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Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências e Tecnologia Unidade Acadêmica de Engenharia Mecânica Graduação em Engenharia Mecânica Disciplina: Química dos Materiais ARQUITETURA ATÔMICA Tomo IV – Números Quânticos Prof. Ricardo Cabral de Vasconcelos 1 NÚMEROS QUÂNTICOS 2 Sumário 3 4 Roteiro da Apresentação 1. Introdução. 2. Números Quânticos. 1. Número Quântico Principal; 2. Número Quântico Secundário; 3. Número Quântico Magnético; 1. Representação dos orbitais 1. Orbitais s 2. Orbitais p 3. Orbitais d e f 4. Átomos polieletrônicos 5. Número Quântico Spin 1. Princípio da Exclusão de Pauli 2. Configurações eletrônicas 3. Referência Introdução 5 ● A solução da equação de Schrödinger para o átomo de hidrogênio produz um conjunto de funções de onda e energias correspondentes. Essas funções de onda são chamadas orbitais. ● Cada orbital descreve uma distribuição específica de densidade eletrônica no espaço, como determinado pela probabilidade de densidade. 6 Introdução ● Cada orbital, consequentemente, tem energia e forma características. Por exemplo, o orbital de mais baixa energia no átomo de hidrogênio tem energia de -2,18 x 10-18 J e o formato ilustrado na Figura 6.16. Figura 6.16 Distribuição da densidade eletrônica no estado fundamental do átomo de hidrogênio. 7 Introdução Orbitais e números quânticos ● Observe que um orbital (modelo da mecânica quântica) não é o mesmo que órbita (modelo de Bohr). O modelo da mecânica quântica não se refere a órbitas porque o movimento do elétron em um átomo não pode ser medido ou localizado com precisão (princípio da incerteza de Heisenberg). 8 Introdução ● A espectroscopia associada a avanços teóricos da física levou ao estabelecimento de uma melhor localização dos elétrons no átomo, definindo-se os níveis, formados por subníveis e estes por orbitais. ● Os números quânticos servem para identificar um elétron. 9 Introdução Números Quânticos 10 ● O modelo de Bohr introduziu um único número quântico, n, para descrever certa órbita. A eletrosfera está dividida em sete camadas (níveis) ao redor do núcleo. 11 Números Quânticos ● O modelo da mecânica quântica (Equação de Schrödinger) usa três números quânticos, n, l e ml para descrever um orbital. ● São quatro os números quânticos: ○ Número Quântico Principal; ○ Número Quântico Secundário; ○ Número Quântico Magnético; ○ Número Quântico Spin. 12 Números Quânticos Camada K L M N O P Q n0 máx. elétrons 2 8 18 32 32 18 8 1. Número Quântico Principal 13 ● Quais informações podemos obter a partir de cada um desses números e como eles estão relacionados entre si? 1. O número quântico principal, n. – Os níveis de energia são designados (indicados) pelo número quântico principal (n) que assume valores positivos e inteiros (1, 2, ...) e mais comumente são designados pelas letras K, L, M, N, O, P, Q. Este número quântico está relacionado com a distância de um elétron do núcleo, ou sua posição. 14 Número Quântico Principal ● À medida que n aumenta, o orbital torna-se maior, e o elétron passa mais tempo mais distante do núcleo. Um aumento em n significa também que o elétron tem energia alta e, por isso, está menos fortemente preso ao núcleo. Para o átomo de hidrogênio, En = - (2,18X10-18J)(l/n ), como também previsto pelo modelo de Bohr. Este número quântico está relacionado com a distância de um elétron do núcleo, ou sua posição. 15 Número Quântico Principal Camada K L M N O P Q n 1 2 3 4 5 6 7 2. Número Quântico Secundário 16 2. O número quântico secundário ou azimutal, l - Depende do valor de n. Indica o subnível de energia do elétron e a forma do orbital desse elétron. São representados pelas letras s, p, d, f, g, h. Pode ter valores inteiros de 0 a n – 1 para cada valor de n. 17 Número Quântico Secundário ou Azimutal ● Cada subnível possui uma forma distinta e o número de subníveis possíveis depende do valor de n (quântico principal). O número máximo de elétrons por subnível (n) é dado por 2n2. 18 Número Quântico Secundário ou Azimutal ● Esse número quântico define o formato do orbital. O orbital é a região mais provável de se encontrar um elétron. ● O valor de l para determinado orbital é normalmente assinalado, repete-se, pelas letras s, p, d e f, correspondendo aos valores de l de 0, 1, 2 e 3, respectivamente. Uma vez que l varia de 0 a n - 1 e n varia de 1 a infinito, l pode assumir valores superiores a 3. Nesse caso continuaremos usando letras para representar os subníveis, ou seja l = 4 (g), 5 (h) e assim por diante, em ordem alfabética. 19 Número Quântico Secundário ou Azimutal ○ Subníveis: ■ s – sharp; ■ p – principal; ■ d – diffuse; ■ f – fundamental. 