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Biossegurança na Enfermagem

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© Copyright - Ensino Nacional - http://www.EnsinoNacional.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- MÓDULO: BIOSSEGURANÇA NA 
ENFERMAGEM - 
 
 
 
 
 
© Copyright-Todos os direitos reservados. 
A reprodução não autorizada destes materiais, no todo ou em parte, constitui violação de direitos autorais. 
(Lei nº 9.610). 
 
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O QUE É BIOSSEGURNAÇA 
 
• Existem várias definições para 
biossegurança, podendo ser definida como 
ciência, conduta, conjunto de ações, etc. 
• O ponto comum em todas as definições é 
a noção de controle dos riscos. 
• A ANVISA (Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária) define biossegurança como 
condição de segurança alcançada por um 
conjunto de ações com o objetivo de prevenir, 
controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes 
às atividades que possam comprometer a saúde 
humana, animal e o meio ambiente. 
• É um conjunto de ações, procedimentos, técnicas, metodologias, 
equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos 
inerentes as atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento 
tecnológico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do 
homem, dos animais, meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos 
desenvolvidos. 
• O princípio básico da biossegurança é o controle de riscos, sendo um 
elemento considerável do esforço gradual da busca de proteção contra as 
ameaças à vida humana. 
Obs: No Brasil, a biossegurança está formatada legalmente para os processos 
envolvendo organismo geneticamente modificados e questões relativas a pesquisas 
científicas com células-tronco embrionárias, de acordo com a Lei de Biossegurança 
n° 11.105 de 24 de março de 2005. O órgão regulador dessa Lei é a Comissão 
Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). 
• Existem duas vertentes da biossegurança no Brasil: a legal e a praticada. 
• A legal está voltada à manipulação de organismos geneticamente 
modificados (OGMs) e a de células tronco. 
• A praticada está relacionada aos riscos químicos, físicos, biológicos, 
ergonômicos e de acidentes encontrados nos ambientes laborais, amparada 
pelas normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 
Resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), do 
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), entre outras. 
• A biossegurança está presente em locais como hospitais, indústrias, 
laboratórios de saúde pública, laboratórios de análises clínicas, 
universidades, hemocentros, etc. 
• O objetivo é prevenir os riscos gerados pelos agentes químicos, físicos e 
ergonômicos, relacionados com processos onde o risco se encontra presente ou 
não. 
 
 
RISCOS 
 
 
De acordo com a Portaria do Ministério do Trabalho, MT nº 3214, de 1978, 
os riscos podem ser: riscos de acidentes, riscos ergonômicos, riscos físicos, riscos 
químicos e riscos biológicos. 
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1  Riscos de Acidentes 
• O risco de acidente é qualquer fator que coloque o trabalhador em situação 
de perigo e possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral. 
• Ex: máquinas e equipamentos sem proteção, arranjo físico inadequado, etc. 
 
2  Riscos Ergonômicos 
• É qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do 
trabalhador causando desconforto ou afetando sua saúde. 
• Ex: ritmo excessivo de trabalho, postura inadequada de trabalho, etc. 
 
3  Riscos Físicos 
• São as diversas formas de energia a que os trabalhadores possam estar 
expostos. 
• Ex: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações 
ionizantes e não ionizantes, etc. 
 
4  Riscos Químicos 
• São as substâncias, compostas ou produtos que 
possam penetrar no organismo pela via 
respiratória, nas formas de poeiras, fumos, 
névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela 
natureza da atividade de exposição, possam ter 
contato ou ser absorvido pelo organismo através da 
pele ou por ingestão. 
 
5  Riscos Biológicos 
• São considerados agentes de risco biológico, as 
bactérias, fungos, parasitos, vírus, entre outros. 
• Os agentes de risco biológico podem ser distribuídos em quatro classes, por 
ordem crescente de risco, classificados segundo os seguintes critérios: 
patogenicidade para o homem; virulência; modos de transmissão; 
disponibilidade de medidas profiláticas eficazes; disponibilidade de 
tratamento eficaz; endemicidade. 
 
