federativa – Estado Democrático de 
Direito
Fundamentos (CF, art. 1º)
Tripartição dos Poderes (CF, art. 2º)
Objetivos (CF, art. 3º)
Relações Internacionais (CF, art. 4º)
Caracterização CONSTITUCIONAL 
Estado brasileiro
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º A República Federativa do Brasil (...) tem como 
fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o 
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, 
nos termos desta Constituição.
21/10/2022
4
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da 
República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as 
desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de 
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas 
de discriminação.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas 
relações internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da 
humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a 
integração econômica, política, social e cultural dos povos da 
América Latina, visando à formação de uma comunidade 
latino-americana de nações.
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5
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º
[...]
§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm 
aplicação imediata.
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem 
outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos 
tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que 
forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por 
três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às 
emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja 
criação tenha manifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, 
de 2004)
CASOS TIPO 01:
Revolta Armada. Estado de sítio. Habeas 
corpus impetrado junto ao Supremo Tribunal 
Federal em favor dos cidadãos ilegalmente 
presos e retidos com constrangimento ilegal, 
com base no decreto de 10 de abril de 189. 
NEGADA A ORDEM. MAIORIA (10x1). Relator: 
Ministro Costa Barrada. (27/04/1892) 
PARA REFLEXÃO CASOS (1892)
Revista O Direito, v. 58/302-307. COSTA, Edgard. Os Grandes Julgamentos. RJ. v. 
1, Ed. Civilização Brasileira, 1964, p. 26-33. BARBOSA, Rui. Obras Completas de 
Rui Barbosa, RJ, v. XIX, 1892, t. III, MEC, 1956, p. 355-361.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm
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6
TIPO 2 - Liberdade de culto religioso — MS 1.11
Impetrado em favor de D. Carlos Duarte Costa Bispo fundador e Chefe
da Igreja Católica Apostólica Brasileira do Rio de Janeiro, ex-Bispo de
Maura da Igreja Católica Apostólica Romana, a fim de ser-lhe garantido
e aos componentes da sua igreja o livre exercício de seu culto religioso
em lugares públicos e templos, bem como das atividades na escola
mantida pela Associação Nossa Senhora Menina, uma vez impedidos
pela Polícia, caracterizando-se esse fato, segundo alegado, violação de
direito líquido e certo garantido pela Constituição, qual seja, a liberdade
de culto religioso. Em virtude de parecer do Consultor-Geral da
República, aprovado pelo Presidente da República, foi proibido o culto
da Igreja Católica Apostólica Brasileira em lugares públicos, por
considerarem estas autoridades não haver culto próprio dessa Igreja e
causarem confusão as suas práticas religiosas, vestes sacerdotais e
insígnias com as existentes nas solenidades externas da Igreja Católica
Apostólica Romana, constituindo uma imitação destas,
conseqüentemente violando-se a liberdade desta última Igreja, o que
deve ser evitado em prol da ordem pública.
Relator: Ministro Lafayette de Andrada. Data do julgamento:
17.11.1949.Decisão: Negado provimento, contra 1 voto.
PARA REFLEXÃO CASOS (1949)
CASOS TIPO 03:
Ideologia Comunista — MS 2.264. João Cabral de Melo Neto,
Cônsul do Ministério das Relações Exteriores, impetra mandado
de segurança, alegando ilegalidade do ato presidencial que lhe
decretou disponibilidade inativa não remunerada. Parecer do
Conselho de Segurança Nacional , em processo administrativo
instaurado naquele Ministério, declara ter ficado demonstrado
que o impetrante professa a ideologia comunista, tendo
compartilhado de planos de atividades subversivas ligados ao
extinto Partido Comunista do Brasil. Relator:
Ministro Luiz Gallotti. Data do julgamento: 1º.9.1954.
Decisão: Deferido o pedido para ser concedida a segurança, a 
fim de anular a disponibilidade, unanimemente.
Publicação do acórdão: Archivo Judiciário, v. 112/03, p. 467-
472. 
PARA REFLEXÃO CASOS (1954)
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7
CASOS TIPO 04: PARA REFLEXÃO CASOS ()
Ditadura Militar. Crime político.
Impeachment. Governador do Estado de Goiás.
