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(27 05) Leucócitos

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- O sistema imune do nosso corpo é de grande eficiência 
no combate a microrganismos invasores. Mas não é só 
isso, ele é responsável pela “limpeza” do organismo, ou 
seja, a retirada de células mortas, a renovação de 
determinadas estruturas, rejeição de enxertos e memória 
imunológica; 
- Existe uma variedade de locais onde podemos encontrar 
tecidos linfoides. O tecido linfoide pode estar acumulado, 
formando os linfonodos que se interpõem entre os vasos 
linfáticos do corpo, pode fazer parte do parênquima de 
órgãos maciços, como o baço, o timo ou as placas de 
Peyer do íleo; 
- As tonsilas (amígdalas) são formadas puramente por 
tecido linfoide; 
- Alguns órgãos não possuem tecido linfoide, mas tem 
uma grande população de macrófagos prontos para agir e 
fazer a “limpeza” do local, como o pulmão (macrófagos 
alveolares), o fígado (células de Kuppfer), o cérebro 
(micróglias) e a pele (células de Langehans); 
- Células do sistema imune são altamente organizadas 
como um exército. Cada tipo de célula age de acordo com 
sua função; 
- Algumas são encarregadas de receber ou enviar 
mensagens de ataque, ou mensagens de supressão 
(inibição), outras apresentam o “inimigo” ao exército do 
sistema imune, outras só atacam para matar, outras 
constroem substâncias que neutralizam os “inimigos” ou 
neutralizam substâncias por eles liberadas; 
- Células do sistema imune: 
 * O número de leucócitos por mm3 de sangue no 
adulto normal é de 5.000 a 10.000; 
 * Leucocitose: mais que 10.000/mm3; 
 * Leucopenia: menos que 2.000/mm3; 
 * Leucemia (câncer de leucócitos): mais que 
100.000/mm3; 
- Normalmente, encontramos seis tipos diferentes de 
leucócitos no sangue: 
 * Polimorfonucleados: neutrófilos, eosinófilos e 
basófilos; 
 * Monomorfonucleares: monócitos, linfócitos e 
alguns plasmócitos (tecidos); 
 
- Os três tipos de células polimorfonucleares (possuem 
núcleo bilobulado, trilobulado ou pentalobulado, lóbulos 
cujas interligações são feitas por cromatina) possuem 
aspecto granular, razão pela qual são denominados 
granulócitos; 
- Os granulócitos e os monócitos protegem o organismo 
contra os microrganismos invasores ao fagocitá-los; 
- Os linfócitos e os plasmócitos funcionam 
principalmente em conexão com o sistema imune. 
Todavia, certos linfócitos têm por função fixar-se a 
microrganismos invasores específicos e destruí-los, 
atuando de forma semelhante aos granulócitos e 
monócitos; 
- As porcentagens normais dos diferentes tipos de 
leucócitos são aproximadamente as seguintes: neutrófilos 
polimorfonucleares (62%), eosinófilos 
polimorfonucleares (2,3%), basófilos polimorfonucleares 
(0,4%), monócitos (5,3%), linfócitos (30%); 
- Os granulócitos e monócitos só são formados na medula 
óssea; 
- Os linfócitos e os plasmócitos são produzidos 
principalmente nos vários órgãos linfogênicos, incluindo 
os gânglios linfáticos, o baço, o timo, as tonsilas e vários 
restos linfoides na medula óssea, no intestino e em outros 
locais; 
- Os leucócitos formados na medula óssea, sobretudo os 
granulócitos, são armazenados no interior da medula até 
que sua presença seja necessária no sistema circulatório; 
- Normalmente, existem cerca de 3x mais granulócitos 
armazenados na medula do que no sangue circulante, o 
que representa um suprimento para cerca de 6 dia; 
- É o nome dado a origem e maturação de células brancas 
ou leucócitos, a partir de células totipotentes; 
- Na formação do embrião antes do 2º mês de vida, o 
sangue formado não contém leucócitos, nem plaquetas e 
as hemácias estão nucleadas; 
- Quando o embrião está no seu 2º mês de vida 
intrauterina, o fígado e o baço passam a ser órgãos 
hemocitopoiéticos. O timo trabalha na maturação e 
produção de linfócitos para o embrião (incapazes de 
realizar resposta imune, humoral ou celular); 
- Quando o embrião está no seu 3º mês começa a 
formação da medula óssea. As células precursoras com 
alta atividade mitótica proliferam-se na medula e depois 
diferenciam-se em células maduras indiferenciadas na sua 
maioria (com exceção dos linfócitos, pois seu 
desenvolvimento se faz nos órgãos linfáticos); 
 