 
CLASSES DE RISCO BIOLÓGICO 
 
 
Classe de Risco I 
Escasso risco individual e comunitário: o micro-organismo tem pouca 
probabilidade de provocar enfermidades humanas ou enfermidades de importância 
veterinária. 
 
Classe de Risco II 
Risco individual moderado, risco comunitário limitado: a exposição ao 
agente patogênico pode provocar infecção, porém, se dispõe de medidas eficazes de 
tratamento e prevenção, sendo o risco de propagação limitado. 
 
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Classe de Risco III 
Risco individual elevado, baixo risco comunitário: o agente patogênico pode 
provocar enfermidades humanas graves, podendo propagar-se de uma pessoa 
infectada para outra, entretanto, existe profilaxia e/ou tratamento. 
 
Classe de Risco IV 
Elevado risco individual e comunitário: os agentes patogênicos representam 
grande ameaça para as pessoas e animais, com fácil propagação de um indivíduo ao 
outro, direta ou indiretamente, não existindo profilaxia nem tratamento. 
 
 
TIPOS DE RISCOS OCUPACIONAIS DA ENFERMAGEM 
 
 
• Os profissionais de saúde em seu ambiente de trabalho estão expostos a 
inúmeros riscos. 
• O ambiente hospitalar é um local tipicamente insalubre, pois propicia a 
exposição a riscos inerentes ao desenvolvimento de suas atividades. 
• Os trabalhadores de enfermagem estão expostos a inúmeros riscos que podem 
causar agravos à sua saúde, acidentes de trabalho e/ou doenças, 
principalmente durante a assistência ao cliente. 
• Essa exposição pode trazer consequências para a saúde 
do trabalhador em vários aspectos: físico, psíquico, emocional 
e social. 
• É obrigatório que as instituições implantem uma 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), assim 
como a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) 
e os programas PPRA (Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais) e PPRO (Programa de Prevenção de Riscos 
Ocupacionais) nas unidades que atuarão juntamente com a 
participação dos profissionais. 
• As instituições também devem garantir treinamentos e 
capacitações periódicas para os profissionais, preparando-os 
para o cumprimento das normas estabelecidas. 
• A Norma Regulamentadora NR-32 tem como 
finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implantação 
de medidas de proteção à segurança e à saúde dos 
trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades 
de promoção e assistência à saúde em geral. 
• A identificação precoce dos riscos ocupacionais a que a equipe de 
enfermagem está exposta ajuda na prevenção e no controle dos riscos e 
acidentes de trabalho, reduzindo os danos à saúde do trabalhador. 
• Durante a assistência ao paciente, os trabalhadores de enfermagem estão 
expostos à inúmeros riscos ocupacionais, causados por fatores químicos, 
físicos, mecânicos, biológicos, ergonômicos, que podem ocasionar doenças 
ocupacionais e acidentes de trabalho. 
 