Habeas corpus preventivo impetrado em favor de Mauro Borges Teixeira, então 
governador do Estado de Goiás, em face de iminente decretação da prisão 
preventiva decorrente da instauração de inquérito penal militar para apurar 
crimes previstos na Lei de Segurança. Trata-se da primeira liminar em habeas 
corpus concedida pelo Supremo Tribunal Federal. Deferiu para que não 
pudesse a Justiça Comum ou a Militar processar o paciente sem o 
prévio pronunciamento da Assembleia Estadual. Relator: Gonçalves de 
Oliveira. 23/11/1964. Revista Trimestral de Jurisprudência — RTJ, v. 
33/2, p. 590-616.
https://www.stf.jus.br/arquivo/cms/sobreStfConhecaStfJulgamentoHistori
co/anexo/HC_41296.pdf
Caso tipo 05 - HABEAS CORPUS . PENAL. PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO
PARA A PRÁTICA DE ABORTO. NASCITURO ACOMETIDO DE
ANENCEFALIA. (…). A legislação penal e a própria Constituição Federal,
como é sabido e consabido, tutelam a vida como bem maior a ser
preservado. As hipóteses em que se admite atentar contra ela estão
elencadasde modo restrito, (…). O máximo que podem fazer os
defensores da conduta proposta é lamentar a omissão, mas nunca exigir
do Magistrado, intérprete da Lei, que se lhe acrescente mais uma
hipótese que fora excluída de forma propositada pelo Legislador. (…). O
tema em debate é bastante controverso, porque envolve sentimentos
diretamente vinculados a convicções religiosas, filosóficas e morais. Advirta-
se, desde logo, que, independente de convicções subjetivas pessoais, o que
cabe a este Superior Tribunal de Justiça é o exame da matéria posta em
discussão tão-somente sob o enfoque jurídico. Isso porque o certo ou o
errado, o moral ou imoral, o humano ou desumano , enfim, o justo ou o injusto
, em se tratando de atividade jurisdicional em um Estado Democrático de
Direito, são aferíveis a partir do que suas Leis estabelecem. (HABEAS
CORPUS No 32.159 - RJ (2003/0219840-5)).
PARA REFLEXÃO CASOS (2003)
21/10/2022
8
4. Ordenamento jurídico, Direito 
Positivo, Normas Constitucionais
e Hermenêutica Constitucional 
DISCUSSÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS e de
SEUS EFEITOS
- Temáticas envolvidas no debate:
• Classificação, Aplicabilidade e Eficácia das normas
constitucionais
• Valores, princípios e regras
• Efetividade
• Conflitos entre normas
• Hermenêutica e interpretação constitucional
• Outros conceitos e teorias*
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9
NORMAS CONSTITUCIONAIS
-Normas (classificação) – aplicabilidade
àEficácia imediata, contida ou limitada;
(José Afonso da Silva)
àEficácia absoluta, plena, relativa restringível e relativa
complementável;
à Outras
Observação:
à vide definição de: Normas programáticas;
CLASSSIFICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
Eficácia imediata CF, Art. 1º A República Federativa 
do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, 
constitui-se em Estado 
Democrático de Direito (...). 
Aplicabilidade e eficácia – Classificação de José Afonso da Silva) 
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Eficácia 
contida 
CF, Art. 5o, XIII - “é livre o 
exercício de qualquer 
trabalho, ofício ou 
profissão, atendidas as 
qualificações profissionais 
que a lei estabelecer”
É livre o exercício 
da profissão de 
Assistente Social 
em todo o 
território 
nacional, 
observadas as 
condições 
estabelecidas na 
lei 8.662/93. 
Somente o 
assistente social 
pode realizar 
perícias técnicas 
sobre a matéria 
de Serviço Social 
(inciso IV, artigo 
5º da Lei 
8.662/93)
Exercício da 
profissão à
inscrição no 
conselho com 
jurisdição na área 
de atuação. 
Aplicabilidade e eficácia – Classificação de José Afonso da Silva) 
CLASSSIFICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
Eficácia 
limitada 
CF, Art. 225. Todos 
têm direito ao meio 
ambiente 
ecologicamente 
equilibrado, bem de 
uso comum do povo 
e essencial à sadia 
qualidade de vida, 
impondo-se ao 
Poder Público e à 
coletividade o dever 
de defendê-lo e 
preservá- lo para as 
presentes e futuras 
gerações.”; 
LEI Nº 6.938, DE 31 DE 
AGOSTO DE 1981
Dispõe sobre a Política 
Nacional do Meio 
Ambiente, seus fins e 
mecanismos de 
formulação e aplicação, 
e dá outras 
providências. 
