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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA Luciano Borges dos Santos Matrícula: 01513677 Curso: Engenharia de Produção Agora que estudamos os pontos mais importantes da disciplina, é hora de realizarmos a atividade final. Procurando estimular o senso de investigação e criatividade do aluno, esta atividade propõe que você imagine que construiu uma montanha-russa, ou seja, uma estrutura com duas elevações que permitiu que um objeto chegasse ao seu topo e despois descesse. Indique os materiais que seriam usados para a construção da montanha-russa. Ela poderá ter qualquer altura, desde que consiga realizar o percurso completo, que também será definido de forma livre. O objeto que será utilizado como “carrinho” para percorrer o percurso da montanha-russa é de livre escolha. Use sua criatividade. 1º) - O objeto pode ser liberado já no ponto mais alto. No final da montanha- russa, deixe um caminho horizontal e retilíneo livre para o objeto percorrer. Este caminho pode ser de qualquer textura. Após imaginar toda a montanha-russa, faça um vídeo de, no mínimo, um minuto e no máximo sete, explicando todo o percurso do objeto. No vídeo, apresente a altura da posição inicial em relação ao chão (especifique o plano horizontal de referência caso o chão não seja utilizado). 2º) – Deve ser mostrado também: a altura da outra elevação (caso haja mais elevações, identificar suas alturas), em metros; o tempo decorrido do início ao final do percurso da montanha-russa, em segundos; a extensão total do percurso da montanha-russa, em metros; o trabalho realizado sobre o objeto na montanha-russa, em Joules; a distância percorrida pelo objeto ao sair da montanha-russa em metros. 3º) – É permitido usar desenhos para ilustrar a explicação e/ou filmar uma folha de papel ou tela do computador com todos os dados. Resolução: Originada no século XV na Rússia, as montanhas-russas surgiram quando, pessoas dessa região tinha como lazer, descer pequenas elevações de gelo que existiam nessas regiões. Essa diversão (brincadeira) utilizando trenós, despertou o interesse de grandes empresas da época até surgir por volta de 1812 a primeira montanha-russa. Nos Estados Unidos, as montanhas-russas surgiram por volta do ano de 1884, utilizando como modelo outros tipos de montanhas-russas que já existiam ao redor do mundo. E depois de muitos anos esses equipamentos passaram por grandes mudanças até chegar ao nível que conhecemos hoje. Porém, como o nosso foco nesse trabalho não é conhecer profundamente a história do surgimento da montanha-russa, mas simular e realizar experimento para que seja possível compreender o seu devido funcionamento através de conhecimento prévio sobre a energia cinética e a energia potencial envolvidas quando esse equipamento está em funcionamento. Dessa forma, podemos dizer que a energia cinética é ou trata-se da capacidade que um determinado corpo tem de realizar movimentos, ou seja, ela está associada diretamente com a velocidade. Já a energia potencial refere-se a uma forma de energia que está relacionado com a altura do objeto em relação ao solo. Quanto mais alto um objeto ou corpo estiver, de fato maior será sua energia potencial. Em nosso projeto de montanha-russa (conforme figura 1), hipoteticamente ela foi construída com estruturas de aço, possui trilhos e o carrinho, com 200kg, não motorizado, feito de tubos de aço revestido com fibras e rodas fixadas por garras nos trilhos. Os freios magnéticos garantem a parada total com segurança dos carrinhos. Ela possui duas elevações. A primeira elevação é o ponto A, de onde o carrinho parte e possui uma altura de 30 metros, na sequência, existe mais uma elevação de 20 metros de altura e logo em seguida um trecho de tamanho médio e retilíneo (na horizontal). Para que a pessoas cheguem no ponto mais alto da montanha-russa, existe um elevador que transporta os passageiros e os levam para o ponto mais alto de partida (ponto A). Portanto, no ponto mais alto da montanha-russa, o carrinho tem uma superpotência, que durante a queda é convertida em energia cinética, desta forma, podemos calcular o tempo de queda até o chão, a velocidade em segundos e a distância percorrida. Vamos visualizar agora o desenho da montanha-russa para ilustrar e entendermos o seu funcionamento e os tipos de energias envolvidas nesse “brinquedo” de diversão. Figura 1 – Montanha-Russa Fonte: Luciano Borges (2022) Vamos achar agora o tempo decorrido do início ao final do percurso da montanha-russa: Considerando a aceleração da gravidade como sendo de 10m/s², desprezando a resistência do ar e do atrito, podemos calcular o tempo de queda do carrinho nos dois pontos utilizando a fórmula da queda livre na vertical, ou seja: hi � hf � Vo . t � �� � onde temos: hi = Altura inicial hf = Altura final g = aceleração da gravidade de 10m/s vo = velocidade inicial. Aplicando na primeira elevação temos: 30 � 0 � 0 . t � ��.