Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Definição Os números quânticos descrevem as energias dos elétrons nos átomos e são de enorme relevância quando se trata de descrever a posição dos elétrons nos átomos. O Princípio da Incerteza de Werner Heisenberg (1901-1976), criado em 1926, estabeleceu que não é possível calcular a posição e a velocidade de um elétron em um mesmo instante. Por isso, os cientistas passaram a adotar o conceito de “orbital”, que se refere à região no espaço ao redor do núcleo do átomo onde é maior a probabilidade de se encontrar determinado elétron. No modelo de orbitais, o elétron tem característica dual, isto é, como onda-partícula que se desloca no espaço, mas que está dentro de uma região (orbital) ao redor do núcleo, como uma nuvem eletrônica. Esse movimento do elétron passou a ser descrito por Erwin Schrödinger por meio de uma equação matemática que associava a natureza corpuscular do elétron, ou seja, sua natureza como partícula, sua energia, carga e massa. Durante o processo algébrico da solução da equação de Schrödinger, surgiram naturalmente códigos matemáticos relacionados com a energia do elétron, que são denominados de números quânticos. Número Quântico = ‘’Endereço do Elétron’’ Cada elétron de um átomo é caracterizado por quatro números quânticos. São eles: • número quântico principal (n); • número quântico secundário ou azimutal (l); • número quântico magnético (m ou ml); • número quântico spin (s ou ms). Num mesmo átomo não existem dois elétrons com os mesmos números quânticos. Portanto, esse conjunto de números quânticos serve para identificar cada elétron na eletrosfera de um átomo. Estes quatro números quânticos, além de se complementarem, nos permitem fazer uma descrição completa dos elétrons nos átomos, pois eles dizem o nível principal de energia do elétron, o subnível de energia, a orientação espacial da nuvem eletrônica e a orientação do próprio elétron na nuvem. Cada combinação dos quatro números quânticos é única para um elétron. Número Quântico Principal, n O número quântico principal (n) é aquele que indica os níveis de energia, ou seja, a camada eletrônica em que o elétron está. As camadas eletrônicas K, L, M, N, O, P e Q representam, respectivamente, os seguintes números quânticos principais 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7: Assim, os valores de n variam de 1 a 7, de acordo com o nível de energia do elétron. Quanto maior o número quântico principal (ou seja, quanto mais distante um elétron estiver do núcleo), maior é a energia do elétron. Número Quântico secundário ou azimutal (l) Refere-se ao subnível de energia do elétron e ao formato do orbital. Os elétrons distribuem-se nas camadas eletrônicas de acordo com subníveis de energia, que são identificados pelas letras s, p, d, f, que aumentam de energia nessa ordem. Ou seja, uma camada eletrônica é um conjunto de camadas muito próximas, com energia muito similar, denominadas subcamadas. Cada camada pode comportar um número de subcamadas determinado e, ainda cada nível comporta uma quantidade máxima de elétrons distribuídos nos subníveis de energia. Número Quântico Terciário, Orbital ou Magnético Descreve a orientação do orbital no espaço. Por exemplo, os três orbitais p estão orientados segundo os três eixos, x, y, z, existindo, portanto, um ângulo de 90° entre eles. A cada direção associa-se um valor de m. Então, para o subnível p, há três números magnéticos possíveis, -1, 0, +1, que são representados por três quadrículas: Já o subnível d possui cinco orientações espaciais possíveis, sendo que o número magnético pode apresentar os seguintes valores: -2, - 1, 0, +1, +2: Por fim, o subnível f possui sete orientações espaciais possíveis, sendo que o número magnético pode apresentar os seguintes valores: -3, -2, -1, 0, +1, +2, +3: Diferença entre orbital e subnível • Subnível s comporta no máximo 2 elétrons = 1 orbital • Subnível p comporta no máximo 6 elétrons = 3 orbitais • Subnível d comporta no máximo 10 elétrons = 5 orbitais • Subnível f comporta no máximo 14 elétrons = 7 orbitais Número Quântico Quaternário ou Spin (ms ou s) Dois elétrons conseguem ficar em um mesmo orbital e não se repelirem porque eles giram em sentidos opostos, o que causa uma força magnética de atração. Assim, o magnetismo em razão do spin de um elétron é anulado pelo magnetismo do spin oposto, tornando-se um sistema estável. É por isso que cada orbital possui no máximo dois elétrons com spins opostos, que são simbolizados por setas, conforme o Princípio da Exclusão de Pauli. Por convenção, adotamos o seguinte: a seta para cima corresponde a ms= -1/2, e a seta para baixo corresponde a ms= +1/2. ms = -1/2 ou +1/2 ms = ↑ ou ↓ Segundo a Regra de Hund, o preenchimento dos orbitais de um subnível deve ser feito de uma forma que contenha o maior número possível de elétrons desemparelhados (isolados). Por isso, temos que preencher primeiro os orbitais (quadrículas), colocando somente as setas para cima, e depois voltamos preenchendo as setas para baixo (ou vice-versa). Como um orbital pode comportar 2 elétrons, se eles possuem carga negativa, e cargas iguais se repelem? Graças aos seus spins, que sempre serão contrários. Ou seja, eles giram em sentido diferente (sentido horário e anti-horário), causando uma atração magnética que compensa a repulsão elétrica. Distribuição Eletrônica Irregular Temos também casos onde os átomos fogem à regra de Linus Pauling e isso ocorre quando o nível "d" atrai elétrons do nível "s". Este é o caso do Cromo (Z=24) • Segundo a regra de Pauling: 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d4 • Constatação prática: 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s1, 3d5 Diagrama funciona bem para uma série de elementos, em especial, os representativos, mas falha ao descrever a estrutura eletrônica de vários metais.
Compartilhar