 
- Os leucócitos estão presentes no sangue porque 
simplesmente são transportados da medula óssea ou do 
tecido linfoide para as áreas do corpo onde são 
necessários; 
- Quando liberados pela medula óssea, a sobrevida dos 
granulócitos é normalmente de 4 a 8h no sangue e de 
mais 4 a 5 dias nos tecidos; 
- Na presença de infecção tecidual grave, esse tempo de 
sobrevida total quase sempre diminui para algumas horas, 
visto que os granulócitos dirigem-se rapidamente para 
área infectada, desempenham sua função e, nesse 
processo, são destruídos; 
- Os monócitos também possuem tempo de trânsito curto 
no sangue, da ordem de 10 a 20h, antes de atravessarem 
as membranas capilares para se dirigirem aos tecidos; 
- Todavia, uma vez nesses tecidos, aumenta, 
acentuadamente de tamanho e transformam-se em 
macrófagos teciduais. Sob essa forma, podem 
sobreviver durante meses ou até anos, a não ser que sejam 
destruídos ao desempenham sua função fagocítica; 
- Esses macrófagos teciduais formam a base do sistema 
de macrófagos teciduais, responsável pela defesa 
contínua dos tecidos contra a infecção; 
- Os linfócitos penetram continuamente no sistema 
circulatório com a drenagem da linfa dos linfonodos; 
- A seguir, depois de algumas horas, penetram nos tecidos 
por diapedese. Em seguida, voltam a linfa e retornam ao 
sangue, repetidamente, de modo que existe circulação 
contínua de linfócitos pelos tecidos; 
- Os linfócitos possuem tempo de sobrevida de vários 
meses ou anos, embora isso dependa das necessidades do 
organismo; 
- A cromatina nuclear dos neutrófilos estando frouxa 
indica que a célula é jovem, e se estiver condensada, que 
a célula é antiga; 
- São os leucócitos mais populosos do sangue (65%), 
sendo os principais fagócitos do sangue participantes da 
reação inflamatória, sendo sensíveis a agentes 
quimiotáxicos liberados pelos mastócitos, basófilos e 
complemento; 
- Agentes quimiotáxicos são substâncias que atraem os 
neutrófilos até o local, ajudando no movimento em 
direção ao agente agressor; 
- A leucocitose de neutrófilos pode indicar uma infecção 
bacteriana, visto que estes leucócitos participam da 
fagocitose de bactérias e são altamente estimulados numa 
infecção deste tipo, que é chamada de desvio à esquerda 
no estudo do hemograma; 
- Os neutrófilos são células piogênicas, ou seja, dão o 
aspecto purulento nas inflamações; 
- O pus é formado por substâncias bacterianas, bactérias 
mortas, sangue e, principalmente, por neutrófilos que 
morreram em combate; 
- Ao se ligar ao endotélio, o neutrófilo realiza a diapedese, 
processo no qual o neutrófilo atravessa os poros do 
endotélio dilatado e entra no tecido (vasodilatadores: 
histamina, prostaglandina E2, prostaciclina e C5a do 
complemento); 
- Os neutrófilos possuem em sua membrana receptores 
para componentes C3b do complemento, que estimula a 
fagocitose pelos neutrófilos e é um importante 
quimiotáxico para eles, aumentando também seu 
metabolismo; 
- O citoplasma destes granulócitos (neutrófilos) é rico em 
grânulos específicos (corantes neutros), mas também 
possuem grânulos azurófilos, que não são específicos 
para eles; 
- Os grânulos azurófilos contêm fosfatase ácida, 
mieloperoxidase (MPO), proteínas básicas e glicosaminas 
sulfatadas; 
- Os grânulos específicos possuem: 
* Fosfatase alcalina, 
* Colagenase; 
* Lactoferrina liberada no meio por exocitose, 
que se liga a todo o ferro que encontra no caminho e mata 
a bactéria de fome, pois ela não tem ferro para ingerir; 
* Lisozima, que hidrolisa a parede de bactérias 
gram-positivas principalmente; 
* A APB (proteína bactericida de aumento da 
permeabilidade), uma substância altamente catiônica que 
altera a permeabilidade da membrana plasmática das 
bactérias (que é altamente aniônica) e as mata por osmose 
(entrada excessiva de líquido); 
- São leucócitos granulócitospresentes no sangue em 
pequena quantidade (3%); 
- É binucleado e seu citoplasma possui grânulos 
específicos que se coram pela eosina (acidófilos), os 
