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DESCRIÇÃO Definição de grandezas físicas e analógicas, teoria da propagação de erros, aterramento e blindagem. PROPÓSITO Compreender os conceitos de grandezas físicas e analógicas, entender como os erros nas medições das grandezas se propagam, aprender as principais técnicas de redução de ruído e a importância do Aterramento e da Blindagem na Instrumentação Industrial. PREPARAÇÃO Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora ou use a calculadora de seu smartphone/computador. OBJETIVOS MÓDULO 1 Definir o que são grandezas físicas MÓDULO 2 Reconhecer as características e vantagens das grandezas analógicas MÓDULO 3 Definir os conceitos relacionados à teoria de propagação dos erros MÓDULO 4 Reconhecer os fundamentos e a importância do aterramento e da blindagem na instrumentação e seu papel na redução de ruído GRANDEZAS ANALÓGICAS E TÉCNICAS DE REDUÇÃO DE RUÍDO EM MEDIÇÕES MÓDULO 1 Definir o que são Grandezas Físicas GRANDEZAS FÍSICAS - CONCEITOS FUNDAMENTAIS Uma grandeza física é, essencialmente, tudo aquilo que pode ser medido ou quantificado. Pode ser, portanto, mensurada (quantificada) em unidades de uma escala predefinida. Quando uma medição é realizada, a grandeza física deve vir acompanhada da unidade que a representa. EXEMPLO A extensão de um fio que será utilizado em uma determinada instalação elétrica pode ser medida em metros. Se for adquirido um rolo de 50 metros de comprimento desse fio, poderão ser retirados 50 pedaços de 1 metro ou 5.000 pedaços de 1 centímetro, em que metro e centímetro são unidades utilizadas na medição de comprimento. O Sistema Internacional de Unidades, cuja sigla é SI, reúne as unidades de medidas das grandezas fundamentais e de suas derivações. Uma grandeza fundamental é aquela medida diretamente, como massa, espaço, tempo e comprimento. Quando duas ou mais grandezas fundamentais são combinadas, é gerada uma grandeza derivada ou combinada. Por exemplo, quando o espaço é dividido pelo tempo, gera-se velocidade. Essas combinações só podem ser realizadas quando as grandezas apresentam coerência entre si. O Sistema Internacional de Unidades adota como unidades fundamentais para a medição das grandezas físicas: ESPAÇO METRO MASSA QUILOGRAMA TEMPO SEGUNDO Outro sistema internacionalmente utilizado é o Sistema Inglês, que utiliza como unidade para essas mesmas grandezas físicas: ESPAÇO POLEGADA MASSA LIBRA TEMPO SEGUNDO Em algumas aplicações, as unidades adotadas para a medição das grandezas físicas espaço, massa e tempo são centímetro, grama e segundo. Esse sistema recebe o nome de CGS (centímetro, grama e segundo). De maneira similar, o SI é conhecido como MKS (metro, quilograma e segundo). Neste módulo, serão apresentadas as principais unidades de medida das grandezas fundamentais e de suas derivações. Também serão apresentados os conceitos de potência, notação científica e ordem de grandeza. SISTEMA INTERNACIONAL DE MEDIDAS Toda grandeza física pode ser mensurada, ou seja, quantificada. Para tal, é necessário fazer uso de uma unidade de medida. O Vocabulário Internacional de Metrologia (FILIPE, et al., 2012) define que o Sistema Internacional de Unidades é composto por sete unidades de medida fundamentais, que fazem referência a sete grandezas físicas, que são: Comprimento Tempo Massa Corrente elétrica Temperatura termodinâmica Quantidade de matéria Intensidade luminosa GRANDEZAS FUNDAMENTAIS As unidades de medida das grandezas fundamentais mencionadas anteriormente no Sistema Internacional de Medidas podem ser vistas na Tabela 1. Essas grandezas e suas respectivas unidades foram retiradas do Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia (VIM), publicado e disponibilizado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO). Grandeza Unidade Símbolo Comprimento metro m Tempo segundo s Massa quilograma kg Corrente elétrica ampère A Grandeza Unidade Símbolo Temperatura termodinâmica kelvin K Quantidade de matéria mol mol Intensidade luminosa candela cd Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela 1: Unidades básicas do SI. Fonte: Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia (2020) É importante destacar que, embora cada grandeza física possa ser mensurada e possua sua respectiva unidade de medida definida pelo SI, outras unidades de medida podem ser adotadas para representar essa mesma grandeza. A unidade do comprimento no SI, por exemplo, é o metro, cujo símbolo é a letra m. Entretanto, essa mesma grandeza física pode ser representada por outras unidades como: Centímetro Pé Polegada Essas unidades são exploradas em outros países e, em alguns casos por razões históricas, ainda são utilizadas em paralelo com o SI. Na Tabela 2, é possível visualizar algumas unidades que são utilizadas em paralelo com as unidades do Sistema Internacional. Grandeza Física SI Britânico (Inglês) CGS Comprimento metro (m) pé (foot ou ft) centímetro (cm) Massa quilograma (kg) libra (lb) grama (g) Densidade kg/m3 lb/ft3 g/cm3 Velocidade m/s mi/h, onde mi representa milhas e h são horas cm/s, onde s são segundos. Grandeza Física SI Britânico (Inglês) CGS Aceleração m/s2 cm/s2 Força Newton (N) libra-força Dina Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela 2: Comparativo entre unidades em diferentes sistemas. Fonte: Paulo Godoy GRANDEZAS DERIVADAS Partindo-se das unidades fundamentais, é possível obter as unidades derivadas que são utilizadas na quantificação de outras grandezas físicas. Na Figura 1, como exemplo, o volume de um tanque pode ser quantificado em metro cúbico (m3), ou seja, multiplicando-se a unidade de comprimento (m) por três vezes. Isso é possível sabendo-se que o volume desse tanque é obtido pelo produto: comprimento (m) x largura (m) x altura (m). Imagem: Paulo Godoy Figura 1: Volume de um sólido Na Tabela 3, é possível visualizar outras unidades derivadas que são obtidas de unidades fundamentais. Grandeza Unidade Símbolo Área metro quadrado m2 Volume metro cúbico m3 Grandeza Unidade Símbolo Velocidade metro por segundo m/s Aceleração metro por segundo ao quadrado m/s2 Vazão metro cúbico por segundo m3/s Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela 3: Saída do contador assíncrono de 4 bits decrescente. Fonte: EnsineMe OBTENÇÃO DE UNIDADES DERIVADAS DO SI Como observado, algumas grandezas derivadas do SI são fundamentais em aplicações diversas. Em geral, essas grandezas são produzidas diretamente das grandezas fundamentais. Por exemplo, a área de uma estrutura cujas dimensões são dadas em metros (m) será em metro ao quadrado (m2). Isso acontece porque a área é obtida pelo produto das dimensões que compõe esse objeto, conforme ilustrado na Figura 2. Imagem: Paulo Godoy Figura 2: Área de uma estrutura Observando-se a Figura 2, a área é obtida pelo produto entre a largura e o comprimento: área = 2m x 2m = 4m2. De maneira similar, a velocidade de um carro é calculada pela divisão da