20 Número Quântico Secundário ou Azimutal Subníveis s p d f l 0 1 2 3 3. Número Quântico Magnético 21 3. O número quântico magnético, (m ou me) – Esse número quântico depende de l. Pode ter valores inteiros entre –l e l, inclusive zero. Esse número quântico descreve a orientação do orbital (região de máxima probabilidade de se encontrar o elétron no átomo) no espaço. ○ indica o orbital do elétron; ○ representando-se cada orbital por um quadrado ou círculo temos a Figura 1. ○ determina o número de estados de energia possíveis em cada subnível. Assim, o subnível s tem um único estado de energia enquanto os subníveis p, d e f, possuem 3, 5 e 7, respectivamente. Figura 1 22 Número Quântico Magnético 23 Número Quântico Magnético ● Na ausência de um campo magnético, os estados de energia em cada subnível são idênticos, porém, sob a ação de um campo magnético, estes subníveis se dividem e cada um assume um estado com energias levemente distintos. 24 Número Quântico Magnético ● O conjunto de orbitais com o mesmo valor de n é chamado nível eletrônico. Por exemplo, todos os orbitais que têm n = 3 chamados terceiro nível. Além disso, o conjunto de orbitais que têm os mesmos valores de n e l é chamado subnível. Cada subnível é designado por um número (o valor de n) e uma letra (s, p, d ou f, correspondendo ao valor de l). Por exemplo, os orbitais que têm n = 3 e l = 2 são chamados orbitais 3d e estão no subnível 3d. 25 Número Quântico Magnético Orbitais e números quânticos Tabela 6.2 Relação entre n, l e m, até n=4 26 Número Quântico Magnético Orbitais e números quânticos ● Tabela 6.2 resume os possíveis valores dos números quânticos l e ml para os valores de n até n = 4. As restrições aos possíveis valores dos números quânticos dão origem às seguintes observações mais importantes: 1. O nível com o número quântico principal n consistirá em exatamente n subníveis. Cada subnível corresponde a um valor permitido diferente de l de 1 a n -1. Portanto, o primeiro nível (n = 1) consiste em apenas um subnível, o 1s (l = 0); o segundo nível (n = 2) consiste em dois subníveis, o 2s (l = 0)e o 2p (l = 1); o terceiro nível consiste em três subníveis, 3s, 3p e 3d, e assim por diante. 27 Número Quântico Magnético 2. Cada subnível consiste em um número específico de orbitais. Cada orbital corresponde a diferentes valores permitidos de ml. Para determinado valor de l, existem 2l + 1 valores permitidos de ml, variando de -l a +l. Portanto, cada subnível s (l = O) consiste de um orbital; cada subnível p (l =1) consiste em três orbitais; cada subnível d (l =2) consiste em cinco orbitais, e assim por diante. 28 Número Quântico Magnético 3. O número total de orbitais em um subnível é n2, onde n é o número quântico principal do nível. O número de orbitais resultantes para os subníveis – 1, 4, 9,16 – está relacionado com um padrão observado na tabela periódica: vemos que o número de elementos em uma de suas linhas – 2, 8, 18 e 32 – é igual a duas vezes esses números. 29 Número Quântico Magnético Orbitais e números quânticos ● A Figura6.17 mostra as energias relativas dos orbitais do átomo de hidrogênio até n = 3. Cada quadrícula representa um orbital; os orbitais de mesmo subnível, como os do 2p, estão agrupados juntos. 30 Número Quântico Magnético ● Orbitais e números quânticos Figura 6.17 Níveis de energia dos orbitais para o átomo de hidrogênio. Cada quadrícula representa um orbital. Observe que todos os orbitais com o mesmo valor para o número quântico principal, n, têm a mesma energia. Isso se aplica apenas a sistemas de um elétron. 31 Número Quântico Magnético Orbitais e números quânticos ● Quando o elétron está em um orbital de energia mais baixa (o orbital 1s), diz-se que o átomo de hidrogênio está no seu estado fundamental. Quando o elétron está em qualquer outro orbital, o átomo está em estado excitado. 32 Número Quântico Magnético Orbitais e números quânticos ● À temperaturas ordinárias praticamente todos os átomos de hidrogênio estão em seus estados fundamentais. O elétron pode ser excitado para um orbital de mais alta energia pela absorção de um fóton de energia apropriada. 33 Número Quântico Magnético Orbitais e números quânticos • Os orbitais podem ser classificados em termos de energia para produzir um diagrama de Aufbau. • Observe que o seguinte diagrama de Aufbau é para um sistema de um só elétron. • À medida que n aumenta, o espaçamento entre os níveis de energia torna-se menor. 34 Número Quântico Magnético Quadro resumo 35 Número Quântico Magnético Subnível l m N0 de orbitais s 0 0 1 orbitais s p 1 -1 0 1 3 orbitais p d 2 -2 -1 0 1 2 5 orbitais d f 3 -3 -2 -1 0 1 2 3 7 orbitais f Representação dos orbitais 36 Orbitais s • Todos os orbitais s são esféricos. • À medida que n aumenta, os orbitais s ficam maiores. • À medida que n aumenta, aumenta o número de nós. • Um nó é uma região no espaço onde a probabilidade de se encontrar um elétron é zero. • Em um nó, y 2 = 0 • Para um orbital s, o número de nós é n-1. Figura 6.19 Representações de superfícies limite para os orbitais 1s, 2s e 3s. Os raios relativos das esferas correspondem à probabilidade de 90% de se encontrar o elétron dentro de cada esfera. 