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ESCOLA TÉCNICA SANDRA SILVA CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE Turma – MEI-02/21-NQR COMPOSTAGEM: a transformação de resíduos sólidos em composto orgânico para a manutenção de áreas verdes. RIO DE JANEIRO 2022 Turma – MEI-02/21-NQR Carlos Sérgio da Silva Souza César Debastini do Nascimento Daniel dos Santos Soares Evandro de Vasconcelos Araújo Fabio Augusto Miranda Gomes de Freitas Isaac Ferreira Rangel da Silva Ivson Martins dos Santos José Luiz Lyra Junior Leandro de Oliveira Lima Ronald dos Santos Sabino da Rocha Wellington Kinupa Gomes William dos Santos Lacerda RIO DE JANEIRO 2022 Turma – MEI-02/21-NQR COMPOSTAGEM: a transformação de resíduos sólidos em composto orgânico para a manutenção de áreas verdes. Trabalho de conclusão de curso apresentado à Escola Técnica Sandra Silva, como requisito parcial à obtenção do nível Técnico em Meio Ambiente. Orientadores: Prof. Esp. Átila Henrique Ferreira e Prof. Esp. Evandro Luiz dos Santos Lopes. Coorientadora: Profa. Esp. Natalia Vianna RIO DE JANEIRO 2022 Turma – MEI-02/21-NQR COMPOSTAGEM: a transformação de resíduos sólidos em composto orgânico para a manutenção de áreas verdes Trabalho de conclusão de curso apresentado à Escola Técnica Sandra Silva, como requisito parcial à obtenção do nível Técnico em Meio Ambiente. Aprovado em: ______ de _______________ de 2022. BANCA EXAMINADORA Prof. Esp. Átila Henrique Ferreira – Orientador (Escola Técnica Sandra Silva) Prof. Esp. Evandro Luiz dos Santos Lopes – Orientador (Escola Técnica Sandra Silva) Profª. Esp. Natalia Vianna – Examinadora (Escola Técnica Sandra Silva) Dedicamos este trabalho às nossas famílias, pelo apoio, carinho e dedicação nos momentos mais difíceis e a todos que contribuíram, de alguma forma para a realização deste trabalho. AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus, pois sem Ele, nada seria possível. Aos amigos de turma pela amizade incondicional e pelo apoio ao longo desses períodos de estudo. Gratidão aos professores, Átila, Evandro, Josué, Katia e Natalia, pelas valiosas horas dedicadas a nós neste projeto, sempre com a presença cheia de otimismo e motivação. Nosso muito obrigado! “A consciência é a principal ferramenta para preservarmos e cuidarmos do meio ambiente. O planeta Terra é a nossa casa.” RESUMO A destinação ambientalmente correta dos resíduos sólidos urbanos, atualmente é uma problemática socioambiental no que se refere à preservação da fauna, flora e da saúde humana, quando estes resíduos são descartados inadequadamente. O método de compostagem é uma forma de transformação da matéria orgânica através de processos biológicos de decomposição e reações químicas em adubo natural, que pode ser usado na agricultura, em jardins, hortas e plantas, substituindo o uso de produtos químicos. O propósito deste estudo foi demonstrar a compostagem como uma solução simples e barata para redução dos resíduos sólidos urbanos orgânicos, estes especificamente coletados dentro de uma instituição pública federa de saúde no estado do Rio de Janeiro, com a finalidade de aproveitar o composto na manutenção de toda a extensão de aproximadamente 564.000m² de área verde, no cultivo das mudas do horto local que são usadas na conservação dos jardins e também na distribuição para a população através do projeto “Coleta Seletiva Solidária”. O presente estudo foi baseado na revisão de literaturas e artigos científicos, estudos da técnica empregada e nos conteúdos ensinados em sala de aula, desenvolvido a partir da definição da compostagem, com ênfase na área urbana, utilizando resíduos sólidos urbanos, essencialmente os resíduos orgânicos. Através da avaliação da produção do composto em seus diferentes estágios de decomposição, reações químicas e estados físicos, verificou-se que a compostagem sendo doméstica ou industrializada, em pequena ou grande escala, mostrou ser uma alternativa de fácil manuseio e manutenção e economicamente viável para a redução dos resíduos sólidos, uma vez que estes resíduos podem se transformar em um adubo rico em nutrientes e com grande potencial, contribuindo para a redução dos impactos gerados pelo descarte incorreto desses resíduos nos lixões clandestinos ou mesmo em aterros sanitários legalizados, assim como pode colaborar na diminuição do uso de fertilizantes industrializados utilizados na agricultura convencional. Palavras-Chaves: compostagem; educação ambiental; meio ambiente; reciclagem; tratamento de resíduos; impactos ambientais; matéria orgânica. SUMMARY The environmentally correct destination of urban solid waste is currently a socio- environmental problem with regard to the preservation of fauna, flora and human health, when these wastes are improperly disposed of. The composting method is a way of transforming organic matter through biological processes of decomposition and chemical reactions into natural fertilizer, which can be used in agriculture, gardens, vegetable gardens and plants, replacing the use of chemical products. The purpose of this study was to demonstrate composting as a simple and inexpensive solution to reduce organic urban solid waste, specifically collected within a federal public health institution in the state of Rio de Janeiro, in order to use the compost in the maintenance of the entire extension of approximately 564,000 m² of green area, in the cultivation of seedlings from the local garden that are used in the conservation of the gardens and also in the distribution to the population through the project “Selective Solidarity Collection”. The present study was based on the review of literature and scientific articles, studies of the technique used and the contents taught in the classroom, developed from the definition of composting, with emphasis on the urban area, using urban solid waste, essentially organic waste. Through the evaluation of the production of the compost in its different stages of decomposition, chemical reactions and physical states, it was verified that the composting being domestic or industrialized, in small or large scale, proved to be an alternative of easy handling and maintenance and economically viable for the reduction of solid waste, since this waste can become a fertilizer rich in nutrients and with great potential, effectively contributing to the reduction of the impacts generated by the incorrect disposal of these wastes in clandestine dumps or even in legalized sanitary landfills, as well as helping to reduce the use of industrialized fertilizers used in conventional agriculture. Keywords: composting; environmental education; environment; recycling; waste treatment; environmental impacts; organic matter; LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Pioneirismo da compostagem.................................................... 16 Figura 2 - Materiais lenhosos para compostagem...................................... 28 Figura 3 - Reviramento para decomposição da matéria orgânica.............. 30 Figura 4 - Pilha de composto pronto para ser usado.................................. 31 Figura 5 - Pilhas/Leiras de compostagem com 1,5m X 1,5m..................... 32 Figura 6 - Revirada das pilhas de compostagem........................................ 33file:///S:/Departamento/VDTEC/NBIOS/PUBLICO/Escritório/Gestão/Espaço%20do%20colaborador/1-%20Colaboradores/Patrícia/1.%20Trabalho%20Meio%20Ambiente/M.%20A/Trabalho_compostagem.docx%23_Toc108984677 file:///S:/Departamento/VDTEC/NBIOS/PUBLICO/Escritório/Gestão/Espaço%20do%20colaborador/1-%20Colaboradores/Patrícia/1.%20Trabalho%20Meio%20Ambiente/M.%20A/Trabalho_compostagem.docx%23_Toc108984678 file:///S:/Departamento/VDTEC/NBIOS/PUBLICO/Escritório/Gestão/Espaço%20do%20colaborador/1-%20Colaboradores/Patrícia/1.%20Trabalho%20Meio%20Ambiente/M.%20A/Trabalho_compostagem.docx%23_Toc108984679 file:///S:/Departamento/VDTEC/NBIOS/PUBLICO/Escritório/Gestão/Espaço%20do%20colaborador/1-%20Colaboradores/Patrícia/1.%20Trabalho%20Meio%20Ambiente/M.%20A/Trabalho_compostagem.docx%23_Toc108984680 file:///S:/Departamento/VDTEC/NBIOS/PUBLICO/Escritório/Gestão/Espaço%20do%20colaborador/1-%20Colaboradores/Patrícia/1.%20Trabalho%20Meio%20Ambiente/M.%20A/Trabalho_compostagem.docx%23_Toc108984681 file:///S:/Departamento/VDTEC/NBIOS/PUBLICO/Escritório/Gestão/Espaço%20do%20colaborador/1-%20Colaboradores/Patrícia/1.%20Trabalho%20Meio%20Ambiente/M.%20A/Trabalho_compostagem.docx%23_Toc108984682 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Destinações adotadas para RSU............................................... 21 file:///S:/Departamento/VDTEC/NBIOS/PUBLICO/Escritório/Gestão/Espaço%20do%20colaborador/1-%20Colaboradores/Patrícia/1.%20Trabalho%20Meio%20Ambiente/M.%20A/Trabalho_compostagem.docx%23_Toc108984845 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Geração estimada x destinação......................................................21 file:///S:/Departamento/VDTEC/NBIOS/PUBLICO/Escritório/Gestão/Espaço%20do%20colaborador/1-%20Colaboradores/Patrícia/1.%20Trabalho%20Meio%20Ambiente/M.%20A/Trabalho_compostagem.docx%23_Toc108984894 RELAÇÃO DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ABRELPE Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada NBR Norma Brasileira PERS Plano Estadual de Resíduos Sólidos PNRS Política Nacional de Resíduos Sólidos RJ Rio de Janeiro RSU Resíduos Sólidos Urbanos SINIR Sistema Nacional de Informações Sobre a Gestão de Resíduos Sólidos UFV Universidade Federal de Viçosa – MG SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 13 1.1 DEFINIÇÃO .................................................................................................... 13 1.2 CONCEITO ..................................................................................................... 13 1.3 HISTÓRICO .................................................................................................... 15 1.4 COMPOSTAGEM NO BRASIL ....................................................................... 20 2 OBJETIVO ...................................................................................................... 26 2.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................................... 26 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................... 26 3 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................... 28 3.1 LOCAL E VOLUME ADEQUADOS ................................................................. 31 3.2 SISTEMA ........................................................................................................ 32 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................... 34 5 CONCLUSÃO ................................................................................................. 