Art 3º - Para os fins 
previstos nesta Lei, 
entende-se por: I -
meio ambiente, o 
conjunto de condições, 
leis, influências e 
interações de ordem 
física, química e 
biológica, que permite, 
abriga e rege a vida em 
todas as suas formas; 
LEI Nº 9.605, DE 12 
DE FEVEREIRO DE 
1998. Dispõe sobre 
as sanções penais e 
administrativas 
derivadas de 
condutas e 
atividades lesivas ao 
meio ambiente, e dá 
outras providências. 
Art. 65. Pichar ou
por outro meio
conspurcar
edificação ou
monumento urbano:
Pena - detenção, de 
3 (três) meses a 1 
(um) ano, e multa.
Aplicabilidade e eficácia – Classificação de José Afonso da Silva) 
CLASSSIFICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%206.938-1981?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.605-1998?OpenDocument
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Remédios constitucionais – “meios postos à disposição dos
indivíduos e dos cidadãos para provocar a intervenção das
autoridades competentes, visando corrigir ilegalidade ou abuso de
poder em prejuízo de direitos e interesses individuais (garantias
individuais ou ações constitucionais)” (SILVA, J. A.)
Direitos
– Poder para realizar
Caráter declaratório
–Mecanismos de proteção e de defesa
- Acessórios
- Vinculam-se a direitos
Caráter	assecuratório	
Podem ser: garantias e garantias processuais 
(remédios constitucionais) 
Garantias
Com efeito, no que concerne ao primeiro desses elementos (elemento conceitual), cabe ter presente que a
construção do significado de Constituição permite, na elaboração desse conceito, que sejam considerados não
apenas os preceitos de índole positiva, expressamente proclamados em documento formal (que consubstancia
o texto escrito da Constituição), mas, sobretudo, que sejam havidos, igualmente, por relevantes, em face de
sua transcendência mesma, os valores de caráter suprapositivo, os princípios cujas raízes mergulham no direito
natural e o próprio espírito que informa e dá sentido à Lei Fundamental do Estado. Não foi por outra razão que
o STF, certa vez, e para além de uma perspectiva meramente reducionista, veio a proclamar – distanciando-se,
então, das exigências inerentes ao positivismo jurídico – que a Constituição da República, muito mais do que o
conjunto de normas e princípios nela formalmente positivados, há de ser também entendida em função do
próprio espírito que a anima, afastando-se, desse modo, de uma concepção impregnada de evidente
minimalismo conceitual (...). É por tal motivo que os tratadistas – (...) –, em vez de formularem um conceito
único de Constituição, costumam referir-se a uma pluralidade de acepções, dando ensejo à elaboração teórica
do conceito de bloco de constitucionalidade, cujo significado – revestido de maior ou de menor abrangência
material – projeta-se, tal seja o sentido que se lhe dê, para além da totalidade das regras constitucionais
meramente escritas e dos princípios contemplados, explícita ou implicitamente, no corpo normativo da própria
Constituição formal, chegando a compreender normas de caráter infraconstitucional, desde que vocacionadas
a desenvolver, em toda a sua plenitude, a eficácia dos postulados e dos preceitos inscritos na Lei Fundamental,
viabilizando, desse modo, e em função de perspectivas conceituais mais amplas, a concretização da ideia de
ordem constitucional global. (...) Veja-se, pois, a importância de compreender-se, com exatidão, o significado
que emerge da noção de bloco de constitucionalidade – (...) –, pois dessa percepção resultará, em última
análise, a determinação do que venha a ser o paradigma de confronto, cuja definição mostra-se essencial, em
sede de controle de constitucionalidade, à própria tutela da ordem constitucional. E a razão de tal afirmação
justifica-se por si mesma, eis que a delimitação conceitual do que representa o parâmetro de confronto é que
determinará a própria noção do que é constitucional ou inconstitucional, considerada a eficácia subordinante
dos elementos referenciais que compõem o bloco de constitucionalidade.