distância percorrida por ele em quilômetros (km) pelo tempo necessário para percorrer essa distância em horas (h). Assim, se um carro percorre 100km em 2 horas, a sua velocidade média durante o percurso foi de 50km/h. NOTAÇÃO CIENTÍFICA E ORDEM DE GRANDEZA Algumas grandezas físicas são muito maiores do que a unidade utilizada em sua quantificação. EXEMPLO A distância entre cidades pode ser mensurada em quilômetros (km), já a velocidade de um carro em quilômetros por hora (km/h). Por outro lado, algumas grandezas podem ser menores do que a unidade, como o comprimento de uma caneta esferográfica que é dado em centímetros (cm), ou a velocidade de um atleta de 100 metros em metros por segundo (m/s). Ao utilizar as unidades fundamentais, os números obtidos podem apresentar muitos zerosou muitas casas decimais, o que dificultaria as operações matemáticas com essas grandezas. Por exemplo, ao mensurar uma barra de alumínio, como a da Figura 3, poderá ser necessário escrever a medida em notação científica ou potência de dez. Imagem: Paulo Godoy Figura 3: Comprimento de uma barra de alumínio Na Figura 3, o comprimento da barra é de 0,01m e, em notação científica, pode ser reescrito como 10-2, podendo o comprimento da barra ser expresso por 1 x 10-2m. Dessa maneira, percebe-se que a notação científica ou potência de dez pode ser obtida ao escrever um número no seguinte formato: N X 10 Y equação 1 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal N é um valor compreendido entre 1 e 9 e multiplicado por uma potência de 10, e y é o expoente (positivo ou negativo) da potência de 10. Então, o número 200 poderia ser escrito como 2 x 10 +2, em que N = 2 e y = +2, na equação 1. Na Tabela 4, são exibidas algumas potências de 10 fundamentais para o uso da notação científica. 100 = 1 10+1 = 10 10-1 = 0,1 10+2 = 100 10-2 = 0,01 10+3 = 1.000 10-3 = 0,001 10+4 = 10.000 10-4 = 0,0001 10+5 = 100.000 10-5 = 0,00001 10+6 = 1.000.000 10-6 = 0,000001 10+7 = 10.000.000 10-7 = 0,0000001 10+8 = 100.000.000 10-8 = 0,00000001 10+9 = 1.000.000.000 10-9 = 0,000000001 10+10 = 10.000.000.000 10-10 = 0,0000000001 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela 4: Exemplos de potências de base 10. Fonte: Paulo Godoy ORDEM DE GRANDEZA A ordem de grandeza pode ser definida como a potência de dez que mais se aproxima da quantidade da grandeza mensurada. EXEMPLO Um prédio com 30 metros de altura pode ser descrito como tendo uma altura de 3 x 10+1 metros. De maneira semelhante, a velocidade da luz no vácuo é dada por 300.000.000m/s e pode ser representada por 3 x 10+8m/s. OPERAÇÕES MATEMÁTICAS COM ORDENS DE GRANDEZA ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO Para a realização dessas operações matemáticas, é necessário representar as grandezas pela mesma potência de 10 (expoentes iguais). Depois de igualadas as potências, somam-se as bases e repete-se a potência. Exemplo: 10-2 + 10-3 = 1 x 10-2 + 1 x 10-3 = 10 x 10-3 + 1 x 10-3 = 11 x 10-3 ou 1,1 x 10-2 10-2 - 10-3 = 1 x 10-2 - 1 x 10-3 = 10 x 10-3 - 1 x 10-3 = 9 x 10-3 ou 0,9 x 10-2 MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO Durante as operações de multiplicação, é necessário realizar o produto dos números em notação científica e a adição dos expoentes. Para a divisão, é efetuada a divisão dos números em notação científica e a subtração dos expoentes. Exemplo: (3 x 10+2) x (3 x 10+3) = (3 x 3) x (10+2+3) = 9 x 10+5 (3 x 10+2) ÷ (3 x 10+3) = (3 ÷ 3) x (10+2-3) = 1 x 10-1 MÚLTIPLOS E SUBMÚLTIPLOS DO SISTEMA INTERNACIONAL Nas situações em que a grandeza física é muito maior ou muito menor do que a unidade, é possível a utilização de múltiplos e submúltiplos das unidades do SI. No caso dos múltiplos, a utilização ocorre quando a grandeza física medida é muito maior do que a unidade do SI. Por exemplo, a distância entre a cidade do Rio de Janeiro e a cidade de São Paulo é dada em quilômetros (km) em vez de metros (m). Isso ocorre porque, se representássemos essa distância em metros, utilizaríamos um valor demasiadamente grande. De maneira similar, o comprimento de uma mesa seria dado em centímetros (cm) no lugar de metros, tendo em vista que o número utilizado seria menor do que 1 metro. Outros exemplos podem ser citados, como: o diâmetro de uma broca de uma furadeira que é dado em milímetros (mm) e a potência de um motor em quilowatts (kW). Na Tabela 5, são apresentados os prefixos dos múltiplos e submúltiplos das unidades fundamentais. 10y Prefixo (símbolo) Decimal 10+12 tera (T) 1.000.000.000.000 10+9 giga (G) 1.000.000.000 10+6 mega (M) 1.000.000 10+3 quilo (k) 1.000 10+2 hecto (h) 100 10+1 deca (da) 10 100 - 1 10-1 deci (d) 0,1 10-2 centi (c) 0,01 10y Prefixo (símbolo) Decimal 10-3 mili (m) 0,001 10-6 micro (µ) 0,0001 10-9 nano (n) 0,000 000 001 10-12 pico (p) 0,000 000 000 001 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela 5: Múltiplos e submúltiplos da unidade fundamental. Fonte: Paulo Godoy CONVERSÃO DE UNIDADES Algumas vezes é necessário realizar a conversão entre unidades. Por exemplo, litro em metro cúbico; km em m; hora em segundo. Para isso, é necessário utilizar um método de conversão adequado. Por exemplo, digamos que seja necessário transformar 20km em metros. Há três maneiras que essa conversão pode ser feita: MÚLTIPLOS E SUBMÚLTIPLOS 20km = 20 k m = 20 000m DIRETAMENTE POR TABELAS DE CONVERSÃO Disponíveis no VIM, em livros ou na internet: Unidade Multiplicar por Unidade km 1.000 m Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Assim: 20km x 1000 = 20 000m. REGRA DE 3 SIMPLES Para utilização desse método, é necessário saber a correspondência entre as unidades que se deseja converter. 1KM – 1.000M javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) 20KM – XM Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Efetuando-se o produto cruzado: 1 x X = 20 x 1.000 ---- X = 20.000m. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. AO EXPRESSARMOS O NÚMERO 50.000 EM NOTAÇÃO CIENTÍFICA, O RESULTADO OBTIDO SERIA: A) 5 x 10+3 B) 5 x 10+4 C) 5 x 10-3 D) 5 x 10-4 E) 50 x 10+4 2. SABE-SE QUE 1 POLEGADA (POL) EQUIVALE A 0,0254 METROS (M). ENTÃO, TENDO ESSE PADRÃO COMO REFERÊNCIA, 2 POLEGADAS SÃO QUANTOS METROS? A) 2,54 metros B) 0,508 metros C) 5,08 x 10-2 metros D) 50,8 x 10+2 metros E) 508 metros GABARITO 1. Ao expressarmos o número 50.000 em notação científica, o resultado obtido seria: A alternativa "B " está correta. 50.000 pode ser reescrito como 5 x 10.000. De acordo com as potências de 10, o número 10.000 pode ser escrito como 10+4, por apresentar 4 zeros. Assim, 50.000 poderá ser escrito como 5 x 10+4. 