37 Representação dos orbitais Figura 6.18 Distribuição de densidade eletrônica nos orbitais 1s, 2s e 3s. A parte inferior da figura mostra como a densidade eletrônica, representada por y2, varia como função da distância r ao núcleo. Nos orbitais 2s e 3s a função de densidade eletrônica cai para zero a certas distâncias do núcleo. As superfícies ao redor do núcleo nas quais y2 é zero são chamadas nós. 38 Representação dos orbitais Orbitais p • Existem três orbitais p, px, py, e pz. • Os três orbitais p localizam-se ao longo dos eixos x-, y- e z- de um sistema cartesiano. • As letras correspondem aos valores permitidos de ml, -1, 0, e +1. • Os orbitais têm a forma de halteres. • À medida que n aumenta, os orbitais p ficam maiores. • Todos os orbitais p têm um nó no núcleo. 39 Representação dos orbitais Orbitais p Figura 6.20 (a) Distribuição de densidade eletrônica de um orbital 2p. (b) Representações dos três orbitais p. Observe que o índice inferior nos símbolos dos orbitais indica o eixo ao longo do qual o orbital se encontra. 40 Representação dos orbitais Orbitais d e f • Existem cinco orbitais d e sete orbitais f. • Três dos orbitais d encontram-se em um plano bissecante aos eixos x-, y- e z. • Dois dos orbitais d se encontram em um plano alinhado ao longo dos eixos x-, y- e z. • Quatro dos orbitais d têm quatro lóbulos cada. • Um orbital d tem dois lóbulos e um anel. 41 Representação dos orbitais ● Quando n é igualou maior que 3, encontramos os orbitais d (para o qual l = 2). Existem cinco orbitais 3d, cinco orbitais 4d etc. Os diferentes orbitais d em determinado nível têm diferentes formatos e orientações no espaço, como mostrado na Figura 6.21. 42 Representação dos orbitais Figura 6.21 Representações dos cinco orbitais d. Orbitais d 43 Representação dos orbitais ● Quatro das superfícies limite dos orbitais d têm formato de 'trevo de quatro folhas’ e cada uma se encontra principalmente em um plano. Os dxy, dxz e dyz situam-se nos planos xy, xz e yz, respectivamente, como os lóbulos orientados entre os eixos. Os lóbulos do orbital dX 2 - y 2 também se situam no plano xy, mas os lóbulos localizam-se ao longo dos eixos x e y. O orbital dz 2 tem aspecto muito diferente dos outros quatro: dois lóbulos ao longo do eixo z e uma 'rosquinha' no plano xy. Mesmo que o orbital dz 2 pareça diferente, ele tem a mesma energia que os outros quatro orbitais d. As representações na Figura 6.21 são normalmente utilizadas independentemente do número quântico principal. 44 Representação dos orbitais ● Quando n é maior ou igual a 4, existem sete orbitais f equivalentes (para os quais l = 3). As formas dos orbitais f são ainda mais complicadas do que as dos orbitais d. Não apresentaremos as formas dos orbitais f. 45 Representação dos orbitais Átomos polieletrônicos 46 Figura 6.22 Disposição de níveis de energia do orbital em átomos polieletrônicos, até os orbitais 4p. Como na Figura 6.17, que mostra os níveis de energia dos orbitais para o átomo de hidrogênio, cada quadrícula representa um orbital. Note que os orbitais em diferentes subníveis diferem em energia. 47 Átomos polieletrônicos Orbitais e suas energias - Átomos polieletrônicos Orbitais e suas energias ● O modelo da mecânica quântica não seria muito útil se não pudéssemos estender aos outros átomos o que aprendemos sobre hidrogênio. Felizmente, os orbitais atômicos em um átomo polieletrônico são semelhantes aos do átomo de hidrogênio. Podemos continuar, pois, designando os orbitais como 1s, 2p, etc. Esses orbitais têm a mesma forma geral que os orbitais correspondentes do hidrogênio. 48 Átomos polieletrônicos Orbitais e suas energias ● Apesar das formas dos orbitais dos átomos polieletrônicos serem as mesmas daquelas para o hidrogênio, a presença de mais de um elétron muda bastante as energias dos orbitais. No hidrogênio a energia de um orbital depende apenas do seu número quântico principal, n (Figura 6.17); os subníveis 3s, 3p e 3d, por exemplo, têm todos a mesma energia. 49 Átomos polieletrônicos Orbitais e números quânticos - Mecânica quântica e orbitais atômicos Figura 6.17 Níveis de energia dos orbitais para o átomo de hidrogênio. Cada quadrícula representa um orbital. Observe que todos os orbitais com o mesmo valor para o número quântico principal, n, têm a mesma energia. Isso se aplica apenas a sistemas de um elétron. 