Fatores 
• A enfermagem é uma profissão de risco devido à exposição à qual o 
profissional se submete diariamente. 
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• Veja alguns dos principais fatores que levam a ocorrência dos riscos 
ocupacionais: 
1. Número insuficiente de funcionários: isso ocasionada uma sobrecarga de 
trabalho. 
2. Sobrecarga de trabalho: o trabalho de enfermagem é desgastante. Além da 
sobrecarga de horário e de funções, que levam à insegurança no trabalho, 
aumentandoa responsabilidade profissional, muitas vezes com recursos 
inadequados, o que prejudica o bom andamento de suas funções. Essa 
sobrecarga pode interferir na qualidade de vida dos trabalhadores. 
3. Rodízio de turnos dos plantões noturnos: trabalho noturno pode causar um 
impacto negativo na saúde do trabalhador. 
4. Desgaste mental e emocional: o desempenho do profissional quando afetado 
acarreta em falhas de percepção e dificuldades de concentração nas tarefas a 
serem executadas. O estado mental e emocional do profissional pode levar ao 
estresse e as doenças ocupacionais causadas pelo estresse. 
5. Condições físicas impróprias: as principais queixas apresentadas por 
trabalhadores de enfermagem são: doenças infectocontagiosas, cardiovasculares, 
reações alérgicas, fadigas, contusões, além de lombalgias e distúrbios 
osteomusculares, relacionados ao transporte e movimentação de pacientes, 
organização do ambiente de trabalho com posturas inadequadas, entre outros. 
6. Falta de capacitação profissional: a falta de capacitação profissional contribui 
para a ocorrência de riscos ocupacionais. Isso evidencia a necessidade de criação 
de estratégias direcionadas a estes profissionais, visando à prevenção de 
acidentes durante o trabalho. 
7. Exposição às substâncias tóxicas: este é um dos riscos químicos. Os elementos 
químicos são usados com a finalidade de limpeza, desinfecção e esterilização. 
8. Exposição ocupacional: os profissionais de enfermagem são os que mais 
permanecem em contato físico com os doentes. Dessa maneira, o material 
biológico é o principal risco ao qual o profissional está exposto. 
9. Indisposição ou mau uso dos Equipamentos de Proteção Individuais - EPIs: 
o trabalho realizado no ambiente hospitalar é arriscado e insalubre, fazendo com 
que os trabalhadores realizem suas tarefas sem proteção adequada, sem o uso de 
EPI ou quando estes não se encontram disponíveis pela instituição. É necessário 
que a NR 32 seja cumprida, especialmente no quesito que se refere à exigência 
das instituições de disponibilizarem os EPIs para serem usados pelos 
profissionais. 
10. Condições inapropriadas de trabalho: na maioria das vezes é o contrato de 
trabalho que define as condições de trabalho, compreendendo a carga horária, a 
jornada, as atividades, a remuneração e outros aspectos que muitas vezes não 
condizem com a função realizada. A vida do trabalhador sofre influência do 
processo de trabalho em vários aspectos de ordem social, como organização do 
trabalho, distâncias da residência, inexistência de creches, entre outros que 
provocam sensação de desconforto e aborrecimento. À vista disso, os 
profissionais ficam sem condições adequadas de trabalho, gerando insegurança, 
medo, carga horária extensa, baixos salários, etc. 
11. Ambiente de trabalho: no próprio ambiente de trabalho existem fatores que 
interferem na saúde do trabalhador, como por exemplo, a climatização do local, 
exposição a ruídos sonoros, entre outros. 
 
 
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PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR 
 