2. Sabe-se que 1 polegada (pol) equivale a 0,0254 metros (m). Então, tendo esse padrão como referência, 2 polegadas são quantos metros? A alternativa "C " está correta. Por intermédio da regra de 3 simples, é possível calcular que: 1 polegada – 0,0254 m 2 polegadas – x m X = 2 x 0,0254 = 0,0508 Utilizando-se notação científica, o valor encontrado pode ser escrito como 5,08 x 10-2 metros. MÓDULO 2 Reconhecer as características e vantagens das grandezas analógicas GRANDEZAS ANALÓGICAS – CONCEITOS FUNDAMENTAIS SINAIS ANALÓGICOS No contexto da utilização de sinais analógicos, as grandezas físicas discutidas no Módulo 1 podem chamadas apenas de sinais. De maneira simplificada, os sinais são as variáveis físicas de um sistema que se deseja conhecer. Por exemplo, em um circuito elétrico a tensão, a corrente e a potência podem ser consideradas sinais. No sistema financeiro, a variação na taxa de juros, o valor das ações e a taxa de inflação são considerados sinais. Em sistemas mecânicos, a velocidade, a aceleração e a posição podem ser consideradas sinais. Enfim, as informações de interesse em um sistema podem ser consideradas sinais. Geralmente, essas variáveis não podem ser corretamente representadas por um único valor, mas, sim, por um conjunto de valores. Nesses casos, o valor do sinal é escrito como uma função de outra variável, como o tempo, sendo definida como uma função (t). EXEMPLO Se considerarmos um veículo deslocando-se a uma determinada velocidade constante (Figura 4), ele estará em posições diferentes com o passar do tempo. Ou seja, ao buscar-se o valor da posição, é necessário especificar em qual instante essa posição está sendo observada. Outro exemplo é o nível de água dentro de um tanque que esteja sendo cheio ou esvaziado. O nível desse tanque mudará com o tempo, variando de forma mais rápida ou mais lenta, de acordo com a velocidade com a qual a água será colocada ou retirada. Portanto, o nível dependerá não apenas do tempo, mas tambémda vazão. Imagem: Paulo Godoy Figura 4: Posição de um veículo em função do tempo ATENÇÃO Vale destacar que os sinais também podem variar em função de outras grandezas que não seja o tempo. Por exemplo, a pressão dentro da água no oceano varia com a profundidade. Quanto mais fundo no oceano, maior é a pressão. Na prática, um sinal pode ser função de mais de uma variável. Por exemplo, o preço das ações no mercado financeiro é função das taxas de juros, do prazo e de outros fatores relacionados ao mercado de capitais como a oferta e a demanda, como a Figura 5. Imagem: Paulo Godoy Figura 5: Valor das ações de uma empresa hipotética ao longo de 1 mês Por vezes, esses sinais precisam de algum tipo de processamento ou análise para serem adequadamente utilizados. Para isso, é necessário quantificá-los, ou seja, representá-los por meio de valores. Para que seja possível quantificá-los em qualquer instante, é necessário conhecer a função que descreve o comportamento desse sinal em função de uma variável conhecida (tempo, profundidade etc.). Por exemplo, a tensão elétrica disponível pelo sistema elétrico brasileiro é uma função senoidal, com frequência de 60Hz, como na Figura 6. V(T) = VMÁXIMO . SEN(Ω.T) = VMÁXIMO . SEN(2.Π.F.T) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Em que: Vmáximo é a máxima amplitude do sinal, ω é a velocidade angular, f é a frequência do sinal e t é o instante de tempo em que o sinal é observado. Imagem: Paulo Godoy Figura 6: Sinal senoidal em função do tempo A velocidade angular ω é obtida pela equação 2, sendo diretamente proporcional à frequência do sinal. Assim, quanto maior a frequência, maior será a velocidade angular: Ω = 2.Π.F equação 2 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal No caso do sistema elétrico brasileiro, a frequência é de 60Hz. Isso significa que a cada 16,67ms (um período completo) o sinal se repete e que, durante esse período, parte do sinal é positiva e parte é negativa. O período do sinal é obtido a partir da frequência do sinal, a partir da equação 2: equação 3 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal É importante destacar que só faz sentido falar em período ou frequência quando o sinal é periódico, ou seja, quando se repete a cada intervalo de tempo T. O período do sinal é o tempo necessário para um ciclo completo do sinal, ou seja, é o tempo que leva para que o sinal se repita. A frequência de um sinal é o número de ciclos que ele realiza em 1 segundo. Por esse motivo, a unidade da frequência é o Hertz (Hz), que equivale a 1/s ou s-1. Quanto maior a frequência de um sinal, mais rapidamente ele se repetirá ou maior será o número de ciclos realizados em 1 segundo. No módulo anterior, foi discutido o conceito de grandezas físicas e a capacidade de medição para quantificação delas. É fundamental destacar que as grandezas podem ser de natureza analógica ou digital. GRANDEZAS DIGITAIS São aquelas que variam apenas em valores bem definidos e que mudam de um valor para outro por meio de um salto entre eles. Como exemplo, pode-se considerar os relógios digitais, em que a menor variação ocorre de 1 em 1 segundo. Assim, é possível observar o relógio variando de 10 segundos para 11 segundos, mas não em intervalos menores como 10,5 segundos para 10,6 segundos. T = 1 f De maneira equivalente, um termômetro digital pode ser capaz de exibir a temperatura com uma variação mínima de 1°C, passando de 37°C para 38°C e não em intervalos menores. As chaves lógicas funcionam como sinais digitais, enviando um nível lógico, que pode ser apenas alto ou baixo (1 ou 0), para um controlador digital que esteja conectado a elas. Assim, é possível fazer uma analogia dos sinais digitais com uma escada, como pode ser visto na Figura 7, em que a variação mínima que pode ser realizada é a passagem de um degrau para outro. Imagem: Paulo Godoy Figura 7: Variação de uma grandeza digital GRANDEZAS ANALÓGICAS São, essencialmente, aquelas que podem assumir infinitos valores dentro de um intervalo de valores. Observando-se um relógio de ponteiro ou o velocímetro de um carro, é possível verificar duas grandezas analógicas, pois em ambos os ponteiros variam continuamente durante o seu funcionamento. Se fizermos uma analogia similar à da escada para a grandeza digital, como pode ser visto na Figura 8, uma grandeza analógica seria uma rampa. Dessa maneira, valores intermediários, entre os degraus da digital, podem ser considerados. Imagem: Paulo Godoy Figura 8: Variação de uma grandeza analógica Assim, comparando-se as Figuras 7 e 8, pode-se notar que a variação da posição 1 para a posição 2 na Figura 7 não permite que degraus menores, como 1,5, sejam atingidos, tendo em vista que não há variações menores. Para isso, seria necessária a inclusão de degraus intermediários que permitissem variações cada vez menores. A inclusão de infinitos degraus na escada a transformaria em uma rampa (como a da Figura 8). RESOLUÇÃO É simples observar que o mundo é essencialmente analógico. Grandezas presentes no dia a dia, como a umidade do ar, a temperatura e a pressão, variam como sinais analógicos, podendo assumir infinitos valores entre um mínimo e um máximo. VOCÊ SABIA? O que define quantos “degraus” a sua escala analógica possuirá é a resolução na escala do seu instrumento. De