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FORMAÇÃO DE PORTUGAL Reconquista + Revolução de Avis Centralização Política Portuguesa 1. Conceito de Estado Moderno a) Soberania Monárquica (Ligação do Estado e Igreja) ✓ Direito Divino (Rei sacralizado) b) Estado Patrimonial e Corporativo ✓ (Espaço público = Espaço Privado) c) Fatores de Centralização ✓ Leis e Justiça (codificação do direito) ✓ Oficiais Régios (Burocracia), ✓ Território centralizado, ✓ Exército profissional, ✓ Mercantilização da economia, ✓ sistema nacional de Impostos, ✓ Enfraquecimento dos vínculos feudais. d) Rei e Estado acima do Povo e) Aliança do Rei com a nobreza e clero. ✓ Rei ganhou apoio político-militar e ideológico ✓ Nobreza e clero ganharam cargos, pensões, isenção de impostos (taille royalle) f) Aliança do Rei com a burguesia. ✓ Rei ganhou apoio financeiro (arrecadação de impostos) ✓ Burguesia impulso comerciais 2. Reconquista (XI-XV) Cristão vs Islâmicos ✓ Expulsão dos islâmicos da península Ibérica; ✓ Condado Portucalense (Henrique de Borgonha) ✓ Independência de Portugal (1139) ✓ Dinastia de Borgonha (D. Afonso Henrique) ✓ Conquista de Algarves (Fim da Reconquista 1249) ✓ Rei como chefe militar (Centralização de poder) ✓ Poder central ≥ Poder Local . Economia e Sociedade a) Comércio marítima e Agricultura (Lisboa e Porto centros comerciais) ✓ D. Dinis construiu a Marinha Real ✓ Forte burguesia e comércio externo. b) Sociedade ✓ Estamental Heterogênea Características: 1. Aristocrática e clerical 2. Pouca mobilidade social 3. Teorizada e legitimada pela Igreja 4. Estratificada 5. Hierarquizada 6. Privilégios Formação social: 1. Terceiro Estado variado: (sefarditas, moçárabes, mouros). 2. Nobreza de origem diversa: (franceses, ingleses, flamengos) EXERCÍCIOS NÍVEL 1. 01. Após a expulsão árabe da Península Ibérica, restaram reinos independentes: Castela, Aragão, Leão, Navarra e Galícia. Na Península, esses reinos eram conhecidos como reinos a) ibéricos. b) hispanos. c) cruzados. d) aragoneses. e) castelhanos 02. O processo de formação do Estado Nacional na Península Ibérica está diretamente ligado à Reconquista, que significou: a) cobrança de impostos efetivada pelas casas reinantes aos invasores turcos. b) formação de exércitos nacionais para enfrentar o particularismo feudal. c) luta dos cristãos para recuperar os territórios ocupados pelos muçulmanos. d) confisco dos bens da Igreja para aumentar o poder feudal. e) ocupação de territórios invadidos por proprietários rurais e pela burguesia comercial urbana. 03. De acordo com as análises de Perry Anderson a respeito do fortalecimento do poder real francês no século XV, pode-se afirmar que: a) a monarquia foi incapaz de concentrar tributos durante a Guerra dos Cem Anos. b) após a Guerra dos Cem Anos, a burguesia saiu fortalecida e passou a comandar o Estado. c) apesar do seu fortalecimento, a monarquia incorporou a antiga estrutura militar cavaleiresca. d) a nobreza e o clero ficaram isentos da obrigação de pagar o imposto denominado taille royalle. e) apesar do seu apoio inconteste na Guerra dos Cem Anos, a aristocracia foi definitivamente afastada das esferas do poder político. 04. São características das chamadas sociedades do Antigo Regime: a) igualdade jurídica, valorização do trabalho manual e predomínio dos valores burgueses. b) desigualdade jurídica, predomínio dos valores aristocráticos e desvalorização do trabalho manual. c) desigualdade social, predomínio dos valores urbanos e anticlericalismo. d) igualdade social, protestantismo e mentalidade aristocrática. e) liberalismo econômico, desigualdade jurídica e ascensão das comunidades camponesas. 05. Sobre as relações entre os reinos ibéricos e a expansão ultramarina, é correto afirmar que a a) centralização do poder no reino português só ocorreu após a vitória contra os muçulmanos na guerra de Reconquista, o que garantiu o estabelecimento de alianças diplomáticas com os demais reinos ibéricos, condição para sanar a crise do feudalismo por meio da expansão ultramarina. b) guerra de Reconquista teve papel importante na organização do Estado português, uma vez que reforçou o poder do rei como chefe político e militar, garantindo a centralização do poder, requisito para mobilizar recursos a fim de bancar a expansão marítima e comercial. c) canalização