 
• Os hospitais são instituições muito antigas na história da humanidade e foram 
criados para assistir ao paciente em seus momentos finais. 
• Hoje em dia, devido a avanços científicos, oferecem aos pacientes os serviços 
diagnósticos e terapêuticos mais atualizados. 
Obs: Ignaz Semmelweis é considerado o pioneiro nos esforços do controle da 
infecção hospitalar. Ele descobriu a importância de lavar as mãos para o controle de 
infecções. 
• As infecções hospitalares estão entre os agravos mais antigos e graves à saúde. 
• A ferramenta mais eficaz no controle de infecções é o processo de coletar 
sistematicamente dados, analisar e instituir medidas de prevenção. 
• Infecção hospitalar (IH) pode ser definida como a infecção adquirida durante 
a hospitalização e que não estava presente ou em período de incubação por 
ocasião da admissão do paciente. 
• Pode se manifestar durante a internação ou mesmo após a alta, quando puder 
ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. 
• Em geral, são diagnosticadas a partir de 48 horas após a internação. 
• As infecções hospitalares aumentam o tempo de hospitalização do paciente, 
elevando os custos do tratamento. 
• A infecção hospitalar pode ser atribuída às condições próprias do paciente 
com dificuldade em conviver com as bactérias que lhe colonizam a pele. 
• Devido a isso, nem sempre é possível afirmar que o hospital ou sua equipe 
tenha cometido um erro. 
• Isto ficará demonstrado somente se as normas apropriadas de tratamento não 
tiverem sido seguidas ou se a infecção resultou de desempenho incompatíveis 
com os padrões da instituição. 
• As infecções podem ocorrer ainda por falhas no processo de assistência, que 
elevem o risco de aquisição de infecções para os pacientes: falhas no processo 
de esterilização, falhas no preparo de medicações parenterais, falhas na 
execução de procedimentos invasivos, etc. 
• O Ministério da Saúde instituiu a Portaria nº 196 em junho de 1983, 
determinando que todos os hospitais do país deverão manter Comissão de 
Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), independente da entidade 
mantenedora. 
• Além da Portaria nº 196/83, o Ministério da Saúde publicou as Portarias de nº 
930/92 e 2.616/98, que normatizam e regulamentam medidas de prevenção e 
controle de infecção hospitalar. 
• Ainda sobre o tema, a Lei Federal nº 9.431/97, torna obrigatória a manutenção 
de um programa de controle de infecções hospitalares pelos hospitais do país. 
• Já a Portaria nº 2.616/98 expediu em forma de anexos, diretrizes e normas 
para a prevenção e o controle de infecções hospitalares. 
• A Lei nº 9.782/99 criou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(ANVISA), e neste mesmo ano o programa nacional de Controle de Infecção 
Hospitalar passou a ser responsabilidade deste órgão. 
• No Brasil, apesar de muitos esforços, a situação do controle de infecção ainda 
enfrenta uma realidade adversa do que pode se julgar satisfatório. 
• Há carência de recursos humanos e materiais nas instituições de saúde, 
ausência de CCIHs atuantes, ou ainda profissionais exercendo a função sem 
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conhecimento adequado da atividade que resultam em elevadas taxas de 
infecção hospitalar. 
• É necessário um maior compromisso dos dirigentes, tanto com a 
administração dos hospitais quanto pelo cumprimento da legislação. 
• Também é preciso ampliar os programas de orientação para a prevenção e 
controle das Infecções Hospitalares. 
 
 
MECANISMOS DE DISSEMINAÇÃO DE MICRO-
ORGANISMOS EM HOSPITAIS 
 
 
A transmissão de micro-organismos em hospitais pode se dar por diferentes 
vias. Veja os principais: 
 
Transmissão aérea por gotículas 
• Acontece pela disseminação por gotículas maiores do que 5 mm, que podem 
ser geradas durante tosse, espirro, conversação ou realização de diversos 
procedimentos (broncoscopia, inalação, etc.). 
• São partículas pesadas que não permanecem suspensas no ar, portanto não 
são necessários sistemas especiais de circulação e purificação do ar. 
• As precauções devem ser tomadas por quem se aproximar menos de 1 metro 
da fonte. 
 
Transmissão aérea por aerossol 
• Ocorre pela disseminação de partículas, cujo tamanho é de 5mm ou menos. 
• Essas partículas permanecem suspensas no ar por longos períodos e podem ser 
dispersas a longas distâncias. 
• São desejadas algumas medidas especiais para impedir a recirculação do ar 
contaminado e para se alcançar a sua descontaminação. 
 
Transmissão por contato 
• É o modo mais comum de transmissão de infecções hospitalares. 
• Envolve contato direto (pessoa-pessoa) ou indireto (objetos contaminados, 
itens de uso do paciente, etc.), promovendo a transferência física de micro-
organismos. 
 