acordo com o VIM, a resolução pode ser definida como a menor diferença entre as indicações de um dispositivo mostrador que pode ser significativamente percebida. Ou seja, é o menor intervalo de medida que um instrumento oferece. Na Figura 9, observa-se o desenho do fundo de escala de um instrumento arbitrário. Imagem: Paulo Godoy Figura 9: Fundo de escala de um instrumento ideal É possível observar que a escala arbitrária varia de 0 a 60 e possui uma resolução de 2,5, sendo a menor variação possível de ser lida. Apesar de ser a escala de um instrumento analógico, variações menores do que 2,5 levam a leituras estimadas. Assim, é possível perceber que, em uma comparação entre a escala arbitrária e a escada, a resolução é representada pela quantidade de traços na escala ou de degraus na escada. Logo, quanto maior o número de traços ou de degraus, menores serão os intervalos, e mais próximo o valor lido estará do valor real. Para isso, basta dividir o intervalo da variável (formado por todos os valores que a variável pode assumir) por todo os intervalos que a escala possui (equação 4). Para compreender melhor o conceito de resolução, imagine uma escala com 100 intervalos (uma escada com 100 degraus), que será utilizada na medição de um sinal que poderá possuir valores compreendidos entre 0 e 5, como pode ser visto na Figura 10. Cada intervalo na escala possuirá um valor igual a: INTERVALO = VARIÁVEL / ESCALA = (5-0)/(100) = 5/100 = 0,05 equação 4 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Dessa maneira, observa-se que a menor variação mensurável na escala será de 0,05. Imagem: Paulo Godoy Figura 10: Determinação da resolução de um sistema Se o número de intervalos for aumentado, por exemplo, para 1.000, essa variação será ainda menor. Você seria capaz de descobrir qual seria o intervalo? De maneira simplificada, um sinal analógico é aquele que possui seu valor variando continuamente e possui uma resolução infinita em tempo e amplitude. EXEMPLO Uma bateria, por exemplo, é um dispositivo analógico, cuja tensão de saída muda ao longo do tempo, uma vez que a energia armazenada é utilizada na alimentação de uma carga. Isso ocorre porque a corrente fornecida pela bateria não é limitada e, dessa maneira, a velocidade com que a tensão fornecida pela bateria dependerá da corrente drenada pelo circuito. Quanto mais corrente for drenada, mais rapidamente a tensão na bateria será reduzida. Os sinais analógicos e os sinais digitais possuem suas aplicações.A partir da tensão e da corrente analógicas, é possível controlar a velocidade de rotação de um motor ou o volume de um aparelho de som. O uso de uma resistência variável permite o aumento ou a redução da corrente que flui por meio do resistor e, consequentemente, o aumento ou a redução do som ou da velocidade de rotação do motor, como pode ser observado na Figura 11. Imagem: Paulo Godoy Figura 11: Redução do som com o aumento da resistência ATENÇÃO É possível observar que, mesmo após atravessar a resistência, o sinal continua sendo analógico. De modo similar, um sinal analógico de tensão, ao atravessar uma resistência, produziria um sinal analógico de corrente. Mesmo que pareça intuitivo e simples, o controle da amplitude de um sinal analógico nem sempre é fácil ou economicamente viável. O efeito joule (aquecimento) é uma preocupação real, tendo em vista que a potência dissipada nos componentes é proporcional à tensão e à corrente que alimenta os componentes do circuito. Além disso, os componentes que compõem o circuito sofrem desgastes com o uso, o que pode influenciar no funcionamento do circuito a partir das mudanças nos parâmetros. Os sinais analógicos também são sensíveis ao ruído e, devido à sua resolução infinita, qualquer perturbação ou ruído em um sinal analógico necessariamente altera o seu valor. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. UM ENGENHEIRO DE SOM UTILIZA UM OSCILOSCÓPIO PARA VISUALIZAR O SINAL DE ÁUDIO TRANSMITIDO A PARTIR DE UM CAPTADOR DE SOM LOCALIZADO PRÓXIMO AO PALCO DE UM SHOW, O QUE PODE SER VISTO NA FIGURA A SEGUIR. SABENDO QUE, PARA REALIZAR A TRANSMISSÃO DO SINAL SONORO PARA UMA REDE DE TELEVISÃO, ELE PRECISARÁ DOBRAR A FREQUÊNCIA DO SINAL, QUAL SERÁ O NOVO PERÍODO DO SINAL A SER TRANSMITIDO? IMAGEM: PAULO GODOY A) 2ms B) 5ms C) 20ms D) 50Hz E) 20Hz 2. IMAGINE QUE VOCÊ DESEJA CRIAR UMA ESCALA DE UM INSTRUMENTO PARA MEDIÇÃO DA TEMPERATURA DE UM PROCESSO QUE VARIA DE 0 A 40°C. ESSA ESCALA SERÁ DIVIDIDA DE 10 INTERVALOS. QUAL SERÁ A MELHOR RESOLUÇÃO POSSÍVEL PARA LEITURA NESSA ESCALA? A) 0,4°C B) 4°C C) 0,04°C D) 1°C E) 0,1°C GABARITO 1. Um engenheiro de som utiliza um osciloscópio para visualizar o sinal de áudio transmitido a partir de um captador de som localizado próximo ao palco de um show, o que pode ser visto na figura a seguir. Sabendo que, para realizar a transmissão do sinal sonoro para uma rede de televisão, ele precisará dobrar a frequência do sinal, qual será o novo período do sinal a ser transmitido? Imagem: Paulo Godoy A alternativa "B " está correta. Primeiro, deve-se distinguir o período do sinal original. Para isso, é necessário identificar o tempo necessário para que um ciclo completo ocorra. Pelo gráfico: T = 10,0MS = 10 X 10-3 S Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Depois, determina-se a frequência do sinal: F = 1/T = 1 / (10 X 10-3) = 1/10 X 10+3 F = 0,1 X 1000 = 100HZ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Como a frequência desejada é o dobro da frequência original: FNOVA = 2 X F = 2 X 100 = 200HZ Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Assim, o novo período é o inverso da nova frequência: TNOVO = 1/200 = 0,005 = 5MS Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 2. Imagine que você deseja criar uma escala de um instrumento para medição da temperatura de um processo que varia de 0 a 40°C. Essa escala será dividida de 10 intervalos. Qual será a melhor resolução possível para leitura nessa escala? A alternativa "B " está correta. A temperatura (variável) varia de 0 a 40°C. Se a escala possuirá 10 intervalos iguais, ela terá 11 valores (0 a 10). Logo: Resolução = (40 - 0) / (10 - 0) = 40 / 10 = 4°C Imagem: Paulo Godoy MÓDULO 3 Definir os conceitos relacionados à Teoria de Propagação dos Erros TEORIA DE PROPAGAÇÃO DOS ERROS INCERTEZAS DE UMA MEDIDA Um dos princípios básicos da Engenharia e da Física diz que: “Não se pode medir uma grandeza física com precisão absoluta.” Esse princípio destaca que, qualquer medição, independentemente de quão bem for realizada, sempre será aproximada. O valor medido nunca representa o valor real (verdadeiro) de uma grandeza. Quando esse valor mensurado é aplicado ou registrado, é preciso saber o grau de confiança que se tem de que o número medido representa o valor verdadeiro da grandeza física. Assim, é necessário expressar o valor medido com a incerteza da medição. A incerteza da medição recebe o nome de erro experimental ou desvio experimental. VOCÊ SABIA? O termo erro experimental não tem relação com distração, descuido, engano ou falha na medição. O erro experimental não pode ser evitado, mesmo com todos os cuidados no procedimento experimental. ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS Ao expressar-se uma medição, é necessário incluir uma estimativa da incerteza do valor medido. Essa incerteza pode estar associada ao desvio-padrão de um conjunto de medições de uma mesma grandeza ou a incerteza estimada em uma única medição. EXEMPLO Para realizar a medição do comprimento de um prego, como na Figura 12, utiliza-se uma régua cujas menores divisões são em mm. Imagem: Paulo Godoy Figura 12: Medição do comprimento de um prego utilizando-se uma régua com escala de cm (menor intervalo de 1mm) A incerteza na medição realizada na Figura 13 pode ser estimada como sendo a metade da menor divisão da escala do instrumento utilizado. A estimativa da incerteza, nessa medição, é uma avaliação visual. Assim, o comprimento desse prego poderia ser: COMPRIMENTO = 0,85 ± 0,05CM Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal O resultado é representado com três algarismos significativos. A incerteza, ou o erro da medição, nesse caso, é representada com três algarismos significativos. A incerteza, nessa medição, é representada pela metade da menor divisão do instrumento utilizado, nesse caso, 0,5mm ou 0,05cm. Esse procedimento só deve ser adotado quando houver segurança na medição visual realizada. No caso do resultado da medição do prego, os algarismos significativos são representados pelos dois algarismos corretos e pelo primeiro algarismo duvidoso. Algarismos significativos = algarismos corretos + primeiro algarismo duvidoso 5,75 = 5,75 + 5,75 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Quanto maior for o número de algarismos significativos (maior o número de algarismos corretos), maior é a precisão da medição. OPERAÇÕES ARITMÉTICAS A adição ou a subtração de números que possuem algarismos significativos é feita com o alinhamento das casas decimais, sendo completados com zero, da mesma forma que a operação aritmética convencional. Ao final da operação, o resultado deve ser expresso com o mesmo número de algarismos significativos do número com menor precisão (menor número de algarismos significativos). EXEMPLO Suponha que se deseja somar os resultados das medições de três comprimentos: 25mm + 25,3mm + 25, 75mm. Deve-se alinhar os resultados da seguinte maneira: 25 mm 25,3 mm + 25,75 mm 76,05 mm O resultado obtido é 76mm. A multiplicação e a divisão de números significativos também seguem o mesmo procedimento. O resultado deve ser expresso com o mesmo número de algarismos significativos do número menos preciso da operação. EXEMPLO Considere os números 85,4mm e 85mm. A operação será realizada como: 85,4 mm X 85 mm 7259 O resultado da operação será escrito como 72 x 10+2mm2 ou 7,2 x 10+3mm2. REGRAS DE ARREDONDAMENTO O arredondamento de números é feito de acordo com as seguintes regras: ALGARISMOS 1, 2, 3 E 4 Arredondados para baixo, ou seja, os algarismos que estão à esquerda não são alterados (também é dito que são truncados): 2,72 = 2,7; 3,21 = 3,2; 7,84 = 7,8. ALGARISMOS 6, 7, 8 E 9 Arredondados para cima, ou seja, os algarismos que estão à esquerda são acrescidos de umaunidade: 2,88 = 2,9; 3,26 = 3,3; 6,86 = 6,9. NÚMERO 5 Alguns autores estabelecem que, caso o algarismo à esquerda do número 5 seja par, o resultado deverá ser truncado e, no caso de o número antecessor ao 5 ser ímpar, o resultado deverá ser arredondado. Dessa maneira, considerando-se o número 6,75, o resultado será 6,8; e para o número 6,65, o resultado será 6,6. CLASSIFICAÇÃO DOS ERROS De maneira geral, os erros podem ser divididos em: ERROS ESTATÍSTICOS ERROS SISTEMÁTICOS Os erros estatísticos, também chamados de erros aleatórios, são aqueles que ocorrem mesmo quando todos os cuidados com os procedimentos experimentais para minimizar as incertezas são tomados. Os erros estatísticos não podem ser eliminados e, por esse motivo, sua ocorrência durante uma medição deve ser sempre considerada. Os erros sistemáticos, por sua vez, são erros operacionais. Podem ocorrer por um desvio ou falha no procedimento experimental, como: Mudanças nas condições de execução do processo experimental (temperatura, umidade etc.). Falhas na execução do procedimento experimental, como o erro de paralaxe (que consiste em um desvio ou mau posicionamento durante a leitura dos dados de um experimento). ATENÇÃO Diferentemente dos erros estatísticos, os Erros Sistemáticos podem ser reduzidos ou, em alguns casos, eliminados com ajuste de parâmetros, calibração dos instrumentos ou correta execução dos procedimentos experimentais envolvidos. Contudo, existem limites para a eliminação de erros sistemáticos. Dentre esses limites, estão os erros associados aos instrumentos de medição e que não podem ser corrigidos, mesmo com a calibração. Esse erro “residual” é especificado pelo fabricante do instrumento e deve ser levado em considerado quando medições são realizadas. VARIÂNCIA E DESVIO-PADRÃO A variância permite perceber o quanto um conjunto de valores está do próximo ou distante de valor médio desse conjunto. ATENÇÃO Quanto maior a variância, mais distantes os valores estão da média. Quanto menor a variância, mais próximos os valores estão da média. A variância é calculada pela equação 5: equação 5 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal O desvio-padrão (σ) dá um indicativo da dispersão de um determinado conjunto de resultados em torno do valor médio de uma determinada amostra. Esse parâmetro indica a tendência de divergência que os valores mensurados apresentam diante da média dos valores. V ariância = (x1 − x) 2 + (x2 − x) 2 + (x3 − x) 2 +. . . +(xn − x) 2 n Em resumo, o desvio-padrão é capaz de identificar o “erro” em um conjunto de dados, informando o quão “confiável” é o valor medido, quando comparado com o valor real. O valor do desvio-padrão fornece um indicativo da incerteza padrão de todas as medidas realizadas. Esse parâmetro pode ser interpretado como o valor esperado (estatisticamente) para as próximas medições a serem realizadas. O desvio-padrão é obtido de acordo com a equação 6 a seguir: equação 6 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Por exemplo, suponha que 10 medições consecutivas de um procedimento experimental sejam realizadas. Os resultados experimentais e o valor médio (por meio da linha de tendência) estão exibidos na Tabela 6 e na Figura 13. Amostra Medição 1 2,25 2 2,75 3 2,25 4 2,75 5 2,75 6 2,75 7 2,25 8 2,25 9 2,75 σ = √V ariância Amostra Medição 10 2,25 Média 2,50 Variância 0,0625 Desvio-padrão 0,25 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela 6: Medições consecutivos de um procedimento experimental. Fonte: Paulo Godoy Imagem: Paulo Godoy Figura 13: Medições consecutivas de um procedimento experimental e linha de