quais são lisossomas, ricos em fosfatases ácidas; 
- Funcionalmente, esta célula é capaz de fagocitar 
bactérias ou qualquer outro material estranho. Entretanto, 
sua principal função não é a fagocitose, mas sim a 
exocitose de PBM (proteína básica maior), a qual é rica 
em arginina (aminoácido básico) e é tóxica de para 
parasitas de humanos, causando sua morte; 
- Se o sangue do indivíduo estiver com a taxa de 
eosinófilos alta (leucocitose eosinofílica), é um grande 
indicador de infecção parasitária (exemplo: Schistossoma 
mansoni); 
- Os eosinófilos também estão muito presentes em 
reações alérgicas do organismo; 
- Estas reações ocorrem porque o basófilo ou o mastócito, 
estimulado na reação alérgica, libera o ECF-A (fator 
quimiotáxico dos eosinófilos na anafilaxia), ou seja, é um 
fator que atrai e dirige os eosinófilos até o local da alergia; 
- O eosinófilo chega ao local da reação para resolvê-la 
(inibir) através da liberação de histaminase e aril sulfatase 
B, que destroem a histamina e o SRS-A, respectivamente, 
dois produtos inflamatórios liberados pelos mastócitos ou 
basófilos sensibilizados; 
- Os basófilos são granulócitos encontrados no sangue em 
pequena quantidade, variando ente 0 a 1% dos leucócitos. 
É uma célula grande, com núcleo volumoso, geralmente 
em forma de “S” e possui grânulos grandes no citoplasma; 
- Os basófilos têm função semelhante aos mastócitos. 
Possuem os mesmos mediados nos seus lisossomas e 
possuem também receptores de IgE; 
- Participa de reações alérgicas da mesma forma que os 
mastócitos. A diferença básica entre basófilos e 
mastócitos está no fato de que os basófilos são 
encontrados no sangue (e não típico do tecido conjuntivo) 
e da estrutura morfológica; 
- A sua participação no choque anafilático (sistêmico) é 
maior que a dos mastócitos, pois os basófilos são células 
que realmente estão presentes no sangue, e liberam os 
mediadores para a circulação; 
- Os monócitos estão presentes no sangue, constituindo-
se de 3 a 8 % dos leucócitos circulantes; 
- Os macrófagos não estão circulando no sangue. Eles 
são células que aparecem no tecido conjuntivo ou no 
parênquima de algum órgão, e é originado a partir dos 
monócitos, que migraram até o local; 
- Os monócitos tem núcleo ovoide, ou em forma de rim, 
e seu citoplasma basófilo, com grânulos azurófilos. São 
diferentes dos macrófagos, que são células grandes, 
ameboides, com retículo endoplasmático rugoso e 
complexo de Golgi bem desenvolvidos; 
- O monócito também participa da formação dos 
granulomas na inflamação crônica granulomatosa; 
- Eles se fundem e formam as células gigantes de 
Langerhans. Estas células multinucleadas gigantes têm 
grande capacidade fagocitária, e engloba partículas 
maiores, como fungos (paracoccidioides, coccidioides, 
bastomyces, etc.) e também bactérias (Treponema 
pallidum, Mycobacterium tuberculosis e M. Leprae); 
- No granuloma, os macrófagos (originados dos 
monócitos do sangue) se modificam e viram células 
epitelioides, com grande atividade secretora e pouca 
atividade fagocítica; 
- Essas células secretam enzimas hidrolíticas que matam 
o patógeno presente no granuloma; 
- Estas enzimas também causam necrose no centro dos 
granulomas, como a necrose caseosa encontrada na 
tuberculose; 
- Os macrófagos são células de altíssimo poder 
fagocitário, possuindo funções de extrema importância 
para o sistema imune, como a apresentação de antígenos, 
limpeza e produção de interleucinas; 
- Os monócitos também formam os osteoclastos, 
presentes no tecido conjuntivo ósseo (digerem a 
hidroxiapatita dos ossos); 
- Os macrófagos são responsáveis pelo sistema 
monocítico fagocitário (SMF), pois vem da maturação 
dos monócitos que chegam pelo sangue; 
- Existem células que são morfologicamente diferentes 
dos macrófagos, mas tem a mesma função, e provêm dos 
monócitos da mesma forma, sendo, então, parte do SMF. 
São eles: 
 * Monócito sanguíneo (circulante no sangue), 