36 13 1 INTRODUÇÃO 1.1 DEFINIÇÃO O termo compostagem, substantivo feminino, etimologia: composto + agem; do francês “compostagem”. Segundo dicionário Aurélio On line, é um processo biológico de reciclagem de lixo, através do qual a matéria orgânica (estrume, folhas, papel, comida etc.) se transforma em um material como o solo (composto), sendo usada como adubo agrícola. Atualmente o termo lixo não é considerado um termo técnico para resíduos sólidos, residuu, do latim, que significa sobra de determinadas substâncias, e sólido é incorporado para diferenciar dos resíduos líquidos e gases, segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), (2004), em sua Norma Brasileira (NBR) Nº 10.004 – Resíduos sólidos – Classificação. 1.2 CONCEITO A compostagem é a decomposição biológica do conteúdo orgânico dos resíduos, sob condições controladas (CARDENAS & WANG, 1980; OBENG, 1982). Constitui um processo de oxidação biológica onde os microrganismos decompõem os compostos constituintes dos materiais, libertando dióxido de carbono e vapor de água. Mesmo sendo considerado um processo aeróbio pela maioria dos autores, a compostagem é também referida como um processo biológico que submete o lixo biodegradável à decomposição aeróbia ou anaeróbia resultando em um produto (Eurostat Joint Questionaire on Waste da OCDE). 14 Portanto, entende-se como um processo que envolve a decomposição da matéria orgânica pelos microrganismos de forma natural, podendo, ser acelerado pela intervenção do homem. No entanto, para Sean Buchanan, Paul Moser and Kristi Neptun da Universidade Estadual e Instituto Politécnico da Virgínia (Virgínia Tech.) a compostagem depende da ação do homem para acelerar o processo de decomposição, através da manipulação dos vários materiais e do próprio processo. Para estes últimos autores, a compostagem é o processo de decomposição e estabilização biológica dos substratos orgânicos sob condições que favorecem o desenvolvimento de temperaturas termofílicas que resultam da produção biológica de calor. Zucconi & Bertoldi (1987) apontam que o composto orgânico é um termo que pode ser aplicado ao produto compostado, estabilizado e higienizado, que é benéfico para a produção vegetal. Contudo, em países como o Reino Unido, o termo composto também é aplicado com um sentido mais abrangente que inclui todos os substratos para propagação das plantas com base em turfas (BARDOS, et al., 1992). Hoje em dia esse processo está mais associado ao tratamento dos resíduos orgânicos do que ao processo para aproveitamento dos resíduos para a agricultura e outros fins. Na percepção moderna, a compostagem é definida como um processo aeróbico controlado, desenvolvido por uma colônia mista de microrganismos, efetuada em duas fases distintas: a primeira, onde ocorrem as reações bioquímicas de oxidação mais intensas predominantemente termofílicas; a segunda, ou fase de maturação, quando ocorre o processo de humificação (PEREIRA NETO, 1987). Na primeira fase, há a estabilização dos compostos orgânicos solúveis e a eliminação dos organismos patogênicos, segundo o mesmo autor. Na segunda fase, as reações bioquímicas de humificação, não necessariamente aeróbicas, que permitem a liberação temporária de fitotoxinas e conduzem à produção de matéria orgânica mineral, biologicamente estabilizada (DE BERTOLDI et. al., 1984; BIDDLESTONE et al., 1981). Desta forma, o composto orgânico constitui um material humidificado, com aroma de terra, 15 facilmente manuseado e estocado, que contribui, expressivamente, para a fertilidade e a estrutura do solo (KIEHL, 1985). A compostagem, como método de reciclagem dos resíduos sólidos orgânicos para obtenção de fertilizante orgânico, é conhecida pelos agricultores desde muitos anos. Há registos de operações de compostagem empilhas na China, a mais de 2000 anos, e, existem várias referências bíblicas sobre as práticas de correção do solo. Marcus Cato, agricultor cientista romano também a elas se referiu. Estas práticas foram detalhadamente descritas cerca de 1000 anos atrás, para o período dos 3000 anos antes de Cristo (A.C), num manuscrito de El Doctor Excellente Abu Zacharia Iahia de Sevilha, o qual foi, posteriormente, traduzido do árabe para o espanhol por ordem do rei Carlos V e publicado em 1802 como El Libro de Agricultura. Pela sua própria experiência, Abu Zacharia insistia que os dejetos animais não deviam ser aplicados frescos e isolados ao solo, mas sim, após misturas com 5 a 10 vezes mais de resíduos vegetais e com resíduos das camas dos animais, para aproveitar as urinas. 1.3 HISTÓRICO Pereira Neto (1987), menciona que esse é o processo de tratamento biológico mais antigo empregado para a reciclagem de resíduos orgânicos. Os chineses têm empregado este sistema natural por milhares de anos, como um processo intermediário no retorno de resíduos agrícolas e dejetos para o solo. As técnicas eram artesanais e fundamentavam-se na formação de leiras ou montes de resíduos que ocasionalmente eram revolvidos. Após parar o processo de fermentação, o composto resultante era incorporado ao solo, o que favorecia o crescimento dos vegetais (STENTIFORD et al., 1985). Por volta de 1920, o fitopatologista inglês, Albert Howard, ilustrado na Figura 1 em A, deu início as primeiras tentativas de sistematizar o processo de compostagem, 16 desenvolvendo o procedimento tradicional em um método de compostagem denominado Processo Indore (nome da cidade na Índia, onde o processo foi desenvolvido). Deu-se, aí, o início da prática da compostagem moderna. Este processo, inicialmente, utilizava esterco de animal e resíduos vegetais, como palha e folhas, os quais eram dispostos em camadas e formavam leiras, que atingiam, frequentemente altas temperaturas. O material era revirado duas vezes durante o período de compostagem, que durava em torno de seis meses. Em seguida o desenvolvimento do processo envolveu