tendência Utilizando a equação 5, é possível calcular o valor da variância como 0,0625 e o desvio-padrão como 0,25. Dessa maneira, o valor da 1° medição poderia ser escrito como 2,25 ± 0,25. PROPAGAÇÃO DE ERROS OU DESVIOS Na determinação de grandezas indiretas (que são aquelas calculadas a partir da medição de outras grandezas físicas), o valor do erro ou da incerteza deve levar em consideração os erros de cada uma das grandezas envolvidas no cálculo. No cálculo da potência elétrica de um equipamento, pode-se utilizar o produto da tensão elétrica pela corrente, de acordo com a equação 7. P = V X I equação 7 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Nesse caso, os erros da tensão e da corrente devem ser considerados na determinação da potência. Assim, o desvio-padrão da potência deve ser calculado a partir da equação 8: equação 8 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Em que a e b indicam a influência das variáveis V e I na potência, e σV e σI são os desvios-padrão da tensão e da corrente, respectivamente. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. UM ENGENHEIRO REALIZOU A MEDIÇÃO DAS DIMENSÕES (COMPRIMENTO E LARGURA) DE UMA PLACA DE AÇO INOXIDÁVEL E OBTEVE OS SEGUINTES VALORES: COMPRIMENTO = 63,4CM E LARGURA = 63CM. AO INFORMAR A ÁREA DA PLACA, ELE UTILIZOU O SEGUINTE VALOR: A) 3.994,2cm2 B) 39.942cm2 C) 3,9 x 103cm2 σ¯̄¯̄ P = √a2σ2¯̄¯̄ V + b2σ2¯̄̄ I a = b = ∂P ∂V ∂P ∂I D) 39cm2 E) 3,9 x 102cm2 2. AO REALIZAR A MEDIÇÃO DO COMPRIMENTO DE UM PREGO, CONFORME A FIGURA A SEGUIR, O VALOR DA GRANDEZA E A INCERTEZA ESTIMADA SÃO: IMAGEM: PAULO GODOY A) 0,50 ± 0,05cm B) 0,50 ± 0,1cm C) 0,50 ± 0,5cm D) 1,55 ± 0,05cm E) 1,55 ± 0,1cm GABARITO 1. Um engenheiro realizou a medição das dimensões (comprimento e largura) de uma placa de aço inoxidável e obteve os seguintes valores: comprimento = 63,4cm e largura = 63cm. Ao informar a área da placa, ele utilizou o seguinte valor: A alternativa "C " está correta. 63,4 X 63 1902 +3804 3994,2 O resultado deve apresentar o número de algarismos significativos do fator menos preciso. Como a largura possui apenas dois algarismos significativos (63cm), o resultado também deve apresentar a mesma quantidade de algarismos (3994,2). Assim: 3994,2 --- 39,942 x 10+2 ---- 39 x 10+2 = 3,9 x 10+3cm2. 2. Ao realizar a medição do comprimento de um prego, conforme a figura a seguir, o valor da grandeza e a incerteza estimada são: Imagem: Paulo Godoy A alternativa "A " está correta. A escala possui a menor divisão de 0,1cm e a incerteza da escala é, consequentemente, a metade dessa menor divisão. Logo: 0,05cm. Visualmente, o prego se estende do valor 1 até 1,5cm. Então, o comprimento do prego seria: COMPRIMENTO = 1,50 – 1,00 = 0,50CM Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Logo, a medida do comprimento do prego será: 0,50 ± 0,05cm MÓDULO 4 Reconhecer os fundamentos e a importância do aterramento e da blindagem na instrumentação e seu papel na redução de ruído MÉTODOS DE REDUÇÃO DE RUÍDOS RUÍDOS Os ruídos são, essencialmente, caracterizados por sinais indesejados que interferem nas medições e que, normalmente, são provocados por fontes externas que influenciam negativamente no sinal. Podem ser separados em: RUÍDO DE INTERFERÊNCIA RUÍDO ALEATÓRIO Essas interferências podem ser produzidas por campos magnéticos ou por campos elétricos externos próximos aos sistemas de medições. VOCÊ SABIA? Motores, cabos de tensão, transformadores, entre outros, podem produzir campos magnéticos ou campos elétricos que interferem nos sistemas de medição localizados nas proximidades desses equipamentos. Os ruídos aleatórios são inerentes aos sistemas eletrônicos e ocorrem devido ao comportamento das cargas e dos elétrons nesses sistemas. Entre os tipos de ruídos de interferência, têm-se: ACOPLAMENTO CAPACITIVOS ACOPLAMENTO INDUTIVO ACOPLAMENTO GALVÂNICO TERRAS MÚLTIPLOS ACOPLAMENTOS MICRO-ONDAS OU RÁDIO FREQUÊNCIA INTERFERÊNCIA POR INTERMODULAÇÃO Nos sistemas de aquisição de sinais, a existência de campos elétricos nas proximidades dos pontos de conexão dos fios dos transdutores poderápromover um ruído na medição. Isso poderá ocorrer na medida em que o campo elétrico poderá gerar uma diferença de potencial, que será somado ao sinal de medição. Esse tipo de ruído também é chamado de acoplamento capacitivo. O efeito do campo elétrico é proporcional à frequência e inversamente proporcional à distância. O nível de perturbação depende das variações da tensão e do valor da capacitância de acoplamento. Alguns fatores contribuem para o aumento do acoplamento capacitivo, tais como: A frequência do sinal A distância entre os cabos A altura dos cabos em relação ao solo A impedância de entrada do circuito O isolamento dos cabos Imagem: Shutterstock.com De maneira similar, condutores elétricos que estejam conduzindo e localizados próximos aos fios que conectam os sistemas de aquisição de sinais podem produzir um fluxo magnético a partir dos circuitos que compõem esse sistema — Lei de Faraday. Desse modo, interferências poderão surgir nos fios desses sistemas de transmissão de sinais, podendo mascarar os sinais medidos. Esse tipo de ruído também é conhecido como acoplamento indutivo. A variação da corrente contribui para um aumento no acoplamento indutivo. Alguns fatores, similares aos do acoplamento capacitivo, também contribuem para o aumento do acoplamento indutivo, tais como: A frequência do sinal A distância entre os cabos paralelos A altura dos cabos em relação ao solo A impedância de carga do cabo Quando sistemas diferentes possuem aterramentos diferentes, uma diferença de potencial é estabelecida entre eles, promovendo um acoplamento indesejado entre os sistemas por meio de um acoplamento direto. Esse tipo de ruído é chamado de acoplamento galvânico. Um instrumento que possua diversas ligações para a terra (diversos aterramentos) pode possibilitar a produção de uma interferência nos sistemas de medição, pela existência de uma diferença de potencial entre os pontos de aterramento. Esse ruído é chamado de terras múltiplos. Sistemas de radiofrequência ou micro-ondas podem promover interferência nos sistemas de medição. Essas interferências são chamadas de acoplamentos micro-ondas ou rádio frequência. Esse tipo de interferência ocorre quando os circuitos de transmissão utilizados estão sintonizados na mesma frequência do sistema afetado. Esses ruídos são provocados por transmissões de ondas eletromagnéticas. Entre os principais causadores desse tipo de ruído pode-se citar os equipamentos de comunicação de rádio, sistemas de vídeo, celulares, entre outros. Mais recentemente, a Anatel passou a exigir certificação de drones contra interferências de RF, tendo em vista que drones podem gerar energia de radiofrequência como parte normal de sua operação. Os sinais de interferência podem ser ou não transmitidos intencionalmente, promovidos por defeitos ou características indesejadas. Para causar problemas, não é necessário que o sinal interferente esteja exatamente na mesma frequência do sistema afetado. Imagem: Shutterstock.com Sinais de RF que estejam próximos da frequência operacional podem provocar interferência. Frequências harmônicas e múltiplas das frequências de operação também representam um problema, tendo em vista que essas frequências provocam o fenômeno da ressonância. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determina que os fabricantes projetem seus produtos de maneira a não provocarem esse tipo de interferência. A interferência por intermodulação é causada pela combinação interna de sinais de rádio de alguns equipamentos, meios de transmissão ou dispositivos associados. VOCÊ SABIA? A intermodulação é um tipo diferente de interferência pelo fato de ser gerada no próprio circuito afetado por ela, e não diretamente por alguma fonte externa. A interferência devida à intermodulação é causada por sinais fortes, que geralmente não estão próximos da frequência afetada. Esses sinais fortes sobrecarregam o circuito, fazendo com que ele gere internamente frequências harmônicas dos sinais fortes. Essas frequências harmônicas combinam-se para produzir outra frequência que não originalmente presente no equipamento. Essa nova frequência criada recebe o nome de produto da intermodulação e pode promover interferência no circuito. O aterramento de um sistema de aquisição de sinais e da fonte de alimentação de um sistema não estão no mesmo nível de potencial. Essa diferença de potencial é denominada de modo comum e pode promover o aparecimento de ruídos no sistema de medição. Um aterramento adequado é suficiente para atenuar esse tipo de ruído, conhecido por laços de terra. MÉTODOS DE ATENUAÇÃO DE RUÍDOS Um dos principais métodos de atenuação de ruídos é a separação física dos sistemas. Como os acoplamentos capacitivo e indutivo ocorrem pela proximidade dos condutores elétricos com os sistemas de medição, esse acoplamento é inversamente proporcional à distância. Ou seja, quanto maior a distância entre os condutores e o sistema, menor será o acoplamento e, consequentemente, a interferência. A redução do acoplamento capacitivo pode ser obtida com: O limite do comprimento dos cabos O aumento da distância entre os cabos O aterramento das blindagens A redução na variação da tensão Outra forma de se atenuar o acoplamento indutivo é a utilização de fios e pares trançados, também chamada de blindagem eletromagnética (Figura 14). As diferentes direções das correntes nos cabos fazem com que os campos magnéticos se cancelem. Esse tipo de topologia atenua o efeito do acoplamento indutivo. Imagem: Paulo Godoy Figura 14: Atenuação de ruído por pares trançados De maneira similar, o acoplamento indutivo pode ser reduzido com a adoção de algumas medidas, tais como: Limite do comprimento dos cabos paralelos Aumento na distância entre os cabos Aterramento das blindagens Utilização de cabos entrelaçados (par trançado) Limite na altura dos cabos em relação ao solo Utilização de núcleos de ferro ou filtros eletromagnéticos Redução na variação da corrente Outro artifício que pode ser adotado no distanciamento é a grade eletrostática ou blindagem eletrostática. A grade eletrostática ou a gaiola de Faraday (Figura 15) é utilizada como uma capa protetora para o sistema, na medida em que todo o sistema se encontra cercado por grades metálicas aterradas. Contudo, esse método pode apresentar o problema dos terras múltiplos. Imagem: Paulo Godoy Figura 15: Atenuação de ruído por gaiola de Faraday A utilização de cabos blindados (Figura 16) reduz consideravelmente a interferência, uma vez que diminui os efeitos das interferências dos acoplamentos micro-ondas e das rádios frequências. Essa blindagem também possui similaridades com a grade eletrostática. Imagem: Paulo Godoy Figura 16: Atenuação de ruído por cabos blindados A utilização de canaletas metálicas pode auxiliar a redução dos ruídos e facilitar o aterramento das instalações. Entretanto, o espaçamento entre as canaletas pode facilitar a perturbação gerada pelo campo magnético (acoplamento indutivo). Além disso, essa descontinuidade pode facilitar a diferença de potencial entre cada segmento da canaleta. No caso de um surto de corrente, descarga atmosférica ou curto-circuito, a falta de continuidade elétrica não permitirá que a corrente circule pela canaleta de alumínio e, consequentemente, não protegerá o circuito. O ideal é que se una cada canaleta com a maior área de contato possível, aumentando proteção ao acoplamento indutivo. O uso de um condutor ao lado da canaleta servirá para garantir um caminho alternativo às correntes, caso haja aumento de resistência nas junções entre os segmentos. A condição ideal de aterramento para uma planta e suas instalações é quando se obtém o mesmo potencial em qualquer ponto. Isso pode ser conseguido com a ligação de todos os sistemas de aterramento a partir de um condutor de equalização de potencial. Assim, para qualquer pessoa dentro da planta, mesmo se houver aumento das tensões presentes,não haverá o risco de choque elétrico, uma vez que todos os elementos estarão com o mesmo potencial de terra. O uso de um único aterramento pode reduzir os efeitos dos terras múltiplos. Contudo, esse tipo de topologia não é compatível com os sistemas de aterramento utilizados nos sistemas de proteção a descargas atmosféricas (SPDA), que preveem o uso de terras múltiplos. Essencialmente, um sistema deve possuir: Um aterramento elétrico Um aterramento da instrumentação Um aterramento intrinsecamente seguro O aterramento elétrico tem como principal objetivo a proteção do equipamento elétrico e dos operados contra choques. É conhecido como aterramento de proteção. Esse aterramento deve seguir as normas da ABNT NBR 5410. O aterramento da instrumentação (blindagens e cabos) deve ser separado do aterramento elétrico. Esse aterramento também é chamado de referência, servindo como loop do instrumento. O aterramento intrinsecamente seguro é fundamental para instalações em ambientes potencialmente explosivos (que apresentam risco de explosão). O objetivo é manter um nível mínimo de resistência, garantindo que qualquer corrente elétrica anormal possa ser aterrada. Outro ruído bastante comum é produzido pela reflexão do sinal. Essa reflexão ocorre quando um sinal é transmitido ao longo de um meio de transmissão — um cabo de cobre ou fibra óptica — e parte da energia do sinal é refletida de volta para sua origem. Isso pode acontecer por: Imperfeições no cabo Mudança de impedância ao longo da linha de comunicação Falta de terminadores Comprimento total além do permitido Os pontos mais prováveis para reflexões são as conexões ou junções do cabo ou pontos. A curvatura mínima do cabo não é respeitada. A utilização de filtros passivos ou ativos permite eliminar as interferências quando utilizadas de maneira adequada. Por exemplo, o uso de amplificadores operacionais