de recursos, organizada pelo Estado português para a expansão ultramarina, só foi possível com a preciosa ajuda do capital dos demais reinos da península Ibérica na guerra de Reconquista, interessados em expulsar o invasor muçulmano que havia fechado o rentável comércio no Mediterrâneo. d) expansão marítima e comercial precisou de recursos promovidos pelo reino português, ainda não unificado, que usou a guerra de Reconquista para garantir a sua unificação política contra os demais reinos ibéricos, que lutavam ao lado dos muçulmanos como forma de impedir o fortalecimento do futuro Estado luso. e) vitória do reino de Portugal contra os muçulmanos foi garantida pela ajuda militar e financeira do Estado espanhol, já unificado, o que permitiu também a expansão marítima e comercial, condição essencial para o fim da crise do feudalismo na Europa Ocidental. 06. Thomas Hobbes, em sua obra Leviatã, discute a origem da autoridade do soberano, negando sua origem divina, contrapondo a ideia de que o soberano nasce da vontade dos homens. Essa forma de governo que marcou a Idade Moderna foi a) resultado do apoio da aristocracia que, defrontando-se com problemas de obtenção de rendas, encontrou na monarquia centralizada uma nova forma para manutenção de seus privilégios. b) apoiada pelos camponeses e servos que, aspirando libertar-se dos grandes proprietários de terras, passaram a apoiar a política real de unificação e centralização administrativa e judicial. c) incentivada pelos setores populares urbanos (artesãos e pequenos comerciantes), interessados em neutralizar o poder dos grandes comerciantes e banqueiros nas importantes cidades europeias. d) a solução para os problemas que a burguesia mercantil enfrentava, pois esta necessitava do poder real forte para efetivar uma política econômica que garantisse as suas possibilidades de expansão. e) resultado de uma aliança entre o clero e a nobreza rural para apoiar a centralização do poder nas mãos do monarca e assim evitar a ascensão política da burguesia mercantil europeia. 07. Em relação à Formação dos Estados Nacionais Modernos, é correto afirmar. a) O absolutismo e o poder centralizado no monarca foram as bases iniciais para a formação do Estado Nacional Moderno. b) Os Estados se formam sob bases democráticas e não sob as absolutistas. c) O poder descentralizado foi uma das marcas da Instituição Estado Nacional Moderno. d) A forte mobilidade social fez com que os burgueses produzissem a Instituição do Estado Nacional Moderno. e) Os burgueses controlavam o exército e cobravam impostos do povo para as cortes. 08. O absolutismo desenvolveu-se no ocidente europeu durante a Idade Moderna (séculos XV ao XVIII), favorecido, principalmente, pela(o)(s): a) falta de freio nas concepções morais e nos costumes da época. b) fortalecimento da Igreja Católica e pelos lucros auferidos pelas vitórias dos cruzados. c) formação dos estados nacionais e transferência do eixo econômico do Oceano Atlântico para o Mar Mediterrâneo. d) riquezas obtidas pelos reis europeus na América, Áfricae Ásia. e) reforma protestante e transferência do eixo econômico do Oceano Atlântico para o Mar Mediterrâneo. 09. Do ponto de vista sócio-político, o Estado típico, ou dominante, ao longo do Antigo Regime (séculos XVI a XVIII), na Europa continental, pode ser definido como a) burguês-despótico. b) nobiliárquico-constitucional. c) oligárquico-tirânico. d) aristocrático-absolutista. e) patrício-republicano. 10. Marque a alternativa correta sobre o Estado Absolutista. a) poder político centralizado na pessoa do monarca; b) a Teoria do Direito Divino limitava o poder dos reis; c) a Revolução Francesa contribuiu decisivamente para o fortalecimento do Absolutismo; d) apresentava características republicanas e democráticas; e) o fundamento filosófico do Estado Absolutista era o Iluminismo 11. "O Estado sou eu". Esta frase do Rei Luís XVI justifica, para ele, o seu poder absoluto que é fundamentado em uma teoria. O nome CORRETO desta teoria é: a) Liberalismo b) Socialismo c) Iluminismo d) Direito Divino e) Calvinismo 12. No processo formativo da modernidade, o Estado Moderno teve no Absolutismo o início de sua configuração. Nesse sentido, é correto afirmar que o regime absolutista a) representa a consolidação do poder dos senhores feudais contra a