células de Kuppfer (fígado), micróglia (SNC), células 
dendríticas (região subcortical dos linfonodos), 
macrófagos alveolares (pulmões), mesangio 
intraglomerular (glomérulo de Malpighi renal), 
macrófagos sinusais do baço (cordões de Billroth da 
polpa vermelha do baço), macrófagos das serosas 
(peritônio, pericárdio e pleura), células de Langerhans 
(pele); 
- Os macrófagos da pele ou células de Langerhans, 
quando inativados, viram histiócitos. Estes reduzem suas 
organelas e diminuem seu metabolismo, ficando como 
um “vegetal”; 
- Os histiócitos são responsáveis pela formação da 
tatuagem, onde seu citoplasma fica cheio de pigmentos 
fagocitados; 
- São encontrados no sangue, contribuindo para 20-30% 
dos leucócitos; 
- Se o paciente está deprimido ou estressado, essa 
porcentagem cai muito, e, no caso de infecções virais, 
esta porcentagem cresce bastante; 
- Em rejeições de enxerto, observa-se grande aumento de 
linfócitos; 
- Os linfócitos possuem núcleo esférico, preenchendo 
quase toda a célula, deixando o citoplasma com pequena 
área. O núcleo é bem maciço, e não deixa aparecer o 
nucléolo na microscopia óptica, sendo visível apenas na 
microscopia eletrônica; 
- Linfócitos T e linfócitos B são indiferenciados pela 
microscopia, sendo, portanto, diferenciáveis pelas 
técnicas imunocitoquímicas para detecção de receptores 
específicos de membrana; 
- Os linfócitos T possuem o receptor TCR específico para 
células T, que funcionalmente serve para reconhecer o 
antígeno que lhe é apresentado e ativar o linfócito; 
- Os linfócitos B possuem receptores diversos, sendo a 
IgM monomérica o principal receptor, identificado pela 
imunocitoquímica. Essa IgM monomérica também serve 
para reconhecer o antígeno que lhe é apresentado; 
- São células que têm diversas funções no organismo, e 
todas são de extrema importância para o sistema imune; 
- O termo linfócito T deriva das células serem 
dependentes do timo para seu desenvolvimento, sendo 
timo-dependentes; 
- Funcionalmente, os linfócitos são separados em LT 
helper (auxiliares), citotóxicos e supressores; 
- O LT helper possui o receptor CD4 em sua superfície, 
tendo a função de reconhecer o macrófago ativado. Esta 
célula é a mensageria mais importante do sistema imune. 
Ela envia mensagens de ataque para diversos leucócitos 
para que seja realizada a guerra imunológica contra o 
agente agressor; 
 * O LT helper 1 produz as IL-2 e interferon γ, que 
estão relacionadas com a resposta imune celular 
principalmente; 
 * O LT helper 2 produz as interleucinas 4, 5, 6 e 
10, sendo a IL-4 e a IL-10 as mais importantes. 
Relacionam-se com a resposta imune humoral; 
- O linfócito T citotóxico possui receptores CD8, que têm 
a função de reconhecer o MHC-classe I (complexo de 
histocompatibilidade principal) expresso por células 
rejeitadas; 
- Todas as células do organismo possuem genes próprios 
para o MHC denominados HLA; 
- Quando uma célula estranha entra no organismo, vão 
expressar o MHC-classe I na superfície, cuja expressão é 
ampliada por estímulos como o interferon γ; 
- A célula T citotóxica (LTc) é o principal “soldado” do 
sistema imune, pois ataca diretamente as células estranhas 
que expressam o MHC-I e lisa a célula. Participam 
também de reações de hipersensibilidade tardia (tipo IV), 
como as reações que caracterizam os testes intradérmicos 
tipo PPD na pele; 
- Os linfócitos T supressores são linfócitos que tem a 
função de modular a resposta imune através da inibição 
da mesma. Não se conhece muito a respeito desta célula, 
mas sabe-se que ela age através da inativação dos 
linfócitos T citotóxicos e helpers, limitando a ação deles 
no organismo em uma reação imune; 
- Os LT supressores também participam da tolerância 
imunológica, mecanismo que o sistema imune utiliza para 
impedir que os leucócitos ataquem as próprias células do 
organismo.Portanto, se houver deficiência na produção 
ou ativação dos linfócitos T supressores, poderá haver um 
ataque autoimune ao organismo; 
 