[ADI 2.971 AgR, rel. min. Celso deMello, j. 6-11-2014, P, DJE de 13-2-2015.]
BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=7758406
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12
BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE
A definição do significado de bloco de constitucionalidade –
independentemente da abrangência material que se lhe reconheça
– reveste-se de fundamental importância no processo de
fiscalização normativa abstrata, pois a exata qualificação conceitual
dessa categoria jurídica projeta-se como fator determinante do
caráter constitucional, ou não, dos atos estatais contestados em
face da Carta Política. A superveniente alteração/supressão das
normas, valores e princípios que se subsumem à noção conceitual
de bloco de constitucionalidade, por importar em
descaracterização do parâmetro constitucional de confronto,faz
instaurar, em sede de controle abstrato, situação configuradora de
prejudicialidade da ação direta, legitimando, desse modo – ainda
que mediante decisão monocrática do relator da causa
(RTJ 139/67) –, a extinção anômala do processo de fiscalização
concentrada de constitucionalidade.
[ADI 1.120, rel. min. Celso de Mello, dec. monocrática, j. 28-2-2002,DJde 7-3-2002.]
Status dos TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS (hierarquia)
Posicionamento atual do STF: 
A) SUPRALEGAL: Aprovado com quórum simples; 
(referência: STF, Dez 2008 – Rext 466.343) – estendeu a proibição de prisão civil por dívida à hipótese de alienação 
fiduciária em garantia (Convenção Americana, art. 7º. , p. 7º.) – entendimento: por maioria.
obs. Princípio da norma mais favorável
Fundamentos: STF – Competência para julgar violação de lei federal ou tratado (CF, Art. 102, III, b)
Princípio da boa-fé – pacta sunt servanda (art. 27 da Convenção de Viena)
B) CONSTITUCIONAL: aprovação com quórum de Emenda – após a Emenda 45/04 (CF, art. 5º, §3º)
OBS. Outros Tratados - status de Lei Ordinária (STJ, 2006)
______________________________________________
Oposição da doutrina (em sentido contrário) quanto: 
Tratados de Direitos Humanos aprovados antes da Emenda 45/04 – Se supralegal ou constitucional
Crítica para o status constitucional de todos os tratados de direitos humanos: fundamento - CF, art. 5º, §2º
- (Piovesan) - Tratados de DH (norma constitucional) e se aprovado na forma do CF, art. 5º, §3º - cláusula pétrea
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=%28%28ADI%29%281120%2ENUME%2E+OU+1120%2EDMS%2E%29%29+NAO+S%2EPRES%2E&base=baseMonocraticas&url=http://tinyurl.com/ybrapkxu
21/10/2022
13
Tratados aprovados na forma da CF, artigo 5º, § 3º 
1)DECRETO LEGISLATIVO Nº 186, de 2008 - Aprova o texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com 
Deficiência e de seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova Iorque, em 30 de março de 2007.
DECRETO Nº 6.949, DE 25 DE AGOSTO DE 2009 - Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das 
Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007
2) DECRETO LEGISLATIVO Nº 261, de 2015 - Aprova o texto do Tratado de Marraqueche para Facilitar o Acesso a 
Obras Publicadas às Pessoas Cegas, com Deficiência Visual ou com outras Dificuldades para Ter Acesso ao Texto 
Impresso, concluído no âmbito da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), celebrado em Marraqueche, 
em 28 de junho de 2013.
DECRETO Nº 9.522, DE 8 DE OUTUBRO DE 2021 - Promulga o Tratado de Marraqueche para Facilitar o Acesso a 
Obras Publicadas às Pessoas Cegas, com Deficiência Visual ou com Outras Dificuldades para Ter Acesso ao Texto 
Impresso, firmado em Marraqueche, em 27 de junho de 2013
3) DECRETO LEGISLATIVO Nº 1 de 2021 Aprova o texto da Convenção Interamericana contra o Racismo, a 
Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância, adotada na Guatemala, por ocasião da 43ª Sessão 
Ordinária da Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos, em 5 de junho de 2013.
Art. 1º Fica aprovado, nos termos do § 3º do art. 5º da Constituição Federal, o texto da Convenção Interamericana 
contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância, adotada na Guatemala, por ocasião 
da 43ª Sessão Ordinária da Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos, em 5 de junho de 2013.