menores ciclos de reviramento e a molhagem frequente da massa de compostagem, a fim de fornecer a quantidade de ar e a umidade necessárias para acelerar o processo (HOWARD, 1938). Segundo Vanderline (2007), Albert Howard é considerado o iniciador da revolução da agricultura orgânica, sendo que as suas principais pesquisas se desenvolveram na Índia. Foi lá que desenvolveu o Processo Indore de compostagem e estudou a fundo a cultura agrícola dos camponeses. Pode- se dizer que Howard antecipou a catástrofe do agronegócio que leva à destruição da camada de húmus e à sua substituição por insumos químicos. Fonte: Em A, Sir Albert Howard (Vanderline, Tarcísio, 2007); Em B, O livro “An agricultural testament” (Howard, Albert Sir, 1946); Em C, Indianos fazendo compostagem na estação chuvosa com o processo Indore introduzido por Sir Albert Howard (Hort Technology Journal, 1992). Figura 1 - Pioneirismo da compostagem C B A 17 Os processos modernos de compostagem aeróbica foram pesquisados e desenvolvidos, principalmente na Europa. A partir desse momento, as pesquisas concentraram-se nos sistemas fechados de compostagem, os quais poderiam promover um controle mais rigoroso sobre o processo e um menor período de produção de composto. Vários outros processos mecânicos de compostagem foram patenteados. Segundo Pereira Neto (1987), entre estes sistemas, os mais importantes são o Processo Beccari, O Sistema Itano, o Processo Bordas e o Processo Dano. O Processo Beccari trata-se de um sistema fechado e biologicamente misto, onde a decomposição da matéria orgânica é realizada, principalmente por meio de bactérias anaeróbicas e, em seguida, o processo passa a ser desenvolvido por bactérias aeróbias, devido à introdução contínua de ar à massa de compostagem; esse processo foi desenvolvido por Giovanni Becccari, na Itália, em 1922. O Sistema Itano, criado em 1928, estabeleceu um método mecanizado para a decomposição aeróbica da matéria orgânica, efetuada em cilindro mecânico. Em 1938, foram efetuadas modificações no processo Beccari, dando origem ao Processo Bordas. A principal mudança proposta foi a eliminação do estágio anaeróbico, pela introdução forçada de ar dentro do silo de fermentação, através de tubos localizados no centro e ao longo das paredes da célula. O Processo Dano, patenteado em 1933, foi desenvolvido na Dinamarca e esse sistema se processa no interior de bioestabilizadores e consiste na decomposição aeróbica da fração orgânica, presente no lixo urbano, realizada e acelerada mediante o controle dos principais fatores ambientais que afetam a atividade biológica, como temperatura, umidade e aeração. A SHELL, uma das maiores empresas de energia do mundo conduziu estudos experimentais em 1954, com compostagem em digestores tipo silo, usando agitação mecânica. Nesse ano, a DANO Corporation desenvolveu na Dinamarca o primeiro processo DANO que compreendia, essencialmente, uma operação de separação e trituração. Em 1955, este processo evoluiu para um digestor mecânico, tipo silo, conhecido como bioestabilizador, formando um dos processos de compostagem mais utilizados no mundo (PAVONI et al., 1975). Na mesma década, foi desenvolvido na 18 França o sistema Corel-Fauché Languenpen, compreendida em cinco fases distintas: recepção, trituração, peneiramento, digestão e cura em pátio. A cada dia os resíduos em fermentação eram lançados na plataforma (célula) inferior, com aeração contínua e adicionamento de água, quando necessário. Ao fim do sexto dia, o composto seguia para o pátio de cura (LIMA, 1991). Na década de 60, Fairfield & Hardy, desenvolveram o sistema Fairfield-Hardy nos EUA. Muitos trabalhos foram desenvolvidos visando encontrar opções para o problema do resíduo gerado; alguns deles chegaram a eliminá-lo quase totalmente, conforme trabalhos de Di Bartolomei (1969). O objetivo comum destes sistemas era melhorar ou acelerar a operação de compostagem. Nessa época, as pesquisas eram dirigidas para os sistemas mecanizados, supostamente bem controlados através de reatores, e para os sistemas de baixo custo, como o Processo Windrow, mas estes não promoviam um controle eficiente dos parâmetros intervenientes no processo (PEREIRA NETO et al., 1986). Até aos finais da década de 1960, a compostagem foi considerada como um processo atrativo para estabilizar pequenas porções orgânica dos resíduos sólidos urbanos. Mas o interesse na compostagem era de vender o produto acabado, como corretivo orgânico do solo, visando algum lucro. Entretanto, na década de 1970 e 1980, a compostagem, nos países desenvolvidos, perdeu a sua popularidade como método de gestão dos resíduos urbanos, principalmente porque a qualidade dos resíduos se tornou cada vez mais inadequada para o processo de compostagem e, também, devido à inexistência de mercado para o produto acabado. No início de 1970, com o crescente aumento da preocupação com a proteção do meio ambiente ocasionou o retorno dos sistemas de compostagem, como um processo de tratamento para o lodo de esgoto. Desenvolveu-se nos EUA, Beltsville, o sistema de compostagem por aeração forçada, pilhas estáticas aeradas, como um processo específico para o tratamento de lodo de esgoto doméstico. Era indispensável adicionar, ao lodo de esgoto, material inerte ou degradável que além de fornecer estrutura e porosidade, fosse fonte de carbono para a obtenção de um melhor balanço da relação carbono/nitrogênio (SIKORA et al., 1983). Esse processo era operado sob 19 certo grau de controle, e mostrava ser de grande flexibilidade e viabilidade econômica (EPSTEIN et al., 1976). Em 1981 foi desenvolvida uma modalidade desse processo, com injeção de ar atravésda massa de compostagem, na Universidade de Rutgers (New Jersey - EUA), (PSARIANOS et al., 1983). A partir dos anos 80, os sistemas de compostagem por leiras sofreram um grande avanço, mesmo não ocorrendo com os sistemas mecanizados (STENTIFORD, 1986). Em 1988, o Laboratório de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Viçosa (UFV) desenvolveu pesquisas, objetivando a otimização e o desenvolvimento de tecnologias de baixo custo para o tratamento e a reciclagem de resíduos agrícolas e dos resíduos sólidos urbanos, tendo desenvolvido alguns processos (PEREIRA NETO, 1993). Dentre as tecnologias desenvolvidas e/ou aperfeiçoadas, destaca-se o processo de compostagem por reviramento, que é uma versão do processo Windrow que é um processo de baixo custo, alta simplicidade operacional e grande eficiência, e que, por não depender necessariamente de energia, tem seu uso também recomendado para qualquer comunidade carente dos países em desenvolvimento. Na década de 1990, a pressão exercida para a utilização de métodos com menor impacto ambiental transporta a um novo interesse no processo de compostagem, particularmente em relação à reciclagem dos resíduos e dos esgotos urbanos e industriais. Para a Embrapa (2005) a compostagem busca aumentar a eficiência dos processos de reciclagem de resíduos sólidos orgânicos, de modo que possam ser reaproveitados com segurança. Centenas de milhões de toneladas de materiais orgânicos são geradas anualmente no Brasil, e o aproveitamento desses materiais é fundamental para promover a sustentabilidade e a conservação do ambiente, reduzindo as perdas de nutrientes e otimizando o seu aproveitamento. A reciclagem desses compostos evita que os nutrientes se acumulem em determinado local, podendo causar problemas ambientais, enquanto são demandados em outros locais para produção vegetal. 20 1.4 COMPOSTAGEM NO BRASIL A geração de resíduos sólidos urbanos (RSU) no Brasil segundo dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2020, a geração saiu de 66,7 milhões de toneladas em 2010 para 79,1 milhões em 2019, uma diferença de 12,4 milhões de toneladas. O mesmo estudo diz ainda que cada brasileiro produz, em média, 379,2 kg de lixo por ano, o que corresponde a mais de 1 kg por dia (ABRELPE, 2020). A maior porcentagem, cerca de 52% dos resíduos gerados nas cidades brasileiras é constituída por resíduos orgânicos, seguido de 26% de papelão, 3% de plástico e os metais e vidros, ambos contribuindo com 2% (PENSAMENTO VERDE, 2018). Segundo dados do IBGE (2010), os resíduos sólidos quando dispostos em aterros licenciados ou não ou lixões, estes causam elevados impactos ambientais, reduzindo a vida útil dos aterros e geram grandes despesas que poderiam ser evitadas. A forma mais viável e sustentável de reciclar um volume tão grande de resíduos orgânicos de mais de 94 mil toneladas (t) diárias, é processá-lo por meio da compostagem e aproveitá-lo na agricultura urbana e rural como adubo. Mas, estima- se que apenas 1,6% desses resíduos sejam aproveitados desta maneira no país (IPEA, 2012). Como demonstrado no Gráfico 1 e na Tabela 1, as informações referentes sobre a quantidade de resíduos sólidos provenientes de atividades domésticas em residências urbanas, originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre a gestão de resíduos sólidos (SINIR), em 2019 foram gerados um total de 84.458.286,64t e destes, apenas 304.632,30t (0,56%) foram destinados para a compostagem. (SINIR, 2019). 21 Fonte: Dados SINIR (2019). Fonte: Dados SINIR (2019). Gráfico 1 - Geração estimada x destinação Tabela 1 - Destinações adotadas para RSU 22 1.5. O ASPECTO DA COMPOSTAGEM SOB A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA Os resíduos sempre estiveram presentes na história. Entretanto, com o crescimento da população e o desenvolvimento de novas tecnologias, tornou-se claro e nítido o desafio da gestão dos resíduos para nossa realidade pós-revolução industrial (MILARÉ, 2007). A saúde humana foi o ponto inicial para a preocupação com a destinação adequada dos resíduos, pois o acúmulo desencadeia um ambiente propício à proliferação de vetores, contaminações e disseminações de doenças. Após a segunda metade do século XX, a atenção passou a ser para a classificação, segregação, acondicionamento e destinação final dos resíduos com uma ênfase ambiental, uma vez que o propósito principal era a minimização do impacto ambiental negativo (PHILIPPI JÚNIOR et al.,2014). O problema ambiental como a destinação adequada dos resíduos é uma das grandes preocupações da sociedade mundial atual que repercute desde a década de 70 com a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e os Direitos Humanos, a qual considerou que somente o crescimento econômico não corresponde mais às demandas sociais. Neste sentido, há a necessidade inadiável de se adotar um modelo que se baseie no tripé do desenvolvimento sustentável, ou seja, no equilíbrio das dimensões econômica, social e ambiental (ALENCASTRO, 2015). Desse modo, a gestão dos resíduos sólidos deve-se pautar nas premissas do desenvolvimento sustentável. Entretanto, a nossa realidade encontra-se na contramão desta circunstância, uma vez que a maioria das cidades brasileiras ainda não possui métodos para armazenar adequadamente os resíduos sólidos urbanos de origem domiciliar, sendo estes depositados em lixões ou em aterros controlados, sendo que estas práticas são consideradas inadequadas pela Lei de Crimes