50 Átomos polieletrônicos Orbitais e suas energias ● Em um átomo polieletrônico, entretanto, a repulsão elétron-elétron faz com que os diferentes subníveis estejam em diferentes níveis de energia, como mostrado na Figura 6.22. Por exemplo, o subnível 2s é mais baixo em energia que o subnível 2p. Para entender o porquê disso, temos de considerar as forças entre os elétrons e como estas são afetadas pelas formas dos orbitais. 51 Átomos polieletrônicos Figura 6.22 Disposição de níveis de energia do orbital em átomos polieletrônicos, até os orbitais 4p. Como na Figura 6.17, que mostra os níveis de energia dos orbitais para o átomo de hidrogênio, cada quadrícula representa um orbital. Note que os orbitais em diferentes subníveis diferem em energia. 52 Átomos polieletrônicos Orbitais e suas energias - Átomos polieletrônicos Orbitais e suas energias ● A idéia importante é esta: em um átomo polieletrônico, para certo valor de n, a energia de um orbital aumenta como aumento do valor de l. ● Você pode ver isso ilustrado na Figura 6.22. Observe, por exemplo, que os orbitais com n = 3 aumentam sua energia na ordem s < p < d. A Figura 6.22 é um diagrama de níveis de energia qualitativo; as energias exatas e suasdiferenças de espaçamento diferem de um átomo para outro. Observe que todos os orbitais de determinado subnível (como os orbitais 3d) ainda têm a mesma energia da mesma forma que no átomo de hidrogênio. Dizemos que os orbitais com a mesma energia são conhecidos como degenerados. 53 Átomos polieletrônicos Orbitais e suas energias • Para n ≥ 2, os orbitais s e p não são mais degenerados porque os elétrons interagem entre si. • Portanto, o diagrama de Aufbau apresenta-se ligeiramente diferente para sistemas com muitos elétrons. 54 Átomos polieletrônicos ● Acabamos de ver que podemos usar orbitais semelhantes aos do hidrogênio para descrever átomos polieletrônicos. Entretanto, o que determina os orbitais nos quais os elétrons se situam? Isto é, como os elétrons de um átomo polieletrônico preenchem os orbitais disponíveis? Para responder a essa pergunta, devemos considerar uma propriedade adicional do elétron. 55 Representação dos orbitais ● Quando os cientistas estudaram os espectros de linhas de átomos polieletrônicos mais detalhadamente, eles observaram uma característica muito intrigante: eram as linhas que originalmente eram tidas como únicas, na realidade pares pouco espaçados. Isso significava, essencialmente, que havia duas vezes mais níveis de energia do que se 'supunha’. 56 Representação dos orbitais ● Em 1925, os físicos holandeses George Uhlenbeck e Samuel Goudsmit propuseram uma solução para esse dilema. Eles postularam que os elétrons tinham uma propriedade intrínseca, chamada spin eletrônico. O elétron aparentemente comportava-se como se fosse uma esfera minúscula rodando em torno de seu próprio eixo. 57 Representação dos orbitais ● A essa altura provavelmente não é surpresa que o spin eletrônico é quantizado. Essa observação levou à atribuição de um novo número quântico para o elétron, além dos n, l e ml já discutidos. Esse novo número quântico, o número quântico magnético de spin, é simbolizado por ms. 58 Representação dos orbitais 4. Número Quântico Spin 59 ● Apenas dois valores possíveis são permitidos para ms, +1/2 ou -1/2, que foi primeiro interpretado como indicador dos dois sentidos opostos nos quais o elétron pode girar. ● Uma carga giratória produz um campo magnético. 60 Representação dos orbitais Número Quântico Spin é o momento Spin (s ou ms) ▪ relaciona-se com um possível movimento de rotação do elétron. Figura 2. Figura 2 61 Representação dos orbitais ● O quarto número quântico é o momento Spin (ms) que assume valores de +1/2 ou -1/2. Spin é o movimento de rotação de um elétron ao redor do seu eixo. Este movimento cria um campo magnético que pode ser de atração (spins opostos) ou repulsão (rotação no mesmo sentido). Segundo o princípio de exclusão de Pauli, num mesmo orbital pode-se ter, no máximo, dois elétrons com spins opostos. 62 Representação dos orbitais Evidência experimental do spin eletrônico Otto Stern e Walter Gerlach planejaram um experimento para determinar o porquê. ▪ Um feixe de átomos passou através de uma fenda e por um campo magnético não-homogêneo e os átomos foram então detectados. Figura 6.24 Ilustração do experimento Stern-Gerlach. Átomos nos quais o número quântico de spin eletrônico (ms) dos elétrons desemparelhados é +1/2 são desviados em um sentido, e aqueles nos quais ms é -1/2, no outro. 63 Spin eletrônico e o princípio da exclusão de Pauli ▪ Duas marcas foram encontradas: uma com os elétrons girando em um sentido e uma com os elétrons girando no sentido oposto. Figura 6.24 Ilustração do experimento Stern-Gerlach. Átomos nos quais o número quântico de spin eletrônico (ms) dos elétrons desemparelhados é +1/2 são desviados em um sentido, e aqueles nos quais ms é -1/2, no outro. 