Ratificação em: maio de 2021.
INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL 
O diploma constitucional hoje vigente é dotado de um amplo catálogo de expressões de compreensão
equívoca, identificados pela doutrina como cláusulas abertas ou conceitos jurídicos indeterminados, que
adquirem densidade normativa a partir da atividade do intérprete, o qual, inevitavelmente, se vale de
suas convicções políticas e sociais para delinear a configuração dos princípios jurídicos. Segundo Robert
Alexy, o sistema jurídico é um sistema aberto em face da moral (...), precisamente pela necessidade de
conferir significação a princípios abstratos como dignidade, liberdade e igualdade. Sendo assim, seria
iniquamente antidemocrático afastar a participação popular desse processo de transformação do
axiológico em deontológico. Nesse contexto, a manifestação da sociedade civil organizada ganha papel
de destaque na jurisdição constitucional brasileira. Como o Judiciário não é composto de membros
eleitos pelo sufrágio popular, sua legitimidade tem supedâneo na possibilidade de influência de que são
dotados todos aqueles diretamente interessados nas suas decisões. Essa a faceta da nova democracia
no Estado brasileiro, a democracia participativa, que se baseia na generalização e profusão das vias de
participação dos cidadãos nos provimentos estatais. Sobre o tema, Häberle preleciona: “(...) (em
tradução livre: O domínio do povo deve se apoiar na participação e determinação da sociedade nos
direitos fundamentais, não somente mediante eleições públicas cada vez mais transparentes e abertas,
senão também através de competências baseadas em processos também cada vez mais progressistas”.
(...). A interferência do povo na interpretação constitucional, traduzindo os anseios de suas camadas
sociais, prolonga no tempo a vigência da Carta Magna, evitando que a insatisfação da sociedade
desperte o poder constituinte de seu estado de latência e promova o rompimento da ordem
estabelecida. (...) Não se deve olvidar que os direitos fundamentais, entre eles o da participação
democrática, merecem sempre a interpretação que lhes dê o maior alcance e efetividade. [ADI 4.029,
voto do rel. min. Luiz Fux, j. 8-3-2012, P, DJE de 27-6-2012.]
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2227089
21/10/2022
14
NORMAS CONSTITUCIONAIS
Hermenêutica Constitucional:
Parâmetros;
Conhecimento prévio – pré-compreensão
(Gadamer)
Superação de ideias:
- fiel aplicação de normas infraconstitucionais;
- ruptura com ordem anterior;
- “Constituição com regimento interno de governos”
(Comparato) 
Alguns Princípios hermenêuticos
- Unidade
- Máxima efetividade
- Harmonização (concordância prática)
- Integradora (efeito integrador)
- Força normativa
- Correção funcional
- Interpretação conforme a Constituição
Sobre leis, normas e princípios:
Há diversos conceitos atribuídos as leis, normas, princípios e regras. Os textos acima indicam 
apenas algumas possiblidades doutrinárias para reflexão.
à João Batista Herkenhoff afirma que lei é uma
forma imperativa de comunicação que regula as
condutas humanas e que as leis e as normas
possuem sentidos implícitos.
à Tércio Sampaio Ferraz Jr: “Normas são
promulgadas, subsistem no tempo, atuam, são
substituídas por outras ou perdem sua atualidade
em decorrência de alterações nas situações
normadas”. (p. 178).
21/10/2022
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Sobre princípios:
à Robert Alexy: princípio: espécie de norma jurídica
à Principios: mandamentos de otimização: aplicação em diversos graus 
normativos e fáticos; proposições de alto nível de generalidade, sujeitos a 
limitações por outros princípios; 
à Regras: mandamentos definitivos - determinam consequências jurídicas de 
forma direta; 
Diferença quanto à colisão - Regras:: solução – invalidade; princípios – aplicação 
implica em limita-los reciprocamente.
Diferença quanto à obrigação – regras (obrigações absolutas); princípios –
interpretações que podem ser substituídas em razão de outros princípios colidentes. 