tende a atenuar os sinais de modo comum, o que pode reduzir significativamente os ruídos nos sinais medidos. ATENÇÃO Enfim, aterramento e blindagem são fundamentais para garantir a integridade dos dados de uma planta industrial. Funcionamento intermitente e erros grosseiros em medições podem ser provocados ou intensificados por más instalações. Os efeitos de ruídos podem ser minimizados com técnicas adequadas de projetos, instalação, distribuição de cabos, aterramento e blindagens. Aterramentos inadequados podem ser fontes de potenciais indesejados e perigosos, capazes de comprometer a operação efetiva de um equipamento ou o próprio funcionamento de um sistema. VOCÊ SABIA? O aterramento em áreas classificadas (atmosferas potencialmente explosivas) precisa estar de acordo com a NBR 5418 para aterramento e ligação com sistema equipotencial de sistemas intrinsecamente seguros. Um circuito intrinsecamente seguro deve flutuar ou estar ligado ao sistema equipotencial associado com a área classificada em somente um ponto. O nível de isolação requerido deve ser projetado para suportar 500V no ensaio de isolação de acordo com 6.4.12 da IEC 60079-11. Mais de uma conexão ao terra é permitida no circuito, desde que este seja dividido em subcircuitos galvanicamente isolados, e cada qual esteja aterrado somente em um ponto. Blindagens devem ser conectadas a terra ou à estrutura de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-14. Preferencialmente, todos os equipamentos e as bandejas de cabos devem estar conectados ao sistema de linha equipotencial. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. UM ENGENHEIRO QUE DESEJE REDUZIR O EFEITO DA INTERFERÊNCIA EM UM SISTEMA DE AQUISIÇÃO DE DADOS DE UMA PLANTA INDUSTRIAL NÃO DEVE: A) Utilizar cabos aterrados. B) Instalar o sistema utilizando cabos trançados. C) Instalar os cabos da instrumentação próximos aos cabos elétricos. D) Utilizar uma gaiola de Faraday. E) Aumentar a distância entre os cabos. 2. A UTILIZAÇÃO DE UM ATERRAMENTO EM COMUM PARA A INSTALAÇÃO ELÉTRICA E A INSTALAÇÃO DA INSTRUMENTAÇÃO NÃO É ADEQUADA POR QUAL MOTIVO? A) Aumenta a possibilidade de ruído capacitivo. B) Amplia a possibilidade de ruído indutivo. C) Aumenta o risco de interferência por radiofrequência. D) Aumenta o risco de ruídos por laços de terra. E) Aumenta o risco de ruídos por terras múltiplos. GABARITO 1. Um engenheiro que deseje reduzir o efeito da interferência em um sistema de aquisição de dados de uma planta industrial não deve: A alternativa "C " está correta. A aproximação dos cabos de instrumentação de cabos elétricos tende a aumentar o risco de ruídos capacitivos e indutivos. 2. A utilização de um aterramento em comum para a instalação elétrica e a instalação da instrumentação não é adequada por qual motivo? A alternativa "D " está correta. O aterramento elétrico e o aterramento da instrumentação devem ser instalados separadamente. O aterramento elétrico tem como objetivo a proteção do equipamento elétrico e o aterramento da instrumentação reduz a interferência dos ruídos (capacitivo, indutivo, loop etc.) que afetam os sinais mensurados. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS No primeiro módulo, foram apresentados os conceitos fundamentais sobre grandezas físicas. Foram introduzidos os conceitos de unidades de medidas e apresentados os principais sistemas de medição, incluindo o Sistema Internacional de Unidades e os conceitos de grandezas fundamentais e derivadas. Noções de ordem de grandeza, notação científica e conversão de unidades de medida também foram apresentados. No segundo módulo, foram introduzidas as grandezas analógicas. Foi ilustrada a diferença entre sinais analógicos e digitais e apresentada a noção de sinais periódicos, incluindo as noções de período e frequência. Também foram introduzidas a ideia de resolução e a definição de intervalos em uma escala de medida. No terceiro módulo, foi apresentado o conceito da teoria e da propagação de erros. O conceito de algarismos significativos, as regras de arredondamento e a classificação dos erros também foram apresentados. Além disso, as noções de variância, desvio-padrão e propagação de erros e desvios também foram ilustradas. No último módulo, foi apresentada a importância dos aterramentos para redução dos ruídos de medição. Algumas das principais causas de ruídos de medição foram apresentadas e as principais técnicas de aterramento para redução desses ruídos foram descritas. Também foram destacadas a importância da utilização do tipo de aterramento adequado e a necessidade de separação de aterramentos com finalidades distintas. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410 – instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. BALBINOT, A.; BRUSAMARELLO, V. J. Instrumentação e fundamentos de medidas – Vol. 1. Rio de Janeiro: Livros Técnico e Científicos, 2010. BALBINOT, A.; BRUSAMARELLO, V. J. Instrumentação E Fundamentos de Medidas. Vol. 2 . Rio de Janeiro: Grupo Gen-LTC, 2000. BEGA, E. A. Instrumentação industrial. Rio de Janeiro: Interciência, 2006. CAPELLI, A. Aterramento elétrico. Saber Eletrônica, v. 329, p. 56-59, 2000. CASTELETTI, L. F. Instrumentação industrial. v. 10, p. 04-14, 2013. Colégio Politec. Consultado em meio eletrônico em: 10 dez. 2020. CREDER, H. Instalações elétricas. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2007. FIALHO, A. B. Instrumentação industrial: conceitos, aplicações e análises. São Paulo: Saraiva Educação, 2002. GIÃO, R. A.; ROCHA, A. Divisão de Comunicação Social. Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM). Duque de Caxias: Inmetro, 2012. HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física 1: mecânica. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1996. LUNET, N.; SEVERO, M.; BARROS, H. Desvio-padrão ou erro padrão. Arquivos de Medicina, v. 20, n. 1-2, p. 55-59, 2006. MATUO, C. Y.; MARINELLI, J. R. Importância do cálculo da propagação de erros em um experimento de atrito estático. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 24, n. 1, p. 132-139, 2007. MORENO, H.; COSTA, P. F. Aterramentoelétrico. São Paulo: Procobre, 1999. PEREIRA, E. L. et al. Propagação de erros e incertezas em experimentos. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, v. 14, n. 2, p. 1136-1151, 2016. TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros. Vol. 1: física moderna: mecânica quântica, relatividade e a estrutura da matéria . Rio de Janeiro: Grupo Gen-LTC, 2000. EXPLORE+ Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, recomendamos as seguintes leituras: NBR 5410:2004, a NBR 7117, a NBR 15749, a NBR 16527 e a NBR 16254, para entender melhor sobre aterramentos A norma NBR NM ISSO 7347, para auxiliar no aprendizado sobre erros sistemáticos e propagação O VIM 2012, para compreender os termos aplicados em metrologia CONTEUDISTA Paulo José Godoy da Silva
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