64 Spin eletrônico e o princípio da exclusão de Pauli Evidência experimental do spin eletrônico ▪ Na presença de um campo magnético, podemos elevar a degeneração dos elétrons. ▪ Como dito anteriormente, o elétron tem propriedades tanto de partícula como ondulatórias. Assim, a figura de um elétron como esfera carregada em rotação é, especificamente falando, apenas uma representação útil pelas figuras que nos ajudam a entender os dois sentidos do campo magnético que um elétron possui. 65 Representação dos orbitais Figura 6.23 O elétron se comporta como se estivesse girando em volta de um eixo através de seu centro, dessa forma gerando um campo magnético cuja direção depende do sentido da rotação. As duas direções para o campo magnético correspondem aos dois valores possíveis para o número quântico de spin, ms. 66 Spin eletrônico e o princípio da exclusão de Pauli • Já que o spin eletrônico é quantizado, definimos ms = número quântico de rotação = ± 1/2. • O princípio da exclusão de Pauli: dois elétrons não podem ter a mesma série de 4 números quânticos. Portanto, dois elétrons no mesmo orbital devem ter spins opostos. Em outras palavras, num mesmo orbital pode-se ter, no máximo, dois elétrons com spins opostos. 67 Spin eletrônico e o princípio da exclusão de Pauli Figura 6.25 Como o spin eletrônico, o spin nuclear cria um pequeno campo magnético e tem dois valores permitidos; na ausência de um campo magnético externo (esquerda), os dois estados de spin têm a mesma energia. Se um campo magnético externo é aplicado (à direita), o alinhamento paralelo do campo magnético nuclear é mais baixo em energia do que o alinhamento antiparalelo. A diferença de energia, ∆E, está na porção de radiofrequência do espectro eletromagnético. 68 Spin eletrônico e o princípio da exclusão de Pauli Regra de Hund • A regra de Hund diz que “os elétrons ocupam primeiro os orbitais vazios de um subnível com spins paralelos e, quando todos estiverem semiemparelhados, os elétrons restantes emparelham-se com spins contrários”. • As configurações eletrônicas nos dizem em quais orbitais os elétrons de um elemento estão localizados. • Três regras: - Os orbitais são preenchidos em ordem crescente de n. - Dois elétrons com o mesmo spin não podem ocupar o mesmo orbital (Pauli). - Para os orbitais degenerados, os elétrons preenchem cada orbital isoladamente antes de qualquer orbital receber um segundo elétron (regra de Hund). 69 Configurações eletrônicas ● A maneira na qual os elétrons são distribuídos entre os vários orbitais de um átomo é chamada configuração eletrônica. A mais estável configuração eletrônica, ou estado fundamental, de um átomo é aquela na qual os elétrons estão nos estados mais baixos possíveis de energia. 70 Configurações eletrônicas ● Se não existissem restrições nos possíveis valores para os números quânticos dos elétrons, todos os elétrons se aglomerariam no orbital 1s porque é o mais baixo em energia (Figura 6.22). 71 Configurações eletrônicas Figura 6.22 Disposição de níveis de energia do orbital em átomos polieletrônicos, até os orbitais 4p. Como na Figura 6.17, que mostra os níveis de energia dos orbitais para o átomo de hidrogênio, cada quadrícula representa um orbital. Note que os orbitais em diferentes subníveis diferem em energia. 72 Configurações eletrônicas Orbitais e suas energias - Átomos polieletrônicos ● Entretanto, o princípio da exclusão de Pauli nos diz que pode haver no máximo dois elétrons em um único orbital. Assim, os orbitais são preenchidos em ordem crescente de energia, com não mais que dois elétrons por orbital. Por exemplo, considere o átomo de lítio, que tem três elétrons. (Lembre-se de que o número de elétrons em um átomo neutro é igual ao seu número atômico.) O orbital 1s pode acomodar dois elétrons. O terceiro elétron vai para o próximo orbital de mais baixa energia, o 2s. 73 Configurações eletrônicas ● Podemos resumir qualquer configuração eletrônica escrevendo o símbolo para cada subnível ocupado e adicionando um índice superior para indicar o númerode elétrons em cada subnível. Por exemplo, para o lítio escrevemos Is22s1 (lê-se '1s dois, 2s um’). ● Podemos também mostrar a distribuição dos elétrons como (configuração de quadrículas): 74 Configurações eletrônicas 1s 2s Li ● Dizemos que os elétrons que possuem spins contrários são emparelhados quando estão em um mesmo orbital ( ). Um elétron desemparelhado não está acompanhado por um companheiro de spin contrário. No átomo de lítio os dois elétrons no orbital 1s estão emparelhados, e o elétron no orbital 2s está desemparelhado. 