Solução de colisão:
- Proporcionalidade: 
Adequação – meio e fim (adequação empírica)
Necessidade 
Proporcionalidade em sentido estrito
- Ponderação
Sobre os princípios:
à Ronald Dworkin: 
à Regras – all or nothing (tudo ou nada) – validade e aplicação; 
à Princípios: dimensão de peso – colisão. 
à Diretrizes políticas 
Diferença entre princípios e regras: natureza lógica. Possuem uma dimensão 
de ponderação - Regras não entram em colisão, princípios sim. 
O sopesamento substitui o modelo de subsunção. 
Princípio da consistência articulada – aplicação de leis e precedentes a casos
concretos.Juiz: dever de aplicar o direito existente, mas, ao fazê-lo, deve representar
o direito como teoria política dotada de coerência interna.
A filosofia política dominante é que dá coerência e unidade ao ordenamento e
exprime valores e tradições. As regras estão contidas na legislação e os princípios
emergem e desaparecem lentamente. Alicerces: exigências de justiça, equidade ou
outra dimensão de moralidade. Os casos difíceis devem ser decididos a luz da
moralidade política.
Direito – decisão: resultado de sucessivas interpretações dos princípios que
fundamentam a vida social e são aceitos pela comunidade.
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Sobre princípios:
Humberto Ávila – relativismo axiológico – normas que atribuem fundamento a outras 
normas.
à regras: descritivas; 
à princípios: axiologicamente sobrejacentes 
à postulados normativos – metanormas
Critérios para a diferença entre princípios e regras
Contribuição para a decisão:
regras: decisivas 
princípios: razões contributivas
Comportamento prescrito e sua natureza:
regras: obrigações, permissões e proibições
princípios: finalísticas; buscam estado de coisas
Justificação: 
regras: construção de um caminho que inclui: fatos – norma – finalidade
princípios: correspondência entre “estado de coisas” como fim e “efeitos” de 
uma conduta necessária 
Sobre o Preâmbulo: “trata-se de uma introdução solene ao texto constitucional. Não teria, 
segundo a opinião predominante, valor jurídico-normativo autônomo, [...]. Contudo, são 
reconhecidas ao preâmbulo as funções de (a) certidão de origem e legitimidade do novo texto 
[...], (b) estabelecimento dos ‘grandes objetivos e finalidades, [...] (c) ordem de cumprimento”. 
(Rothenburg).
à Para Peter Haberle: Constituição da Constituição – função hermenêutica (de dispositivos 
escritos e não escritos da Constituição). Transmite a mensagem do Legislador, ‘ponte no 
tempo’. 
à Alexandre de Moraes: elemento de interpretação e integração. 
à Kelsen: confere eficácia, mas não encerra conteúdo normativo.
à Carlos Maximiliano: fins da Constituição, supre a interpretação dos pontos não claros. 
à Canotilho: falta intencionalidade normativa.
à Ministro Carlos Velloso (ADI 2056-AC) O “preâmbulo, segundo Jorge Miranda, é ‘proclamação 
mais ou menos solene, mais ou menos significante, anteposta ao articulado constitucional não 
é componente necessário de qualquer Constituição, mas tão somente um elemento natural de 
Constituições feitas em momentos de ruptura histórica ou de grande transformação político-
social.’
Funções do preâmbulo: histórica, hermenêutica, formula política. Enunciado normativo 
(entendimento minoritário).
Em sentido contrário: STF, ADI 2076) e Conselho Constitucional Francês.
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Complementos 
- Alguns conceitos importantes 
HC 141949 
A 2ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) em caso sobre Desacato praticado
por civil contramilitar.
A 2ª Turma denegou por maioria a ordem de “habeas corpus” impetrado em favor de
civil, condenado pela prática do crime descrito no art. 299 do CPM (desacato).
- HC
Apontou a Defesa: 
à a inconstitucionalidade da imputação do delito a civil
à incompatibilidade da criminalização da conduta com o Pacto de São José da Costa 
Rica.
Sobre o controle de convencionalidade, segue trecho da decisão: “No que se refere à 
suposta incompatibilidade desse delito com a liberdade de expressão e de 
pensamento, garantidos pelo Pacto de São José da Costa Rica e pela Constituição, 
sabe-se que os tratados de direitos humanos podem ser: 
a) equivalentes às emendas constitucionais, se aprovados após a EC 45/2004; ou 
b) b) supralegais, se aprovados antes da referida emenda. De toda forma, estando 
acima das normas infraconstitucionais, são também paradigma de controle da 
produção normativa”.