 
USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL• Cabe ao enfermeiro, enquanto gerente da 
equipe de enfermagem, estar ciente da participação 
nas medidas de prevenção para se proteger e 
manter um ambiente seguro para os demais 
trabalhadores que compõem a equipe de 
enfermagem. 
• A utilização dos equipamentos de proteção 
individual faz parte da prevenção, além de serem 
uma barreira importante nos acidentes 
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envolvendo materiais biológicos. 
• Foi somente a partir da década de 1980 que a preocupação com os 
profissionais da área da saúde passou a ser alvo de mais interesse, quando foi 
reconhecido que o próprio trabalho causava doenças e acidentes. 
• A equipe de enfermagem se expõe, em maior número, a riscos ocupacionais 
relacionados ao cuidado direto aos pacientes, à dependência de cuidados por 
parte dos pacientes, ao elevado número de procedimentos e de intervenções 
terapêuticas que necessitam de uso de materiais perfurocortantes e de 
equipamentos, aumentando as probabilidades do profissional adquirir 
infecções e doenças não confirmadas. 
• A partir disso surge a necessidade da orientação e educação dos profissionais 
de enfermagem em controlar os agentes de risco, utilizar os EPIs e participar 
dos controles administrativos, programas de exames médicos e sempre 
adotar medidas de segurança. 
• Segundo a Norma Regulamentadora - NR 6, considera-se Equipamento de 
Proteção Individual (EPI), “todo dispositivo ou produto, de uso individual 
utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar 
a segurança e a saúde no trabalho”. 
• O EPI deve ser aprovado por órgão competente do Ministério do Trabalho e 
Emprego (MTE), e é de fornecimento obrigatório e gratuito aos empregados 
que necessitarem fazer uso dele. 
Veja os equipamentos que fazem parte da prática de enfermagem: 
• Máscaras para proteção respiratória; óculos para amparar os olhos contra 
impactos, radiações e substâncias; luvas para proteger contra riscos biológicos e 
físicos; avental ou capote descartável e gorro para evitar aspersão de 
partículas dos cabelos e do couro cabeludo no campo de atendimento. 
• Nesse caso, os EPIs são usados para prevenir o usuário de adquirir doenças 
em virtude do contato profissional. 
• A adesão ao uso de EPI traz benefícios à saúde do trabalhador e seus 
empregados, como maior produtividade, diminuição do número de licenças e 
redução dos gastos hospitalares com equipamentos e materiais. 
• O uso de EPI deve ser adequado às necessidades do procedimento, avaliando 
o conforto, tamanho do equipamento e tipo de risco envolvido. 
 
 
QUAIS SÃO OS EPIS? 
 
 
Luvas 
• Devem ser usadas quando há possibilidade de contato com sangue, secreções 
e excreções, com mucosas ou com áreas de pele não íntegra (ferimentos, 
úlceras de pressão, etc.). 
• As luvas estéreis são indicadas para procedimentos invasivos e assépticos, 
enquanto luvas grossas de borracha são indicadas para limpeza de materiais e 
de ambiente. 
• É preciso trocá-las logo após o contato com material biológico, entre as 
tarefas e procedimentos num mesmo paciente. 
Obs: Deve-se lavar as mãos imediatamente após a retirada das luvas para evitar a 
transferência de micro-organismos a outros pacientes e materiais. 
 
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Máscaras, gorros e óculos de proteção: 
• Usados durante procedimentos em que haja a possibilidade de respingo de 
sangue e outros fluidos corpóreos, nas mucosas da boca, nariz e olhos do 
profissional. 
• São indicados também durante a manipulação de produtos químicos. 
• As máscaras são de uso único e devem ter um filtro bacteriano. 
• O gorro é indicado para profissionais que envolvam dispersão de aerossóis, 
projeção de partículas e proteção de pacientes quando o atendimento envolver 
procedimentos cirúrgicos. 
 
Aventais (capotes): 
• Devem ser usados durante os procedimentos com 
possibilidade de contato com material biológico. 
• O avental protege a pele e previne sujidade na 
roupa durante procedimentos que tenham 
probabilidade de gerar respingos ou contato de 
sangue, fluidos corporais, secreções ou excreções. 
• O avental de plástico é indicado para lavagem de 
materiais em áreas de expurgo. 
 