burguesia, que, desde o século XVI, tentava instaurar repúblicas democráticas na Europa. b) expressa os interesses das burguesias mercantis europeias pelo livre cambismo econômico, que as beneficiava em um contexto de crescimento do comércio colonial. c) traduz o processo de centralização política, administrativa e militar, com a consequente e drástica redução dos poderes dos senhores feudais. d) teve os pensadores Maquiavel, Hobbes e Bossuet, como seus mais destacados críticos, especialmente, quanto ao excesso de centralização do poder nas mãos dos reis. e) significa um pacto de poder entre a nobreza e os camponeses, mediante a centralização política, administrativa e militar nas mãos do rei. EXERCÍCIOS NÍVEL 2. 13. “No curso do século XVI, o Estado Absolutista emergiu no Ocidente” (ANDERSON, Perry 1985). Com base no pensamento desse autor, assinale a alternativa correta. a) As monarquias absolutas aboliram a servidão no meio rural. b) O Estado Absolutista foi um instrumento utilizado pela burguesia nascente contra a aristocracia feudal. c) As monarquias absolutas inseriram o sistema tributário nacional, a burocracia constante e a codificação do direito. d) O reflorescimento do direito romano permitiu a ascensão rápida da burguesia em detrimento da aristocracia feudal. e) Na fase inicial da época moderna, o Ocidente viu nascer uma classe econômica e política que suplantou a aristocracia feudal. 14. A crise do Feudalismo acabou gerando também um declínio das relações feudais. Entretanto, o modelo político que se adequou inicialmente ao desenvolvimento do capitalismo foi o absolutismo monárquico. Ao contrário da figura dos senhores feudais, nesse modelo político: a) tinham centralidade os presidentes, que eram eleitos democraticamente. b) tinha centralidade a figura dos caudilhos. c) tinha posição destacada Napoleão Bonaparte. d) tinha ampla repercussão a figura de Lenin. e) tinha destaque central a figura do monarca 15. Após a morte do rei D. Fernando I em 1383, Portugal caiu em uma crise de sucessão que só foi resolvida com a subida ao trono de D. João I (mestre de Avis), através da chamada “Revolução de Avis”, finalizada na batalha de Aljubarrota em 1385. A vitória de D. João I representou a consolidação da aliança da burguesia portuguesa junto ao poder real. Tal fato favoreceu: a) o fim da nobreza portuguesa, que se viu expulsa de Portugal. b) o apoio da realeza portuguesa a empreendimentos que interessavam à burguesia, como a expansão marítima. c) a oposição da realeza portuguesa a empreendimentos que não interessavam à burguesia, como a expansão marítima. d) a aliança dos reis de Portugal com os reis da Espanha e da Itália e) aliança da burguesia mercantil lusitana com a castelhana na busca de novos mercados. 16. Portugal foi um dos primeiros países europeus a pôr em prática uma eficiente centralização político-administrativa. Em 1383, para solucionar problemas relacionados a sua sucessão dinástica e, também, para evitar a sua anexação pelo reino de Castela, deflagrou-se um movimento que ficou conhecido como Revolução de Avis. Esta levou ao poder Dom a) Manuel. b) João. c) Afonso Henriques. d) Dinis. e) Fernando. 17. Que monarca francês representou o ponto culminante do Absolutismo em seu país e cujo ministro, Colbert, lançou as bases do Mercantilismo, no período de 1643 a 1715? a) Cardeal Richelieu b) Henrique VIII c) Luís XVI d) Felipe II e) Luís XIV 18. A Formação das Monarquias Nacionais ocorreu na Baixa Idade Média, entre os séculos XII e XV, nos países da Europa Ocidental. É correto afirmar-se que: a) o processo de consolidação das monarquias foi um dos mais evidentes sinais das transformações que assinalavam o apogeu do sistema feudal. b) na França, considerada exemplo máximo do absolutismo europeu, esse processo só foi consolidado com a Revolução de 1789. c) Portugal e Espanha começaram o processo de formação dos estados nacionais após a expulsão dos mouros (muçulmanos) que habitavam a península ibérica desde o século VIII. d) o Estado Monárquico buscava a manutenção e preservação das tradições medievais e dos seus mecanismos de organização política. e) com a formação do Estado Moderno os burgueses e os camponeses foram rapidamente liberados do pagamento de taxas e impostos tão presentes durante a Idade Média. 