STF, informativo 894/2018
Controle de convencionalidade
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HC 141949 
Vencido o ministro Edson Fachin, que concedeu a ordem. Em seu voto vencido o Ministro afirmou que: “[...]. O cerne da
impetração consiste na análise de compatibilidade entre o crime de desacato, previsto no art. 299 do Código Penal Militar, e a
Constituição da República, lida em conjunto com os tratados de direitos humanos de que a República Federativa do Brasil faz parte.
A leitura conjunta de ambos os diplomas normativos é indispensável para que se leve a sério o disposto no art. 5º, § 2º, da CRFB,
também conhecido por “cláusula de abertura”. Não deve o intérprete partir do pressuposto de que há eventual incompatibilidade
entre a Constituição e o Pacto de São José da Costa Rica, como se, por meio de uma simples referência à hierarquia normativa, a
ratio decidendi das decisões dos órgãos de direitos humanos pudesse simplesmente ser olvidada.
É desnecessário, pois, falar-se em controle de convencionalidade no direito brasileiro, porquanto a cláusula constitucional de
abertura, art. 5º, § 2º, da CRFB, incorpora no bloco de constitucionalidade os tratados de direitos humanos de que faz parte a
República Federativa do Brasil. Nesse sentido, quando do julgamento da ADI 4.439, sobre o ensino religioso em escolas públicas,
assentei que:
“Os tratados de direitos humanos, na linha do disposto no art. 5º, § 2º, da CRFB, têm natureza constitucional. Essa afirmação, ao
implicar uma equiparação hierárquica entre as fontes dos direitos fundamentais e dos direitos humanos, impõe que a atividade
judicante exercida por este Tribunal e pelos Tribunais de Direitos Humanos seja efetivamente dialógica e complementar. Noutras
palavras, não há necessária submissão de uma ordem à outra. Com efeito, o direito a ser significado por um Tribunal é objeto de
uma pluralidade de compreensões, a revelar típico desacordo moral razoável, na conhecida acepção de Jeremy Waldron.
STF, informativo 894/2018
Sobre o conceito relacionado - controle de convencionalidade 
Tratados de direitos humanos (quorum qualificado) como referência para o controle de 
constitucionalidade (de convencionalidade) de leis e atos normativos
CASE para pensar o conceito:
ADPF 320 (Gomes Lund na CorteIDH e a Lei de anistia. 
Precedente anterior: ADPF 153) 
Direito ao esquecimento
Referências
• Caso Lebach (Alemanha, 
1969)
• Caso Aida Cury (Brasil, 
1958)
• Candelária – Resp 
1.334.097-RJ (STJ, 2013)
VI Jornada de direito civil (Conselho da Justiça Federal) 
ENUNCIADO 531 – A tutela da dignidade da pessoa humana na
sociedade da informação inclui o direito ao esquecimento. Artigo:
11 do Código Civil Justificativa: Os danos provocados pelas
novas tecnologias de informação vêm-se acumulando nos dias
atuais. O direito ao esquecimento tem sua origem histórica no
campo das condenações criminais. Surge como parcela
importante do direito do exdetento à ressocialização. Não atribui
a ninguém o direito de apagar fatos ou reescrever a própria
história, mas apenas assegura a possibilidade de discutir o uso
que é dado aos fatos pretéritos, mais especificamente o modo e
a finalidade com que são lembrados.
Recurso Extraordinário nº 1.010.606 – STF Informativo 1005
Tese fixada: “É incompatível com a Constituição a ideia de um direito ao esquecimento, assim
entendido como o poder de obstar, em razão da passagem do tempo, a divulgação de fatos ou
dados verídicos e licitamente obtidos e publicados em meios de comunicação social analógicos
ou digitais. Eventuais excessos ou abusos no exercício da liberdade de expressão e de
informação devem ser analisados caso a caso, a partir dos parâmetros constitucionais –
especialmente os relativos à proteção da honra, da imagem, da privacidade e da personalidade
em geral – e as expressas e específicas previsões legais nos âmbitos penal e cível”.