75 Configurações eletrônicas Regra de Hund ● Considere agora como as configurações eletrônicas dos elementos variam à medida que passamos de um elemento para outro ao longo da tabela periódica. ● O hidrogênio tem um elétron, que ocupa o orbital 1s em seu estado fundamental. ● Aqui, a escolha de um elétron de spin +1/2 é arbitrária; poderíamos igualmente mostrar o estado fundamental com um elétron de spin -1/2 no orbital 1s. Entretanto, é habitual mostrar os elétrons desemparelhados com seus spins para cima. 76 Configurações eletrônicas 1s H : 1s1 ● O próximo elemento, o hélio, tem dois elétrons. Uma vez que dois elétrons com spins contrários podem ocupar um orbital, ambos os elétrons do hélio estão em um orbital 1s. ● Os dois elétrons presentes no hélio completam o primeiro nível. Essa distribuição representa uma configuração muito estável, como é evidenciado pela inatividade química do hélio. 77 Configurações eletrônicas 1s He : 1s2 ● As configurações eletrônicas do lítio e de vários elementos posteriores a ele na tabela periódica são mostradas na Tabela 6.3. 78 Configurações eletrônicas ● Para o terceiro elétron do lítio, a mudança no número quântico principal representa um salto largo na energia e um salto correspondente na distância média do elétron ao núcleo. Ela representa o início de um novo nível de elétrons. ● Como podemos observar pelo exame da tabela periódica, o lítio começa um novo período da tabela periódica. Ele é o primeiro membro dos metais alcalinos (grupo 1A). 79 Configurações eletrônicas Figura 6.28 Configurações eletrônicas dos níveis mais externos no estado fundamental 80 Configurações eletrônicas e a tabela periódica 81 Configurações eletrônicas e a tabela periódica ● Com o próximo elemento, o carbono, deparamos com uma situação nova. Sabemos que o sexto elétron tem de ir para um orbital 2p. Entretanto, esse novo elétron vai para o orbital 2p, que já tem um elétron, ou para um dos outros? Essa pergunta é respondida pela regra de Hund, que afirma que para orbitais degenerados, a menor energia será obtida quando o número de elétrons com o mesmo spin for maximizado. ● Isso significa que os elétrons ocuparão individualmente os orbitais até a máxima extensão possível, com o mesmo número quântico magnético de spin. Diz-se que os elétrons distribuídos dessa forma têm spins paralelos. 82 Representação dos orbitais ● Portanto, para um átomo de carbono atingir sua energia mais baixa, os dois elétrons 2p terão o mesmo spin. Para que isso aconteça, os elétrons devem estar em orbitais 2p diferentes, como mostrado na Tabela 6.3. Assim, um átomo de carbono em seu estado fundamental tem dois elétrons desemparelhados. 83 Configurações eletrônicas e a tabela periódica ● Da mesma forma, para o nitrogênio em seu estado fundamental, a regra de Hund requer que os três elétrons 2p ocupem individualmente cada um dos três orbitais 2p. Essa é a única maneira com a qual todos os três elétrons terão o mesmo spin. Para o oxigênio e o flúor, colocamos quatro e cinco elétrons, respectivamente, nos orbitais 2p. Para conseguir isso, emparelhamos os elétrons nos orbitais 2p. 84 Configurações eletrônicas e a tabela periódica Configurações eletrônica condensadas • O neônio tem o subnível 2p completo. • O sódio marca o início de um novo período. • Logo, escrevemos a configuração eletrônica condensada para o sódio como: Na: [Ne] 3s1 • [Ne] representa a configuração eletrônica do neônio. • Elétrons mais internos: os elétrons no [Gás Nobre]. • Elétrons de valência: os elétrons fora do [Gás Nobre]. 85 Configurações eletrônicas e a tabela periódica ● Pauling criou um dispositivo prático que dá a ordem de ocupação crescente dos subníveis de energia. 86 Distribuição Eletrônica camada nível # e- # orb. subnível K 1 2 1 s L 8 4 s p M 3 18 9 s p d 2 4 32 16 s p d f O 5 50 25 s p d f g P 6 72 36 s p d f g h Q 7 98 49 s p d f g h i Os subníveis destadacos são teóricos pois os átomos conhecidos não possuem tantos elétrons. Configurações Eletrônicas Estáveis • possuem subníveis s e p completos • tendem a ser inertes ou não reativos. 87 Distribuição Eletrônica Adapted from Table 2.2, Callister 6e. Z Elemento Configuração 2 He 1s2 10 Ne 1s22s22p6 18 Ar 1s22s22p63s23p6 36 Kr 1s22s22p63s23p63d104s24p6 ● A configuração eletrônica da maioria dos elementos: instável. 88 Distribuição Eletrônica • Por quê? Camada de Valência (externa) incompleta! Estes elétrons participam das ligações químicas. Várias propriedades físicas e químicas dependem dos elétrons de valência. Adapted from Table 2.2, Callister 6e. # Atômico 1 2 3 4 5 6 10 11 12 13 18 ... 36 Elemento Hydrogênio Hélio Lítio Berílio Boro Carbono ... Neônio Sódio Magn[esio Alumíno ... Argônio ... Kriptônio Configuração Eletrônica 1s 1 1s 2 (estável) 1s2 2s 1 1s2 2s 2 1s 2 2s 2 2p1 1s2 2s2 2p 2 ... 