 
 
 
 
 
 
 
- São células que fazem parte de 5 a 15% dos linfócitos 
circulantes e se originam na medula óssea, 
desenvolvendo-se nos órgãos linfoides; 
- São células de núcleo grande, que possuem retículo 
endoplasmático rugoso e complexo de Golgi 
extremamente desenvolvidos em seu citoplasma, além de 
serem especialistas em síntese de gamaglobulinas quando 
ativadas; 
- Tem como função própria a produção de anticorpos 
contra um determinado agressor. Estes anticorpos 
realizam diversas funções, como opsoninas, ativadores de 
complemento, neutralizadores de substâncias tóxicas 
(como as liberadas por bactérias ou animais 
peçonhentos), aglutinação, neutralização de bactérias, 
etc; 
- Os LB em repouso não produzem imunoglobulinas, mas 
quando estimulados por interleucinas (como IL-4 e IL-1), 
sofrem expansão clonal e se transformam em uma célula 
ativa denominada plasmócito; 
- Os plasmócitos possuem uma ultra-estrutura, com REG 
e complexo de Golgi bem desenvolvidos e núcleo com 
aspecto de roda de carroça. Secretam ativamente 
anticorpos específicos na resposta imune humoral (RIH); 
- Os LB expressam o MHC classe II quando entram em 
contato com o antígeno. Este MHC é importante para a 
interação com os LT, pois o MHC-II reconhece o CD4 
dos LT helpers; 
 
 
 
 
 
 
 
- “Natural killer”; 
- São células matadoras naturais, ou células assassinas, 
que fazem parte de 10 a 15% dos linfócitos do sangue; 
 