Resumo: O ordenamento jurídico brasileiro não consagra o denominado “direito ao
esquecimento”, entendido como a pretensão apta a impedir a divulgação de fatos ou dados
verídicos e licitamente obtidos, mas que, em razão da passagem do tempo, teriam se tornado
descontextualizados ou destituídos de interesse público relevante. A previsão ou aplicação de
um “direito ao esquecimento”afrontaria a liberdade de expressão.
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Estado da situação - inconstitucional 
• Aplicação: violações de direitos humanos graves e sistemáticas
Corte Constitucional Colombiana - violação massiva dos direitos básicos (sentença 
T-025).
Deveres? Ações? Omissões? Competências? 
Estado de Coisas Inconstitucional 
Pela Corte Colombiana deve-se observar: 
à“a violação maciça e generalizada de vários direitos constitucionais que afetam 
um número significativo de pessoas;
àa omissão prolongada das autoridades no cumprimento de suas obrigações de 
garantir os direitos;
àa adoção de práticas inconstitucionais, como a incorporação da ação tutelar 
como parte do procedimento para garantir o direito violado;
àa não emissão de medidas legislativas, administrativas ou orçamentárias 
necessárias para impedir a violação de direitos.
àa existência de um problema social cuja solução envolve a intervenção de 
várias entidades, requer a adoção de um conjunto complexo e coordenado de 
ações e requer um nível de recursos que exija um esforço orçamentário 
adicional importante;
àse todas as pessoas afetadas pelo mesmo problema recorressem à ação tutela 
para obter a proteção de seus direitos, haveria maior congestionamento judicial”
STF – ADPF 347
IMPORTANTE: 
• Regras de Mandela (encarceramento e parâmetros para a reestruturação do sistema penal contemporâneo).
• Dados do INFOPEN 
• Alguns casos no Brasil: 
• (1992) – Carandiru
• (2002) – Urso Branco
• (2019) - Centro de Recuperação Regional de Altamira
Fonte de consulta:
GUIMARÃES, Mariana Rezende. O estado de coisas inconstitucional: a perspectiva de atuação do Supremo Tribunal Federal a partir da experiência da Corte Constitucional colombiana. Boletim Científico
ESMPU, Brasília, a. 16 – n. 49, jan./jun. 2017. Disponível em: <http://escola.mpu.mp.br/publicacoes/boletim-cientifico/edicoes-do-boletim/boletim-cientifico-n-49-janeiro-junho-2017/o-estado-de-coisas-
inconstitucional-a-perspectiva-de-atuacao-do-supremo-tribunal-federal-a-partir-da-experiencia-da-corte-constitucional-colombiana>.
COLÔMBIA. Corte Constitucional da Colômbia. Sentença T-025/04. Disponível em: < http://www.corteconstitucional.gov.co/relatoria/2004/t-025-04.htm>.
CUSTODIADO – INTEGRIDADE FÍSICA E MORAL – SISTEMA PENITENCIÁRIO – ARGUIÇÃO DE 
DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL – ADEQUAÇÃO. Cabível é a arguição de descumprimento de 
preceito fundamental considerada a situação degradante das penitenciárias no Brasil. 
SISTEMA PENITENCIÁRIO NACIONAL – SUPERLOTAÇÃO CARCERÁRIA – CONDIÇÕES DESUMANAS DE 
CUSTÓDIA – VIOLAÇÃO MASSIVA DE DIREITOS FUNDAMENTAIS – FALHAS ESTRUTURAIS – ESTADO DE COISAS 
INCONSTITUCIONAL – CONFIGURAÇÃO. Presente quadro de violação massiva e persistente de direitos fundamentais, 
decorrente de falhas estruturais e falência de políticas públicas e cuja modificação depende de medidas abrangentes de 
natureza normativa, administrativa e orçamentária, deve o sistema penitenciário nacional ser caraterizado como “estado 
de coisas inconstitucional”.
http://escola.mpu.mp.br/publicacoes/boletim-cientifico/edicoes-do-boletim/boletim-cientifico-n-49-janeiro-junho-2017/o-estado-de-coisas-inconstitucional-a-perspectiva-de-atuacao-do-supremo-tribunal-federal-a-partir-da-experiencia-da-corte-constitucional-colombiana
http://www.corteconstitucional.gov.co/relatoria/2004/t-025-04.htm

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