1s 2 2s 2 2p 6 (estável) 1s2 2s 2 2p6 3s 1 1s 2 2s 2 2p6 3s2 1s 2 2s 2 2p 6 3s2 3p 1 ... 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 (estável) ... 1s2 2s2 2p 6 3s2 3p6 3d 10 4s2 4p6 (estável) 89 Configurações eletrônicas e a tabela periódica Metais de transição • Depois de Ar, os orbitais d começam a ser preenchidos. • Depois que os orbitais 3d estiverem preenchidos, os orbitais 4p começam a ser preenchidos. • Metais de transição: são os elementos nos quais os elétrons d são os elétrons de valência. 90 Configurações eletrônicas e a tabela periódica ● Existem sete orbitais degenerados 4f, correspondendo aos sete valores permitidos de ms, variando de 3 a -3. Assim, são necessários 14 elétrons para preencher completamente os orbitais 4f . ● Os 14 elementos 4f são conhecidos como lantanídeos (ou terras raras). Os lantanídeos são colocados abaixo dos outros elementos para evitar seja feita uma tabela injustificavelmente extensa. As propriedades dos lantanídeos são todas bastante similares e eles são encontrados juntos na natureza. Por muitos anos era virtualmente impossível separá-Ios. 91 Configurações eletrônicas e a tabela periódica ● Em virtude de as energias dos orbitais 4f e 5d serem muito próximas, as configurações eletrônicas de alguns lantanídeos envolvem elétrons 5d. Por exemplo, o elemento lântano (La), cério (Ce) e praseodímio (Pr) têm as seguintes configurações: ● La: [Kr] 6s2 5d1 Ce: [Kr] 6s2 5d1 4f1 Pr: [Kr] 6s2 4f3 92 Configurações eletrônicas e a tabela periódica ● La, que tem um único elétron 5d, é algumas vezes colocado abaixo do ítrio (Y) como o primeiro membro da terceira série dos elementos de transição, e Ce, como o primeiro membro dos lantanídeos. Entretanto, baseado em sua química, La pode ser considerado o primeiro elemento na série dos lantanídeos. Distribuídos dessa forma, existem aparentemente menos exceções ao preenchimento regular dos orbitais 4f entre os membros posteriores da série. 93 Configurações eletrônicas e a tabela periódica ● Depois da série dos lantanídeos, a terceira série dos elementos de transição é completada pelo preenchimento dos orbitais 5d, seguido pelo preenchimento dos orbitais 6p. Isso nos trás ao radônio (Rn), o mais pesado dos gases nobres conhecidos. O último período da tabela periódica começa com o preenchimento do orbital7s. Os actinídeos, dos quais o urânio (U, elemento 92) e o plutônio (Pu, elemento 94) são os mais conhecidos, são então constituídos pelo preenchimento dos orbitais 5f . 94 Configurações eletrônicas e a tabela periódica Lantanídeos e actinídeos • Do Ce em diante, os orbitais 4f começam a ser preenchidos. • Observe: Ce: [Kr]6s25d14f1 • Os elementos Ce - Lu têm os orbitais 4f preenchidos e são chamados lantanídeos ou elementos terras raras. • Os elementos Th - Lr têm os orbitais 5f preenchidos e são chamados actinídeos. • Os actinídeos são radioativos. A maior parte dos actinídeos não é encontrada na natureza. 95 Configurações eletrônicas e a tabela periódica • A tabela periódica pode ser utilizada como um guia para as configurações eletrônicas. • O número do periodo é o valor de n. • Os grupos 1A e 2A têm o orbital s preenchido. • Os grupos 3A - 8A têm o orbital p preenchido. • Os grupos 3B - 2B têm o orbital d preenchido. • Os lantanídeos e os actinídeos têm o orbital f preenchido. 96 Configurações eletrônicas e a tabela periódica ● O levantamento um tanto breve das configurações eletrônicas dos elementos nos levou até a tabela periódica. Vimos que as configurações eletrônicas dos elementos estão relacionadas com a respectiva localização na tabela periódica. 97 Configurações eletrônicas e a tabela periódica ● A tabela periódica é estruturada de forma que os elementos com o mesmo padrão de configurações eletrônicas de níveis mais externos (valência) estejam distribuídos em colunas. Por exemplo, as configurações eletrônicas para os elementos nos grupos 2A e 3A são dadas na Tabela 6.4. 98 Configurações eletrônicas e a tabela periódica ● Vemos que todos os elementos da 2A têm configuração mais externa ns2, enquanto os elementos da 3A têm configurações ns2 np1 . 99 Configurações eletrônicas e a tabela periódica ● Anteriormente, na Tabela 6.2, dissemos que o número total de orbitais em cada nível era igual a n2: 1, 4, 9 ou 16. Como cada orbital pode comportar dois elétrons, cada nível pode acomodar até 2n2 elétrons: 2, 8, 18 ou 32. A estrutura da tabela periódica reflete essa estrutura de orbital. ● O primeiro período pode comportar dois elementos, o segundo e o terceiro períodos têm oito elementos, o quarto e quinto, 18, e o sexto período tem 32 elementos (incluindo os lantanídeos). 