19. Durante a Idade Moderna, ocorreu o fortalecimento gradual dos governos das monarquias nacionais em grande parte da Europa. Desse processo resultou o absolutismo monárquico. Dentre os argumentos usados para se justificar tal condição, havia um que definia o poder absoluto como condição necessária para a manutenção da paz e do progresso. Assinale a alternativa abaixo que apresenta o responsável por tal pensamento. a) Thomas Hobbes b) Immanuel Kant c) John Locke d) Jean Le Rond D’ Alembert e) Jacques Bossuet 20. Leia o texto a seguir: “Todo poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus representantes na terra. Consequentemente, o trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Resulta de tudo isso que a pessoa do rei é sagrada, e que atacá-lo de qualquer maneira é sacrilégio. (...) O poder real é absoluto. O príncipe não precisa dar contas de seus atos a ninguém.” (Jaques-Bénigne Bossuet, 1627-1704) Assinale a alternativa que apresenta a forma de governo à qual o trecho se refere. a) Democracia representativa b) Monarquia constitucional c) Absolutismo monárquico d) República monarquista e) Monarquia populista religiosa 21. Soberania popular, igualdade civil, igualdade perante a lei – as palavras hoje são ditas com tanta facilidade que somos incapazes de imaginar seu caráter explosivo em 1789. Não conseguimos nos imaginar num mundo mental como o do Antigo Regime... DARNTON, Robert. O beijo de Lamourette. Mídia, cultura e revolução. Trad., São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 30. As sociedades europeias do chamado Antigo Regime baseavam-se a) no princípio da igualdade social e econômica e no direito divino de seus monarcas. b) na ordenação social hierárquica e em concepções filosóficas ligadas a religiões. c) na perspectiva da desigualdade social e em doutrinas religiosas democráticas. d) na liberdade de expressão religiosa e no sentimento nacionalista. e) na efetivaçãoda igualdade jurídica e na mentalidade clerical. 22. A formação dos Estados Modernos, o Absolutismo Monárquico e o Mercantilismo caracterizaram a centralização política em várias partes da Europa, em oposição ao poder político descentralizado do sistema feudal. Nesse sentido é correto afirmar, exceto: a) O mercantilismo foi caracterizado pelo controle estatal da economia e priorizava o domínio de colônias para fornecer matérias-primas e criar mercados consumidores para a metrópole. b) O casamento de Fernando, herdeiro do trono de Aragão, com Isabel, do trono de Castela, consolidou a formação do território que corresponde à Espanha. c) O processo de fortalecimento do poder real atingiu seu ápice com o absolutismo. O monarca passou a exercer o controle total sobre o comércio, as manufaturas e sobre a máquina administrativa. d) As Guerras da Reconquista, ao expulsarem os muçulmanos da Europa, contribuíram decisivamente para a formação da Monarquia francesa numa aliança com setores da nobreza. 23. As monarquias nacionais que se formaram ao longo dos séculos XIII, XIV e XV, embora tenham sido uma nova forma de exercício do poder (poder centralizado), oposta às monarquias medievais, mantiveram em sua essência a mesma natureza destas. Apesar, inclusive, de toda a importância e participação da burguesia no processo de consolidação do Estado nacional, o poder continuou sendo exercido pela mesma classe dominante, a nobreza, só que agora concentrado na figura do rei. NEVES, Vera M. da C. (org.). As terras do Brasil e o mundo dos descobrimentos. Secretaria de Educação. Instituto Anísio Teixeira. Salvador: Boa nova, 2000, p. 18- 19. A influência da burguesia na estruturação das monarquias europeias deu aos monarcas, entretanto, a) a oportunidade para fortalecer os laços de cooperação com a Igreja Católica, responsável pela confirmação do poder real. b) o cancelamento do direito de acesso às “cartas de franquia” pelas vilas agrícolas medievais. c) o poder de democratizar o acesso de servos, operários e trabalhadores braçais, aos estamentos mais elevados da sociedade. d) a necessidade de dividir o poder de mando com representantes de outros reinos não cristãos do Oriente Médio. e) os recursos necessários à organização de exércitos nacionais comandados por generais da confiança dos reis, excluindo os exércitos particulares da nobreza feudal. 