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Universidade Federal de Campina Grande Unidade Acadêmica de Engenharia Mecânica Diagramas de equilíbrio ou de constituição. Prof. Ricardo Cabral de Vasconcelos Disciplina: Materiais de Construção Mecânica I D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 2 1 – Impurezas dos metais. ❑ Metais puros; impurezas (menos de 0,01% em peso até cerca de 2,0% em peso); metal comercialmente puro (99,0 a 99,999%). ❑ Na maioria dos casos, contudo, elementos estranhos são internacionalmente adicionados a um metal, com o fim de melhorar as propriedades usuais ou obter certas propriedades específicas. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 3 2 – Ligas metálicas ❑ Os metais são geralmente utilizados na forma de ligas, ou seja: “Substâncias que consistem em misturas íntimas de dois ou mais elementos químicos dos quais pelo menos um é um metal, e possuindo propriedades metálicas”. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Conceitos Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 4 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 5 Diagramas de equilíbrio ❑ Diagramas de equilíbrio – os diagramas de equilíbrio, de constituição ou de fases são as representações gráficas das relações entre as propriedades intensivas de um sistema, mais simplesmente, é a representação gráfica de um sistema. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 6 Diagramas de equilíbrio ❑ Esses diagramas exprimem a possibilidade da existência de diversos estados de agregação em equilíbrio a determinadas pressões, temperaturas e concentrações. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 7 Diagramas de equilíbrio ❑ Interessam ao metalurgista porque são fundamentais na predição do comportamento de metais e ligas em transformações térmicas como fusão, vazamento em moldes, tratamentos térmicos, e porque permitem a interpolação de valores entre pontos bem definidos experimentalmente. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O O valor do diagrama de equilíbrio para uma série de ligas reside no fato que, se as modificações de estrutura resultantes das modificações de temperatura são conhecidas para algumas das ligas representativas da série, modificações semelhantes ocorrem para todas as ligas do mesmo tipo da série. Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 8 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 9 ❑ A maior objeção ao diagrama de equilíbrio é que ele somente representa condições de equilíbrio, nada indicando se o equilíbrio não é atingido, o que comumente se verifica na prática. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 10 ❑ Diagramas de equilíbrio – são obtidos por métodos de raio X; de análise térmica (ou seja “curvas de resfriamento”); medidas dilatométricas; medidas de condutibilidade elétrica; etc. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O ❑ Esses diagramas obedecem a uma lei geral chamada lei das fases de Gibbs. ❑ Sistema é um espaço, meio, um corpo ou corpos que se deseja estudar, limitados real ou imaginariamente da vizinhança que o cerca. Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 11 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O ❑ Fase é qualquer porção homogênea e fisicamente distinta de um sistema, separada das outras partes do sistema por superfícies limítrofes bem definidas, ou resumidamente, fases de um sistema são as diversas formas físicas homogêneas que ele apresenta. Por exemplo, num sistema contendo gelo, água e vapor de água em equilíbrio, há 3 fases. Não importa quantos pedaços de gelo existam flutuando na água: há somente uma fase gelo. Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 12 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O ❑ Sistema Homogêneo é aquele constituído de uma única fase. Ex: solução de NaCl. ❑ Sistema Heterogêneo é aquele constituído por duas ou mais fases. Ex: solução supersaturada de NaCl em H2O. ❑ Equilíbrio - Um sistema está em equilíbrio quando não apresenta modificações nas suas propriedades com o decorrer do tempo, não absorvendo nem perdendo energia. Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 13 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O ❑ Componente é o constituinte químico que deve ser especificado de modo a descrever a composição de cada fase presente. Por exemplo, no sistema Cu-Al que contém os compostos Cu-Al e Cu-Al2 todas as composições podem ser expressas pelas espécies moleculares Cu e Al; assim, é um sistema de dois componentes; no sistema gelo, água e vapor de água, só há um componente: H2O. Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 14 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 15 ❑ Número de componentes de um sistema é o menor número de constituintes capaz de exprimir a composição das fases, seja diretamente, seja por meio de uma equação química. Nos sistemas em que as relações entre as constituintes não possam ser expressas por equação química, cada corpo ou constituinte é um componente. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 16 ❑ Variáveis de um sistema – São as condições que, quando modificadas, produzem alterações nas propriedades de um sistema. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 17 ❑ Propriedades de um sistema ou de partes de um sistema são as quantidades experimentalmente mensuráveis, que distinguem o sistema ou partes do sistema de outros sistemas ou de outras partes do mesmo sistema. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 18 Propriedades Extensivas – são as que dependem das condições sob as quais o corpo se apresenta e da quantidade do mesmo. Ex: quantidade de calor a fornecer a um corpo para elevar sua temperatura de determinados graus. Em outras palavras, as propriedades extensivas dependem da massa. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 19 Propriedades Intensivas - são as que não dependem da quantidade do corpo, e que, ou são inerentes ou se referem a uma quantidade específica do corpo. Ex: volume específico, calor específico. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 20 Variança (variabilidade ou número de graus de liberdade) de um sistema – é o número de variáveis que podem ser arbitrária e independentemente alterados (dentro de certos limites) sem promover a formação ou desaparecimento de fases. Em outras palavras, corresponde às variáveis independentes - temperatura, pressão e volume específico (ou concentração) - condições sob as quais uma fase pode existir; quanto maior o número de substâncias químicas presentes, maior o número de variáveis; quanto maior o número de fases, menor o número de variáveis. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Lei das fases de Gibbs Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 21 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O 2.1 – Lei das fases de Gibbs ❑ A lei permite predizer o número de fases P que podem estar presentes num sistema de C componentes, sob condições determinadas de temperatura, pressão e volume (grau de liberdade F). ❑ A lei de Gibbs é expressa pela equação: ❑ O número 2 é válido somente no caso de existirem duas variáveis, comumente temperaturas e pressão (além da concentração). Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 22 2PCF +−= D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O 2.1 – Lei das fases de Gibbs ❑ Se as condiçõessão tais que a pressão não é uma variável, então a lei é expressa por: Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 23 1PCF +−= D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Construção de diagrama de equilíbrio Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 24 Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 25 Construção de diagrama de equilíbrio ❑ A construção desses diagramas se baseia, em princípio nas curvas de esfriamento- temperatura versus tempo e suas inversas, temperatura versus ,ddt Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 26 Construção de diagrama de equilíbrio ❑ Onde as temperaturas, sob as quais ocorrem as modificações de constituição das ligas com dois componentes, são colocadas no eixo das ordenadas de um sistema retangular com as respectivas composições, no eixo das abscissas. Todos os pontos críticos detectados nas curvas de resfriamento ou de aquecimento de cada liga são colocados nesse sistema de coordenadas, permitindo definir as linha e pontos críticos do respectivo sistema de ligas (Figura 2.1) D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 27 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 28 ❑ Diagramas de equilíbrio binários - são diagramas de equilíbrio entre dois componentes. Estes dois componentes são dois elementos químicos, em que um deles é sempre um metal, sendo o outro um metal ou um não metal. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 29 ❑ Teoricamente há três casos em que o equilíbrio pode ocorrer: ❑ Miscibilidade total no estado líquido; ❑ Miscibilidade nula no estado líquido; ❑ Miscibilidade parcial no estado líquido D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 30 ❑ De outro lado, dentro de cada caso geral é possível ainda à ocorrência dos três casos de solubilidade no estado sólido. ❑ Miscibilidade total no estado líquido: ❑ Miscibilidade total no estado sólido; ❑ Miscibilidade nula no estado sólido; ❑ Miscibilidade parcial no estado sólido. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 31 ❑ Miscibilidade nula no estado líquido ❑ Caso de pouco interesse – separam-se os líquidos por ordem de pesos específicos e cada qual solidifica como se fosse um metal puro, havendo apenas a possibilidade de existirem influências recíprocas de pequena importância nas superfícies de contato. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 32 ❑ Miscibilidade parcial no estado líquido ❑ Caso de interesse também restrito aos metais. Na região de miscibilidade parcial, a fase menos favorecida aparece como glóbulos ou bolsas no interior da outra, isto é, pode ser eventualmente mantida num estado de “emulsão”. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 33 SISTEMAS ISOMORFOS. ❑ Os sistemas isomorfos são sistemas de dois metais A e B, mutuamente solúveis, em todas as proporções, tanto no estado líquido como no estado sólido. ❑ Os sistemas de ligas binárias diferem das de metais puros por apresentarem dois componentes (n – 2), a concentração podendo variar entre 0 e 1. ❑ É necessário o uso de um diagrama tridimensional a fim de que se possa representar as três variáveis: temperatura, pressão e concentração. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 34 SISTEMAS ISOMORFOS. ❑ No diagrama incompleto da figura 1 os diagramas Pressão X Temperatura dos dois metais A e B foram traçados nos lados da figura. A concentração pode ser representada em qualquer escala, usualmente em porcentagem em peso, no eixo horizontal. Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 35 Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 36 ❑ Os estados em que se apresenta o sistema são representados no espaço, no corpo do diagrama (figura 2). Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 37 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 38 ❑ Deve-se observar na figura 2, que: ❑ Os metais puros fundem, sublimam e vaporizam a temperatura e pressão constante; ❑ Todas as misturas binárias fundem, sublimam e vaporizam dentro de um intervalo de temperatura ou pressão, isto é, existe um intervalo de temperatura e pressão dentro do qual duas fases podem estar em equilíbrio; ❑ Cada campo de uma só fase, no diagrama, exceto para metais puros, é separado do seu vizinho por regiões de limites finitos em que coexistem duas fases; D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 39 ❑ Deve-se observar na figura 2, que (continuação): ❑ As regiões de uma única fase representam soluções verdadeiras do sistema isomorfo representado na figura. Essa consideração aplica-se tanto à zona sólida como a líquida e gasosa, que são referidas respectivamente como solução sólida, solução líquida e gás (uma vez que todos os gases são mutuamente solúveis); ❑ As regiões de duas fases, líquido + sólido, gás + líquido e líquido + gás, representam misturas nas quais os dois estados coexistem em equilíbrio. Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 40 Secções Isobáricas ❑ Desde que a maioria dos metais são utilizados à pressão atmosférica, é suficiente, nos casos comuns, considerar-se o sistema sob aquela pressão. É o que pode ser feito tirando-se uma secção isobárica (horizontal) à pressão considerada, no diagrama pressão-temperatura- concentração da figura 2. Resulta a secção hachurada daquele diagrama representado agora na figura 3. Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 41 Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 42 Sistemas isomorfos com máximo e mínimo ❑ Nem sempre acontece, como nos casos anteriores, que as curvas sólidas e líquidas dirijam-se diretamente do constituinte de mais alto ao constituinte de mais baixo ponto de fusão, num sistema isomorfos. Algumas vezes há um ponto de fusão máximo ou um mínimo. Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 43 Sistemas isomorfos com máximo e mínimo D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 44 ❑ Como dito anteriormente, os diagramas de equilíbrio das ligas binárias podem ser agrupados segundo a classificação que é dada a seguir e que abrange os principais grupos de ligas binárias: ❑ Ligas cujas componentes são totalmente solúveis tanto no estado líquido como no sólido; ❑ Ligas cujos componentes são completamente insolúveis no estado sólido; ❑ Ligas cujos componentes são parcialmente solúveis, no estado sólido e ❑ Ligas cujos componentes podem formar, em parte, compostos intermediários que podem ser, por sua vez, inteiramente solúveis, parcialmente solúveis ou completamente insolúveis em um ou em ambos dos excessos dos componentes. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ligas cujos componentes são totalmente solúveis tanto no estado líquido como no sólido Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 45 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O O traçado das curvas liquidus e solidus do diagrama permite verificar que há uma diferença fundamental de comportamento na solidificação de um metal puro e de uma solução sólida, como é demonstrado na Figura 36. Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 46 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 47 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Regras Primeira regra: “A fase sólida que se separa na solidificação é sempre mais pobre do metal que abaixa o ponto de solidificação, do que o líquido original”.Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 48 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Regras Segunda regra: “Quando a fase sólida que se forma a partir de um líquido tem a mesma composição que este, a solidificação ocorre a uma única e constante temperatura, mas se a composição da fase que se precipita for diferente da do líquido original, a temperatura de solidificação muda (cai) durante a solidificação”. ◼ Nas condições de equilíbrio, terminada a solidificação, a composição da liga, agora completamente solidificada, é exatamente a do líquido original. Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 49 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Regras Terceira regra: Importante, no estudo dos diagramas de equilíbrio, refere-se à determinação das composições das fases em equilíbrio a uma dada temperatura: ◼ “Traça-se uma linha horizontal, a partir da temperatura considerada: dos pontos que essa horizontal toca os limites da zona heterogênea (sólido + líquido) traçam-se perpendiculares ao eixo horizontal; as distâncias, neste eixo, da origem até os pontos de intersecção das perpendiculares, dão as composições das duas fases”. Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 50 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Regras Quarta regra: Chamada relação de alavanca que permite determinar quantitativamente as composições das fases em jogo. Essa regra estabelece: ◼ “Para uma liga de composição geral X, as quantidades relativas das duas fases que coexistem em equilíbrio a uma dada temperatura t"X é expressa pela relação: ◼ onde bt"X e ct"X são os comprimentos dos dois braços de alavanca dentro do campo de heterogeneidade (líquido mais sólido)”. Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 51 X X tc tb sólido de quantidade líquido de quantidade = D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 52 ❑ A estrutura das ligas de solução sólida não difere das estruturas dos metais puros que a compõem, visto que os átomos individuais dos metais A e B no reticulado cristalino não podem ser vistos. ❑ Exemplos de ligas que apresentam diagramas de equilíbrio análogos ao exposto são: Cu-Ni, Mo-W, Ag-Pd, Cd-Mg e outras. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Regra dos momentos ou dos braços de alavanca Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 53 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 54 Regra dos momentos ou dos braços de alavanca D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 55 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Solidificação ideal Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 56 Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 57 Solidificação real D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Grãos Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 58 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 59 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ligas cujos componentes são totalmente solúveis no estado líquido, porém insolúveis no estado sólido ❑ Ponto eutético E, correspondente à temperatura eutética tE. Nesse ponto, a liga correspondente chama-se liga eutética, que é, de todas as ligas situadas entre as extremidades do diagrama, a que possui menor temperatura de solidificação (ou fusão). ❑ Ligas hipoeutéticas e ligas hipereutéticas. ❑ Abaixo da linha solidus tem-se portanto, para a liga X, metal A precipitado e a liga eutética que constitui uma mistura íntima dos metais A e B nas proporções respectivamente de Be% e Ae%. ❑ Abaixo da linha solidus, as ligas hipereutéticas são constituídas de metal puro B e do mesmo eutético A mais B das ligas hipoeutéticas. Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 60 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ligas cujos componentes são totalmente solúveis no estado líquido, porém insolúveis no estado sólido Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 61 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O A curva de resfriamento de ligas desse tipo apresenta o aspecto da Figura 38. Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 62 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O ❑ A estrutura dessas ligas está representada esquematicamente na Figura 39. ❑ Exemplos de ligas que apresentam diagramas de equilíbrio semelhante ao apresentado, portanto insolúveis no estado sólido: Sn-Zn, As-Pb e, de certo modo, Al-Si. Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 63 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 64 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 65 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ligas cujos componentes são totalmente solúveis no estado líquido, mas apenas parcialmente solúveis no estado sólido Para comodidade de exposição, a solubilidade sólida parcial de B em A é chamada (alfa) e a solubilidade sólida parcial de A em B é chamada (beta). O eutético, em conseqüência, é constituído das soluções sólidas e cujo teor de soluto (A em B ou B em A) varia com a temperatura. Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 66 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 67 ❑ Abaixo da linha solidus, continuando o resfriamento, verifica-se: 10) o primeiro sólido separado, solução sólida rica em A (alfa) se separa em duas soluções sólidas alfa e beta, cuja composição varia de acordo com a inclinação das linhas rr' e ss'; 20) as soluções sólidas alfa e beta do eutético se empobrecerão gradativamente dos metais B e A, até a temperatura ambiente, quando apresentarão a composição Ar'% de B e Bs'% de A. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 68 ❑ À temperatura ambiente, as ligas semelhantes a P serão, pois, constituídas de cristais de duas soluções sólidas beta e alfa envolvidos por um eutético (alfa mais beta), do mesmo modo que uma liga entre os pontos e e s", com a diferença que, neste último caso, o primeiro sólido a solidificar é a solução sólida rica em B (beta). D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 69 ❑ As estruturas dessas ligas, à temperatura ambiente, assemelham-se às estruturas das ligas da Figura 37, com a diferença que os metais puros não estão presentes isoladamente, mas na forma de soluções sólidas alfa e beta, e o eutético é uma mistura das duas soluções sólidas alfa e beta. ❑ Entre as ligas cujos diagramas de equilíbrio se assemelham ao exposto, incluem-se as seguintes: Ag-Cu e Bi-Sn; D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 70 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 71 Ligas cujos componentes podem formar, em parte, compostos intermetálicos. ❑ As ligas cujos componentes podem formar, em parte, compostos intermetálicos, podem, por sua vez, ser insolúveis (Figura 41), parcialmente solúveis (Figura 44), inteiramente solúveis em um ou em ambos os excessos dos componentes. ❑ Uma liga com composição correspondente a C (Figura 41) consiste, naturalmente, de 100% do composto intermetálico, no estado sólido. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 72 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ligas cujos componentes podem formar, em parte, compostos intermetálicos. Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 73 I líquido, II líquido mais sólido A, III líquido mais sólido AXBY, IV líquido mais sólido AXBY, V líquido mais sólido B, VI a sólido A mais eutético E1 (A mais AXBY), VI b sólidoAXBY mais eutético E1 (A mais AXBY), VI Ia sólido AXBY mais eutético E2 (B mais AXBY), VI Ib sólido B mais eutético E2 (B mais AXBY). D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 74 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 75 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 76 ❑ Entre as ligas cujos diagramas de equilíbrio se assemelham ao apresentado, contam-se: Ca-Mg, Nb-Ni, Nb-Si, Cd-Sb, Mo-Si, etc. ❑ Como foi mencionado, ao iniciar-se o estudo das ligas, os diagramas de equilíbrio apresentados são apenas representativos dos diagramas de equilíbrio reais, os quais, na sua maioria, embora obedecendo às regras gerais vistas, são bem mais complexos. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 77 ❑ Um dos exemplos corresponde à liga metálica mais importante: Fe-C, que compreende aço e ferros fundidos. ❑ Nesse diagrama, um dos componentes – o ferro – existe em vários estados alotrópicos, o que dá origem a novas transformações no estado sólido, que não são tão simples como as estudadas. D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Outros tipos de Sistemas Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 78 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 79 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 80 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 81 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 82 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 83 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 84 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 85 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM 86 D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O Bibliografia 87Prof. Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM D I A G R A M A D E E Q U I L Í B R I O 1. CHIAVERINI, V. Tecnologia Mecânica vol. I. 2 ed. Ed. Makron Books do Brasil Ltda, 1986. 2. COUTINHO, T. de A. Metalografia de Não- Ferrosos – Análise e Prática. São Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda., 1980. 3. Apostila de Diagrama de Equilíbrio. 88Prof. Ricardo Cabral de Vasconcelos UFCG/CCT/UAEM
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