Ambientais (IBGE, 2010; Brasil, 1998). No Brasil à geração de resíduos, mais da metade são orgânicos (de origem animal ou vegetal, por exemplo, resto de alimentos, folhas de árvores, vísceras de aves entre outros) e deste montante somente 4% é reciclado por usinas de 23 compostagem, sendo a maioria delas localizadas nas regiões sul e sudeste (IBGE, 2010). Por esta porcentagem é possível deduzir que dos 62 milhões de toneladas de resíduos gerados pelos brasileiros em 2011, aproximadamente, 37 milhões de toneladas corresponderam aos resíduos orgânicos e que apenas 1,5 milhão de tonelada foi reciclado (ABRELPE, 2013). Além disso, a coleta seletiva adotada no Brasil não evidencia a separação prévia dos resíduos (EIGENHEER, 2009). A destinação dos resíduos orgânicos ambientalmente adequada é a sua disposição em aterro sanitário licenciado ou a sua reciclagem por meio da compostagem, sendo esta destinação prioritária (BRASIL, 2010). Pois a compostagem destes resíduos é a alternativa que permite os maiores benefícios ambientais, possibilitando a ciclagem de nutrientes, melhora das condições físicas, químicas e biológicas do solo e implicam na redução das necessidades de se explorar fontes de matéria-prima para a produção de fertilizantes orgânicos. Diante disso, a alternativa de destinação mais ambientalmente adequada para o resíduo orgânico é a sua reciclagem, mesmo que esta, atualmente é a prática menos usual no Brasil. Em 2010 foi sancionada a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) para tratar dos resíduos: sólidos, que podem ser reciclados ou reaproveitados e os rejeitos que são os itens que não podem ser reaproveitados, integrando o poder público, iniciativa privada e sociedade civil. Dentre um de seus objetivos, a compostagem foi considerada uma alternativa sustentável, simples, eficaz e que atende a legislação ambiental em vigor (Lei 12.305, 2010). Esta Política direciona a gestão de resíduos sólidos por meio dos seus princípios, e estes dialogam com a alternativa de se promover a compostagem dos resíduos orgânicos em detrimento de sua disposição em aterro sanitário. É perceptível, principalmente, pelos seguintes princípios: III- A visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considereas variáveis ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública; IV - O desenvolvimento sustentável; 24 VIII - o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania (Brasil, 2010). De forma explícita, a PNRS trata da questão da compostagem ao utilizar o termo “compostagem” nos Capítulos, II (definições) e III (responsabilidades dos geradores e do poder público). E, nitidamente, prioriza a compostagem em relação ao aterro sanitário, ao definir as diretrizes aplicáveis à gestão de resíduos sólidos da seguinte maneira: Art. 9° Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos (BRASIL, 2010). Desse modo, quando a PNRS afirma que a prioridade é a reciclagem em relação à disposição final, o que significa dizer que a compostagem (uma forma de reciclar os resíduos orgânicos) é favorito quando comparado ao aterro sanitário. E mais, que ela não permite a destinação de resíduos orgânicos para aterro sanitário, uma vez que averba que apenas o rejeito (termo que não remete a ideia de resíduo), ou seja, somente aquilo que não possui alternativa de uso, reuso ou reciclagem pode ser disposto em aterro sanitário. Portanto, conclui-se que a PNRS não permite a destinação de resíduos orgânicos para aterro sanitário, pois estes possuem alternativa de recuperação como, por exemplo, a reciclagem pela compostagem. Porém, é lamentável que após 11 anos da promulgação da PNRS, o Brasil ainda enfrenta dificuldades relevantes na implementação da lei. Mesmo que antes, essa tenha tramitado por todas as instâncias do Legislativo e Executivo, por mais de 20 anos. O poder legislativo do estado do Rio de Janeiro (RJ) de acordo com o que está definido na Constituição Federal e na Constituição Estadual, criou o Plano Estadual de Resíduos Sólidos (PERS), tendo como meta o estímulo à implementação da 25 compostagem da parcela orgânica dos RSU e agrosilvopastoris, além de estimular a utilização dos compostos orgânicos com práticas ambientalmente adequadas nas atividades agrícolas (PERS, 2013). “Estabelecimento de critérios técnicos voltados à mescla (blendagem) de resíduos para a compostagem, considerando as características dos resíduos orgânicos gerados no Estado do Rio de Janeiro (resíduos úmidos domiciliares, úmidos comerciais, resíduos de poda/folhagem, etc)” (PERS, 2013, p. 70). O atual Plano Nacional de Resíduos Sólidos decretado em 2022, define metas, diretrizes, projetos, programas e ações visando alcançar seus objetivos nos próximos 20 anos. A compostagem está relacionada em vários âmbitos do plano, como forma de destinação final ambientalmente adequada, sendo uma das principais alternativas de aproveitamento dos resíduos orgânicos, apresentando maior viabilidade técnica e econômica e com menores riscos, além de que as pessoas se tornam mais conscientes sobre a importância da compostagem, aumentando assim a receptividade a produtos decorrentes de sua aplicação e cada vez mais integrados à agricultura. Visa a capacitação e apoio aos municípios para implementar projetos de compostagem, elaboração de guias práticos sobre as técnicas, incentivo em instalações de unidades e adoção de leis municipais obrigando grandes geradores a destinarem seus resíduos orgânicos para essas unidades e priorizar o licenciamento destas. Todas essas estratégias fazem parte das diretrizes