24. Nos séculos XIV e XV, a Europa medieval vivenciou uma grave crise geral, que abalou profundamente as estruturas da sociedade, abrindo espaços para a criação de relações capitalistas no interior dessas sociedades europeias, dando início ao que se convencionou chamar de Idade Moderna. Dentre as alternativas abaixo, assinale a que não caracteriza os efeitos da transição da Idade Média para a Idade Moderna. a) A expansão marítima europeia dos séculos XV e XVI, rompendo os estreitos limites do comércio medieval. b) A centralização do poder nas mãos do rei, totalmente diferente do poder pulverizado dos senhores feudais. c) O surgimento de uma nova cultura, mais urbana e laica, em oposição à cultura rural-religiosa do período medieval. d) A busca de uma nova espiritualidade, possibilitando a ruptura da unidade cristã a partir da Reforma Religiosa. e) A ocupação do poder político pela burguesia, baseada no crescente enriquecimento econômico dessa classe social. EXERCÍCIOS NÍVEL III. 25. As monarquias nacionais que se formaram ao longo dos séculos XIII, XIV e XV, embora tenham sido uma nova forma de exercício do poder (poder centralizado), oposta às monarquias medievais, mantiveram em sua essência a mesma natureza destas. Apesar, inclusive, de toda a importância e participação da burguesia no processo de consolidação do Estado nacional, o poder continuou sendo exercido pela mesma classe dominante, a nobreza, só que agora concentrado na figura do rei. NEVES, Vera M. da C. (org.). As terras do Brasil e o mundo dos descobrimentos. Secretaria de Educação. Instituto Anísio Teixeira. Salvador: Boa nova, 2000, p. 18- 19. A influência da burguesia na estruturação das monarquias europeias deu aos monarcas, entretanto, a) a oportunidade para fortalecer os laços de cooperação com a Igreja Católica, responsável pela confirmação do poder real. b) o cancelamento do direito de acesso às “cartas de franquia” pelas vilas agrícolas medievais. c) o poder de democratizar o acesso de servos, operários e trabalhadores braçais, aos estamentos mais elevados da sociedade. d) a necessidade de dividir o poder de mando com representantes de outros reinos não cristãos do Oriente Médio. e) os recursos necessários à organização de exércitos nacionais comandados por generais da confiança dos reis, excluindo os exércitos particulares da nobreza feudal. 26. Considere as afirmativas abaixo. I. O absolutismo caracterizou-se como um tipo de regime políico que, durante a transição do feudalismo para o capitalismo, preocupava-se com o desenvolvimento econômico, principalmente comercial. II. A nobreza feudal opôs-se ao regime absolutista, por considerá-lo prejudicial aos seus interesses. Ficou, por isso, restrita à posse das terras e dos títulos nobiliárquicos. III. Os monarcas absolutistas apoiavam seu poder supremo em direitos consagrados por meio de uma Constituição reconhecida pelo papa. Assinale: a) se somente I estiver correta. b) se somente III estiver correta. c) se somente I e II estiverem corretas. d) se somente II e III estiverem corretas. e) se todas estiverem corretas. 27. Teóricos do Absolutismo contribuíram para a criação e o fortalecimento da ideia de que o poder da monarquia decorria da vontade de Deus, que em nome dele o rei governava. Os críticos do Absolutismo irão construir uma outra lógica: a de que o poder do governante emana da nação. Essa visão, contraposta à anterior, busca operar uma inversão quanto ao locus de onde emana o poder, ou seja, uma inversão naquilo que é denominado de: a) fé b) ideologia c) soberania d) apostasia e) teleologia 28. (...) o príncipe , que trabalha para o Estado, trabalha para os seus filhos, e o amor que tem pelo seu reino, confundindo com o que tem pela sua família, torna- se- lhe natural... O rei vê de mais longe e de mais alto; deve acreditar-se que ele vê melhor... Jacques Bossuet. Política tirada da sagrada escritura. Livro II, 10ª proposição e livro IV, artigo 1º. O trecho anterior se refere ao absolutismo monárquico, que se constituiu no próprio modelo dos regimes políticos dos Estados europeus do Antigo Regime. Apresentou variáveis locais conforme se expandia na Europa, entre os séculos XVI e XVIII. Entretanto podemos identificar no absolutismo monárquico características comuns que o distinguiam, dentre as quais destacamos corretamente a(s): a) unificações