100 Configurações eletrônicas e a tabela periódica ● Alguns dos números se repetem porque atingimos o final de um período da tabela periódica antes de preencher completamente um nível. Por exemplo, o terceiro período tem oito elementos, o que corresponde a preencher os orbitais 3s e 3p. 101 Configurações eletrônicas e a tabela periódica ● Os orbitais restantes do terceiro nível, os 3d, não começam a ser preenchidos até o quarto período da tabela periódica (e depois do orbital 4s estar preenchido). Da mesma forma, os orbitais 4d não começam a ser preenchidos até o quinto período da tabela, e os 4f não começam a ser preenchidos até o sexto período. 102 Configurações eletrônicas e a tabela periódica ● Todas essas observações são evidentes na estrutura da tabela periódica. Por essa razão, enfatizamos que a tabela periódica é seu guia para a ordem na qual os orbitais são preenchidos. Você pode facilmente escrever a configuração eletrônica de um elemento com base em sua localização na tabela periódica. 103 Configurações eletrônicas e a tabela periódica ● O padrão está resumido na Figura 6.27. Observe que os elementos podem ser agrupados pelos tipos de orbital dentro dos quais os elétrons são colocados. À esquerda estão duas colunas de elementos. Esses elementos, conhecidos como metais alcalinos (grupo IA) e metais alcalinos terrosos (grupo 2A), são aqueles nos quais os orbitais s do nível mais externo são preenchidos. 104 Configurações eletrônicas e a tabela periódica Figura 6.27 Diagrama de bloco da tabela periódica mostrando a disposição dos elementos de acordo com o tipo de orbital sendo preenchido pelos elétrons. 105 Configurações eletrônicas e a tabela periódica ● À direita está um bloco de seis colunas. Esses são os elementos nos quais os orbitais p mais externos são preenchidos. Os blocos s e p da tabela periódica contêm os elementos representativos (ou grupo principal). No meio da tabela está um bloco de dez colunas que contém os metais de transição. 106 Configurações eletrônicas e a tabela periódica ● Esses são os elementos nos quais os orbitais d são preenchidos. Abaixo da parte principal da tabela estão dois períodos contendo 14 colunas. Esses elementos são normalmente chamados metais do bloco f porque são aqueles nos quais os orbitais f são preenchidos. Lembre-se de que os números 2, 6, 10 e 14 são exatamente o número de elétrons que podem preencher os subníveis s, p, de f respectivamente. Lembre-se também de que o subnível 1s é o primeiro subnível s, o 2p é o primeiro subnível p, o 3d é o primeiro subnível d e o 4f, o primeiro subnível f 107 Configurações eletrônicas e a tabela periódica Figura 6.27 Diagrama de bloco da tabela periódica mostrando a disposição dos elementos de acordo com o tipo de orbital sendo preenchido pelos elétrons. 108 Configurações eletrônicas e a tabela periódica ● A Figura 6.28 fornece a configuração eletrônica do estado fundamental do nível mais externo dos elementos. É possível usar essa figura para conferir suas respostas à medida que você pratica escrevendo as configurações eletrônicas. Escrevemos essas configurações com os orbitais em ordem crescente de número quântico principal. Como vimos no "Como fazer 6.9", os orbitais podem também ser relacionados em ordem de preenchimento, como eles seriam interpretados a partir da tabela periódica. 109 Configurações eletrônicas e a tabela periódica Figura 6.28 Configurações eletrônicas dos níveis mais externos no estado fundamental 110 Configurações eletrônicas e a tabela periódica Configurações eletrônicas anômalas ● Se você fizer uma inspeção cuidadosa na Figura 6.28, verá que as configurações eletrônicas de determinados elementos parecem violar as regras que acabamos de abordar. ● Por exemplo, a configuração eletrônica do cromo é [Ar]3d54s2 em vez de [Ar]3d44s2, como esperaríamos. Analogamente, a configuração do cobre é [Ar]3d104s1 em vez de [Ar]3d94s1. Esse comportamento anômalo é basicamente uma consequência da proximidade entre as energias dos orbitais 3d e 4s. Ela ocorre frequentemente quando existem elétrons suficientes para fazer com que orbitais degenerados tornem-se parcialmente preenchidos (como no cromo) ou totalmente preenchidos (como no cobre). Existem poucos casos similares entre os metais de transição mais pesados (aqueles com orbitais 4d ou 5d parcialmente preenchidos) e entre os metais do bloco f . Apesar de esses pequenos desvios da expectativa serem interessantes, eles não têm grande relevância química. 111 Configurações eletrônicas e a tabela periódica Referência 112 113Referência 1. Van Vlack, L H., Princípio de Ciência e Tecnologia dos Materiais, Ed. CAMPUS Ltda, 1984. 2. Brown; LeMay e Bursten. Pearson – Prentice Hall. 90 edição. 2005. 3. David P. White, QUÍMICA - A Ciência Central. 9ª Edição - Capítulo 6 - Estrutura eletrônica dos átomos
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