 
- Elas lisam (destroem) as células tumorais (estranhas) ou 
infectadas por vírus sem que estas expressem algum 
antígeno ativador da resposta imune específica; 
- Esse tipo de resposta é chamada de resposta imune 
inespecífica, pois não há reconhecimento de epítopos e 
nem formação de células monoclonais específicas ou 
qualquer memória imunológica (que sempre é 
específica); 
- São células do tecido conjuntivo, originados a partir de 
células mesenquimatosas (células de grande potência de 
diferenciação que dão origem às células do tecido 
conjuntivo); 
- A principal função dos mastócitos é armazenar potentes 
mediadores químicos da inflamação, como a histamina, 
heparina, ECF-A (fator quimiotáxico dos eosinófilos), 
SRS-A, serotonina e fatores quimiotáxicos dos 
neutrófilos; 
- São células que não possuem significado no sangue, 
sendo células próprias do tecido conjuntivo. Participam 
de reações alérgicas (de hipersensibilidade), na qual atrai 
os leucócitos até o local e cria uma vasodilatação. É a 
principal célula responsável pelo choque anafilático; 
- O processo de ativação da desgranulação (exocitose) se 
baseia na sensibilização destas células (mastócitos), que 
ocorre em indivíduos com uma predisposição genética na 
maioria dos casos; 
- A condição clínica conhecida como leucopenia ou 
agranulocitose ocorre ocasionalmente e caracteriza-se 
pela interrupção da produção de leucócitos pela 
medula óssea, deixando o organismo desprotegido contra 
bactérias e outros agentes que possam invadir os tecidos; 
- Normalmente, o corpo humano vive em simbiose com 
muitas bactérias, visto que todas as mucosas do 
organismo estão constantemente expostas a grande 
número de bactérias; 
- A boca, o tubo gastrointestinal, olhos, uretra e vagina 
contêm quantidades abundantes de bactérias; 
- Por conseguinte, qualquer declínio do número de 
leucócitos permite imediatamente a invasão dos tecidos 
por bactérias que já estão ali presentes; 
- Durante 2 dias após a medula óssea interromper sua 
produção de leucócitos, podem aparecer úlceras na boca 
e no cólon, ou o indivíduo pode desenvolver alguma 
forma de infecção respiratória grave; 
- As bactérias das úlceras invadem rapidamente os tecidos 
circundantes e o sangue. Sem tratamento, a morte quase 
sempre ocorre dentro de 3 a 6 dias após o início da 
leucopenia total aguda; 
 
- A irradiação do corpo por raios gama de explosão 
nuclear ou a exposição a medicamentos e substâncias 
químicas contendo núcleos de benzeno ou de antraceno 
tem muita probabilidade de causar aplasia da medula 
óssea; 
- Com efeito, alguns medicamentos comuns, como o 
cloranfenicol (antibiótico), o tiouracil (tratamento da 
tireotoxicose) e até mesmo os vários barbitúricos 
hipnóticos provocam, em cercas ocasiões, agranulocitose 
(ou aplasia da medula óssea, em que não há produção de 
nenhum tipo celular – inclusive eritrócitos – pela medula 
óssea), desencadeando, assim, toda a sequência infecciosa 
dessa doença; 
- Após lesão da medula óssea por irradiação, algumas 
células-tronco, mieloblastos e hemocitoblastos 
geralmente não são destruídos e têm capacidade de 
regenerar a medula óssea, contanto que haja tempo 
suficiente; 
- Por conseguinte, o paciente adequadamente tratado com 
antibióticos e outros medicamentos para deter a infecção 
costuma formar nova medula óssea dentro de semanas a 
meses, permitindo a normalização da concentração de 
células sanguíneas; 
- A produção descontrolada de leucócitos é causada por 
mutação cancerosa de célula mielogênica ou linfogênica; 
- Esse processo provoca leucemia, que geralmente se 
caracteriza por número muito aumentado de leucócitos 
anormais no sangue circulante. As leucemias são 
divididas em dois tipos gerais: 
 * Leucemias linfogênicas: causadas pela 
produção cancerosa de células linfoides. EM geral, 
começa em um linfonodo ou em outro tecido linfogênico 
e, a seguir, propaga-se para outras áreas do organismo; 
 * Leucemias mielogênicas: começa pela 
produção cancerosa de células mielogênicas jovens na 
medula óssea, que se disseminam por todo o organismo, 
de modo que os leucócitos são produzidos em numerosos 
órgãos extramedulares; 
- Na leucemia mielogênica, o processo canceroso, 
algumas vezes, produz células parcialmente 
diferenciadas, resultando em leucemia neutrófila, 
leucemia eosinófila, leucemia basófila ou leucemia 
monocítica; 
- Todavia, com mais frequência, as células leucêmicas são 
bizarras e indiferenciadas e, portanto, não são idênticas a 
nenhum dos leucócitos normais; 
- Em geral, quando mais indiferenciada a célula, mais 
aguda a leucemia, levando quase sempre à morte do 
indivíduo em poucos meses, se não for instituído 
tratamento; 
- As células leucêmicas, em particular as células muito 
indiferenciadas, não costumam ser funcionais, de modo 
que não podem oferecer a proteção habitual contra as 
infecções;

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