que propõe valorizar e aumentar a recuperação dos resíduos orgânicos no mais recente PNRS. 26 2 OBJETIVO 2.1 OBJETIVO GERAL Atender à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), já que a compostagem é uma das formas de destinação de resíduos ambientalmente adequadas, que atende também aos órgãos competentes do SISNAMA, do SNVS e o SUASA, respeitando as normas operacionais específicas evitando danos ou riscos à saúde humana e dos animais, minimizando desta forma os impactos ambientais. Utilizar a técnica da compostagem como proposta para o consumo sustentável, já que o resultado propicia um destino útil aos resíduos orgânicos, compreendendo simultaneamente a proteção ambiental e a viabilidade financeira a longo prazo. Gerar benefícios: ambientais com uma produção sustentável, benefício social como imagem pública da instituição e benefício financeiro, diminuindo gastos com fertilizantes na manutenção da área verde do Campus. Defender a ideia de produção limpa com um importante diferencial, que mostra sobretudo o compromisso com as políticas de gestão ambiental. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Realizar através da compostagem dos resíduos orgânicos a destinação ambientalmente adequada, impedindo possíveis não conformidades quanto às legislações vigentes, especificamente à Lei 12.305/2010, regulamentada pelo Decreto nº 10.936/2022 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. 27 Reaproveitar os resíduos sólidos orgânicos oriundos de poda, capina e varrição do campus de uma instituição pública federal de saúde localizada em Manguinhos na zona norte do município do Rio de Janeiro para a compostagem, reduzindo a quantidade de resíduos enviados para os aterros sanitários. Produzir composto orgânico através da compostagem, para empregar na manutenção de aproximadamente 564.000m² de área verde, produção de mudas do horto local, utilizadas para a manutenção dos jardins e para doação no projeto “Coleta Seletiva Solidária”, que estimula a população local e trabalhadores a trocarem seus resíduos sólidos por mudas. Gerar economia a longo prazo, dispensando a compra de adubos para a manutenção de toda a extensão da área arborizada do campus. 28 3 MATERIAL E MÉTODOS Os materiais usados no processo da compostagem são os resíduos orgânicos oriundos da varrição diária de toda a extensão do campus, aproximadamente 564.000m². Inicialmente os resíduos recicláveis coletados, entre: papéis, plásticos, metais, vidros e plásticos, são segregados e encaminhados para a Central de Coleta Seletiva. Os resíduos orgânicos são destinados para a compostagem, e estes são divididos em duas classes: materiais lenhosos, como cascas de árvores, aparas de madeiras, podas dos jardins, folhas e galhos de árvores, ricos em carbono, como demonstrado na Figura 2, e as folhas verdes, solo, restos de vegetais, ervas etc., materiais ricos em nitrogênio. E são dispostos em leiras de tamanhos e altura padronizadas (1,50mx1,50mx1,50m). Fonte: De autoria própria Figura 2 - Materiais lenhosos para compostagem 29 O processo ocorre através de 3 etapas básicas: a primeira, denominada de decomposição; a segunda, bioestabilização e a terceira, denominada de humificação. Estas 3 fases durante a compostagem dos resíduos orgânicos, estão associadas ao desenvolvimento sucessivo de diferentes comunidades microbianas, essencialmente: bactérias, fungos e actinomicetos (bactérias Gram positivas de crescimento filamentoso, predominantes do solo). Na primeira etapa a fase mesofílica em que predominam temperaturas moderadas, até cerca de 40 ºC, ocorre a decomposição da matéria orgânica facilmente degradável durante um período de aproximadamente 10 a 15 dias, como por exemplo, os carboidratos. Na fase termofílica o material atinge sua temperatura máxima e pode chegar a 65-70ºC, sendo degradado mais rapidamente por fungos e bactérias, onde é possível eliminar as bactérias patogênicas que podem causar doenças, como por exemplo, as salmonelas, ervas, inclusive as daninhas, ovos de parasitas, larvas de insetos etc. Esta fasepode se estender até dois meses, de acordo com as características do material compostado. Durante esta fase é comum colocar sobre o material uma camada de 10-30 cm de composto maduro para manter o equilíbrio interno do material e não perder calor e umidade, Figura 3. As proteínas, aminoácidos, lipídios e carboidratos são rapidamente decompostos em água, gás carbônico e nutrientes (compostos de nitrogênio, fósforo etc.) pelos microrganismos, liberando calor. É importante observar que em temperaturas acima de 75ºC indicam condições inadequadas e podem causar a produção de odores, devendo ser evitadas. Nesta temperatura, ocorrem reações químicas no processo e não mais ação biológica por microrganismos termófilo. 30 Fonte: De autoria própria A segunda fase é a semimaturação, onde os integrantes frequentes desta são as bactérias, actinomicetos e fungos. A temperatura fica na faixa de 45–30ºC e o tempo pode variar de 2 a 4 meses. Na terceira fase, de maturação ou humificação, a celulose e a lignina são transformadas em substâncias húmicas, onde haverá uma diminuição da atividade microbiana, com a temperatura baixa gradativamente e se aproxima da temperatura ambiental. É um período de estabilização. A maturidade do composto ocorre quando a decomposição microbiológica se completa e a matéria orgânica é transformada em húmus, livre de toxicidade, metais pesados e patógenos. É ao final dessa fase que o adubo produzido pode ser utilizado. Figura 4, mostra composto orgânico final. Figura 3 - Reviramento para decomposição da matéria orgânica. 