de diversas atribuições de Estado e de governo na figura dos monarcas, tais como a prerrogativa de legislar e a administração da justiça real. b) substituição de um tipo de administração baseada na distribuição de privilégios e concessões régias por uma organização burocrática profissional que atuava em atividades desvinculadas do Estado. c) implementação de práticas econômicas liberais como forma de consolidar a aliança política e econômica dos reis absolutos com as bruguesia nacionais. d) submissão política dos governos reais absolutistas à hierarquia ecleástica, conforme definindo pela doutrina do Direito Divino dos Reis. e) definição da autoridade dos monarcas absolutos e seus limites de poder, através da atuação dos parlamentos nacionais constitucionalistas, controlados por segmentos burgueses. 29. “Três razões fazemver que este governo é o melhor. A primeira, é que é o mais natural e se perpetua por si próprio… A segunda razão... é que esse governo é o que interessa mais na conservação do Estado e dos poderes que o constituem: o príncipe, que trabalha para o seu Estado, trabalha para os seus filhos... A terceira razão tira-se da dignidade das casas reais… O trono real não é trono de um homem, mas o trono de Deus… O rei vê mais longe e de mais alto… e deve-se obedecer-se-lhe sem murmura, pois o murmúrio é uma disposição para sedição”. BOSSUET, Jaques-Benigne. Política Tirada da Sagrada Escritura. In: FREITAS, Gustavo de. 900 Textos e Documentos de História. Lisboa, Plátano Editora, s/d, p.201. No trecho acima, Bossuet justificou uma forma de organização do Estado europeu na Idade Moderna, em relação a qual é correto afirmar que a) se tratava do Estado Moderno, caracterizado pela centralização do poder nas mãos do rei, cuja legitimidade seria conferida por Deus. b) o Estado Absolutista foi constituído sob a influência das ideias iluministas, um movimento filosófico e político que fundou as bases do Estado Absolutista. c) a formação do Estado Moderno estava apoiada em termos filosóficos no pensamento teocêntrico e, em termos políticos, na fragmentação política. d) o Estado Moderno se sustentava na tradição democrática herdada da antiguidade clássica. e) Bossuet representa uma corrente de filósofos que justificava o poder soberano dos reis através da teoria do contrato social. 30. Leia atentamente o relato sobre a situação dos judeus na Península Ibérica escrito entre 1494 e 1495 pelo médico alemão Jerónimo Munzer quando este esteve em Lisboa: “Os Judeus de Lisboa são riquíssimos, cobram os tributos reais, que arremataram ao Rei. São insolentes com os cristãos. Têm muito medo da proscrição, pois o Rei de Espanha ordenou ao Rei de Portugal que expulsasse os marranos* e da mesma forma os judeus, aliás teria guerra com ele. O Rei de Portugal, fazendo a vontade ao de Espanha, ordenou que antes do Natal saíssem do reino todos os marranos. Eles fretaram a nau Rainha, belíssimo navio, e no meado de Dezembro irão para Nápoles; aos Judeus, porém, deu o Rei o prazo de dois anos para assim os expulsar do reino menos violentamente. Em vista disso os judeus vão-se retirando sem demora e procuram no estrangeiro lugares próprios para a sua residência.” (MUNZER, Jerónimo. Viagem por Espanha e Portugal nos anos de 1494 e 1495.) * Judeus convertidos obrigatoriamente ao cristianismo. Sobre as perseguições aos judeus na Idade Moderna europeia é CORRETO afirmar que: a) Os judeus foram expulsos dos territórios da Península Ibérica por serem pobres e dependerem da ajuda real para sobreviverem. b) Aqueles que se converteram ao protestantismo, religião oficial dos monarcas, foram autorizados a permanecerem no território ibérico. c) O contexto de perseguição religiosa levado à frente pela Inquisição produziu a desterritorialização de milhares de descendentes de judeus, convertidos ou não à fé católica. d) Dentre as acusações que pesavam sobre os judeus e que motivaram sua expulsão da Península Ibérica estavam o uso de práticas pagãs e a leitura do Alcorão. e) Diferentemente do rei português, os monarcas espanhóis foram tolerantes com as práticas religiosas dos judeus. GABARITOS: 01. A 02. C 03. D 04. B 05. B 06. D 07. A 08. D 09. D 10. A 11. D 12. C 13. C 14. E 15. B 16. B 17. E 18. C 19. A 20. C 21. B 22. D 23. E 24. B 25. E 26. A 27. C 28. A 29. A 30. C