Botas: 
• Devem ser usadas para locais úmidos ou com 
quantidade significativa de material infectante 
(como centros cirúrgicos). 
• Os calçados indicados para o ambiente com sujeira 
orgânica são os fechados e de preferência 
impermeáveis (couro ou sintético). 
 
 
ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO 
 
 
• Os fatores biológicos podem ser representados por agentes biológicos, como 
bactérias, fungos, parasitas, entre outros. 
• A contaminação ocorre com mais frequência por via cutânea, em decorrência 
de acidente de trabalho com materiais perfurocortantes. 
• São vários os patógenos que podem ser transmitidos aos profissionais de 
saúde decorrente de suas atividades. 
• Entre os patógenos que podem ser transmitidos através da exposição 
ocupacional, os que representam maior importância epidemiológica são o 
vírus da imunodeficiência humana (HIV), vírus da hepatite B e vírus da 
hepatite C, por provocarem doenças de maior 
gravidade. 
• Entre as principais causas atribuídas à ocorrência de 
acidentes com esses materiais estão: descarte em locais 
inadequados ou em recipientes superlotados, 
transporte ou manipulação de agulhas desprotegidas e 
desconexão da agulha da seringa. 
• A exposição ocupacional a material biológico 
potencialmente contaminado pode ocorrer por meio de 
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picadas de agulhas, ferimentos com objetos cortantes, contato direto das 
mucosas, etc. 
• Estudos demonstraram que as causas mais frequentemente atribuídas à 
ocorrência destes acidentes foram falta de atenção e pressa. 
 
 
O profissional de enfermagem é responsável por prestar assistência aos 
pacientes. Mas como é feito o controle da saúde destes profissionais? 
 
 
CONTROLE DA SAÚDE DOS PROFISSIONAIS 
 
 
• O ambiente de trabalho, dependendo de suas condições, pode representar um 
risco para a saúde do trabalhador. 
• Os profissionais de saúde, especialmente os trabalhadores de unidades 
hospitalares, estão sujeitos a um maior número de riscos ocupacionais do que 
outras categorias. 
• O trabalho em ambiente hospitalar possui características especiais, como 
trabalho noturno, alternância, horas extras e plantões, o que ocasiona 
desgaste físico, alteração do ciclo circadiano (ciclo biológico), tempo de sono 
insuficiente, entre outros. 
• Isso pode levar a obesidade e hábitos de vida pouco saudáveis, além da 
diminuição da capacidade cognitiva e de execução de tarefas, favorecendo a 
ocorrência de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. 
• Essa realidade tem acarretado agravos à saúde dos trabalhadores de 
enfermagem, geralmente provenientes do ambiente de trabalho, da 
organização e das atividades insalubres que executam. 
• O ambiente hospitalar também é um local com forte carga emocional. 
• E os profissionais de saúde, principalmente os de enfermagem, por estarem 
mais próximos dos pacientes e seus familiares. 
• Logo, do exercício da enfermagem decorre uma forte carga psíquica, afetiva e 
emocional. 
• Em resumo, o contexto hospitalar possui fatores que influenciam na saúde 
física e mental dos profissionais de enfermagem. 
• O trabalho em turnos está associado a agravos à saúde, como distúrbios 
digestivos, problemas psíquicos, queixas do sono, doença coronariana, etc. 
• De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a escassez de 
profissionais, as baixas condições de trabalho, e o abandono da profissão são 
destacados como dificuldades a seres superadas, principalmente em países em 
desenvolvimento. 
• As consequências desses fatores não são apenas um problema dos 
profissionais, mas serefletem também na assistência prestada aos pacientes, 
podendo resultar em maior probabilidade de erros durante os cuidados de 
enfermagem. 
• Devido a todos os motivos explicados, é importante que os profissionais de 
enfermagem façam exames periódicos de saúde, participar dos cuidados 
preventivos e oferecer dados para subsidiar legislações específicas que 
protejam a saúde destes trabalhadores.

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