31 Fonte: De autoria própria 3.1 LOCAL E VOLUME ADEQUADOS O local escolhido para a compostagem foi o mais próximo ao composto utilizado devido ser próximo a uma fonte de água, pois a chuva poderia não ser suficiente para umedecer a pilha favoravelmente. A forma e o tamanho da pilha de compostagem também podem influenciar na velocidade da compostagem, especificamente pelo efeito que têm sobre o arejamento e a dissipação do calor da pilha. O tamanho ideal para foi de 1,5m x 1,5m x 1,5m (largura x comprimento x altura) conforme figura 5, considerado bom para os diversos tipos de materiais disponíveis. Figura 4 - Pilha de composto pronto para ser usado. 32 No entanto, o volume também depende do sistema e das tecnologias utilizadas, pois uma pilha muito baixa não composta bem e não aquece rapidamente. Por isso, nos locais muito frios pode ser mais aconselhável pilhas mais altas que 1,5 m. Mas pilhas muito altas, com 2,5 m a 3 m, podem tornar-se muito quentes e matar os microrganismos responsáveis pela compostagem e ficar muito compactadas diminuindo o arejamento interior. Fonte: De autoria própria 3.2 SISTEMA A técnica empregada se distingue em pequenas unidades de aspecto semelhante ao doméstico, e foram necessárias de nove a 12 semanas para se obter o material acertadamente compostado. Figura 5 - Pilhas/Leiras de compostagem com 1,5m X 1,5m 33 As pilhas foram frequentemente reviradas na fase da compostagem, como ilustrado na figura 6, onde requerem mais oxigênio e é a fase em que se produz mais calor. Fonte: De autoria própria Figura 6 - Revirada das pilhas de compostagem 34 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO A realização deste estudo contou com a participação de alunos da turma MEI- 02/21 que são colaboradores da equipe de jardinagem e atuam diariamente na coleta dos materiais compostáveis, como: restos de poda de árvores, folhagens da manutenção das áreas verdes e folhas secas oriundas da varrição. Através desse trabalho, foi possível observar que através dos resíduos coletados, transformados em adubo orgânico, estes poderiam ser utilizados na manutenção de toda a área de jardim do campus e na produção de mudas do horto local. As fases do processo de compostagem ocorreram de forma regular. Na fase inicial a massa de resíduos orgânicos atingiu uma temperatura variável entre 21 e 34°C, durante os primeiros 15 a 18 dias. Após esse período a temperatura média da massa orgânica no seu interior atingiu 60 e 66°C, indicando a fase termofílica de decomposição do material. A radiação solar dos meses de verão (21 de dezembro de 2021 a 19 de março de 2022) e outono (20 de março a 20 de junho de 2022), ajudaram a aumentar a temperatura no processo de compostagem, contribuindo para a degradação do composto orgânico. Durante um período de quase oito semanas, as leiras foram resfriadas e reviradas semanalmente por diversas vezes, como mostra a Figura 6, para dar condições favoráveis aos microrganismos, promovendo aeração e reativação do processo de compostagem ou sempre que se percebeu um aumento anormal da temperatura interna da massa de resíduos. Não foram observados na fase de decomposição o aparecimento de fungos sobre a matéria orgânica. Não houve ocorrência de mau cheiro agressivo e não foi constatada a presença de vetores, indicando que o processo se deu sob condições adequadas de aeração e umidade. Também não teve a formação de chorume durante a decomposição da matéria orgânica, devido a aeração feita através do reviramento semanal das leiras. 35 Após o período de compostagem, aproximadamente 19 semanas (133 dias) o composto orgânico formado possuía coloração escura, cheiro de terra e textura solta, pronto para uso, como demonstrado na Figura 4. 36 5 CONCLUSÃO Com este trabalho foi possível demostrar uma forma simples de destinar os resíduos sólidos orgânicos gerados em ambiente urbano. Unindo ao trabalho da equipe de jardinagem, onde o intuito foi, aliar o comprometimento à responsabilidade social de forma a destinar os resíduos de maneira ambientalmente correta, por meio do processo da compostagem. Com uma geração anual em torno de 8 toneladas de composto orgânico pronto, toda a produção é usada exclusivamente para a manutenção de toda a área verde do campus (aproximadamente 564.000 m²), que demandam cuidados diários e contínuos, entre eles, irrigação, poda de manutenção e fertilização que as plantas precisam para se desenvolverem, mas sem a necessidade do emprego de nutrientes sintéticos, potencialmente prejudiciais ao meio ambiente, gerando economia através da sustentabilidade. A realização da compostagem aeróbica ocorreu sob condições adequadas de oxigenação e umidade, gerando um composto rico em matéria orgânica e de boa qualidade. 37 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, Rodolfo André D. Gestão de Resíduos Sólidos para a produção de adubo orgânico. Rio de Janeiro. Universidade Cândido Mendes, Programa de pós- graduação: 2010. AQUINO, A. M. Integrando compostagem e vermicompostagem na reciclagem de resíduos orgânicos domésticos. EMBRAPA. Circular Técnica. n. 12. 2005. 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O aspecto da compostagem sob a legislação brasileira 2 objetivo 2.1 Objetivo geral 2.2 Objetivos específicos 3 material e métodos 3.1 Local e volume adequados 3.2 Sistema 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 5 CONCLUSÃO 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRáFICAS
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