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Terminologia em técnicas radiológicas Técnico de Radiologia Profº: Luiz Ramos Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 1 Terminologia em técnicas radiológicas É essencial que cada pessoa que deseja trabalhar como Técnico de Radiologia compreenda a terminologia utilizada no posicionamento radiográfico médico. São termos usados na área da saúde, são definidos e ilustrados para esclarecer significados. Terminologia Deve-se ter conhecimentos adequados das terminologias para evitar desentendimentos com a equipe de trabalho e outros problemas que possam ocasionar danos ao paciente. Os termos podem ser bastante difíceis de aprender, entender, diferenciar e se lembrar. Mas goste deles ou não, fazer isso é uma parte essencial no mundo da radiologia como um profissional da área da saúde. Terminologia de posicionamento Posicionamento em radiologia pode ser definido como o estudo da posição do paciente para visualizar partes específicas do organismo durante um exame. A qualidade do exame depende de fatores como o ângulo de observação, densidade e proximidade entre a estrutura e o aparelho de Raios X, portanto é necessário conhecer as posições radiológicas, saber orientar e posicionar o paciente antes do início do exame. Essa área possui diferentes terminologias, que descrevem o posicionamento no qual o paciente deve permanecer enquanto se submete ao exame. A terminologia anatômica além de ser utilizada para descrever as estruturas e achados do corpo humano é feita para padronizar a anatomia. Imagina como seria se cada médico fosse descrever um achado do seu jeito, haveria muitos erros de interpretação. Com a terminologia consegue obter um entendimento de todas as partes para a realização de cada função com exigência. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 2 Posição anatômica A posição anatômica serve para padronizar a descrição do corpo humano para todos os profissionais da saúde. Descrição DA posição anatômica É uma posição de referência, que dá significado aos termos direcionais utilizados na descrição nas partes e regiões do corpo. Para descrever a posição anatômica, o individuo deverá estar em posição ortostática, ou seja, em pé, face voltada para frente, membros superiores e inferiores estendidos, palmas das mãos voltadas para frente, assim como os dedos dos pés. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 3 Divisão do corpo humano O corpo humano pode ser estudado em três partes distintas, são elas: cabeça, tronco e membros. Nenhum ser humano é igual ao outro. A voz e as características particulares tornam cada pessoa diferente das demais. Apesar da diversidade de características, todos nós temos um corpo semelhante, com as estruturas básicas e a mesma organização. Cabeça Tronco Membros inferiores Membros superiores Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 4 Planos Anatômicos São cortes imaginários que tem o objetivo de separar o corpo em partes para facilitar o estudo e nomear as estruturas anatômicas evitando diferenças nas descrições. Planos de secção As descrições anatômicas, tanto do corpo humano quanto dos órgãos, são baseadas em 3 principais planos de secção que passam através do corpo na posição anatômica. Plano Sagital ou Plano Mediano Plano Coronal ou Frontal Plano Transversal, Axial ou Horizontal. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 5 Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 6 Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 7 Planos de delimitação do corpo humano Na posição anatômica o corpo humano pode ser delimitado por planos tangentes à sua superfície. Planos tangentes São planos tangentes à superfície do corpo humano. Suponhamos, agora, que o indivíduo encontre-se na posição anatômica dentro de um cubo de vidro. As seis paredes que constituem o cubo representariam os planos tangenciais, que são: Plano Ventral e Dorsal (anterior e posterior) Plano Lateral direito e esquerdo Plano Cranial e Podálico ou caudal (superior e inferior) Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 8 Eixos anatômicos Os eixos são linhas imaginárias que atravessam os planos do corpo perpendicularmente para possibilitar movimentos. Lembrando que estes planos e eixos serão sempre aplicados nas partes do corpo humano que permitem graus de movimentos amplos (articulações diartrose). Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 9 Eixo longitudinal crânio - caudal É uma linha imaginária que passa pelo corpo de cima para baixo. Eixo sagital ântero - posterior É uma linha imaginária que atravessa o corpo no sentido anterior para o posterior e vice-versa. Eixo transversal látero-lateral é uma linha imaginária que passa do lado direito para o esquerdo do corpo ou vice-versa. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 10 Termos de direção e localização Anatômicas Proximal: que se situa próximo do tronco; que está mais próximo da cabeça. Distal: que se situa longe do tronco; que está mais longe da cabeça. Mediano: que se situa na linha mediana. Ex.: a laringe, a traquéia, o ramo ascendente da aorta, o esôfago, etc; Intermédio: (verticalmente) está entre o medial e o lateral. Ex.: o músculo intermédio está entre um músculo medial e outro lateral; Médio: (horizontalmente) está entre o superior e o inferior. Ex.: as falanges, tanto da mão quanto do pé, estão dispostas uma superiormente (falange proximal), outra inferiormente (falange distal) e uma entre ambas (falange média). Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 11 Medial – mais próximo do plano sagital. Lateral – mais afastado do plano sagital. Superficial: significa mais perto da superfície do pele. Profundo: significa mais afastado da superfície do pele. Anterior / Ventral / Frontal direção da frente do corpo. Posterior / Dorsal direção das costas Superior / Cranial: direção da parte superior do corpo. Inferior / Caudal: direção da parte inferior do corpo. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 12 Termos de Movimento A compreensão dos movimentos em relação ao plano e ao eixo que são encontrados, é de grande importância para médicos, fisioterapeutas, educadores físicos, radiologistas, enfermeiros e outros profissionais da área da saúde, devido formar a base na elaboração de um programa de atividades e uma melhor localização das partes do corpo. Os movimentos ocorrem através de planos imaginários e em eixos perpendiculares ao movimento e por convenção os movimentosarticulares são definidos com relação à posição anatômica. Os movimentos ocorrem através de planos imaginários e em eixos perpendiculares ao movimento. O Plano Sagital divide o corpo simetricamente em partes direita e esquerda. As ações articulares ocorrem em torno de um eixo transversal ou látero-lateral e incluem os movimentos de flexão e extensão. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 13 O Plano Frontal ou Coronal divide o corpo em partes anterior (ventral) e posterior (dorsal). As ações articulares ocorrem em torno de um eixo Sagital ou anteroposterior (AP) e incluem a abdução e a adução. O Plano Transversal divide o corpo em partes superior (cranial) e inferior (caudal). As ações articulares ocorrem em torno de um eixo longitudinal crânio-caudal e incluem rotação medial – lateral e pronação – supinação. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 14 Termos de Movimento Desvio Ulnar e Desvio Radial quando a rotação do punho no plano frontal acontece em direção à ulna o movimento é conhecido como desvio ulnar. quando acontece em direção ao rádio: desvio radial. Flexão e Extensão Oposição e Reposição Supinação e Pronação Retrusão e Prosusão Elevação e Depressão Circundução Eversão e Inversão Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 15 Flexão = Movimento no plano sagital, em que dois segmentos do corpo (proximal e distal) aproximam-se um do outro. Hiperflexão = Quando o movimento de flexão ultrapassa a posição anatômica, ou além de sua capacidade normal. Extensão = Movimento no plano sagital, em que dois segmentos do corpo (proximal e distal) afastam-se um do outro. Hiperextensão = Quando o movimento de extensão ultrapassa a posição anatômica, ou além de sua capacidade normal. Abdução = Movimento no plano frontal, quando um segmento move-se para longe da linha sagital (média) do corpo. Hiperabdução = Quando o movimento de abdução ultrapassa a posição anatômica, ou além de sua capacidade normal. Adução = Movimento no plano frontal, a partir de uma posição de abdução quando o segmento volta para a posição anatômica. Hiperadução = Quando o movimento de adução ultrapassa a posição anatômica, ou além de sua capacidade normal. Desvio/Flexão lateral = Movimento no plano frontal em que a estrutura desvia a linha sagital para as laterais direita ou esquerda. Rotação lateral ou externa = Movimento no plano horizontal, em que a face anterior da estrutura volta-se para o plano lateral do corpo. Rotação medial ou interna = Movimento no plano horizontal, em que a face anterior da estrutura volta-se para o plano mediano do corpo. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 16 Desvio nos Joelhos É importante definirmos 2 termos: Geno Varo: ocorre quando os joelhos estão mais afastados e as pernas parecem arqueadas. (pernas de cowboy). Geno Valgo: quando os joelhos estão juntos e o restante da perna está voltado para fora, parecendo um “X”. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 17 Termos de lateralidade O que é Imagiologia ? Diagnóstico por imagem, imagiologia médica ou imagenologia diagnóstica, popularmente conhecida como exame de imagem, é uma especialidade que se ocupa do uso das tecnologias de imagem para realização de diagnósticos. Assim, se refere às técnicas e processos usados para criar imagens do corpo humano para análise clínica. A imaginologia desempenha um papel central no processo de cuidados de saúde na comunicação médica, educação, investigação e diagnóstico. Com técnicas de imagem cada vez mais sofisticados que não só mostrar a estrutura do corpo em detalhe, como também a função dos tecidos dentro do corpo. O corpo humano sob outro ponto de vista Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 18 Fatores de variação anatômica São diferenças morfológicas entre elementos que compõem um grupo, as quais podem apresentar-se em qualquer dos sistemas do organismo (internamente), ou cor de pele, dos olhos, cabelo, altura e espessura, etc... (externamente). SEM DANOS FUNCIONAIS PARA O INDIVIDUO. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 19 Fatores de variação anatômica Interna É uma alteração na forma ou posição do órgão que difere do normal, mas não traz prejuízo a função. Dextrocardia é uma alteração em que o coração está virado para o lado direito do corpo. Pode ocorrer de forma isolada ou junto com outros órgãos. Ausência da veia intermédia do cotovelo Em dois organismos humanos, uma artéria pode se dividir em duas ao nível da fossa do cotovelo (individuo A), em outro ao nível da axila (individuo B), onde a artéria se bifurca varia, mas a função da artéria de irrigar o membro superior continua preservada. Variação na posição e contorno do estomago No exemplo temos variações diferentes de estomago, mesmo assim os estômagos executam o processo digestivo normalmente sem alterações. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 20 Fatores gerais de variação anatômica As variações anatômicas ditas individuais devem-se acrescentar aquelas decorrentes da idade, do gênero, da etnia, do ambiente, do tipo constitucional (biótipo). Estes são, em conjunto, denominados fatores gerais de variação anatômica. Idade é o tempo decorrido ou a duração da vida. Notáveis modificações anatômicas ocorrem as fases da vida intra e extra- uterina. em cada período o indivíduo recebe nome especial a saber: Fase Intrauterina Ovo – 15 primeiros dias; Embrião – até o fim do 2º mês; Feto – até o 9º mês. Fase extrauterina Recém-nascido – até 1 mês após o nascimento; Infante – até o fim do 2º ano; Menino (a) – até o fim do 10º ano; Pré-púbere – antecede a puberdade; Púbere – dos 12 aos 14 anos, correspondendo a maturidade sexual que é variável nos limites da fase e nos sexos; Jovem – até 21 anos no sexo feminino e 25 no sexo masculino; Adulto – até a menopausa por volta dos 50 anos (castração fisiológica natural) e ao correspondente processo no homem (cerca de 60 anos). Idoso - depois dos 60 anos. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 21 Gênero Apesar da pelve masculina e feminina terem o mesmo desenvolvimento, existe diferença entre ambas. Nas mulheres é mais larga, menos profunda e com a cavidade maior. É essa formação que permite a abertura da pélvis no momento do parto para a passagem do bebê, Já nos homens, esse conjunto de ossos do quadril tem como principal objetivo suportar mais peso. Etnia é o produto final do cruzamento de grupos humanos que possui características físicas comuns, externa e internamente, pelos quais se distinguem dos demais. Conhecem-se, por exemplo, representantes das raças Branca, Negra e Amarela e seus mestiços. A palavra etnia vem do grego ethnos, que significa povo. O conceito é empregado para representar as diversas raças ou grupos de pessoas existentes no mundo. Ambiente Sabe-se que fatores ambientais como o sol, clima e alimentaçãoexercem influência no desenvolvimento do indivíduo (ex. pessoas com má nutrição podem não crescer o que poderiam). Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 22 Biótipo é o resultado da soma das características herdadas e adquiridas pelo meio e pela sua inter-relação. Exemplo: Longilíneos Mediolíneos Brevilíneos Os dois tipos extremos são chamados longilíneo e brevilíneo e sua comparação denota melhor as diferenças, tanto nos caracteres morfológicos internos quanto os externos, acarretando uma construção corpórea diversa. Longilíneos são indivíduos magros, em geral altos, com pescoço longo, tórax muito achatado. Brevilíneos são indivíduos atarracados, em geral baixos, com pescoço curto, tórax de grande diâmetro. Mediolíneos também chamados de normolíneos apresentam caracteres intermediários aos dos tipos precedentes. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 23 Biótipos anatômicos O posicionamento radiográfico requer o conhecimento das variações mais comuns na constituição física (biótipo). Essa variação no formato do corpo possui um efeito importante na forma e localização dos órgãos internos. Portanto, cada profissional deve aprender a reconhecer esses tipos corpóreos e a saber o seu efeito nos órgãos internos. Os quatro tipos de corpo mais comuns são: Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 24 Hiperestênico: Este tipo também conhecido como o mais "atarracado", maciço. A cavidade torácica é larga e profunda de frente para trás, com uma dimensão vertical curta, o que indica um diafragma alto. Isso faz também com que o abdome superior seja também muito largo, alterando a localização de órgãos como vesícula biliar, estômago e cólon; Estênico: Este representa o mais próximo da média, mas ainda é ligeiramente troncudo e frequentemente o tipo de pessoa mais musculosa. Os órgãos torácicos e abdominais são próximos da média em forma e localização, mas tendem mais ao tipo de constituição corporal compacto e hiperestênico; Hipoestênico: Este representa o mais próximo da média, porém é mais esbelto e às vezes o tipo corpóreo de maior estatura. A vesícula biliar e o estômago estão mais baixos e próximos da linha média, bem como o cólon, que se localiza em algum lugar no abdome inferior; Astênico: Este é o extremo do tipo corpóreo delgado, com uma cavidade torácica mais estreita e pouco profunda, porém com uma grande dimensão vertical indicando um diafragma mais baixo. O abdome superior também é mais estreito na porção superior e mais largo nas dimensões inferiores, o que posiciona os órgãos abdominais em andares mais inferiores. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 25 BIOTIPOS ANATÔMICOS E OS TIPOS FÍSICOS DE TÓRAX Por exemplo, um paciente hiperestênico previlínio possui um tórax muito largo e profundo no sentido anteroposterior, mas pequeno verticalmente. portanto, deve-se ter cuidado para que os lados ou o seio costofrênico não sejam cortados da radiografia PA do tórax, que deve ser obtida com o RI posicionado transversalmente. a centralização cuidadosa também é necessária na incidência em PERFIL para garantir que as margens inferior ou superior estejam incluídas na radiografia. o outro extremo é um paciente magro, hipoestênico longilíneo. neste tipo físico, o tórax é estreito em largura e anteroposteriormente, mas é muito longo em sua dimensão vertical. portanto, no posicionamento da radiografia do tórax, o técnico deve garantir que o RI seja grande o bastante para incluir tanto as áreas dos ápices, que incluem as clavículas, quanto os seios costofrênicos inferiores. o cuidado na colimação vertical de tais pacientes deve ser exercitado a fim de que os seios costofrênicos não sejam cortados na borda inferior. Os tipos físicos de Tórax são classificados em estênico, hiperestênico previlínio, astênico e hipoestênico longilíneo, requerem uma consideração especial na realização das radiografia do tórax. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 26 TERMOS DE POSICIONAMENTO O posicionamento em radiologia é um dos fatores que interferem no resultado dos exames. É preciso conhecer bem termos, posições e incidências para gerar imagens de qualidade, que contribuam para diagnósticos corretos. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 27 Posição Lateral ou Perfil Refere-se ao lado de, uma vista lateral, parte mais próxima do filme ou do receptor de imagem. Posição Oblíqua Uma posição inclinada ou angulada com o filme ou receptor de imagem. Posição Obliqua Posterior (D ou E): É especifica, na qual a parte posterior esquerda ou direita esta mais próxima do filme ou receptor de imagem. Posição Obliqua Anterior (D ou E): É aquela em que a face anterior direita ou esquerda esta mais próxima do filme ou receptor de imagem. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 28 INCIDÊNCIA PÓSTERO-ANTERIOR (PA) O RC entra na superfície posterior e sai na anterior. TERMOS DE INCIDÊNCIAS Incidência é um termo de posicionamento que, por definição descreve a direção dos raios x quando este atravessa o paciente, projetando uma imagem no filme radiográfico ou em outros receptores de imagem. (o feixe de raios x pode ser descrito como o raio central ou RC). INCIDÊNCIA ÂNTERO-POSTERIOR (AP) O RC entra em uma superfície anterior e sai em uma posterior. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 29 Incidência de Rotina as incidências de rotina são básicas, podemos concluir que são essenciais para qualquer inicio de estudo radiográfico, por isso serão sempre as primeiras a serem executadas. Incidência Alternativa como o próprio nome diz, é uma segunda opção, uma substituta caso a primeira não possa ser efetuada e por isso não deve ser feita junto com a principal. o tr deve optar entre uma e outra de acordo com as condições de cada situação. Incidência Especial estas incidências também podem ser chamadas de complementares, porque após serem feitas as incidências de rotina, poderão ser solicitadas as incidências complementares (especiais), isso por que este tipo de incidência irá acrescentar informações ao estudo radiológico. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 30 DIVISÃO DO ESQUELETO O esqueleto humano pode ser dividido em duas partes: esqueleto axial e apendicular. Saber a diferença entre eles é essencial para compreender o funcionamento de diversas funções relacionadas à estrutura óssea. Esqueleto Axial Formado pelo crânio (caixa craniana), pelo tórax (caixa torácica) e a coluna vertebral, o esqueleto axial é a parte central do corpo humano. Esqueleto Apendicular Formado pelos membros superiores e inferiores (braços, mãos, pernas e pés). Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 31 A união entre esqueleto axial e o esqueleto apendicular se faz por meio de cinturas: Cintura Escapular (constituídapela escápula e clavícula) Cintura Pélvica (constituída pelos ossos do quadril) Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 32 Termos descritivos das curvaturas da coluna Coluna vertebral A coluna vertebral forma o esqueleto do dorso e uma das principais partes do esqueleto axial. A coluna vertebral forma uma sustentação forte, mas flexível para o corpo. A coluna vertebral é constituída por 33 vértebras intercaladas por discos intervertebrais, apresentando a seguinte divisão: Vértebras Cervicais: 7 vértebras; Vértebras Dorsais ou torácicas: 12 vértebras; Vértebras Lombares: 5 vértebras; Vértebras Sacrais: 5 vértebras fundidas; Vértebra Coccígea: 4 vértebras fundidas. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 33 Curvaturas da Coluna Vertebral Vista lateralmente, a coluna vertebral apresenta 4 curvaturas consideradas fisiológicas, ou seja, naturais: Lordose cervical (concavidade posterior); Cifose torácica (concavidade anterior); Lordose lombar (concavidade posterior); Cifose sacrococcígea (concavidade anterior). Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 34 Algumas doenças estão associadas a coluna vertebral: Cifose: Desvio anormal da coluna vertebral, fazendo com que a parte superior das costas apareça mais arredondada do que o normal. Lordose: Curvatura excessiva da coluna vertebral. Escoliose: Deformidade na curvatura da coluna, que adquire um formato de "s" ou "c". Radiografia panorâmica da coluna vertebral e sua importância A radiografia panorâmica da coluna vertebral é considerada o exame mais importante para a detecção da escoliose, Esta importância é válida porque é nela que se identificam os parâmetros fundamentais para o diagnóstico e assim iniciar o tratamento. O que acontece quando um RX é de má qualidade? Por se tratar do exame mais requisitado ou exame chave, a primeira consequência é o diagnóstico prejudicado, o que leva a um tratamento inadequado. E como não é possível visualizar com clareza as estruturas essenciais o paciente terá que repetir o exame o que resulta em radiação desnecessária, além da perda de tempo já que nesta patologia geralmente evolutiva o tempo é precioso. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 35 MARCOS TOPOGRÁFICOS DO CRÂNIO Marcos Topográficos são importantes para localização em exames radiográficos. O Crânio apresenta vários pontos de referência aonde irão ser extremamente úteis em diversos posicionamentos, e é crucial que o profissional das técnicas radiológicas saiba se localizar na anatomia do seu paciente. Glabela é a área triangular lisa, ligeiramente elevada, situada entre as sobrancelhas. Násio é a depressão na ponta do nariz. Anatomicamente, o násio é a junção dos dois ossos nasais e do osso frontal. Acântion é o ponto da linha média na junção do lábio superior com o septo nasal. Gônio refere-se ao ângulo posterior inferior de cada lado da mandíbula. Mento é o ponto médio anterior da área do queixo. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 36 LINHAS DE POSICIONAMENTO DO CRÂNIO Para realizar radiografias do crânio, temos como referencia algumas linhas imaginarias que auxiliam no posicionamento do paciente. Meato Acústico Externo (MAE) É a abertura do canal da orelha externa. O ponto central dessa abertura é denominado ponto auricular. Linha Glabelomeatal ( LGM) É a linha entre a glabela e o MAE. Linha Orbitomeatal ( LOM) É uma linha utilizada frequentemente que se localiza entre a margem orbital mediolateral e o MAE. Linha Infraorbitomeatal ( LIOM) É formada pela linha entre a margem infraorbital ao MAE. Linha Acantomeatal ( LAM) É formada pela conexão do acantio e o MAE. Linha Mentomeatal ( LMM) É formada pela conexão do ponto mentoniano e o MAE. Linha Labiomeatal ( LLM) Parte da junção dos lábios até o MAE. Linha Glaboloalveolar ( LGA) Conecta a glabela a um ponto na face anterior do processo alveolar da maxila. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 37 Meato Acústico Externo (MAE) Linha Glaboloalveolar (LGA) Linha Glabelomeatal (LGM) Linha Orbitomeatal (LOM) Linha Infraorbitomeatal (LIOM) Linha Acantomeatal (LAM) Linha Labiomeatal (LLM) Linha Mentomeatal (LMM) Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 38 POSICIONAMENTO DO CRÂNIO PARIETOCANTIAL (método de WATERS - MENTONASO) BÁSICA | ROTINA POSIÇÃO DO PACIENTE: ortostática ou decúbito ventral, hiperextender o queixo tocando o bucky mantendo a LMM perpendicular ao filme. RC: Perpendicular ao filme saindo no acântion. PA AXIAL (método de CALDWELL – FRONTONASO) BÁSICA | ROTINA POSIÇÃO DO PACIENTE: ortostática, face anterior próxima ao filme com as mãos pronadas ao lado do rosto, manter a LIOM em 8° em relação ao filme ou LOM em 15°. RC: Perpendicular ao filme direcionado para sair no násio. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 39 TERMINOLOGIA DE TRAUMA E RADIOLOGIA MÓVEL Frequentemente surgem situações nas quais os técnicos em radiologia encontram pacientes que necessitam de adaptações nos posicionamentos, pois eles podem estar na maca, com colar cervical posicionado, podem ter uma ou mais talas indicando possíveis fraturas. Os pacientes politraumatizados não podem ser movidos para as posições usuais de rotina, necessitando de importante adaptação da angulação do RC e do posicionamento do receptor de imagem. Isso pode ser feito com uma unidade móvel (portátil) de raios X na sala de emergência ou no quarto do paciente. A capacidade de realização de exame é praticamente a mesma de um aparelho fixo. Equipamentos móveis, são muitos semelhantes em recursos aos aparelhos fixos, são utilizados na realização de exames radiográficos no leito do paciente, em sala de cirurgia ou sala de emergência. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 40 TERMINOLOGIA DE TRAUMA Esquelético E Fraturas A radiografia de trauma esquelético exige um entendimento dos termos que são exclusivos nessas situações, e o técnico em radiologia necessita compreender qual o tipo de injúria ou fratura que está sendo suspeitada e quais incidências são importantes em cada caso, também ajudará a saber como evitar certas técnicas de posicionamento ou posições corporais que possam resultar em dor ou injúria adicional. Luxação Entorse Contusão Fratura Frequentemente, todas as incidências são obtidas com o paciente na posição de decúbito dorsal, exigindo o uso de grades estacionárias para as adaptações laterais por sob a mesa e/ou outras, quando disponível. Embora o trauma afete múltiplos sistemas do corpo, nosso foco será o sistema esquelético. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 41 Luxaçãoé o fato de 2 ossos se desarticularem. Popularmente se diz-se que “eles saíram do lugar”, é o deslocamento da extremidade de um osso ao nível de sua articulação. Entorse é a separação momentânea das superfícies ósseas a nível da articulação. Torção ou distensão forçada de uma articulação, resultando uma rotura parcial dos ligamentos que estira, ou rompe, seus ligamentos mas não desloca os ossos (sem luxação). Os ligamentos são estendidos além de suas capacidades. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 42 Contusão Essa é um tipo de injúria com uma possível fratura em avulsão, sem que haja ruptura da pele, pode ser causada por uma batida em partes moles, sem fratura. Geralmente as partes lesadas constituem músculos, fáscias e ligamentos. Em anatomia, chama-se compartimento fascial, fáscia ou loja anatômica, o conjunto de tecidos fibrosos (invólucros fasciais) que penetram e envolvem músculos, ossos, nervos, vasos sanguíneos, vísceras e órgãos do corpo, provendo suporte, proteção e forma ao organismo. A fratura em avulsão é o destacamento do fragmento de osso resultado de uma tração do ligamento, tendão ou cápsula articular do seu ponto de inserção óssea. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 43 Fratura é a quebra de um osso. Diante da possibilidade de qualquer fratura, o profissional em radiologia deve ser extremamente cauteloso ao mover e posicionar o paciente a fim de não causar adicional injúria ou deslocamento de fragmentos fraturados. O técnico em radiologia nunca deve forçar um membro ou parte do corpo para uma posição. Se a fratura é óbvia, ou se dor intensa acompanha qualquer movimento, o posicionamento deve ser adaptado conforme necessário. Tipos De Fraturas Muitos termos são usados na descrição de fraturas. Os mais comuns são: a) Fratura Simples (fechada): Uma fratura na qual o osso não atravessa a pele. b) Fratura Composta (aberta): Uma fratura na qual o osso projeta-se através da pele. c) Fratura Incompleta (pardal) : Essa fratura não ultrapassa todo o osso. (O osso não é quebrado em duas partes.) É mais comum em crianças. Os dois tipos principais de fraturas incompletas são os seguintes: Fratura em Tara: Essa envergadura do córtex é caracterizada pela expansão localizada ou fratura do córtex, possivelmente pequena ou nenhuma luxação e ausência de quebra completa do córtex. Fratura em Galho Verde: A fratura ocorre em apenas um lado. O córtex de um lado do osso está quebrado, e o outro lado está envergado. Quando o osso se endireita, uma linha de fratura tênue no córtex pode ser vista em um lado do osso, e uma discreta saliência ou defeito em forma de prega é vista do lado oposto. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 44 d) Fratura Completa: Nessa fratura, a quebra é completa e inclui o corte transversal do osso. O osso é quebrado em duas partes. Três tipos principais de fraturas completas são os seguintes: Fratura Transversal: A fratura é transversal em um ângulo quase reto em relação ao eixo longitudinal do osso. Fratura Oblíqua: A fratura atravessa o osso em um ângulo oblíquo. Fratura Em Espiral: o osso é separado e a fratura forma espirais ao redor do eixo longitudinal. e) Fratura Cominutíva : Nessa fratura, o osso é estilhaçado ou esmagado no local do impacto, resultando em dois ou mais fragmentos. A seguir estão os três tipos de fraturas cominutivas que possuem implicações específicas para o tratamento e o prognóstico, devido à possível interrupção substancial de sangue. Fratura Segmentar: Um tipo de fratura dupla com duas linhas de fratura isolando um segmento distinto de osso. Fratura Em Borboleta: Uma fratura cominutiva com dois fragmentos de cada lado de um fragmento principal separado em forma de cunha; possui alguma semelhança com as asas de uma borboleta. Fratura Estilhaçada: Uma fratura cominutiva na qual o osso é esmigalhado em fragmentos finos e pontiagudos. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 45 f) Fratura Impactada: Nessa fratura, um fragmento está firmemente cravado no outro; a diáfise do osso é impelida na cabeça ou no segmento terminal. Isso ocorre mais comumente nas extremidades distais ou proximais do fêmur, úmero ou rádio. g) Fraturas Com "Denominações" Específicas A seguir exemplos e descrições de fraturas, usualmente denominadas segundo o tipo de injúria ou com o nome da pessoa que a identificou pela primeira vez. Fratura De Colles: Essa fratura do punho na qual o rádio distal é fraturado com o fragmento distal deslocado posteriormente (angulação anterior do ápice) resulta de uma queda sobre o braço estendido. Fratura De Smith (Colles Invertida): Essa é uma fratura do rádio distal com deslocamento anterior (angulação posterior do ápice). Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 46 CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO O objetivo do técnico não deve ser fazer uma radiografia “passável” ou “diagnóstica”, na qual estejam evidentes apenas patologias óbvias, mas produzir uma imagem ótima que possa ser avaliada por um padrão definível. Uma radiografia abaixo do nível ótimo pode ser considerada passável se os fatores de exposição forem suficientes para resultar uma imagem meramente diagnóstica, mas pode demonstrar desleixo com a técnica, com os marcadores, com a centralização ou com a colimação. Também pode haver outros descuidos, tais como, não estar alinhado com o eixo longitudinal do filme, ou distorções desnecessárias pelo posicionamento impróprio do foco-objeto-filme. PRECISÃO DO POCIONAMENTO A precisão do posicionamento inclui primeiro a colocação correta da parte a ser demonstrada sobre o chassi, de forma que toda anatomia a ser visualizada esteja dentro das bordas colimadas e não irradie partes desnecessárias. Isso significa escolher um chassi suficientemente grande (ter bom senso para não exagerar), e o campo de colimação deve ser aberto o bastante para incluir toda parte do corpo que se deseja radiografar. Uma regra geral afirma que o eixo longitudinal da parte ser radiografada deve estar alinhado com o eixo longitudinal do filme. As exceções a esta regra são os casos de ossos longos que poderá exigir uma posição de ângulo a ângulo no chassi 35X43 para incluir ambas as articulações no mesmo filme e quando forem feitas duas ou mais radiografias no mesmo filme. Neste caso observar para não se colocar as incidências em direção oposta. Profº: Luiz Ramos | Técnico de Radiologia terminologia em técnicas radiológicas 47 “Leva tempo para se ter sucesso porque o sucesso é meramente a recompensa natural de se usar o tempo para se fazer bem qualquer coisa.” (Joseph Rossi) Planos de delimitação do corpo humano O que é Imagiologia ? O corpo humano sob outro ponto de vista Fatores gerais de variação anatômica Biotipos Anatômicos e os TIPOS FÍSICOS DE TÓRAX Por exemplo, um paciente hiperestênico previlínio possui um tórax muito largo e profundo no sentido anteroposterior, mas pequeno verticalmente. portanto, deve-se ter cuidado para que os lados ou o seio costofrênico não sejam cortados da radiografia PA... o outro extremo é um paciente magro, hipoestênico longilíneo. neste tipo físico, o tórax é estreito em largura e anteroposteriormente, mas é muito longo em sua dimensão vertical. portanto, no posicionamento da radiografia do tórax, o técnicodeve gar... Esqueleto Axial Esqueleto Apendicular A união entre esqueleto axial e o esqueleto apendicular se faz por meio de cinturas: Coluna vertebral Curvaturas da Coluna Vertebral Radiografia panorâmica da coluna vertebral e sua importância LINHAS DE POSICIONAMENTO DO CRÂNIO O que acontece quando um RX é de má qualidade?
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