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Enfoque pessoal na atribuição Kleiniana e desenvolvimento emocional primitivo.

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CAP 16: ENFOQUE PESSOAL DA
ATRIBUIÇÃO KLEINIANA (1983)
Grupo 1:
Bruno José de Oliveira
Camila da Silva 
Laira Emannuelle Dias da Silva
Luiz Henrique de Almeida
A TRANSCENDÊNCIA DO COMPLEXO DE ÉDIPO
• Na teoria psicanalítica na década de 20, o
Complexo de Édipo era o centro das análises. A
análise da neurose, conduzia o analista nos
primeiros (4/5) anos do relacionamento da criança
com seus pais.
• As dificuldades anteriores eram tratadas como
regressão e fixação pré-genitais, mas a dinâmica
se manifestava no Complexo de Édipo.
• O que demarca a fase genital da meninice (ou
meninice posterior), é a passagem do Complexo
de Édipo para o início do período de latência.
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR
• Para Klein, a análise da criança era exatamente
como a análise de adultos, ela tinha um modo de
tornar a realidade psíquica interna muito real. Para
ela, os brinquedos eram uma projeção da realidade
psíquica da criança, localizada no self e no corpo.
MATERIAIS DE ANÁLISE DE KLEIN
• Precisavam conter as relações objetais da criança
e/ou o mecanismo de introjeção e projeção.
• A expressão das relações objetais, também podiam
significar ligações com objetos internos e externos.
CASO DA MENINA DE 3 ANOS
• Uma menina de 3 anos estava no começo da
anorexia e em seu 1º aniversário, se sentou com os
pais, estendeu as mãos para a comida, olhou para
eles e retirou as mãos. Foi assim que deu início à
uma anorexia severa.
• O material da análise era de Complexo de Édipo com
reações a cenas primárias, isto é, a criança não era
psicótica.
• Resolvido o problema, hoje ela está bem e casada.
MATERIAIS DE ANÁLISE DA MENINA DE 3 ANOS
• A primeira cena se manifestou com a refeição, com
os pais comendo a criança, enquanto outras vezes,
ela virava na mesa (cama) e destruía toda a
combinação.
• O desfecho da análise foi a tempo de diagnosticar
o Complexo de Édipo genital, antes do período de
latência.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Melanie Klein se aprofundou em estudos sobre os
mecanismos mentais de seus pacientes e aplicou seus
conceitos em bebês. Sua abordagem permitiu que Winnicott
trabalhasse com conflitos, ansiedades infantis e defesas
primitivas, presentes tanto em pacientes adultos como em
crianças.
• A analista deixou claro para Winnicott, a importância da
posição depressiva, ou seja, que a capacidade para se
preocupar e de sentir culpa, fazem parte do
desenvolvimento emocional, bem como as ideias de
restituição e reparação (do objeto do amor).
CAP 12: DESENVOLVIMENTO
EMOCIONAL PRIMITIVO (1945)
• Winnicott valorizava muito o bebê já na fase dos
5/6 meses, já que nesse estágio se inicia o
desenvolvimento físico (agarrar objetos) e a
compreensão de que há um interior e um exterior
que se enriquece com o que é incorporado (física e
emocional).
• Essa fase se principia no conhecimento que o bebê
tem da mãe e assim, lhe dá importância.
• Winnicott apresentou o que ocorre com o bebê
antes desse estágio.
➢ Sugeriu a prontidão para o desenvolvimento
emocional após o nascimento, antes de reconhecer
a si mesmo e os outros.
➢ Sugeriu que nesse período se encontra a chave
para a análise da psicose.
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL INICIAL
1. Integração: Estágio que a criança ainda não faz a
integração com elementos sensórios e motores.
• Integração da personalidade: Ocorre de acordo com
os cuidados que o bebê recebe.
• Experiências pulsionais (pulsões): Tendem a tornar a
personalidade do bebê a partir de seu interior.
• Não-integração primária: Pode ser a base para a
desintegração (condição psiquiátrica).
➢ Exemplos: Página 123.
2. Personalização: É o desenvolvimento do
sentimento dentro do próprio corpo. Aqui também, o
papel materno é extremamente importante, para que
o bebê construa uma personalização satisfatória.
➢ Caso essa personalização não seja vivida de forma
correta, Winnicott chamou essa fase de
despersonalização.
DESPERSONALIZAÇÃO
• Fenômeno comum em crianças e adultos,
caracterizado pelo o que chamamos de sono
profundo ou palidez cadavérica.
➢ Problema: Amigo imaginário.
3. Adaptação à realidade: Fase muito
importante para o bebê, onde suas ideias são
enriquecidas com visão, olfato e sensações.
➢ As falhas nesse processo acarretam em
prejuízo para a objetividade e reconhecimento
da realidade externa.
TIPOS PRIMITIVOS DE RELACIONAMENTOS
ENTRE BEBÊ E MÃE
1. Crueldade primitiva: O bebê tendo completado a
integração e personificação, inicia o processo de
experimentação de uma relação cruel com a mãe,
sem se preocupar com os efeitos de suas ações. A
criança necessita que em alguns momentos, a mãe
tolere tais ações.
2. Retaliação primitiva: Há uma relação objetal
primitiva quando o objeto ou o meio são partes do
self. Em seus atos auto-eróticos, o bebê expressa
tanto o amor quanto o ódio.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Para Winnicott, todo ser humano tem um potencial
para o desenvolvimento. Entretanto, para tornar
esse potencial como algo real, o ambiente se faz
necessário.
• O ambiente mais importante é a mãe (ou alguém
que exerça a função materna) e a partir daí, ele
assinalou algumas tarefas principais: holding
(sustentação), handling (manejo), object-presenting
(apresentação de objetos) e ambiente/self.

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