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Iodoterapia no tratamento do câncer de tireoide

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Iodoterapia
A iodoterapia é um método eficaz tanto para o tratamento das células tumorais remanescentes após cirurgias de tireoide com ou sem esvaziamentos cervicais, também podendo ser utilizada em casos de metástases à distância que não podem ser operadas. A iodoterapia é utilizada para a ablação de qualquer tecido da tireoide remanescente da cirurgia ou para tratar a disseminação da doença para os gânglios linfáticos ou outros órgãos (Luiz, 2021). 
A iodoterapia é indicada para pacientes com câncer de tireoide papilar ou folicular (câncer diferenciado da tireoide). Não pode ser usada para tratar carcinomas anaplásicos e medulares da tireoide, porque estes tipos de câncer não captam o iodo (Oncoguia, 2017).
Como a glândula tireoide absorve praticamente todo o iodo no sangue, quando uma dose suficiente de iodo radioativo, conhecida como I131, é administrada, pode destruir a glândula e quaisquer outras células cancerígenas da tireoide, com pouco ou nenhum efeito colateral importante (Oncoguia, 2017).
Na grande maioria das vezes, a iodoterapia é um tratamento que ocorre sem intercorrências e o resultado depende muito do paciente realizar o preparo adequadamente. É um procedimento seguro, que visa eliminar células remanescentes após o tratamento cirúrgico, aumentando as taxas de cura quando necessário 
Em relação a possíveis reações do I 131, os pacientes podem apresentar, a curto prazo, aumento da sensibilidade e inchaço do pescoço, além de náuseas e vômitos. A longo prazo, os pacientes podem ter alteração do paladar, boca seca e olhos secos (Pandovani, 2020)
Por alguns meses após o tratamento, os homens podem apresentar algumas alterações no espermograma, que tendem a voltar ao normal com o passar do tempo. Já as mulheres são aconselhadas a não engravidar por, pelo menos, 6 meses após o tratamento (Pandovani, 2020).
 As normas que regem a biossegurança do elemento I 131 devem ser consideradas quanto às precauções e procedimentos utilizados pelos profissionais da medicina nuclear e da unidade de internação, constituída, entre outros profissionais, pela equipe de enfermagem (Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem e Auxiliar de Enfermagem) (Rissato, 2007).
De acordo com o CNEN-NE-3.05 de 19 de abril de 1996, “o serviço de medicina nuclear deve ser constituído por no mínimo um médico qualificado em medicina nuclear responsável pelo SMN (Serviço de Medicina Nuclear), um supervisor de radioproteção com qualificação certificada pela CNEN, e um ou mais técnicos de nível superior e/ou médio qualificados para o exercício de suas funções específicas conforme CNEN-NE-3.02 (Serviço de Radioproteção)”(Rissato, 2007).
A equipe de enfermagem, atua tanto na unidade de medicina nuclear, dependendo da Instituição hospitalar, quanto na unidade de internação e desempenha papel fundamental no tratamento do paciente submetido à iodoterapia, pois, além da orientação dos cuidados e rotinas, para que o tratamento ocorra de maneira satisfatória, é de extrema importância amenizar o medo e a ansiedade expressos pelo paciente que irá permanecer internado e isolado de visitas: a humanização da assistência de enfermagem torna-se um fator bastante colaborativo para que o paciente sinta-se bem durante a internação (Mateus, 2000). 
A enfermagem é atuante no preparo do quarto que antecede a internação do paciente, na orientação quanto aos protocolos e precauções durante a internação, administrando cuidados assistenciais sempre que necessário e nos procedimentos de gerenciamento dos rejeitos radioativos após a alta (Rissato, 2007).
Embora este paciente esteja relativamente em boas condições de saúde, ele está suprido de sua reposição hormonal, (supressão necessária para a realização da iodoterapia), podendo encontrar-se letárgico, sonolento, deprimido e, portanto, com certa dificuldade de assimilar informações. Por isso, o profissional da enfermagem deve detalhar as orientações e reforçá-las sempre que necessário(Rissato, 2007).
Referências bibliográficas
Luiz. A.V.C. Conheça a iodoterapia e entenda como funciona o tratamento. Disponível em: https://arthurvicentini.com.br/conheca-a-iodoterapia-e-entenda-como-funciona-o-tratamento/#:~:text=A%20iodoterapia%20%C3%A9%20um%20procedimento%20muito%20importante%20para,cir%C3%BArgico%2C%20aumentando%20as%20taxas%20de%20cura%20quando%20necess%C3%A1rio. Acesso em 05 de set.2022.
Mateus, L.,Mazzini, B. P., Kodama,Y. A importância da Enfermagem no Tratamento com Iodo Radioativo. Revista Nursing. Jun. de 2.000: 6 - 8 pp.
Pandovani, R. Iodoterapia: o que é, para que serve e cuidados. Disponível em: https://www.minhavida.com.br/materias/materia-19744. Acesso em: 05 de set. 2022.
Oncoguia. Em que consiste a iodoterapia no tratamento do câncer de tireoide? Quem pode fazer? Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/em-que-consiste-a-iodoterapia-no-tratamento-do-cancer-de-tireoide-quem-pode-fazer/5669/755/ Acesso em 01 de set. 2022.
Rissato, M. L. Iodoterapia: avaliação crítica de procedimentos de precaução e manuseio dos rejeitos radioativos gerados em unidade de internação hospitalar. 129 f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio-Ambiente – Centro Universitário de Araraquara – UNIARA, Araraquara, 2007.

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