� � 30 = 5t� t� = �� � = 15 √15 = 3,87s Aplicando na segunda elevação temos: 20 � 0 � 0 . t � ��.� � 20 = 5t� t� = �� � = 10 √10 = 3,16s Resposta: Agora somamos os dois tempos, ou seja, 3,87 + 3,16 para acharmos o tempo que o carrinho levou para percorrer do ponto A até o Ponto B, que nesse caso foi de 7,03 segundos. Para acharmos extensão total do percurso da montanha-russa, primeiro vamos achar a velocidade do carrinho através de fórmula especifica para calcular a velocidade de corpos, especificamente de corpos em queda livre, ou seja, quando não há nenhum impulso para acelera-los, ou seja: V = vo = g.t, onde temos: Vo = Velocidade inicial, g = Aceleração da gravidade e t = tempo. Aplicando temos: V = 0 + 10 x 3,87 = 38,7 m/s Agora podemos achar a distância percorrida pelo carrinho da montanha-russa, ou seja, a extensão total do percurso da montanha-russa usando fórmula especifica D = V. t, ou seja, esta formula descreve o deslocamento percorrido por um móvel em Movimento Uniforme de velocidade constante. Assim temos: D = 38,7 x 7,03 = 272,061. Resposta: Ou seja, a distância percorrida pelo carrinho da montanha-russa do ponto inicial até o ponto final do percurso é de 272,061 metros. E para finalizar, vamos achar agora o trabalho realizado pelo carrinho da montanha-russa com a seguinte fórmula: EC = m x g x hA – m x g x hB m x g (hA – hB), onde temos: EC = energia cinética, m = massa do carrinho, g = aceleração da gravidade, hA = Altura do Ponto A e hB = Altura do Ponto B. Aplicando temos: EC = 200 x 10 (30 – 20) EC = 2000 x 10 = 20.000. Resposta: Ou seja, o trabalho realizado pelo carrinho da montanha-russa do ponto inicial até o ponto final do percurso é de 20.000J. Conclusão Nessa atividade contextualizada foi considerada, hipoteticamente, a construção de uma montanha-russa com 272,061 metros de extensão, com um ponto elevado de 30m de altura e outro de 30 metros de altura. Nessa montanha-russa não há inversões (conhecida como loopings). O tempo para percorrer é de 7,03 segundos e o trabalho realizado pelo carrinho da montanha-russa do ponto inicial até o ponto final do percurso foi de 20.000J. A subida do carrinho na montanha-russa é onde ocorre o armazenamento de energia potencial. Esse é o momento fisicamente mais importante de todo o percurso, pois é onde o carrinho irá acumular a energia que precisa para chegar até o final do percurso. Esse movimento de subida utiliza trilhos para fazer o carrinho chegar ao ponto mais alto da montanha. Dessa forma, ao chegar ao topo não será mais necessário o uso das correntes e a energia potencial é máxima. Quando o carrinho começa a descer, quem faz o trabalho de puxá-lo é apenas a gravidade até o final do percurso. Logo em seguida da descida vem a queda livre. Toda a energia potencial que estava armazenada será convertida em energia cinética. Ou seja, quanto mais altofor o primeiro topo (ou seja, mais energia potencial), mais velocidade o carrinho vai ganhar na descida ou mais energia cinética. Referências bibliográficas HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física 1, 8ºed. Livros Técnicos e Científicos Editora S/A, 2008 HALLY DAY, D, RESNICK, R.; KRANE, K.S, Física.1,5ª Ed, LTC - Livros Téc. e Científicos S.A., Rio TIPLER, Paula; MOSCA, Gene. Física para cientista e engenheiros: cientista e engenheiros. 6. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 2009. 372 p. Volume 1. TIPPLER, P. A., MOSCA, G., Física para Cientistas e Engenheiros – Vol. 1. 6ª Edição. Livros Técnicos e Científicos Editora S/A. 2009 WALKER, Jearl. Fundamentos de física 1: mecânica. 8. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 2009. 372 p. Volume 1. YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A.. FÍSICA I: mecânica. 12. ed. Rio de Janeiro: Pearson, 2008. 413 p.